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Manual de Treinamento

Operação, Manutenção e Segurança

Valtra é uma marca mundial da AGCO Corporation


Novembro / 2007
APRESENTAÇÃO
Este manual de Operação, Manutenção e Segurança destina-se a todas as pessoas que, de
alguma forma terão contato com os Tratores VALTRA, com o objetivo de fornecer-lhes, de
uma forma simples e prática, as orientações e dicas importantes de operação, manutenção
preventiva e cuidados com a sua segurança, para otimizar a utilização do trator e obter o
máximo rendimento no trabalho, bem como, prolongar a sua vida útil e prevenir acidentes por
uso inadequado.
As informações técnicas mais detalhadas sobre os instrumentos, comandos e a manutenção
completa do trator encontram-se no “Manual do Operador” (solicite-o ao seu superior
imediato), o qual deve ser lido atentamente por todos aqueles que vão efetivamente operar o
trator e efetuar a manutenção preventiva dos equipamentos para melhor desempenho da sua
função.
O avanço tecnológico vem nos oferecendo equipamentos cada vez mais sofisticados, tanto
para o trabalho mais produtivo, como também, para o conforto e segurança do operador.
Por isso, a necessidade de um treinamento constante, para que você possa acompanhar esse
desenvolvimento e conhecer bem as novas máquinas, para atuar preventivamente, evitando
quebras desnecessárias, aumentando a sua vida útil e como conseqüência, diminuir os
desperdícios e aumentar a sua produtividade.
Por essa razão, foram agrupadas nesse manual, algumas instruções e dicas de operação,
manutenção e segurança no trabalho com os Tratores VALTRA. Alguns componentes do trator
são aqui apresentados, juntamente com a dica de operação ou manutenção preventiva
necessária a cada item e, ao final, são apresentadas algumas situações envolvendo segurança
no trabalho.
Leia este manual atentamente e faça bom uso do mesmo no seu dia a dia.
VALTRA do Brasil Ltda.
Apresentação e Histórico da Empresa

A VALTRA Tratores está no Brasil desde 1960, localizada no município de Mogi das Cruzes, estado de
São Paulo, numa área de 143.000 m², sendo 60.300 m² de área construída, com um quadro de
funcionários de 1095 pessoas, com uma capacidade instalada de aproximadamente 15.000 tratores por
ano, preparada para atender demandas específicas de cada cliente. Possui uma rede com
aproximadamente 160 Concessionárias Autorizadas, em pontos estratégicos do território nacional, que
desenvolvem um estreito trabalho de parceria com os seus clientes, para atender completamente às
necessidades de aplicação de cada um.
A VALTRA produz no Brasil tratores de 50 a 190 cv e motores SisuDiesel de 60 a 190 cv. Fabrica o
único trator do mercado local que possui motor de 4 cilindros com turbo Intercooler, na faixa de 125 cv,
que oferece mais potência e torque, com menor consumo de combustível, menor emissão de gases
poluentes, com temperatura de trabalho mais baixa, que resulta em maior durabilidade.
Com a Geração II a VALTRA oferece ao mercado as cabines
Hi-Confort e Confort-Cab, que incorporam novos conceitos de ergonomia para conforto ainda maior do
operador, além da maior segurança, do baixo nível de vibração e ruídos e da visibilidade panorâmica.
A VALTRA se preocupa, não só com o aprimoramento dos tratores e dos equipamentos, mas também,
com os profissionais que com eles trabalham! Acreditamos que o nosso sucesso depende da sua
satisfação com os nossos produtos e serviços!
Breve Histórico da VALTRA
A historia da VALTRA do Brasil Ltda. teve inicio em 1913 nas instalações da
Munktell, em Eskilstuna, na Finlândia, onde foi desenvolvido o pioneiro Trator
ME de 30 hp. Alguns anos depois, a Munktell associou-se à Bolinder, criando a
marca Bolinder Munktell, conhecida pela sigla BM. Esta por sua vez, se juntou à
Volvo, passando a se chamar Volvo BM.
Por outro lado, a VALTRA Corporation começou a produzir tratores na
Finlândia em 1951 e no Brasil a partir de 1960.
A VALTRA e a Volvo BM passaram a somar forças em 1979. A VALTRA,
oferecendo todo o seu arrojo no desenvolvimento de diversas inovações
tecnológicas, além do seu know how internacional, o que combinou muito bem
com o alto padrão de qualidade e durabilidade consagrados da Volvo. Portanto,
essa é a base sólida da linha dos Tratores VALTRA, produzidos atualmente. A
maioria dos motores utilizados nos tratores são produzidos pela própria
VALTRA.
Seguindo uma trajetória de integração, visando adequar a sua estrutura à
política econômica do país, a VALTRA transformou-se em empresa de capital
aberto em 1973.
Mudança da Marca
Em 1977 a VALTRA deixa de pertencer ao governo para se incorporar ao grupo
privado finlandês PARTEK. Devido à impossibilidade do grupo PARTEK
continuar usando o nome VALMET, foi assinado um acordo de transição da
marca, que gerou, em caráter provisório, a marca VALTRA VALMET.
Em 2001 a fábrica (Finlândia) comemorou 50 anos de existência e anunciou a
sua nova logomarca e passou a se chamar somente VALTRA, como resultado da
união de VALMET + TRATORES = VALTRA, marca de tradição e confiabilidade
que sempre acompanhou.
Em 2004 a VALTRA é adquirida pela AGCO, de Atlanta-EUA, empresa que reúne
16 marcas de Tratores, Colheitadeiras, Pulverizadores e Sistema de Agricultura
de Precisão (por GPS), presente em mais de 140 países com mais de 7.000
pontos de distribuição.
Em 2006 a VALTRA lança no mercado o revolucionário Hi-Flow para tratores
canavieiros.
Recentemente, em 2007 foi à vez do grande lançamento da Geração II com
motor Intercooler, A EVOLUÇÃO DOS TRATORES.
Histórico em Ordem Cronológica
1832 A Munktell inicia a fabricação de máquinas agrícolas na Suécia.
1913 Desenvolvido o pioneiro Trator ME de 30 hp na Munktell, em Eskilstuna, na Finlândia.
1927 Criado o primeiro trator Munktell de 40 cv.
1951 Criado o primeiro trator VALMET na Finlândia.
1959 Lançado o VALMET 359D, modelo que deu origem à fabrica brasileira.
1960 Instalada a fábrica da VALMET em Mogi das Cruzes – SP.
1963 Criado o primeiro trator com tração nas 4 rodas.
1964 Produzido o primeiro trator com transmissão sincronizada, o VALMET 1100.
1980 Lançado o primeiro trator equipado com motor turbinado.
1981 Lançado o primeiro trator agrícola com tração 4X4, o VALMET 118.
1989 Lançada a transmissão Multitorque que permite a troca das marchas em movimento.
1996 Lançado o trator combinado.
1997 A marca VALMET inicia a transição para VALTRA / VALMET.
2001 A marca passa definitivamente a se chamar VALTRA.
2001 Início dos testes com o biodisel.
2004 A VALTRA é adquirida pela AGCO, de Atlanta-EUA.
2005 Início do projeto de padronização da Identidade Visual das Concessionárias.
2006 Lançado o Hi-Flow para tratores canavieiros.
2007 Lançamento da Geração II com motor Intercooler.
Noções Básicas de
Conhecimento do Produto
O Trator Agrícola é constituído basicamente de: Motor, Hidráulico e Transmissão.
Motor
O motor é um conjunto mecânico capaz de transformar calor (energia
térmica) em trabalho mecânico. Para iniciar a combustão é necessário
adequar, em proporções corretas, três elementos fundamentais, que
são:

• Ar (oxigênio)
• Combustível
• Calor

IMPORTANTE:

Durante o amaciamento do motor (entre 200 e 300 horas) deve ser evitado trabalhar em marcha
lenta por longos períodos. Não ultrapasse o limite máximo de rotação, procure trocar de marchas
durante o trabalho.
Motor 4 Cilindros
Motor 4 Cilindros
Ciclo de Trabalho – Motor de 4 Tempos
Sistema de Filtragem do Ar
O trator trabalha freqüentemente sob condições severas de poeira e o motor aspira o ar
desse ambiente.
Por isso é importante que ele possua um sistema de filtragem do ar eficiente.

Sistema de Aspiração Natural


Manutenção do Sistema de
Filtragem do Ar
A manutenção do sistema de filtragem do ar deve ser executada sempre que acender
a luz de alerta de restrição no painel

ou

a qual indica que o filtro de ar atingiu a sua restrição máxima, ou seja, a dificuldade
máxima de passagem do ar pelo filtro. Deve ser feita a limpeza ou troca dos filtros.

NOTA:
Quando a luz de alerta de restrição acende, não é necessário parar o trator imediatamente.
Poderá trabalhar ainda por algumas horas, porém, deve ser observado se o motor apresenta perda
de rendimento, se solta fumaça além do normal ou se superaquece, o que determina a sua parada.
Manutenção do Sistema de Filtragem do Ar (cont.)

Evite o excesso de manutenção, o que pode causar danos ao filtro, além de diminuir a
vida útil do elemento, com o conseqüente aumento do tempo e dos custos de
manutenção.
Teste periodicamente o funcionamento do alerta de restrição, ligando apenas a
chave de ignição sem dar a partida, para checar se a lâmpada está acendendo.
Outra maneira de testar o sistema (sensor e alerta) é ligar o motor, enquanto outra
pessoa tampa a entrada de ar do filtro por alguns segundos. Observe se a lâmpada do
alerta de restrição acende, indicando que o sistema está funcionando.

Sensor de Restrição

Linha pesada Linha média


Procedimentos de Manutenção
dos Filtros de Ar

ATENÇÃO:
Caso aplique jatos de ar para limpeza do filtro, a pressão máxima é de 5 bar (70 lb/pol²) e deve
ser feita de dentro para fora.
Procedimentos de Manutenção dos Filtros de Ar (cont.)

ATENÇÃO:
O filtro secundário (de segurança) não admite processo de limpeza.

Após a limpeza do filtro, verifique a existência de rasgo ou furo no elemento filtrante (de
papel), colocando uma lâmpada no seu interior.
Verifique também, o estado da guarnição de vedação, que pode ser radial ou axial.
Faça a limpeza também, na parte interna da carcaça e tampa, usando um pano, pois não é
recomendável retirar o filtro secundário para manutenção, somente para substituição.
Quando trocar ou recolocar o filtro, observe que este fique perfeitamente alojado.
Não dê aperto demasiado nas porcas auto travante ou borboleta, para não danificar os filtros.
Filtro Principal

• O filtro com carcaça metálica poderá sofrer no máximo três limpezas e deverá
ser trocado na quarta manutenção.
• O filtro sem carcaça metálica não deverá sofrer limpeza e deve ser trocado na
primeira manutenção.
• Não havendo necessidade de limpeza substituir os elementos uma vez ao ano.
Filtro Secundário

• Deve ser trocado sempre que o filtro


principal for substituído.

IMPORTANTE:
O filtro secundário (de segurança) não admite
processo de limpeza.

Dica de Operação: Se o trator estiver sem força para tracionar o implemento, soltando
fumaça mais do que o normal ou superaquecendo, verifique se o sistema de filtragem não
está obstruído, pois poderá ocorrer falha no sistema elétrico ou a lâmpada (LED) do alerta de
restrição se queimar durante o trabalho e não acusar a obstrução do filtro. Neste caso, pare o
trator e efetue a manutenção necessária.

IMPORTANTE:
Use sempre filtros genuínos, pois estes possuem garantia do fabricante.
Válvula de Descarga
Quando trabalhar sob condições de muita
poeira, pressione diariamente a válvula de
descarga do filtro para remover a poeira
acumulada.

NOTA:
Alguns tratores possuem ejetor de pó, dispensando essa operação de descarga manual.

Válvula de descarga Ejetor de pó


Análise de Avaria no Motor
(Camisas com Desgaste)

Ao analisar uma avaria de desgaste das camisas de um motor, verificou-se:


• Que ocorreu entrada de poeira no motor.
• O uso de filtro não genuíno, que não poderia ser usado no trator em garantia.
• Que o filtro foi danificado na montagem.
Mangueiras e Abraçadeiras do Filtro

IMPORTANTE:
Verificar periodicamente o estado das mangueiras, o aperto e a posição das abraçadeiras.

Nesta condição o motor aspirou poeira e não acendeu a luz de alerta da restrição.
Bronzinas (Casquilhos)

Riscos causados por entrada de abrasivos de sílica (poeira).

NOTA:
Os riscos poderão ser causados também por abrasivos metálicos, porém a profundidade é maior.
Sistema de Admissão Turboalimentado
Nos motores turbo-alimentados o ar é introduzido nos cilindros por intermédio de um
compressor centrífugo, movido por uma turbina. Veja o esquema abaixo.
Motores Superalimentados ou
Turboalimentados
A superalimentação ou turboalimentação do
motor consiste em substituir a admissão
normal, por uma admissão mais eficiente, de
modo a assegurar um melhor e maior
enchimento do cilindro.

Turboalimentador

A turbina é acionada pelos gases do


escapamento, que movimenta o compressor
centrífugo.
Aumentando o volume de ar nos cilindros é
possível injetar mais combustível, o que pode
levar a um incremento da potência e do torque
em até 30%, sem diminuir a vida útil do motor.
A turboalimentação favorece altamente a
homogeneidade da mistura, devido a forte
agitação provocada pela pressão e velocidade
do ar no cilindro, melhorando assim o
rendimento da combustão.
Turbo alimentador (em corte)

Nos tratores com motores turbo alimentados, nunca acelere bruscamente o motor no
momento da partida, pois o óleo demora um pouco para chegar até o turbo alimentador e
pode causar sérios danos.
A mesma recomendação vale para desligar o motor. Deixe-o funcionando em marcha lenta
(1000 rpm) por alguns segundos, antes de fazer o corte do combustível.
Nos tratores equipados com motores turbinados, existe um adesivo com a seguinte
advertência: Aguardar 30 segundos em marcha lenta.
Intercooler BM 125i – BH 185i
Características do Intercooler Benefício

Menor temperatura de trabalho • Maior vida útil dos motores e componentes


• Menor custo de manutenção
• Maior conservação das propriedades do óleo
lubrificante
Maior quantidade de ar no • Melhor eficiência de combustão reduzindo a
cilindro emissão de gases
• Maior potência por cilindro
• Maior performance do trator
• Menor consumo específico
• Manter a potência em altitudes

Intercooler Sistema AR – AR
Vista Superior do Motor
Sistema de Alimentação de Combustível
O combustível necessário para o funcionamento do motor é sugado do reservatório e
pressurizado no sistema pela bomba alimentadora e na seqüência, é pulverizado para o
interior dos cilindros através da bomba injetora e dos bicos injetores, conforme esquema
abaixo:
A bomba injetora e os bicos injetores são componentes muito sensíveis e de
altíssima precisão. Os mecanismos internos da bomba injetora são
lubrificados com o próprio óleo diesel. Por isso é muito importante que esse
óleo seja bem filtrado e isento de água e quaisquer impurezas.
Projeto Integrado Biodiesel
Os motores produzidos pela VALTRA estão projetados e liberados para operar
com o combustível alternativo biodiesel misturado ao diesel comum na proporção
de até 20%, isto é, 80% diesel e 20% biodiesel, sem necessidade de nenhuma
adaptação. A liberação se destina a biodiesel obtido através do processo
conhecido como transesterificação e que atenda a especificação conforme o
REGULAMENTO TÉCNICO ANP no 42/2004.

Processo de Obtenção do Biodiesel

1. Óleo vegetal bruto (puro)


2. Óleo vegetal refinado
3. Biodiesel (separação das fases)
4. Biodiesel (puro)
Processo de Obtenção do Biodiesel (cont.)
Danos Causados com a Utilização de Óleo
Vegetal (Natural)
Tanque de Combustível
•Abasteça (encha) o tanque diariamente após a jornada de trabalho, para evitar a
contaminação do combustível com a água procedente da condensação, que ocorre em
espaços vazios dentro do tanque. Com isso se evita também, a oxidação (ferrugem)
interna no mesmo.
•Verifique periodicamente o estado da borracha de vedação da tampa do tanque. Caso
esteja danificada, deve ser substituída por uma nova.
•Nunca elimine o filtro de tela do bocal de abastecimento, troque-o quando apresentar
rasgo na tela.
•Use a sempre tampa original
Limpeza dos Filtros de Tela da Sucção e
respiro do Tanque de Combustível

•Drene periodicamente(de acordo com manual do operador) o


tanque de combustível utilizando um recipiente adequado para o
óleo diesel. Limpar periodicamente,
•Retire o filtro de tela e limpe-o com óleo diesel limpo. conforme necessidade

NOTA:
Existe modelo sem filtro.

Monte o filtro na ordem inversa à desmontagem e certifique-se


que não exista vazamento de combustível.
Manutenção do Sistema de Combustível

Drenagem do Sedimentador
IMPORTANTE:

Diariamente, antes de dar a partida do motor, faça a drenagem da água e das impurezas que se
acumulam no fundo.
Solte o bujão de dreno situado na parte inferior e deixe escorrer o suficiente para eliminar o
vestígio de água e impurezas.
Substituição do Filtro e Limpeza do
Sedimentador do Combustível
•A cada 250 horas de trabalho faça a substituição do filtro de combustível e a limpeza
do sedimentador.
•Para a desmontagem desses componentes, solte o parafuso central e desmonte-os,
conforme a ordem das figuras abaixo.

OBS:sempre utilizar
filtros originais
recomendados pelo
fabricante

Limpe a superfície em torno do cabeçote do filtro.

ATENÇÃO:
Aperto exagerado dos filtros poderá causar danos na rosca ou nas juntas de vedação.
Manutenção dos Bicos Injetores

•Verifique a pulverização, estanqueidade e pressão dos bicos injetores a cada 1000


horas de trabalho.(regular a pressão dos injetores de acordo com tabela do fabricante)

•Bico desregulado ou ruim pode provocar perda de potência, fumaça escura, ruído no
motor e aquecimento podendo comprometer a vida útil do motor.
Danificação do Topo do Pistão por Erosão

Aspecto
• Erosão da cabeça do pistão, devido a
sobrecarga mecânica e desintegração
térmica.
Causas
Excesso de combustível injetado por ciclo.
• Injeção prematura (ponto adiantado).
• Pulverização incorreta.
• Falta de estanqueidade nos injetores.
Correção
• Regular bomba e bicos injetores para
obter correta injeção e pulverização de óleo
diesel.
• Corrigir o ponto de injeção de
combustível.
Sistema de Lubrificação
Um trator agrícola possui centenas de mecanismos móveis que se atritam e exercem
esforços. Portanto, uma lubrificação eficiente nesses conjuntos é de vital importância.
Por isso, só deve ser usado óleo ou graxa na especificação correta para cada aplicação e
deve ser trocado nos períodos recomendados.

A figura mostra esquematicamente a


lubrificação do virabrequim, do pistão
e do comando de válvulas de um
motor.
Alguns minutos sem lubrificação
nesses componentes seriam o
suficiente para fundir o motor e
causar graves prejuízos.
O óleo lubrificante também possui
função de resfriamento dos
mecanismos móveis, absorvendo e
dispersando o calor gerado, além de
atuar como elemento de limpeza.
Bronzinas (Casquilhos)

Insuficiência de óleo nas bronzinas

Análise das Avarias


• Resultado de partida a seco.
• Bomba de óleo quebrou e faltou lubrificação.
• Nível de óleo abaixo do indicado.
Manutenção do Sistema de
Lubrificação do Motor
Nível de Abastecimento

•O nível do óleo do motor deve ser verificado diariamente, antes de dar a partida no
motor, com o trator em solo plano e horizontal. Remova a vareta e verifique o nível do
óleo.
•O nível deve estar entre as marcas mínima e máxima da vareta de nível (2).
•Para completar o nível de óleo do motor remova a tampa do bocal de abastecimento
(1), coloque o óleo apropriado.
Substituição do Filtro e do Óleo Lubrificante
A cada período determinado pelo Manual do Operador deve-se substituir o filtro e o
óleo lubrificante. Isto é muito importante para maior vida útil do motor.
Para tratores novos VALTRA a primeira troca deve ser feita após 100 horas de trabalho,
a segunda quando o horímetro atingir 250 horas de trabalho e as demais a cada 250
horas.

Procedimentos

• Coloque o trator num local plano


e horizontal.
• Remova o bujão de dreno do
carter e deixe escoar todo o óleo num
recipiente adequado.
• Essa operação deve ser realizada
com o óleo ainda quente.

ADVERTÊNCIA:
Evite o contato com o óleo drenado, ele está aquecido e pode causar queimaduras. O óleo e os
filtros usados devem ser manejados com cuidado e colocados em locais adequados.
Procedimentos (cont.)

• Remova o filtro • Lubrifique a borracha de • Coloque o óleo novo no


manualmente ou com auxílio vedação do filtro novo com bocal de abastecimento (1)
de uma cinta. um pouco de óleo e aperte-o até completar o nível,
• Limpe o suporte do filtro com apenas o suficiente para que verificado através da
um pano que não solte não haja vazamentos. vareta (2).
fiapos.

IMPORTANTE:
Não se esqueça de usar filtros genuínos, garantidos pelo fabricante.
Filtro original
Sistema de Arrefecimento

O sistema de arrefecimento tem a finalidade de eliminar o excesso de calor produzido


pelo motor. A queima do combustível e o atrito das peças em movimento geram calor,
por isso o motor deve ter um sistema que mantenha a temperatura adequada de
funcionamento.
Valvula Termostatica

O controle da temperatura no sistema é feito através


da válvula termostática, que controla o fluxo da água,
em função da temperatura.
Quando a válvula está fechada, a água não passa pelo
radiador, o que facilita o aquecimento inicial do motor,
até atingir a temperatura de trabalho. Com a válvula
termostática aberta, a água passa pelo radiador e
promove a troca de calor para que o motor trabalhe na
temperatura ideal de funcionamento.

IMPORTANTE:

Nunca utilize o trator sem a válvula termostática,nessa situação o motor não trabalha em sua
temperatura ideal de funcionamento.
Nunca utilize o trator com a válvula termostatica inoperante, o motor poderá superaquecer e
fundir.
Engripamento por Refrigeração Deficiente
Aspecto
• Engripamento do pistão,
preferencialmente sobre o eixo do
pino (cubo).
Causas
• Arrefecimento deficiente, devido a
vazamentos, falta de líquido
refrigerante, formação de depósitos no
bloco, radiador parcialmente obstruído
e termostato com mau funcionamento.
• Nos motores arrefecidos a ar,
depósito de sujeira nas aletas dos
cilindros.
Correção
• Revisar periodicamente o sistema de
arrefecimento, (bomba d’água,
radiador, correia, ventilador e válvula
termostática.
Tampa do Radiador

A principal finalidade da tampa do radiador é retardar o ponto de fervura da água e


regular a pressão interna do sistema.

ADVERTÊNCIA:
Espere o líquido esfriar antes de abrir a tampa. Se abri-la com o líquido muito quente e com a
pressão existente no sistema poderá sofrer queimaduras. Após esfriar, gire a tampa até a primeira
posição ou ¼ de volta para deixar escapar o vapor e a pressão remanescente e só depois remova
a tampa.
Verificação da Tampa do Radiador

Verifique periodicamente as condições da junta de vedação da tampa.

Aperte com os dedos a válvula de


Faça a mesma verificação na válvula de
pressão (maior) e verifique o
depressão ou vácuo (menor).
movimento livre da mesma (mola
Substitua a tampa, caso apresente defeito.
emperrada).
Ao trocar a tampa observe o número que está gravado na parte
superior da tampa (7 psi), pois ele determina a pressão correta do
sistema de arrefecimento.
Correia do Ventilador

O motor aciona a bomba d’água, o ventilador e o alternador através da correia do


ventilador que está ligada à polia do virabrequim do motor.
Verifique periodicamente a tensão da correia entre o ventilador e a polia de
acionamento. Esta deve ceder cerca de 1 a 2 cm. Ajuste a tensão da correia, se
necessário.
Manutenção do Sistema de Arrefecimento
Antes de dar a partida no motor, verifique diariamente o nível da água (células cobertas) do
radiador e complete, se necessário, com água potável misturada com o aditivo.
A cada 1000 horas de trabalho, substitua completamente a água do radiador.
Adicione um anticorrosivo ou anticongelante na proporção recomendada pelo fabricante.
Não misture marcas diferentes, pois poderá ocorrer reação química.
O não uso do aditivo causa danos aos componentes do motor.
Adicionar sempre o aditivo à água, nunca o inverso.
Recomenda-se preparar a mistura, água + aditivo em separado.
Geralmente o anticorrosivo é na proporção de 3% e o anticongelante em 40%.
Nas regiões quentes não há necessidade de usar um anticongelante.

Danos ao motor por deficiência do sistema de arrefecimento


Causas
• Falta de aditivo na água do radiador causa oxidação no bloco, como também
cavitação nas camisas.
• A falta do aditivo pode causar também oxidação nos componentes da bomba d’água
do motor, tampa do radiador e válvula termostática.

IMPORTANTE:
• Verifique se há vazamentos nas mangueiras, reaperte as abraçadeiras ou troque as mangueiras,
se necessário.
• Limpe regularmente as colméias do radiador, máscara e a tela protetora com ar comprimido, de
dentro para fora.
• Verifique as pás do ventilador e o defletor do radiador.
• Verifique se o marcador de temperatura está funcionando.

ATENÇÃO:
• Cuidado ao manusear as pás do ventilador, pois elas são balanceadas.
Embreagem

O conjunto embreagem é o componente mecânico


responsável pela transmissão da potência do motor para a
caixa de câmbio.

A embreagem possui basicamente 3 funções:

1. Transmitir o movimento do motor para os demais


mecanismos da caixa de câmbio / transmissão, de
modo suave e gradativo sem vibrações ou
deslizamentos.
2. Interromper a transmissão da potência do motor à
caixa de câmbio / transmissão, permitindo a troca
suave das marchas.
3. Permitir a parada do trator e de um equipamento
acionado pela TDP.
Tipos de Embreagem

Embreagem simples Embreagem independente (dupla)


Acionamento da Embreagem
O controle da embreagem é feito por meio de
pedal e alavancas. Esta relação de alavancas
permite multiplicar a força aplicada pelo
operador no pedal, o suficiente para vencer a
forte pressão das molas (membrana ou de
pressão), liberando ou acoplando o disco da
embreagem.

ATENÇÃO:
• Quando estiver operando normalmente o trator, não descanse o pé sobre o pedal da
embreagem, pois isto ocasiona o desgaste prematuro do disco, platô, volante do motor e
rolamento de encosto (chamamos isso de enforcamento do sistema).
• No trator com embreagem dupla, não deve ser esquecida a alavanca da embreagem da TDP
acionada (enforcada), pois pode danificar o mancal de encosto do motor.

IMPORTANTE:
Não inicie ou reinicie a operação com o implemento penetrado no solo, pois precisará de mais
rotação do motor (força) para mover o trator / implemento e causará desgaste prematuro do
conjunto.
Tipos de Embreagem
Para garantir que as molas atuem totalmente sobre o disco da embreagem, deve-se deixar
uma folga entre o rolamento de encosto e os atuadores do platô (gafanhotos ou mola
membrana). Essa folga é o que chamamos de “curso livre do pedal”.
Esta folga diminui à medida que ocorre desgaste do disco e se não for verificada, os
atuadores se apoiarão no rolamento de encosto e a embreagem ficará enforcada.

Para verificar esta folga, pressione o pedal com


a mão até sentir o contato do rolamento de
encosto com a mola membrana ou gafanhotos,
que deve ficar entre 20 a 30 mm.

Atualmente nos tratores semi pesados,o


rolamento trabalha encostado no platô com
uma carga de 2 bar proveniente de uma mola,
mantendo-se a mesma folga no pedal.

ATENÇÃO:
Fique atento com relação à folga livre do pedal. Essa folga tende a diminuir com o desgaste do
disco. Faça nova regulagem quando o valor atingir o limite especificado para cada modelo de
trator.
Análise de Avarias em Platôs

Mola membrana desgastada

Causa:
• Rolamento engripado ou travado.
Placa de pressão superaquecida

Causas:
• Contínua fricção do disco (patinação).
• Óleo ou graxa no revestimento do disco.
• Falta de folga no conjunto (enforcada).
• Mecanismo da embreagem com acionamento dificultoso.
Análise de Avarias em Disco

Revestimento queimado ou solto

Causas:
Contínua fricção no platô (patinação), gerando superaquecimento.
• Óleo ou graxa no revestimento.
• Falta de folga no conjunto (enforcada).
• Mecanismo de embreagem com acionamento dificultoso.
• Trancos nas saídas, em alta rotação (solto).
Pastilhas queimadas

Causas:
• Não foi feito um correto amaciamento do disco.
• Ocorreu patinação, gerando superaquecimento.

IMPORTANTE:
Nas primeiras 30 a 40 horas (fase de amaciamento) é preciso tomar muito cuidado com o uso da
embreagem, para garantir a sua eficiência e durabilidade.
Embreagem Independente (Dupla)

NOTA:
A folga ou curso livre desta alavanca deve ser de 50 mm.

ATENÇÃO:
A alavanca da embreagem deverá permanecer acionada (puxada) somente por um curto período
de tempo, (máximo 1 min. para MWM e 5 min. para VALTRA).

IMPORTANTE:
Nunca esqueça a embreagem da TDP (dupla) acionada por longo período (enforcada), pois poderá
ocorrer desgaste no mancal de encosto do motor.
Análise da Avaria

Desgaste causado por sobrecarga axial


Cuidados com o Sistema de Embreagem

Sem mangueira de lubrificação Com mangueira de lubrificação

Consulte o Manual do Operador do respectivo modelo de trator, para localizar os


procedimentos corretos de lubrificação do sistema.
Lubrifique os feltros até que os mesmos fiquem embebidos de óleo, utilizando uma almotolia
com óleo SAE 90, a cada 250 horas.

IMPORTANTE:
A não lubrificação da guia da embreagem, poderá causar sérias avarias no sistema.
Instruções Básicas de Operação
Para que você possa obter o máximo de proveito e uma vida útil longa do seu trator, como
também, preservar a sua segurança no trabalho, é fundamental que você saiba operá-lo
corretamente.
Veja a seguir algumas instruções básicas, porém muito importantes para alcançar este
objetivo.

Antes de operar o trator, conheça todos os recursos técnicos que ele pode lhe oferecer.
Localize todos os comandos e controles, conheça a função de cada um, a fim de obter o
máximo rendimento e maior durabilidade do trator.
Verificações Diárias Antes do Trabalho
Faça as verificações de rotina diariamente, antes de dar a partida no motor, para certificar-se
de que o trator está em perfeitas condições para o trabalho.

Siga os procedimentos abaixo:

• Drene a água e as impurezas do sedimentador e do filtro de combustível.


• Verifique o nível de óleo do motor, que deve ficar entre as marcas mínimo e máximo da
vareta de medição.
• Verifique o nível de óleo do freio.
• Verifique o nível da água do radiador. Complete, se necessário, com água potável
misturada com o aditivo recomendado.
• Pressione a válvula de descarga de pó do filtro de ar, a fim de remover a poeira
acumulada.
• Verifique a folga livre do pedal da embreagem da transmissão, como também, a folga da
alavanca da embreagem da TDP (equipado com embreagem dupla).
• Verifique o funcionamento das lâmpadas do painel (existem painéis com LEDS).
• Inspecione visualmente o estado geral do conjunto trator implemento.
• Verifique sempre as folgas das alavancas de marcha e do grupo, como também, o estado
geral dos guardas pó.
Painel de Instrumentos

BF BM e BH
Luzes de Alerta (Lado Esquerdo)
Luzes de Alerta (Lado Direito)
Cuidados Durante a Operação do Trator

Quando estiver se deslocando em estradas, mantenha os pedais de freio sempre unidos


pela trava de união (3).
Evite pegar no volante de direção para subir no trator.
Em tratores que possuem transmissão não sincronizada, evite trocas de marchas
desnecessárias com o trator em movimento, sob pena de danificar o conjunto.
ATENÇÃO:
Não faça a mudança do grupo de velocidades (L, M, H ou R) com o trator em movimento.

IMPORTANTE:
Com as alavancas de marchas em neutro ou o pedal de embreagem acionado, a bomba de
óleo interna da caixa de câmbio não funciona (acende alerta de STOP). Portanto, além do fator
segurança, nunca desça ladeira nestas condições, porque irá faltar lubrificação nos componentes e
travar o conjunto. Ex: LP.
BH 180
Análise de Material

No laboratório é analisado o material usado na confecção da peça e o tratamento


térmico que esta recebeu (cementação, têmpera e revenimento).
Recomendações Importantes

Observe constantemente as luzes de alerta do painel. Se algum alerta


permanecer aceso após a partida ou durante o trabalho, pare o trator e
procure definir a causa do problema.
• Não desligue o motor bruscamente caso o mesmo venha a superaquecer,
mantenha o motor funcionando em baixa rotação durante alguns minutos
antes de desligá-lo.
• Durante a jornada de trabalho, faça algumas paradas para uma rápida
vistoria no conjunto trator / implemento.
• Durante a operação com carga contínua, utilize sempre o acelerador
manual.
• Nas manobras de cabeceira não é bom manter a direção esterçada até o
batente por muito tempo e utilize sempre o acelerador de pé, controlando a
rotação de acordo com a necessidade.
Uso da Barra de Tração
A barra de tração é utilizada para operar implementos de arrasto (grades de arrasto,
terraceador, etc).
É importante salientar que o engate da barra de tração deve estar numa altura adequada, de
modo que o cabeçalho esteja paralelo ao solo ou com leve inclinação tendendo a forçar o
trator ao solo e a barra deve permanecer o mais próximo possível da sua posição central,
evitando esforço lateral do trator.

Barra de Tração com Degrau e Cabeçote de Engate

Esta barra de tração é ideal para os tratores de grande porte. Permite alturas diferentes de
engate para adequação à altura do implemento.
ADVERTÊNCIA:
• Na operação com carretas, utilize somente o gancho de tração. Inspecione
o pino de engate quanto ao desgaste e verifique se o mesmo está
corretamente posicionado e travado.
• No transporte de cargas, verifique a distância necessária para a frenagem,
leve em consideração que, quanto maior for a carga, maior será a distância
para parar.
• Use a velocidade adequada para cada operação, utilizando sempre
marchas reduzidas quando operar ou transitar em declive e aclive.
• Nunca transporte cargas que superem o próprio peso do trator, a menos
que a carreta tenha seu próprio sistema de freio.
• Na operação em rampas e terrenos acidentados tenha em mente a
possibilidade da parte dianteira do trator levantar-se, perdendo a estabilidade.
Caso necessário, utilize contrapesos dianteiros para equilibrar o trator.
• Não altere as características construtivas do trator, pois poderá colocar em
risco a sua própria segurança.
Tração Dianteira
A tração dianteira auxilia o trator a ter melhor desempenho e produtividade.
Para que a tração dianteira de seu trator possa ter uma excelente durabilidade, observe
as seguintes recomendações:

Linha leve Linha média


Linha pesada (antiga) Linha pesada (nova)
Não tente engatar a tração dianteira com o trator em movimento, devido a diferença
entre e relação de transmissão dianteira e traseira (poderá ocorrer danos no sistema).
• Use a tração dianteira somente em serviços de campo.
• Quando estiver trafegando em estradas e rebocando cargas, use-a somente se for
indispensável.
• Não use a tração dianteira com velocidade acima de 15 km/h.
• Não use pneus com desgastes diferentes entre si, nem de marcas diferentes.

Componentes do eixo dianteiro com bloqueio automático


Bloqueio do Diferencial (Transmissão)

Linha pesada
Quando estiver num terreno escorregadio e uma das rodas traseiras patinar, pare o trator e
acople o bloqueio do diferencial, pisando no pedal para baixo e travando-o.
Assim que as rodas voltarem a tracionar normalmente, desacople o bloqueio, pisando no
pedal para baixo e soltando-o em seguida.

ATENÇÃO:
Não faça manobras ou esterce a direção com o bloqueio acionado.
Acoplamento de Implementos

Sistema 3 pontos
Procedimento para Acoplar Implementos ao
Sistema de Engate (3 Pontos):
• Com o trator em marcha à ré, vá de encontro ao implemento até alinhar os
braços inferiores (1) e (2) com os pinos de engate do implemento.
• Utilize a alavanca de posição para controlar a altura dos braços.
• Engate o implemento na seguinte ordem:
1. Braço esquerdo
2. Braço do terceiro ponto
3. Braço direito
• Se o ponto de engate do implemento ficou afastado do braço direito, faça a
sua aproximação rosqueando ou desrosqueando o braço do terceiro ponto.
• Se o braço direito estiver mais baixo ou mais alto que o ponto de engate,
utilize a manivela niveladora para efetuar o alinhamento. Alguns modelos de
tratores são equipados com “dois fusos” que permitem a regulagem
independente de cada braço, tornando mais fácil o acoplamento.
Conexões de Levante

Para ajustar o braço de levante esquerdo (3), solte e retire o pino conectado no braço
inferior, gire o braço e ajuste o comprimento desejado.
Para facilitar o acoplamento e a regulagem dos implementos, os braços de levantamento
(1 e 2) podem ser regulados no seu comprimento de forma a modificar a altura do ponto
de engate dos braços de acoplamento inferiores, utilizando para isto o sistema de
manivela ou fuso.
Para possibilitar a adequação da sensibilidade do sistema com o solo a ser trabalhado,
os tratores possuem um suporte, geralmente com 3 furos para o braço do terceiro ponto.
• Furo Superior: Para solos de consistência dura (menor sensibilidade).
• Furo Intermediário: Para solos de consistência média ou mista (sensibilidade média).
• Furo Inferior: Para solos de consistência mole (maior sensibilidade).
Posição dos Furos dos Braços Inferiores
Os braços inferiores do hidráulico dos tratores possuem vários furos que podem ser
utilizados conforme a necessidade.

O furo mais próximo do trator deverá O furo mais distante do trator deverá
ser utilizado na maioria das ser utilizado quando forem usados
operações. implementos mais pesados.
Use a trava nesta posição quando o Use a trava nesta posição quando o
implemento a ser utilizado for de implemento a ser utilizado for de
grande penetração (arados, pequena penetração (grade
subsoladores). niveladora, semeadora) ou de
superfície (pulverizadores,
roçadeiras).
Comandos do Sistema Hidráulico –
Linha Leve

Linha Leve (685 – 785 – BF)


Através desta alavanca obtém-se o controle de posição de sensibilidade e profundidade
de trabalho.
A cada posição da alavanca corresponde uma determinada altura do implemento.
Uma vez determinada a profundidade de trabalho, estará determinada a sensibilidade do
sistema automaticamente.
Esta regulagem é feita da seguinte forma: Com o implemento na posição de trabalho
(alavanca totalmente para frente), desloca-se a alavanca gradativamente para trás,
eliminando o curso morto, a partir daí inicia-se o controle da sensibilidade e
profundidade.

Alavanca de controle de velocidade de descida


Alavanca para frente (do trator), a descida do implemento é lenta.
• Alavanca para trás, a descida é rápida.
• Durante o transporte do implemento, utilizando o conjunto 3 pontos, utilize-a
na posição de reação lenta.

NOTA:
• A velocidade de descida influi no controle da tração (sensibilidade). Se a velocidade
de descida for lenta, o controle automático da tração será lento e vice-versa.
• Normalmente deve-se manter a alavanca de controle da velocidade de descida na
posição mais rápida, desde que permitida pelas condições de segurança.
Comandos do Sistema Hidráulico –
Linha Média

BM 85 – 100 – 110 – 120 – 125i


Alavanca de Controle de Posição

Cada posição da alavanca corresponde a uma determinada altura do implemento.

ADVERTÊNCIA:
Tenha muito cuidado no uso das alavancas de controle de posição. Antes de acioná-la,
verifique se o implemento ou qualquer outra máquina que estiver acoplada no trator
não atinja pessoas, animais, objetos ou você mesmo, na sua descida ou no seu
levantamento.
Alavanca de Controle de Sensibilidade

Quando a alavanca é colocada na posição frontal do quadrante (encostada no batente)


permite grandes forças de tração sem que o sistema venha a corrigir a profundidade do
implemento (mínima sensibilidade).
Deslocando a alavanca para a parte traseira a sensibilidade do sistema é aumentada
gradativamente, conforme o curso em que a alavanca foi deslocada.
Quando a alavanca atingir a traseira do quadrante, o sistema está com a máxima
sensibilidade.

NOTA:
Quanto maior a sensibilidade, menor será a profundidade de corte do implemento, e vice versa.
Alavanca de Controle de
Velocidade de Descida

Determina a velocidade de descida do implemento e está diretamente ligada ao


controle de sensibilidade.
Sempre que possível, para implementos de penetração, utilize-a na posição de reação
rápida (lebre).
Durante o transporte do implemento, utilizando o conjunto 3 pontos, utilize-a na posição
de reação lenta (tartaruga).

NOTA:
O controle de reação rápida e lenta interfere na velocidade de reação da sensibilidade.
Comandos do Sistema Hidráulico –
Linha Pesada

BH 145 – 165 – 185i / 1280 – 1780


Alavanca de Controle de Posição

Quando a alavanca de posição é deslocada para trás (puxada), os braços de


acoplamento inferiores são levantados e posicionados numa determinada posição.
A cada posição intermediária da alavanca corresponde a uma determinada altura do
implemento e, vice-versa.
Alavanca de Controle de Sensibilidade

Deslocando a alavanca de sensibilidade da posição traseira para a dianteira, a


sensibilidade é aumentada gradativamente conforme o curso em que a alavanca for
deslocada.
Quando a alavanca atingir a parte frontal o sistema está com a máxima
sensibilidade e quando a alavanca está totalmente para trás o sistema está
com a mínima sensibilidade.

IMPORTANTE:
Após determinar a profundidade ideal de trabalho, através da alavanca de
sensibilidade, utilize somente a alavanca de posição nas manobras.

NOTA:
Quanto maior a sensibilidade, menor será a profundidade de corte do implemento, e
vice versa.
Estabilizadores Telescópicos – Linha Pesada

Para o uso da sensibilidade é necessário usar o furo oblongo, para que os braços do
hidráulico possam trabalhar / movimentar.

Para o transporte coloque o pino no furo fixo.


Sistema de Sensibilidade
O uso incorreto do sistema de sensibilidade poderá trazer como conseqüência a
quebra de componentes do trator e do implemento.
A VALTRA não está preocupada somente em substituir peças, através do seu programa
de garantia, mas também, com a imagem do seu produto, para que ela não fique
comprometida devido à desinformação e mau uso desta tecnologia e principalmente, em
evitar outros prejuízos para o seu cliente, tais como:
• Tempo de paralisação do trator na oficina.
• Desempenho comprometido.
• Diminuição da vida útil da máquina, pois sobrecarrega o motor, transmissão e sistema
hidráulico.
• Aumento do consumo do combustível.
• Aumento do índice de patinagem e conseqüente desgaste excessivo dos pneus e
possível quebra de componentes da transmissão.
• Desgaste físico e emocional do operador, que faz o controle de ondulação
manualmente.
• Aumento do custo operacional e diminuição da produtividade.
Controles do Sistema Hidráulico Eletrônico
1. Seletor para levantar e abaixar os
braços inferiores, que possui três
posições de controles.
2. Tecla do sistema de amortecimento
de impactos.
3. Seletor de profundidade máxima do
implemento ou braços de levante.
4. Luz indicadora do sistema de
amortecimento de impactos.
5. Seletor de altura máxima.
6. Seletor de mixagem / sensibilidade.
7. Luz indicadora de abaixamento dos
braços inferiores.
8. Luz indicadora de levantamento dos
braços inferiores.
9. Seletor de velocidade de descida
dos braços inferiores.
10. Luz de diagnóstico de códigos de
falhas do sistema hidráulico
eletrônico.
NOTA:

Se a luz de diagnóstico de códigos de falhas (10) piscar com freqüência


variável, indicará a ocorrência de falhas no sistema e dependendo do número
de vezes que ela acende, indicará um código específico de falha, conforme
uma Tabela de Diagnóstico de Falhas, existente no Manual do Operador, na
seção Instruções Operacionais.

Se esta luz permanecer acesa, significa que os braços de levante não estão
ativados. Para ativá-los, gire o seletor (1) para a posição descer, que a luz se
apagará e todos os controles do hidráulico eletrônico serão ativados e ficarão
prontos para utilização.

Quando esta luz pisca intermitentemente numa mesma freqüência é porque o


sistema está no modo de espera. Para ativá-lo gire o seletor (1) na posição
subir ou descer.
Comandos do Controle Remoto
Os comandos do controle remoto (válvulas) normalmente são opcionais, podendo ser
solicitados de acordo com a necessidade do implemento. Alguns modelos são
equipados com válvula reguladora de fluxo.

O óleo contido dentro do cilindro hidráulico do implemento deverá ser da mesma


classificação e marca do óleo do reservatório do trator. A não observação desse
detalhe implicará na contaminação do óleo hidráulico, podendo trazer sérias avarias ao
sistema hidráulico do trator, como também, para a transmissão (sistema conjugado). Se
o implemento estiver parado por muito tempo, o óleo do cilindro também deve ser
drenado e trocado.
Quando não estiver usando o engate
rápido (macho), mantenha a tampa
plástica no seu lugar.

Proceda da mesma forma com o engate


do implemento (fêmea). O engate rápido
a ser acoplado deverá ser da mesma
classificação e marca do que está no
comando hidráulico do trator.

ADVERTÊNCIA:
Antes de acoplar a mangueira do cilindro hidráulico externo, despressurize o sistema e
limpe a superfície do engate rápido. Cuidado ao manusear o sistema, pois a pressão é alta.
Linha Pesada com Hi-Flow

BH 145 – 165 – 185i / 1280 – 1780


Funcionamento

As saídas controladas recebem óleo diretamente de uma bomba frontal e


só estão em operação quando acionado o seu devido interruptor (vazão
de 30 l/min e de 83 l/min).
As saídas do controle remoto trabalham normalmente com 51 l/mim e
quando é acionado o interruptor para alta vazão (transbordo), passa a
operar com 130 l/min.
Existe uma luz de alerta (console), que quando acessa indica que o
sistema de alta vazão está operando em “máxima pressão”.
Quando a alta vazão está em operação (ligada), a alimentação de óleo é
cortada nas saídas controladas e no sistema de levante (braços
hidráulicos).
Exemplo de Uso – Plantadeira
de Cana SERMAG

Na saída controlada de 83 l/min, acoplar nos engates rápidos de 3/4”


(maiores) as mangueiras que acionam as esteiras de distribuição de cana
(não podem parar). Recomendável fechar o registro do lado que não está
em uso (30 l/min).
Nas saídas do controle remoto, acoplar nos engates rápidos de 1/2”
(menores), as mangueiras que abaixam e levantam o sulcador da
plantadeira. Acoplar nos engates rápidos de 3/4”, na válvula com detente e
destrave automático, as mangueiras que alimentam a cabine (acionadas
de acordo com a necessidade e o principal comando é o controle da
esteira de distribuição de gemas).
Funcionamento Básico do Sistema
Hidráulico (3 Pontos)

Para que se possa entender o funcionamento do sistema hidráulico 3


pontos é necessário um estudo mais aprofundado, devido à
complexidade do sistema hidráulico.
No entanto, vamos ver de um modo prático, as reações que
acontecem com o trator, operando nas mais diversas situações de
terreno.
Trator Operando em Terreno Plano nas
Condições Normais
Operação em Terreno Acidentado, Roda
Dianteira Subindo uma Elevação
Operação em Terreno Acidentado, Roda
Traseira Subindo uma Elevação
Arado Atingindo uma Elevação
Transmissão, Eixos e Hidráulico

• Verifique os níveis de óleo periodicamente.


• Verifique se há vazamentos no circuito.
• Verifique se o óleo não está contaminado.
• Troque os filtros e o óleo nos períodos recomendados.
• Verifique os respiros, troque ou limpe conforme recomendado.
• Lubrifique os pinos graxeiros periodicamente.
• Verifique e limpe o filtro de sucção conforme recomendado.

ATENÇÃO:
Não deixe o óleo ficar abaixo do nível mínimo especificado, isto poderá causar graves
danos ao conjunto.
Verificação do Nível de Óleo – Linha Leve
Para verificar o nível de óleo, coloque o trator num local plano e horizontal.
Para verificar o sistema hidráulico, abaixe totalmente os braços inferiores.

Caixa de Câmbio Transmissão Final Hidráulico

Verifique se o nível de óleo está à 10 cm da superfície externa do bocal de enchimento.


Verificação do Nível de Óleo – Linha BL
Para verificar o nível de óleo, coloque o trator num local plano e horizontal.
Para verificar o sistema hidráulico abaixe totalmente os braços inferiores.

Caixa de Câmbio e Hidráulico


Transmissão Final
Eixo Dianteiro

Diferencial Planetárias
Verificação do Nível de Óleo – Linha Média
Para verificar o nível de óleo, coloque o trator num local plano e horizontal.
Para verificar o sistema hidráulico abaixe totalmente os braços inferiores.

Caixa de Câmbio, Hidráulico e Transmissão Final

NOTA:
No caso de operar cilindros de controle remoto que precisam de volume maior de óleo, o
nível pode ser mantido na marca máxima.
Eixo Dianteiro (Diferencial) Eixo Dianteiro (Planetárias)
Verificação do Nível de Óleo – Linha Pesada
Para verificar o nível de óleo, coloque o trator num local plano e horizontal.
Para verificar o sistema hidráulico abaixe totalmente os braços inferiores.

Caixa de Câmbio e Transmissão Final


Hidráulico
Eixo Dianteiro (Diferencial)
Freios

• Discos em banho de óleo.


• Acionamento hidráulico (BM 100, BM 110, BM 120, 1280 R, BH 140, BH 160, BH 180, 1780).
• Acionamento mecânico (685, 785, BF 65, BF 75, 700, 800, 900, BL 77, BL 88).
• Estacionamento mecânico.
Use sempre o óleo recomendado e siga os períodos de troca,
conforme a tabela abaixo:
PERÍODO DE TROCA DOS ÓLEOS / ADITIVOS – TRATORES VALTRA
PRIMEIRA SEGUNDA TERCEIRA PRÓXIMAS
GRUPO LINHA DE TRATORES
TROCA TROCA TROCA TROCAS

MOTOR TODOS 100 – – a cada 250 horas

LL a cada 1000 horas

TRANSMISSÃO LM / SÉRIE 100 100 500 1000 a cada 1000 horas

LP a cada 500 horas

EIXO DIANTEIRO TODOS 100 500 1000 a cada 1000 horas

HIDRÁULICO LL / LP / SÉRIE 100 100 500 1000 a cada 1000 horas

FREIO TODOS anual

A cada 10 horas ou diariamente, nos pontos indicados no manual


LUBRIFICAÇÃO TODOS
do operador (exceto no eixo traseiro)

ARREFECIMENTO TODOS 1000 – a cada 1000 horas


NOTA:
EIXO DIANTEIRO
a cada 250
Redutor Final TODOS 100 –
horas
(planetárias)

LUBRIFICAÇÃO
TODOS A cada 250 horas
Eixo Traseiro

GRUPO COMPONENTES
TRANSMISSÃO LL / Redutor/Multiplicador, Câmbio, Transmissão final e freio, Tomada de
S100 potência
TRANSMISSÃO LM Multitorque, Câmbio, Transmissão final e freio, Tomada de potência
TRANSMISSÃO LP Multiplicador, Câmbio, Transmissão final e freio, Tomada de potência
EIXO DIANTEIRO Diferencial, Redutor final (planetárias)
HIDRÁULICO Sistema hidráulico de 3 pontos e direção hidráulica

LINHA DE
TRATORES
TRATORES
SÉRIE 100 700, 800, 900
LEVE 685 / 785 (COMPACTO / FRUTEIRO), BF 65 / BF 75
MÉDIA 885 / 985 / 1180 / BM 85 / BM 100 / BM 110 / BM 120
PESADA 1280R / 1580 / 1780 / 1380 / 1680 / 1880 / BH 140 / BH 160 / BH 180
Sistemas de Classificação dos Lubrificantes
SAE = Viscosidade do Óleo
API = Serviço do Óleo
ISO = Viscosidade do Óleo (Industrial)
NGLI = Consistência da Graxa (0 a 6)

Viscosidade
É a propriedade principal dos lubrificantes, pois está ligada com a capacidade de
suportar cargas.
A função principal dos lubrificantes é separar as superfícies em movimento.
Com isso, reduz-se o atrito, o desgaste e a geração de calor.
Aditivos
Tendo em vista as limitações dos óleos minerais, foram desenvolvidas algumas
substâncias (os aditivos) para serem adicionadas a eles. Ex; extrema pressão (EP),
anticorrosivos, detergentes, antiespumantes, etc.
O aditivo EP melhora a película lubrificante, fazendo com que esta suporte mais carga
sobre ela. Evita-se com isso o atrito de metal com metal, que é o causador de
escoriações e arranhaduras nas engrenagens, rolamentos, etc.
API
S = Motores à gasolina e a álcool
C = Motores a diesel
Ex.: SAE 30 CD
SAE 15W40 CE ou CF-4
SAE 20W40 SJ
W = Winter (inverno), indica que o óleo é adequado para
uso em local muito frio.
Óleo que atende duas viscosidades (Ex.: 15W40) é
denominado multiviscoso.
API
GL = Diferencial / Transmissão (1 a 5)
Ex.: SAE 90 GL-5 (caixa de câmbio, eixo dianteiro LP)
TOU GL-4 (caixa de câmbio LM).
Exemplo: TDH SAE 80 GL-4 (Texaco)
TDH = Transmissão, Diferencial, Hidráulico
TOU (Tractor Oil Universal) = Norma de classificação de óleos para tratores

ISO VG 68 = Óleo usado na caixa do conjunto hidráulico


(LL e LP)
NGLI 2 (à base de sabão de lítio) = Graxa usada nos nossos
tratores.

NOTA:
É importante salientar que não há continuidade entre os graus de viscosidade para óleos de
motor e os de transmissão, apesar da aparente semelhança em seus sistemas de
numeração.
Importância da Lubrificação Correta
NOTA:
Graxa = 1/3 ou no máximo 2/3 da área total.

Estudos demonstram que mais de 50% das falhas com rolamentos são provocadas por
deficiência na lubrificação.
Excesso de lubrificante é tão prejudicial, quanto lubrificação insuficiente.
O excesso pode causar aumento da temperatura e também aumenta o seu torque.
Análise de Avaria

Desgaste dos componentes internos (caixa de câmbio) causados por sobrecarga


aplicada no conjunto ou problemas do óleo utilizado geram limalhas de metal (abrasivos)
que danificam as pistas dos rolamentos, flancos dos dentes das engrenagens, buchas,
etc. Esses desgastes geram barulho.
Distribuição de Peso e Lastragem

Lastrar significa aumentar o peso do trator, melhorando a sua aderência ao solo e


conseqüentemente, aumenta a força de tração e diminui a patinagem.

ATENÇÃO:
A lastragem incorreta pode afetar o desempenho do trator, pois o mesmo pode estar
consumindo parte da potência para carregar o seu próprio peso, além de aumentar a
compactação do solo.

Lastragem metálica consiste em acrescentar pesos de ferro nos aros traseiros e na


parte frontal do trator.
Lastros Metálicos
ATENÇÃO:
Não ultrapasse a lastragem máxima recomendada pelo fabricante.
Medidas do Pneu

É designada por dois conjuntos de números, o primeiro indica em polegadas o valor


nominal da largura (L) da secção e o segundo o diâmetro nominal interno (D) do pneu,
em polegadas:
Ex: 18.4 – 34
Capacidades de Lonas
(Ply Rating) 10 PR

É a unidade de medida internacional, que representa a resistência da carcaça do pneu,


não indicando necessariamente o número real de lonas com que o mesmo foi
confeccionado, uma vez que cada lona pode ter resistência superior ao padrão.
Lastragem com Água (Hidroinflação)
É a maneira mais simples de se aumentar o peso dos tratores, para melhorar sua força
de tração. Entretanto durante os trabalhos leves a água deve ser retirada dos pneus,
pois a lastragem aumenta o consumo de combustível e a compactação do solo.
Para encher o pneu com água, levante a roda do trator e gire-a até que a válvula tenha
alcançado a posição vertical mais elevada.
Desparafuse a parte móvel da válvula e introduza água no pneu com uma mangueira.
Interrompa de vez em quando o enchimento para permitir a saída livremente do ar (caso não
esteja usando um bico especial).
Quando começar a sair água pela válvula pare de encher.
Neste ponto o enchimento corresponderá a 75% (pneu diagonal) do volume do pneu (máximo
permitido).

NOTA:
• Nos tratores equipados com tração auxiliar (4X4), a lastragem e pressão de inflação
incorreta altera a relação de avanço do eixo dianteiro (rodas), podendo ocorrer avarias no
conjunto e comprometer o seu desempenho. Dependendo da operação, poderá ocorrer o
fenômeno POWER HOPE (galope).
• Em determinadas situações que ocorrer o fenômeno POWER HOPE, é necessário
recalibrar a pressão dos pneus dianteiros (aumentar), mas não ultrapassando o limite
máximo permitido. Retire também, gradativamente, os contrapesos dianteiros, até eliminar o
galope.

ATENÇÃO:
Nos tratores com rodagem dupla na traseira, a lastragem deve ser feita somente nos pneus
internos. A pressão dos pneus internos deve ser de 2 a 4 psi maior que a dos externos.
Pressão Correta dos Pneus
A durabilidade dos pneus depende em grande parte do emprego da pressão correta de
enchimento e da boa manutenção.

Conseqüências da Pressão Insuficiente


• Diminuição da velocidade e aumento do consumo de combustível.
• Quebra das lonas na zona de flexão, por excessiva movimentação.
• Redução de resistência dos flancos do pneu aos cortes causados pelo terreno.
• Desgaste irregular da banda de rodagem.
• Rachaduras na base das garras e arrancamentos das mesmas.
• Deslizamento do pneu sobre o aro, provocando o arrancamento da válvula de enchimento
da câmara.

Conseqüências da Pressão Excessiva


• Maior consumo de combustível.
• Perda de tração.
• Aumento da compactação.
• Desgaste prematuro da banda de rodagem.

Pressão Recomendada
Consulte o “Manual do Operador”.
Patinagem
Existe uma forma prática de definir o índice de patinagem, basta examinar as marcas
deixadas no solo, conforme ilustração abaixo:
NOTA:
Todo trator precisa trabalhar com índice de patinagem.
Comandos da Cabine

1. Seletor da velocidade do ventilador.


2. Seletor de temperatura do ar quente.
3. Seletor do ar condicionado.
4. Rádio (opcional).
1. Alavanca de controle da recirculação de ar.

• Para a esquerda, permite a entrada do ar externo.


• Para a direita, impede a entrada do ar externo e promove a recirculação do ar interno.
Manutenção dos Filtros da Cabine

A cada 250 horas limpe o filtro, batendo com a palma da mão ou aplicando ar
comprimido seco, com pouca pressão (5 bar).
A cada 1000 horas troque os dois filtros.
Remova o seletor de recirculação (1), a grelha (2) e o filtro (3).
Lave o filtro (3) com água limpa e enxugue-o antes de reinstalar.

NOTA:
Em trabalhos com alta concentração de pó, poderá ser necessária a troca dos filtros com
maior freqüência.
Em trabalhos de pulverização deverá ser usado filtro de carvão ativado.
Operação e Regulagens dos Implementos

Operação com Grades


Discos
Peso
No de Largura Ø do Profundidade Potência no
Modelo (Discos
Discos de Corte Dimensões Espaçamento Eixo de Corte Motor
Ø 28”)

14 1750 mm Ø 26” x 1630 kg 80 – 90 cv


16 2000 mm 6,0 mm 1920 kg 95 – 105 cv
18 2300 mm ou 2139 kg 110 – 120 cv
20 2570 mm Ø 28” x 2272 kg 120 – 140 cv
24 3110 mm 7,5 mm 2554 kg 145 – 160 cv
GAICR 28 3650 mm 270 mm 1.5/8” 120 – 200 mm 2786 kg 170 – 180 cv
32 4180 mm 3798 kg 210 – 220 cv
36 4720 mm 4186 kg 230 – 250 cv
40 5250 mm 4618 kg 250 – 280 cv

Exemplo de tabela de fabricante

Durante a operação com grades, observe se a barra de tração do trator encontra-se


destravada.
Certifique-se de que o cabeçalho da grade encontra-se na posição horizontal ou levemente
inclinada para trás.
Deixar sempre um ponto a mais de abertura na seção traseira, para proporcionar melhor
equilíbrio e desempenho do conjunto trator / implemento.
Durante a operação, verifique se a barras estabilizadoras estão livres.
Em solos arenosos ou pouco compactos, recomenda-se regular o ângulo de corte conforme a
necessidade, evitando sobrecarga no trator e desgaste prematuro do implemento.
Faça as manobras sempre pelo lado esquerdo.
Evite remonta desnecessária dos discos sobre a terra já gradeada, caso necessário, regule o
deslocamento lateral da grade. A remonta excessiva provoca perda de produtividade.
Seção Dianteira e Traseira

As ilustrações “2 furos” e “1 furo” mostram um exemplo de como deixar um ponto a


mais de abertura na seção traseira.
Quanto maior a distância entre as seções maior será a profundidade de trabalho.
Acione o comando para abaixar os pneus, até conseguir colocar um pino no furo (A).
Acione o comando para levantar os pneus até que o cabeçalho fique na altura da barra
do trator.

ATENÇÃO:
Não esqueça de retirar o pino do furo (A) logo que engatar a grade no trator.
Alterando a fixação do cabeçalho até o furo nº 5 consegue-se maior ângulo de corte e
maior profundidade de trabalho.
Deslocamento lateral tem por finalidade centralizar a grade em relação ao trator.
Operação com Implementos Acoplados
ao “3 Pontos”

AAR – Arado de Aivecas Reversível


Largura de Potência
No de Altura Profundidad
Modelo Corte Espaçamento Peso Kg no Motor
Aivecas Livre e de Corte
(mm)
AAR 3 03 1350 1082 120 cv
AAR 4 04 1800 710 mm 820 mm Até 400 mm 1240 140 cv
AAR 5 05 2250 1400 160 cv
Exemplo de tabela de fabricante

Quando em operação com implementos de 3 pontos, observe a regulagem e a fixação correta


dos estabilizadores.
Observe a posição correta do terceiro ponto, utilizando os furos corretos de acoplamento do
trator e da torre do implemento.

NOTA:
Evite operar com o terceiro ponto inclinado para trás.

Regule corretamente as alavancas de controle de posição e sensibilidade.


Sempre que possível, utilize a alavanca de reação (velocidade de descida) na posição rápida.
Regule corretamente o conjunto trator / implemento.
Operando com arado de aivecas, observe se o leme (guia) traseiro encontra-se na última
aiveca.

IMPORTANTE:
Certifique se de que o sistema de sensibilidade esteja funcionando corretamente.
O eixo transversal (A) do arado pode ser deslocado para a direita ou para a esquerda,
obtendo-se maior ou menor largura de corte.
O eixo de engate é excêntrico e ao girá-lo, obtêm-se maior ou menor ângulo de corte.
Regulagens Horizontais

Existem 3 regulagens horizontais para aumentar ou diminuir a rotação dos discos:


0. Normal.
1. Menor rotação.
2. Maior rotação (nas palhadas, muita vegetação e terra úmida, para diminuir o
embuchamento).
Quando o trator tende a ir do lado da terra arada, deve-se abrir a roda guia e quando a
tendência do trator for para o lado oposto, deve-se fechar a roda guia.
Regulagens Verticais

Solos de Difícil
Penetração Solos Médios (Mistos) Solos de Fácil
Penetração
(Argilosos) (Argilosos)

O arado deve ser alinhado longitudinalmente ao trator, através dos estabilizadores do 1º e 2º


ponto.
Deve ser nivelado transversalmente, através da manivela do 2º ponto.
Se o 1° disco do arado estiver aprofundando mais que o último disco, aumente o
comprimento do 3º ponto.
Se o último disco do arado estiver aprofundando mais que o 1º disco, diminua o comprimento
do 3º ponto.
Acoplar o 3º ponto no furo correto do suporte do apalpador do trator, para maior ou menor
sensibilidade.
Discos Lisos e Recortados
Veja o porquê dos discos das grades serem lisos ou recortados:
Na figura 1, o disco está trabalhando a uma profundidade que põe em contato com o
solo 50 cm do seu perímetro.
A espessura do disco é de 1 cm (10 mm).
O disco está suportando um peso de 250 kg.
Matematicamente, este disco (liso) está exercendo a pressão de 250 kg, dividida por 50
vezes de 1 cm, ou seja, 5 kg/cm², conforme demonstra a equação:
250 kg ÷ 50 cm X 1 cm = 5 kg/cm².
Nas mesmas condições, um disco que tenha a metade do seu perímetro efetivo (50 cm)
removida por meio de chanfros, ficará com um perímetro efetivo em contato com o solo
de 25 cm (figura 2). Neste caso a equação será:
250 kg ÷ 25 cm X 1 cm = 10 kg/cm².
Então, onde a penetração para cortar matos, palhadas ou terra em descanso é a
finalidade principal, a grade deve ser equipada com discos recortados. Este tipo de
disco é menos resistente à abrasão.

CONCLUSÃO:
Ao cortar um solo com torrões grandes, o disco liso promove apenas um impacto em cada
torrão, ao passo que o disco recortado atua como uma serra e continua a desintegrar o
torrão enquanto está em contacto com ele.
Tipos de Grades
ESPAÇAMENTO DIÂMETRO DOS
PROFUNDIDADE
TIPO CLASSIFICAÇÃO ENTRE DISCOS DISCOS
(mm)
(mm) (polegadas)
LEVE 235 24 – 26” 150 – 180
INTERMEDIÁRIA 270 26 – 28” 150 – 200
ARADORA
PESADA 340 30 – 32 – 34” 200 – 270
SUPER PESADA 430 30 – 32 – 34 – 36” 280 – 300
175
NIVELADORA – 16 – 18 – 20 – 22” 50 – 150
200

Velocidades Recomendadas para Algumas Operações


OPERAÇÃO km/h

Subsolagem 4a5

Arado 5a7

Grade aradora 6a8

Grade niveladora 9 a 12

Distribuição de Calcário 6a9


Cardan
Com o implemento devidamente
engatado ao trator, mas sem o eixo
cardan, movimente o hidráulico até
achar a distância mínima (A) entre a
TDP e o implemento.
Utilizando implemento de arrasto, faça
curva com o trator até o limite máximo
e observe também o comprimento do
cardan.
Deverá existir folga dos dois lados de
50 a 70 mm.

A montagem correta do eixo cardan é


como mostra a figura acima. Observe a
disposição dos garfos das cruzetas,
alinhados.

NOTA:
A montagem errada provoca vibração excessiva que é prejudicial à transmissão.
Manutenção e Conservação
Limpeza do Equipamento

Conserve sempre o implemento limpo e lubrificado.


Transporte de Implementos

Ao transportar implementos, amarre-os para impedir a sua movimentação.


Limpeza e Proteção do Implemento

Retire toda a sobra de adubo e sementes dos depósitos dos implementos


usados na semeadura e adubação.
Após a limpeza, pulverize óleo nos compartimentos para evitar ferrugem e
manter o implemento protegido.
Cuidado para Evitar a Contaminação do Óleo

Utilize tecido (pano) para limpar balde, bandeja ou funil, utilizados para trocar
ou completar óleos lubrificantes ou diesel. É importante evitar a contaminação
do combustível ou óleo lubrificante com qualquer tipo de impureza.
Utilize sempre tecidos limpos.
Não utilize estopa para limpar recipientes ou varetas de nível.
Remonta de Lubrificantes

Para remonta de lubrificantes, utilize sempre óleo da mesma especificação e


marca.
Não transporte óleo diesel ou lubrificante em galões sujos ou contaminados, o
que pode causar sérios danos ao trator.
Armazenamento de Combustível

O armazenamento de combustível
exige certos cuidados especiais,
como a infiltração de impurezas e
água (na forma de condensação), o
que pode contaminar o combustível.
Para evitar a contaminação, monte o
reservatório um pouco inclinado para
traz, isso permite o assentamento de
impurezas no fundo do tambor.
Deve ser armazenado em local
coberto, protegido do sol e da chuva,
isolado de produtos como inseticidas,
herbicidas, adubos ou produtos
químicos.
Nunca use tambores de produtos
químicos para armazenar
combustível.
Segurança no Trabalho

A sua Segurança Depende do seu Envolvimento!

Operar máquinas sem os conhecimentos básicos de segurança e


operação poderá causar danos materiais, lesão corporal e até morte.
Antes de dar a partida no motor do seu trator, faça as verificações
diárias citadas anteriormente e as contidas no Manual do Operador.
Existem decalques em diversos pontos do trator que contém
informações importantes sobre segurança, manutenção e operação.
Leia todos.
Leia o Manual do Operador

É da sua responsabilidade seguir as instruções recebidas nos treinamento,


bem como, as contidas no Manual do Operador, portanto leia todas elas e
ponha em prática no seu dia a dia.
Acidente do Trabalho – Definição Geral
Acidentes do trabalho são todos os acontecimentos que não estejam
programados e que interrompam, por pouco ou muito tempo, a realização
normal de uma atividade. Provocando perda de tempo, danos materiais e/ou
lesão corporal.

Causas do Acidente do Trabalho


Como todo acontecimento, o acidente do trabalho também tem suas próprias
causas, que são:
1. Ato Inseguro: São comportamentos relacionados diretamente à pessoa
humana e que podem levá-la a sofrer um acidente.
2. Condição Insegura: São deficiências ou irregularidades técnicas
encontradas no local de trabalho, como também nas máquinas.
3. Fator Pessoal de Insegurança: São casos em que as “características
pessoais” (físicas ou mentais, normais ou não) interferem negativamente no
trabalho, provocando “atos inseguros”.
Exemplos de Atos Inseguros

• Trafegar em alta velocidade, principalmente se estiver com implementos


acoplados.
• Não usar o cinto de segurança.
• Abastecer o tanque ou fazer manutenção perto de chama, solda, cigarro,
etc. Poderá ocorrer incêndio ou explosão, pois o combustível é inflamável.
Exemplos de Condição Insegura

• Pessoas não capacitadas operando uma máquina ou fazendo algum tipo de


serviço que requer certo conhecimento.
• Falta do cinto de segurança.
• Ferramentas mal conservadas, defeituosas ou não apropriadas.
Exemplos de Fator Pessoal de Insegurança

• Falta de boa coordenação motora


• Agressividade
• Grau de atenção
• Percepção, etc
• Não colocar o dispositivo de segurança para proteger peças em movimento
(operador treinado).
Como Transitar com o Trator em Estradas

• Evite transitar com o trator em estradas.


• Se for necessário, use sinalização adequada, conforme ilustração.
• Este adesivo deve ser colocado na parte traseira do trator.
• Coloque pano vermelho ou placa de sinalização na traseira do trator.
• Evite transitar com o trator à noite em estradas.
• Caso isto ocorra, dirija o farol de trabalho para o implemento ou para a
traseira do trator, em direção ao solo, jamais posicione o foco de forma à
atingir os motoristas de outros veículos.
• Ao transitar em rodovias, siga sempre pelo acostamento.
Operações Seguras
Verificações Preliminares

• Antes de movimentar o trator, teste o sistema hidráulico, a embreagem e os


demais controles mecânicos.
• Ouça com atenção o barulho do motor, transmissão, etc.
Qualquer anormalidade deve ser verificada ou reparada antes que ocorra um
dano mais sério.
Partida do Motor

• Antes de dar a partida no trator, certifique-se que todos os comandos estejam em neutro, isso
evita sobrecarga ao motor de partida e evita acidentes (acionamento acidental da TDP,
implementos, etc.).
• Não elimine o interruptor de segurança de partida que se encontra no pedal da embreagem.
• Regule o assento, conforme o seu peso, evitando impactos no seu corpo. Ajuste-o também, em
função da sua estatura, a fim de controlar adequadamente os pedais do freio, embreagem e
acelerador.
• Utilize adequadamente o cinto de segurança e o protetor auricular quando o nível de ruído estiver
acima de 85 db. O protetor de ruído pode ser do tipo concha ou de inserção (plug).
Perigo das Roupas Inadequadas e Soltas

• Roupas soltas e inadequadas podem causar acidentes. Nunca utilize roupas


que possam ficar pressas em comandos, controles, equipamentos, etc.
• A utilização de equipamentos adicionais de segurança também pode ser
necessária.
Reconhecimento do Trator

• Procure um local seguro para reconhecimento do trator, sem pessoas,


animais ou objetos por perto.
• Experimente o trator sem nenhum implemento acoplado para sentir as
características operacionais, velocidades, reação do freio, direção, raio de
giro, etc.
Nunca dê Carona no Trator

• Não dê carona à outras pessoas, para evitar que as mesmas sofram


acidentes.
• Antes de movimentar o trator certifique-se de que não haja pessoas ou
animais ao redor, que possam ser atropeladas na saída.
Cuidado com Declives, Valetas e Buracos

• Mantenha-se afastado de declives muito acidentados para permitir uma


condução segura.
• Evite trabalhar perto de valetas, buracos e declives.
• Reduza a velocidade ao fazer curvas.
• Use marchas reduzidas em declive, não mude durante o percurso.
Velocidade e Distância de Frenagem

• Certifique-se da distância necessária para frenagem, principalmente quando


estiver transportando carga.
• Quanto maior a carga, maior será a distância para parar.
• Utilize velocidades adequadas, marchas reduzidas, principalmente ao
conduzir em declive.
Ponto Morto, Aclives e Declives

• Não trafegue em ponto morto, risco de acidente.


• Não troque de marcha num declive.
• Selecione uma marcha adequada antes de iniciar uma subida ou descida.
Sobrecarga

• Não transporte cargas que supere o próprio peso do trator, para tanto a
carreta deve ter seu próprio sistema de freio.
• Em rampas ou terrenos acidentados, transportando cargas ou implementos
pesados, tenha em mente que a parte dianteira do trator pode levantar-se.
Arraste Incorreto

• Não utilize o sistema de três pontos para arraste, o trator pode empinar e
tombar sobre o operador.
Reboque de Cargas

• Ligue sempre a carga ao engate da barra de tração e nunca reboque cargas


acima da capacidade de tração do trator, isso poderá provocar perda de
estabilidade.
Reboque por Correntes ou Cabo de Aço

• Ao rebocar cargas por correntes ou cabos de aço (ligados à barra de tração)


nunca as estique bruscamente, pois poderão romper, danificando o trator ou
acidentando o operador.
Desatolar o Trator com Rebocador

• Evite desatolar o trator, colocando madeiras ou outros objetos sob as rodas,


pode provocar acidentes, utilize sempre um rebocador.
Nunca Desça do Trator com o Motor Ligado

• Ao descer do trator desligue o motor e acione o freio de estacionamento.


Cuidado com os Componentes em Movimento

• Mantenha-se afastado de componentes em movimento. Ex: pás do


ventilador, TDP.
Protetor da TDP

• Quando a TDP não estiver sendo usada mantenha o seu protetor no seu
lugar.
• Não efetue manutenção ou ajuste quando o motor estiver em
funcionamento.
Acoplamento de Implemento à TDP

• Antes de acoplar implementos à TDP, certifique-se de que a rotação do eixo


é compatível.
• Centralize e trave a barra de tração, quando a TDP estiver em uso.
Cuidado na Operação dos Implementos

• Abaixe os implementos sempre que o trator não estiver sendo usado.


• Utilize velocidade de descida apropriada ao peso do implemento.
• Verifique se não há pessoas ou animais que possam ser atingidos com a
descida do implemento.
Cuidados em Recintos Fechados

• Não permita que o trator funcione por períodos prolongados em recintos


fechados, pois, o monóxido de carbono expedido pelos gases de
escapamento é altamente tóxico.
Limpeza dos Degraus

• Mantenha os degraus limpos, livres de graxa, óleo e sujeira a fim de evitar


acidentes.
Características Construtivas e Cinto de Segurança

• Não altere as características construtivas do trator. Isso poderá colocar em


risco a sua segurança.
• Mantenha em perfeitas condições a estrutura de segurança (ROPS) e o
cinto de segurança.
• Utilize sempre o cinto de segurança e em caso de acidente segure firme no
volante.
• Não utilize o cinto se o trator não tiver estrutura de segurança.
Exemplos de Acidentes

1780 BM 110

NOTA:
• Mantenha o cinto de segurança em perfeitas condições e use-o sempre.
• Não altere as características construtivas da estrutura de segurança.
• Não salte do trator em caso de capotamento.
Condições Mecânicas e Operacionais

• Sempre mantenha o trator em boas condições mecânicas e operacionais.


• Não opere o trator quando este se encontrar com avaria que possa
comprometer a sua segurança ou da máquina.
• Ocorrendo defeito, deixe um aviso na máquina.
Cuidados com a Bateria

• As baterias contêm ácido e gases explosivos, a explosão pode resultar de


faíscas, chamas ou ligações erradas dos cabos, cuidado com bateria
auxiliar de partida.
• O líquido da bateria é ácido sulfúrico, pode provocar graves queimaduras.
Risco de Curto-circuito e Explosão

• Nunca coloque objetos metálicos sobre a bateria, poderá provocar curto-


circuito ou explosão.

ATENÇÃO:
Antes do início de qualquer trabalho no sistema elétrico do trator, desconecte o terminal
negativo da bateria.
Ligação Direta – Cuidados

• Não faça ligação direta no trator sem estar devidamente acomodado no


posto do operador, para não correr o risco de dar a partida no motor com a
marcha engatada e provocar movimento descontrolado da máquina,
podendo provocar um grave acidente.
Reparo no Trator – Cuidados

• Cuidado ao fazer reparos no trator, não os faça com o motor em


funcionamento.
• O uso de macacos hidráulicos ou mecânicos pode ser perigoso,
principalmente se for necessário fazer o serviço embaixo do trator.
• Durante os reparos, utilize cavaletes devidamente posicionados.
Serviços de Regulagem e Manutenção

• Abaixe o implemento até o chão antes de efetuar serviços de regulagem e


manutenção, trave o implemento e os demais acessórios.
Reparos do Sistema Hidráulico

• Ao fazer reparos ou ligações no sistema hidráulico, desligue o motor e alivie


a pressão.
• Não fique entre o trator e o implemento, com o mesmo em funcionamento.
• O sistema hidráulico funciona sob alta pressão. Em caso de acidente com
vazamento de óleo, que venha penetrar na pele, procure imediatamente
orientação médica.
• Verifique periodicamente o estado das mangueiras do sistema hidráulico.
Drenagem do Óleo

• Espere abaixar a temperatura do óleo para efetuar a drenagem, caso


contrário poderá causar queimaduras.
• A manipulação adequada e destino dos produtos descartáveis, tais
como;óleos, líquido refrigerante, bateria, etc. é de responsabilidade do
proprietário do trator em conformidade com as leis vigentes.
Líquido do Radiador

• Durante o trabalho do trator, o líquido refrigerante do radiador permanece


em alta temperatura e pressão e poderá causar graves queimaduras, se a
tampa for removida de uma só vez.
• Para retirar a tampa, gire até a primeira posição ou ¼ de volta e espere
aliviar a pressão, com a saída do vapor.
Bom Trabalho e Boas Colheitas!

VALTRA do Brasil Ltda.


“Nosso jeito é fazer do seu jeito”

Novembro / 2007

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