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Compressores Alternativos PDF
Compressores Alternativos PDF
Aulas 15-16
Compressores Alternativos
1
Os compressores se dividem em quatro grandes grupos:
- os alternativos ou a pistão, que inclui os de diafragma, são aqueles nos quais o gás é
movimentado pelo movimento linear de um pistão num espaço confinado, cilíndrico ou
não.
- as turbomáquinas, são aqueles em que energia cinética é conferida ao gás mediante
palhetas rotativas confinadas numa carcaça. A energia cinética é transformada depois
em energia de pressão. Esta categoria inclui os de fluxo axial, radial e os centrífugos.
- os rotativos, como os de hélice, de lóbulos rotativos ou outros tipos, nestes o ar é
impelido pela ação de lóbulos rotativos ou por outro tipo de impelidor.
- os ejetores. Estes últimos pertencem a uma outra categoria, são estáticos, sem peças
móveis, e funcionam na base da energia de uma corrente de gases a alta velocidade e
alta pressão, que “suga”, numa câmara, uma outra corrente de menor pressão e
velocidade. (1)
Os compressores de fluxo axial e radial já foram discutidos numa aula anterior, nesta
aula serão discutidos os alternativos, dos quais existem dois tipos, os a pistão e os de
diafragma.
A figura do slide foi tirada do site da empresa KOBELCO e ilustra a faixa de trabalho dos
diferentes tipos de compressores. Como se observa, os alternativos são adequados para atingir
altas pressões, até 100 MPa, embora as vazões sejam mais restritas, até 20.000 Nm3/h.
(1) Classificação obtida em:” Build your working knowledge of process compressors”, Edward
T. Livingston, Chemical Engineering Progress, February, 1993, p. 27 – 36.
2
A informação do slide anterior pode ser contrastada com a deste obtida na
publicação (1).
Neste gráfico podem ser melhor identificadas as faixas de trabalho dos
diferentes tipos de compressores:
-De diafragma: pressões até 300 MPa, vazões até uns 200 Nm3/h.
-De pistão: pressões até uns 400 MPa e vazões até 5.000 Nm3/h.
- centrífugos: pressões até uns 70 MPa e vazões até uns 350.000 Nm3/h.
-Axiais: pressões de até 10 bares e vazões até 1.000.000 Nm3/h
O aspecto mais importante a ser lembrado é que os compressores a
pistão são utilizados quando se requer altas pressões e que eles
trabalham com vazões menores que os outros tipos. Razões de pressão
de 10:1 ou 11:1 podem ser atingidas num único estágio, desejando
pressões maiores, devem ser utilizados vários estágios de compressão
(compressores ou cilindros/compressores trabalhando em série).
3
Compressor alternativo a pistão – BURTON CORBLIN
válvulas
4
Compressor Alternativo a Pistão - MYCOM
1 - Resfriamento do Cabeçote,
por água ou líquidos refrigerantes
2 - Molas de Segurança, para prevenir
danos na câmara de descarga
3 - Mecanismo da Placa de Válvulas:
com tampa ranhurada, e tensão
controlada da mola de levantamento e
amortecimento.
4 - Pistões e Camisas de Cilindros,
removíveis.
Os anéis de compressão e óleo
asseguram o selo entre o pistão e a
parede do cilindro, permitindo lubrificação
5 - Filtro de Óleo
6 - Resfriamento de Óleo por água
ou refrigerante (líquido expandido)
7 - Carter
8 - Virabrequim
9 - Mecanismos de Controle de
Capacidade: controlado hidraulicamente
por intermédio de válvula manual ou
automaticamente por válvula solenóide.
10 - Gaxetas
5
Compressores Alternativos a Pistão – MYCOM
Detalhe das válvulas e o pistão
1 - mola helicoidal do cabeçote
2-porca do assento da válvula de descarga nº2
3-porca do assento da válvula de descarga nº1
4 - caixilho da válvula de descarga
5 - parafuso do assento da válvula de
descarga
6 - mola da válvula de descarga
7 - disco da válvula de descarga
8 - guia do caixilho
9 - assento da válvula de descarga
10 - placa da válvula de sucção
11 - mola da válvula de sucção
12 - disco da válvula de sucção
13 - anel do pistão
14 - camisa do cilindro
15 - pistão
16 - biela
17 - pino do pistão
18 - mola do pino de levantamento
19 - pino do levantamento
20 - anel do came
21 - anel trava para camisa do cilindro
6
Compressor de diafragma
diafragma
óleo
7
Compressores a pistão, Schulz
8
Compressores a pistão, SCHULZ
Um estágio
3 HP Dois estágios
15 CFM 15 HP
120 PSI (max) 60 CFM
1215 RPM 175 PSI (max)
1065 RPM
9
Compressor/Purifier
Cadet CPM Four stage, 6000 psi, air-cooled
dimensions 30" wide x 28" deep x
38" high
Control Systemcomplete
On/Off Switch; magnetic starter
motor overload protection;
auto start and stop pressure
switch;
high air temperature shutdown.
Hour Meter
gauge panel with a gauge for each
stage
Emergency Stop Palm Button
Muffler/Reservoir for
Auto Condensate Drain System
Low oil level switch
Cartridge Change Indicator (CCI)
Control System
Moisture Monitor (ppm/dewpoint)
10
Compressores CORKEN
horizontal
vertical
Os compressores Corken trabalham com todo tipo de gases: gás natural, ar,
amônia, argônio, diversos hidrocarbonetos, bióxido e monóxido de carbono, etc.
Modelos especiais, do tipo vertical, trabalham sem lubrificação a óleo, para
evitar a contaminação do gás com óleo lubrificante.
Os de tipo vertical trabalham na faixa de 6,8 a 102 m3/hora. Modelos especiais
atingem 171 m3/hora, estes utilizam óleo lubrificante.
Os verticais podem ser de um ou dois estágios. O de um estágio trabalha com
uma razão de compressão de 5:1, o de dois estágios é utilizado para mais alta
compressão, até 9:1. O de dois estágios é oferecido também com resfriamento
a água no cilindro e no cabeçote deste.
O compressor horizontal pode ser de 1 a 4 estágios, com razão de compressão
de 5:1 e 9:1, dependendo do modelo, pode chegar a prover uma pressão de
114,8 bar e prover uma vazão de até 380 m3/hora. É fabricado com diferentes
tamanhos de cilindros, de 2 pol. a 8 pol. , em arranjos de diferentes
combinações. Possui uma bomba de óleo lubrificante e um filtro de óleo. É
oferecido também com cilindros resfriados a água. O espaço morto na parte
superior do cilindro pode ser variado com o compressor em funcionamento, de
modo a ajustar a razão de pressão do mesmo em operação. Para maior
flexibilidade de operação, permite reconfigurar os estágios de compressão, e
inclusive, mediante uma válvula de fechamento, os cilindros podem passar a
operar como de simples efeito.
11
Ciclo termodinâmico
p 3 descarga 2
co
mp
ex
pa
res
ns
são
ão
sucção
4 1
Vmin Vmax V
12
COMPRESSOR
3 Diagrama
2 pressão - volume
P
1 V
4
13
Cálculo do trabalho: p 3 descarga 2
análise de sistema fechado
com
exp
pre
∫1 pdV + ∫2 pdV +∫3 pdV + ∫4 pdV
2 3 4 1
an
Wtotal =
ssã
são
o
sucção
4 1
Vmax
p1v 1n = p2v 2n = p v n
Vmin V
n<k, politrópico
[ ]
2pVn p1V1n
2 2 dV
1
∫ ∫ ∫ [p2V2 − p1V1]
2
W1→2 = pdV = 1 1
dV = p1V1n = V − n +1 1 =
1 1 V 1 Vn −n+1 1− n
3
W2→3 = ∫ pdV =p [V
2
2 3 − V2 ] p2=p3,
Da mesma forma:
4
1
W 3→ 4 = ∫ pdV = 1 − n [p V
3
4 4 − p3V3 ]
1
W4→1 = ∫ pdV =p [V
4
1 1 − V4 ] p1=p4
14
Reunindo os resultados dos quatro processos:
p 3 descarga 2
com
exp
pre
an
ssã
são
o
sucção
4 1
∫
Vmax
Wtotal = pdV =
Vmin V
1 1 [
[p2V2 − p1V1] + [p3V3 − p2V2 ] + p4V4 − p3V3 ] + [p1V1 − p4V4 ]
1 − n 1 − n
n
Wtotal = ∫ pdV = 1 − n {p [V
2 2 − V3 ] + p1[V4 − V1 ]}
15
p 3 descarga 2
Cálculo da massa de ar / gás
succionada pelo pistão
com
exp
pre
an
ssã
são
o
Massa succionada pelo pistão = m1- m4 sucção
4 1
Vmin Vmax V
p1V1 p 4V 4
m1 = = ρ 1V1 m4 = = ρ 4V 4
RT1 RT 4
n
∫ pdV = 1 − n {p [V − V3 ] + p1[V 4 − V1 ]}
Lembrando que:
Wtotal = 2 2
16
Análise em regime permanente (sistema aberto)
w eixoi → e = − m
&
∫ i
e
νdp = − m& ν i p 1i / n ∫
i
e dp
p1 / n
= − & i i
m
1 − 1/ n
[
ν p 1/ n 1− 1/ n
p ]
pe
pi
&
n n
w eixoi →e = − m [ peν e − piν i ] = − m& R [Te − Ti ]
1− n 1− n
e 2 dp p p
w eixoi →e = − m
&
∫
i
νdp = − m
& ν i pi
∫1 p
= −m
& ν i pi ln e
pi
= − m
& RT ln e
pi
17
Tipos de processos na compressão
p2
p T
n n=k
p1
n=1
v S
18
Cálculo do calor rejeitado: processos politrópicos
p1v 1n = p2v 2n
q − w = ∆h
nR
qrev = ∆ h + w rev = cp (T2 − T1 ) − (T2 − T1 )
n −1
cp
R = c p − cv k=
cv
n−k
qrev = cp (T − T )
(n − 1)k 2 1
p
qrev = w rev = − RT1 ln 2
p1
19
Eficiência
ws
Isentrópica η sc =
wc
wT
Isotérmica ηsc =
wc
wp
politrópica η pc =
wc
Ex 2 − Ex 1 (h2 − h1 ) − T0 (s2 − s1 )
ηex = =
wc wc
20
Determinação do coeficiente politrópico
p p
ln 2 ln 2
n= 1
p
= p1
p T p T
ln 2 − ln 2 ln 2 1
p1 T1 p1T2
21
COMPRESSOR
3 Diagrama
2 pressão - volume
P
Coeficiente de espaço morto
V3
ε=
(V1 − V3 )
1 V
n 4
pmáxima V1
≅
p1 V3
V1 V1 − V3 + V3 V1 − V3 1 1+ ε
= = + 1 = + 1=
V3 V3 V3 ε ε
n
1+ ε
pmáxima ≅ p1
ε
Vcc = V 3 − V1 D2
Vcc = π L
4
22
p 3 descarga 2
Rendimento volumétrico
com
exp
pre
an
m suc m suc
ssã
são
Real: ηvol = =
o
m max Vcc / ν 1 4
sucção
1
Vmin Vmax V
V1 − V4
Aparente: ηvolap =
V1 − V3
1/ n
V p
V4 = V3 4 = V3 2
V3 p1
1/ n
V1 − V3 + V3 − V3 2
p
V3
p1 ε=
ηvolap = (V1 − V3 )
V1 − V3
1/ n
ηvolap = 1 + ε − ε p 2
p1
Efeito do fator de compressibilidade sobre o rendimento volumétrico
1/ n
z
ηvolap = 1 + ε − ε 2 1
p
p1 z2
23
G
24
Quantidade de vapor presente numa massa de ar
Ppv
Umidade relativa: UR % = 100
Psatv (T )
Lei de Dalton:
Pp vV = mv Rv T Rv = 18,02 kg / kmol
Pp ar V = mar R arT Rar = 28,97 kg/kmol
mvapor Pp v R ar Pp v
φ= = = 0,622
mar seco Pp ar Rv Ptotal − Pp v
25
Exemplo
Ar inicialmente a 1 bar , 25 °C e com 60 % de umidade relativa é
comprimido até 6 bares, sendo depois resfriado, atingindo uma
temperatura final de 40 °C, o que acontecerá com a água
contida inicialmente na mistura?
Rar Pv1
φ = ·
Rv Ptotal1 – Pv1
Rar = MolarMass ( 'Air')
mv
Rv = MolarMass ('Steam') φ =
mar
mar = 1 Ptotal2 = 6
UR1 = 60 T2 = 40
Este exemplo pretende mostrar como pode ser calculada a água líquida que com
certeza se formará numa corrente de ar úmido inicialmente pressurizada e
depois resfriada.
As equações implementam os cálculos mostrados no slide anterior, foi obtida a
pressão parcial do vapor na mistura e a umidade absoluta, a partir das condições
iniciais.
Depois, baseando-se no princípio que a umidade absoluta permanece constante,
e com o dado da nova pressão total e também nova temperatura da mistura, foi
calculada a nova pressão de saturação do vapor, assim como o novo valor da
umidade relativa.
26
Dados iniciais Pressões de vapor:
Psat1=0.03169 [bar]
T0=25 [C]
Psat2=0.07381 [bar]
T2=40 [C]
Pv1=0.01901 [bar]
UR1=60 %
Pv2=0.1141 [bar]
Ptotal1=1 [bar]
Ptotal2=6 [bar]
Resultados:
mar=1 [kg/s]
mv=0.03117 [kg/s]
Pesos moleculares
phi=0.03117 [kg vapor/kg ar]
Como pode observar-se, a quantidade inicial de massa de vapor não era grande,
apenas 0,03117, por cada kg de ar seco entrando, mas mesmo assim,
aproximadamente 1/3 dela será condensada.
Devido a este efeito é que os condensadores devem ser sempre provistos de um
dreno.
27
Exemplo: dois compressores em série, sem resfriamento,
efeito do coeficiente politrópico
300
280
260
240
220
200
180
160
140
wtotal
120
100
80
60
40
20
0
1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40
n1 n1=n2
Trabalho total [kJ/kg] T1=300K
Trabalho compressor 2 P1=100 kPa
Trabalho compressor 1 Pi=200 kPa
P2=1000 kPa
28
Exemplo: dois compressores em série, sem resfriamento,
efeito da pressão intermediária
250,0000
200,0000
150,0000
wtotal
100,0000
50,0000
0,0000
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
pin
29
Exercício 1
30
EXERCÍCIO 2
31
EXERCÍCIO 3
32