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1ª Vara da Infância e da

Juventude do Distrito Federal

Situação de Risco

Conceito

Onde denunciar

Procedimentos

Situação de rua
1ª Vara da Infância e da
Juventude do Distrito Federal

Renato Rodovalho Scussel


Juiz de Direito

Simone Costa Resende da Silva


Diretora-Geral Administrativa

Cristina Ferreira Vitalino


Diretora de Secretaria

Sandra Brito
Assessora Jurídica

Eustáquio Coutinho
Assessor Técnico

Claudia Lucia Souza Mello


Supervisora da Seção de Atendimento à Situação de Risco

Missão da 1ª VIJ
Garantir os direitos da criança e do adolescente, no âmbito do
Distrito Federal, por meio da prestação jurisdicional, assegurando-lhes
condições para seu pleno desenvolvimento individual e social.
SITUAÇÃO DE RISCO

1) INTRODUÇÃO

Pela primeira vez na história brasileira, uma Constituição


Federal (1988) reconhece a criança e o adolescente como sujeitos
de direitos, garantidos na forma da lei como qualquer cidadão
brasileiro.

Trilhando o caminho da Constituição, foi sancionada a Lei


Federal N. 8.069 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA), de
13 de julho de 1990, que considera criança a pessoa de até 12 anos
de idade incompletos, e adolescente aquela entre 12 e 18 anos de
idade. É na infância e na adolescência que os indivíduos passam
pelo processo de desenvolvimento e, por essa razão, necessitam
de condições especiais para que essa fase transcorra de modo
pleno e saudável.

O Estatuto da Criança e do Adolescente determina que:

“É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral


e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a
efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária”.

Apesar da existência de uma legislação protetora dos


direitos infanto-juvenis, a sociedade se depara diariamente com
crianças e adolescentes em situações de risco. É importante saber
identificá-las e a quem recorrer para que o risco deixe de existir.

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2) INFORMAÇÕES IMPORTANTES

O que é situação de risco?

É toda e qualquer situação que comprometa o


desenvolvimento físico e emocional da criança ou do adolescente,
em decorrência da ação ou omissão dos pais/responsáveis, da
sociedade ou do Estado, ou até mesmo em face do seu próprio
comportamento.

Abandono, negligência, conflitos familiares, alcoolismo e


drogadição, além de todas as formas de violência (física, sexual e
psicológica), configuram situações de risco.

A violência doméstica é uma das situações de risco mais


frequentes.

Violência física - Corresponde ao uso deliberado da força


física ou do poder da autoridade no relacionamento com
criança ou adolescente por parte de qualquer pessoa que
exerça uma relação de superioridade, causando-lhe
sofrimento físico. Esta relação de força baseia-se no poder
disciplinador do adulto e na desigualdade entre
adulto/criança.

Violência sexual - É todo ato, jogo ou relação sexual, de


natureza erótica, destinado a buscar o prazer sensual (com
ou sem contato físico, com ou sem o emprego da força
física), heterossexual ou homossexual, tendo como
finalidade estimular sexualmente a criança ou o
adolescente ou utilizá-lo para obter uma estimulação
sexual para si ou para outra pessoa.

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Violência psicológica - É a interferência negativa do
adulto sobre a criança conforme um padrão de
comportamento destrutivo. Costuma apresentar-se
associada a outros tipos de violência.

Negligência - Corresponde aos atos de omissão com


efeitos negativos que representam uma falha no
desempenho dos deveres do adulto, incluindo os de
supervisão, de alimentação e de proteção.

Onde denunciar as situações de risco?

Abandono material
Conflitos familiares
Conselho Tutelar mais próximo Violência psicológica
Negligência

Delegacia de Proteção à Criança Violência física


e ao Adolescente – DPCA Violência sexual

A comunicação das situações de violência à 1ª Vara da


Infância e da Juventude do DF (1ª VIJ/DF) ocorre por meio dos
vários serviços que prestam atendimento à criança e ao
adolescente, tais como: entidades de acolhimento, creches,
conselhos tutelares, escolas, delegacias locais, hospitais, centros
de saúde, outros órgãos do Judiciário, Ministério Público e outros
serviços que atendem a clientela infanto-juvenil.

A 1ª Vara da Infância e da Juventude poderá ser acionada


em todos esses casos, desde que os órgãos primários não tenham
obtido sucesso nas intervenções, e nos casos que dependam de
atendimento específico (aplicação de medidas protetivas,

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advertência, afastamento do agressor da moradia comum como
medida cautelar, perda da guarda, destituição da tutela,
suspensão ou destituição do pátrio poder).

3) PROCEDIMENTOS

O procedimento desde a denúncia até a cessação do risco e


a responsabilização do agressor difere conforme a situação.

O rito abaixo é seguido quando:

O agressor não é integrante da família (não reside no


mesmo local ou não tem laço consanguíneo ou de afinidade com
a vítima).

A família pode proteger a criança ou adolescente,


mantendo a figura agressora afastada.

Suspeita

Conselho Tutelar DPCA*

Atendimento
Atendimento Atendimento Responsabilização
educacional
social de saúde do agressor
e outros

* Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente

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O rito abaixo é seguido quando:

O agressor é integrante da família (reside no mesmo local


ou tem laço consanguíneo ou de afinidade com a vítima).

O agressor tem acesso à vítima.

A família não pode proteger a criança ou adolescente do


agressor.

Suspeita

DPCA* 1ª VIJ / PJDIJ**

Medidas judiciais:
Atendimento social,
Responsabilização afastamento do
de saúde,
do agressor agressor, perda
educacional e outros
da guarda, etc.

* Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente


** 1ª Vara da Infância e da Juventude / Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude

Seção de Atendimento à Situação de Risco - SEASIR


3103-3317 / 3103-3316 / 3103-3372 / 3103-3222

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PROGRAMA VIJUVENTUDE

O Programa VIJuventude é voltado para a inclusão social


de crianças e adolescentes que vivem em situação de rua na área
central de Brasília. O Programa tem como meta desenvolver um
conjunto de ações que permitam o acesso dessas crianças e
adolescentes a oportunidades e serviços, a fim de garantir seus
direitos e assegurar-lhes as devidas condições para o seu pleno
desenvolvimento.

O grande diferencial do trabalho do VIJuventude é o


atendimento individualizado, a partir do qual se procura detectar
os motivos, problemas ou dificuldades que levaram a criança ou
adolescente para a rua, com o intuito de se buscar soluções ou
alternativas que melhorem suas condições de vida e também as
de sua família, para que o atendido não precise mais viver em
situação de risco social.

O VIJuventude trabalha por meio do acompanhamento


sistemático de cada criança ou adolescente por comissários de
proteção da infância e da juventude. Com ações integradas à rede
de atendimento, busca reinserir as crianças e os adolescentes no
meio familiar e realizar parcerias para o oferecimento de cursos
profissionalizantes e de capacitação, atividades de educação,
cultura, esporte e lazer.

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Para fortalecer a rede de apoio às suas ações, o
VIJuventude conta também com a atuação de outro programa da
1ª Vara da Infância e da Juventude: a Rede Solidária Anjos do
Amanhã, que tem como missão gerar oportunidades para que
crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social no
Distrito Federal possam ter acesso aos direitos previstos no
Estatuto da Criança e do Adolescente.

A iniciativa de criação do VIJuventude surgiu da assinatura


de um Protocolo de Intenções firmado em outubro de 2008 entre
o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), o
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Governo do Distrito
Federal (GDF), com o objetivo de conjugar esforços no sentido de
promover medidas de proteção à infância e à juventude.

O Programa iniciou suas atividades no dia 18 de agosto de


2009, com a inauguração do Posto de Atendimento da 1ª Vara da
Infância e da Juventude no Núcleo de Ação Integrada (NAI), onde
atua conjuntamente com a Subadministração da Área Central de
Brasília, a Secretaria de Saúde, a Secretaria de Desenvolvimento
Social e Transferência de Renda, a Polícia Civil, a Polícia Militar e o
Conselho Tutelar de Brasília.

Programa VIJuventude - Unidade de Atendimento da 1ª VIJ/DF no NAI


Endereço: Setor Cultural Sul, ao lado da Rodoviária do Plano Piloto,
prédio do antigo Touring Club do Brasil
Telefone: 3225-9123 - 3226-6460 / FAX: 3224-9251
Horário de atendimento: das 8 às 19 horas

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Situação de Risco
1ª Vara da Infância e da Juventude do DF
Seção de Atendimento à Situação de Risco - SEASIR
Endereço: SGAN 909, Lotes D/E, Bloco C
Telefones: 3103-3317/ 3316 / 3372 / 3222
asstec.vij@tjdft.jus.br
1ª Vara da Infância e da
Juventude do Distrito Federal

SGAN 909 LOTES D/E - Brasília/DF


CEP: 70.790-090
Telefone: 3103-3200
Site: www.tjdft.jus.br/vij
E-mail: vij@tjdft.jus.br

PRODUÇÃO, REVISÃO E ACOMPANHAMENTO

SEÇÃO DE COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL


1ª VIJ-DF

Coleção Conhecendo a 1ª Vara


da Infância e da Juventude do DF

Adoção,
Orientações às Gestantes,
Guarda e Tutela

Autorização de Viagem

Medidas Socioeducativas

Participação de Crianças
e Adolescentes em Eventos

Rede Solidária Anjos do Amanhã


Voluntariado

Serviços de Acolhimento

Situação de Risco

Violência Sexual contra


Crianças e Adolescentes

PRODUÇÃO GRÁFICA:

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