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LEI Nº 6.

745, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1985

SEÇÃO II
DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 124. É assegurado ao funcionário requerer ou representar, pedir


reconsideração e recorrer de decisões, observadas as seguintes regras:
I - o requerimento ou representação será dirigido à autoridade
competente para decidí-lo e terá solução no prazo máximo de 45
(quarenta e cinco) dias, salvo em caso que obrigue a realização de
diligência ou estudo especial, hipótese em que não poderá passar de
90 (noventa) dias;
II - o pedido de reconsideração só será cabível quando contiver novos
argumentos e será sempre dirigido à autoridade que tiver expedido o
ato ou proferido a decisão, não podendo ser renovado, observados os
mesmos prazos do item anterior;
III - a autoridade que receber o pedido de reconsideração deverá
processá-lo como recurso, encaminhando-o à autoridade superior,
quando não preencher o requisito do item anterior;
IV - só caberá recurso:
a) quando houver pedido de reconsideração ou outro recurso
desatendido e,
b) quando houver requerimento, pedido de reconsideração ou outro
recurso não decidido no prazo legal;
V - o recurso será dirigido à autoridade, imediatamente superior à que
tenha expedido o ato ou proferido a decisão e, sucessivamente, na
escala ascendente, às demais autoridades, devendo ser decidido no
prazo de 45 (quarenta e cinco) dias;
VI - nenhum recurso poderá ser dirigido mais de uma vez à mesma
autoridade.
§ 1º Será indeferido de plano a petição, o pedido de reconsideração ou
recurso que desatenda às prescrições deste artigo.
§ 2º Os pedidos de reconsideração e os recursos não têm efeito
suspensivo; os
que forem providos, porém, darão lugar às retificações necessárias,
retroagindo os seus efeitos à data do ato impugnado.
Art. 125. O direito de pleitear na esfera administrativa prescreve a
partir da data da publicação oficial do ato impugnado ou, quando for
dispensada, da data em que dele tiver conhecimento o funcionário:
I - em 05 (cinco) anos, quanto aos atos de que decorreram a demissão,
aposentadoria ou disponibilidade do funcionário;
II - em 02 (dois) anos, nos demais casos.
Parágrafo único - Os recursos ou pedidos de reconsideração, quando
cabíveis e apresentados dentro dos prazos de que trata este artigo,
interrompem a prescrição até 02 (duas) vezes, no máximo,
determinando a contagem de novos prazos, a partir da data da
publicação oficial do despacho denegatório final ou restrito de pedido.
Art. 126. As certidões sobre matéria de pessoal serão fornecidas com
os elementos e registros existentes no assentamento individual do
funcionário, regulamentada a forma de sua expedição pela autoridade
competente.
Art. 127. Ao funcionário interessado é assegurado o direito de vista do
processo administrativo, no órgão competente, durante o horário de
expediente.

CAPÍTULO II
DAS RESPONSABILIDADES

Art. 131. O funcionário responde civil, penal e administrativamente,


pelo exercício irregular de suas atribuições, sendo as cominações
independentes entre si.
Art. 132. O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa
condição, causar ao patrimônio do Estado, por dolo ou culpa,
devidamente apurados. Parágrafo único. Caracteriza-se especialmente
a responsabilidade:
I - pela sonegação de valores e objetos confiados à sua guarda ou
responsabilidade, por não prestar contas, ou por não as tomar, na
forma e no prazo estabelecido nas leis e regulamentos administrativos;
II - pelas faltas, danos, avarias e qualquer outro prejuízo que sofrerem
os bens e materiais sob sua guarda ou sujeitos a seu exame ou
fiscalização;
III - pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de
despacho ou guias e outros documentos da receita ou que tenham
com eles relação;
IV - por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual.
Art. 133. O funcionário que adquirir materiais em desacordo com
disposições
legais e regulamentares, será responsabilizado pelo respectivo custo,
sem prejuízo das penalidades disciplinares cabíveis.
Art. 134. O pagamento da indenização a que ficar obrigado não exime
o funcionário da pena disciplinar em que incorrer.

LEI Nº 6.843, DE 28 DE JULHO DE 1986

Seção III
Da Reintegração

Art. 53. Reintegração é o retorno aos quadros da Polícia Civil, do


policial civil, dele demitido.
Parágrafo único. A reintegração é feita no cargo anteriormente
ocupado pelo policial civil. Art. 54. A reintegração decorre da decisão
administrativa ou judicial passada em julgado, com o ressarcimento
dos vencimentos, direitos e vantagens do cargo.
§ 1º Transformado o cargo em que se deva verificar a reintegração,
esta se dá no cargo transformado e, se extinto, em outro do mesmo
nível respeitada à habilitação.
§ 2º Não sendo possível reintegrá-lo na forma prevista no parágrafo
anterior, o policial civil é posto em disponibilidade com remuneração
integral.
§ 3º O reintegrado é submetido à inspeção médica e, se verificada a
sua incapacidade física para o exercício do cargo, é aposentado.

Seção IV
Da Readaptação

Art. 55. Readaptação e a investidura do policial civil desajustado no


respectivo cargo, em outro compatível com suas qualificações,
aptidões vocacionais e condições físicas.
Parágrafo único. A readaptação não pode ser requerida pelo
funcionário, antes de 5 (cinco) anos de efetivo exercício no cargo para
o qual foi nomeado.
Art. 56. A readaptação não acarreta decesso nem aumento de
vencimentos e é feita através de ato do Poder Executivo.
Art. 57. A readaptação depende:
I – da existência de vaga;
II – da comprovação de habilitação profissional específica, exigida para
o provimento do cargo.
Art. 58. Quando recomendada por Junta Médica Oficial do Estado, a
readaptação verificar-se á em cargo a ser definido pela
Superintendência da Polícia Civil.
Parágrafo único. O policial civil readaptado nos termos deste artigo
será lotado onde houver vaga.
LEI COMPLEMENTAR Nº 611, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2013

Art. 1º O sistema remuneratório dos integrantes do Grupo Segurança


Pública - Polícia Civil, Subgrupo Agente da Autoridade Policial, fica
estabelecido por meio de subsídio, fixado na forma dos Anexos
I, II e III desta Lei Complementar.
Parágrafo único. O subsídio fica fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio ou outra
espécie remuneratória, salvo as verbas estabelecidas no art. 3º desta
Lei Complementar.
Art. 4º Estão compreendidas no subsídio e por ele extintas todas as
espécies remuneratórias do regime remuneratório anterior, de
qualquer origem e natureza, que não estejam explicitamente
mencionadas no art. 3º desta Lei Complementar, em especial:
I – vantagens pessoais e vantagens pessoais nominalmente
identificadas (VPNI), de qualquer origem e natureza;
II – diferenças individuais e resíduos, de qualquer origem e natureza;
III – valores incorporados à remuneração decorrentes do exercício de
função de direção, chefia ou assessoramento ou de cargo de
provimento em comissão;
IV – valores incorporados à remuneração a título de adicional por
tempo de serviço, triênios ou quinquênios;
V – abonos;
VI – valores pagos a título de representação;
VII – adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou
penosas;
VIII – adicional noturno;
IX – Indenização de Estímulo Operacional, instituída pela Lei
Complementar nº 137, de 22 de junho de 1995;
X – adicional vintenário;
XI – adicional de pós-graduação; e
XII – Indenização de Representação de Chefia, instituída pelo art. 18 da
Lei Complementar nº 254, de 15 de dezembro de 2003.
Parágrafo único. Não poderão ser concedidas, a qualquer tempo e a
qualquer título, quaisquer outras vantagens com o mesmo título e
fundamento das verbas extintas quando da adoção do regime de
remuneração por subsídio.
Art. 5º Os servidores integrantes das carreiras pertencentes ao
Subgrupo de que trata o art. 1º desta Lei Complementar não poderão
perceber cumulativamente com o subsídio quaisquer valores ou
vantagens incorporados à remuneração por decisão administrativa,
judicial ou extensão administrativa de decisão judicial, de natureza
geral ou individual, ainda que decorrentes de sentença judicial
transitada em julgado.

LEI COMPLEMENTAR Nº 453, DE 05 DE AGOSTO DE 2009

CAPÍTULO IV
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA

Art. 25. A função policial civil está fundamentada nos princípios da


hierarquia e da disciplina.
Art. 26. A estrutura hierárquica constitui valor moral e técnico-
administrativo, sendo instrumento de controle e eficácia dos atos
operacionais e, subsidiariamente, indutora da boa convivência
profissional na diversidade de níveis, carreiras, cargos e funções que
compõem a Polícia Civil, visando assegurar a disciplina, a ética e o
desenvolvimento do espírito de equipe e de mútua cooperação, em
ambiente de estima, confiança, lealdade e respeito recíproco.
§ 1º Independentemente da carreira, da classe e da entrância
funcional, o regime hierárquico não autoriza qualquer violação de
consciência e de convencimento técnico ou científico fundamentado.
§ 2º Sempre que possível, serão observados os níveis hierárquicos na
designação para funções de direção, chefia e assessoramento.
§ 3º A hierarquia da função prevalece sobre a hierarquia do cargo.
§ 4º As carreiras de Agente de Polícia Civil, Escrivão de Polícia Civil e
Psicólogo Policial Civil, do Subgrupo Agente da Autoridade Policial, não
apresentam divisão hierárquica entre si.
Art. 27. A disciplina é o valor que agrega atitude de fidelidade
profissional às disposições legais e às determinações técnicas e
científicas fundamentadas e emanadas da autoridade competente.

CAPÍTULO VIII
DO PROGRESSO FUNCIONAL DO POLICIAL CIVIL

Seção I Disposições Gerais do Policial Civil


Art. 44. O progresso funcional dos integrantes do Grupo Segurança
Pública: Polícia Civil, Subgrupo Autoridade Policial e Subgrupo Agente
da Autoridade Policial será efetuado mediante promoção na respectiva
carreira.
Art. 45. A promoção na carreira da Polícia Civil do Estado de Santa
Catarina consiste na movimentação da classe ou entrância atual para a
classe ou entrância imediatamente superior, dentro do respectivo
cargo, alternadamente pelos critérios de antiguidade e merecimento,
seguindo a ordem sequencial da última promoção.
§ 1º A promoção será realizada com a abertura das vagas e antecedida
de realização dos procedimentos de avaliação de promoção e sua
apuração através das Comissões Permanentes de Promoção.
§ 2º A ascensão na carreira de Delegado de Polícia será precedida de
remoção horizontal voluntária, que consiste na permanência na
mesma entrância em unidade policial em Comarca distinta da
anteriormente ocupada.
§ 3º Efetuadas as remoções horizontais de que trata o parágrafo
anterior desta Lei Complementar e constatada vaga remanescente na
carreira de Delegado de Polícia, fica a autoridade competente
autorizada a preenchê-la através de processo de promoção.
Art. 46. Em se tratando de promoção por antiguidade e merecimento,
as vagas nos cargos das diversas classes e entrâncias das carreiras que
integram o Grupo Polícia Civil serão preenchidas, uma a uma,
alternadamente, obedecendo a ordem sequencial do ultimo processo
promocional.
Art. 47. O progresso funcional do policial civil não dependerá de prévia
habilitação.
§ 1º Verificada a abertura de vagas na lotação na classe e entrância, a
promoção do policial civil será efetivada após análise do Delegado
Geral da Polícia Civil com a aprovação do Secretário de Estado de
Segurança Pública e Defesa do Cidadão e mediante autorização do
Chefe do Poder Executivo, devendo às Comissões Permanentes de
Promoção apresentar a contagem de pontos por merecimento e
antiguidade.
§ 2º O ocupante de cargo de Delegado de Polícia de Entrância Final,
para ser promovido por antiguidade ou merecimento à Entrância
Especial, além dos requisitos a que se refere esta Lei Complementar,
deverá comprovar 10 (dez) anos de efetivo exercício, ininterrupto ou
intercalado, na carreira.
Art. 48. O Agente de Autoridade Policial somente poderá ser
promovido depois de cumprido o estágio probatório e não dependerá
de prévia habilitação.

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