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A dopagem consiste no uso de substâncias ou métodos para melhorar o desempenho

atlético. Embora alguns atletas possam acreditar que a dopagem pode melhorar a sua
performance, a dopagem apresenta diversos riscos para a saúde e pode ter
consequências graves a longo prazo.
Algumas substâncias dopantes, como esteroides anabolizantes, podem aumentar a
massa muscular e a força, mas também podem causar problemas de saúde, incluindo
doenças hepáticas, hipertensão, doenças cardíacas, infertilidade, câncer e outros
efeitos colaterais.
Além disso, muitos atletas que usam drogas dopantes acabam se tornando
dependentes e viciados, o que pode levar a problemas sociais, financeiros e de saúde.
A dopagem também pode ser perigosa em desportos de resistência, como corrida de
maratona ou ciclismo, pois essas substâncias podem aumentar o risco de lesões
musculares e cardíacas, bem como a desidratação.
De acordo com o último relatório da Agência Mundial Antidoping (AMA), de entre 2.701
desportistas dopados, mais de 22% são fisiculturistas, 18% são atletas, 14% ciclistas e
13% halterofilistas, com o futebol a surgir no sexto lugar.
Foram dividias em 5 grupos pelo Comité Olímpico Internacional as substâncias
proibidas no desporto, cada uma com as devidas punições:
Estimulantes: por ex. anfetaminas, bromatan, cocaína, efedrina e substâncias
similares;
Narcóticos: por ex. heroína, morfina e petidina;
Canabinóides: por ex. haxixe e marijuana;
Agentes anabolisantes: por ex. nandrolona, estanazonol, testosterona, clembuterol e
substâncias similares;
Hormonas Peptídicas: por ex. hormona do crescimento, corticotrofina, gonadotrofina
coriónica, eritropoietina (EPO), insulina, incluindo substâncias similares;
Beta-2 Agonistas: Todos os Beta-2 Agonistas exceto o formoterol, salbutamol,
salmeterol e a terbutalina por via inalatória. A utilização requer uma notificação ao
CNAD;
Agentes com atividade anti-estrógénica: por ex. inibidores da aromatase, clomifeno,
ciclofenilo e tamoxifeno;
Agentes mascarantes: por ex. diuréticos, epitestosterona, probenecid e expansores do
plasma;
Glucocorticosteróides: São proibidos por via oral, rectal ou por injeção intravenosa ou
intramuscular. Todas as outras vias de administração requerem uma notificação ao
CNAD.
Algumas das substâncias dopantes mais comuns são:

Efedrina: Estimulante que atua no sistema nervoso e cardíaco. É utilizado para causar


perda de peso e aumentar a energia e é utilizado principalmente no fisiculturismo.
Testosterona: A hormona sexual masculina é usada para o aumento da massa
muscular e pode causar atrofia dos testículos e esterilidade. É também utilizada no
fisiculturismo.

Nandrolona: Esteroide do tipo sintético e é utilizado para o aumento da massa


muscular. Pode causar cancro e problemas no ciclo menstrual.

Eritropoietina (EPO): É uma hormona sintética utilizada para aumentar a quantidade


de glóbulos vermelhos e a oxigenação das células. É utilizada principalmente em
modalidades desportivas de resistência como o atletismo e o ciclismo. Pode causar o
aumento da viscosidade sanguínea, probabilidade de uma parada cardíaca, embolia
pulmonar e convulsões.

Principais efeitos secundários:

Problemas cardíacos: muitas substâncias dopantes aumentam a frequência cardíaca e


a pressão arterial, o que pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como
enfarte do miocárdio e arritmias cardíacas.

Danos ao fígado e aos rins: algumas substâncias dopantes podem sobrecarregar o


fígado e os rins, levando a danos a longo prazo ou até mesmo à falência desses
órgãos.
Distúrbios mentais: o uso de substâncias dopantes pode afetar o estado mental dos
atletas, causando alterações de humor, agressividade, depressão e ansiedade.
Alterações hormonais: algumas substâncias dopantes podem interferir nos níveis
hormonais do corpo, causando efeitos colaterais como acne, crescimento excessivo
de pelos e alterações no ciclo menstrual.
Lesões musculares: o uso de substâncias dopantes pode levar a um aumento da
massa muscular e da força, mas isso também pode aumentar o risco de lesões
musculares, tendinites e outros problemas relacionados à atividade física intensa.

Controlo da dopagem
O controle da dopagem é um processo que visa prevenir e detetar o uso de
substâncias e métodos dopantes no desporto. Existem várias organizações
responsáveis pelo controle da dopagem em nível internacional, nacional e regional,
incluindo a Agência Mundial Antidopagem (WADA) e as Agências Nacionais
Antidopagem (NADOs).
O controle da dopagem envolve várias etapas, incluindo a realização de testes de
drogas em atletas, a análise de amostras biológicas, a identificação de substâncias
dopantes proibidas e a investigação de violações das regras antidopagem.

Os testes de drogas geralmente são realizados durante as competições e podem ser


surpresa, para que os atletas não tenham tempo de se preparar para a deteção. As
amostras biológicas, como urina e sangue, são coletadas e enviadas para laboratórios
credenciados pela WADA, onde são testadas para a presença de substâncias
dopantes. Além disso, os atletas são obrigados a preencher um formulário de
localização, que indica onde estarão em determinados horários para que possam ser
testados fora das competições. Esta medida tem como objetivo prevenir o uso de
substâncias dopantes durante os períodos de treino e recuperação.
tipos de corrupção
A corrupção na dopagem envolve a manipulação de resultados de testes antidopagem
ou a facilitação do uso de substâncias ou métodos dopantes por atletas. Isso pode
ocorrer de várias maneiras, incluindo o pagamento de subornos para obter resultados
falsos ou a compra de substâncias dopantes para os atletas.
Um exemplo de corrupção na dopagem é o escândalo que ocorreu durante os Jogos
Olímpicos de Inverno de 2014 em Sochi, na Rússia. A investigação descobriu que um
programa de dopagem patrocinado pelo Estado russo estava em operação, o que
permitiu que atletas russos competissem sob o uso de substâncias dopantes. Além
disso, houve acusações de que as autoridades russas subornaram funcionários da
Agência Antidopagem da Rússia (RUSADA) para cobrir o uso de substâncias
dopantes por atletas russos.
Outro exemplo de corrupção na dopagem é o caso da "Operação Puerto" na Espanha,
em que um médico foi acusado de fornecer substâncias dopantes para atletas de
várias modalidades desportivas. O caso envolveu a colaboração de várias
autoridades, incluindo a WADA e a polícia espanhola.
A corrupção na dopagem é uma violação grave da ética desportiva e pode ter efeitos a
longo prazo na saúde dos atletas, além de comprometer a integridade do desporto. É
importante que as autoridades esportivas trabalhem juntas para identificar e combater
a corrupção na dopagem, para que os atletas possam competir em um ambiente justo
e seguro.
Falar mais especificamente das punições
As punições para violações das regras antidopagem podem incluir a desqualificação
de competições, a proibição da prática desportiva por um período de tempo, multas e
até mesmo processos criminais em casos extremos.
Em resumo, a dopagem apresenta riscos significativos para a saúde e não deve ser
encorajada ou tolerada em qualquer nível de competição esportiva. Os atletas devem
se concentrar em alcançar seus objetivos por meio de treinamento adequado, nutrição
e ética esportiva.

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