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CURSO DE AGRONOMIA
Cascavel – PR
2005
ÍNDICE
1 TRATORES AGRÍCOLAS
1.1 Definição
É uma máquina autopropelida que, além de conferir apoio estável sobre uma superfície
impenetrável, tem a capacidade de tracionar, transportar e fornecer potência mecânica aos
implementos e máquinas agrícolas.
Tomada de potência: (TDP, TDF ou PTO) transmite e transforma o movimento do motor para
movimentar órgãos ativos de máquinas e implementos, cuja parte final fica externamente na
traseira do trator;
Reguladores: conjunto de órgãos que tem por função regular a velocidade angular do motor,
em função das variações de carga a que é submetido;
Sistema de freio: interrompe a passagem do movimento do mecanismo de transmissão para
as rodas;
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Tratores triciclos: são tratores cuja sustentação, proporcionada pelos rodados, é feita por três
pontos, duas rodas motoras traseiras e uma frontal movida. Todavia, muitos tratores triciclos
podem apresentar duas rodas dianteiras gêmeas, dispostas uma ao lado da outra, numa só
coluna de sustentação. O direcionamento é feito por motivo rotativo da coluna de sustentação.
Tratores de quatro rodas: são aqueles que possuem duas rodas motrizes na parte posterior e
duas rodas movidas, de menor diâmetro e apartadas uma da outra, na frente. São, portanto
tratores cuja sustentação pelos rodados é proporcionada através de quatro pontos de apoio, o
que lhe confere maior estabilidade que os triciclos.
Tratores de esteiras: O rodado destes tratores é constituído, basicamente, por duas rodas
motoras denteadas, duas rodas guias movidas e duas correntes sem fim, formadas de elos
providos de pinos e buchas dispostos transversalmente, denominadas esteiras. As rodas
denteadas transmitem movimento às esteiras que se deslocam sobre o solo, apoiadas em
chapas de aço denominadas sapatas. O direcionamento do trator é feito através de uma
diferença de velocidade relativa entre as esteiras. O emprego desses tratores na agricultura é
limitado às operações que exigem grande esforço tratório. Todavia, os tratores de esteiras
suplantam os tratores de rodas no que tange à estabilidade, compactação do solo e
derrapagem dos rodados.
a) Tratores semi-agrícolas
- de esteiras;
- de rodas;
- convencional (standard);
- de tração nas quatro rodas.
- com chassi rígido;
- com chassi articulado.
- de tração com rodas em tandem
b) Tratores florestais
- cortador abatedor;
- carregador transportador (forwarder);
- transportador de arrasto (skidder);
- processador.
c) Tratores agrícolas
- utilitários de 4 rodas;
- triciclo;
- transportador de implementos, com motor traseiro;
- transportador de máquinas, com chassi deslocado.
Figura 7 Trator agrícola com tração em 6 rodas motrizes, sendo a tração traseira em tandem
2 MANEJO DE TRATORES
O manejo dos tratores agrícolas, embora relativamente simples, sempre exige maiores
atenções e cuidados do que outro veículo automotor. Lembre-se, antes de ligar o motor estude,
entenda as mensagens de segurança contidas no manual do operador e leia os decalques de
segurança da máquina.
Uso incorreto das marchas: tendo em vista que a maioria dos trabalhos agrícolas se
desenvolvem em terrenos acidentados, a utilização incorreta de marchas ou de ponto morto
(“banguelas”) pode ocasionar sérios acidentes.
tombamento do trator e, além disso, pode provocar o patinamento dos pneus, com a
conseqüente avaria nas transmissões e quebra da carcaça. Cuidados com os trancos,
resistência dos cabos e pesos a serem tracionados, devem ser tomados.
Bateria: a solução eletrolítica da bateria, quando em fase de carga, produz e faz desprender
hidrogênio, um gás altamente inflamável. Nos casos em que o operador do veículo
inadvertidamente verifica o nível da mesma, há possibilidade, de início de incêndio.
Radiador: quanto ao abastecimento do sistema de arrefecimento com o motor do veículo
aquecido, os vapores d`água que se encontram sob pressão no radiador, podem provocar
sérias queimaduras no operador.
2.4.2 Prevencionista
Todo acontecimento que não esteja programado e que pare por pouco ou por muito
tempo, a realização de um determinado serviço, provocando perda de tempo, danos materiais
ou lesão corporal, podendo ainda ocorrer as três coisas juntas.
3.1.2 Partida
A chave de ignição é um interruptor de dois estágios, sendo que na segunda posição
aciona-se o motor de partida. O primeiro estágio serve para ligar o circuito de ignição. Quando
o motor de arranque for acionado e o motor não entrar em funcionamento, observar os
seguintes pontos:
- não insistir na partida por períodos contínuos superiores a 10 segundos para não danificar o
motor de partida e a bateria;
- entre uma tentativa e outra, aguardar cerca de 15 segundos;
- em épocas frias, antes da partida use as velas de aquecimento (para regiões frias).
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3.2 Saída
Para dar saída ao trator, realize as seguintes operações em seqüência:
- verifique se a TDP está desligada;
- coloque o acelerador na posição de marcha lenta;
- calque, até o final de seu curso, o pedal da embreagem;
- escolha uma marcha compatível (inferior a última) e acione a alavanca de câmbio
engrenando-a;
- coloque a alavanca de aceleração na metade de seu curso;
- solte freio de estacionamento;
- solte, vagarosamente, o pedal da embreagem.
pressione o pedal e leve a alavanca à posição desejada; isso fará com que os dentes das
engrenagens coincidam e possam ser engrenados;
- se, ao levar a alavanca para a posição de uma marcha, as engrenagens rasparem mesmo
com o pedal da embreagem totalmente calcado, não force a alavanca; isso indica que a
embreagem está mal regulada.
- quando o trator estiver em alta velocidade, jamais faça curvas fechadas usando os freios,
pois o trator pode tombar.
Em solos fofos ou encharcados e em terrenos escorregadios, são os seguintes os
cuidados a serem tomados no emprego dos freios:
- em declives escorregadios, usar moderadamente os freios, evitando derrapagens laterais; é
preferível, nestes casos, engrenar marcha de menor velocidade do que lançar mão dos
freios;
- se uma das rodas começa a patinar, usar o freio nessa roda só o suficiente para fazer com
que a outra sobre o terreno mais firme, puxe o trator; não usar todo o freio, mas apenas o
suficiente para reduzir a velocidade da roda que patina;
- se as duas rodas estiverem patinando, pisar, alternadamente, primeiro no freio de uma roda
e depois no da outra, pois assim será possível o trator atravessar o terreno.
O bloqueio do diferencial é um recurso para contornar o problema de patinamento
excessivo de uma das rodas motrizes, que prejudica a marcha normal do trator. O uso do freio
na roda que patina é um recurso bastante limitado uma vez que absorve potência e pode ser
operado apenas momentaneamente. Os principais cuidados na utilização do bloqueio do
diferencial são os seguintes:
- ao acionar o pedal do bloqueio, mantenha o trator sempre se deslocando em linha reta. Ao
efetuar uma curva, mesmo suave, destrave o diferencial antes da curva e volte a trava-lo
após ter percorrido a curva;
- utilize o bloqueio do diferencial apenas quando notar que o patinamento relativo entre as
rodas motrizes é tal que impede o deslocamento normal do trator;
- não utilize o bloqueio do diferencial quando a origem do alto patinamento relativo entre as
rodas motrizes for tração excessivamente deslocada ou regulagem deficiente do
implemento. Pare o trator e corrija a falha de acoplamento ou de regulagem.