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Contabilidade Avançada I

FACC/UFRJ

Investimentos Societários e
Equivalência Patrimonial
Prof. Dr. Adriano Rodrigues

1
Legislação Societária (Lei 6.404/76
Atualizada): Art. 248 - Avaliação do
Investimento em Coligadas e Controladas

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Legislação Societária:
Art. 248*: “No balanço patrimonial da companhia, os
investimentos em coligadas ou em controladas e em
outras sociedades que façam parte de um mesmo
grupo ou estejam sob controle comum serão
avaliados pelo método da equivalência patrimonial”,
de acordo com as seguintes normas: (veja próximo slide)
* Redação dada pela Lei nº 11.941 de 2009.

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Legislação Societária:
I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será
determinado com base em balanço patrimonial ou balancete de
verificação levantado, com observância das normas desta Lei, na
mesma data, ou até 60 (sessenta) dias, no máximo, antes da data
do balanço da companhia; no valor de patrimônio líquido não
serão computados os resultados não realizados decorrentes de
negócios com a companhia, ou com outras sociedades coligadas à
companhia, ou por ela controladas; (veja próximo slide)

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Legislação Societária:
II - o valor do investimento será determinado mediante a
aplicação, sobre o valor de patrimônio líquido referido no
número anterior, da porcentagem de participação no capital
da coligada ou controlada;
III - a diferença entre o valor do investimento, de acordo com
o número II, e o custo de aquisição; somente será registrada
como resultado do exercício: (veja próximo slide)

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Legislação Societária:
a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou
controlada;
b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas
efetivos;
c) no caso de companhia aberta, com observância das
normas* expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
* CPC 18 (R2), CPC 19 (R2) e ICPC 09 (R2)

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Investimento em Coligada, em Controlada
e em Empreendimento Controlado em
Conjunto: CPC 18 (R2) / IAS 28

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Conceitos Básicos:
Esse tipo de investimentos surge quando
existe a participação de uma entidade em
instrumentos patrimoniais, normalmente
ações ou cotas do capital social, de outra
entidade. Essas participações são de caráter
permanente, isto é, sem intenção de venda.

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Conceitos Básicos:
Coligada é a entidade sobre a qual o investidor tem
influência significativa.

Influência significativa é o poder de participar das


decisões sobre políticas financeiras e operacionais de
uma investida, mas sem que haja o controle
individual ou conjunto dessas políticas.

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Conceitos Básicos:
Controlada é uma entidade investida que é controlada
por outra entidade investidora, também denominada
Controladora.

Controle ocorre quando existe o “poder” sobre a


entidade investida de forma a obter os benefícios de
suas atividades. (Veja CPC 36 - Demonstrações Consolidadas)

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Conceitos Básicos:
Empreendimento controlado em conjunto
(joint venture) é um acordo conjunto por meio
do qual as partes, que detêm o controle em
conjunto do acordo contratual, têm direitos
sobre os ativos líquidos desse acordo.
Esse conceito será aprofundado na parte sobre Negócios Conjuntos

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Tratamento Contábil:
Investimento em Controlada é avaliado pelo método
da equivalência patrimonial - MEP no balanço
individual e está sujeito à consolidação de balanços.

Investimento em Coligada e em Empreendimento


Controlado em Conjunto é avaliado pelo MEP, tanto no
balanço individual, quanto no balanço consolidado.

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Tratamento Contábil:
Investimento tratado como “Ativo Financeiro”
é avaliado ao Valor Justo (ou ao custo quando
não for possível uma mensuração confiável a
valor justo), tanto no balanço individual, quanto
no consolidado, mas nunca pela equivalência
patrimonial. Nesse caso é preciso aplicar a
norma de Instrumentos Financeiros.

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Tratamento Contábil:
Investida Métodos Consolidação

Controlada MEP Consolidação

Controlada em
MEP Não Consolida
Conjunto

Coligada MEP Não Consolida

Ativo Financeiro Valor Justo Não Consolida

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Considerações sobre os dividendos e
outros resultados abrangentes:
❑ As distribuições de dividendos recebidas da investida
devem reduzir o valor contábil do investimento.
❑ Os ajustes no valor contábil do investimento também
podem ser necessários devido às mudanças no patrimônio
líquido da investida originado, por exemplo, de itens de
outros resultados abrangentes.
* A aplicação do MEP será aprofundada na interpretação ICPC 09 (R2)

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CASOS PRÁTICOS

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CASO 1

O quadro a seguir apresenta os saldos de Investimentos no Balancete


de Verificação da Cia. Investidora S.A. antes do reconhecimento do
resultado de equivalência patrimonial em 31/12/X1:

Contas Saldo ($)


Investimento Empresa A 18.750
Investimento Empresa B 20.000
Investimento Empresa C 13.200
Investimento Empresa D 14.850
Investimento Empresa E 9.900

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CASO 1

Os Patrimônios Líquidos das empresas investidas da Cia.


INVESTIDORA S/A são os seguintes:

Empresa PL em 31/12/X1
A 25.000
B 80.000
C 63.360
D 356.400
E 50.000

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CASO 1
As participações de cada uma das empresas são:

Empresa Investidora Empresa A


Participação em A: 90% Participação em B: 30%
Participação em B: 30% Participação em C: 5%
Participação em C: 25%
Participação em D: 5% Empresa C
Participação em E: 8% Participação em D: 5%

Empresa B
Participação em C: 10%
Participação em D: 20%

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CASO 1
Outras informações:
• Considere que todas as participações são em ações ordinárias.
• A variação do PL em X1 de todas as empresas investidas teve como base
somente o lucro/prejuízo apurado.
• A Empresa D está sob o controle do principal acionista da Cia. Investidora
S.A., Sr. José Jorge.

PEDE-SE:
1. Classifique os investimentos da Cia. Investidora S.A nas suas investidas
(A, B, C, D, E) em Controlada, Coligada e Outros Investimentos.
2. Faça os lançamentos contábeis referentes à Equivalência Patrimonial.
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CASO 2

O quadro a seguir apresenta os saldos de Investimentos no Balancete


de Verificação da Cia. Investidora Quero Mais S.A. antes do
reconhecimento do resultado de equivalência patrimonial em 31/12/X1:

Contas Saldo ($)


Investimento Empresa A 9.375
Investimento Empresa B 10.000
Investimento Empresa C 6.600
Investimento Empresa D 7.425
Investimento Empresa E 4.950

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CASO 2
As participações da Investidora Quero Mais S.A em cada uma das
empresas investidas são:
• Participação em A: 90%
• Participação em B: 30%
• Participação em C: 25% (sem o aumento de capital)
• Participação em D: 5%
• Participação em E: 8%
As participações entre as demais empresas são as seguintes:
Empresa A - Participação em B: 30% / Participação em C: 5%
Empresa B - Participação em C: 10% / Participação em D: 20%
Empresa C - Participação em D: 5%
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CASO 2
O Patrimônio Líquido da Empresa C, no início de X1, era composto
das seguintes contas:
Capital Social 16.500
Reserva Legal 3.000
Reserva Estatutária 2.800
Lucros Acumulados 4.100

Contudo, a Empresa C, no dia 30/06/X1, aumentou seu capital social


em $ 5.000, sendo que a Investidora Quero Mais S.A. integralizou, à
vista, $ 2.325 das novas ações.

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CASO 2

Os Patrimônios Líquidos das empresas investidas da Cia.


Investidora Quero Mais S.A são os seguintes:

Empresa PL em 31/12/X1
A 12.500
B 40.000
C 32.000
D 178.200
E 25.000

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CASO 2
PEDE-SE:

1. Efetue os cálculos necessários e registre o lançamento contábil


correspondente ao aumento de capital da empresa C no dia 30/06/X1,
na contabilidade da Investidora Quero Mais S.A.

2. Classifique os investimentos da Investidora Quero Mais S.A. nas suas


investidas (A, B, C, D, E) em Controlada, Coligada e Outros
Investimentos.

3. Faça os lançamentos contábeis referentes à Equivalência Patrimonial


em 31/12/X1.

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Negócios Conjuntos:
CPC 19 (R2) / IFRS 11

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Conceitos Básicos:
“Negócio em conjunto é um negócio do qual duas ou
mais partes têm o controle conjunto”

• Negócio em conjunto tem as seguintes características:


a) As partes integrantes estão vinculadas por acordo contratual.
b) O acordo contratual dá a duas ou mais dessas partes
integrantes o controle conjunto do negócio.

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Conceitos Básicos:
❑ Operação em conjunto (joint operation): É um negócio em
conjunto segundo o qual as partes integrantes que detêm o
controle conjunto do negócio têm direitos sobre os ativos e têm
obrigações pelos passivos relacionados ao negócio. Essas partes
são denominadas de operadores em conjunto.
❑ Empreendimento controlado em conjunto (joint venture): É um
negócio em conjunto segundo o qual as partes que detêm o
controle conjunto do negócio têm direitos sobre os ativos líquidos
do negócio. Essas partes são denominadas de empreendedores
em conjunto.
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Veículo Separado:
Quando as partes integrantes do negócio tiverem estruturado o
negócio em conjunto em veículo separado, as partes precisam avaliar
se a forma legal do veículo separado, os termos do acordo contratual
e, quando relevante, quaisquer outros fatos e circunstâncias lhes dão:
a) direitos sobre os ativos e as obrigações pelos passivos relacionados
ao negócio (ou seja, o negócio é operação em conjunto – joint
operation); ou
b) direitos sobre os ativos líquidos do negócio (ou seja, o negócio é
empreendimento controlado em conjunto – joint venture).

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Classificação de negócio em conjunto estruturado por meio de veículo separado

Forma legal do veículo A forma legal do veículo separado dá Sim


separado às partes direitos sobre os ativos e
obrigações pelos passivos
relacionados ao negócio?

Não

Os termos do acordo contratual


Termos do acordo Sim
especificam que as partes têm direitos
contratual sobre os ativos e obrigações pelos
passivos relacionados ao negócio?

Operação em
Não
conjunto
(joint operation)
Outros fatos e As partes estruturaram o negócio de
circunstâncias modo que:
(a) suas atividades destinem-se
basicamente a fornecer às partes a
produção (ou seja, as partes têm
direitos sobre substancialmente a SIM
totalidade dos benefícios
econômicos dos ativos mantidos no
veículo separado); e
(b) ele depende das partes de
forma contínua para a liquidação
dos passivos relacionados à
atividade conduzida por meio do
negócio?
Não

Empreendimento controlado em
conjunto (joint venture). 31
Como Reconhecer os
Negócios em Conjunto na
Contabilidade da Empresa?

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❑ Operação em Conjunto
• Operador em conjunto deve reconhecer, com relação aos seus
interesses em operação em conjunto (joint operation):
a) seus ativos, incluindo sua parcela sobre quaisquer ativos detidos em
conjunto;
b) seus passivos, incluindo sua parcela sobre quaisquer passivos assumidos
em conjunto;
c) sua receita de venda da sua parcela sobre a produção advinda da
operação em conjunto (joint operation);
d) sua parcela sobre a receita de venda da produção da operação em
conjunto (joint operation); e
e) suas despesas, incluindo sua parcela sobre quaisquer despesas incorridas
em conjunto.

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❑ Empreendimento controlado
em conjunto (joint venture)
✓ Empreendedor em conjunto deve reconhecer seus interesses em
empreendimento controlado em conjunto (joint venture) como
investimento e deve contabilizar esse investimento utilizando o
método da equivalência patrimonial.
✓ A parte integrante de acordo que participe de empreendimento
controlado em conjunto (joint venture), mas não detenha o
controle conjunto dele, deve contabilizar os seus interesses no
negócio em consonância com a norma de Instrumentos
Financeiros, a menos que tenha influência significativa sobre essa
joint venture para utilizar o MEP.

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CASOS PRÁTICOS

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CASO 1
Suponha-se que três partes estabeleçam um acordo: A tem 50%
dos direitos de voto no negócio, B tem 30% e C tem 20%. O
acordo contratual entre A, B e C especifica que, no mínimo, 75%
dos direitos de voto são necessários para a tomada de decisões
sobre as atividades relevantes do negócio. Embora A possa
bloquear qualquer decisão, ela não controla o negócio, pois
precisa da concordância de B. Os termos de seu acordo
contratual que exigem no mínimo 75% dos direitos de voto para
a tomada de decisão sobre as atividades relevantes sugerem
que A e B têm controle conjunto do negócio, já que as decisões
sobre as atividades relevantes do negócio não podem ser
tomadas sem a concordância tanto de A quanto de B.
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CASO 2
Suponha-se que um acordo tem três partes: A tem 50% dos direitos
de voto no acordo e B e C têm, cada qual, 25%. O acordo contratual
entre A, B e C especifica que no mínimo 75% dos direitos de voto
são necessários para a tomada de decisão sobre as atividades
relevantes do negócio. Embora A possa bloquear qualquer decisão,
ela não controla o negócio, pois precisa da concordância de B ou de
C. Nesse exemplo, A, B e C controlam coletivamente o negócio.
Contudo, há mais de uma combinação das partes que podem
concordar para atingir 75% dos direitos de voto (ou seja, A e B ou A e
C). Nessa situação, para ser um negócio em conjunto, o acordo
contratual entre as partes precisaria especificar qual
combinação das partes deve concordar de forma unânime para
a tomada de decisão sobre as atividades relevantes do negócio.
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CASO 3 – Parte I
Suponha-se que duas partes estruturam um negócio em conjunto em entidade
com personalidade jurídica (entidade C), na qual cada parte tem participação
societária de 50%. O objetivo do negócio é a fabricação de materiais de que as
partes necessitam para seus próprios processos de fabricação individuais. O
negócio assegura que as partes operem a instalação que produz os materiais
de negócio com as especificações de quantidade e qualidade das partes.
A forma legal da entidade C (entidade com personalidade jurídica), por meio da
qual as atividades são conduzidas inicialmente, indica que os ativos e passivos
mantidos na entidade C são os ativos e passivos da entidade C. O negócio
contratual entre as partes não especifica que as partes têm direitos sobre os
ativos ou obrigações pelos passivos da entidade C. Consequentemente, a
forma legal da entidade C e os termos do negócio contratual indicam que o
negócio é um empreendimento controlado em conjunto (joint venture).
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CASO 3 – Parte II
Contudo, as partes consideram também os seguintes aspectos do negócio:
• As partes concordaram em comprar toda a produção da entidade C
na proporção de 50/50. A entidade C não pode vender nenhuma parte
da produção a terceiros, salvo com a aprovação das duas partes do
negócio. Como o propósito do negócio é fornecer às partes a produção
de que necessitam, espera-se que essas vendas a terceiros sejam
incomuns e não relevantes.
• O preço da produção vendida às partes é fixado por ambas as partes,
em um nível que se destina a cobrir os custos de produção e as
despesas administrativas incorridas pela entidade C. Com base nesse
modelo operacional, pretende-se que o negócio opere em nível de
equilíbrio.
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CASO 3 – Parte III
A partir da situação acima, os seguintes fatos e circunstâncias são
relevantes:
• A obrigação das partes de adquirir toda a produção da entidade C
reflete a dependência exclusiva da entidade C em relação às partes
para a geração de fluxos de caixa e, assim, as partes têm obrigação
de financiar a liquidação dos passivos da entidade C.
• O fato de que as partes têm direitos sobre substancialmente a
totalidade da produção da entidade C significa que as partes estão
consumindo – e, portanto, têm direitos sobre – todos os benefícios
econômicos dos ativos da entidade C.

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CASO 3 – Parte IV
Esses fatos e circunstâncias indicam que o negócio é uma operação
em conjunto (joint operation). A conclusão sobre a classificação do
negócio em conjunto nessas circunstâncias não se alteraria se, em vez
de utilizarem elas próprias sua parcela da produção no processo de
fabricação subsequente, as partes vendessem sua parcela da produção
a terceiros.
Se as partes modificassem os termos do negócio contratual de modo que
o negócio pudesse vender a produção a terceiros, isso resultaria em que
a entidade C assumiria os riscos de demanda, de estocagem e de
crédito. Nesse cenário, essa mudança nos fatos e circunstâncias exigiria
a reavaliação da classificação do negócio em conjunto. Esses fatos e
circunstâncias indicariam que o negócio é um empreendimento
controlado em conjunto (joint venture). 41
Demonstrações Contábeis (Individuais, Separadas
e Consolidadas) e Aplicação do Método da
Equivalência Patrimonial: ICPC 09 (R2)

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Conceitos Básicos:
Esta Interpretação, dentre outras coisas, define procedimentos contábeis
específicos em relação aos seguintes pontos:
• Uso das demonstrações individuais, consolidadas e separadas.
• Métodos de mensuração de investimentos societários na demonstração contábil
individual, na demonstração contábil separada e na demonstração contábil consolidada.
• Aplicação inicial do método da equivalência patrimonial nas demonstrações individual e
consolidada.
• Alguns tópicos especiais relacionados à aplicação do método da equivalência
patrimonial após o reconhecimento inicial.
• Tratamento do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em certas
circunstâncias, inclusive incorporações e fusões.

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Conceitos Básicos:
Um investimento ou uma participação de uma entidade em
instrumentos patrimoniais (normalmente ações ou cotas do
capital social) de outra entidade pode se qualificar como um:
(a) investimento em controlada, avaliado pelo método da equivalência
patrimonial no balanço individual e sujeito à consolidação de balanços;
(b) investimento em coligada e em empreendimento controlado em
conjunto, avaliado pelo método da equivalência patrimonial, tanto no
balanço individual, quanto no balanço consolidado da controladora;

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Conceitos Básicos:
(c) investimento em controlada, em empreendimento controlado em conjunto
ou em coligada, mantido por entidades de investimento (investment entities),
avaliado ao valor justo contra o resultado, tal qual um ativo financeiro;
(d) investimento tratado como ativo financeiro, avaliado ao valor justo (ou ao
custo quando não for possível uma mensuração confiável a valor justo), tanto
no balanço individual da investidora, quanto no consolidado e nunca pela
equivalência patrimonial;
(e) investimento em coligada, em controlada ou em empreendimento
controlado em conjunto apresentado em demonstração separada, avaliado ao
valor justo ou ao custo, nunca pela equivalência patrimonial.

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CASO PRÁTICO
Cia. Investidora com Ágio S.A.

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CASO - Cia. Investidora com Ágio S.A

O Patrimônio Líquido da Cia. Investida S.A. em 31/12/X0 era de $8.000.000 e


o saldo de Estoques correspondia a $2.800.000. O seu ativo imobilizado era
composto dos seguintes saldos líquidos nesta data:

Conta Saldo
Veículos 200.000
Máquinas 600.000
Edifícios 1.200.000
Terrenos 500.000

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A Empresa Investidora com Ágio S.A. adquiriu 60% das ações da Cia.
Investida S.A., tendo sido definido que o modo empregado para calcular
o valor da transação seria obtido, em 31/12/X0, pela soma dos seguintes
valores:
1. Valor patrimonial dessa participação (com base no valor contábil do
patrimônio líquido da Cia. Investida S.A.).
2. Valor da diferença entre a soma do valor justo dos ativos líquidos
identificáveis e o valor contábil do patrimônio líquido da Cia. Investida S.A,
isto é, a mais-valia dos ativos líquidos. Nesse caso, somente foram
identificados os bens do ativo imobilizado e dos estoques.
3. Valor da diferença entre o valor justo atribuído ao negócio e o valor justo dos
ativos líquidos da Cia. Investida S.A, isto é, o Goodwill (ou rentabilidade
futura). A empresa de consultoria contratada para mensurar o Goodwill
chegou ao seguinte valor: $1.800.000
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CASO - Cia. Investidora com Ágio S.A

O valor justo de mercado dos bens do ativo imobilizado e dos estoques


eram os seguintes:
Valor de
Conta
mercado
Veículos 250.000
Máquinas 750.000
Edifícios 2.000.000
Terrenos 1.800.000
Estoques 4.000.000

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CASO - Cia. Investidora com Ágio S.A

As vidas úteis remanescentes dos bens do ativo imobilizado da Cia.


Investida S.A. são apresentadas a seguir, sendo que o estoque foi
totalmente vendido em X1:

Bem Vida útil remanescente


Veículos 2 anos
Máquinas 5 anos
Edifícios 10 anos
Terrenos -

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CASO - Cia. Investidora com Ágio S.A

Em 31/12/X1 o Patrimônio Líquido da Cia. Investida S.A. era de


$12.000.000.

PEDE-SE:
1. Efetue o registro da aquisição do investimento pela Empresa
Investidora com Ágio S.A. em 31/12/X0.
2. Apure os resultados com esse investimento em X1, efetuando os
lançamentos contábeis.
3. Como devem ser reportadas essas transações nas demonstrações
contábeis individuais (antes da consolidação) da Empresa
Investidora com Ágio S.A. em 31/12/X1.
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