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ESCOLA DE SAÚDE

CURSO DE FARMÁCIA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ANÁLISE DE FREQUÊNCIA DO USO DE


SUBSTÂNCIAS ILÍCITAS (DOPING)
RECENTEMENTE ENCONTRADAS EM
ATLETAS: REVISÃO SISTEMÁTICA

AGLAIR FERREIRA GOUVÊA JÚNIOR


ANDERSON REIS MEIRELES
MATEUS ISRAEL MACEDO RUIZ

Orientador: Jorge Luis López Lozano

MANAUS, 2018
ESCOLA DE SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ANÁLISE DE FREQUÊNCIA DO USO DE


SUBSTÂNCIAS ILÍCITAS (DOPING)
RECENTEMENTE ENCONTRADAS EM
ATLETAS: REVISÃO SISTEMÁTICA

Projeto apresentado à Escola de Saúde


da UNINORTE para obtenção do título
de Bacharel em FARMÁCIA, sob a
orientação de Jorge Luis López Lozano.

MANAUS, 2018
Sumário
RESUMO ......................................................................................................................... 4
1. Introdução................................................................................................................ 4
2. Objetivos ................................................................................................................... 7
2.1 Objetivo geral ................................................................................................................... 7
2.2 Objetivos específicos ............................................................................................. 7
4. Referências ............................................................................................................... 9

1. Metodologia......................................................................................................... 9
2. Referências ....................................................................................................... 10
RESUMO
O uso de substâncias que tem caráter de aperfeiçoar a desenvoltura
física do atleta é relatado desde os tempos primórdios. Nas sociedades
modernas, o esporte tem relação com o poderio econômico e a ascensão
social, por conseguinte, a utilização de substâncias ilícitas que são obtidas
através do doping e tem sido cada vez mais recorrente no meio esportivo.
O propósito da utilidade de substâcias ilicitas auxilia na obtenção de
vantagens injustas quando comparados àqueles que não fazem tal uso, indo
de encontro com a bioética. Foram utilizados 35 artigos científicos no
período de 2012 a 2018, contidos em bancos de dados eletrônicos científico
Google Acadêmico, SCIELO e PubMed. Analisando os textos manipulados,
percebeu-se que são necessários mais estudos centralizados nos
benefícios no atleta, relacionando ao uso de substâncias ilícitas durante o
doping, além dos malefícios que podem desencadear no organismo.
Palavras-chave: Doping; substancias ilícitas; Frequência;

ABSTRACT

The use of substances that has the character of perfecting the athlete's
physical resourcefulness has been reported since the earliest times. In modern
societies, sport is related to economic power and social ascension, therefore, the
use of illicit substances that are obtained through doping and has been increasingly
recurrent in the sports environment. The purpose of the usefulness of illicit
substances assists in obtaining unjust advantages when compared to those who
do not make such use, going against bioethics. We used 35 scientific articles in the
period from 2012 to 2018, contained in electronic scientific databases Google
Academic, SCIELO and PubMed. Analyzing the manipulated texts, it was noticed
that more studies centered on the benefits in the athlete are necessary, relating to
the use of illicit substances during doping, besides the malfunctions that can trigger
in the organism.
Keywords: Doping; illicit substances; Frequency;
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1. Introdução

O termo dop era empregado para denominar um licor estimulante


consumido pelos membros das tribos do sul da África, em suas cerimônias
religiosas. Com o tempo, foi incorporada pela língua inglesa para identificar a
mistura de ópios e narcóticos dada a cavalos em corridas (Palácios et al., 1991).
A palavra “doping” foi acrescentada em um dicionário inglês no ano de
1889, sendo definida como a mistura de ópio e narcóticos em cavalos
(WEINECK, 2005). Em uma retrospectiva histórica, o doping era comum no
período romano, época em que houve o aumento do prestígio pelos esportes, e
consequentemente, havia a utilização de substâncias nos cavalos, para que
corressem mais e nos gladiadores, a fim de aumentar a força e a violência nos
combates. Outros relatos foram observados nas diferentes épocas, desde Grécia
antiga (300 a.c) às últimas décadas, principalmente nos jogos olímpicos,
ganhando gerações em várias modalidades esportivas (AQUINO NETO, 2001).
O doping é considerado nos dias de hoje o uso de substancias ou métodos
capazes de aumentar artificialmente o desempenho esportivo e que estejam
listados pela World Anti-Doping Agency/ International Olympic Committee
(WADA-AM/IOC) sejam eles potencialmente prejudiciais à saúde do atleta ou a
de seus adversários, ou contrário ao espírito do jogo (SILVA; MARCELINO.
GONZALEZ, 2013).
Posteriormente, o doping incorporou dois novos sentidos: o uso de
substâncias ou métodos proibidos para melhorar o rendimento durante as
competições esportivas em geral e as consequências deste uso. O desejo de
vencer, ou de superar limites a qualquer custo, fez com que muitos recorressem
a essas substâncias, o que gerou o aumento de medidas antidopagem em escala
mundial (WADA 2015). Considera-sedopagem a utilização de substâncias ou
métodos que seja potencialmente prejudicial à saúde do atleta, ou capaz de
aumentar artificialmente sua performance, o que se caracteriza pela presença no
corpo do atleta ou por evidência de uso de substâncias proibidas, ou ainda por
evidência de uso de métodos proibidos, conforme relação divulgada pelo Comitê
Olímpico Internacional (COI) e pela Agência Mundial Antidoping (WADA). A
dopagem, de acordo com o Código Antidoping do Movimento Olímpico, contraria
os princípios fundamentais do Olimpismo, do esporte, e da ética médica. É
proibida, como também o é recomendar, propor, autorizar, relevar ou facilitar o
uso de qualquer substância ou método incluídos nesta definição (EH DE ROSE
e MG FEDER, 2004). O doping é geralmente considerado antidesportivo e
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acredita-se que ele cria vantagens injustas ao mesmo tempo em que destrói os
valores do esporte. Tendo em vista a importância de proteger a saúde e a
integridade dos atletas, os resultados de uma pesquisa anterior indicaram que a
prevenção do doping no esporte de elite é considerada a mais alta prioridade de
35 federações esportivas internacionais (Mountjoy e Junge 2013).
Todo ano a Agência Mundial Antidoping, publica uma lista atualizada com
as substâncias proibidas, ou seja, define qualquer substância farmacológica que
não é abordada por qualquer uma das secções subsequentes da lista e sem
aprovação atual por qualquer regulamentação governamental autoridade de
saúde para uso terapêutico humano (por exemplo, drogas em desenvolvimento
pré-clínico ou clínico ou descontinuada, drogas sintéticas, substâncias aprovada
apenas para uso veterinária é proibida em todos os momentos. Dentro da lista
os agentes dopantes proibidos, encontram se divididos em substâncias e
métodos proibidos em todos os tempos; S1 agentes anabólicos, S2 Hormônios
Peptídicos, fatores de crescimento, substâncias e miméticos relacionados, S3
Agonistas beta-2, S4 Hormonal e moduladores metabólicos, S5 Diuréticos e
agentes mascarantes, M1 Manipulação de sangue e componentes do sangue,
M2 Manipulação química e física, M3 Doping genético; substâncias e métodos
proibidos em competição, S6 Estimulantes, S7 Narcóticos, S8 Canabinóides, S9
Glicocorticoides; substâncias proibidas nos esportes particulares, P1 Álcool e P2
Beta bloqueadores (WADA 2015).
A mídia em geral tem divulgado os casos de doping no mundo, porém
ainda existem poucas formas de ações diante do uso destas substâncias, a fim
de promover informações e orientações para a população em geral em relação
aos riscos. Nesse sentido, vale ressaltar que o profissional de saúde tem o papel
de desmistificar os mitos sobre a atividade física, enfatizando que existe a
maneira de desenvolvimento muscular sem o uso de tais substâncias ilegais
(SANTOS et al., 2006)
Já o Código Mundial Antidoping, segundo a reportagem código mundial
antidoping: ética e fair play no esporte olímpico, relatou que para se caracteriz
doping, o atleta tem que fazer uso de substância proibida que lhe cause dois dos
três efeitos a seguir: melhoramento de maneira artificial do desempenho
esportivo; se representa um risco à sua saúde, ou se é contrário aos princípios
esportivos. Não é mais novidade a afirmação de que o uso de substâncias que
aumentem o desempenho humano, ou que pelo menos gerem a crença nisto, é,
provavelmente, quase tão antigo quanto a humanidade (p.ex.: Breivik 1992; Fiore
2002; Perera & Gleyse 2005; Tavares 2002; Vargas 2002; Vaz 2005).
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Silva & Rubio (2003) apontam que atletas de alta performance têm como
perfil procurar tarefas desafiantes, além de apresentarem características como
elevada resistência psíquica, autodomínio e controle emocional. Entretanto
afirmações como estas podem ser questionadas, na medida que cada indivíduo
tem reações particulares conforme o que percebe de si mesmo, de suas
capacidades e da importância pessoal dada à situação a enfrentar. Questões
como essas levam as discussões sobre doping a ocupar um espaço privilegiado
no âmbito do esporte contemporâneo. Miah (2008) argumenta que condenar
determinadas aplicações tecnológicas antes mesmo de discutí-las no cenário
acadêmico e científico internacional, analisando seus reais benefícios e
malefícios aos atletas e ao esporte, rejeitando-as de antemão, “limita a maneira
como as novas melhoras provenientes da tecnologia podem ser vistas”.
Nos esportes profissionais, estaria em jogo não apenas a demonstração
do potencial biológico inato de cada atleta, mas a coragem, sabedoria e
determinação do competidor em superar suas limitações. Para os autores, a
manipulação biológica está na base do espírito humano, isto é, “sua capacidade
de melhorar a si mesmo, por meio da razão e do julgamento” (Clayton et al.,
2004). A confiança dos atletas é crucial para que as proibições funcionem como
um impedimento, já que não é o ato de doping, mas a descoberta do doping que
é punido (Petróczi e Haugen, 2012). Estudos anteriores identificaram apenas
uma fraca associação, se é que existe, entre o conhecimento sobre o doping e
seus efeitos colaterais, e as intenções e / ou comportamento de doping (Blank et
al. 2014; Ntoumanis et al. 2014). Parece que a eficácia da mensagem de saúde
na tentativa de prevenir o doping é questionável (Engelberg et al. 2015).
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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Analisar mediante a revisão da literatura a frequência de substâncias


encontradas recentemente em exames antidoping, listadas na World Anti-
Doping Agency (WADA).

2.2 Objetivos específicos

• Revisar a definição de doping e as causas de sua proibição;


• Identificar as substâncias encontradas recentemente de acordo com
as referências analisadas;
• Descrever o mecanismo de ação das substâncias;
• Avaliar os benefícios para o atleta na sua modalidade esportiva;
• Avaliar os malefícios que tais substâncias podem causar no atleta.
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3 Metodologia

Pesquisa será desenvolvida por meio de uma revisao sistematica,


exploratoria com recorte temporal 2012 à 2018 que revisará na literatura
científica, temas relacionados a todos os casos de doping encontrados
recentemente. As buscas dos artigo foram realizadas nos períodicos nacionais,
internacionais, indexados nas bases de dados Google Acadêmico, SCIELO e
PubMed. Essa pesquisa terá como criterio de inclusao o uso de artigos
publicados na integra, nos indiomas portugués e ingles que explanam o doping
e seus beneficios nos esportes.
Os criterios de exclusao foram: Noticias de doping antes de 2018, artigos
publicados antes de 2012 ou artigos que limitavam o doping esportivo a alguns
esportes.
Obedecendo a metodologia proposta, foram encontrados 35 artigos que
serviram para o embasamento teórico e explanatório da presente revisão. No
entanto, foram selecionados para citação alguns dos estudos com melhor
metodologia e didática e publicados em revistas de relevância na área ou artigos
que se aproximavam mais do objetivo proposto.
4 Referências

World Anti-Doping Agency, WADA (2015). World anti-doping code: important


facts and highlights from WADA’s athlete guide. Montreal: Autor.
SILVA, M. L.; RUBIO, K. Superação no esporte: limites individuais ou sociais?
Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, v. 3, n. 3, p. 69-76, jul./dez. 2003.
Clayton, Megan; Foddy, Bennett & Savulescu, Julian (2004). Why we should
allow performance enhancing drugs in sport. British Journal of Sports Medicine,
38(6), 666-670. http://dx.doi.org/10.1136/bjsm.2003.005249
SILVA, I.; MARCELINO, K.; GONZALEZ, R. O uso do doping no esporte: uma
revisão de literatura. EFDeportes, vol. 180, n. 18, p. 1-7 2013.

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