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INTRODUÇÃO
Imparidade de Ativos Não Financeiros – Uma Abordagem Prática
Conceitos base
Ataca o balanço, mas alguns elementos estão “imunes”
– só afeta ativos
Conceitos base
Comparar:
Quantia Quantia
com
Teste de imparidade escriturada recuperável
§6
Justo valor: quantia que é recebida na venda de um ativo ou paga Valor de uso: valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados
na transferência de um passivo numa transação não forçada entre que resultam do uso continuado do ativo durante a sua vida útil e
participantes de mercado sem relacionamento entre si da sua alienação no final da sua vida útil
Restantes
Goodwill ativos no
âmbito
Intangíveis com
vida útil Alguns indícios de imparidade:
indefinida ▪ Ambiente tecnológico, económico, legal,..
▪ Taxas de juro/de retorno => afetando a taxa de desconto
▪ Valor dos capitais próprios superior ao valor de
Intangíveis em capitalização bolsista
curso ▪ Obsolescência/dano físico de um ativo
▪ Planos de descontinuação / reestruturação
▪ Desempenho abaixo do esperado
Imparidade de Ativos Não Financeiros – Uma Abordagem Prática
Conceitos base
Reconhecida em resultados
(gasto), exceto quando
compensa quantias registadas
em excedente de
revalorização
Imparidade de Ativos Não Financeiros – Uma Abordagem Prática
Exemplo 1
Na data de relato a empresa Scarleth, S.A. identificou indícios de imparidade (obsolescência) na máquina “B”
inserida na sua linha de produção abaixo descrita. Esta situação está a afetar a capacidade produtiva da linha de
produção. Como deve ser determinada a quantia recuperável da máquina “B”?
a) De forma isolada para a máquina “B”
b) Para o conjunto de ativos que formam a linha de produção
c) Depende
Imparidade de Ativos Não Financeiros – Uma Abordagem Prática
Exemplo 2
Tendo por base a mesma situação descrita no exemplo 1 e sabendo que a quantia escriturada da máquina “B”
ascende a 50.000 e que o seu justo valor menos custos para vender ascende a 60.000, a que nível deverá ser
determinada a quantia recuperável destes ativo?
A B
Exemplo 3
Tendo por base a mesma situação descrita no exemplo 1 e sabendo que a quantia escriturada da máquina “B”
ascende a 50.000 e que o seu justo valor menos custos para vender ascende a 20.000, a que nível deverá ser
determinada a quantia recuperável destes ativo?
A B
UNIDADES GERADORAS DE
CAIXA (UGC)
Imparidade de Ativos Não Financeiros – Uma Abordagem Prática
O mais pequeno grupo de ativos identificável que gera influxos de caixa largamente
independentes dos influxos de caixa de outros ativos ou grupos de ativos (§ 68)
Partilha de recursos e
Multilocation: avaliar a
interdependência de fluxos de
interdependência de influxos de
caixa líquidos não é
caixa
determinante
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Exemplo 4
Quais as UGC existentes no cenário descrito abaixo, sabendo que existe mercado para o output de cada uma das
fábricas (A, B, C), que existe um shared service center que serve esta região geográfica e que para efeitos de gestão
interna do negócio, a área geográfica X é tratada como um segmento relatável e existe independência entre a
atividade das fábricas?
A Uma
Área geográfica X
B Três
C Quatro
A C
D Depende SSC
B
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Exemplo 5
Tendo por base o conjunto de ativos abaixo descrito (linha de produção), como deve ser feito o correspondente teste
de imparidade se a máquina “B” apresentar indícios de imparidade?
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Quantia recuperável determinada para a máquina “B” isolada, ou no âmbito de uma UGC?
B UGC
C Depende
A Uma
B Duas
C Mais
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Exemplo 6
A principal máquina enchedora da linha de produção do componente X apresenta indícios de imparidade. Para
efeitos do correspondente teste de imparidade, concluiu-se que não é possível determinar a quantia recuperável da
máquina individualmente. Assim, o referido teste de imparidade foi realizado ao nível da UGC onde a mesma se
insere: unidade fabril A2, a qual corresponde à entidade legal Build Limited.
Os ativos e os passivos da Build Limited e respetivas quantias escrituradas, na data de referência do teste de
imparidade, eram os seguintes. Qual a perda por imparidade da UGC de acordo com a IAS 36, sabendo que a
quantia recuperável ascende a 425?
Origens Aplicações
Ativos linha produção 520 Capital próprio 155
Know-how 80 Empréstimo bancário 325
QUANTIA RECUPERÁVEL
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Preço obtido na venda de um ativo ou pago na Custos incrementais que apenas ocorrem porque
transferência de um passivo existe a venda (§ 28)
Período das projeções (usualmente <= 5 anos) (§ 35) Valor temporal do dinheiro (§ 55)
Deve refletir as condições atuais do ativo (§ 44 e 45) Riscos específicos do ativo (§ 55)
Não deve considerar fluxos de caixa de natureza Não deve refletir os riscos em relação aos quais as
financeira ou fiscal (§ 50) estimativas de fluxos de caixa futuros tenham sido
ajustadas (§ 56)
Não deve considerar exfluxos de caixa relacionados
com passivos reconhecidos (§ 43)
Exemplo 7
Qual a quantia recuperável (DF consolidadas do grupo) de uma UGC que é uma entidade legal, sabendo que?
a) EBITDA anual projetado nas condições presentes – 1.000
b) Quantia escriturada do fundo de maneio líquido – 200
c) Peers comparáveis cotadas com valores de mercado dos ativos correspondentes a 6 vezes o EBITDA (corrigindo o
efeito da estrutura de capital)
d) EBITDA (deduzido de capex e da variação do fundo de maneio líquido) anual previsto tendo em consideração um
conjunto de sinergias existentes no grupo: N+1 – 700; N+2 – 800; N+3 e seguintes – 900
e) Taxa de desconto anual – 12%
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Exemplo 8
Qual o valor de uso (DF consolidadas do grupo) de uma UGC que é uma entidade legal, sabendo que?
a) Fluxos de caixa líquidos anuais projetados com base nas condições presentes – 300
b) Taxa de desconto anual – 8%
c) Plano de reestruturação da UGC já aprovado pelo órgão de gestão e comunicado aos colaboradores e ao mercado, o
qual implica custos com despedimentos no ano seguinte no montante de 800 e poupanças anuais subsequentes em
salários e afins de 80 (estes efeitos não estão contemplados nos fluxos de caixa líquidos anuais projetados de 300)
d) Possibilidade de a UGC expandir a sua fábrica para um terreno adjacente no âmbito de um projeto de investimento
de 2.000 que se estima libertar fluxos de caixa anuais líquidos de 300. O custo de oportunidade deste investimento
traduz-se numa taxa de desconto anual de 10%.
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Exemplo 9
Qual a taxa de desconto adequada para a determinação do valor de uso de uma UGC sabendo o seguinte?
a) Estrutura de financiamento: capital próprio – 60%; dívida – 40%
b) Custo da dívida – 3%
c) Beta do setor (desalavancado) – 1,2
d) Taxa de juro sem risco – 1,3%
e) Prémio de risco de mercado – 7%
f) Taxa marginal de imposto – 20%
1,3% 3%
Outra
Imparidade de Ativos Não Financeiros – Uma Abordagem Prática
Exemplo 10
A UGC Y inclui os seguintes ativos (quantia escriturada e justo valor deduzido de custos para vender).
Sabendo que a quantia recuperável da UGC ascende a 500, qual o montante da perda de imparidade imputado a cada
ativo da UGC?
Quantia Justo
escrit. valor
Goodwill 300 0
Intangível 50 20
1.000 370
Imparidade de Ativos Não Financeiros – Uma Abordagem Prática
Imputação das perdas aos elementos da UGC de acordo com as seguintes regras (§ 104):
1º - Imputação ao goodwill
Torna-se necessário garantir que, individualmente, a Quando a quantia recuperável de um ativo não pode
quantia escriturada dos ativos não pode ser reduzida ser determinada individualmente, não é reconhecida
abaixo do maior de entre: qualquer perda por imparidade para o ativo se a UGC
• O seu justo valor deduzido de custos para vender; onde estiver incluído não tiver perda por imparidade
• Valor de uso (mesmo quando o justo valor menos custos para
• Zero vender do ativo seja inferior à sua quantia escriturada)
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IMPARIDADE DO GOODWILL
Imparidade de Ativos Não Financeiros – Uma Abordagem Prática
O goodwill deve, desde a data de aquisição, ser imputado a cada uma das UGC ou a grupos de UGC, da
entidade, que se espera beneficiem das sinergias da concentração (§ 80)
Qualquer UGC a que tenha sido imputado goodwill deve ser testada por imparidade (§ 10):
• Anualmente; e
• Sempre que haja indicação de que a UGC possa estar em imparidade
Imparidade de Ativos Não Financeiros – Uma Abordagem Prática
0 125
340 425
725 500
Exemplo 11d
Um grupo adquiriu uma participação de 100% numa entidade (que é uma UGC) por 1.900 quando o justo valor dos
ativos líquidos adquiridos era 1.500.
Ao fim do 1 ano, quando o justo valor dos ativos líquidos ascendia a 1.600, o grupo alienou 20% desses interesses ,
tendo reconhecido interesses sem controlo no montante de 320.
2 anos mais tarde a quantia recuperável da UGC ascende a 1.500 e a quantia escriturada dos ativos líquidos da mesma
ascendia a 1.400 (excluindo goodwill). Assumindo que anteriormente não havia sido reconhecida qualquer perda por
imparidade no goodwill, qual a perda por imparidade a reconhecer nesta UGC?
320 240
IMPARIDADE DO GOODWILL
QUESTÕES PARA DISCUSSÃO
houver uma alteração nas estimativas usadas para determinar a quantia recuperável que leve a
que a perda por imparidade tenha deixado de existir ou tenha diminuído. A passagem do
tempo por si só não dá origem à reversão de perdas por imparidade
Não é permitida a reversão de perdas imputadas ao goodwill. As restantes são revertidas até ao
limite da quantia escriturada que os ativos teriam caso não tivesse sido reconhecida a perda por
imparidade.
Exemplo 12:
O mesmo cenário do exemplo 10: ao fim de 2 anos (N+2) a quantia recuperável da UGC Y passa para 675. Qual a
quantia da reversão da perda por imparidade, sabendo que o intangível e os ativos A, B e C tinham vidas úteis
remanescentes em N de, respetivamente, 3, 5, 3 e 8 anos?
Quantia Quantia escrit. Quantia
Perda escrit. N+2 N+2 sem Reversão corrigida N+2
Impar N (A) impar. (B) (A)+(B)
OUTROS TÓPICOS
Imparidade de Ativos Não Financeiros – Uma Abordagem Prática
Exemplo 13:
A HoldInvest adquiriu uma participação de 100% numa entidade (F) por 100. Na data da aquisição, o justo valor dos
ativos líquidos de F ascendia a 50 (por simplificação assume-se que são iguais às respetivas quantias escrituradas):
• Ativos fixos tangíveis e intangíveis – 80
• Fundo de maneio líquido (FML) – 30
• Financiamentos obtidos – 60
Ao fim de 1 ano, estes ativos líquidos apresentavam as seguintes quantias escrituradas:
• Ativos fixos tangíveis e intangíveis – 80
• Fundo de maneio líquido (FML) – 40
• Financiamentos obtidos – 60
Nas demonstrações financeiras separadas, a participação estava registada pelo MEP e ascendia a 110.
Imparidade de Ativos Não Financeiros – Uma Abordagem Prática
Imparidade de Ativos Não Financeiros – Uma Abordagem Prática
Teste de imparidade
no âmbito de uma
UGC
Ativos corporativos
2. Quando têm indícios de imparidade, testados por imparidade no âmbito do conjunto mais
pequeno de UGC que “servem”
Imparidade de Ativos Não Financeiros – Uma Abordagem Prática
Exemplo 14:
Uma entidade industrial tem 2 UGC (A e B). Num dado momento, a UGC A apresenta indícios de imparidade. Sabe-se
que a quantia escriturada dos ativos da UGC A no âmbito da IAS 36 ascende a 3.000 e sabe-se que existe um
equipamento (“ativo corporativo”), com uma quantia escriturada de 1.000, que “serve” as 2 UGC nas seguintes
proporções: A – 70%; B – 30%
Qual a imparidade a reconhecer, sabendo que a quantia recuperável da UGC A ascende a 3.100?
0 900
Exemplo 15:
Uma entidade industrial tem 2 UGC (A e B) e tem ainda um equipamento (“ativo corporativo”), com uma quantia
escriturada de 1.000, que “serve” as 2 UGC nas seguintes proporções: A – 70%; B – 30%.
As quantias escrituradas dos ativos em causa (no âmbito da IAS 36) ascendem a:
(i) UGC A - 3.000; (ii) UGC B – 2.000; (iii) ativo corporativo – 1.000
Num dado momento, foram identificados indícios de imparidade no ativo corporativo. Qual a imparidade a reconhecer,
sabendo que a quantia recuperável da UGC A, da UGC B e do conjunto das 2 UGC ascende, respetivamente, a 3.100,
2.800 e 6.200?
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