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Processo Civil II

8-2-2019
Sumário: Exercício de direitos processuais
Espécies de ações, formas de processo, processos especiais
Prazos processuais. Espécies, regras de contagem,
prorrogabilidade.
Fazes do processo declarativo comum
Direito processual Civil II (almedina 2015) – pp 1/60
DPC II Apontamentos 2017 Lusófona – pp 1/37

O centro de arbitragem tem um regulamento, e ode aproveitar regras gerias e regras de


processo civil comum que é um direito subsidiário.
Art. 2º do CPC
Temos que ver se se aplica algum processo especial primeiro, porque se assim não for
aplica-se sempre o processo comum. – Regra geral
Art. 10º - tipos de ações
O processo executivo tem uma forma única, mesmo tendo vários tipos de processos
executivos (entrega de quantia certa, entrega de coisa certa, etc.).
Caducidade tem haver com a certeza e segurança do direito. Enquanto a prescrição tem
haver também com a segurança e certeza jurídica, mas também com a inercia do direito.
Prazos dilatórios (aqueles que em determinado tem suspende o seu curso, mas depois ao
fim de algum tempo o seu decurso continua) e perentórios (aqueles que chegando a uma
certa data extingue definitivamente).
Prazo de prescrição ordinário – 20 anos (art. 309º do CC). Também existe as prescrições de
curto prazo (art. 310º, 316º, do CC).
A prescrição pode ser suspensa (para e quando volta a contar o prazo, continua a contar o
prazo que estava a decorrer antes da suspensão) ou interrompida (o prazo estava a decorrer
e quando começa a ser usado de novo não se volta a contar o prazo que estava a ser
contado mas um novo ciclo).
Art. 139º CPC – ato sujeito a prazo perentório - Art. 140º CPC/ Art. 141º CPC
Art. 245º do CPC – a lei prevê um prazo dilatório.
Art. 579 CPC – prazos
Art. 423º CPC- o prazo pode ser alargado quando o pagamento da multa ou segundo este
artigo se prove que ainda não se tinham reunidos todos os documentos necessários.
Art. 130º e 131º do CPC – Os atos devem de ser utilizados para a resolução de conflitos e
não apenas para resolver casos que se encontrem inúteis e desnecessários que causem
demoras nos tribunais.
Os atos processuais podem ser feitos em qualquer momento, desde que seja em dia útil. -
Art. 137º do CPC
Art. 149º do CPC – os prazos decorrem sem intervalos.
Art. 132º do CPC – dilação de prazos de 3 dias.
Art. 279º do CPC – contagem dos prazos
Os prazos podem decorrer mesmo dentro das férias judiciais que são os processos urgentes,
as formas de processos urgentes são os procedimentos cautelares e os seus prazos também
decorrem durantes as férias. Assim como os recursos, casos de incidência, etc.
Art. 141º e 142º do CPC. – cumprimento atempado dos prazos.
Os processos especiais previstos no art. 700 (?) até ao final do código e a jurisdição
voluntaria (não tem na sua base um conflito de interesses como por exemplo a
regulamentação do horário de visitas, etc. / processos de inventários, processo de
desapropriação, lei do novo arrendamento urbano, ação especiais do cumprimento de
obrigações mediantes e emergentes de contrato com valor superior a 15.000€ que termina
quase sempre com uma injunção).
Fases do processo da ação declarativa comum:
 articulados,
 gestão inicial,
 instrução,
 audiência final e
 sentença.
Mas não quer dizer que haja sempre estas fases, mas em geral é isto que acontece.
Articulado da petição inicial. Apresentam-se os direitos que se querem ver protegidos com
aquela ação e com articulados, pois normalmente é apresentado por artigos. Articulados –
art. 590º e 591º do CPC.
A réplica é um articulado que serve para o autor responder á contestação do réu. Os
articulados tem haver com o ónus da alegação.
Art. 552º a 626º do CPC e quanto á fase é o 552º a 590º do CPC.
O ónus da alegação pertence tanto ao réu como ao autor. São elementos de facto e de
direito para a defesa.
Art. 483º - responsabilidade de indemnizar os prejuízos causados ao lesado. – culpa, dano
(sem dano não existe responsabilidade civil), nexo de causalidade entre a causa e o dano.

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Tem que haver causa para que o pedido seja atendido, senão é inepta. Tem que haver
pedido e causa de pedido para haver uma causa do pedido.
O processo só vai á primeira vez ás mãos do juiz, quando se dá o fim dos articulados, é
submetido a processos desareador.
A secretaria, se a situação não estiver corretamente articulada, procede á citação das partes
oficiosamente, sem qualquer despacho do juiz (a menos que não seja necessária a situação,
quando a parte já tenha sido previamente citada para uma eventual conversão para
procedimento cautelar). Só existe despacho prévio do juiz nos procedimentos cautelares.
Art. 552º do CPC –
Como é que uma obrigação pura se converte numa obrigação em tempo certo? Mediante a
citação. (?)
Art. 556º do CPC – Pedidos genéricos
Art. 557º do CPC- pedido de prestações periódicas das prestações que foram vencidas ao
longo do contrato. Escusa depois o autor estar a interpor outra ação para o pagamento das
prestações em falta, mais aquelas que estão em falta durante a ação. O autor tem que
demonstrar que essa ação lhe prejudica sérios danos.
Herança jacente é aquela que não se sabe quem são os herdeiros, não tem personalidade
jurídica, apenas tem capacidade judiciária. Enquanto que a herança lítica e indivisa é aquela
que se sabe quem é os herdeiros mas ainda não foi feita a partilha.

15-02-2019 (teórica)

Sumário: Fase dos articulados

Da Gestão inicial do processo e da audiência prévia


DPC vol. II pp. 87/218 Apontamentos 39/132
As partes tem que apresentar os articulados (peças em que as partes colocam a matéria de
facto e a matéria de direito para defender a sua posição). É obrigatoriamente organizado
por artigos das peças e tem que corresponder uma afirmação de facto (art. 4º a respetiva
parte apresenta a sua parte, isto é, tenta demonstrar que a sua posição se encontra dento
do seu direito, mas os factos tem que ser provados).
Art. 1311º do CC
Art. 551º - requisitos da petição inicial
Os atos processuais são celebrados por via eletrónica, mas são também apresentados em
formato físico. A tramitação eletrónica é chamada a restauração dos atos, caso haja o crash
do sistema informático tem sempre os atos processuais em formato eletrónico, para que
possam usufruir dos prazos na mesma.

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Se a petição inicial for fraca a pretensão da parte acaba em perda da ação que tem a
pretensão da petição inicial.
O pedido e a causa de pedido são os objetos da ação e isso é indispensável na petição inicial.
Se faltar o pedido e a causa de pedir a petição é inepta (não apta). Art. 186º do CPC (quando
a petição é inepta nº2). O processo só é apresentado ao juiz no fins dos articulados (art.
590º do CPC).
Mas se não é apresentado o pedido e a causa de pedido na petição inicial o réu nem sabe do
que é que se á de defender e isso não pode ser aceite. Pois o réu tem que saber do que está
a ser acusado para se saber defender.
Art. 186º do CPC nº3 – se o réu que contestar por falta de pedido e de causa de pedido, está
a ver que o réu percebeu e é a única forma de a inepta ser suprida da petição inicial.
Se são de conhecimento oficioso não precisam de ser alegados. (?)
Art. 553º do CPC – por força do contrato o réu será condenado a pagar ao autor, mais uma
quantia que está explicita no contrato pelo não cumprimento do contrato.
O pedido também pode ser subsidiário ou alternativo. O processo alternativo só se aplica
quando o outro for impossível de aplicar.
Uma obrigação pura não tem tempo certo. Como é que se diz que o devedor não tinha
comprido com o acordado e está a incorrer em juros de mora? Mediante uma notificação
judicial ou uma propositura de uma ação com a notificação do réu.
Quando se propõe a ação não se sabe a parte quantitativa que o autor tem que receber. Por
isso o réu é logo condenado, mas nas quantias que se vierem a demonstrar no futuro
(exemplo: no caso de um acidente de viação). Mas isso nem sempre acontece, o réu pode
ser logo condenado a um valor ao inicio, quando existe uma quantia certa de uma parte.
Art. 557º do CPC – pedir uma quantias em prestações futuras quando isso traga prejuízo ao
credor (exemplo quando o senhorio condena o réu para pedir as prestações vencidas do
réu, mas também pode pedir as futuras prestações que o réu não pagar).
Apenas o Juiz pode indeferir uma petição inicial na sua avaliação feita no fim dos
articulados.
A secretaria se não quiser corrigir as coisas que estão na petição inicial e pode recusar a
petição inicial, mas isso admite recurso para o juiz e apara a relação. Art. 559º do CPC –
porque se a secretaria o fizer a pessoa que quer colocar a sua ação não tem os direitos
protegidos e isso implica o não cumprimento de um dos princípios fundamentais do direito
processual civil.
Se o processo for recusado pela secretaria e não houver recurso para o juiz o prazo de
caducidade do direito mantem-se. Art. 560º do CPC – parte final.
Nos procedimentos cautelares o processo é dado a conhecer ao juiz antes do prazo normal
que se vê aqui.
Art. 590º do CPC – O juiz se vir que a petição inicial é inepta logo de inicio pode aplicar este
artigo.

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Os poderes de cognição do Juiz não pode ultrapassar aquilo que o autor pede na petição
inicial nem condenar para além daquilo que lhe é pedido.
A citação é um ato processual que se destina a chamar alguém a juízo para que ele possa
defender os seus direitos. E a secretaria que procede á citação do réu. Principio da
oficialidade das diligências para a citação. O réu é chamado a juízo para se defender e para
se constituir parte do processo.
O juiz o procedimento cautelar. O juiz aceitou.
Só se pode fazer alguma coisa quando houver o principio do contraditório. Sem que tenha
sido respeitado esse principio fundamental não se pode fazer absolutamente nada.
Art. 219º do CPC
Página. 65 dos apontamentos
Não se pode confundir absolvição do pedido e absolvição da instancia (rever).
Causa de pedir e causa de pedido – Art. 581º nº4 do CPC – definição.
A causa tem efeitos substantivos e materiais. Art. 564º do CPC.
Bens substantivos procedem em juros de mora, o réu é citado se não for exercitado em 30
dias dá-se a preclusão. O seu incumprimento provoca o não respeito ao seu direito e por
isso a sua caducidade. Art. 805º do CPC
Se o réu não contestar dentro do tempo entra em revelia (considerarem-se confessados os
factos articulados pelo autor e consideram-se sem prova em contrário (prova irrefutável))
que pode ser absoluta ou relativa. Sobre o autor está o ónus de apresentar e ao réu está o
ónus de contestar.
Onde é que não se produz a revelia da falta de contestação? – Art. 568º do CPC CASOS DE
REVELIA INOPERANTE (basta que um deles conteste para que seja considerada como a
contestação de todos eles, se o réu for incapaz de contestar não se verifica o efeito da
revelia (exemplo: no caso do réu ser um menor), quando se dá a citação edital, quando que
para a contestação tem que se fazer prova por documentos particulares ou autenticados
(mesmo que a contestação não seja apresentada os documentos provam a sua defesa
mesmo sem contestação).
Art. 569º do CPC – o juiz pode promulgar o prazo até ao tempo de 30 dias (são prazos
dilatórios).
Requerimento probatório é apresentado com o articulado respetivo.
Ónus da impugnação é o réu alegar a falsidade das afirmações de facto apresentadas pelo
autor.
Os elementos:
 da contestação – Art.572º do CPC
 da alegação – Art. (?)
Quitação – prova de pagamento/recibo (contestação em sentido material/substantivo). – e
por isso o réu incorre em revelia relativa.

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Quando esses factos que não foram indignados se encontram culminados na defesa, tem
que ter em conta que está a falar dos factos apresentados na alegação do autor. Tem que se
deduzir e não individualizar os factos apresentados na contestação.
Art. 574º nº4 do CPC
Art. 575º do CPC – tem que ser apresentada esta contestação ao autor obrigatoriamente,
para que este possa responder. Art. 3º nº4 do CPC (acontece na audiência prévia).
A contestação pode ser de convenção ou (…)
O autor pode responder á contestação por intermédio da réplica. Se assim for o autor passa
a ser o réu da contestação do réu inicial.
Art. 597º do CPC – serie de exceções dilatórias

19-2-2019 (prática)
Resolução de casos práticos:
Hipótese 1:
a) Temos presente uma ação declarativa de condenação. E temos um pedido genérico
em que não é possível calcular com rigor o valor dos danos sofridos. Art. 556º nº1 al.
B) do CPC. O facto ilícito está na base dos danos, o que acontecia é que o advogado
podia pedir esta ação. O que é que acontecia se o juiz chega-se ao momento da
sentença e ainda não tivesse um valor a liquidar ou uma execução de outro tipo? O
juiz tem que fazer uma condenação para os danos que já estão apurados e dos que
ainda estão para apurar – uma condenação para o futuro Art. 609º do CPC. Assim
como que nas rendas vincendas temos o art. 610º do CPC.
b) Temos presente uma ação declarativa de condenação. E o pedido também é
genérico, e aplica-se as mesmas regras da alínea A).
c) Temos um pedido de alternativo, porque segundo o art. 553º nº1 do CPC estamos a
falar de um direito ao trabalho que se podem resolver por alternativas, está previsto
num contrato de trabalho que foi celebrado em momento anterior, e como o
trabalhador não quis escolher o que ia acontecer apresenta as duas alternativas na
sua petição inicial, são dadas as alternativas ao réu ou ao juiz a escolher a solução.
(porque se fosse alternativo isto se resolveria mediante uma hierarquia em que se o
trabalhador não for admitida uma solução tem que ser a outra e não é isto que
acontece. Ele coloca as duas possibilidades no mesmo patamar e uma serve em
alternativa á primeira).
d) Temos um pedido alternativo, porque o A diz que quer uma coisa ou outra, mas
sempre colocando as duas alternativas na mesma base, como acontece na alínea
anterior. A lei prevê que a pessoa pode escolher, mas neste caso a pessoa não
escolhe e deixa á escolha do réu ou do próprio Juiz. É um contrato feito entre as
partes que no caso do não cumprimento do contrato a lei prevê diversas soluções.
e) Temos uma cumulativo Art. 555º nº1 do CPC – e temos dois requisitos:
compatibilidade entre os poderes e a forma do processo tem que ser a mesma e a
competência dos tribunais tem que ser absoluta para os dois temas, mas o juiz não

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tem que ser o mesmo. Neste caso concreto, não é possível formular estes pedidos
em conjunto, pois tem que ser feito em pedido alternativos, porque assim é uma
posição considerada ilegal, não são compatíveis. Quanto á competência do tribunal
era competente tanto para um como para outro tanto em termos de matéria como
em hierarquia.
O pedido não é legal.
f) Temos presente um pedido das prestações vincendas e pelo despejo temos que ter
um pedido diferente porque havendo incumprimento já existe uma obrigação que
não é cumprida. Não pode ser um pedido de prestações vincendas porque ai só se ia
pedir o pagamento das prestações em falta e não também a resolução do contrato e
não é o que acontece aqui neste caso.
Pergunta final: Temos presente nesta hipótese
Os pedidos genéricos (alínea a) e b)) podem ser apresentados na mesma ação porque se
tratam de dois pedidos de indemnização pelo mesmo acidente e por isso apenas existe um
réu contra um autor. Estamos perante uma cumulação de pedidos e tem que se verificar
que a forma de processo seja a mesma, não vão uma contra a outra e as duas se
completem. SÃO COMPATIVEIS E NÃO SE ENCONTRAM NENHUNS IMPEDIMENTOS PARA A
COLIGAÇÃO DESTES DOIS PEDIDOS.
O pedido da alínea C) não podia ser cumulativo com mais nenhum dos outros processos
porque não se verificam as junções processuais necessárias. Pois os tribunais não tem a
competência para julgar este processo no juntamente com os outros tipos de pedidos e o
tipo de pedidos não são os mesmos.
O tipo de pedido presente na alínea D) não pode ser junto com o da alínea A) porque
teríamos dois direitos que são completamente diferentes uns dos outros, por isso nunca se
poderia juntar os pedidos presentes nas alíneas A, B e D. Se fosse seria apenas por coligação
e nunca por litisconsórcio. Mas a coligação também não é possível segundo o disposto no
Art. 36º do CPC, em que a causa de pedir deles são muito diferentes e não existe qualquer
coligação. Não se verifica nada do disposto no artigo. Nunca pode haver uma coligação
entre estes dois réus e quando isto não acontece a coligação não é possível.
A línea E) também não é possível fazer a coligação pelas mesmas razões da alínea
anteriores, com as devidas adaptações.
Por fim a alínea F) – a coligação não é admissível e neste caso não é admitido um
litisconsórcio.
O pedido par ser compatível com outro apenas não pode contrariar a natureza do pedido do
outro. Os pedidos podem até não ter a mesma natureza.
REVER A MATÉRIA DE CUMULAÇÃO DE PEDIDOS, OS TIPOS DE PEDIDOS E DE PROCESSOS,
A PLURALIDADE DAS PARTES E O LITISCONSÓRCIO.
22 de Fevereiro do 2019

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Sumário: Gestão inicial do processo e audiência prévia.

Despacho pré-saneador: audiência prévia (finalidades e


obrigatoriedade.

Despacho saneador

Despacho de identificação do objeto do litigio e enunciação


dos temas de (…)
Apontamentos pág. 101/133
Uma exceção dilatória é vicio processual diretamente relacionado com um facto do
processo. E uma exceção perentória é um facto impeditivo ou extintivo de um processo.
Não podemos confundir as duas.
Na contestação tem que haver uma legação dos factos essenciais constitutivos dos factos
que alega contra o réu. Esse pedido pode ser contestação por impugnação ou exceção. (?),
pode contestar a contestação do autor direta ou indiretamente.
Se o réu não contestar contestar, qual é a consequência? Tem que ser citado para
contestar, mas que mesmo assim ele não conteste implica (não cumpre o ónus da
contestação) faz incorrer o réu em revelia.
Existem casos em que apesar a revelia não surte eficácia provatória, são os casos a que se
reporta o Art. 568º do CPC.

Gestão inicial do processo e audiência prévia


Só depois dos articulados é que o processo é dado a conhecer ao Juiz.
Art. 590º do CPC – existe um despacho de gestão inicial do processo. Tem que verificar se
existe exceções dilatórias. Se o juiz encontrar alguma falta de um pressuposto processual é
obrigado a impugnar sanação da falta desses pressupostos enviando um pedido ao autor
para que se apresente de modo a retirar essas falhas do processo e assim proceder á sua
sanação.
Sempre que o juiz chama as partes para suprir as sanações identificadas no processo tem
haver com os princípios do aproveitamento e a economia processual.
Art. 590º nº4 do CPC – o Juiz segundo esta disposição já tem em vista o mérito da causa.
Apresenta factos que são essenciais ou instrumentais na petição iniciais.
Art. 6º do CPC – Art. 265º do CPC tem haver com o ónus da alegação assim como o artigo
5º do CPC

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O juiz não pode alterar a causa de pedir, nem mesmo a parte que a levantou, segundo o
artigo 5º do CPC, porque isso poderia trazer muitos problemas e incertezas para a parte que
se quer defender e tem esse direito.
Deste despacho do juiz não existe recurso. Quando o juiz usa estes métodos para corrigir
estas falhas do processo na sua fase inicial. E uma vez findas estas correções dá-se uma
audiência prévia que é de comparência obrigatória, isto tem que se dar nos 30 dias após a
decisão do juiz (este prazo é meramente administrativo)
Para que serve a audiência prévia / finalidades principais e secundárias? Art. 591º do CPC
 Tentativa de conciliação, para que as partes possam assumir um dos seus direitos
possíveis. Se se conseguir a conciliação das partes a ação termina automaticamente,
mediante a assinatura. Al. A)
 Facultar ás partes a discussão de facto e de direito, nos casos em que ao Juiz cumpre
apreciar exceções dilatórias ou quando tencione conhecer imediatamente, em todo
ou em parte, de mérito de causa Al. B)
 Levar as partes a elaborar depoimentos de modo a prestarem esclarecimentos.
Alegações orais
O despacho saneador é um passo importantíssimo, é normalmente feito após a audiência
prévia, ou se em certas ocasiões não houver essa audiência prévia passa a denominar-se de
despacho saneador autónomo. O despacho saneador destina-se a – Art. 595º do CPC.
Despacho Saneador/ Sentença – quando conhecer o mérito da causa. – al. B)
Nº3 do mesmo artigo- só
26-02-2019 (aula prática)
Hipótese 2
1.
a. Exceção perentória, porque o Alberto diz que já pagou 12,500€ e pode provar
esse pagamento. Se ele tiver razão no pedido vai ser absolvido parcialmente.
Art. 571º nº2 CPC –
b. Defesa por exceção modificativa tem que se traduzir em factos adicionais.
Neste caso houve acordo posterior podia invocar uma exceção.
c. Trata-se de uma exceção. Quando se invoca a anulação invoca-se o vício de
vontade. Foi induzida em erro o contrato é anulável. Tudo o que for vicio da
vontade são factos impeditivos. É um facto impeditivo.
d. Exceção dilatória por falta de legitimidade do caso.
e. Extintiva
f. Pedido reconvencional numa ação declarativa de execução.
g. Pedido reconvencional
TPC – acabar esta hipótese e fazer a hipótese 3

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Principio da concentração de toda a defesa na contestação (Art.553º nº1 do
CPC).

Exceções ao principio da concentração:


 Defesa separada
o Suspensão do Juiz
o Habilitação
 Defesa diferida
o Defesa superveniente
o Defesa que a lei admite em momento posterior á contestação
o Meios de defesa de conhecimento oficioso

Na defesa por impugnação o autor pode apenas alegar que diversos factos não são
verdadeiros (diz que aquele facto apresentado não aconteceu). Enquanto que na defesa por
exceção o autor pode trazer exceções dilatórias, exceções perentória imediata ou
modificativa (o autor trás uma nova perspetiva dos factos aleados pelo réu na contestação,
dá uns factos novos que não estavam apresentados e corrige os que estavam mal ou que
não aconteceram assim, mas sim de outra maneira.)
Na defesa por impugnação temos a defesa de facto e a defesa de direito.

Tipos de defesa por impugnação: (pág. 83 dos apontamentos)


 Inexatidão absoluta dos factos: traduz-se na negação direta e frontal dos factos que
são apresentados pelo autor.
 Negação (negatico per positionem): nega indireta ou motivada. Ele diz que aquele
facto aconteceu, mas não como é ali apresentado, dá outra perspetiva dos factos. O
facto em si mesmo é igual, mas tem uns limites diferentes que faz alterar o
enquadramento jurídico que eles tem.
 Inexatidão relativa dos factos alegados: consiste em admitir alguns factos como
verdadeiros e ao mesmo tempo negar alguns e dá-lhes uma nova versão. É diferente
da inexatidão absoluta dos factos porque na primeira ele nega todos os factos, mas
aqui só nega alguns e dá uma versão diferente deles.
 Invocação do desconhecimento de factos que o réu não deva conhecer: Art. 574º
nº3 do CPC – artigo que diz respeito ao ónus da alegação. – é a alegação do
desconhecimento a que se refere o artigo. (Ex: se o réu disser que não sabe se foi
assim que aconteceu, não tem conhecimento dos factos que lhe são alheios ou que
não tenham acontecido na sua presença, mas se ele tiver estado presente tem que
responder se aquele facto é verdadeiro ou não). (Ex: se o Tiago tiver um acidente e
cause danos e vá alegar na petição inicial que não sabia que tinha havido um
acidente, ele tem que saber o faco e não dizer que não sabe se aconteceu uma vez
que é mentira)
O réu apenas tem que provar os factos novos que apresenta na sua contestação, o resto
tem que ser provados pelo autor, porque é ele que as alega.

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1-03-2019 (aula teórica)

Sumário: Gestão inicial do processo e audiência prévia (cont.)

Despacho pré-saneador

Oportunidade, finalidades, natureza, efeitos

Audiência prévia

Convocação, finalidades principais, finalidades secundárias, realização,


preocupações

Despacho saneador, oportunidade, conteúdo, valor, efeitos

Despacho de identificação do objeto do litigio e de enunciação dos


temas da prova
Apontamentos 101/133
Impulsionamento e o planeamento da instancia
Dá-se inicio do processo quando se apresenta a petição inicial que é o que apresenta o
objeto da causa e o seu tema, delimita os limites e os poderes de cognição do juiz. Art. 593º
do CPC – causa de pedir.
Dá-se a litispendência é quando se apresenta o litigio que ainda não está perfeitamente
definido.
Depois da petição inicial. Á petição inicial fala-se em ónus da apresentação. Tem que se
alegar os factos constitutivos da causa que é apresentada.
A citação também produz efeitos materiais.
Causa de pedir, tem vários meios de ser pedidas como por exemplo o uso capião, mas tem
que demonstrar na petição inicial o que quer. Tem que justificar a sua causa de pedir.
Art. 411º CPC – principio do inquisitório
Exceções – Art 226º do CPC nº 4
Art. 590º do CPP, Art. 278º e 577ª do CPC
Normalmente eles corrigem esses litígios, mas se assim não for a secretaria pode recusar a
ação. Dessa decisão existe sempre recurso para o Juiz e também existe despacho em
segundo grau da decisão do juiz independentemente do valor da ação.

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Tem que colocar a citação dentro os cinco dias da citação da secretaria e quanto mais cedo
melhor, porque pode exigir. Se colocar a ação 5 dias antes do prazo o prazo de prescrição do
direito fica interrompido. Art. 323º do CPC.
Prazos de prescrição perentório, quando o prazo acaba o direito extingue-se
definitivamente, por isso é que é muito importante saber as datas exatas do término de
prazo quando temos um processo em mãos. “O advogado é escravo dos prazos judiciais.”
A citação edital – é quando não se sabe onde está o réu. A lei não confia na citação edital.
Quando a lei é inoperante a ação tem que continuar para o julgamento da causa. Se não
houver citação do réu é considerado uma nulidade principal. Mesmo depois de proferida a
sentença e se houver a determinar que o réu não foi informado a sentença tem que ser
revista, mesmo depois de ser proferida.
Só se pode falar em legitimidade sanável das partes se houver (…).
Litisconsórcio – a lei exigia para este caso um consórcio das partes.
O despacho pré saneador é exatamente a
3 finalidades;
 Sanação da falta de pressupostos processuais
 Correção (…)

Art. 590 do CPC - Prova legal ou tarifária (documento particular autenticado ou escritura
pública). Certidão de registo (quando falamos de direito das coisas) e Certidão de
Nascimento (quando temos que fazer prova de ligação genológica). Também se for preciso
provar exceção perentória na ação tem que se juntar as provas que provam o que é pedido
pelo autor á figura do réu.
Deficiência de fundamentação do facto – os elementos de direito não é preciso serem
alegados na petição inicial porque é considerado de conhecimento oficioso e por isso não é
preciso ser alegado – Art. 5º do CPC
Despacho convicto está a emitir um despacho de aperfeiçoamento – para o suprimento de
algumas deficiências. Não existe recurso deste despacho Art. 590º quer despacho omissivo
ou positivo, porque senão o processo nunca mais andava para a frente.

A audiência prévia
Uma vez feito este despacho o Juiz marca audiência prévia, no prazo de 30 dias
subsequentes, mas é quase impossível cumprir este prazo por causa da dificuldade de
marcação nos tribunais.
Tem que se realizar obrigatoriamente a menos que se verifique algumas situações dos Art.
592º e 593º do CPC.
Art. 591º al. A) a G) do CPC – finalidades principais da audiência prévia.

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Quando o Juiz invoca a audiência previa tem que dizer as finalidades. Que estão dispostas
no artigo identificado anteriormente.
 Tem que ver se as partes chegam a conciliação e se assim for pratica-se (…), para que
a ação acabe logo ali mediante a conciliação.
 Etc.
O Juiz identifica o tema central a discutir. (tema deci dedum) Enunciação dos temas de
prova, são as quatro ou cinco questões centrais nos quais são apresentadas as provas
centenárias dos temas centrais que se tem que decidir.
Neste despacho ( com os factos necessitados de prova), demonstrações da identidade dos
factos, que se mostra a realidade ou a falsidades dos factos.
No final o objetivo é ter uma decisão de mérito baseado na realidade.
Art. 598º do CPC
Art. 588º do CPC – qualquer facto que a parte só tenha tido conhecimento depois
apresenta-se como secundário aos articulados principais que já tinham sido apresentados.
Art. 456º do CPC – O juiz pode requerer o depoimento das partes por requerimento de
qualquer uma das partes ou ás vezes do próprio juiz em que se tem de apresentar os temas
que ela vai depor e tem o objetivo de ela confessar o crime ou pode determinar a prova por
declarações das partes (declaração confessória). É uma das finalidades principais ou
secundárias Art. 466º do CPC
A elaboração desta audiência prévia tem a finalidade de (…).
Art. 594º do CPC – não podem ser pedidos mais tentativas de conciliação que foi pedida
antes.
Art. 592º e 593º do CPC
Despacho pré-saneador é muito importante, tem uma tripla finalidade – Art. 595º do CPC.
a) Conhecer o mérito da causa
b) (…)
Esta fase inicial do processo e da audiência prévia acaba com o despacho saneador. Este
despacho saneador também pode ser autónomo quando não haja lugar á audiência prévia,
que supre quase tudo o que a audiência prévia poderia suprir. – O despacho autónomo
supre a falta de audiência prévia.

15-03-2019 (aula teórica)

Sumário:
Direito probatório material
Direito probatório formal

13
1. Objeto das prova – necessidade da prova
2. O ónus da prova – regras distributivas – situações especiais.
Inversão do ónus da prova
3. Provas legais e provas livres
4. Força probatória dos diversos meios de prova
5. O contraditório produção das provas
6. Provas ilícitas
7. Prova por presunções – prova documentar.
Apontamentos 142 a 174 e 217/218
Aquele que alegar um facto tem que ser ele o responsável pela prova desse facto. Art. 341º
e 342º do CPC assim como o artigo 5º do CPC.
Quem tem que demonstrar que o prazo já passou é o réu, não é o autor que tem de
demonstrar que ainda se encontra dentro do prazo.
Art. 799º do CC - presunção verbal muito importante que o devedor é culpado por não
cumprir a sua obrigação. O culpado pelo não cumprimento é o réu logo é o réu que tem que
demonstrar (responsabilidade contratual) que o atraso do não cumprimento não foi culpa
sua. Já na responsabilidade extracontratual o autor é que tem que demonstrar que a culpa é
do réu (Ex: acidente de carro).
Sempre que houver uma presunção legal consideram-se provados os factos alegados pelo
autor e o réu é que tem a responsabilidade de demonstrar que está inocente, que a culpa
não foi dele.
Art. 411º do CPC – Principio do inquisitório - concede ao juiz poderes instrutórios e
probatórios. Pode mandar juntar ao processo documentos, que estão em entidades publicas
onde eles estão arquivados para que sirvam de prova ao processo. Assim como pode
chamar testemunhas que não são aprovadas pelas partes, mas que são chamadas pelo juiz
para que se leve em conta o principio da descoberta da verdade material. Poderes de
iniciativa oficiosa probatórios e instrutórios.
Essas provas para produzirem efeitos materiais tem que passar pela audiência do
contraditório Art. 415º do CPC porque se assim não for não produzem qualquer efeitos no
processo.
Também pode acontecer que a prova se torne elícita e por isso não podem estar presentes
nos processos por serem materialmente elícita. E podem contaminar todo o processo.
Podem ser formalmente mal formadas os ilegalmente obtidas produzem a sua ilegalidade.
Se as provas forem ilícitas o Juiz não pode tomar conta delas
Existem vários tipos de provas:
 Prova constituída: aquelas que já estão constituídas.
 Prova constituenda: aquela que ainda foi produzida. Até pode ser formada antes da
audiência final. (Ex: prova testemunhal, prova por inspeção judicial, prova por
verificação não judicial, prova por audiência das partes, etc.)

14
 Provas legais: provas que são previstas na lei e que tem o seu valor probatória na lei.
 Provas livres: são aquelas que são deixadas á livre apreciação do juiz.
 Provas diretas:
 Provas imediatas:
Art. 607º do CPC – sentença, presunções (legais (tem seu valor taxado na lei), judiciais,
naturais (que tem na sua base regras de experiencias. O Juiz deve se debruçar nestas
presunções da vida que ele tem.), etc.
Causalidade adequada na sua formação negativa: o facto só não é causa de dano se for de
todo indiferente á causa do dano. Ex: Um acidente que é causado por um derrame de óleo
na estrada, mas que o condutor tem uma taxa de álcool de 1.2 no sangue, temos que
também ter em conta isso, mesmo que a causa principal do acidente que matou duas
pessoas tenha sido causado pelo derrame de óleo. Porque esse facto não é totalmente
indiferente para a causa do dano que causou.
Provas para memória futura – tem que ser gravada como tudo o resto (principio da
oralidade) – prova constituenda. Tem que ser gravado para elas vigorarem no seio do
processo como todas as outras – é uma regra geral.
A prova mais importante é a documental. É histórica e representativa por ficar na história e
representa aquele momento e que aquele facto aconteceu, pois é uma forma escrita que o
Homem usa para demonstrar a realidade de um determinado facto. – E como uma forma
defensiva que quando a pessoa tem medo que a sua ação não seja considerada no futuro
deve de munir-se de um documento escrito que diga que aquele facto realmente
aconteceu.
Documento á substancia significa que esse documento é necessário para a substancia e para
a eficácia daquele negócio jurídico.
Temos documentos dispositivos e negociais, que são aqueles em que existe declarações das
partes.
Mas também temos documentos meramente registais que são como o registo de
nascimento.
19-03-2019 (aula prática)
Revelia é a situação de o réu não contestar. Existe a revelia absoluta (quando o réu quando
não intervém de qualquer forma no processo e não designar nenhum mandatário. Que não
deduz qualquer oposição, porque pode acontece, apesar de ter ouvido uma notificação) e
revelia relativa (não contesta, mas intervém de algum modo no processo e não aparece,
mas pode ter constituído alguém como mandatário). (art. 566º e 567º do CPC). O réu recebe
sempre a notificação do tribunal para contestar.
Diferenças quanto ao efeito:
Revelia inoperante: Art. 568º do CPC
Revelia operante:

Caso prático: Hipótese 4

15
1) revelia relativa
revelia absoluta
Não posso admitir que haja uma confissão na revelia relativa
Estamos perante situações em que a lei exigi que um determinado ato seja praticado
de determinada forma, a única forma em que pode ser provada por prova escrita,
não se admite a confissão nem nenhum outro.
Esta ação de anulação tem apenas um réu, por isso não se aplica a alínea a) e o reu é
totalmente consciente da sua culpa e pode ser imputado por isso também não se
pode aplicar a alínea b). Temos uma relação jurídica disponível (pede-se a anulação
de um negócio jurídico com um fundamento em erro), porque os direitos
indisponíveis estão fora do mercado jurídico e por isso não se pode tocar neles, os
direitos disponíveis podem por outro lado obter relações jurídicas entre eles
enquanto que nos direitos indisponíveis isso não é possível. A relação que tem que
ser tratada é o uso da coisa que foi cedido pelo negocio jurídico, uma transferência
de propriedade. Os direitos indisponíveis são aqueles que não se podem transferir
como os direitos fundamentais de cada pessoa previstos na constituição. Por isso
também não se pode aplicar a alínea c). Quais os factos que o autor tem que
apresentar na petição inicial? é que no dia tal foi celebrado um NJ entre ele e a
outra parte e o que foi transmitido e a seguir vai alegar os factos que o levam aquela
causa de pedir. Na alínea d) não ficam confessados os factos que a lei exija uma
forma escrita (documento particular e autenticado) os outros factos podem ser
confessados apenas pela confissão é o que acontece na alínea a) e d). A relação
jurídica é disponível. – As alíneas são do art. 568º do CPC
2) Á revelia inoperante (…).
3) A modalidade de defesa presente é uma defesa por impugnação/defesa subsidiária
de um pedido que não é autónomo porque o réu pede subsidiariamente do que o
autor pediu. A causa de pedir é a mesma. Devem de ser restituídas automaticamente
na anulação de um negócio jurídico tudo o que foi prestado, e o que o reu pede aqui
é o efeito da anulação do contrato que é pedido pelo autor. Tudo tem que ser
restituído quer seja de um lado como do outro. Em conclusão, é uma modalidade de
defesa subsidiária inoperante.
A reconvenção tem que ser um pedido autónomo (tem que ser separado, ou seja,
tem que ser um pedido diferente do que está na base do outro pedido que o autor
faz ao réu. Tem que partir de uma causa de pedir diferente).
4) Esta notificação corresponde a uma parte da petição inicial, para que aperfeiçoar a
petição por despacho do Juiz, um despacho pré-saneador que está previsto no art.
590º do CPC. O autor pode reagir/responder a este despacho através da
apresentação de um novo articulado no prazo de 10 dias que é a apresentação de
uma nova petição inicial mediante um articulado (…).
Articulado superveniente que podem ser os factos novos (factos que acontecem
durante a fase dos articulados) e factos novos supervenientes (que acontecem antes,
mas que só chegam ao seu conhecimento depois).
5) Se é obrigatório o tribunal a convocar as partes a suprir as deficiências de matéria de
facto e se as partes podem reagir se não for feita qualquer notificação pelo tribunal

16
no caso disso acontecer? Art.595º nº2 do CPC. Finalidade do despacho saneador tem
várias finalidades.
O Juiz elabora um despacho saneador de sentença, se todos os factos forem dados
como provados, mas também pode acontecer emitir um despacho pré-saneador e o
autor não ter feito o melhoramento, não apresenta o articulado estipulado, não
precisa de mais provas, são insuficientes e posso decidir sem mais provas, ele podia
tê-lo feito ou não. – Se não o fez paciência a ação procede. É sempre uma decisão do
juiz reguladas pelo direito substantivo que estão em causa naquela situação. Haverá
um despacho saneador da alínea a), mas nunca da alínea b). Despacho saneador
tabular genérico. O Juiz deveria aqui ter feito um despacho pré-saneador e não o fez,
por isso estamos perante uma nulidade secundária (art. 590º do CPC – omite um ato
que a lei prescreve), o que resulta – Art. 196º CPC (nulidades de conhecimento …).
Quem é que deu causa a esta nulidade? Art. 197º do CPC “a parte que lhe deu
causa” – foi o autor que não suprimiu o erro – quem tem o interesse em invocar esta
nulidade processual é o autor, mas não o pode fazer, apenas pode recorrer da
decisão, mas já não pode acrescentar os documentos.
Hipótese 5
1) Pede a filiação, a ação deve de ser proposta no Tribunal das relações parentais em
Portugal. Vamos partir do pressuposto que os tribunais portugueses são
competentes e é o tribunal de família. O tribunal é o domicilio do réu em Lisboa.
2) Incompetência em razão do território, por isso é relativa e a consequência é a
remessa do processo para o tribunal competente. O Juiz remete esta transferência é
por despacho liminar ou um despacho saneador a pedir a transferência do processo
para outro tribunal.
3) Revelia relativa (houve alguma intervenção dele no processo). É inoperante, porque
estamos a falar de direitos indisponíveis, não podemos por acordo fazer filiações
cabe na alínea c) do art. 568º do CPC. A consequência é a inoperância e o processo
seguia para julgamento.
T.P.C hipótese 6 e o resto desta
22-03-2019 (aula teórica)

Sumário:
 Prova documental
 Espécies de documentos
 Documentos autênticos e documentos particulares
 Documentos eletrónicos
 Força Probatória
Apontamentos 161/174
O documento tem que ser expresso e escrito e se isso não acontecer segue-se os atos
instrutórios.

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Atos instrutórios que tem lugar nos articulados (pode ser alterado na audiência prévia –
requerimento probatório), também pode o juiz recolher declarações de partes ou chamar
testemunhas. Já entram em ação as finalidades do despacho saneador – art. 595º do CPC.
Sobre o autor requer a obrigação de apresentar os factos essenciais da ação e sobre o réu a
alegação das exceções dos factos essenciais para que possa proceder á sua contestação
sobre os factos apresentados pelo autor. – art. 5º do CPC.
Factos instrumentais – tem que alegar e mesmo que o juiz não os tenha em consideração no
inicio pode começar a dar-lhe relevância ouvindo as testemunhas ou passando pelo local e
verificando se aquilo realmente se encontra no local. Mas tem que alegar também os factos
essenciais para alem daqueles.
Temos a prova imediata e a prova mediata. Factos indiciários.
Mas se se tratar de documentos podem ser registais (pedir documento no registo civil por
exemplo), dispositivos e certificativos.
Presunção legal, inverte o ónus da prova e a sua contra prova tem que ser muito forte – é
considerada uma prova plena. Presunção natural não inverte o ónus da prova e tem a
simples contra prova.
O documento é uma prova pré-constituída, a pessoa tem que se assegurar fazendo o
documento que mais tarde pode utiliza-lo para se defender no tribunal. Tem que se ter a
quitação do documento.
Os documentos registais tem que se produzir, são obrigatórios de fazer. São documentos
públicos oficiais, não são documentos particulares. São autênticos porque só pode ser
arguidos segundo o artigo 444º do CPC – Impugnação da genuinidade de documentos.
Duas espécies de documentos:
 Particulares – simples (são subscritos pelas partes)
 Autenticados – são escritos pelos particulares, mas carimbados por entidades
oficiais. São formalidades para a existência do negócio e para o seu uso em juízo.
Os documentos particulares autenticados não tem que ser obrigatoriamente carimbados
para entidades oficiais, porque produzem os seus efeitos na mesma. Mas os documentos
autenticados tem que ser obrigatoriamente autenticados senão não produzem qualquer
efeito tem a consequência de o negócio não produzir o seu efeito.
Art. 362º do CC e 363º do CC – documentos
Art. 220º do CC - forma livre para qualquer documento (tem as suas exceções e duas delas
são os artigos anteriormente apresentados.)
As atas são documentos meramente á provisione. Art. 30º e ss. do código de notariado.
Temos documentos presenciais e não presenciais.
A força probatória formal (a falta de autenticidade Art. 362º nº2 do CC – autenticado pelo
oficial que está habilitado para tal). Força probatória material (…). O documento que esteja
exarado pelo funcionário subscritor é a força probatória formal (art. 370º do CC), a força
probatória material já é definida pelo art. 371º do CC – prova legal plena, só pode ser ilidida

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por apresentação de prova em contrário. As declarações foram presenciadas pelo
funcionário subscritor. Só faz prova plena apenas os factos que foram feitos diante a
presença do funcionário e nada mais.
Fé publica e (…).
Se não tiver presunção legal é considerado prova livre.
O documento particular está sujeito a impugnação. Pode o reu na contestação deduzir na
contestação.
Regulamento é direito interno.
Falsidade material e falsidade ideológica (alegar aquilo que não é verdade).
26-03-2019 (aula prática)
Esclarecimento de dúvidas para a frequência.
Inclusão do pedido reconvencional dentro da contestação. Não há uma divisão entre a
contestação e a reconvenção.
Articulado superveniente - inclui a contestação e a reconvenção.
Existem casos que não admite a réplica, que é o caso que acontece quando não existe
pedido reconvencional.

Caderno de Hipóteses
Hipótese 5 (cont.)
Ação de averiguação da paternidade. Que nasceu da convivência entre o senhor de Joaquim
com a mãe.
4- Um menor assinou uma procuração e isso tem a consequência de … por não ter
capacidade judiciária para assinar, teria que ser os pais a fazê-lo. Tem que haver um
despacho pré saneador (Art. 590º do CPC). Art. 16º do CPC – caberia á mãe o exercício do
poder paternal. Este artigo deve de ser articulado com o artigo 27º do CPC, para saber-mos
como é que o juiz pode suprir esta deficiência.
O juiz no despacho pré saneador deve dizer para a pessoa que o representa se vem ratificar
o ato que o menor fez ou não, se concorda ou não com aquele ato. Leva a parte a intervir no
processo. Também deve informar, em caso de nada ser dito pela parte num certo prazo
qual a consequência processual que o processo sofre que é a anulação de todos os passos
que se deram a partir da falta que se deu ou a irregularidade se deu, que foi desde a petição
inicial. E tendo sendo esse regulamento da petição inicial que tinha sido apresentada pelo
advogado que não tinha capacidade, e quando a petição inicial não produz efeito o réu á
absolvido da instância, porque sem petição inicial não existe processo.
A consequência varia quando muda a etapa em que se verifica esta falta ou deficiência.
Temos falar da exceção dilatória, o que é que o juiz tem que fazer, qual o conteúdo dessa
exceção dilatória e qual a consequência que se pode verificar se nada se fizer.
5-

19
6- A ação foi proposta num tribunal competência e houve uma audiência prévia.
Quem se viu prejudicado por esse despacho de não terem sido aceites os temas de prova
que tinham sido apresentados, recorreu ao juiz e esse indeferiu a reclamação. O que é que
acontece quando as partes não concordam com a decisão? Recorrer, mas temos que ver se
é admitido art. 596º do CPC – Quando se reclama é possível o recurso, mas não é imediato
só tem efeitos quando e recorre sobre um assunto que se recorre da decisão da sentença
que é proferida pelo Juiz da 1º instancia.
Hipótese 6
1- É uma ação declarativa, constitutiva de anulação e o processo é comum.
2- O tribunal de Almada tinha competência? Não, (aplica-se a regra geral, porque não
existe nenhum artigo em especial que se aplique á anulação do negócio jurídico. E a
regra geral é a do domicilio do réu – art. 80º do CPC. Que é o tribunal espanhol). Os
tribunais espanhóis são competentes para julgar o caso. E os portugueses? O
tribunal competente teria que ser o de Espanha que era onde deveria de ser
entregue a mercadoria. Existe uma incompetência territorial.
O problema é que temos diversos compradores um deles residente em Espanha e
dois em Portugal.
Temos um litisconsórcio necessário passivo (tem que estar todas as partes presentes
na ação), vai ter que ser proposta contra o Bento, o Carlos e Duarte. Mas sobretudo
a ação vai recair contra Duarte, pois não posso declarar a anulação do contrato
apenas para uma das partes, porque vai afetar todos os outros. São todos réus a não
ser que um deles também queira anular o negócio, mas para isso tinha que interpor
a ação juntamente com António o que não acontece.
Como esta situação conduz a que dois tribunais competentes para julgar a decisão a
escolha recai ao autor que tanto pode escolher o tribunal espanhol como o
português (de Sintra). O tribunal português tem competência Internacional, mas não
territorial.
3- Se acontece-se uma incompetência relativa (conhecendo exceções) e o Juiz remetia
para o tribunal competente.
a. Duarte pode propor a ação (incapacidade parcial). Tinha que ser o António a
propor a ação podendo apenas juntar uma declaração para se apresentar
como corador de António (Duarte). E só assim é que Duarte poderia propor a
ação, não o pode fazer diretamente. Existe uma ilegitimidade porque Duarte
não tem interesse direto na ação e propondo a ação diretamente
apresentava-se como parte do processo o que não é verdade. Art. Vai chamar
o António, que é o incapaz, para ver se ele concorda ou não com os atos
praticados pelo corador que é o Duarte.
b. Tem que chamar também o Bento e não apenas o Carlos. Chama-se por
situação á ação e tem prazo para se defender. Pela razão que vimos na
questão 2
Hipótese 7

20
1- O meio de defesa de A é a apresentação de uma contestação alegando que já tinha
pago e anexando as respetivas provas (cheque e a carta). Defesa por exceção
dilatória extinguida.
2- Principio do contraditório em que as partes se podem pronunciar em tudo o que é
apresentado. O meio a utilizar por B para se pronunciar não pode ser a réplica
porque não acontece nenhuma contestação, mas pode se pronunciar na audiência
prévia (art. 591º do CPC) – quando não existe audiência prévia isto acontece na
audiência final. O autor não se pode pronunciar por nenhum meio escrito sobre os
factos novos apresentados, o autor só se pode pronunciar de forma oral.
3- Art. 535º al. B) do CPC. O despacho pré saneador quando e admitido é considerado
obrigatório. Não proferiria um despacho pré saneador porque não existe nada que
se precise de ser corrigido – por parte das exceções dilatórias.
Mas segundo a prova documental, como no contrato estava descrito que se pagava
por transferência e paga por cheque (isso não tem mal porque está pago na mesma),
mas o cheque presentado e a carta registada não prova nada. O juiz tem que emitir
uma notificação ao réu para que este apresente um comprovativo de pagamento
que prove que esse valor saiu da conta bancária dele para a do autor. Por isso nestes
termos o despacho pé saneador é admitido.
4- .
a. Apresentamos uma revelia absoluta porque não se consideram provados os
elementos apresentados pelo autor. Qual é a consequência processual ou as
alterações que resultam de uma revelia inoperante no processo? Continua
com uma exceção dilatória que existe na petição inicial e só assim é que pode
haver um despacho pré saneador, porque uma revelia inoperante não
dispensa um despacho pré saneador. Na audiência prévia a prova tem que
ser feita pelo autor comprovando aquilo que alega.
Numa revelia o processo sege para despacho pré saneador e depois emite
um despacho pré saneador porque a revelia inoperante é emitido um
despacho pré saneador que limpa a necessidade de audiência prévia das
alíneas a) a d) do art. 592º do CPC e marca o julgamento. O autor tem que
provar os factos que alegou. A única que o juiz não pode fazer é a audiência
prévia que a al. A) do Art. 592º do CPC proíbe.
b. .
c. Art. 595º do CPC al. A) – Saber se essa análise tem força probatória formal
concreta ou não e a apreciação que nos foi apresentada é genérica o que
quer dizer se analisou os elementos concretos daquele processo e não foi
assim porque o Juiz não desenvolveu a sua análise, não analisou um por um.
Pressupõe uma análise concreta e fundamentada, mas o Juiz nunca faz isso.
Só faz isso quando existe algum problema ou que lhe é apresentado uma
exceção dilatória ou uma nulidade, e para o Juiz apreciar essa decisão tem
que fundamentar o que não acontece. – por isso é admitido neste caso que
ele apresente essa deficiência mais tarde.
Neste caso ele não tem que ser fundamentado.

21
Despacho saneador tabular (O juiz faz uma análise ao total do processo para
saber se está tudo bem e para proceder á próxima fase). Mas existem outros
tipos de despachos.
29-03-2019 (aula teórica)

Sumário:
Revisões para a primeira frequência de avaliação continua.

O que nos interessa são as ações declarativas comuns.


Temos a causa de pedir e a causa do pedido tem que indiciar os factos que levam a interpor
aquela ação se assim não for a ação pode ser logo indeferida ou perder a causa por não
estar devidamente fundamentada.
Matéria da primeira frequência até aqui
05-04-2019 (aula teórica)

Sumário: Direito probatório (continuação).

Prova documental.

Prova por confissão.

Correção da frequência.
Até que seja provado o contrario o prédio pertence ao que está inscrito da conservatória.
Art. 220º do CC – liberdade da forma.

22

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