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Manual de Treinamento

Operação, Manutenção e Segurança

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Valtra é uma marca mundial da AGCO Corporation

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terÿÿa-feira, 12 de fevereiro de 2008 11:56:55
Apresentação

Este manual de Operação, Manutenção e Segurança destina-se a


todas as pessoas que, de alguma forma terão contato com os
Tratores VALTRA, com o objetivo de fornecer-lhes, de uma forma
simples e prática, as orientações e dicas importantes de operação,
manutenção preventiva e cuidados com a sua segurança, para
otimizar a utilização do trator e obter o máximo rendimento no
trabalho, bem como, prolongar a sua vida útil e prevenir acidentes
por uso inadequado.
As informações técnicas mais detalhadas sobre os instrumentos,
comandos e a manutenção completa do trator encontram-se no
“Manual do Operador” (solicite-o ao seu superior imediato), o qual
deve ser lido atentamente por todos aqueles que vão efetivamente
operar o trator e efetuar a manutenção preventiva dos equipamentos
para melhor desempenho da sua função.
O avanço tecnológico vem nos oferecendo equipamentos cada vez
mais sofisticados, tanto para o trabalho mais produtivo, como
também, para o conforto e segurança do operador.
Por isso, a necessidade de um treinamento constante, para que
você possa acompanhar esse desenvolvimento e conhecer bem as
novas máquinas, para atuar preventivamente, evitando quebras
desnecessárias, aumentando a sua vida útil e como conseqüência,
diminuir os desperdícios e aumentar a sua produtividade.
Por essa razão, foram agrupadas nesse manual, algumas instruções
e dicas de operação, manutenção e segurança no trabalho com os
Tratores VALTRA. Alguns componentes do trator são aqui
apresentados, juntamente com a dica de operação ou manutenção
preventiva necessária a cada item e, ao final, são apresentadas
algumas situações envolvendo segurança no trabalho.
Leia este manual atentamente e faça bom uso do mesmo no seu dia
a dia.

VALTRA do Brasil Ltda.

NOTA: Os dados constantes deste manual estão sujeitos a alterações sem prévio aviso, em função do
avanço tecnológico dos equipamentos e dos lançamentos de novos produtos.

S5 – Serviços – Nov., 2007 1


Índice

Introdução ............................................................................................ 5
Apresentação e Histórico da Empresa ....................................................... 5
Breve Histórico da VALTRA ....................................................................... 6
Histórico em Ordem Cronológica................................................................ 7

Noções Básicas de Conhecimento do Produto........................ 8


Motor........................................................................................................... 8
Projeto Integrado Biodiesel......................................................................... 9
Processo de Obtenção do Biodiesel ..................................................... 9
Danos Causados com a Utilização de Óleo Vegetal (Natural)................. 10
Motor 4 Cilindros.................................................................................. 11
Ciclo de Trabalho – Motor de 4 Tempos ............................................. 12
Sistema de Filtragem do Ar ................................................................. 12
Sistema de Aspiração Natural ............................................................. 12
Manutenção do Sistema de Filtragem do Ar ....................................... 13
Sensor de Restrição ............................................................................ 13
Procedimentos de Manutenção dos Filtros de Ar ............................... 14
Filtro Principal ...................................................................................... 15
Filtro Secundário.................................................................................. 15
Válvula de Descarga............................................................................ 16
Análise de Avaria no Motor (Camisas com Desgaste)........................ 17
Mangueiras e Abraçadeiras do Filtro................................................... 17
Bronzinas (Casquilhos)........................................................................ 18
Sistema de Admissão Turboalimentado.............................................. 18
Motores Superalimentados ou Turboalimentados............................... 19
Turbocompressor (em corte) ............................................................... 20
Intercooler ................................................................................................. 21
BM 125i – BH 185i............................................................................... 21
Sistema de Alimentação de Combustível............................................ 22
Tanque de Combustível....................................................................... 22
Limpeza do Filtro de Tela da Sucção do Tanque de Combustível ..... 23
Manutenção do Sistema de Combustível............................................ 23
Drenagem do Sedimentador ............................................................... 23
Substituição do Filtro e Limpeza do Sedimentador do Combustível... 24
Manutenção dos Bicos Injetores ......................................................... 24
Danificação do Topo do Pistão por Erosão ......................................... 25
Sistema de Lubrificação ...................................................................... 26
Manutenção do Sistema de Lubrificação do Motor ............................. 27
Substituição do Filtro e do Óleo Lubrificante....................................... 28
Sistema de Arrefecimento ........................................................................ 30
Engripamento por Refrigeração Deficiente ......................................... 31
Tampa do Radiador ............................................................................. 31
Verificação da Tampa do Radiador ..................................................... 32
Correia do Ventilador........................................................................... 33
Manutenção do Sistema de Arrefecimento ......................................... 33
Embreagem .............................................................................................. 35
Tipos de Embreagem .......................................................................... 35
Acionamento da Embreagem .............................................................. 36
Análise de Avarias em Platôs.............................................................. 37
Análise de Avarias em Disco ............................................................... 38
Embreagem Independente (Dupla) ..................................................... 39
Cuidados com o Sistema de Embreagem ........................................... 40

2 S5 – Serviços – Nov., 2007


Instruções Básicas de Operação................................................ 41
Verificações Diárias Antes do Trabalho.................................................... 42
Painel de Instrumentos ............................................................................. 42
Cuidados Durante a Operação do Trator ................................................. 44
Análise de Material ................................................................................... 45
Recomendações Importantes................................................................... 45
Uso da Barra de Tração ........................................................................... 46
Barra de Tração com Degrau e Cabeçote de Engate ......................... 46
Tração Dianteira ....................................................................................... 47
Bloqueio do Diferencial (Transmissão)..................................................... 48
Acoplamento de Implementos .................................................................. 48
Procedimento para Acoplar Implementos ao Sistema de Engate
(3 Pontos) ....................................................................................... 49
Conexões de Levante.......................................................................... 49
Posição dos Furos dos Braços Inferiores............................................ 51
Comandos do Sistema Hidráulico – Linha Leve....................................... 52
Comandos do Sistema Hidráulico – Linha Média..................................... 54
Comandos do Sistema Hidráulico – Linha Pesada .................................. 56
Estabilizadores Telescópicos – Linha Pesada ......................................... 58
Sistema de Sensibilidade .................................................................... 58
Controles do Sistema Hidráulico Eletrônico ............................................. 59
Comandos do Controle Remoto .......................................................... 60
Linha Pesada com Hi-Flow....................................................................... 62
Funcionamento Básico do Sistema Hidráulico (3 Pontos) ....................... 63
Trator Operando em Terreno Plano nas Condições Normais............. 63
Operação em Terreno Acidentado, Roda Dianteira Subindo
uma Elevação ................................................................................. 63
Operação em Terreno Acidentado, Roda Traseira Subindo
uma Elevação ................................................................................. 64
Arado Atingindo uma Elevação ........................................................... 64
Transmissão, Eixos e Hidráulico .............................................................. 65
Verificação do Nível de Óleo – Linha Leve ......................................... 65
Verificação do Nível de Óleo – Linha BL............................................. 66
Verificação do Nível de Óleo – Linha Média ....................................... 67
Verificação do Nível de Óleo – Linha Pesada ..................................... 68
Freios ........................................................................................................ 69
Sistema de Classificação dos Lubrificantes ........................................ 71
Importância da Lubrificação Correta ................................................... 72
Análise de Avaria................................................................................. 73
Distribuição de Peso e Lastragem....................................................... 73
Lastros Metálicos................................................................................. 74
Medidas do Pneu ...................................................................................... 75
Capacidades de Lonas ............................................................................. 75
Lastragem com Água (Hidroinflação) .................................................. 76
Pressão Correta dos Pneus...................................................................... 77
Conseqüência da Pressão Insuficiente ............................................... 77
Conseqüência da Pressão Excessiva ................................................. 77
Pressão Recomendada ....................................................................... 77
Patinagem................................................................................................. 78
Comandos da Cabine ............................................................................... 78
Manutenção dos Filtros da Cabine ........................................................... 79

Operação e Regulagens dos Implementos.............................. 80


Operação com Grades ............................................................................. 80
Seção Dianteira e Traseira .................................................................. 81
Operação com Implementos Acoplados ao “3 Pontos” ............................ 83
Regulagens Horizontais....................................................................... 84
Regulagens Verticais........................................................................... 85
Discos Lisos e Recortados .................................................................. 86

S5 – Serviços – Nov., 2007 3


Tipos de Grades ....................................................................................... 87
Velocidades Recomendadas para Algumas Operações..................... 87
Cardan ...................................................................................................... 87

Manutenção e Conservação ......................................................... 89


Limpeza do Equipamento ......................................................................... 89
Transporte de Implementos...................................................................... 89
Limpeza e Proteção do Implemento ......................................................... 89
Cuidado para Evitar a Contaminação do Óleo ......................................... 90
Remonta de Lubrificantes......................................................................... 90
Armazenamento de Combustível ............................................................. 91

Segurança no Trabalho .................................................................. 92


A sua Segurança Depende do seu Envolvimento! ................................... 92
Leia o Manual do Operador ................................................................. 92
Acidente do Trabalho – Definição Geral.............................................. 92
Causas do Acidente do Trabalho ........................................................ 93
Exemplos de Atos Inseguros............................................................... 93
Exemplos de Condição Insegura......................................................... 94
Exemplos de Fator Pessoal de Insegurança....................................... 95
Como Transitar com o Trator em Estradas ......................................... 96
Operações Seguras .................................................................................. 97
Verificações Preliminares .................................................................... 97
Partida do Motor .................................................................................. 97
Perigo das Roupas Inadequadas e Soltas .......................................... 98
Reconhecimento do Trator .................................................................. 98
Nunca dê Carona no Trator ................................................................. 99
Cuidado com Declives, Valetas e Buracos.......................................... 99
Velocidade e Distância de Frenagem................................................ 100
Ponto Morto, Aclives e Declives ........................................................ 100
Sobrecarga ........................................................................................ 101
Arraste Incorreto ................................................................................ 101
Reboque de Cargas........................................................................... 102
Reboque por Correntes ou Cabo de Aço .......................................... 102
Desatolar o Trator com Rebocador ................................................... 102
Nunca Desça do Trator com o Motor Ligado..................................... 103
Cuidado com os Componentes em Movimento................................. 103
Protetor da TDP................................................................................. 104
Acoplamento de Implemento à TDP.................................................. 104
Cuidado na Operação dos Implementos ........................................... 105
Cuidados em Recintos Fechados...................................................... 105
Limpeza dos Degraus........................................................................ 106
Características Construtivas e Cinto de Segurança.......................... 106
Exemplos de Acidentes ..................................................................... 107
Condições Mecânicas e Operacionais .............................................. 108
Cuidados com a Bateria .................................................................... 108
Risco de Curto-circuito e Explosão ................................................... 109
Ligação Direta – Cuidados ................................................................ 109
Reparo no Trator – Cuidados ............................................................ 110
Serviços de Regulagem e Manutenção............................................. 110
Reparos do Sistema Hidráulico ......................................................... 111
Drenagem do Óleo ............................................................................ 111
Líquido do Radiador .......................................................................... 112

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Introdução

Apresentação e Histórico da Empresa

A VALTRA Tratores está no Brasil desde 1960, localizada no


município de Mogi das Cruzes, estado de São Paulo, numa área de
143.000 m², sendo 60.300 m² de área construída, com um quadro de
funcionários de 1095 pessoas, com uma capacidade instalada de
aproximadamente 15.000 tratores por ano, preparada para atender
demandas específicas de cada cliente. Possui uma rede com
aproximadamente 160 Concessionárias Autorizadas, em pontos
estratégicos do território nacional, que desenvolvem um estreito
trabalho de parceria com os seus clientes, para atender
completamente às necessidades de aplicação de cada um.
A VALTRA produz no Brasil tratores de 50 a 190 cv e motores
SisuDiesel de 60 a 190 cv. Fabrica o único trator do mercado local
que possui motor de 4 cilindros com turbo Intercooler, na faixa de
125 cv, que oferece mais potência e torque, com menor consumo de
combustível, menor emissão de gases poluentes, com temperatura
de trabalho mais baixa, que resulta em maior durabilidade.
Com a Geração II a VALTRA oferece ao mercado as cabines
Hi-Confort e Confort-Cab, que incorporam novos conceitos de
ergonomia para conforto ainda maior do operador, além da maior
segurança, do baixo nível de vibração e ruídos e da visibilidade
panorâmica.
A VALTRA se preocupa, não só com o aprimoramento dos tratores e
dos equipamentos, mas também, com os profissionais que com eles
trabalham! Acreditamos que o nosso sucesso depende da sua
satisfação com os nossos produtos e serviços!

S5 – Serviços – Nov., 2007 5


Breve Histórico da VALTRA
A história da VALTRA do Brasil Ltda. teve início em 1913 nas
instalações da Munktell, em Eskilstuna, na Finlândia, onde foi
desenvolvido o pioneiro Trator ME de 30 hp. Alguns anos depois, a
Munktell associou-se à Bolinder, criando a marca Bolinder Munktell,
conhecida pela sigla BM. Esta por sua vez, se juntou à Volvo,
passando a se chamar Volvo BM.
Por outro lado, a VALTRA Corporation começou a produzir tratores
na Finlândia em 1951 e no Brasil a partir de 1960.
A VALTRA e a Volvo BM passaram a somar forças em 1979. A
VALTRA, oferecendo todo o seu arrojo no desenvolvimento de
diversas inovações tecnológicas, além do seu know how
internacional, o que combinou muito bem com o alto padrão de
qualidade e durabilidade consagrados da Volvo. Portanto, essa é a
base sólida da linha dos Tratores VALTRA, produzidos atualmente.
A maioria dos motores utilizados nos tratores são produzidos pela
própria VALTRA.
Seguindo uma trajetória de integração, visando adequar a sua
estrutura à política econômica do país, a VALTRA transformou-se
em empresa de capital aberto em 1973.

Mudança da Marca
Em 1977 a VALTRA deixa de pertencer ao governo para se
incorporar ao grupo privado finlandês PARTEK. Devido à
impossibilidade do grupo PARTEK continuar usando o nome
VALMET, foi assinado um acordo de transição da marca, que gerou,
em caráter provisório, a marca VALTRA VALMET.
Em 2001 a fábrica (Finlândia) comemorou 50 anos de existência e
anunciou a sua nova logomarca e passou a se chamar somente
VALTRA, como resultado da união de VALMET + TRATORES =
VALTRA, marca de tradição e confiabilidade que sempre
acompanhou.
Em 2004 a VALTRA é adquirida pela AGCO, de Atlanta-EUA,
empresa que reúne 16 marcas de Tratores, Colheitadeiras,
Pulverizadores e Sistema de Agricultura de Precisão (por GPS),
presente em mais de 140 países com mais de 7.000 pontos de
distribuição.
Em 2006 a VALTRA lança no mercado o revolucionário Hi-Flow para
tratores canavieiros.
Recentemente, em 2007 foi à vez do grande lançamento da Geração
II com motor Intercooler, A EVOLUÇÃO DOS TRATORES.

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Histórico em Ordem Cronológica
1832 A Munktell inicia a fabricação de máquinas agrícolas na
Suécia.
1913 Desenvolvido o pioneiro Trator ME de 30 hp na Munktell, em
Eskilstuna, na Finlândia.
1927 Criado o primeiro trator Munktell de 40 cv.
1951 Criado o primeiro trator VALMET na Finlândia.
1959 Lançado o VALMET 359D, modelo que deu origem à fabrica
brasileira.
1960 Instalada a fábrica da VALMET em Mogi das Cruzes – SP.
1963 Criado o primeiro trator com tração nas 4 rodas.
1964 Produzido o primeiro trator com transmissão sincronizada, o
VALMET 1100.
1980 Lançado o primeiro trator equipado com motor turbinado.
1981 Lançado o primeiro trator agrícola com tração 4X4, o
VALMET 118.
1989 Lançada a transmissão Multitorque que permite a troca das
marchas em movimento.
1996 Lançado o trator combinado.
1997 A marca VALMET inicia a transição para VALTRA / VALMET.
2001 A marca passa definitivamente a se chamar VALTRA.
2001 Início dos testes com o biodisel.
2004 A VALTRA é adquirida pela AGCO, de Atlanta-EUA.
2005 Início do projeto de padronização da Identidade Visual das
Concessionárias.
2006 Lançado o Hi-Flow para tratores canavieiros.
2007 Lançamento da Geração II com motor Intercooler.

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Noções Básicas de Conhecimento do Produto

O Trator Agrícola é constituído basicamente de: Motor, Hidráulico e


Transmissão.

Motor
O motor é um conjunto mecânico capaz de transformar calor
(energia térmica) em trabalho mecânico. Os motores produzidos
pela VALTRA estão projetados e liberados para operar com o
combustível alternativo biodiesel misturado ao diesel comum na
proporção de até 20%, isto é, 80% diesel e 20% biodiesel, sem
necessidade de nenhuma adaptação. A liberação se destina a
biodiesel obtido através do processo conhecido como
transesterificação e que atenda a especificação conforme o
REGULAMENTO TÉCNICO ANP no 42/2004.
Para iniciar a combustão é necessário adequar, em proporções
corretas, três elementos fundamentais, que são:
• Ar (oxigênio)
• Combustível
• Calor

IMPORTANTE:
Durante o amaciamento do motor (entre 200 e 300 horas) deve ser
evitado trabalhar em marcha lenta por longos períodos. Não
ultrapasse o limite máximo de rotação, procure trocar de marchas
durante o trabalho.

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Projeto Integrado Biodiesel
Processo de Obtenção do Biodiesel

1. Óleo vegetal bruto (puro)


2. Óleo vegetal refinado
3. Biodiesel (separação das fases)
4. Biodiesel (puro)

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Danos Causados com a Utilização de Óleo
Vegetal (Natural)

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Motor 4 Cilindros

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Ciclo de Trabalho – Motor de 4 Tempos

Sistema de Filtragem do Ar
O trator trabalha freqüentemente sob condições severas de poeira e
o motor aspira o ar desse ambiente.
Por isso é importante que ele possua um sistema de filtragem do ar
eficiente.

Sistema de Aspiração Natural

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Manutenção do Sistema de Filtragem do Ar

A manutenção do sistema de filtragem do ar deve ser executada


sempre que acender a luz de alerta de restrição no painel

ou ,
a qual indica que o filtro de ar atingiu a sua restrição máxima, ou
seja, a dificuldade máxima de passagem do ar pelo filtro. Deve ser
feita a limpeza ou troca dos filtros.

NOTA:
Quando a luz de alerta de restrição acende, não é necessário
parar o trator imediatamente. Poderá trabalhar ainda por algumas
horas, porém, deve ser observado se o motor apresenta perda de
rendimento, se solta fumaça além do normal ou se superaquece, o
que determina a sua parada.
Evite o excesso de manutenção, o que pode causar danos ao filtro,
além de diminuir a vida útil do elemento, com o conseqüente
aumento do tempo e dos custos de manutenção.
Teste periodicamente o funcionamento do alerta de restrição,
ligando apenas a chave de ignição sem dar a partida, para checar se
a lâmpada está acendendo.
Outra maneira de testar o sistema (sensor e alerta) é ligar o motor,
enquanto outra pessoa tampa a entrada de ar do filtro por alguns
segundos. Observe se a lâmpada do alerta de restrição acende,
indicando que o sistema está funcionando.

Sensor de Restrição

Linha pesada Linha média

S5 – Serviços – Nov., 2007 13


Procedimentos de Manutenção dos Filtros de Ar

ATENÇÃO:
Caso aplique jatos de ar para limpeza do filtro, a pressão máxima é
de 5 bar (70 lb/pol²) e deve ser feita de dentro para fora.

ATENÇÃO:
O filtro secundário (de segurança) não admite processo de limpeza.

Após a limpeza do filtro, verifique a existência de rasgo ou furo no


elemento filtrante (de papel), colocando uma lâmpada no seu
interior.
Verifique também, o estado da guarnição de vedação, que pode ser
radial ou axial.
Faça a limpeza também, na parte interna da carcaça e tampa,
usando um pano, pois não é recomendável retirar o filtro secundário
para manutenção, somente para substituição.
Quando trocar ou recolocar o filtro, observe que este fique
perfeitamente alojado.
Não dê aperto demasiado nas porcas auto travante ou borboleta,
para não danificar os filtros.

14 S5 – Serviços – Nov., 2007


Filtro Principal

• O filtro com carcaça metálica poderá sofrer no máximo duas


limpezas e deverá ser trocado na terceira manutenção.
• O filtro sem carcaça metálica não deverá sofrer limpeza e deve
ser trocado na primeira manutenção.

Filtro Secundário

• Deve ser trocado sempre que o filtro principal for substituído.

IMPORTANTE:
Trocar ambos os filtros após o período de 1 ano em uso.

Dica de Operação: Se o trator estiver sem força para tracionar o


implemento, soltando fumaça mais do que o normal ou
superaquecendo, verifique se o sistema de filtragem não está
obstruído, pois poderá ocorrer falha no sistema elétrico ou a
lâmpada (LED) do alerta de restrição se queimar durante o trabalho
e não acusar a obstrução do filtro. Neste caso, pare o trator e efetue
a manutenção necessária.

IMPORTANTE:
Use sempre filtros genuínos, pois estes possuem garantia do
fabricante.

S5 – Serviços – Nov., 2007 15


Válvula de Descarga

Quando trabalhar sob condições de muita poeira, pressione


diariamente a válvula de descarga do filtro para remover a poeira
acumulada.

NOTA:
Alguns tratores possuem ejetor de pó, dispensando essa operação
de descarga manual.

Válvula de descarga Ejetor de pó

16 S5 – Serviços – Nov., 2007


Análise de Avaria no Motor (Camisas com Desgaste)

Ao analisar uma avaria de desgaste das camisas de um motor,


verificou-se:
• Que ocorreu entrada de poeira no motor.
• O uso de filtro não genuíno, que não poderia ser usado no trator
em garantia.
• Que o filtro foi danificado na montagem.

Mangueiras e Abraçadeiras do Filtro

IMPORTANTE:
Verificar periodicamente o estado das mangueiras, o aperto e a
posição das abraçadeiras.

Nesta condição o motor aspirou poeira e não acendeu a luz de


alerta da restrição.

S5 – Serviços – Nov., 2007 17


Bronzinas (Casquilhos)

Riscos causados por entrada de abrasivos de sílica (poeira).

NOTA:
Os riscos poderão ser causados também por abrasivos metálicos,
porém a profundidade é maior.

Sistema de Admissão Turboalimentado


Nos motores turboalimentados o ar é introduzido nos cilindros por
intermédio de um compressor centrífugo, movido por uma turbina.
Veja o esquema abaixo.

18 S5 – Serviços – Nov., 2007


Motores Superalimentados ou Turboalimentados
A superalimentação ou turboalimentação do motor consiste em
substituir a admissão normal, por uma admissão mais eficiente, de
modo a assegurar um melhor e maior enchimento do cilindro.

Turboalimentador

A turbina é acionada pelos gases do escapamento, que movimenta o


compressor centrífugo.
Aumentando o volume de ar nos cilindros é possível injetar mais
combustível, o que pode levar a um incremento da potência e do
torque em até 30%, sem diminuir a vida útil do motor.
A turboalimentação favorece altamente a homogeneidade da
mistura, devido a forte agitação provocada pela pressão e
velocidade do ar no cilindro, melhorando assim o rendimento da
combustão.

S5 – Serviços – Nov., 2007 19


Turbocompressor (em corte)

Nos tratores com motores turboalimentados, nunca acelere


bruscamente o motor no momento da partida, pois o óleo demora
um pouco para chegar até o turbocompressor e pode causar sérios
danos.
A mesma recomendação vale para desligar o motor. Deixe-o
funcionando em marcha lenta (1000 rpm) por alguns segundos,
antes de fazer o corte do combustível.
Nos tratores equipados com motores turbinados, existe um adesivo
com a seguinte advertência: Aguardar 30 segundos em marcha
lenta.

20 S5 – Serviços – Nov., 2007


Intercooler
BM 125i – BH 185i
Características do Intercooler Benefício

Menor temperatura de trabalho • Maior vida útil dos motores e componentes


• Menor custo de manutenção
• Maior vida dos óleos lubrificantes

Maior quantidade de ar no • Melhor eficiência de combustão reduzindo a emissão de gases


cilindro
• Maior potência por cilindro
• Maior performance do trator
• Menor consumo específico
• Manter a potência em altitudes

Intercooler Sistema Ar – AR

Vista Superior do Motor

S5 – Serviços – Nov., 2007 21


Sistema de Alimentação de Combustível
O combustível necessário para o funcionamento do motor é sugado
do reservatório e pressurizado no sistema pela bomba alimentadora
e na seqüência, é pulverizado para o interior dos cilindros através da
bomba injetora e dos bicos injetores, conforme esquema abaixo:

Tanque de Combustível
Abasteça o tanque diariamente, após a jornada de trabalho, para
preencher todo o espaço do tanque e evitar a contaminação do
combustível com a água procedente da condensação, que ocorre
em espaços vazios. Com isso, se evita também a oxidação
(ferrugem) interna no tanque.
Verifique periodicamente o estado da borracha de vedação da tampa
do tanque. Caso esteja danificada, deve ser substituída por uma
nova.
Nunca elimine o filtro de tela do bocal de abastecimento, troque-o
quando apresentar rasgo na tela.

22 S5 – Serviços – Nov., 2007


Limpeza do Filtro de Tela da Sucção do Tanque de
Combustível

Drene o tanque de combustível utilizando um recipiente adequado


para o óleo diesel.
Retire o filtro de tela e limpe-o com óleo diesel limpo.

NOTA:
Existe modelo sem filtro.
Monte o filtro na ordem inversa à desmontagem e verifique que não
existam vazamentos de combustível.

Manutenção do Sistema de Combustível

A bomba injetora e os bicos injetores são componentes muito


sensíveis e de altíssima precisão. Os mecanismos internos da
bomba injetora são lubrificados com o próprio óleo diesel. Por isso é
muito importante que esse óleo seja bem filtrado e isento de água.

Drenagem do Sedimentador

IMPORTANTE:
Diariamente, antes de dar a partida do motor, faça a drenagem da
água e das impurezas que se acumulam no fundo. Solte o bujão de
dreno, situado na parte inferior, deixe escorrer um pouco e feche
novamente.

S5 – Serviços – Nov., 2007 23


Substituição do Filtro e Limpeza do Sedimentador do
Combustível
A cada 250 horas de trabalho faça a substituição do filtro de
combustível e a limpeza do sedimentador. Para a desmontagem
desses componentes, solte o parafuso central e desmonte-os,
conforme a ordem das figuras abaixo.

Limpe a superfície em torno do cabeçote do filtro.

ATENÇÃO:
Aperto exagerado dos filtros poderá causar danos na rosca ou nas
juntas de vedação.

Manutenção dos Bicos Injetores

Verifique a pulverização, estanqueidade e pressão dos bicos


injetores a cada 1000 horas de trabalho.
Bico desregulado ou ruim pode provocar perda de potência, fumaça
escura, ruído no motor, podendo comprometer a vida útil do motor.

24 S5 – Serviços – Nov., 2007


Danificação do Topo do Pistão por Erosão

Aspecto
• Erosão da cabeça do pistão, devido a sobrecarga mecânica e
desintegração térmica.

Causas
Excesso de combustível injetado por ciclo.
• Injeção prematura (ponto adiantado).
• Pulverização incorreta.
• Falta de estanqueidade nos injetores.

Correção
• Regular bomba e bicos injetores para obter correta injeção e
pulverização de óleo diesel.
• Corrigir o ponto de injeção de combustível.

S5 – Serviços – Nov., 2007 25


Sistema de Lubrificação
Um trator agrícola possui centenas de mecanismos móveis que se
atritam e exercem esforços. Portanto, uma lubrificação eficiente
nesses conjuntos é de vital importância. Por isso, só deve ser usado
óleo ou graxa na especificação correta para cada aplicação e deve
ser trocado nos períodos recomendados.

A figura mostra esquematicamente a lubrificação do virabrequim, do


pistão e do comando de válvulas de um motor.
Alguns minutos sem lubrificação nesses componentes seriam o
suficiente para fundir o motor e causar graves prejuízos.
O óleo lubrificante também possui função de resfriamento dos
mecanismos móveis, absorvendo e dispersando o calor gerado,
além de atuar como elemento de limpeza.

26 S5 – Serviços – Nov., 2007


Bronzinas (Casquilhos)

Insuficiência de óleo nas bronzinas

Análise das Avarias


• Resultado de partida a seco.
• Bomba de óleo quebrou e faltou lubrificação.
• Nível de óleo abaixo do indicado.

Manutenção do Sistema de Lubrificação do Motor


Nível de Abastecimento

O nível do óleo do motor deve ser verificado diariamente, antes de


dar a partida no motor, com o trator em solo plano e horizontal.
Remova a vareta e verifique o nível do óleo.
O nível deve estar entre as marcas mínima e máxima da vareta de
nível (2).
Para completar o nível de óleo do motor remova a tampa do bocal
de abastecimento (1), coloque o óleo apropriado.

S5 – Serviços – Nov., 2007 27


Substituição do Filtro e do Óleo Lubrificante
A cada período determinado pelo Manual do Operador deve-se
substituir o filtro e o óleo lubrificante. Isto é muito importante para
maior vida útil do motor.
Para tratores novos VALTRA a primeira troca deve ser feita após
100 horas de trabalho, a segunda quando o horímetro atingir 250
horas de trabalho e as demais a cada 250 horas.

Procedimentos

• Coloque o trator num local plano e horizontal.


• Remova o bujão de dreno do carter e deixe escoar todo o óleo
num recipiente adequado.
• Essa operação deve ser realizada com o óleo ainda quente.

ADVERTÊNCIA:
Evite o contato com o óleo drenado, ele está aquecido e pode
causar queimaduras. O óleo e os filtros usados devem ser
manejados com cuidado e colocados em locais adequados.

• Remova o filtro manualmente ou com auxílio de uma cinta.


• Limpe o suporte do filtro com um pano que não solte fiapos.

28 S5 – Serviços – Nov., 2007


• Lubrifique a borracha de vedação do filtro novo com um pouco de
óleo e aperte-o apenas o suficiente para que não haja
vazamentos.

• Coloque o óleo novo no bocal de abastecimento (1) até completar


o nível, verificado através da vareta (2).

IMPORTANTE:
Não se esqueça de usar filtros genuínos, garantidos pelo fabricante.

Filtro original

S5 – Serviços – Nov., 2007 29


Sistema de Arrefecimento
O sistema de arrefecimento tem a finalidade de eliminar o excesso
de calor produzido pelo motor. A queima do combustível e o atrito
das peças em movimento geram calor, por isso o motor deve ter um
sistema que mantenha a temperatura adequada de funcionamento.
O controle da temperatura no sistema é feito através da válvula
termostática, que controla o fluxo da água, em função da
temperatura.
Quando a válvula está fechada, a água não passa pelo radiador, o
que facilita o aquecimento inicial do motor, até atingir a temperatura
de trabalho. Com a válvula termostática aberta, a água passa pelo
radiador e promove a troca de calor para que o motor trabalhe em
condições normais de funcionamento.

IMPORTANTE:
Nunca utilize o trator sem a válvula termostática ou com esta
inoperante. O motor poderá superaquecer e fundir.

Sistema de arrefecimento – motor 4 cilindros

30 S5 – Serviços – Nov., 2007


Engripamento por Refrigeração Deficiente

Aspecto
• Engripamento do pistão, preferencialmente sobre o eixo do pino
(cubo).
Causas
• Arrefecimento deficiente, devido a vazamentos, falta de líquido
refrigerante, formação de depósitos no bloco, radiador
parcialmente obstruído e termostato com mau funcionamento.
• Nos motores arrefecidos a ar, depósito de sujeira nas aletas dos
cilindros.
Correção
• Revisar periodicamente o sistema de arrefecimento, (bomba
d’água, radiador, correia, ventilador e válvula termostática.

Tampa do Radiador

A principal finalidade da tampa do radiador é retardar o ponto de


fervura da água e regular a pressão interna do sistema.

ADVERTÊNCIA:
Espere o líquido esfriar antes de abrir a tampa. Se abri-la com o
líquido muito quente e com a pressão existente no sistema poderá
sofrer queimaduras. Após esfriar, gire a tampa até a primeira
posição ou ¼ de volta para deixar escapar o vapor e a pressão
remanescente e só depois remova a tampa.

S5 – Serviços – Nov., 2007 31


Verificação da Tampa do Radiador
Verifique periodicamente as condições da junta de vedação da
tampa.

Aperte com os dedos a válvula de pressão (maior) e verifique o


movimento livre da mesma (mola emperrada).

Faça a mesma verificação na válvula de depressão ou vácuo


(menor).
Substitua a tampa, caso apresente defeito.

Ao trocar a tampa observe o número que está gravado na parte


superior da tampa (7 psi), pois ele determina a pressão correta do
sistema de arrefecimento.

32 S5 – Serviços – Nov., 2007


Correia do Ventilador

O motor aciona a bomba d’água, o ventilador e o alternador através


da correia do ventilador que está ligada à polia do virabrequim do
motor.
Verifique periodicamente a tensão da correia entre o ventilador e a
polia de acionamento. Esta deve ceder cerca de 1 a 2 cm. Ajuste a
tensão da correia, se necessário.

Manutenção do Sistema de Arrefecimento


Antes de dar a partida no motor, verifique diariamente o nível da
água (células cobertas) do radiador e complete, se necessário, com
água potável misturada com o aditivo.
A cada 1000 horas de trabalho, substitua completamente a água do
radiador.
Adicione um anticorrosivo ou anticongelante na proporção
recomendada pelo fabricante.
Não misture marcas diferentes, pois poderá ocorrer reação
química.
O não uso do aditivo causa danos aos componentes do motor.
Adicionar sempre o aditivo à água, nunca o inverso.
Recomenda-se preparar a mistura, água + aditivo em separado.
Geralmente o anticorrosivo é na proporção de 3% e o anticongelante
em 40%.
Nas regiões quentes não há necessidade de usar um
anticongelante.

S5 – Serviços – Nov., 2007 33


Danos ao motor por deficiência do sistema de arrefecimento

Causas
• Falta de aditivo na água do radiador causa oxidação no bloco,
como também cavitação nas camisas.
• A falta do aditivo pode causar também oxidação nos
componentes da bomba d’água do motor, tampa do radiador e
válvula termostática.

IMPORTANTE:
• Verifique se há vazamentos nas mangueiras, reaperte as
abraçadeiras ou troque as mangueiras, se necessário.
• Limpe regularmente as colméias do radiador, máscara e a tela
protetora com ar comprimido, de dentro para fora.
• Verifique as pás do ventilador e o defletor do radiador.
• Verifique se o marcador de temperatura está funcionando.

ATENÇÃO:
Cuidado ao manusear as pás do ventilador, pois elas são
balanceadas.

34 S5 – Serviços – Nov., 2007


Embreagem

O conjunto embreagem é o componente mecânico responsável pela


transmissão da potência do motor para a caixa de câmbio.
A embreagem possui basicamente 3 funções:
1. Transmitir o movimento do motor para os demais mecanismos da
caixa de câmbio / transmissão, de modo suave e gradativo sem
vibrações ou deslizamentos.
2. Interromper a transmissão da potência do motor à caixa de
câmbio / transmissão, permitindo a troca suave das marchas.
3. Permitir a parada do trator e de um equipamento acionado pela
TDP.

Tipos de Embreagem

Embreagem simples Embreagem independente (dupla)

S5 – Serviços – Nov., 2007 35


Acionamento da Embreagem
O controle da embreagem é feito por meio de pedal e alavancas.
Esta relação de alavancas permite multiplicar a força aplicada pelo
operador no pedal, o suficiente para vencer a forte pressão das
molas (membrana ou de pressão), liberando ou acoplando o disco
da embreagem.

ATENÇÃO:
• Quando estiver operando normalmente o trator, não descanse o
pé sobre o pedal da embreagem, pois isto ocasiona o desgaste
prematuro do disco, platô, volante do motor e rolamento de
encosto (chamamos isso de enforcamento do sistema).
• No trator com embreagem dupla, não deve ser esquecida a
alavanca da embreagem da TDP acionada (enforcada), pois
pode danificar o mancal de encosto do motor.

IMPORTANTE:
Não inicie ou reinicie a operação com o implemento penetrado no
solo, pois precisará de mais rotação do motor (força) para mover o
trator / implemento e causará desgaste prematuro do conjunto.
Para garantir que as molas atuem totalmente sobre o disco da
embreagem, deve-se deixar uma folga entre o rolamento de encosto
e os atuadores do platô (gafanhotos ou mola membrana). Essa folga
é o que chamamos de “curso livre do pedal”.
Esta folga diminui à medida que ocorre desgaste do disco e se não
for verificada, os atuadores se apoiarão no rolamento de encosto e a
embreagem ficará enforcada.

36 S5 – Serviços – Nov., 2007


Para verificar esta folga, pressione o pedal com a mão até sentir o
contato do rolamento de encosto com a mola membrana ou
gafanhotos, que deve ficar entre 20 a 30 mm.

ATENÇÃO:
Fique atento com relação à folga livre do pedal. Essa folga tende a
diminuir com o desgaste do disco. Faça nova regulagem quando o
valor atingir o limite especificado para cada modelo de trator.

Análise de Avarias em Platôs

Mola membrana desgastada


Causa
• Rolamento engripado ou travado.

S5 – Serviços – Nov., 2007 37


Placa de pressão superaquecida
Causas:
• Contínua fricção do disco (patinação).
• Óleo ou graxa no revestimento do disco.
• Falta de folga no conjunto (enforcada).
• Mecanismo da embreagem com acionamento dificultoso.

Análise de Avarias em Disco

Revestimento queimado ou solto


Causas:
• Contínua fricção no platô (patinação), gerando
superaquecimento.
• Óleo ou graxa no revestimento.
• Falta de folga no conjunto (enforcada).
• Mecanismo de embreagem com acionamento dificultoso.
• Trancos nas saídas, em alta rotação (solto).

38 S5 – Serviços – Nov., 2007


Pastilhas queimadas
Causas:
• Não foi feito um correto amaciamento do disco.
• Ocorreu patinação, gerando superaquecimento.

IMPORTANTE:
Nas primeiras 30 a 40 horas (fase de amaciamento) é preciso tomar
muito cuidado com o uso da embreagem, para garantir a sua
eficiência e durabilidade.

Embreagem Independente (Dupla)

NOTA:
A folga ou curso livre desta alavanca deve ser de 50 mm.

ATENÇÃO:
A alavanca da embreagem deverá permanecer acionada (puxada)
somente por um curto período de tempo, (máximo 1 min. para
MWM e 5 min. para VALTRA).

S5 – Serviços – Nov., 2007 39


IMPORTANTE:
Nunca esqueça a embreagem da TDP (dupla) acionada por longo
período (enforcada), pois poderá ocorrer desgaste no mancal de
encosto do motor.

Análise da Avaria

Desgaste causado por sobrecarga axial

Cuidados com o Sistema de Embreagem

Sem mangueira de lubrificação Com mangueira de lubrificação


Consulte o Manual do Operador do respectivo modelo de trator, para
localizar os procedimentos corretos de lubrificação do sistema.
Lubrifique os feltros até que os mesmos fiquem embebidos de óleo,
utilizando uma almotolia com óleo SAE 90, a cada 250 horas.

IMPORTANTE:
A não lubrificação da guia da embreagem, poderá causar sérias
avarias no sistema.

40 S5 – Serviços – Nov., 2007


Instruções Básicas de Operação

Para que você possa obter o máximo de proveito e uma vida útil
longa do seu trator, como também, preservar a sua segurança no
trabalho, é fundamental que você saiba operá-lo corretamente.
Veja a seguir algumas instruções básicas, porém muito importantes
para alcançar este objetivo.

Antes de operar o trator, conheça todos os recursos técnicos que ele


pode lhe oferecer.
Localize todos os comandos e controles, conheça a função de cada
um, a fim de obter o máximo rendimento e maior durabilidade do
trator.

S5 – Serviços – Nov., 2007 41


Verificações Diárias Antes do Trabalho
Faça as verificações de rotina diariamente, antes de dar a partida no
motor, para certificar-se de que o trator está em perfeitas condições
para o trabalho.

Siga os procedimentos abaixo:


• Drene a água e as impurezas do sedimentador e do filtro de
combustível.
• Verifique o nível de óleo do motor, que deve ficar entre as marcas
mínimo e máximo da vareta de medição.
• Verifique o nível de óleo do freio.
• Verifique o nível da água do radiador. Complete, se necessário,
com água potável misturada com o aditivo recomendado.
• Pressione a válvula de descarga de pó do filtro de ar, a fim de
remover a poeira acumulada.
• Verifique a folga livre do pedal da embreagem da transmissão,
como também, a folga da alavanca da embreagem da TDP
(equipado com embreagem dupla).
• Verifique o funcionamento das lâmpadas do painel (existem
painéis com LEDS).
• Inspecione visualmente o estado geral do conjunto trator
implemento.
• Verifique sempre as folgas das alavancas de marcha e do grupo,
como também, o estado geral dos guardas pó.

Painel de Instrumentos

BF BM e BH

42 S5 – Serviços – Nov., 2007


Luzes de Alerta (Lado Esquerdo)

Luzes de Alerta (Lado Direito)

S5 – Serviços – Nov., 2007 43


Cuidados Durante a Operação do Trator

Quando estiver se deslocando em estradas, mantenha os pedais de


freio sempre unidos pela trava de união (3).
Evite pegar no volante de direção para subir no trator.
Em tratores que possuem transmissão não sincronizada, evite trocas
de marchas desnecessárias com o trator em movimento, sob pena
de danificar o conjunto.

ATENÇÃO:
Não faça a mudança do grupo de velocidades (L, M, H ou R) com o
trator em movimento.

IMPORTANTE:
Com as alavancas de marchas em neutro ou o pedal de
embreagem acionado, a bomba de óleo interna da caixa de câmbio
não funciona (acende alerta de STOP). Portanto, além do fator
segurança, nunca desça ladeira nestas condições, porque irá faltar
lubrificação nos componentes e travar o conjunto. Ex: LP.

44 S5 – Serviços – Nov., 2007


BH 180

Análise de Material

No laboratório é analisado o material usado na confecção da peça e


o tratamento térmico que esta recebeu (cementação, têmpera e
revenimento).

Recomendações Importantes
• Observe constantemente as luzes de alerta do painel. Se algum
alerta permanecer aceso após a partida ou durante o trabalho,
pare o trator e procure definir a causa do problema.
• Não desligue o motor bruscamente caso o mesmo venha a
superaquecer, mantenha o motor funcionando em baixa rotação
durante alguns minutos antes de desligá-lo.
• Durante a jornada de trabalho, faça algumas paradas para uma
rápida vistoria no conjunto trator / implemento.
• Durante a operação com carga contínua, utilize sempre o
acelerador manual.
• Nas manobras de cabeceira não é bom manter a direção
esterçada até o batente por muito tempo e utilize sempre o
acelerador de pé, controlando a rotação de acordo com a
necessidade.

S5 – Serviços – Nov., 2007 45


Uso da Barra de Tração
A barra de tração é utilizada para operar implementos de arrasto
(grades de arrasto, terraceador, etc).
É importante salientar que o engate da barra de tração deve estar
numa altura adequada, de modo que o cabeçalho esteja paralelo ao
solo ou com leve inclinação tendendo a forçar o trator ao solo e a
barra deve permanecer o mais próximo possível da sua posição
central, evitando esforço lateral do trator.

Barra de Tração com Degrau e Cabeçote de Engate

Esta barra de tração é ideal para os tratores de grande porte.


Permite alturas diferentes de engate para adequação à altura do
implemento.

ADVERTÊNCIAS
• Na operação com carretas, utilize somente o gancho de tração.
Inspecione o pino de engate quanto ao desgaste e verifique se o
mesmo está corretamente posicionado e travado.
• No transporte de cargas, verifique a distância necessária para a
frenagem, leve em consideração que, quanto maior for a carga,
maior será a distância para parar.
• Use a velocidade adequada para cada operação, utilizando
sempre marchas reduzidas quando operar ou transitar em declive
e aclive.
• Nunca transporte cargas que superem o próprio peso do trator, a
menos que a carreta tenha seu próprio sistema de freio.
• Na operação em rampas e terrenos acidentados tenha em mente
a possibilidade da parte dianteira do trator levantar-se, perdendo
a estabilidade. Caso necessário, utilize contrapesos dianteiros
para equilibrar o trator.
• Não altere as características construtivas do trator, pois poderá
colocar em risco a sua própria segurança.

46 S5 – Serviços – Nov., 2007


Tração Dianteira
A tração dianteira auxilia o trator a ter melhor desempenho e
produtividade.
Para que a tração dianteira de seu trator possa ter uma excelente
durabilidade, observe as seguintes recomendações:

Linha leve Linha média

Linha pesada (antiga) Linha pesada (nova)


• Não tente engatar a tração dianteira com o trator em movimento,
devido a diferença entre e relação de transmissão dianteira e
traseira (poderá ocorrer danos no sistema).
• Use a tração dianteira somente em serviços de campo. Quando
estiver trafegando em estradas e rebocando cargas, use-a
somente se for indispensável.
• Não use a tração dianteira com velocidade acima de 15 km/h.
• Não use pneus com desgastes diferentes entre si, nem de
marcas diferentes.

Componentes do eixo dianteiro com bloqueio automático

S5 – Serviços – Nov., 2007 47


Bloqueio do Diferencial (Transmissão)

Linha pesada

Quando estiver num terreno escorregadio e uma das rodas traseiras


patinar, pare o trator e acople o bloqueio do diferencial, pisando no
pedal para baixo e travando-o.
Assim que as rodas voltarem a tracionar normalmente, desacople o
bloqueio, pisando no pedal para baixo e soltando-o em seguida.

ATENÇÃO:
Não faça manobras ou esterce a direção com o bloqueio acionado.

Acoplamento de Implementos

Sistema 3 pontos

48 S5 – Serviços – Nov., 2007


Procedimento para Acoplar Implementos ao Sistema
de Engate (3 Pontos):
• Com o trator em marcha à ré, vá de encontro ao implemento até
alinhar os braços inferiores (1) e (2) com os pinos de engate do
implemento.
• Utilize a alavanca de posição para controlar a altura dos braços.
• Engate o implemento na seguinte ordem:
1. Braço esquerdo (1)
2. Braço do terceiro ponto (3)
3. Braço direito (2)
• Se o ponto de engate do implemento ficou afastado do braço
direito, faça a sua aproximação rosqueando ou desrosqueando o
braço do terceiro ponto.
• Se o braço direito estiver mais baixo ou mais alto que o ponto de
engate, utilize a manivela niveladora para efetuar o alinhamento.
Alguns modelos de tratores são equipados com “dois fusos” que
permitem a regulagem independente de cada braço, tornando
mais fácil o acoplamento.

Conexões de Levante

Para ajustar o braço de levante esquerdo (3), solte e retire o pino


conectado no braço inferior, gire o braço e ajuste o comprimento
desejado.
Para facilitar o acoplamento e a regulagem dos implementos, os
braços de levantamento (1 e 2) podem ser regulados no seu
comprimento de forma a modificar a altura do ponto de engate dos
braços de acoplamento inferiores, utilizando para isto o sistema de
manivela ou fuso.
Para possibilitar a adequação da sensibilidade do sistema com o
solo a ser trabalhado, os tratores possuem um suporte, geralmente
com 3 furos para o braço do terceiro ponto.

S5 – Serviços – Nov., 2007 49


• Furo Superior: Para solos de consistência dura (menor
sensibilidade).
• Furo Intermediário: Para solos de consistência média ou mista
(sensibilidade média).
• Furo Inferior: Para solos de consistência mole (maior
sensibilidade).

50 S5 – Serviços – Nov., 2007


Posição dos Furos dos Braços Inferiores
Os braços inferiores do hidráulico dos tratores possuem vários furos
que podem ser utilizados conforme a necessidade.

O furo mais próximo do trator O furo mais distante do trator


deverá ser utilizado na maioria deverá ser utilizado quando
das operações. forem usados implementos
mais pesados.

Use a trava nesta posição Use a trava nesta posição


quando o implemento a ser quando o implemento a ser
utilizado for de grande utilizado for de pequena
penetração (arados, penetração (grade niveladora,
subsoladores). semeadora) ou de superfície
(pulverizadores, roçadeiras).

S5 – Serviços – Nov., 2007 51


Comandos do Sistema Hidráulico – Linha Leve

Linha Leve (685 – 785 – BF)

Através desta alavanca obtém-se o controle de posição de


sensibilidade e profundidade de trabalho.
A cada posição da alavanca corresponde uma determinada altura do
implemento.
Uma vez determinada a profundidade de trabalho, estará
determinada a sensibilidade do sistema automaticamente.
Esta regulagem é feita da seguinte forma: Com o implemento na
posição de trabalho (alavanca totalmente para frente), desloca-se a
alavanca gradativamente para trás, eliminando o curso morto, a
partir daí inicia-se o controle da sensibilidade e profundidade.

Alavanca de controle de velocidade de descida

52 S5 – Serviços – Nov., 2007


• Alavanca para frente (do trator), a descida do implemento é
lenta.
• Alavanca para trás, a descida é rápida.
• Durante o transporte do implemento, utilizando o conjunto 3
pontos, utilize-a na posição de reação lenta.

NOTA:
• A velocidade de descida influi no controle da tração
(sensibilidade). Se a velocidade de descida for lenta, o controle
automático da tração será lento e vice-versa.
• Normalmente deve-se manter a alavanca de controle da
velocidade de descida na posição mais rápida, desde que
permitida pelas condições de segurança.

S5 – Serviços – Nov., 2007 53


Comandos do Sistema Hidráulico – Linha Média

BM 85 – 100 – 110 – 120 – 125i

Alavanca de Controle de Posição

Cada posição da alavanca corresponde a uma determinada altura do


implemento.

ADVERTÊNCIA:
Tenha muito cuidado no uso das alavancas de controle de posição.
Antes de acioná-la, verifique se o implemento ou qualquer outra
máquina que estiver acoplada no trator não atinja pessoas, animais,
objetos ou você mesmo, na sua descida ou no seu levantamento.

54 S5 – Serviços – Nov., 2007


Alavanca de Controle de Sensibilidade

Quando a alavanca é colocada na posição frontal do quadrante


(encostada no batente) permite grandes forças de tração sem que o
sistema venha a corrigir a profundidade do implemento (mínima
sensibilidade).
Deslocando a alavanca para a parte traseira a sensibilidade do
sistema é aumentada gradativamente, conforme o curso em que a
alavanca foi deslocada.
Quando a alavanca atingir a traseira do quadrante, o sistema está
com a máxima sensibilidade.

NOTA:
Quanto maior a sensibilidade, menor será a profundidade de corte
do implemento, e vice versa.

Alavanca de Controle de Velocidade de Descida

Determina a velocidade de descida do implemento e está


diretamente ligada ao controle de sensibilidade.
Sempre que possível, para implementos de penetração, utilize-a na
posição de reação rápida (lebre).
Durante o transporte do implemento, utilizando o conjunto 3 pontos,
utilize-a na posição de reação lenta (tartaruga).

NOTA:
O controle de reação rápida e lenta interfere na velocidade de
reação da sensibilidade.

S5 – Serviços – Nov., 2007 55


Comandos do Sistema Hidráulico – Linha Pesada

BH 145 – 165 – 185i / 1280 – 1780

Alavanca de Controle de Posição

Quando a alavanca de posição é deslocada para trás (puxada), os


braços de acoplamento inferiores são levantados e posicionados
numa determinada posição.
A cada posição intermediária da alavanca corresponde a uma
determinada altura do implemento e, vice-versa.

56 S5 – Serviços – Nov., 2007


Alavanca de Controle de Sensibilidade

Deslocando a alavanca de sensibilidade da posição traseira para a


dianteira, a sensibilidade é aumentada gradativamente conforme o
curso em que a alavanca for deslocada.
Quando a alavanca atingir a parte frontal o sistema está com a
máxima sensibilidade e quando a alavanca está totalmente para
trás o sistema está com a mínima sensibilidade.

IMPORTANTE:
Após determinar a profundidade ideal de trabalho, através da
alavanca de sensibilidade, utilize somente a alavanca de posição
nas manobras.

NOTA:
Quanto maior a sensibilidade, menor será a profundidade de corte
do implemento, e vice versa.

S5 – Serviços – Nov., 2007 57


Estabilizadores Telescópicos – Linha Pesada

Para o uso da sensibilidade é necessário usar o furo oblongo, para


que os braços do hidráulico possam trabalhar / movimentar.

Para o transporte coloque o pino no furo fixo.

Sistema de Sensibilidade
O uso incorreto do sistema de sensibilidade poderá trazer como
conseqüência a quebra de componentes do trator e do implemento.
A VALTRA não está preocupada somente em substituir peças,
através do seu programa de garantia, mas também, com a imagem
do seu produto, para que ela não fique comprometida devido à
desinformação e mau uso desta tecnologia e principalmente, em
evitar outros prejuízos para o seu cliente, tais como:
• Tempo de paralisação do trator na oficina.
• Desempenho comprometido.
• Diminuição da vida útil da máquina, pois sobrecarrega o motor,
transmissão e sistema hidráulico.
• Aumento do consumo do combustível.
• Aumento do índice de patinagem e conseqüente desgaste
excessivo dos pneus e possível quebra de componentes da
transmissão.
• Desgaste físico e emocional do operador, que faz o controle de
ondulação manualmente.
• Aumento do custo operacional e diminuição da produtividade.

58 S5 – Serviços – Nov., 2007


Controles do Sistema Hidráulico Eletrônico

1. Seletor para levantar e abaixar os braços inferiores, que possui


três posições de controles.
2. Tecla do sistema de amortecimento de impactos.
3. Seletor de profundidade máxima do implemento ou braços de
levante.
4. Luz indicadora do sistema de amortecimento de impactos.
5. Seletor de altura máxima.
6. Seletor de mixagem / sensibilidade.
7. Luz indicadora de abaixamento dos braços inferiores.
8. Luz indicadora de levantamento dos braços inferiores.
9. Seletor de velocidade de descida dos braços inferiores.
10. Luz de diagnóstico de códigos de falhas do sistema hidráulico
eletrônico.

NOTA:
Se a luz de diagnóstico de códigos de falhas (10) piscar com
freqüência variável, indicará a ocorrência de falhas no sistema e
dependendo do número de vezes que ela acende, indicará um
código específico de falha, conforme uma Tabela de Diagnóstico de
Falhas, existente no Manual do Operador, na seção Instruções
Operacionais.
Se esta luz permanecer acesa, significa que os braços de levante
não estão ativados. Para ativá-los, gire o seletor (1) para a posição
descer, que a luz se apagará e todos os controles do hidráulico
eletrônico serão ativados e ficarão prontos para utilização.
Quando esta luz pisca intermitentemente numa mesma freqüência é
porque o sistema está no modo de espera. Para ativá-lo gire o
seletor (1) na posição subir ou descer.

S5 – Serviços – Nov., 2007 59


Comandos do Controle Remoto
Os comandos do controle remoto (válvulas) normalmente são
opcionais, podendo ser solicitados de acordo com a necessidade do
implemento. Alguns modelos são equipados com válvula reguladora
de fluxo.

O óleo contido dentro do cilindro hidráulico do implemento deverá


ser da mesma classificação e marca do óleo do reservatório do
trator. A não observação desse detalhe implicará na contaminação
do óleo hidráulico, podendo trazer sérias avarias ao sistema
hidráulico do trator, como também, para a transmissão (sistema
conjugado). Se o implemento estiver parado por muito tempo, o óleo
do cilindro também deve ser drenado e trocado.

60 S5 – Serviços – Nov., 2007


Quando não estiver usando o engate rápido (macho), mantenha a
tampa plástica no seu lugar. Proceda da mesma forma com o engate
do implemento (fêmea). O engate rápido a ser acoplado deverá ser
da mesma classificação e marca do que está no comando hidráulico
do trator.

ADVERTÊNCIA:
Antes de acoplar a mangueira do cilindro hidráulico externo,
despressurize o sistema e limpe a superfície do engate rápido.
Cuidado ao manusear o sistema, pois a pressão é alta.

S5 – Serviços – Nov., 2007 61


Linha Pesada com Hi-Flow

BH 145 – 165 – 185i / 1280 – 1780

Funcionamento
As saídas controladas recebem óleo diretamente de uma bomba
frontal e só estão em operação quando acionado o seu devido
interruptor (vazão de 30 l/min e de 83 l/min).
As saídas do controle remoto trabalham normalmente com 51
l/mim e quando é acionado o interruptor para alta vazão
(transbordo), passa a operar com 130 l/min.
Existe uma luz de alerta (console), que quando acessa indica que o
sistema de alta vazão está operando em “máxima pressão”.
Quando a alta vazão está em operação (ligada), a alimentação de
óleo é cortada nas saídas controladas e no sistema de levante
(braços hidráulicos).

Exemplo de Uso – Plantadeira de Cana SERMAG


Na saída controlada de 83 l/min, acoplar nos engates rápidos de
3/4” (maiores) as mangueiras que acionam as esteiras de
distribuição de cana (não podem parar). Recomendável fechar o
registro do lado que não está em uso (30 l/min).
Nas saídas do controle remoto, acoplar nos engates rápidos de
1/2” (menores), as mangueiras que abaixam e levantam o sulcador
da plantadeira. Acoplar nos engates rápidos de 3/4”, na válvula com
detente e destrave automático, as mangueiras que alimentam a
cabine (acionadas de acordo com a necessidade e o principal
comando é o controle da esteira de distribuição de gemas).

62 S5 – Serviços – Nov., 2007


Funcionamento Básico do Sistema Hidráulico
(3 Pontos)
Para que se possa entender o funcionamento do sistema hidráulico
3 pontos é necessário um estudo mais aprofundado, devido à
complexidade do sistema hidráulico.
No entanto, vamos ver de um modo prático, as reações que
acontecem com o trator, operando nas mais diversas situações de
terreno.
Trator Operando em Terreno Plano nas Condições
Normais

Operação em Terreno Acidentado, Roda Dianteira


Subindo uma Elevação

S5 – Serviços – Nov., 2007 63


Operação em Terreno Acidentado, Roda Traseira
Subindo uma Elevação

Arado Atingindo uma Elevação

64 S5 – Serviços – Nov., 2007


Transmissão, Eixos e Hidráulico
• Verifique os níveis de óleo periodicamente.
• Verifique se há vazamentos no circuito.
• Verifique se o óleo não está contaminado.
• Troque os filtros e o óleo nos períodos recomendados.
• Verifique os respiros, troque ou limpe conforme recomendado.
• Lubrifique os pinos graxeiros periodicamente.
• Verifique e limpe o filtro de sucção conforme recomendado.

ATENÇÃO:
Não deixe o óleo ficar abaixo do nível mínimo especificado, isto
poderá causar graves danos ao conjunto.

Verificação do Nível de Óleo – Linha Leve


Para verificar o nível de óleo, coloque o trator num local plano e
horizontal.
Para verificar o sistema hidráulico, abaixe totalmente os braços
inferiores.

Caixa de Câmbio Transmissão Final

Hidráulico
Verifique se o nível de óleo está à 10 cm da superfície externa do
bocal de enchimento.

S5 – Serviços – Nov., 2007 65


Verificação do Nível de Óleo – Linha BL
Para verificar o nível de óleo, coloque o trator num local plano e
horizontal.
Para verificar o sistema hidráulico abaixe totalmente os braços
inferiores.

Caixa de Câmbio e
Transmissão Final Hidráulico

Eixo Dianteiro

Diferencial Planetárias

66 S5 – Serviços – Nov., 2007


Verificação do Nível de Óleo – Linha Média
Para verificar o nível de óleo, coloque o trator num local plano e
horizontal.
Para verificar o sistema hidráulico abaixe totalmente os braços
inferiores.

Caixa de Câmbio, Hidráulico e Transmissão Final

NOTA:
No caso de operar cilindros de controle remoto que precisam de
volume maior de óleo, o nível pode ser mantido na marca máxima.

Eixo Dianteiro (Diferencial) Eixo Dianteiro (Planetárias)

S5 – Serviços – Nov., 2007 67


Verificação do Nível de Óleo – Linha Pesada
Para verificar o nível de óleo, coloque o trator num local plano e
horizontal.
Para verificar o sistema hidráulico abaixe totalmente os braços
inferiores.

Caixa de Câmbio e Transmissão Final

Hidráulico

Eixo Dianteiro (Diferencial)

68 S5 – Serviços – Nov., 2007


Freios

• Discos em banho de óleo.


• Acionamento hidráulico (BM 100, BM 110, BM 120, 1280 R, BH
140, BH 160, BH 180, 1780).
• Acionamento mecânico (685, 785, BF 65, BF 75, 700, 800, 900,
BL 77, BL 88).
• Estacionamento mecânico.

S5 – Serviços – Nov., 2007 69


Use sempre o óleo recomendado e siga os períodos de troca, conforme a tabela
abaixo:

PERÍODO DE TROCA DOS ÓLEOS / ADITIVOS – TRATORES VALTRA


LINHA DE PRIMEIRA SEGUNDA TERCEIRA PRÓXIMAS
GRUPO
TRATORES TROCA TROCA TROCA TROCAS
MOTOR TODOS 100 – – a cada 250 horas

LL a cada 1000 horas


TRANSMISSÃO LM / SÉRIE 100 100 500 1000 a cada 1000 horas
LP a cada 500 horas

EIXO DIANTEIRO TODOS 100 500 1000 a cada 1000 horas

HIDRÁULICO LL / LP / SÉRIE 100 100 500 1000 a cada 1000 horas

FREIO TODOS anual

A cada 10 horas ou diariamente, nos pontos indicados no


LUBRIFICAÇÃO TODOS
manual do operador (exceto no eixo traseiro)

ARREFECIMENTO TODOS 1000 – a cada 1000 horas

NOTA:
EIXO DIANTEIRO
TODOS 100 – a cada 250 horas
Redutor Final (planetárias)

LUBRIFICAÇÃO
TODOS A cada 250 horas
Eixo Traseiro

GRUPO COMPONENTES
TRANSMISSÃO LL / S100 Redutor/Multiplicador, Câmbio, Transmissão final e freio, Tomada de potência
TRANSMISSÃO LM Multitorque, Câmbio, Transmissão final e freio, Tomada de potência
TRANSMISSÃO LP Multiplicador, Câmbio, Transmissão final e freio, Tomada de potência
EIXO DIANTEIRO Diferencial, Redutor final (planetárias)
HIDRÁULICO Sistema hidráulico de 3 pontos e direção hidráulica

LINHA DE TRATORES TRATORES


SÉRIE 100 700, 800, 900
LEVE 685 / 785 (COMPACTO / FRUTEIRO), BF 65 / BF 75
MÉDIA 885 / 985 / 1180 / BM 85 / BM 100 / BM 110 / BM 120
PESADA 1280R / 1580 / 1780 / 1380 / 1680 / 1880 / BH 140 / BH 160 / BH 180

70 S5 – Serviços – Nov., 2007


Sistemas de Classificação dos Lubrificantes
SAE = Viscosidade do Óleo
API = Serviço do Óleo
ISO = Viscosidade do Óleo (Industrial)
NGLI = Consistência da Graxa (0 a 6)
Viscosidade
É a propriedade principal dos lubrificantes, pois está ligada com a
capacidade de suportar cargas.
A função principal dos lubrificantes é separar as superfícies em
movimento. Com isso, reduz-se o atrito, o desgaste e a geração de
calor.
Aditivos
Tendo em vista as limitações dos óleos minerais, foram
desenvolvidas algumas substâncias (os aditivos) para serem
adicionadas a eles. Ex; extrema pressão (EP), anticorrosivos,
detergentes, antiespumantes, etc.
O aditivo EP melhora a película lubrificante, fazendo com que esta
suporte mais carga sobre ela. Evita-se com isso o atrito de metal
com metal, que é o causador de escoriações e arranhaduras nas
engrenagens, rolamentos, etc.
API
S = Motores à gasolina e a álcool
C = Motores a diesel
Ex.: SAE 30 CD
SAE 15W40 CE ou CF-4
SAE 20W40 SJ
W = Winter (inverno), indica que o óleo é adequado para uso
em local muito frio.
Óleo que atende duas viscosidades (Ex.: 15W40) é
denominado multiviscoso.

API
GL = Diferencial / Transmissão (1 a 5)
Ex.: SAE 90 GL-5 (caixa de câmbio, eixo dianteiro LP)
TOU GL-4 (caixa de câmbio LM).
Exemplo: TDH SAE 80 GL-4 (Texaco)
TDH = Transmissão, Diferencial, Hidráulico
TOU (Tractor Oil Universal) = Norma de classificação de óleos para tratores

ISO VG 68 = Óleo usado na caixa do conjunto hidráulico


(LL e LP)
NGLI 2 (à base de sabão de lítio) = Graxa usada nos nossos
tratores.

S5 – Serviços – Nov., 2007 71


NOTA:
É importante salientar que não há continuidade entre os graus de
viscosidade para óleos de motor e os de transmissão, apesar da
aparente semelhança em seus sistemas de numeração.

Importância da Lubrificação Correta

NOTA:
Graxa = 1/3 ou no máximo 2/3 da área total.

72 S5 – Serviços – Nov., 2007


Estudos demonstram que mais de 50% das falhas com rolamentos
são provocadas por deficiência na lubrificação.
Excesso de lubrificante é tão prejudicial, quanto lubrificação
insuficiente. O excesso pode causar aumento da temperatura e
também aumenta o seu torque.

Análise de Avaria

Desgaste dos componentes internos (caixa de câmbio) causados por


sobrecarga aplicada no conjunto ou problemas do óleo utilizado
geram limalhas de metal (abrasivos) que danificam as pistas dos
rolamentos, flancos dos dentes das engrenagens, buchas, etc.
Esses desgastes geram barulho.

Distribuição de Peso e Lastragem


Lastrar significa aumentar o peso do trator, melhorando a sua
aderência ao solo e conseqüentemente, aumenta a força de tração e
diminui a patinagem.

ATENÇÃO:
A lastragem incorreta pode afetar o desempenho do trator, pois o
mesmo pode estar consumindo parte da potência para carregar o
seu próprio peso, além de aumentar a compactação do solo.

Lastragem metálica consiste em acrescentar pesos de ferro nos


aros traseiros e na parte frontal do trator.

S5 – Serviços – Nov., 2007 73


Lastros Metálicos

ATENÇÃO:
Não ultrapasse a lastragem máxima recomendada pelo fabricante.

74 S5 – Serviços – Nov., 2007


Medidas do Pneu

É designada por dois conjuntos de números, o primeiro indica em


polegadas o valor nominal da largura (L) da secção e o segundo o
diâmetro nominal interno (D) do pneu, em polegadas:
Ex: 18.4 – 34

Capacidades de Lonas
(Ply Rating) 10 PR

É a unidade de medida internacional, que representa a resistência


da carcaça do pneu, não indicando necessariamente o número real
de lonas com que o mesmo foi confeccionado, uma vez que cada
lona pode ter resistência superior ao padrão.

S5 – Serviços – Nov., 2007 75


Lastragem com Água (Hidroinflação)
É a maneira mais simples de se aumentar o peso dos tratores, para
melhorar sua força de tração. Entretanto durante os trabalhos leves
a água deve ser retirada dos pneus, pois a lastragem aumenta o
consumo de combustível e a compactação do solo.

Para encher o pneu com água, levante a roda do trator e gire-a até
que a válvula tenha alcançado a posição vertical mais elevada.
Desparafuse a parte móvel da válvula e introduza água no pneu com
uma mangueira.
Interrompa de vez em quando o enchimento para permitir a saída
livremente do ar (caso não esteja usando um bico especial).
Quando começar a sair água pela válvula pare de encher.
Neste ponto o enchimento corresponderá a 75% (pneu diagonal) do
volume do pneu (máximo permitido).

NOTA:
• Nos tratores equipados com tração auxiliar (4X4), a lastragem e
pressão de inflação incorreta altera a relação de avanço do eixo
dianteiro (rodas), podendo ocorrer avarias no conjunto e
comprometer o seu desempenho. Dependendo da operação,
poderá ocorrer o fenômeno POWER HOPE (galope).
• Em determinadas situações que ocorrer o fenômeno POWER
HOPE, é necessário recalibrar a pressão dos pneus dianteiros
(aumentar), mas não ultrapassando o limite máximo permitido.
Retire também, gradativamente, os contrapesos dianteiros, até
eliminar o galope.

76 S5 – Serviços – Nov., 2007


ATENÇÃO:
Nos tratores com rodagem dupla na traseira, a lastragem deve ser
feita somente nos pneus internos. A pressão dos pneus internos
deve ser de 2 a 4 psi maior que a dos externos.

Pressão Correta dos Pneus


A durabilidade dos pneus depende em grande parte do emprego da
pressão correta de enchimento e da boa manutenção.

Conseqüências da Pressão Insuficiente


• Diminuição da velocidade e aumento do consumo de
combustível.
• Quebra das lonas na zona de flexão, por excessiva
movimentação.
• Redução de resistência dos flancos do pneu aos cortes causados
pelo terreno.
• Desgaste irregular da banda de rodagem.
• Rachaduras na base das garras e arrancamentos das mesmas.
• Deslizamento do pneu sobre o aro, provocando o arrancamento
da válvula de enchimento da câmara.

Conseqüências da Pressão Excessiva


• Maior consumo de combustível.
• Perda de tração.
• Aumento da compactação.
• Desgaste prematuro da banda de rodagem.

Pressão Recomendada
Consulte o “Manual do Operador”.

S5 – Serviços – Nov., 2007 77


Patinagem
Existe uma forma prática de definir o índice de patinagem, basta
examinar as marcas deixadas no solo, conforme ilustração abaixo:

NOTA:
Todo trator precisa trabalhar com índice de patinagem.

Comandos da Cabine

1. Seletor da velocidade do ventilador.


2. Seletor de temperatura do ar quente.
3. Seletor do ar condicionado.
4. Rádio (opcional).
78 S5 – Serviços – Nov., 2007
1. Alavanca de controle da recirculação de ar.
• Para a esquerda, permite a entrada do ar externo.
• Para a direita, impede a entrada do ar externo e promove a
recirculação do ar interno.

Manutenção dos Filtros da Cabine

A cada 250 horas limpe o filtro, batendo com a palma da mão ou


aplicando ar comprimido seco, com pouca pressão (5 bar).
A cada 1000 horas troque os dois filtros.

Remova o seletor de recirculação (1), a grelha (2) e o filtro (3).


Lave o filtro (3) com água limpa e enxugue-o antes de reinstalar.

NOTA:
Em trabalhos com alta concentração de pó, poderá ser necessária a
troca dos filtros com maior freqüência.
Em trabalhos de pulverização deverá ser usado filtro de carvão
ativado.

S5 – Serviços – Nov., 2007 79


Operação e Regulagens dos Implementos

Operação com Grades

Discos Peso
No de Largura Ø do Profundidade Potência no
Modelo (Discos
Discos de Corte Eixo de Corte Motor
Dimensões Espaçamento Ø 28”)

14 1750 mm Ø 26” x 1630 kg 80 – 90 cv


6,0 mm
16 2000 mm 1920 kg 95 – 105 cv
18 2300 mm 2139 kg 110 – 120 cv
20 2570 mm 2272 kg 120 – 140 cv
ou
GAICR 24 3110 mm 270 mm 1.5/8” 120 – 200 mm 2554 kg 145 – 160 cv
28 3650 mm 2786 kg 170 – 180 cv
32 4180 mm 3798 kg 210 – 220 cv
Ø 28” x
36 4720 mm 4186 kg 230 – 250 cv
7,5 mm
40 5250 mm 4618 kg 250 – 280 cv
Exemplo de tabela de fabricante

Durante a operação com grades, observe se a barra de tração do


trator encontra-se destravada.
Certifique-se de que o cabeçalho da grade encontra-se na posição
horizontal ou levemente inclinada para trás.
Deixar sempre um ponto a mais de abertura na seção traseira, para
proporcionar melhor equilíbrio e desempenho do conjunto trator /
implemento.
Durante a operação, verifique se a barras estabilizadoras estão
livres.
Em solos arenosos ou pouco compactos, recomenda-se regular o
ângulo de corte conforme a necessidade, evitando sobrecarga no
trator e desgaste prematuro do implemento.
Faça as manobras sempre pelo lado esquerdo.
Evite remonta desnecessária dos discos sobre a terra já gradeada,
caso necessário, regule o deslocamento lateral da grade. A remonta
excessiva provoca perda de produtividade.

80 S5 – Serviços – Nov., 2007


Seção Dianteira e Traseira

As ilustrações “2 furos” e “1 furo” mostram um exemplo de como


deixar um ponto a mais de abertura na seção traseira.
Quanto maior a distância entre as seções maior será a profundidade
de trabalho.

Acione o comando para abaixar os pneus, até conseguir colocar um


pino no furo (A).
Acione o comando para levantar os pneus até que o cabeçalho fique
na altura da barra do trator.

ATENÇÃO:
Não esqueça de retirar o pino do furo (A) logo que engatar a grade
no trator.

S5 – Serviços – Nov., 2007 81


Alterando a fixação do cabeçalho até o furo nº 5 consegue-se maior
ângulo de corte e maior profundidade de trabalho.

Deslocamento lateral tem por finalidade centralizar a grade em


relação ao trator.

82 S5 – Serviços – Nov., 2007


Operação com Implementos Acoplados ao
“3 Pontos”
AAR – Arado de Aivecas Reversível

No de Largura de Altura Profundidade Potência no


Modelo Espaçamento Peso Kg
Aivecas Corte (mm) Livre de Corte Motor

AAR 3 03 1350 1082 120 cv


AAR 4 04 1800 710 mm 820 mm Até 400 mm 1240 140 cv
AAR 5 05 2250 1400 160 cv
Exemplo de tabela de fabricante

Quando em operação com implementos de 3 pontos, observe a


regulagem e a fixação correta dos estabilizadores.
Observe a posição correta do terceiro ponto, utilizando os furos
corretos de acoplamento do trator e da torre do implemento.

NOTA:
Evite operar com o terceiro ponto inclinado para trás.
Regule corretamente as alavancas de controle de posição e
sensibilidade.
Sempre que possível, utilize a alavanca de reação (velocidade de
descida) na posição rápida.
Regule corretamente o conjunto trator / implemento.
Operando com arado de aivecas, observe se o leme (guia) traseiro
encontra-se na última aiveca.

IMPORTANTE:
Certifique se de que o sistema de sensibilidade esteja funcionando
corretamente.

S5 – Serviços – Nov., 2007 83


O eixo transversal (A) do arado pode ser deslocado para a direita ou
para a esquerda, obtendo-se maior ou menor largura de corte.
O eixo de engate é excêntrico e ao girá-lo, obtêm-se maior ou menor
ângulo de corte.

Regulagens Horizontais

Existem 3 regulagens horizontais para aumentar ou diminuir a


rotação dos discos:
0. Normal.
1. Menor rotação.
2. Maior rotação (nas palhadas, muita vegetação e terra úmida, para
diminuir o embuchamento).

84 S5 – Serviços – Nov., 2007


Quando o trator tende a ir do lado da terra arada, deve-se abrir a
roda guia e quando a tendência do trator for para o lado oposto,
deve-se fechar a roda guia.

Regulagens Verticais

Solos de Difícil Solos Médios (Mistos) Solos de Fácil


Penetração Penetração
(Argilosos) (Argilosos)

O arado deve ser alinhado longitudinalmente ao trator, através dos


estabilizadores do 1º e 2º ponto.
Deve ser nivelado transversalmente, através da manivela do 2º
ponto.
Se o 1° disco do arado estiver aprofundando mais que o último
disco, aumente o comprimento do 3º ponto.
Se o último disco do arado estiver aprofundando mais que o 1º
disco, diminua o comprimento do 3º ponto.
Acoplar o 3º ponto no furo correto do suporte do apalpador do trator,
para maior ou menor sensibilidade.

S5 – Serviços – Nov., 2007 85


Discos Lisos e Recortados

Veja o porquê dos discos das grades serem lisos ou


recortados:
Na figura 1, o disco está trabalhando a uma profundidade que põe
em contato com o solo 50 cm do seu perímetro.
A espessura do disco é de 1 cm (10 mm).
O disco está suportando um peso de 250 kg.
Matematicamente, este disco (liso) está exercendo a pressão de 250
kg, dividida por 50 vezes de 1 cm, ou seja, 5 kg/cm², conforme
demonstra a equação:
250 kg ÷ 50 cm X 1 cm = 5 kg/cm².
Nas mesmas condições, um disco que tenha a metade do seu
perímetro efetivo (50 cm) removida por meio de chanfros, ficará com
um perímetro efetivo em contato com o solo de 25 cm (figura 2).
Neste caso a equação será:
250 kg ÷ 25 cm X 1 cm = 10 kg/cm².
Então, onde a penetração para cortar matos, palhadas ou terra em
descanso é a finalidade principal, a grade deve ser equipada com
discos recortados. Este tipo de disco é menos resistente à abrasão.

CONCLUSÃO:
Ao cortar um solo com torrões grandes, o disco liso promove
apenas um impacto em cada torrão, ao passo que o disco
recortado atua como uma serra e continua a desintegrar o torrão
enquanto está em contacto com ele.

86 S5 – Serviços – Nov., 2007


Tipos de Grades
ESPAÇAMENTO DIÂMETRO DOS PROFUN-
TIPO CLASSIFICAÇÃO ENTRE DISCOS DISCOS DIDADE
(mm) (polegadas) (mm)

LEVE 235 24 – 26” 150 – 180

INTERMEDIÁRIA 270 26 – 28” 150 – 200


ARADORA
PESADA 340 30 – 32 – 34” 200 – 270

SUPER PESADA 430 30 – 32 – 34 – 36” 280 – 300

175
NIVELADORA – 16 – 18 – 20 – 22” 50 – 150
200

Velocidades Recomendadas para Algumas Operações


OPERAÇÃO km/h

Subsolagem 4a5

Arado 5a7

Grade aradora 6a8

Grade niveladora 9 a 12

Distribuição de Calcário 6a9

Cardan

Com o implemento devidamente engatado ao trator, mas sem o eixo


cardan, movimente o hidráulico até achar a distância mínima (A)
entre a TDP e o implemento.
Utilizando implemento de arrasto, faça curva com o trator até o limite
máximo e observe também o comprimento do cardan.
Deverá existir folga dos dois lados de 50 a 70 mm.

S5 – Serviços – Nov., 2007 87


A montagem correta do eixo cardan é como mostra a figura acima.
Observe a disposição dos garfos das cruzetas, alinhados.

NOTA:
A montagem errada provoca vibração excessiva que é prejudicial à
transmissão.

88 S5 – Serviços – Nov., 2007


Manutenção e Conservação

Limpeza do Equipamento

Conserve sempre o implemento limpo e lubrificado.

Transporte de Implementos

Ao transportar implementos, amarre-os para impedir a sua


movimentação.

Limpeza e Proteção do Implemento

Retire toda a sobra de adubo e sementes dos depósitos dos


implementos usados na semeadura e adubação.
Após a limpeza, pulverize óleo nos compartimentos para evitar
ferrugem e manter o implemento protegido.

S5 – Serviços – Nov., 2007 89


Cuidado para Evitar a Contaminação do Óleo

Utilize tecido (pano) para limpar balde, bandeja ou funil, utilizados


para trocar ou completar óleos lubrificantes ou diesel. É importante
evitar a contaminação do combustível ou óleo lubrificante com
qualquer tipo de impureza.
Utilize sempre tecidos limpos.
Não utilize estopa para limpar recipientes ou varetas de nível.

Remonta de Lubrificantes

Para remonta de lubrificantes, utilize sempre óleo da mesma


especificação e marca.
Não transporte óleo diesel ou lubrificante em galões sujos ou
contaminados, o que pode causar sérios danos ao trator.

90 S5 – Serviços – Nov., 2007


Armazenamento de Combustível

O armazenamento de combustível exige certos cuidados especiais,


como a infiltração de impurezas e água (na forma de condensação),
o que pode contaminar o combustível.
Para evitar a contaminação, monte o reservatório um pouco
inclinado para traz, isso permite o assentamento de impurezas no
fundo do tambor.
Deve ser armazenado em local coberto, protegido do sol e da chuva,
isolado de produtos como inseticidas, herbicidas, adubos ou
produtos químicos.
Nunca use tambores de produtos químicos para armazenar
combustível.

S5 – Serviços – Nov., 2007 91


Segurança no Trabalho

A sua Segurança Depende do seu Envolvimento!


Operar máquinas sem os conhecimentos básicos de segurança e
operação poderá causar danos materiais, lesão corporal e até morte.
Antes de dar a partida no motor do seu trator, faça as verificações
diárias citadas anteriormente e as contidas no Manual do Operador.
Existem decalques em diversos pontos do trator que contém
informações importantes sobre segurança, manutenção e operação.
Leia todos.

Leia o Manual do Operador

É da sua responsabilidade seguir as instruções recebidas nos


treinamento, bem como, as contidas no Manual do Operador,
portanto leia todas elas e ponha em prática no seu dia a dia.

Acidente do Trabalho – Definição Geral


Acidentes do trabalho são todos os acontecimentos que não estejam
programados e que interrompam, por pouco ou muito tempo, a
realização normal de uma atividade. Provocando perda de tempo,
danos materiais e/ou lesão corporal.

92 S5 – Serviços – Nov., 2007


Causas do Acidente do Trabalho
Como todo acontecimento, o acidente do trabalho também tem suas
próprias causas, que são:
1. Ato Inseguro: São comportamentos relacionados diretamente à
pessoa humana e que podem levá-la a sofrer um acidente.
2. Condição Insegura: São deficiências ou irregularidades técnicas
encontradas no local de trabalho, como também nas máquinas.
3. Fator Pessoal de Insegurança: São casos em que as
“características pessoais” (físicas ou mentais, normais ou não)
interferem negativamente no trabalho, provocando “atos
inseguros”.

Exemplos de Atos Inseguros

• Trafegar em alta velocidade, principalmente se estiver com


implementos acoplados.
• Não usar o cinto de segurança.

• Abastecer o tanque ou fazer manutenção perto de chama, solda,


cigarro, etc. Poderá ocorrer incêndio ou explosão, pois o
combustível é inflamável.

S5 – Serviços – Nov., 2007 93


Exemplos de Condição Insegura

• Pessoas não capacitadas operando uma máquina ou fazendo


algum tipo de serviço que requer certo conhecimento.
• Falta do cinto de segurança.

• Ferramentas mal conservadas, defeituosas ou não apropriadas.

94 S5 – Serviços – Nov., 2007


Exemplos de Fator Pessoal de Insegurança

• Falta de boa coordenação motora


• Agressividade
• Grau de atenção
• Percepção, etc

• Não colocar o dispositivo de segurança para proteger peças em


movimento (operador treinado).

S5 – Serviços – Nov., 2007 95


Como Transitar com o Trator em Estradas

• Evite transitar com o trator em estradas.


• Se for necessário, use sinalização adequada, conforme
ilustração.
• Este adesivo deve ser colocado na parte traseira do trator.

• Coloque pano vermelho ou placa de sinalização na traseira do


trator.

• Evite transitar com o trator à noite em estradas.


• Caso isto ocorra, dirija o farol de trabalho para o implemento ou
para a traseira do trator, em direção ao solo, jamais posicione o
foco de forma à atingir os motoristas de outros veículos.
• Ao transitar em rodovias, siga sempre pelo acostamento.

96 S5 – Serviços – Nov., 2007


Operações Seguras
Verificações Preliminares

• Antes de movimentar o trator, teste o sistema hidráulico, a


embreagem e os demais controles mecânicos.
• Ouça com atenção o barulho do motor, transmissão, etc.
Qualquer anormalidade deve ser verificada ou reparada antes
que ocorra um dano mais sério.

Partida do Motor

• Antes de dar a partida no trator, certifique-se que todos os


comandos estejam em neutro, isso evita sobrecarga ao motor de
partida e evita acidentes (acionamento acidental da TDP,
implementos, etc.).
• Não elimine o interruptor de segurança de partida que se
encontra no pedal da embreagem.
• Regule o assento, conforme o seu peso, evitando impactos no
seu corpo. Ajuste-o também, em função da sua estatura, a fim de
controlar adequadamente os pedais do freio, embreagem e
acelerador.

S5 – Serviços – Nov., 2007 97


• Utilize adequadamente o cinto de segurança e o protetor
auricular quando o nível de ruído estiver acima de 85 db. O
protetor de ruído pode ser do tipo concha ou de inserção (plug).

Perigo das Roupas Inadequadas e Soltas

• Roupas soltas e inadequadas podem causar acidentes. Nunca


utilize roupas que possam ficar pressas em comandos, controles,
equipamentos, etc.
• A utilização de equipamentos adicionais de segurança também
pode ser necessária.

Reconhecimento do Trator

• Procure um local seguro para reconhecimento do trator, sem


pessoas, animais ou objetos por perto.
• Experimente o trator sem nenhum implemento acoplado para
sentir as características operacionais, velocidades, reação do
freio, direção, raio de giro, etc.

98 S5 – Serviços – Nov., 2007


Nunca dê Carona no Trator

• Não dê carona à outras pessoas, para evitar que as mesmas


sofram acidentes.
• Antes de movimentar o trator certifique-se de que não haja
pessoas ou animais ao redor, que possam ser atropeladas na
saída.

Cuidado com Declives, Valetas e Buracos

• Mantenha-se afastado de declives muito acidentados para


permitir uma condução segura.
• Evite trabalhar perto de valetas, buracos e declives.
• Reduza a velocidade ao fazer curvas.
• Use marchas reduzidas em declive, não mude durante o
percurso.

S5 – Serviços – Nov., 2007 99


Velocidade e Distância de Frenagem

• Certifique-se da distância necessária para frenagem,


principalmente quando estiver transportando carga.
• Quanto maior a carga, maior será a distância para parar.
• Utilize velocidades adequadas, marchas reduzidas,
principalmente ao conduzir em declive.

Ponto Morto, Aclives e Declives

• Não trafegue em ponto morto, risco de acidente.


• Não troque de marcha num declive.
• Selecione uma marcha adequada antes de iniciar uma subida ou
descida.

100 S5 – Serviços – Nov., 2007


Sobrecarga

• Não transporte cargas que supere o próprio peso do trator, para


tanto a carreta deve ter seu próprio sistema de freio.
• Em rampas ou terrenos acidentados, transportando cargas ou
implementos pesados, tenha em mente que a parte dianteira do
trator pode levantar-se.

Arraste Incorreto

• Não utilize o sistema de três pontos para arraste, o trator pode


empinar e tombar sobre o operador.

S5 – Serviços – Nov., 2007 101


Reboque de Cargas

• Ligue sempre a carga ao engate da barra de tração e nunca


reboque cargas acima da capacidade de tração do trator, isso
poderá provocar perda de estabilidade.

Reboque por Correntes ou Cabo de Aço

• Ao rebocar cargas por correntes ou cabos de aço (ligados à barra


de tração) nunca as estique bruscamente, pois poderão romper,
danificando o trator ou acidentando o operador.

Desatolar o Trator com Rebocador

• Evite desatolar o trator, colocando madeiras ou outros objetos


sob as rodas, pode provocar acidentes, utilize sempre um
rebocador.

102 S5 – Serviços – Nov., 2007


Nunca Desça do Trator com o Motor Ligado

• Ao descer do trator desligue o motor e acione o freio de


estacionamento.

Cuidado com os Componentes em Movimento

• Mantenha-se afastado de componentes em movimento. Ex: pás


do ventilador, TDP.

S5 – Serviços – Nov., 2007 103


Protetor da TDP

• Quando a TDP não estiver sendo usada mantenha o seu protetor


no seu lugar.
• Não efetue manutenção ou ajuste quando o motor estiver em
funcionamento.

Acoplamento de Implemento à TDP

• Antes de acoplar implementos à TDP, certifique-se de que a


rotação do eixo é compatível.
• Centralize e trave a barra de tração, quando a TDP estiver em
uso.

104 S5 – Serviços – Nov., 2007


Cuidado na Operação dos Implementos

• Abaixe os implementos sempre que o trator não estiver sendo


usado.
• Utilize velocidade de descida apropriada ao peso do implemento.
• Verifique se não há pessoas ou animais que possam ser
atingidos com a descida do implemento.

Cuidados em Recintos Fechados

• Não permita que o trator funcione por períodos prolongados em


recintos fechados, pois, o monóxido de carbono expedido pelos
gases de escapamento é altamente tóxico.

S5 – Serviços – Nov., 2007 105


Limpeza dos Degraus

• Mantenha os degraus limpos, livres de graxa, óleo e sujeira a fim


de evitar acidentes.

Características Construtivas e Cinto de Segurança

• Não altere as características construtivas do trator. Isso poderá


colocar em risco a sua segurança.
• Mantenha em perfeitas condições a estrutura de segurança
(ROPS) e o cinto de segurança.
• Utilize sempre o cinto de segurança e em caso de acidente
segure firme no volante.
• Não utilize o cinto se o trator não tiver estrutura de segurança.

106 S5 – Serviços – Nov., 2007


Exemplos de Acidentes
1780

BM 110

NOTA:
• Mantenha o cinto de segurança em perfeitas condições e use-o
sempre.
• Não altere as características construtivas da estrutura de
segurança.
• Não salte do trator em caso de capotamento.

S5 – Serviços – Nov., 2007 107


Condições Mecânicas e Operacionais

• Sempre mantenha o trator em boas condições mecânicas e


operacionais.
• Não opere o trator quando este se encontrar com avaria que
possa comprometer a sua segurança ou da máquina.
• Ocorrendo defeito, deixe um aviso na máquina.

Cuidados com a Bateria

• As baterias contêm ácido e gases explosivos, a explosão pode


resultar de faíscas, chamas ou ligações erradas dos cabos,
cuidado com bateria auxiliar de partida.
• O líquido da bateria é ácido sulfúrico, pode provocar graves
queimaduras.

108 S5 – Serviços – Nov., 2007


Risco de Curto-circuito e Explosão

• Nunca coloque objetos metálicos sobre a bateria, poderá


provocar curto-circuito ou explosão.

ATENÇÃO:
Antes do início de qualquer trabalho no sistema elétrico do trator,
desconecte o terminal negativo da bateria.

Ligação Direta – Cuidados

• Não faça ligação direta no trator sem estar devidamente


acomodado no posto do operador, para não correr o risco de dar
a partida no motor com a marcha engatada e provocar
movimento descontrolado da máquina, podendo provocar um
grave acidente.

S5 – Serviços – Nov., 2007 109


Reparo no Trator – Cuidados

• Cuidado ao fazer reparos no trator, não os faça com o motor em


funcionamento.
• O uso de macacos hidráulicos ou mecânicos pode ser perigoso,
principalmente se for necessário fazer o serviço embaixo do
trator.
• Durante os reparos, utilize cavaletes devidamente posicionados.

Serviços de Regulagem e Manutenção

• Abaixe o implemento até o chão antes de efetuar serviços de


regulagem e manutenção, trave o implemento e os demais
acessórios.

110 S5 – Serviços – Nov., 2007


Reparos do Sistema Hidráulico

• Ao fazer reparos ou ligações no sistema hidráulico, desligue o


motor e alivie a pressão.
• Não fique entre o trator e o implemento, com o mesmo em
funcionamento.
• O sistema hidráulico funciona sob alta pressão. Em caso de
acidente com vazamento de óleo, que venha penetrar na pele,
procure imediatamente orientação médica.
• Verifique periodicamente o estado das mangueiras do sistema
hidráulico.

Drenagem do Óleo

• Espere abaixar a temperatura do óleo para efetuar a drenagem,


caso contrário poderá causar queimaduras.
• A manipulação adequada e destino dos produtos descartáveis,
tais como; óleos, líquido refrigerante, bateria, etc. é de
responsabilidade do proprietário do trator em conformidade com
as leis vigentes.

S5 – Serviços – Nov., 2007 111


Líquido do Radiador

• Durante o trabalho do trator, o líquido refrigerante do radiador


permanece em alta temperatura e pressão e poderá causar
graves queimaduras, se a tampa for removida de uma só vez.
• Para retirar a tampa, gire até a primeira posição ou ¼ de volta e
espere aliviar a pressão, com a saída do vapor.

112 S5 – Serviços – Nov., 2007


Anotações:

S5 – Serviços – Nov., 2007 113


Anotações:

114 S5 – Serviços – Nov., 2007


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Código: 85617900
Edição: Novembro / 2007
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terÿÿa-feira, 12 de fevereiro de 2008 11:56:55

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