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O acto de questionar acerca do conhecimento é quase tão antigo como a própria Filosofia.

Já Platão e Aristóteles dedicaram grande parte da sua reflexão ás questões do conhecimento,


mas só na época moderna, nos séculos XVII e XVIII, que filósofos como Decartes, Jonh Locke,
David Hume e Kant elegeram a teoria do conhecimento ou gnosiológica como uma das áreas
fundamentais da Filosofia.

No que toca, especificamente, à origem do conhecimento surgem perguntas como: “Qual é,


realmente, a origem do conhecimento?”, “Será que o conhecimento provém unicamente da
experiência?”, “Será que o conhecimento tem origem na razão?”, “Ou provirá de ambas as
fontes, mas com diferentes graus de verdade?”.

Numa tentativa de responder a essas perguntas surgiram duas correntes filosóficas – o


empirismo e o racionalismo - este último será o tema deste trabalho.

2. RACIONALISMO

O racionalismo considera a razão a fonte principal e verdadeira do conhecimento. O


conhecimento seguro é aquele que se encontra através da razão independentemente da
experiência sensível.

Este conhecimento é logicamente necessário, porque apenas pode ser interpretado de uma
única forma, caso contrário estaríamos em contradição. É também universalmente válido pois
o seu valor é constante em todo o lado para toda a Humanidade.

Este tipo de conhecimento é dado pela ciência formal, Matemática, que nos obriga à sua
aceitação com risco de entrar em contradição lógica.

Os racionalistas consideram a existência do conhecimento empírico - aquele que depende da


experiência – mas este não pode ser considerado verdadeiro pois não se concilia com a
necessidade racional.

empirismo é a posição filosófica que aceita a experiência como base para a análise da
natureza, procurando rejeitar as doutrinas dogmáticas. Usado pela primeira vez pela Escola
Empírica, uma escola de praticantes da medicina na antiga Grécia, o termo empirismo deriva
da palavra grega empeiría (ἐμπειρία), que designa conhecimento ou habilidade obtida por
meio da prática, sendo também a origem da palavra "experiência", por intermédio do termo
latino "experientia".
Empiristas defendem que o conhecimento é primariamente obtido pela experiência sensorial,
alguns empiristas radicais vão além afirmando que o conhecimento só é obtido pela
experiência sensorial e por nenhuma outra forma.

A posição empirista é frequentemente contrastada com o racionalismo, que estabelece a razão


como origem do conhecimento, independente dos sentidos. O conceito e a busca de
evidências como fonte primária de conhecimento existiu durante toda a história da filosofia e
ciência, desde a Grécia antiga, mas foi com o surgimento do chamado Empirismo Britânico, no
século XVII, que consolidou-se como uma posição filosófica especifica, sendo o filósofo John
Locke considerado o fundador do empirismo como tal.

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