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Universidade Tiradentes

Centro de Ciências Sociais Aplicadas


Departamento de Direito
Disciplina: Direito Constitucional I
Docente: Marcos Roberto Gentil Monteiro
Correio eletrônico: olimon@infonet.com.br

Metodologia de estudo e fontes do Direito Constitucional

I – Metodologia de estudo – sincretismo metódico, ou, utilização simultânea


dos seguintes métodos:

1 – Exegético – análise e interpretação minuciosas dos dispositivos


constitucionais;

2 – Dogmático ou lógico – interligação entre o sistema constitucional


e a doutrina política, buscando a dedução lógica dos preceitos vigentes na ordem
normativa;

3 – Histórico – origem, formação e evolução dos preceitos


constitucionais. Dá importância aos elementos sociológicos que influem nos
mesmos.

II – Fontes do Direito Constitucional

1 – Escritas
A – Normas constitucionais;
B – Leis complementares – necessárias à aplicação de vários
dispositivos constitucionais. Ex.: Código Tributário Nacional, Código Penal;
C – Prescrições administrativas contidas em regulamentos e
decretos. Ex.: Resoluções do Banco Central acerca do Sistema Financeiro
Nacional.
D – Os regimentos das Casas do Poder Legislativo ou dos
tribunais superiores;
E – Os tratados internacionais, as normas de Direito Canônico,
a legislação estrangeira, as resoluções da comunidade internacional pelos seus
órgãos representativos (Organização Mundial do Comércio, por exemplo), sempre
que o Estado os aprovar ou reconhecer, consoante art. 5º, § 2º, CF;
F – Jurisprudência – cautelosamente, já que a rigor não cria
Direito, apesar de revelá-lo ou declará-lo vigente; nos EUA as sentenças da
Suprema Corte integram quase metade da Constituição, conforme SANCHEZ
AGESTA;
G – Doutrina – caráter auxiliar de fonte instrumental ou de
conhecimento.
2 – Não-escritas
A – Costume – “forma-se quando a prática repetida de
certos atos induz uma determinada coletividade à crença ou convicção de que
esses atos são necessários ou indispensáveis”. Eis a lição de PAULO
BONAVIDES. Aplicação: art. 4º, LICC;

B – Usos constitucionais – relevância maior nos países


desprovidos de Constituição escrita. Exs.: usos como a dissolução dos Comuns, a
convocação do Parlamento, na Inglaterra; práticas como as convenções
partidárias, bem como de funcionamento do Poder Executivo, nos Estados Unidos.

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