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ASSOCIAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ – AESPI

BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS – CT6/CT7

1 DISCIPLINA: CONTABILIDADE SOCIETÁRIA


PROFESSOR: IAZALDE VIEIRA

Contabilidade Societária - Prof. Iazalde Vieira 06/08/2019


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PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTOS


CPC 28

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3 Introdução
• A Lei 6.404/76, alterada pelas Leis 11.638/07 e 11.941/09,
introduziu critérios contábeis de avaliação de investimentos mais
adequados que os até então praticados.
• Passaram a existir três métodos de avaliação de investimentos, são
eles:
– Método de Custo
– Método de Valor Justo
– Métodos da Equivalência Patrimonial
• O método de equivalência patrimonial será utilizado nos
investimentos permanentes em coligadas e controladas, enquanto
os demais , serão utilizados nos métodos de custo e valor justo.
• O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) com o
pronunciamento técnico CPC 28, tem por objetivo prescrever o
tratamento contábil de propriedades para investimento e
respectivos requisitos de divulgação.
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4 Classificação no Balanço
– São classificáveis no Balanço Patrimonial como
Investimentos. Esse subgrupo faz parte do grupo
Ativo não Circulante

– No subgrupo Investimentos, deverão estar


classificados dois tipos de ativos:
• Participações permanentes em outras sociedades;
• Outros investimentos permanentes.
– Propriedade para investimentos

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5 Modelo Plano de Contas
– Em face das considerações relativas ao
conteúdo e classificação dos investimentos, o
modelo do plano de contas prevê:
Realizável a Longo Prazo
1. Investimentos Temporários a LongoPrazo
Aplicações em títulos e valores mobiliários
Aplicações em instrumentos patrimoniais
de outras sociedades
Depósitos para investimentos
com incentivos fiscais
(subcontas por fundo)
Participações em fundos de investimentos
(subcontas por fundo)
(-) Perdas estimadas

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6 Modelo Plano de Contas
Investimentos
1. Participações permanentes em outras sociedades
A) Avaliadas por equivalência patrimonial
a) Valor da equivalência patrimonial
1) Participações em controladas
2) Participações em controladas emconjunto
3) Participações em coligadas
4) Participações em sociedades do grupo
b) Mais valia sobre ativos dasinvestidas
c) Ágio (goodwill) sobre investimentos
d) (-) Perdasestimadas
B) Avaliadas pelo Valor justo
a) Participações em outras sociedades
C)Avaliadas pelocusto
a) participações em outras sociedades
b) Perdas estimadas
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7 Modelo Plano de Contas
Investimentos
2. Propriedade para Investimentos
A) Avaliadas por Valor Justo
a) Propriedades para investimento
B) Avaliadas pelo Custo
a) Propriedade para investimento
b) (-) Depreciação acumulada
c) (-) Perdas estimadas
3. Outros InvestimentosPermanentes
A) Obras de Arte
B) (-) Perdas estimadas

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8 Definição
– De acordo com o CPC28, Propriedade para Investimento é
o imóvel (terreno ou edifício – parte de um edifício – ou
ambos) mantido pelo proprietário (ou arrendatário) para
obter rendas ou para valorização do capital ou para
ambas, para finalidades do tipo administrativas ou para
venda no curso ordinário do negócio.

• Não se incluem nesse conceito imóveis para:


– a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para
finalidades administrativas e
– b) venda no curso ordinário do negócio (estoque de imóveis)

– Trata-se do caso de um imóvel no qual se investiu como


uma forma de investimento, e não para ser destinado ao
uso da empresa nas suas atividades operacionais
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9 Identificação
• São Exemplos:
• Terrenos mantidos para valorização de capital a longo prazo, e não
para venda a curto prazo no curso ordinário dosnegócios

• Terrenos mantidos para futuro uso correntemente indeterminado

• Edifício que seja propriedade da entidade (ou mantido pela


entidade em arrendamento financeiro) e que seja arrendado sob
um ou mais arrendamentos operacionais

• Edifício que esteja desocupado, mas mantido para ser arrendado


sob um ou mais arrendamento operacionais

• Propriedade que esteja sendo construída ou desenvolvida para


uma futura utilização como propriedade parainvestimento
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10 Identificação
• Não são Exemplos:

• Propriedade destinada à venda no decurso ordinário das atividades ou


em vias de construção ou desenvolvimento para tal venda:
propriedade adquirida exclusivamente com vista à alienação
subsequente no futuro próximo ou para desenvolvimento e revenda.

• Propriedade em construção ou desenvolvimento por conta de


terceiros (CPC17 – Contratos de Construção).

• Propriedade ocupada pelo proprietário, por empregados e ocupada


pelo proprietário no aguardo de alienação.

• Propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento


financeiro

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11 Reconhecimento
• Reconhecimento e custo inicial
– (a) for provável que os benefícios econômicos futuros associadosà
propriedade para investimento fluirão para a entidade; e
– (b) o custo da propriedade para investimento possa ser mensurado
confiavelmente.
– A entidade avalia segundo esse princípio de reconhecimento todos os
custos da propriedade para investimento no momento em que eles
são incorridos
• Dispêndios subsequentes
– Custos de reforma
• 1ª aquisição deve ser feita pelo custo
• Quando a entidade não estiver certa do uso do imóvel este pode
ser caracterizado como propriedade para investimento.

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12 Mensuração
• Custo na aquisição da propriedade

– O custo de aquisição é o valor efetivamente despendido-


mesmo à prazo

– São incluídos como parte do custo todos os gastos incrementais


necessários à colocação do ativo em condição de efetivo uso,
tributos, comissões e legalizações, por exemplo.

– Conceitos utilizados na mensuração do custo inicial de um ativo


imobilizado.

– No caso de aquisição por permuta, valem as mesmas regras


aplicáveis à aquisição de imobilizado.

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13 Mensuração

– A determinação do custo inicial do direito de uso


de uma propriedade para investimento obtido por
meio de um arrendamento financeiro deve ser
feita de acordo com o CPC 06 – Operações com
arrendamento mercantil, onde o ativo será
reconhecido pelo menor entre o valor justo do
direito de uso e o valor presente dos pagamentos
mínimos do arrendamento, sendo o passivo
reconhecido por montante equivalente ao ativo.
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14 Mensuração
• Após aquisição: custo ou valor justo

– Após o registro inicial, a propriedade para investimento passa a ser


avaliada com base em uma das duas opções:

• Continua avaliando pelo seu custo;


• Passa a aplicar o método do valor justo

– Uma exceção a essa opção está no caso do arrendatário que utiliza o


imóvel como propriedade para investimento  valor justo é obrigatório
para esse ativo e para demais propriedades para investimento.
– O uso concomitante dos dois métodos só é admitido no caso específico
de uma propriedade ou um conjunto delas ser financiada à base de
encargo calculado com base no valor justo e o restante não.

• Exemplo: investidores que aplicam recursos na empresa para receber valores


com base num percentual sobre o valor de mercado dessesimóveis

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15 Mensuração
• Método do Custo

– Deve, de qualquer forma, divulgar o valor justo da sua


propriedade de investimento em cada balanço
patrimonial, no corpo da própria demonstração ou em
nota explicativa.

– Há de se reconhecer, periodicamente, a sua depreciação


com base nas regras aplicáveis ao ativo imobilizado.
• Podem não ser comuns os casos em que se necessita,
adicionalmente, do registro de perda por impairment, já que a
tendência pode ser a valorização. Caso ocorra, o reconhecimento
da perda terá que ser feito em contrapartida de débito do
resultado do exercício.
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16 Transferências
– Podem ocorrer transferências de imóveis do ativo imobilizado para
propriedade para investimentos e vice-versa,vejamos:

• Ativo imobilizado  Propriedade para investimento (avaliação por


valor justo).

– A diferença acumulada até a transferência, se negativa, deve ser


registrada no resultado do exercício e, se positiva, em ajuste de
avaliação patrimonial.
– À medida que se realizar esse excedente, os valores são transferidos
para lucros ou prejuízos acumulados e não mais pode afetar o
resultado do exercício.
– Se tiver havido reavaliação enquanto ativo imobilizado, aplicam-se as
regras da reavaliação quando o valor justo é inferior ao valor contábil
anteriormente registrado. Ou seja, eventuais reduções são debitadas à
reserva até que esta zere. Oexcedente vai para o resultado.

• Propriedade para investimento  Ativo imobilizado


– Considera-se como custo o valor justo na data da alteração efetiva do
uso e aplicam-se, a partir daí, todas as regras contábeis próprias do
ativo imobilizado, inclusivedepreciação 06/08/201
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17 Transferências
– Pode ocorrer, também, a transferência de propriedade para investimento
para estoques e vice-versa.

• Propriedade para investimento  Estoques

– Quando houver efetiva alteração no uso, evidenciada pelo começo do


desenvolvimento das atividades dirigidas à venda e desde que a
propriedade não necessite de quaisquer gastos adicionaisrelevantes.
– A partir da transferência, aplicam-se todas as regras contábeis próprias
aplicáveis aos estoques

• Estoques  Propriedade para investimento

– Se utilizado o custo, mantém-se o custo que estava registrado no


estoque.
– Se avaliada a partir de então a valor justo, a diferença entre os valores é
reconhecida no resultado do período, como se houvesse umavenda.

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18 Gastos com manutenção, ampliação e reforma

• Aplicam-se à propriedade para investimento todos os conceitos


dessa natureza que são aplicados ao ativo imobilizado.

• Exemplo: se a cada cinco anos for necessário trocar as pastilhas


externas de um edifício mantido para aluguel que está avaliado a
custo, e esse gasto for relevante, deve, já na aquisição do edifício,
deve ser separada a parte do custo relativa a essas pastilhas para
ser depreciada por cinco anos de forma separada do restante do
imóvel, pelo seu valor contábil.

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19 Divulgação
– Notas explicativas para participações em outras sociedades

• Devem ser atendidas as divulgações pertinentes exigidas pelo Pronunciamento


Técnico CPC01 – Redução ao valor recuperável do ativos

– Notas explicativas para propriedade para investimentos


• Devem ser divulgados:
– O método utilizado para a avaliação da propriedade parainvestimentos;
– Os motivos que levaram à classificação do imóvel como propriedade para investimento;
– Os métodos e pressupostos significativos utilizados na determinação do valor justo
(inclusive se é adotado ou não avaliador independente);
– Os valores reconhecidos no resultado de receitas de aluguel eoutras;
– Os gastos operacionais diretos com essas propriedades (segregando destes os incorridos
com propriedades que não estejam gerando receitas);
– A diferença acumulada do custo ao valor justo quando adotado contabilmente o
primeiro;
– A existência de restrições (hipotecas, por exemplo) sobre tais propriedades e suas
receitas;
– As obrigações contratuais para comprar, construir ou reparar

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20 Divulgação
– No caso de propriedades avaliadas pelo valor justo, devem ser
divulgadas também as adições ocorridas no período com novas
propriedades para investimento, as propriedades baixadas ou
transferidas para outras contas, os ganhos ou perdas provenientes da
variação no valor justo, as variações cambiais resultante da conversão
para outra moeda.

– No caso de propriedades avaliadas pelo custo,


• os métodos,
• a vida útil,
• as taxas de depreciação,
• os valores brutos e líquidos contábeise
• a conciliação entre os saldos iniciais e finais do período, com a movimentação
por novas aquisições, baixas, perdas por redução do valor ao valor
recuperável, depreciações, diferenças cambiais (no caso de propriedade no
exterior ou em empresa com outramoeda), transferências e alienações.

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BONS ESTUDOS E ATÉ NOSSA PRÓXIMA AULA!

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