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Teoria Geral do direito civil II

Teórica 5-2-2018

 Resumo do 1º semestre
o A TGDC estuda a relação jurídica.

Dever jurídico Direito subjetivo


Sujeições Direito protestativo

o Para que isso aconteça é necessário que haja pessoas (sujeitos).

S1 S2

o Tem que haver um facto jurídico, uma garantia para que haja uma relação
jurídica.
o Teoria Geral dos sujeitos da relação jurídica
 Pessoas singulares
 Pessoas coletivas (pág. 315 l.14) – ficamos aqui
 Pessoas coletivas

Associações Não visa o lucro Existem mais, mas estas são


Fundações as mais importantes.
Sociedades Visa o lucro
o As pessoas coletivas tem personalidade jurídica.
o Nota: O Consórcio não é uma pessoa coletiva e não tem personalidade
jurídica. Estão presentes no contrato, mas não tem personalidade jurídica.
o Capacidade jurídica (ponto 80, página 314). As pessoas coletivas tem
capacidade jurídica. Embora haja direitos que são apenas para as pessoas
singulares (ex: casar, testar, etc.).
o Art. 2033º nº2 CC – As pessoas coletivas também podem ser “alvos” dos
testamentários. Tem direito a secção testamentária contratual. Tem
capacidade sucessória. Mas se não houver testamento, nem familiares, mas
era ligado a uma associação. Pode ser sucessão?? Só pode haver uma
capacidade sucessória neste caso, que é a do Estado.
o Art. 2033º nº1 CC – O direito sucessório está vedado por lei.
o Art. 160º CC (complemento do art. 6º nº3 do código das sociedades
comerciais) – (mt. Imp) Há uma limitação ao exercício dos direitos ás pessoas
coletivas. A capacidade das pessoas coletivas apenas pode funcionar segundo
a sua finalidade. (EX: Uma sociedade não pode fazer uma doação, porque a
sua finalidade é obter lucro).
o Art. 294º CC – Se a efetuação de doações é contra a finalidade, o negócio é
considerado nulo.
o As sociedades podem fazer as chamadas doações remuneratórias, segundo o
Art. 941º do CC. (Ex: dar um prémio pelo serviço prestado ao longo do ano.)
o Art. 940º nº2 CC. – (Ex: A oferta de umas prendas de natal, de uma
compensação social, etc.) é permitida.
 Responsabilidade civil das pessoas coletivas
o Art. 165º do CC. – A pessoa coletiva tem que responder pelos atos cometidos
pelos seus representantes, etc.
Teoria Geral do direito civil II

Associação Representante
Fundação Agente
Sociedade Mandatário

o Pois tem o poder sobre essa pessoa, tem poder de controlo sobre esse
comissário. Agora depende se existe responsabilidade civil contratual ou
extracontratual.
o Responsabilidade civil contratual – Art. 800º do CC.
 O devedor se utilizar outra pessoa para fazer varias tarefas é
responsável pelos seus atos como se fosse ele próprio a praticá-los.
Porque podia ter sido ele a fazê-lo e não tinha que mandar o outro
faze-lo. Respondem objetivamente.
o Responsabilidade civil extracontratual – Art. 500º do CC.
 (Ex: Um jornalista que tem um inimigo e usa o jornal para dizer mal
dele)
Nº1 Nº2 Nº3
A lei exige que o comissário É preciso que o mandatário A culpa também pode ser da
também seja esteja a exercer a função, pessoa coletiva. (Ex: Um
responsabilizado. A pessoa senão ai a pessoa coletiva motorista que é obrigado a
coletiva responde ao lado não responde. (Ex: O trabalhar mais do que devia
dele, não o substitui. segurança para me impedir Art. 497º CC.
de entrar desrespeita a
minha integridade física e no
decorrer, a carteira cai para
o chão e o segurança furta a
carteira. A pessoa coletiva
responde pela agressão, mas
não pelo furto da carteira,
porque isso foi um
acontecimento por ocasião.).
 Art. 497º CC. – Se houver mais que um lesante a responsabilidade é
solidária, ou seja, o lesado tem o direito de pedir a cada um deles tudo
o que quer. Depois depende da culpa que cada um tem. O lesado pode
pedir tudo o que quer tanto á pessoa coletiva como ao lesante.
 Capacidade de exercício de direitos das pessoas coletivas
o Quem atua por elas depende do vinculo representativo ou um vinculo de
organicidade.
o Não existe responsabilidade dos atos dos representantes pelos representados,
mas o comissário pode ser representado pelo mandatário. (pág. 315 e 318 ,
ponto 79).
o Nota: Ponto 82 – Não interessa, interesse meramente histórico.
 Novo capítulo: Teoria geral do objeto da relação jurídica
o Quais são os possíveis objetos?
 É aquilo que é usado pelo direito subjetivo. Objeto da relação jurídica.
Visam ao titular obter poder sobre alguma coisa.
 O direito subjetivo visa satisfazer as necessidades do sujeito.
Teoria Geral do direito civil II

Conteúdo da relação jurídica diferente Objeto da relação jurídica


Relação entre a sujeição e o direito Aquilo que é usado para realizar a relação
subjetivo. jurídica entre os sujeitos.

 Prestação – conduta (dar, fazer, suportar, … ), algo que o obrigado tem


ou não tem que fazer, esta relação são obrigações. A prestação é o
objeto de uma obrigação.
 Art. 202 CC. – O legislador equiparou coisa a objeto da relação jurídica
( e fez mal ).
 Objetos possíveis:
 Coisas (materiais, imateriais (ex: direitos de autor)
 Prestações
 Modos de ser da pessoa (vida, honra, etc.)
 Pessoas de outrem (para proteger)
 Direitos sobre direitos
 Animais

Teórica 12-2-2018
Civil – população liberal

Sociedade – depende do objeto Comércio

Comercial - comércio
Industria
 Teoria Geral do objeto da relação jurídica
o Aquilo em que incidem os poderes do titular do direito subjetivo.
o Art. 202º CC
o Possíveis objetos:
 Prestação – direito do credor (Art. 397º e 398º do CC). A prestação
pode ser:
 Facto
o Negativo (Ex: não pagar)
o Positivo (Ex: prestação de uma atividade)
 Coisa – (Ex: eu vendo o meu telemóvel ao colega e sou
obrigado a entrega-lo).
 Art. 400º CC – determinação da prestação quando as partes
não o fazem. Nº2 – As partes podem não deixar logo
estipulada a prestação. (Ex: A empresa x comprou a A duas
empresas (K e W), mas não fixaram o preço. O preço é
estipulado por uma Auditora (uma valia 200 (K) e a outra -250
(W)). O vendedor não concorda, porque vende as empresas e
ainda tem que pagar 50. Isso é possível, pois a prestação pode
ser determinada por um terceiro.).
 Coisas (materiais (pode-se tocar) e imateriais).
 – Art. 1302º e 1303º CC – não são apenas as coisas corpóreas
que estão reguladas no CC, as coisas incorporais também
estão reguladas mas em leis especiais.
Teoria Geral do direito civil II

 Pessoas (para proteger) – Ex: Quando o pai tem o poder do filho com
o intuito de o proteger.
 Art. 1878º e 1887º CC – o objeto é o filho.
 Ex: direitos de personalidade tem como objeto também a
própria pessoa, outras pessoas ou aspetos da própria pessoa
(modos da pessoa).
 Por muito tempo foi criticado pela pessoa ser o sujeito e o
objeto do direito.
 Direitos sobre direitos – Art. 679º CC
 Ex: Uso o automóvel e se o comprador não me pagar, pode-se
fazer a penhora do automóvel.
 Art. 1439º CC
 Esses direitos que são objetos de outros direitos é possível em
casos excecionais.
 Animais – os animais não são coisas nem são pessoas, mas são lhes
aplicáveis as leis sobre as coisas.
 Art. 201º - B, C e Art. 1305º CC
o Uma coisa abandonada, pertence ao estado.
 Art. 210º nº2 CC – Coisas acessórias (Ex: Aquecedores)
 Art. 203º e seguintes do CC – classificação de coisas
o Património – é constituídos por relações jurídicos e não por coisas. Mais
comum dos seus significados :
 Património global – conjunto de relações ativas e passivas de uma
pessoa avaliável em dinheiro. Uma avaliação pecuniária, é aquilo que
pode ser avaliado em dinheiro. O que é suscetível de avaliação
pecuniária, tudo o que á avaliado pelo mercado, embora haja bens
que não são avaliáveis, como a vida humana. Art. 2030º CC –
Património/ Art. 154º CC -património global. Por vezes também se fala
em património bruto que é apenas o conjunto das relações jurídicas. É
importante para avaliar a função jurídica do património que é a
garantia das obrigações.
 Art. 601º CC – O património suscetível de penhora é o património
bruto, segundo o Art. 817º CC é apenas suscetível de executar o
património liquido, das relações jurídicas ativas.
 Património liquido = Conjunto das relações jurídicas ativas – o
conjunto das relações jurídicas passivas. O património é um objeto
único de direito? Não, tem que se fazer também conforme as
necessidades, só existe uma transformação, única do património que é
através do testamento. De resto tem que se preencher todas as
formalidades para cada parte do património.

Prática 14-2-2018

 Logradouro – É uma parcela de terreno junto á construção que lhe presta serventia.
 Art. 210º nº1 e 2
 Coisa acessória (Ex: aquecimento central) ≠ coisa integrante ( Ex: Aquecedor) – tudo
depende da interpretação das coisas, consoante a sua finalidade.
 Art. 210º nº1 e 2
Teoria Geral do direito civil II

 Coisa composta (Ex: Garrafa de água (várias peças) – Mas se o objeto for composto,
mas só tenha utilidade se estiver montada. As coisas num conjunto perderam a sua
autonomia. Mas se existem sempre exceções (Ex: rebanho) ≠ Coisa simples (Ex: monte
de areia).
 Fruto ≠ Produto (Ex: Ao vender os eucaliptos que tinha na quinta. Eles são fruto ou
produto? É um produto, porque não resulta do poder natural de se desenvolver, onde
se tira não nasce mais naquele sitio. Apenas quando as coisas não nascem do natural
meio reprodutor. A cria de uma ovelha é um fruto, depende do sistema reprodutivo da
coisa.
A renda de uma casa é fruto ou produto? É um fruto. E os juros bancários? É um fruto.
 Art. 1272º e 1275º CC – Benfeitoria – diferença de tratamento
Teórica 19-2-2018
 Os direitos intransmissíveis podem fazer parte do património?
o Património (conjunto de relações jurídicas qualificáveis em dinheiro)
 1) global – ativas e passivas
 2) bruto e liquido – ativas
 3) liquido ou saldo patrimonial – ativa menos as passivas
 O património é uma pluralidade de coisas.
 Cada pessoa tem o seu património.
 Não é exceção que a cada pessoa corresponda um património. Porque uma sociedade
é uma pessoa coletiva, diferente de uma pessoa singular que tem um património e a
uma pessoa coletiva tem outro património.
 È possível uma pessoa ter dois patrimónios e a cada um deles responderem x dividas?
o Pode haver património separado em que uma pessoa tem 2 patrimónios
separados. Qual é o critério para o distinguir? É o critério da responsabilidade
por dividas. Responder por dividas, saber se estarão afetadas por certas
dividas.
o A herança é o património +
 A herança responde pelas próprias dividas?
o Art. 2071º CC – “(…) a beneficio de inventário (…)”, só respondem os bens
inventariados a não ser que se prove que hajam outros bens.
o Só respondem pelas dividas da herança os bens inventariados. Não se pode
responder pelas dividas do herdeiro.
o Mas e se não houver inventário Nº 2 – não é preciso inventário, é aceite. O
herdeiro tem que provar que os bens da herança que não, são suficientes para
responder ás suas dividas. Enquanto se houver inventário é o credor que tem
que provar que havia outros bens. Só pode responder pelas dividas da herança
os bens da herança.
 E quando o herdeiro tem dividas, a herança responde por essas dividas?
o Art. 2070º CC – Os bens da herança respondem primeiro ás dividas da herança
e só depois, se sobrar, é que respondem pelas dividas pessoais.
o Nº3 – Nada é para sempre, as preferências mantem-se por 5 anos, a partir
desse tempo deixa de ser um património autónomo e separado.
 Existe património autónomo, porque a lei entende que tem habilitação especial, para
responder a tais dividas. Respondem primeiro pelas dividas que lhes estão ligadas.
 Art. 198º CC – Só na falta de incapacidade é que o património pessoal responde.
 Art. 997º CC -Podem exigir a excussão social e só depois é que respondem ao
património pessoal.
 Art. 999º CC – Enquanto a sociedade existir não se pode existir a liquidação.
Teoria Geral do direito civil II

 Em suma, uma pessoa pode ter dois patrimónios, embora a regra seja uma pessoa =
um património.
 E duas pessoas podem ter o mesmo património?
o Pode haver copropriedade por Ex: se 30 amigos comprarem uma caixa de
marcadores cada um ter (1 em 30 avos) da coisa. Mas não é um património
coletivo, pois cada um tem o seu direito da sua parte.
o Art. 1403º e 1404º do CC
o Art. 1408º CC – se ele vender aquela parte sem falar com os outros consórcios,
pode fazer. Pois cada um tem o seu direito.
o Art. 1412º CC – A lei admite que qualquer um deles possa vender a 3ª e que
cada um exija a divisão. Pois isto é fonte de muitos conflitos e afeta o
aproveitamento.
o O património coletivo fala-se de comunhão de lei comum solidarística. Coisas
que não se pode dividir. (Ex: bens comuns do casal, quando não existe o
regime de separação de bens. São património comum do casal).
o Será que existe uma ligação desse património do casal. Como sabemos se a
divida é pessoal ou comum. (Art. 1690º, 1691º e 1692º nº1 e 2 do CC). Será
que os bens próprios só respondem pelas dividas próprias ou também podem
responder pelas dividas comuns (Art. 1695º CC – pelas dividas comuns
respondem os bens comuns, só se não chegar é que se vai aos bens próprios;
Art. 1696º CC – Existe uma ligação entre os bens próprios e as dividas próprias,
e outra entre as dividas comuns pelas e o património comum. Só se os bens
comuns não chegarem é que os bens próprios respondem pelas dividas
comuns)).
 Teoria geral do facto jurídico
o Todos os acontecimentos jurídicos relevantes, pois ainda á acontecimentos
são irrelevantes para a jurisdição.
o Facto jurídico:
 Naturais / involuntários – consequência da ação da natureza
 Voluntárias/ atos jurídicos – são voluntários (podem ser:
 Conformidade:
o Lícitos – conforme o direito
o Ilícitos – desconformes o direito.
 Relação entre a vontade e os efeitos jurídicos que procedem:
o Meros atos jurídicos – Também são atos voluntários, e
os seus efeitos são previstos na lei. Não é preciso uma
declaração de vontade. Adquire-se o direito por causa
da lei.
o Negócio jurídicos – são factos voluntários que tem
declaração de vontade/negocial, são atos jurídicos
com várias declarações de vontade e são
juridicamente relevantes e os seus efeitos são
concordantes com o conteúdo de vontade das partes.
Declaração de vontade negocial.
 Simples atos jurídicos:
o Operações jurídicas – São atos materiais (ex: pesca,
caça, etc.)
o Declaração – quase negócios jurídicos (ex: quero que
me pagues no prazo de 30 dias.)
 Capítulo II
o O que é a aquisição, modificação e extinção da relação jurídica.
Teoria Geral do direito civil II

o Quando é que se dá a aquisição. Quando ela entra na esfera jurídica da


pessoa. É a ligação entre ela e o titular diferente da constituição de direitos,
em que se dá o surgimento de um direito. Existe duas formas de aquisição de
direitos.

Derivada Originária
Deriva não só do facto aquisitivo, mas Só tem haver com o facto aquisitivo. Dá-se
também de um direito anterior. (Ex: apesar de haver alguma coisa anterior. (Ex:
doação, compra e venda, …). Tem haver pescar um peixe)
com a causa, filia-se. Não existe filiação. A adquirição dá-se contra
direitos anteriores.
o A aquisição derivada pode ser distinguida:
 Translativa – não se constitui um novo direito, apenas passa de uma
pessoa para a outra (ex: compra e venda).
 Constitutiva – Existe um direito maior que pode para outra pessoa,
mas de uma forma menos abrangente. (Ex: Arrendamento).
o Art. 1057º CC – o que está em causa é a posição do locador. A compra e venda
não coloca em causa o locador, é para proteger o locador. (Ex: Uma pessoa
que tem o prédio arrendado e decide vender. Mas o inquilino está protegido
por este artigo.
o Art. 1059º CC remete Art. 424º CC
o Situação de subarrendamento – Ação derivada constitutiva
o Art. 1088º CC
o Quando dá-se a anulação do contrato de arrendamento, a propriedade volta a
A.
o Isso é uma aquisição derivada restitutiva, conhecida pela elasticidade ou força
expansiva do direito de propriedade.

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