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Essa transferência de bens de quem produz para quem não produz de forma não
contratual é chamada de socialismo nos meios libertários[1].
Então a Ruritânia tem um órgão central que redistribui riqueza de um individuo que
produz para outro que não produz, ou seja, aumenta os custos do produtor e diminui os
custos do não produtor, isso consequentemente traz uma queda relativa na produção, um
encarecimento nos preços dos bens produzidos, um aumento relativo dos não produtores
e uma queda geral no padrão de vida.
Como libertários defensores da propriedade privada, devemos nos opor a essa violação
clara que visa redistribuir títulos de propriedade, títulos esses que deveriam ser
distribuídos pelo processo de mercado – dinâmico, voluntário e instantâneo.
A melhor solução seria criar fronteiras políticas que impedissem ou pelo menos
limitassem essa redistribuição de bens pelos meios coercitivos do estado. Isso quer
dizer, criar a possibilidade de votar com os pés[2] e escolher morar em um lugar com
menos ou nenhuma carga tributária ou regulação.
Isso pode acontecer basicamente de duas maneiras:
A ideia de criar pequenos estados, não pode desviar o foco libertário que é não ter
estado, pois independente do seu tamanho ele viola a propriedade privada, é preferível
um estado menor porém esse não é o fim libertário, essa luta por diminuir a atuação
estatal tem que ser contínua, caso contrário estará defendendo modelos socialistas(de
redistribuição maior ou menor de produtores/contratantes para não produtores/não
contratantes).
Com isso os custos para produzir já quase não existem, os estados precisam abrir mão
de seus programas e monopólios e com isso há uma grande abertura dos mercados, pois
o estado consegue pouco dinheiro através dos seus meios coercitivos e com isso
pretende somente manter sua estrutura em funcionamento (manter o emprego dos
burocratas ineficientes).
O grande problema rumo a secessão individual são as barreiras para a migração, isso faz
com que o povo esteja dentro de uma especie de gaiola e impossibilita a queda na carga
tributária, consequentemente leva a uma maior violação da propriedade privada. A
grande solução é não permitir ao estado o poder de decidir quem entra ou sai de um
território, isso deve ser decisão dos donos das propriedades e não do estado (agressor
institucionalizado de propriedade privada).
Por último, quando todas as barreiras políticas forem diminuídas até não haverem mais,
somente haverá livre contrato, uma vez que não há redistribuição de títulos de
propriedade. Caso alguém tenha interesse em viver uma vida em uma sociedade
comunista, só precisa encontrar demais adeptos voluntários desse sistema e juntarem
suas propriedades, isso seria legitimo.
“Segundo informações do mercado, estrangeiras como a H&M (de roupas) e Ikea (de
móveis) desistiram de se instalar em território brasileiro, pelo menos a médio prazo.
Entre os motivos estão a burocracia excessiva, a alta carga tributária (de mais de 35%
do PIB), o complicado sistema tributário e os altos custos trabalhistas.”
(http://goo.gl/QTxuV7)
“O ator francês Gerard Depardieu decidiu mudar a sua residência fiscal para a Bélgica,
onde pagará menos impostos, o que gerou uma onda de críticas. A decisão, também já
tomada por milionários franceses, tem como objetivo escapar à taxa de 75% sobre o
rendimento dos mais ricos criada pelo Governo de François
Hollande.”(http://goo.gl/XJiWaC)
No final dos anos 60, princípio dos 70, no Reino Unido, a carga tributária era muito
apertada para os mais abastados, com taxas que chegavam perto dos 90% do
rendimento.
Esta legislação fez com que muitos músicos e atores iniciassem um movimento a que
mais tarde se chamou dos “exilados fiscais”. Desde os Rolling Stones, que
abandonaram o país em 1971, a Rod Steward, Sean Connery, Michael Caine, Led
Zeppelin, David Bowie, muitos foram os que partiram em busca de menores impostos.(
http://goo.gl/nH7u45)
*Notas: