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Apostila Entomologia Geral PDF
Apostila Entomologia Geral PDF
1.1 Tegumento:
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A função dessas linhas (ranhuras) no tegumento servem de pontos de encaixe do músculo ao
tegumento para permitir a movimentação do inseto. Ou seja, são pontos de sustentação do músculo
ao exoesqueleto.
1.2 Cabeça
Ocelos
Olhos compostos
• Olhos e ocelos: Os olhos são formados por várias córneas e lentes, e são
responsáveis pela captação da imagem. Os ocelos por sua vez variam em número de
0 a 3 e são responsáveis pela captação da intensidade luminosa
• Aparelho bucal: O aparelho bucal tem função de captar e processar o alimento, nele
estão localizados palpos com funções sensoriais.
Como dito anteriormente na cabeça dos insetos estão presentes sulcos, alguns de grande
importância.
Principais sulcos:
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• Sulco epistomal ou clipeal: separa o clípeo da fronte, abaixo do clípeo está o
aparelho bucal.
A fronte é a região delimitada entre o sulco frontal. O clípeo é o esclerito delimitado pelo
sulco espistomal. Há ainda uma estrutura sem muita importância chamada de gena, que é a
“bochecha” do inseto.
Tentório
1.3 Tórax
• Protórax – está unido à cabeça. Somente ele é desprovido de asas, todavia apresenta o
primeiro par de pernas;
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Na fase adulta, todos os insetos apresentam seis pernas (hexápodes). Com relação ao
número de asas podem ser ápteros (sem asas), dípteros (duas asas) e tetrápteros (quatro asas –
maioria dos insetos).
• A parte mediana do tórax que separa o noto e o esterno é chamada de pleura, que é
uma região membranosa
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• O esterno é formado por dois esternitos, para cada metade do semi-arco.
• Cada pleura é formada por dois esternitos: epímero (em contato com o tergo)
e episterno (relacionado com o esterno).
1.4 Abdome:
É a terceira região do corpo dos insetos, que se caracteriza pela segmentação típica,
simplicidade de estrutura e ausência de apêndices locomotores.
O abdome pode ser segmentado de 8 a 12 partes. Cada uma delas é chamada de urômeros,
embriologicamente nunca formam mais que 12 segmentos.
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• Todas as placas tergais formam o tergo.
• Todas as placas esternal formam o esterno
• Todas as membranas pleurais formam a pleura.
Apesar de simples é uma região altamente especializada, que contém as principais vísceras e
onde ocorre a maioria dos movimentos respiratórios, movimentação durante a cópula, e outros
movimentos viscerais.
1.5 Antenas
Antenas: São apêndices móveis da cabeça com origem embrionária do segundo segmento
da cabeça (antenal). São apêndices sensoriais (olfativa auditiva). Todos os insetos adultos possuem
um par de antenas (díceros).
Estruturas de uma antena: A antena é formada por uma série de artículos ou antenômeros
e apresenta três partes distintas: escapo, pedicelo e flagelo.
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• Antena setácea: Antenômeros diminuem de diâmetro (afinam) da base para a extremidade,
antenas menores que a cabeça. A separação entre os artículos é evidente.
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• Antena fusiforme: O flagelo termina dilatado e forma um gancho (modificação da clavada).
A diferença com a estiliforme e a espessura da curva. Comum em mariposas.
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• Antena geniculada: Escapo longo, pedicelo e flagelo se dobram formando um L. Como se
fosse um joelho.
• Antena aristada: O pedicelo é bem dilatado e o flagelo é uma cerda (arista). Ocorre em
dípteras (moscas)
• Antena plumosa: Antena maior que o conjunto cabeça tórax com inúmeras cerdas, plumas.
É uma antena filiforme com inúmeras cerdas na extensão do flagelo. Comum em
pernilongos.
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• Antena lamelada: Escapo, pedicelo e flagelômeros são normais, os 3 últimos flagelômeros
se expandem formando uma curva, parecendo um taco de golfe.
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• Antena serreada: flagelômeros possuem expansões laterais em forma de serra, quando
esses prolongamentos ocorrem bilateralmente é chamada de antena biserreada.
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• Labro ou lábio superior (LS): É uma peça articulada ao clípeo (epistoma), de forma bastante
variável, tem função de proteção e manutenção dos alimentos.
• Mandíbulas (MD): São peças em número de duas, localizadas lateralmente ao labro, tem
função trituradora do alimento, além de função de defesa, possui forma bastante variável devido
às exigências alimentares.
• Maxilas (MX): São duas peças auxiliares das mandíbulas durante a alimentação, cada maxila é
constituída pelas seguintes partes principais:
- Lacínia: é uma peça pontiaguda, utilizada para perfurar o alimento.
- gálea: é uma peça esponjosa, sensorial, que fecha a cavidade pré-oral.
- palpo: é uma peça tipicamente sensorial
• Lábio ou lábio inferior (LI): é uma peça única, que apresenta a função tátil e de retenção de
alimentos. Possui 2 palpos labiais
• Epifaringe (EP): localizada na parte interna ou ventral do labro, é constituída por um tudo de
cerdas sensoriais com função gustativa.
• Hipofaringe (HP): Estrutura esponjosa inserida junto ao lábio, possui função gustativa e tátil,
pode apresentar função de canal salivar em alguns insetos.
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• Aparelho bucal sugador labial:
Apresenta as peças bucais modificadas em estiletes ou atrofiadas, com exceção do labro que
é normal, mas pouco desenvolvido. O lábio se transforma em um tubo chamado haustelo, rostro
ou bico, que aloja os demais estiletes. As maxilas têm função perfuradora, por isso são mais
serreados, os demais estiletes têm função sugadora.
De acordo com o número de estiletes abrigados pelo haustelo, podemos classificar o aparelho
labial em diversos tipos:
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- Triqueta: Também conhecido como aparelho bucal picador sugador. Possui 3 estiletes (MD
esquerda e 2 MX) a Mandíbula direita é atrofiada, ocorre em piolhos, hematófagos e pulgas.
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• Aparelho bucal sugador maxilar:
A modificação ocorre somente nas maxilas sendo as demais peças atrofiadas. As gáleas das
maxilas transformam-se em duas peças alongadas e internamente sulcadas de modo que formam um
canal por onde o alimento é ingerido. O conjunto assume o aspecto de um tubo longo e enrolado,
denominado de espirotromba. É encontrado somente nas borboletas e mariposas.
Este tipo de aparelho bucal não perfura, apenas suga o alimento. Quando não está se
alimentando o aparelho bucal se enrola formando a espirotromba.
Labro e mandíbulas são normais, as mandíbulas estão adaptadas para furar, cortar,
transportar ou moldar cera. As maxilas e o lábio inferior são alongados e unidos, formando o órgão
lambedor. As glossas são transformadas numa espécie de língua com a qual os insetos retiram o
néctar das flores, possuindo a extremidade dilatada (flabelo).
A mandíbula ainda é funcional, é o aparelho bucal comum das abelhas e mamangavas.
De acordo com a direção das peças bucais em relação ao eixo longitudinal do corpo, a
cabeça pode ser:
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• Hipognata: Peças bucais dirigidas para baixo e cabeça vertical em relação ao eixo do corpo
(90°). Comum em gafanhotos, louva-a-deus, abelhas, libélulas.
• Prognata: Peças bucais dirigidas para frente e cabeça horizontal em relação ao eixo do corpo
(180°). Comum em tesourinhas, cupins.
• Opistognata: Peças bucais dirigidas para baixo e para trás, formando um ângulo menor que
90°, comum em cigarras, percevejos, pulgas etc.
1.7.1 Asas:
• Articulações com o tórax: cada asa está unida ao tórax por uma porção membranosa
que contém um conjunto de escleritos chamado de pterália.
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- Anais (A): São ramificadas, percorrem a parte inferior da asa (região anal): 1A, 2A,
3A.
• Células: São áreas da asa, delimitadas pelas nervuras ou por estas e a margem da asa.
As células das asas são nomeadas de acordo com as nervuras com a nervura longitudinal que
a circunda do lado anterior.
Em lepidópteras há uma célula (fechada ou aberta) quase na metade das asas chamada de
célula discal. Em Odonata dá uma célula chamada de triangulo, alça anal.
• Pterostigma:
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• Regiões da asa: Podem ser reconhecidas as seguintes regiões:
- Área articular: região da asa que articula com o tórax e abrange a pterália.
- Ala: constitui a asa propriamente dita também chamada de remígio, é a área ativa
durante o vôo do inseto.
- Anal ou vanal: região triangular separada da ala pela dobra anal ou vanal.
- Jugal: região pequena, nem sempre presente, separada pela região anal pela dobra
jugal, às vezes na margem interna da asa, próximo a sua base, pode ocorrer um lobo
denominado álula.
• Margens ou bordos:
o Anal ou interna: limita a asa internamente, ou seja, do ângulo anal a sua base.
• Ângulos:
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o Apical: entre a margem costal e lateral, na extremidade superior da asa.
• Estruturas de acoplamento: unem asas de um mesmo lado entre si, dando maior
eficiência ao vôo.
o Jugo: A região anal da asa anterior forma uma expansão que prende a asa
posterior.
o Frênulo: É uma expansão da asa posterior que forma uma estrutura em forma de
espinho que se prende na asa anterior. Na asa anterior está presente o
acoplamento do frênulo chamado de retináculo, é formado por um tufo de cerdas.
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• Caliptra: A caliptra é uma expansão que ocorre na asa membranosa de dípteras que
forma uma estrutura rígida sobreposta pela asa membranosa.
Caliptra
Tipos de asas:
• Membranosa: asa fina e flexível com as nervuras bem distintas. A maioria dos insetos
apresenta o par posterior desse tipo de asa, podem ser nuas ou coberto por pêlos ou ainda
escamas. São asas utilizadas para vôo.
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• Tégmina ou pergaminhosa: Asa anterior das ortópteras de aspecto coriáceo e
normalmente estreita e alongada. É utilizada para proteção.
• Hemiélitro: Asa anterior de percevejos com a parte basal dura (córeo) e apical flexível
(membranosa), o córeo pode ser dividido em:
• Élitro: Asa anterior dura, que recobre a asa posterior do tipo membranosa, comum em
coleópteros.
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• Braquiélitro: Em insetos o élitro não recobre todo o corpo dos insetos, neste caso é
chamado de braquiélitro, comum em dermaptera (tesourinha) e alguns besouros.
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• Pseudo-halteres: asas anteriores atrofiadas, provavelmente originaram-se dos élitros.
1.7.2 Pernas:
São apêndices locomotores terrestres ou aquáticos. Os insetos adultos apresentam três pares
de pernas (hexápodes), em larvas esse número é variável. As pernas são articuladas na parte
posterior do segmento torácico, entre o epímero e o episterno.
• Coxa (cx.): Normalmente curta e grossa, articula-se ao tórax por meio da cavidade
coxal.
• Trocanter (tr): Segmento curto entre a coxa e o fêmur, freqüentemente fixo a este. Às
vezes pode estar dividido em duas partes (dítroca), não-articuladas entre si.
• Fêmur (fm): Parte mais desenvolvida; fixa-se ao trocanter e às vezes diretamente à
coxa, deslocando o trocanter lateralmente.
• Tíbia (tb): Segmento delgado e quase tão longo quanto o fêmur, pode apresentar
espinhos e esporões.
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• Tarso (ts): Porção articulada, constituída por artículos denominados tarsômeros, que
variam de 1 a 5.
• Pós-tarso (pt): parte distal da perna, também chamada de pré-tarso. Tem a função de
auxiliar a fixação do inseto em uma superfície. Apresenta algumas estruturas especiais,
são elas:
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Os insetos homômeros podem ser classificados como:
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Podem ser ainda criptotetrâmeros, quando apresentam ter 3 tarsômeros, mas na
realidade possuem 4, pois o 3º artículo fica escondido entre o 2º e o 4º.
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Tipos de pernas:
Conforme a função exercida as pernas podem apresentar modificações em suas partes que as
tornam mais adaptadas para o desempenho daquela função. Assim os diferentes tipos de pernas são:
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• Nadadoras ou natatórias: Pernas dos insetos de hábito aquático, com adaptação mais
acentuada dos tarsos posteriores, que assumem a forma de remo. Fêmur e tíbia são
achatados e geralmente com as margens cobertas de pêlos, o que auxilia a locomoção na
água. É o 2º e o 3º pares de pernas da barata-d’água.
• Preensoras: Fêmur desenvolvido com um sulco, onde se aloja a tíbia recurvada. Servem
para apreender outros animais, inclusive outros insetos, entre o fêmur e a tíbia. É o
primeiro par de pernas das baratas-d’agua.
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• Fossorial ou escavadora: Tarso modificado em digitus (nas paquinhas) ou tíbia em
forma de lâmina larga e denteada (nos escaravelhos) para escavar o solo. Portanto são as
pernas anteriores (1º par) dos insetos de hábito subterrâneo. É uma perna mais achatada
e dilatada e os espinhos da tíbia são grandes.
• Escansoriais: Tíbia, tarso e garra tarsal com expansão lateral formando uma
conformação típica para agarrar o pêlo ou cabelo do hospedeiro para a sua fixação. O
tarsômero é único e curvado formando uma espécie de pinça. São os três pares de pernas
dos piolhos hematófagos.
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• Coletoras: Servem para recolher e transportar grãos de pólen. Primeiro segmento do
tarso bem desenvolvido, constituindo o basitarso provido de pêlos, e nas abelhas a
superfície externa da tíbia é lisa com longos pêlos nas laterais, formando a corbícula uma
espécie de cesto para transportar o pólen. É o 3º par de pernas nas abelhas.
A corbícula é a porção central da tíbia, note que essa região não possui cerdas (pêlos).
Em mamangavas não há corbícula, mas sim escopa, ela possui cerdas na porção central.
2 Apêndices abdominais:
Os insetos apresentam em seu desenvolvimento embrionários certos apêndices abdominais
que em geral desaparecem com a eclosão da larva ou ninfa, mas que em muitos casos permanecem
após a eclosão para se transformar em estruturas funcionais
• Sifúnculo e cauda:
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sifúnculos e são responsáveis pela eliminação das fezes açucaradas do pulgão, jogando-as longe
como um sistema de catapulta.
Sifúnculo
cauda
• Cercos:
São estruturas sensoriais (cerdas) que podem ou não apresentar segmentações, podem ainda
auxiliar na cópula (barata) e exercer função preensora (tesourinha).
• Filamentos caudais:
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• Pseudópodes:
São falsas pernas, Temos de 2 a 4 pares abdominais e 1 par anal, são utilizados para
locomoção.
• Brânquias:
• Ovipositor:
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2.1 Tipos de Abdome
• Abdome séssil: O abdome está intimamente ligado ao tórax, ou seja, está aderente em
toda sua extensão e largura.
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3 Formas jovens:
O desenvolvimento pós embrionário se inicia após a eclosão da larva ou ninfa e termina
após a última ecdise quando o inseto se torna adulto.
• Ametabolia: Não ocorre mudança de forma, o inseto de 1° instar tem a mesma forma e
aparência do inseto adulto, sendo a única diferença o seu tamanho.
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3.1 Tipos de larva:
• Larva Eruciforme:
• Larva Escarabeiforme: Larva recurvada em forma de “C” ou “U”, com três longos
pares de pernas torácicas de coloração branco-leitosa, com muitas dobras no tegumento
(plicas). O último segmento abdominal é bem desenvolvido. É encontrada em famílias
de coleópteros e vulgarmente chamadas de coro.
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• Larva Campodeiforme: Larvas com três pares de pernas torácicas alongadas, são as
larvas com as pernas melhores desenvolvidas, isso porque são predadoras. Comum em
joaninhas e alguns neuropteras.
• Larva Buprestiforme: Larva ápoda com cabeça pequena e primeiro segmento do tórax
muito avantajado.
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• Larva Curculioniforme: Larva ápoda, recurvada com cabeça diferenciada e quitinizada
branco-leitosa.
• Larva vermiforme: Larva ápoda em que muitas vezes a cabeça não é diferenciada,
Geralmente é afiladas e branco-leitosas. A parte anterior desta larva é mais estreita que a
parte posterior da larva.
A pupa é a segunda fase pós-embrionária que se caracteriza por aparente dormência. São
sensíveis e respiram intensamente. Podem ser separadas nos seguintes grupos:
• Pupa livre ou exarata: Pupa com apêndices visíveis e afastados do corpo, comum em
himenóptera.
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• Pupa obtecta: Pupa com os apêndices intimamente ligados ao corpo, apenas o abdome é
livre. É possível apenas visualizar o formato em alto relevo dos apêndices. Quando os
insetos empupam no solo a pupa fica em formato reto (charuto), quando empupam sobre
partes aéreas de plantas como galhos as pupas ficam curvadas. A pupa pode ainda ser
protegida por um casulo.
• Pupa coarctada: Pupa envolvida pela exúvia do último instar, portanto nenhum
apêndice do futuro inseto é visível. Comum em dípteras.
3.3 Ovos:
Os ovos podem ser ovipositados isolados ou em massa, no caso desta última sempre há uma
secreção protetora envolta a massa de ovos.
Os ovos ainda podem pedunculados, como ocorre em neuropteras, onde o inseto adulto
utiliza uma secreção e molda um pedúnculo elevando o ovo de modo que predadores não alcançam
os ovos.
Alguns insetos ainda protegem os ovos em ootecas, que são estruturas rígidas. Muito
comum em baratas e Louva-Deus.
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ANATOMIA INTERNA DOS INSETOS
4 Sistema digestivo
4.1 Introdução
O aparelho digestivo é formado pelo tubo digestivo ou canal alimentar, é um tubo que
percorre o corpo no sentido longitudinal desde a boca até o ânus. O espaço entre o canal alimentar e
parede do corpo é chamado hemocele ou cavidade geral do corpo, que é grandemente ocupado com
hemolinfa.
Durante o desenvolvimento embrionário o canal alimentar divide-se em três porções: o
estomodeu ou intestino anterior, o proctodeu ou intestino médio, que se aparecem como
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invaginações do ectoderma. E o mesêntero ou intestino médio que se desenvolve internamente a
partir do endoderma.
É interessante notar que certos insetos como larvas de hymenoptera não há conexão entre o
mesênterero e o proctodeu, e assim não podem eliminar os excrementos até que sejam adultos.
Como a larva cresce no seu próprio alimento essa adaptação existe para que não haja contaminação
do mesmo.
O estomodeu inicia-se com a cavidade oral e se estende até a válvula cardíaca, ele é
constituído de dentro para fora por uma camada mais interna chamada íntima que é em geral uma
estrutura cuticular. Em seguida por um tecido epitelial secretor envolvendo a íntima e circundada
por duas camadas de tecidos musculares. A cavidade interna por onde percorre o alimento é
chamada de luz. Essa musculatura tem por finalidade transportar o alimento para partes posteriores
do aparelho digestivo através de movimentos peristálticos.
Na cavidade oral há ação da saliva, derramada sob o bolo alimentar por ductos localizados
na abertura oral. A saliva tem função de umidificar o bolo alimentar através de ações enzimáticas.
Portanto a saliva inicia a digestão química do alimento.
Além de auxiliar na digestão a saliva tem funções de limpar as peças bucais. Em alguns
insetos possuem funções mais específicas na alimentação extracorpórea, em hemípteras fitófagos a
saliva é utilizada para degradar determinado tecido para que o rostro penetre em um vaso condutor
da planta para iniciar a sua alimentação, como por exemplo, a cigarra que até possui uma estrutura
altamente especializada na fronte a bomba cibarial para desempenha a função de bombear saliva
com pressão suficiente para penetrar o rostro no vaso condutor. Em hemípteras hematófagos com o
barbeiro a saliva possui enzimas que impedem a coagulação do sangue durante sua alimentação.
É notável que insetos que possuem aparelho sugador não realizam sucção alguma, a própria
pressão existente nos vasos condutores de plantas ou vasos sanguíneos transportam o alimento para
o sistema digestivo do inseto. Sendo que o único esforço é para penetrar o aparelho bucal no vaso
condutor.
O alimento é conduzido ao longo do estomodeu até chegar a uma estrutura chamada de
papo ou inglúvio que tem a função de armazenar o alimento antes de iniciar a digestão
propriamente dita permitindo uma melhor ação das enzimas presentes na saliva.
A fabricação do mel pelas abelhas depende muito desta estrutura, pois a abelha produz mel a
partir do néctar. Ela suga o néctar e o armazena no papo, onde ocorre a mistura com a saliva. Após
esta coleta de néctar a abelha vai para a colméia.
O néctar é constituído por açúcares de tamanhos moleculares grandes (polissacarídeos) e os
insetos não conseguem digerir muito bem moléculas grandes, sendo que monossacarídeos ou
dissacarídeos são melhores aproveitados durante a digestão.
Assim o néctar é armazenado durante um bom tempo no papo das abelhas para que sofra
ação das enzimas presentes na saliva de modo que ocorra a quebra dessas grandes moléculas de
açúcar em mono e dissacarídeos.
Como a quantidade de néctar coletado por uma única abelha é excessivamente grande
quando comparada à quantidade de saliva necessária para ocorrer a quebra do néctar de modo
eficiente, as abelhas regurgitam esse néctar na boca de várias outras abelhas.
Na hora que ocorreu a invertase (inversão do açúcar), ou seja, a transformação do
polissacarídeo em monossacarídeo e dissacarídeo tem-se o mel verde, que é o mel com alto teor de
umidade, pois há grande quantidade de saliva.
Assim a abelha regurgita novamente o mel verde dentro de favos na colméia e espera aquele
mel perder umidade para posteriormente se alimentar dele, o mel no ponto de consumo é chamado
de mel maduro.
O papo é diferente de acordo com o hábito de alimentação dos insetos. Em insetos fitófagos
o papo é geralmente reduzido, pois o inseto nasce em cima do alimento, a fêmea oviposita os ovos
na planta que servirá de alimentação para os insetos após a eclosão. Portanto não há necessidade de
armazenar grandes quantidades de alimento.
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Já no caso de insetos predadores o alimento não é fixo e está sujeito a morrer, fugir, e outros
fatores. Assim a estratégia evolutiva é do papo ser muito maior para armazenar a maior quantidade
possível de alimento.
Ao papo se liga o proventrículo que é uma porção mais ou menos dilatada, sendo dotada de
dentes quitinosos, provenientes do tegumento. O proventrículo tem função de digestão mecânica do
bolo alimentar. Os dentes se quitina são utilizados para triturar o bolo alimentar.
Após o papo existe a válvula cardíaca impede o refluxo do bolo alimentar do mesêntero
para o papo. A válvula cardíaca é onde ocorre a divisão de estomodeu e mesêntero.
O mesêntero é constituído de duas porções, uma região chamada de ventrículo que é o
mesêntero propriamente dito e os cecos gástricos.
A histologia do mesêntero revela a presença de uma membrana semipermeável chamada de
membrana peritrófica, ela divide o mesêntero em duas partes uma espaço endoperitrófico que é o
espaço mais interno e o espaço exoperitrófico que é o espaço mais externo.
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ele volta para a membrana peritrófica assim esses produtos podem refazerem o ciclo de digestão por
várias vezes até que ocorra a assimilação.
O bolo alimentar que não é aproveitado passa pela válvula pilórica, esta válvula separa o
mesêntero do proctodeu evitando o refluxo do bolo alimentar do proctodeu para o mesêntero.
Quanto mais pobre é o tipo de alimento comum de um inseto maior é o mesêntero para dar
mais tempo de aproveitar o alimento, assim um inseto predador tem um mesêntero curto, pois o seu
alimento é praticamente completo, enquanto que insetos fitófagos têm um mesêntero mais longo
para aproveitar ao máximo os nutrientes dos alimentos.
A membrana peritrófica protege as paredes do mesêntero do bolo alimentar grosseiro,
evitando ferimentos das glândulas e células. Assim insetos sugadores não possuem membrana
peritrófica, pois seu alimento é basicamente líquido e não causa ferimentos ao epitélio secretor de
enzimas.
O milho BT possui um gene que produz toxinas capazes de lesionar a membrana peritrófica
dos insetos alvos, assim estes insetos ficam comprometidos à morrer.
O proctodeu é um tubo simples, com duas diferenciações o íleo e a ampola retal. A ampola
retal tem a função de absorção de água presente no bolo fecal, a retirada de água é feita pelas
glândulas retais. Como a única fonte de água dos insetos é o seu alimento é imprescindível que a
perda de água seja mínima, exceto para insetos fitófagos que se alimentam dos vasos condutores de
plantas que possuem ampla disponibilidade da mesma.
5 Sistema Excretor
Paralelo ao sistema digestivo tem o sistema excretor, cuja principal função é a homeostase,
ou seja, a manutenção da constância do meio interno por meio da remoção de produtos metabólicos
indesejáveis.
Os principais órgãos de excreção nos insetos são os Tubos de malpighi, eles partem do
proctodeu e são tubos longos fechado na ponta e aberto na porção voltada para o proctodeu e possui
inúmeras aberturas laterais.
Substâncias tóxicas como compostos nitrogenados provenientes de digestão de proteínas e
sais. Os insetos são predominantemente uricotélicos, isto é, excretam ácido úrico, pois o mesmo é
insolúvel em água permitindo que a excreção desses compostos seja na forma sólida junto com as
fezes. Permitindo minimizar ainda mais a perda de água.
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5.1 Particularidades dos insetos fitófagos:
Em insetos fitófagos o aparelho digestivo possui um mesêntero alongado e forma uma curva
em forma de alça de modo que as paredes do estomodeu com o proctodeu. Essa adaptação é
chamada de câmara filtro.
1, esôfago; 2, mesêntero;3, mesêntero (2ª porção); 4, 5, mesêntero (3ª porção); 6, proctodeu; 7, câmara filtro;
8, ponto de embocadura dos tubos de Malpighi; 9, válvula cardíaca; 10, ampola retal.
A câmara filtro permite que parte do alimento ingerido seja descartado aquilo que está em
excesso como água e açúcares. Os aminoácidos são enviados para o mesêntero.
Assim como há grande eliminação de água e açúcares as fezes são líquidas e açucaradas.
6 Sistema circulatório
Componentes do aparelho circulatório dos insetos:
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Função do Sistema Circulatório:
• Amebócitos: possuem função de fagocitose, tendo habilidade de unir cistos protetores envolta
de parasitos.
• Proleucócitos: Só vistos em divisão mitótica, acredita-se que sejam precursores de outros tipos
de hemócitos.
• Leucócitos granulares: células de degeneração ou são trofócitos (transporte de materiais
nutritivos)
• Hematócitos hialinos: responsáveis pela coagulação sanguínea, quando rompidos liberam
filamentos citoplasmáticos que causam a aglutinação das células.
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Curso da circulação:
O sangue penetra no coração pelos ostíolos quando os mesmos estão abertos durante a
diástole. Com o coração cheio de sangue os ostíolos se fecham e depois ocorre a sístole. A
contração sistolítica impele o sangue para a aorta no sentido postero-anterior (Parte fechada da
circulação).
Após percorrer todo o corpo do inseto o sangue ganha o sentido de circulação antero-
posterior, retornando ao coração (parte aberta da circulação), retornando aos ostíolos onde inicia-se
novamente o processo.
Os órgãos pulsáteis acessórios são componentes especiais do aparelho circulatório que
promovem a irrigação de apêndices como antenas, asas e pernas. Pois a pressão produzida pela
contração sistolítica do coração não é suficiente para levar sangue a esses apêndices.
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As ordens dos Insetos:
7 Ordem Orthoptera
Esses insetos possuem o terceiro par de pernas do tipo saltatorial, sendo esse o caráter que
os separa das demais ortopteróides (baratas, louva-a-deus e bichos-paus). O primeiro par de asas é
tégmina, utilizadas para proteção, e o segundo par é de asa membranosa utilizada para vôo.
O aparelho bucal é do tipo mastigador, ou seja, sem modificações das peças bucais. As
antenas são filiformes ou setáceas, o comprimento das antenas são características utilizadas para
identificar algumas famílias, O primeiro par de pernas pode ser ambulatorial ou fossorial.
A reprodução é geralmente sexuada e a maior parte das espécies é ovípara, embora existam
espécies partenogenéticas. O desenvolvimento é por hemimetabolia (ovo, ninfa, adulto), o
desenvolvimento das asas é do tipo exopterigota, sendo observado a teca alar nas formas jovens.
O protórax é o segmento torácico mais desenvolvido, o abdome é séssil com 11 urômeros.
As fêmeas podem apresentar ovipositor longo com aspecto de lâminas ou cilíndrico, porém há
espécies com ovipositor muito curto. Algumas espécies possuem cercos longos.
A maioria dos ortópteros apresenta tímpanos (órgãos auditivos) localizados de cada lado do
primeiro urômero ou na base das tíbias anteriores.
A maioria dos ortópteros produzem sons, o canto desses insetos é conseguido por
estridulação, ou seja, atritando uma parte do corpo contra a outra. Em geral, somente os machos
possuem órgãos estridulatórios.
Os ortópteros em geral são de hábitos terrestres e fitófagos, sendo algumas espécies pragas
de gramíneas, hortaliças, mudas de cafeeiro, de eucalipto etc.
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A. FAMÍLIA ACRIDIDAE
B. FAMÍLIA TETRIGIDAE
C. FAMÍLIA PROSCOPIIDAE
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Englobam os insetos chamados de falso bicho-pau. O 2º e o 3º par de pernas são muito
próximos, diferente do que ocorre com o verdadeiro bicho-pau. Mimetizam galhos como forma de
proteção biológica. A cabeça é opistognata e alongada.
D. FAMÍLIA TETTIGONIDAE
Agrupa as esperanças, geralmente de coloração verde, mimetizando folhas. Em algumas
famílias a mimetização é altamente específica e bem desenvolvida.
Possuem antenas mais longas que o corpo, com mais de 30 artículos, os tarsos são
tetrâmeros (4 tarsômeros). A asa é muito longa, geralmente maior que o comprimento do corpo, elas
se fecham em telhado.
O órgão timpânico se localiza nas tíbias das pernas anteriores. O som é produzido por
estridulação das asas.
Após a cópula a fêmea oviposita os ovos endoficamente (interior dos tecidos vegetais) ou
nas margens das folhas.
São de hábito noturno ficando escondidas durante o dia.
E. FAMÍLIA GRYLLIDAE:
Esta família agrupa os grilos, de modo geral são de hábito terrestre e noturno, havendo,
porém espécies arborícolas e semi-aquáticas. A oviposição geralmente é endófitica. Possuem
antenas mais longas que o corpo
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F. FAMÍLIA GRYLLOTALPIDAE:
Nesta família estão reunidas as paquinhas, que se caracterizam pelas pernas anteriores
fossoriais. As tíbias anteriores possuem espinhos para cavar. São pragas agrícolas de hortaliças e
produção de frutos. Possui hábito noturno.
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8 Referências bibliográficas
BORROR, D.J., DELONG, D.M. Introdução ao estudo dos insetos. São Paulo, Edeard Blucher,
1988, 653 p.
GALLO, Domingos (in memoriam); NAKANO, O; SILVEIRA NETO, R.L.P. et al. Entomologia
agrícola. Piracicaba, FEALQ, 2002.
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