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ARTIGOS

Economia da informação
Pedro Onofre Fernandes INTRODUÇÃO

A teoria econômica se preocupa em res- mentários sobre economia da informação


ponder a duas questões fundamentais: a buscando contextuar informação, bibliote-
determinação de como os recursos es- ca, serviços e produtos de informação
cassos são distribuídos em uma socieda- num ambiente de avaliação microeconômi-
de complexa; a forma de distribuição des- ca.
ses recursos que maximiza os benefícios
para a sociedade. A economia da informação é examinada
sob a luz de quatro conceitos básicos
Muitos modelos de análise têm sido de- contidos na teoria da análise de custo-be-
senvolvidos para responder a essas nefício: custos, eficácia, eficiência e valor.
questões.
ECONOMIA E INFORMAÇÃO
Para as bibliotecas, instituições cujo aces-
so aos recursos é altamente dependente O termo "economia da informação" come-
de processos políticos, como essas çou a aparecer na literatura económica a
questões são resolvidas pode ser crítico partir de 1960. Na Ciência da Informação
na definição de suas dimensões e talvez ele surgiu inicialmente relacionado a estu-
mesmo decidir suas próprias existências. dos de avaliação. Mais recentemente, na
década de 1980, incluiu-se a abordagem
O debate relacionado às bibliotecas afirma de custos e eficácia de serviços de infor-
que é crescente o questionamento nesses mação, seguindo-se discussões sobre o
termos. A comunidade bibliotecária, entre- valor da informação para o usuário e a
tanto, em geral, quando solicitada a justifi- produtividade da informação no trabalho.
car a manutenção ou expansão do serviço
de biblioteca, tem sido relutante em apre- A literatura sobre o assunto tem sido publi-
sentar a situação em termos econômicos. cada de forma mais acentuada nos Esta-
Ainda, quando solicitada a explicar a alo- dos Unidos e Grã-Bretanha.
cação de recursos em bibliotecas, essa
comunidade tende a responder em termos O estudo de economia da informação
de valores morais, referindo-se à biblioteca pressupõe a definição de informação.
como algo intrinsecamente bom, social-
mente de muito valor, cuja produção, po- Em sentido popular, entende-se como in-
rém, é imensurável economicamente. formação todo o esclarecimento que se
possa dar a qualquer pessoa sobre o que
É certo que muitos serviços prestados ela indaga. O conhecimento em qualquer
pela biblioteca são de difícil ou mesmo im- forma através da qual possa ser transferi-
possível mensuração em termos monetá- do1.
rios. Mas a questão básica é como justifi-
car objetivamente os recursos aplicados Muitos cientistas da informação definem
em bibliotecas. Se as bibliotecas preten- informação em termos do método de apre-
dem defender efetivamente sua participa- sentação. Por exemplo, "informação é co-
ção nos recursos da sociedade, é impera- nhecimento acumulado"2.
Resumo
tivo que os profissionais dessa área utili-
A avaliação dos serviços de informação e zem a linguagem com a qual esses as- Outros a definem como um processo no
bibliotecas tem despertado crescente interesse e suntos são discutidos. qual dados se transformam em informa-
mesmo preocupação por parte daqueles que ção, conhecimento e até mesmo em sabe-
atuam na área. A aplicação da metodologia da Parte da comunidade já tem consciência doria3, 4, 5. Dados primários são coletados
análise do custo-benefício oriunda da área
económica (em sido aplicada com relativa
dessa necessidade e esforços têm sido e, então, transformados, processados,
frequência. Os resultados obtidos, porém, não têm feitos para adaptar às bibliotecas modelos classificados, transferidos, avaliados e as-
sido satisfatórios. Apresentam-se aqui algumas criados para analisar a atividade de orga- sim por diante. A informação se transforma
características peculiares da informação vista como nizações com fins lucrativos. em conhecimento quando alguém a aplica
um bem econômico, examina-se a economia da
informação sob a ótica de quatro conceitos básicos
para alguma coisa útil.
contidos na teoria da análise do custo-benefício e Os estudos relativos aos aspectos eco-
destacam-se algumas críticas quanto à aplicação nómicos de bibliotecas e serviços de in- A informação é vista assim como um pro-
desse modelo econômico para a avaliação de formação em geral têm sido enfocados sob duto ou mesmo como um recurso4, mas
sistemas e serviços de informação. a denominação de "economia da informa- a informação é um recurso único, de natu-
Palavras-chave
ção". reza específica e características muito
Economia da informação; Informação/ próprias3, 6.
características; Análise do custo-benefício/ custo/ Este trabalho objetiva tecer alguns co-
eficácia/ eficiência/ valor.

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Economia da informação

Cleveland3 caracteriza a informação da 6) o real benefício da informação é difícil 8) como a produção e disseminação da
seguinte forma: de ser medido porque ele é limitado ao informação pode ser suportada ou ta-
seu uso, o que é impraticável. xada;
1) a informação é "humana" - somente há
informação através da observação hu- O estudo da economia da informação tor- 9) são os custos adequados aos planos
mana; na-se problemático em face dessas ca- de administração e investimento da or-
racterísticas da informação. ganização;
2) a informação é multiplicável - quanto
mais nós a usamos, mais útil ela se A economia da informação está, contudo, 10) que espécie de medidas são necessá-
torna; o limite básico é a idade biológica tornando-se importante objeto de pesquisa rias para controlar o desempenho dos
das pessoas e grupos; na Ciência da Informação. serviços de informação.

3) a informação é substituível - ela pode MEDIDAS DE CUSTO-BENEFÍCIO Flowerdew & Whitehead8 restringem a
substituir outros recursos como dinhei- análise de custo-benefício a medidas em
ro, pessoas, matéria-prima etc. Por Perguntas que interessam à economia da termos monetários. Esta forma, que é ca-
exemplo, a acumulação de informação informação estão intimamente ligadas à racterística da economia, tem sido critica-
na área de automação substitui vários avaliação dos serviços de informação e da porque benefícios não podem ser sem-
milhões de trabalhadores anualmente. bibliotecas. A teoria básica de avaliação é pre medidos em termos monetários. As-
simples: os objetivos são definidos e então sim, alguns pesquisadores (por exemplo,
4) a informação é transferível - a veloci- nós medimos quão bem a atividade ou ati- Oldman10 e White11) negam a utilidade da
dade e facilidade com que a informação vidades nos ajudam a atingir os objetivos. análise de custo-benefício para medir o
é transferida é um fator considerável A análise económica tem um papel funda- valor da informação no ambiente de biblio-
para o desenvolvimento de todas as mental nessa avaliação. Em geral, tem si- tecas. Outros escritores (como Lancas-
áreas do conhecimento; do usada a análise de custo-benefício para ter12, 13) têm criticado muito e indicado fa-
a avaliação dos serviços de informação e lhas na generalização da análise de custo-
5) a informação é difusiva - ela tende a se bibliotecas. benefício na informação. Eles afirmam que
tornar pública, mesmo que nossos es- tanto os cientistas da Ciência da Informa-
forços sejam em contrário; A análise de custo-benfício é uma técnica ção, quanto os da Ciência Económica têm
que procura determinar e avaliar os cus- dúvidas da possibilidade de medir o valor-
6) a informação é compartilhável - bens tos e benefícios sociais do investimento de-uso da informação. Já Roberts14 indica
podem ser trocados, mas, na troca da para ajudar a decidir se um projeto deve ou que a análise de custo-benefício é poten-
informação, o vendedor continua pos- não ser implementado. A ênfase nos cus- cialmente muito apropriada pára decisões
suindo o que ele vendeu. tos e benefícios sociais distingue-a de ou- sobre alocação de recursos em projetos
tras técnicas de investimento. A técnica de bem-estar social como bibliotecas e
O estudo da economia da informação tem tenta medir as perdas e ganhos em termos serviços de informação onde benefícios
frequentemente usado as teorias econômi- de bem-estar económico para a sociedade nem sempre são diretos e tangíveis . Ele-
cas clássicas. Contudo, durante estudos e tanto na avaliação de um projeto em si, mentos como valor para usuários, tempo e
experimentos práticos, algumas caracte- quanto nas diferentes opções de levá-lo energia economizados podem ser medidos
rísticas especiais da informação têm adiante. ou avaliados e incorporados ao modelo de
emergido7: decisão. Martin15 afirma que a informação
A análise custo-benefício ajuda a tomada deve ser tratada como um bem econômico
1) produtos de informação têm valor, mas decisão quando nós procuramos respon- qualquer e que, em qualquer situação, há
seu benefício também depende da habi- der às seguintes questões8, 9: que se avaliar os custos e benefícios de
lidade do usuário em explorá-los; sua obtenção em maior ou menor detalha-
1) quanto deve a organização investir mento, periodicidade, frequência, precisão
2) a informação não é consumida com o em produtos e serviços de informa- etc. As decisões informacionais não de-
uso; somente o tempo, às vezes, toma ção; vem assim ser diferentes de outras deci-
a informação sem importância; sões empresariais, como, por exemplo, as
2) dos custos correntes da organização, decisões de investimentos ou de estrutu-
3) a informação não é uma constante, isto quanto deve se referir aos serviços de ração dos financiamentos.
é, geralmente ela não pode ser quantifi- informação e quanto a outras ativida-
cada; des; Repo7 justifica que podemos ao menos
3) os recursos atualmente orçados para identificar aqueles benefícios que não po-
4) a informação é uma abstração, ou seja, informação são adequados ou devem dem ser mensurados monetariamente e
ela é produzida, disseminada, acumu- ser alterados; afirma que as análises na prática têm es-
lada e usada para diferentes objetivos e tado perto da visão oferecida pela análise
fins. Esta característica causa muita 4) como são alocados os recursos entre de custo-benefício.
confusão, por exemplo, quando alguém os diferentes serviços de informação;
estima o valor da informação em função A economia da informação pode, portanto,
do que outro está disposto a pagar por 5) os investimentos em serviços de in- ser examinada sob a luz de quatro con-
ela; formação têm obtido sucesso ou eles ceitos básicos, oriundos da teoria da análi-
devem ser mudados; se de custo-benefício:
5) novas informações são produzidas ge-
ralmente com recursos públicos (espe- 6) que utilidade tem tido cada projeto de Custos - Eficácia - Eficiência — Valor
cialmente pesquisa básica), e esses serviços de informação;
custos normalmente não são imputados
para efeitos de definição do preço de 7) como são dados preços aos serviços
mercado; de informação;

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Economia da informação

CUSTOS níveis de desempenho do serviço aquila- dir o valor da informação, a concepção


Martins16 conceitua custos como sendo tam até que ponto as expectativas dos mais usual está baseada no conceito de
um gasto relativo a bem ou serviço utiliza- usuários foram atendidas. disposição de pagar do usuário. Taylor19
do na produção de outros bens ou servi- escreve que o valor da informação tem
ços. Para uma avaliação adequada da eficácia significado somente no contexto de sua
nós precisamos de uma medida de valor e utilidade para os usuários. Não há maneira
Os dados de custos em geral são coleta- do custo de cada produto ou serviço. As- de analisar valor da informação, a não ser
dos, organizados, registrados e informa- sim, essa análise é válida na medida em pela referência proveniente de sua clien-
dos através da contabilidade de custos. que quantificamos adequadamente esses tela.
itens.
Barreto17, entretanto, afirma que custo Griffiths20 propõe dois itens a serem anali-
compilado por procedimentos contábeis Os benefícios e custos que não podem ser sados para a avaliação do valor de uma
tradicionais têm pouco valor (...) porque diretamente dados em termos monetários informação - a disposição do usuário em
estes consideram que os custos, uma vez podem ser quantificados através de coefi- pagar e o uso que será feito da informa-
reduzidos à unidade monetária, são homo- cientes com pesos relativos. Mas, essa ta- ção. Procura-se relacionar o uso da infor-
géneos em comportamento e iguais em refa, notoriamente, é de difícil execução. mação para a formulação de políticas ou
importância. Apesar desta e outras críti- tomada de decisões e, ao mesmo tempo,
cas, o sistema contábil constitui-se num EFICIÊNCIA aquilatar o efeito da não-utilização da in-
importante manancial de dados para o cál- formação nessas ocasiões.
culo e análise de custos de bibliotecas e Enquanto o estudo da eficácia compara
serviços de informação. Determinados objetivos e resultados, o estudo da eficiên- Os benefícios advindos do uso da infor-
ajustes, contudo, devem ser efetuados pa- cia se concentra em quão bem as ativida- mação e as dificuldades de sua mensura-
ra atender às características próprias de des são executadas. Esse estudo tem si- ção têm sido áreas prioritárias na econo-
bibliotecas e serviços de informação. Pro- do muito comum na avaliação de serviços mia da informação. A própria definição de
ceder a estes ajustes de forma adequada de informação e bibliotecas. valor da informação tem sido problemática,
tem sido, entretanto, grande desafio aos todavia, ao menos num ponto, há uma
estudiosos do assunto. Em pesquisa bi- A eficiência está relacionada com a maxi- convergência de opiniões: a definição sob
o ponto de vista do uso ou dos usuários da
bliográfica, Sousa18 conclui que poucas mização da eficácia do gasto. Isto implica
a eliminação de gastos desnecessários informação.
atividades de informação possuem proce-
dimentos adequados de contabilidade de para a execução de tarefas definidas, bus-
custos. cando-se, assim, o custo mínimo; isto não CRÍTICAS À ANÁLISE DE CUSTO-
necessariamente irá maximizar o desem- BENEFÍCIO
Repo7 acentua que os estudos empíricos penho.
de custos da informação têm frequente- A análise de custo-benefício tem sido am-
mente sido também vagos e superficiais Como a maioria dos dados estatísticos de plamente utilizada como instrumento nos
para representar grandes benefícios para a bibliotecas e serviços de informação se
esforços de avaliação de sistemas e ser-
tomada de decisão na prática. Os cálculos relacionam à circulação, esses dados têm
viços de informação. Na maioria das ve-
de custos têm usualmente sido limitados sido interpretados como medida de efi-
zes, todavia, de forma parcial, fragmentada
àqueles associados com a produção de ciência. Naturalmente, estas estatísticas
e desconsiderando as características es-
produtos de informação. Alguns estudos somente nos falam o quão ocupadas estão
peciais da informação. Os resultados as-
têm sido dirigidos para custos de uso da algumas bibliotecas e não muito sobre
sim obtidos não têm sido satisfatórios, e o
informação e outros ainda para custos de quão bem as bibliotecas têm executado
modelo tem sido objeto de acirradas críti-
certos canais de aquisição de informação. suas atividades.
cas. Todavia, a necessidade da análise de
custo-benefício para avaliar sistemas e
VALOR
EFICÁCIA serviços de informação é devida à ênfase
Valor é um atributo (não existe indepen- no significado económico da informação.
A avaliação da eficácia de um serviço ou
dentemente) que pode ser aplicado a qua-
produto pressupõe a comparação de obje- Uma boa análise de custo-benefício deve
se tudo. A noção de valor, às vezes, é
tivos com resultados. A eficácia é uma levar em conta que tanto o custo, quanto o
confundida com preço e custo.
medida de quão bem atingimos a um obje- benefício devem ser alvos dos mesmos
tivo dado ou até que ponto obtivemos um esforços, e não apenas o custo, compro-
Preço é a quantidade de cruzeiros deter-
nível de desempenho considerado satis- vadamente mais fácil de ser identificado e
minada para um bem ou serviço pelo seu
fatório. medido.
proprietário; o preço define a quantidade de
cruzeiros que pode ser trocada pelo bem
A medida de eficácia está relacionada com Martyn & Flowerdew2 criticam os estudos
a maximização de resultados a custos sa- ou serviço.
executados de análise de custo-benefício
tisfatórios, não necessariamente os míni- para avaliação de sistemas de informação
mos. Custo é a quantidade de cruzeiros dispen-
pelos seguintes motivos:
dida na produção ou execução do bem ou
A eficácia em bibliotecas e serviços de in- serviço.
1) os objetivos dos estudos são vagos;
formação é vista como um estado desejá- poucas pesquisas têm objetivos con-
vel, quando se obtém o maior nível de de- Valor tem três características próprias: é
cretos;
sempenho compatível com níveis dados de subjetivo; varia com o tempo e pode ser
gastos e recursos consumidos. positivo ou negativo. Manifestações positi-
2) os objetivos são algumas vezes "im-
vas de valor são chamadas "benefícios" e
possíveis";
Na análise da eficácia tem de haver uma negativas são "perdas" ou "danos".
estreita relação entre os objetivos dos ser- 3) os estudos são baseados em dados
viços e as necessidades dos usuários. Os Embora se utilize custo ou preço para me- inadequados;

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Economia da Informação

4) não-familiaridade com o campo; os A economia da informação tem usado, 14. ROBERTS, Stephen A. Cost management for
economistas não conhecem os proble- com frequência, teorias e métodos de aná- library and information services.
lise económica, em particular análises de Cambrigde, England: Butterworth & Co.,
mas típicos da Ciência da Informação e
1985.
vice-versa; custo-benefício, como instrumento de ava-
liação. 15. MARTIN, Nilton Cano. Dos fundamentos da
5) maior ênfase é dada para a qualidade informação contábil de controle. São Pau-
"científica" do resultado da pesquisa Embora os resultados, muitas vezes, ain- lo: USP, 1987. (Tese de Doutorado).
em detrimento dos benefícios práticos da não sejam satisfatórios, o primeiro
16. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos.
do estudo; passo São Paulo: Atlas, 1987.
já foi dado com a crescente conscientiza-
6) os defeitos metodológicos são óbvios; ção dos especialistas da área da necessi- 17. BARRETO, Aldo de Albuquerque. O compor-
em grande parte devido às característi- dade de visualizar a informação como um tamento dos custos em serviços de infor-
bem económico e, a partir daí, tratá-la co- mação. Ciência da Informação, Brasília,
cas próprias da informação;
v. 13 n. 2, p. 129-135, jul/dez. 1984.
mo tal.
7) o campo é artificialmente restrito aos 18. SOUSA, Maria Cesarina V. de. Custos dos
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os modelos citados têm sido usados, mas, resource. Futurics, v. 6, n. 3/4. p.1-6, and Services. Annual Review of
como definições exatas e generalizações 1982. Information Science and Technology
(ARIST), NY, v. 17, p. 269-283, 1982.
têm sido problemáticas, os melhores re- 4. HORTON, Forest W. Jr. Information
sultados têm sido alcançados pela análise resources management concept and 21. ABREU, Paulo Fernando Simas P. de, STE-
através de estudos de casos. cases. Cleveland, OH: Association for PHAN, Cristian. Análise de investimentos.
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CONCLUSÃO
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porque, no contexto geral, sua prioridade é information. Paper presented at 3rd 23. BIERMAN, Harold Jr., DREBIN, Allan R.
Victorian Association for Library Automation Contabilidade gerencial. Rio de Janeiro:
pequena. Logo, ela torna-se inútil.
(VALA) National Conference on Library Guanabara Dois, 1979.
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Nenhuma informação é gratuita e toda in- 28-December 1º Melbourne, Austrália. 24. BIO, Sérgio Rodrigues. Sistemas de informa-
formação pode trazer benefícios. Essa re- VALA; 1985. 10p. ção: um enfoque gerencial. São Paulo:
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Tecnology (ARIST), NY, v. 22, p. 3-35, 25. BOOKSTEIN, Abraham. An economics model
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gastos e benefícios de bibliotecas e servi- informations services. (Aslib reader series,
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