Domingo, 7 de Abril de 2019

DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO

DON KIKAS E WALTER ANANAZ

Lembrança de antigas
inquietações
As canções “Esperança moribunda” e “Quem tem dinheiro”, de Don Kikas e Walter Ananaz respectivamente,
sucessos da década de 1990, foram entoadas em uníssono pela plateia da última edição dos Duetos N’Avenida,
numa sintomática evidência da força da música enquanto sinal dos tempos.

Curiosidades + Comer fora + Comer em casa + Reportagem + Cultura + Roteiro de casa + Roteiro de rua
 2 CURIOSIDADES Domingo
7 de Abril de 2019

Horóscopo
País
Carneiro de 21/03 a 20/04
DR
Saiba
Período desafiador, mas cheio de resultados e oportunidades.
Tente não desistir daquilo que quer. Tente ouvir mais os
seus sonhos e o seu coração e também a sua intuição.
Pode ser um óptimo momento para resgatar velhos sonhos
IECA
e projectos. Siga em frente com toda coragem e ousadia
que você sempre teve. Igreja Evangélica Congrega-
Touro de 21/04 a 20/05 cional em Angola (IECA) foi re-
É um momento de preparação interna. É hora de se fortalecer co n h e c i d a p e l o G o v e r n o
e buscar respostas dentro de você. Conversar com amigos Angolano aos 24 de Janeiro de
ou compartilhar responsabilidades com alguém são boas 1987, sob o Decreto Executivo
estratégias para lidar com os desafios que a semana oferece. nº 9/87 e sob o Registo nº 1 de
A semana também é óptima para resolver pendentes an- 24 de Outubro de 2005 do Mi-
tigos. nistério da Justiça. Entretanto
Gémeos de 21/05 a 20/06 foi fundada, aos 11 de Novem-
Um bom momento para fazer um balanço de todos os seus bro de 1880, data que marca
projectos. Olhe atentamente para tudo que está acontecendo a chegada dos seus primeiros
na sua vida e coloque mais energia naquilo que já está a missionários americanos, na
dar certo, ou que pelo menos tem tudo para acontecer. É antiga Ponte Cais de Benguela.
um bom momento para cortar o que não faz mais sentido A delegação foi constituída pe-
e não te faz bem nesse momento. los Reverendos Bagster que ti-
Caranguejo nha na altura 32 anos de idade
de 21/06 a 21/07 e era o chefe da delegação, Wil-
Dias super importantes no seu trabalho. E decisivos sobre liam Henry Sanders que tinha
os seus próximos passos e rumos. Não deixe de sonhar, mas na altura 25 anos de idade e
tente ser mais prático para escolher os melhores caminhos. pelo professor Samuel Taylor
Sobre os desafios que vai encontrar nos próximos dias, é o Miller, que era um Universitário
céu querendo ter a certeza se você está mesmo a seguir no ligado às questões sobre trans-
caminho certo. formação social (descendente
Leão
de 22/07 a 22/08
Você tem certeza sobre os seus sonhos e planos. Tem
Embala Belmonte de escravos Africanos, prova-
velmente originários desta An-
gola, nomeadamente Vie). Os
certeza está a ser justo com as pessoas que gostam de si? A Embala Belmonte está localizada na cidade do Cuito, província do Bié. Reza a história missionários entraram em Ben-
Está a dar espaço para que gente boa possa fazer parte que a mesma foi construída há 178 anos, tendo dado origem à antiga cidade de Silva guela e desta Província foram
da sua vida? Não desanime diante de alguns nãos que a Porto, na sequência de um acordo de fidelidade entre os nativos do Reino do Viyé e o se estendendo para o interior
vida pode te dar agora. aproveite para abrir novas frentes sertanejo Silva Porto. Durante este período albergou vários sobas e regedores e é um do País. Portanto 300 anos mais
e possibilidades. dos símbolos do poder tradicional. O complexo possui uma área aproximada de 2000 tarde depois da chegada do
Virgem metros quadrados. português Diogo Cão em Angola
de 23/08 a 22/09
DR
Valorize mais as suas boas relações. A semana é de en-
contros e conversas importantes e decisivas. É um óptimo
momento para resolver coisas práticas, burocracias e Fazem anos esta semana
assuntos financeiros. Um óptimo momento para resolver
pendentes e fazer mudanças. Começar agora, só se você
tiver muita certeza.
Balança
de 23/09 a 22/10
JORGE EURICO
Semana desafiadora, especialmente nas suas relações. Tente Jornalista com uma caminhada profissional invejável, Jorge
perceber o quanto as relações têm tido uma troca justa e equi- Eurico nasceu no dia 8 de Abril. Da sua trajectória profissional
librada, o quanto você e a outra pessoa estão mesmo com- destacam-se passagens pela TV Zimbo, Jornal de Angola e
prometidos e o quanto cada pessoa faz ou não faz bem para Rádio Nacional de Angola. Jorge Eurico integra o grupo de
si. São dias produtivos e mais tranquilos no trabalho. "ouro" do primeiro curso de jornalismo realizado nas
Escorpião instalações do Instituto Médio de Economia de Luanda (IMEL).
de 23/10 a 21/11
Por mais responsabilidades e coisas para fazer, tente
divertir-se. Um novo amor pode surgir, ou mesmo um
clima entre você e alguém de quem você é muito amigo
pode trazer alguma coisa interessante para a sua vida.
São dias produtivos, mas cheios de desafios no trabalho CÉSAR SILVEIRA
e na sua rotina. Organize-se melhor.
Sagitário Redactor e editor do semanário Valor Económico, César isto é, em 1482. O trabalho mis-
de 22/11 a 21/12 Silveira nasceu no dia 8 de Abril. Jovem dinâmico e sionário desenvolvido por estes
Talvez não seja assim tão fácil divertir-se. Então, foco nas ambicioso do ponto de vista profissional, César Silveira homens de fé e mais tarde por
responsabilidades e em tudo que é mais urgente. É aquela destaca-se pelas suas excelentes abordagens jornalísticas outros que se seguiram (entre
velha história de primeiro o dever e depois o prazer. São na vertente económica. Fez parte do surgimento dos mais nacionais e estrangeiros) ex-
dias agradáveis no ambiente familiar e óptimos para você diferentes títulos jornalísticos da imprensa privada em pandiu-se por quase toda An-
cuidar e organizar as coisas da casa. Angola. gola. Muitas missões e centros
Capricórnio evangélicos foram fundados
O Museu do Louvre, em Paris,
de 22/12 a 20/01 para
tem umaajudar
dasos homensde
colecções e mu-
arte
Algum assunto de família pode dar mais trabalho. E é um lheres, crianças
mais ricas e velhos aEncon-
do mundo. serem
momento para perceber mais claramente os limites que perfeitos
tram-se nelae perfeitamente
representadosha- to-
existem em você e nas pessoas mais próximas. Não deixe bilitados para toda
dos os períodos a boa
da arte obra.
europeia
para amanhã o que pode fazer hoje e não acumule pendentes. NELO BODE As
atémissões e os centros
ao Impressionismo. evan-
O museu
A semana é óptima para viajar e também para conversas, gélicos
é um vastotinham para além
complexo de 200 de
cursos e estudos. Quadro sénior da Televisão Pública de Angola (TPA), templos, escolas,
000 quadrados, hospitais,
que compreen-
Aquário Nelo Bode nasceu no dia 9 de Abril. O profissional é um internatos, residências de apoio
de sete departamentos, dedi-
21/01 a 19/02 dos mais exímios operadores de imagens da TPA. A de- ao trabalho
cados eclesiástico,
a antiguidades terras
egípcias,
Cuidado com as conversas. Escolha bem as palavras e na dicação e profissionalismo fazem de Nelo Bode um dos aráveis
orientais,para a prática
gregas da agri-
e romanas,
dúvida prefira o silêncio. Escute primeiro, fale depois. São trabalhadores mais requisitados para as grandes cultura e pecuária.
escultura, pintura eA desenho.
Igreja ini-
bons dias para investir energia em cuidar de você e organizar coberturas jornalísticas da Televisão Pública de Angola. ciou como
Alberga uma ummagnífica
movimento co-
melhor a sua vida e rotina. Tente pegar mais leve com religioso
lecção dede educação
pintores para a
europeus
você e com os outros. Pode rolar um novo amor. Vida transformação
como Leonardosocial, da Vinci,com Ra-o
social mais intensa. objectivo
fael, Rubens,de Rembrandt,
trazer os autóc- Ver-
Peixes de 20/02 a 20/03 tones
meer eà dignidade
Goya, entre desejável
muitos
São dias mais felizes e é importante você ter a certeza se de filhoContém
outros. de Deus.obras-primas
Para imple-
está a aproveitar bem a vida. Aproveite esses dias para RAÚL LIMA mentar este objectivo
da Renascença escolheu
italiana e do
aumentar a sua vaidade e cuidar melhor de si, seja da as áreas ebarroco.
período comunidades rurais,
Encontram-
sua energia como do seu corpo, mente, emoções e visual. Deputado pela bancada parlamentar do MPLA, Raúl tendo como destino
se expostos objectos o reinado
de arte
Muito cuidado com os gastos e assuntos financeiros. Augusto Lima nasceu na cidade do Huambo no dia 9 de Vie (Bié).
medieval, Porém, a história
renascentista e mo-
de Abril. Pós-graduado em Gestão de Investimento e assegura
derna, bem quecomopassando pelo
os tesouros
Comércio Internacional, foi um dos rostos do asso- território do Rei Ekuikui
dos reis franceses. II, Rei-
No depar-
ciativismo juvenil em Portugal, onde esteve a frequentar no do Bailundo,
tamento foram detec-
de antiguidades
Editor-Chefe: António Cruz
Editor: Isaquiel Cori
o ensino superior. Actualmente é o segundo secretário tados
orientaiscomo estrangeiros
encontra-se uma im- e
Subeditores: Edna Cauxeiro e Ferraz Neto de mesa da Assembleia Nacional. solicitados a apresentarem-se
portante colecção de arte da
Edição de Arte: Salvador Escórcio, Raúl perante o Rei.
Mesopotâmia.
Geremias, Henrique Faztudo e A.Quipuna
Textos: Analtino Santos, Mário Cohen,
No séculoFonte:XIIIgreja
foi neste local
Evangélica
Fim-de-Semana Guimarães Silva. Congregacional em Angola
Fotos: JAimagens e Globo
 3 CAPA Domingo
7 de Abril de 2019

DON KIKAS E WALTER ANANAZ NO DUETOS N’AVENIDA

Quando a música desperta
antigas inquietações
A forma acalorada e sentida como as canções “Esperança moribunda” e “Quem tem dinheiro”, respectivamente
de Don Kikas e Walter Ananaz, foram recebidas pela plateia da última edição dos Duetos N’Avenida, na Casa 70,
diz muito do actual estado de alma de uma franja significativa de angolanos
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Analtino Santos

Em ambas as composições
é notória a preocupação dos
“artivistas” (neologismo que
junta as palavras artistas e
activistas) com as makas que
estamos com elas. Volvidas
cerca de duas décadas, “Es-
p e ra n ç a m o r i b u n d a ” e
“Quem tem dinheiro” con-
tinuam actuais e reflectem o
país real, onde se, por um la-
do, temos uma “terra linda,
rica, bonita até demais”, por
outro temos a “ambição e
muito mais” que esteve na
origem de muitos dos males
do país. É o lado mágico da
arte musical, com palavras
e sons a despertar memórias
de outros tempos e a embalar
os ouvintes para um tempo
de inquietação situado entre
o presente e o futuro.
A música ao vivo arran-
cou ao som de “Timidez”,
com interpretação inicial
de Don Kikas, que nessa
noite despiu-se da sua “vi-
be” sensual e consagrou-se
como artista com pinta de
showman. Seguiram-se “Pu-
ra sedução” e a conhecida
“Indelével”, interpretadas
em puro dueto, intercaladas boite”, tema que nos anos De Walter Ananaz os hits mas “João dya Nzambi” e nas vésperas do 4 de Abril. nina, Yola Semedo e Pérola.
pela novidade “Basta”, tema 1980 fez furor ao retratar a "Nhá maneira" e "Mor" fo- "Sexta-feira". Faltou tam- A produtora Zona Jovem Estão ainda programados
promocional do próximo ál- vida da mulher que aban- ram os grandes ausentes, bém o discernimento para regressa com os Duetos N’A- Calado Show e Gilmário
bum de Don Kikas,e “Mira- donava o lar e deixava o filho ao passo de Don Kikas pri- colocar no alinhamento do venida este mês Abril, tra- (Maio), Ary e Kyaku Kya-
gem”,daqueles bons temas no afã da diversão nas casas maram pela ausência os te- show o “Kilapanga da Paz”, zendo uma proposta femi- daff (Junho).
perdidos de Walter Ananaz, nocturnas. O ex-integrante
assim como “Je suis lá”. dos Gambuzinos, que seno-
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Surgiu então uma sequência tabilizou com “Kalumba”
de sucessos que fizeram reviver na década de 70, ainda fez
um passado bem mwangolê, vibrar a plateia ao interpretar
como a expulsão de um pe- o tema “Kizaca”.
netra no boda em “Pato fora”, A noite estava a ficar no
a vida quando estamos piores ponto. A plateia cantou em
que um cão em “Solidão”, o coro “Como foi bom”, en-
boss que só dá kumbú e não quanto o showman, com al-
amor real em “Check check”, guns toques, mostrava o seu
além de outros, como a pro- lado sensual nos temas “Sexy
posta do “Semba matinal”, bany” “Angolamente sen-
que fez diferente num alinha- sual”, “Nady”, “Kifuami kia-
mento de Kizomba. mi” e “Na lama do amor”,
A balada “Mais um do- dentre outros.
mingo”, tema que Don Kikas
afirmou ser um dos mais be- Convidada surpresa
los de Walter Ananaz, foi Pérola foi a convidada surpresa.
bem apropriada e caiu como Subiu ao palco para cantar
prenúncio de “Será diferen- “Amor de ninguém”, tema
te”. Foi mesmo tudo dife- que sem medo de errar é um
rente, até a postura super dos mais aclamados duetos
solta do recém-baptizado de estúdio dos últimos tempos
Homem de Toda a Tonga e e que pode ser encontrado no
o jeito natural com o sumo álbum “Regresso à base”.
de uva e a cerveja em palco Para o fecho dos temas de
a fazerem justiça ao tema Walter Ananáz a plateia de-
em que Kikas convida os liciou-se com “Me desculpa”
melómanos a apreciarem as e “Suly”, e do Don Kikas que
bebidas da terra. não é o Juan a socialmente
Num momento de home- interventiva “Esperança mo-
nagem prestigiou o palco ribunda” e “1900 Kabuza”,
Dualy Jair, o homem do Kim- outra história bem cantada
bundu com dicção a “putu”. sobre os “problemas que es-
Foi sua aposta“De boite em tamos com eles”.
 4 ENTREVISTA
“Precisamos de condições para
preparar bem a competição”
Os Palancas Negras começam a preparar em Luanda, no dia 1 de Junho, com 27 atletas, a participação na fase final da 32.ª edição
da Taça de África das Nações (CAN), a ter lugar de 21 de Junho a 19 de Julho, no Egipto. Em entrevista ao Jornal de Angola, o
seleccionador nacional, Srdjan Vasiljevic, que completou 46 anos na segunda-feira passada, defendeu a realização de um estágio
da Selecção Nacional de Honras de Futebol, num país próximo do Egipto, para evitar uma longa viagem até ao local da
competição e para a adaptação ao clima idêntico ao do palco da prova. Srdjan Vasiljevic disse que para o CAN vai levar 23
António Cristóvão
Quando é que começa a pre-
paração dos Palancas Negras
para a fase final da 32.ª edição
da Taça de África das Nações?
É uma grande satisfação ter
apurado Angola ao CAN do Egip-
to. Quando vim para Angola e
estava a negociar com a direcção
da federação, estabeleci dois
objectivos: o apuramento para
o CAN e fazer todos os possíveis
para a qualificação ao mundial
do Qatar, em 2022. O CAN já
conseguimos. Agora, temos a
obrigação de apresentar uma
excelente selecção na compe-
tição. Até agora nunca prometi
nada. O programa de prepara-
ção para o CAN já existe. O que
espero e, foi combinado com
a direcção da federação, são
as condições para uma prepa-
ração com qualidade. Para criar
um bom ambiente e relações
humanas e irmos para o CAN
com uma Selecção Nacional
no seu melhor.
Que condições solicitou à FAF
para fazer uma óptima parti-
cipação no CAN?
Pedimos o primordial, as con-
dições para a recuperação dos
jogadores depois dos cam-
peonatos difíceis. Queremos
realizar a preparação num país
com condições climatéricas
semelhantes à do Egipto. Estou
a falar de um bom campo, de
boas condições para a recu-
peração depois de um trabalho
intenso e de se providenciar,
nesse período, no mínimo,
dois jogos amistosos. É im-
portante que o local de pre-
paração não seja muito afas-
tado do Egipto, para termos
uma viagem curta e sem can-
saço para os jogadores.
Depois da qualificação na ci-
dade de Fancistown, o presi-
dente da FAF, Artur Almeida
e Silva, anunciou que o estágio
dos Palancas Negras seria rea-
lizado na África do Sul, devido
aos custos da estadia. Seria
bem-vindo?
Tivemos uma grande pressão
antes do jogo. Dez dias antes
da partida, tive de apanhar al-
gumas injecções, por estar com
febres altas. Estávamos cientes
de que só uma vitória nos qua-
lificava para o CAN. Quando
terminou o jogo com um resul-
tado positivo, todas as emoções
transbordaram. Naquela altura
falámos de muitas coisas, sem
termos abordado este assunto
e analisado esta situação. Na-
quilo que posso dizer neste mo-
mento, é que ainda não falei
Domingo
7 de Abril e 2019
SRDJAN VASILJEVIC FALA DO CAN NO EGIPTO
jogadores, dos quais três guarda-redes.
EDIÇÕES NOVEMBRO
com a direcção da federação
onde iremos realizar a prepa-
ração. Temos que sentar, ana-
lisar e combinar. Como disse,
temos que encontrar e provi-
denciar as condições adequa-
das. Se conseguirmos criar as
condições de alta qualidade
para a preparação, poderemos
representar bem Angola. O con-
trário poderá criar muitos pro-
blemas.
Quando é que pensa sentar-
se com a FAF para tratar da
questão da preparação?
O tempo está curto. Vamos
procurar fazê-lo na próxima
semana. Outra coisa que nos
aguarda é o sorteio no Egipto.
É através do sorteio que vamos
ter várias respostas. Vamos sa-
ber onde estaremos concen-
trados e disputar a competição
e quando será o nosso primeiro
jogo. É um factor importante.
Com as datas das partidas pro-
gramadas, vamos saber car-
regar fisicamente a equipa e
quanto será suficiente para
poder recuperá-la.
Quando é que pensa anunciar
a convocatória e dar início
aos trabalhos de preparação?
Primeiro, a data final do Girabola
2018/2019 e depois da Taça de tantes 20 jogadores. No início as coisas do jeito que elas são, agora é que começam a con- fazer para uma boa partici-
Angola. A primeira competição da preparação, teremos quatro franca e sinceramente. Desta tactar-me, o que permitiu o re- pação no CAN?
termina no dia 12 de Maio, a atletas a mais. Depois, no Egipto, forma podemos obter a con- sultado alcançado. Todos eles Tenho um jeito específico de
segunda disputa a final a 25 de vamos ter três guarda-redes e fiança. Com trabalho no campo agora gostariam de ser parte preparar a equipa. Temos a in-
Maio. Temos de ter em consi- mais 20 atletas. e os resultados obtidos, criamos integrante desta equipa. Vou formação de que os jogadores
deração o estado de saúde dos e conseguimos um certo nível dar-lhe um dado. Tenho uma estão a sair de campeonatos
jogadores, pois vêem de cam- de autoridade que os jogadores lista de 150 atletas do Girabola. duros. A primeira obrigação é
peonatos duros e longos. Temos sabem reconhecer e respeitar. Se formos fazer a análise esta- recuperar os jogadores tendo
de trabalhar na sua recuperação. Da nossa parte, é uma honra tística com relação a este nú- em consideração que o cam-
A intenção é iniciarmos a pre- jogar pela Selecção Nacional. mero, mais de 65 por cento peonato começa no dia 21 de
paração no dia 30 de Maio ou “Quando vim para Só era necessário recuperar a destes jogadores já fizeram Junho, no Egipto. Se iniciarmos
1 de Junho, para os jogadores Angola... estabeleci confiança deles e começarem parte da preparação da Selecção a preparação no dia 1 de Junho,
terem, pelo menos, cinco dias a acreditar que aqui vão ter Nacional. Para este Girabola, teremos praticamente 15 dias
para descansar com as famílias. dois objectivos: o boas condições para trabalha- nós precisamos elevar a qua- para trabalhar. E nesses dias,
Os campeonatos dos atletas apuramento para o rem e, com o bom trabalho, te- lidade e o nível do jogo. Angola se disputarmos três jogos amis-
da diáspora também terminam rem a possibilidade de criarem possui esta qualidade e de cer- tosos seria em cada cinco dias
no meio de Maio. Terão um pe- CAN e fazer todos bons resultados. Na primeira teza que não vou ampliar este um desafio particular. Isso seria
ríodo mais prolongado de des- os possíveis para a convocatória contra a Zâmbia, novo leque de jogadores em o máximo. Seria importante
canso. Mas o programa indivi- só vieram dois jogadores da um número muito grande. Es- apenas dois amistosos.
dual de treino que vão ter já qualificação ao diáspora. Veio somente o Djal- pero que sejam no máximo Já tem os possíveis adver-
está preparado para os joga- mundial do Qatar, ma Campos e o Bastos Quis- mais quatro jogadores. sários para os jogos de pre-
dores do exterior. O programa sanga. Com o andar do tempo, Teremos novidades na Se- paração?
para nos agruparmos seria no em 2022. O CAN já eles comunicavam-se entre lecção com jogadores da Por enquanto não. De qualquer
dia 1 de Junho. conseguimos” eles de que o ambiente é bom diáspora? forma não gostaria de ter um
Quantos jogadores o selec- e que havia a possibilidade de Disse que estou à espera e adversário muitíssimo forte ou
cionador pensa convocar para se fazer um bom resultado. aguardando. São jogadores muito fraco, porque temos de
os Palancas Negras? Eles demonstraram e fizeram de alta qualidade e nível. Já prestar atenção ao moral da
Um número que não seja gran- Como está a relação entre o isto. Felicito todos eles pelo temos jogadores deste tipo na equipa. Temos de entrar no
de. Os jogadores têm as suas seleccionador e os jogadores comportamento. Selecção Nacional, mas dese- campeonato estável emocio-
emoções e expectativas. São da diáspora? Além dos jogadores que uti- jamos mais alguns em certos nalmente e motivados.
pessoas com carácter e men- O essencial no nosso trabalho lizou na campanha, pensa in- sectores, para manter a con- Sente que a equipa técnica
talidade. Não seria bom termos é que somos profissionais, antes cluir novos atletas? corrência na equipa. está completa para realizar
um grupo grande e depois ter de tudo. Fazemos o nosso ser- Não deixo de fazer contactos Poderia dizer-nos qual é o sec- um excelente CAN?
de dispensar um por um. De viço, do mesmo jeito que os jo- com os atletas do exterior. Tenho tor que precisa ser reforçado? Sim. Sempre falamos da nossa
qualquer forma, vamos estar gadores que têm famílias que feito sempre. A base é de joga- Não gostaria de falar. Se disser equipa técnica. Talvez as pes-
na situação de fazermos isto, dependem do trabalho deles. dores da diáspora e em Angola. as posições dos atletas, já lhe soas não me entendam algumas
mas o número óptimo para a O mais importante nesta relação Trabalho no sentido de procurar estaria a dizer os nomes. Vamos vezes. Quando menciono estas
nossa preparação ronda entre é manter o nível profissional. novos jogadores e de manter aguardar. pessoas, muitos pensam que
os três guarda-redes e os res- Temos de ser sinceros e falar contacto com os mesmos. Eles Quantos jogos gostaria de estas é que têm mérito pelo su-
 Domingo
7 de Abril de 2019
cesso. O mérito é de todos, mas
às vezes digo que é importante
o papel de Love Cabungula, Sil-
vestre “Pelé”, Chila Muemba,
os Doutores Pedro Miguel e
Agostinho da Costa. Há outras
pessoas que ajudam na recu-
peração dos jogadores, como
são os casos de Felisberto Di-
reito, George Miguel, Pedro Qui-
fucussa “Mampela”, Raimundo
Ngongue “Barbosa”, Oliveira
Huango, Paulo Ribeiro e pessoal
da segurança. Temos o Sasa,
Alexandar Jovic e Maksimovic.
É conhecido como um indiví-
duo ambicioso e optimista.
Que objectivo é que traça para
os Palancas Negras no CAN?
Já estava preparado para uma
questão destas. Temos de estar
atentos. O primeiro objectivo
da minha equipa técnica já foi
alcançado, que era a qualifica-
ção. Não vamos esquecer um
dado. Quando entrámos na
competição com esta equipa
técnica, éramos o último do
grupo, sem pontos. É uma res-
posta muito complexa. Durante
a campanha, não prometia na-
da. Disse que iríamos trabalhar
e preparar. Temos uma equipa
que não era para um prazo curto,
mas para o futuro, para os pró-
ximos dez anos. Se nos forem
criadas as melhores condições
de trabalho, vamos para o CAN
jogar futebol e apresentar uma
Angola no jeito positivo possível.
Vamos ser profissionais e dar
tudo da nossa parte para ele-
varmos os níveis. Novamente,
não posso prometer nada.
Sente-se bem em Angola?
Sinto-me bem. Raramente vou
para o meu país. Estive apenas
duas vezes. No Hotel Samba,
sinto-me em casa. Aqui vive
a equipa técnica da Selecção
Nacional, onde também se faz
a concentração dos Palancas
Negras. Já entendi aqui como
se vive e conheço a mentali-
dade da maioria das pessoas.
Tento encontrar o meu lugar.
Respeito todo o mundo, para
não ofender ninguém e para
não ser ofendido.
Em algum momento sentiu-
se irritado com a crítica da
imprensa?
Não. Agradeço à comunicação
social pelas críticas positivas
e ao mesmo tempo pelas ne-
gativas, porque são elas que
geram a minha força para con-
tinuar a trabalhar. Conseguimos
o primeiro objectivo, que era
de qualificar Angola ao CAN.
Gostaria de nos preparar para
o segundo objectivo, que é
lutar pelo apuramento no Cam-
peonato do Mundo, no Qatar,
em 2020.
O seu contrato termina no
próximo mês de Dezembro.
Pensa continuar?
Realmente, o contrato expira
em Dezembro. Mas como sou
profissional, neste momento
não é da minha competência
pensar se o vínculo vai ser pror-
rogado ou não. Isso é obrigação
da federação. A decisão é da
direcção da federação se vão
querer prorrogar ou não. Neste
momento, estou focado nas
obrigações da preparação da
estratégia e das condições para
o CAN. O resto fica de parte.
Alguma vez foi assediado para
orientar uma equipa do Gira-
bola?
Isto não é verdade. Se fosse,
lhe diria.
Vamos continuar assim até à
fase final do CAN?
É uma família que criámos na
qual existe respeito, conside-
ração, entendimento mútuo e
um grande apoio entre todos
nós. Não seria conveniente que-
brar. Não, especialmente quando
nos aguarda um campeonato.
O mérito é de todos os jogado-
res. Só vamos trabalhar para
trazer a qualidade, para apre-
sentar o futebol angolano no
mais alto nível.
Disse que tem uma lista de
150 jogadores observados no
Girabola e do exterior do país?
Posso dizer-lhe, são 100 fute-
bolistas. Quando vim para An-
gola, mostrei o projecto e falei
com um homólogo que ainda
continua na federação. Ques-
tionou-me onde tinha tirado a
lista contendo os 100 nomes.
Preparei e sabia que num do-
cumento tinha todos os joga-
dores do Girabola e noutro tinha
os nomes dos elementos da
diáspora. Perguntou-me se
podia tirar uma foto da lista e
disse-lhe que podia tirar, se qui-
sesse. Depois, disse-me que
aqui ninguém tinha isto.
Quais foram as principais di-
ficuldades sentidas durante
a campanha de apuramento
ao CAN?
Podemos recuar um bocadinho
“Nunca disse à
opinião pública que
tinha problemas
financeiros. Essas
coisas ficam em
casa. Sempre pedi
condições de
trabalho.”
no tempo. Quando nos con-
centrámos no Hotel Belo Ho-
rizonte para a preparação do
CHAN, em Marrocos, na primeira
reunião com os jogadores es-
perava uma sala cheia, mas a
equipa técnica da Selecção Na-
cional só encontrou oito joga-
dores. Este foi o primeiro choque
que vivi e não sabia o que fazer
naquele momento. Depois, re-
cebi um grande apoio e ajuda
dos técnicos “Love” Cabungula,
Silvestre “Pelé”e “Chila” Muem-
ba. Começaram a sugerir novos
nomes de atletas e depois de
dois dias já tínhamos 35 joga-
dores na concentração. Esta
foi a minha primeira dificuldade.
Mas fomos ao CHAN com uma
vontade e crença. Calhámos
num grupo forte, com Camarões,
Burkina Faso e a República De-
mocrática do Congo. Fomos
eliminados nos quartos-de-
final pela Nigéria, mas foi um
azar. Foi o momento que os jo-
gadores passaram a acreditar
e depois as coisas passaram a
correr com mais facilidade. No
primeiro jogo, com o Botswana
em Luanda, ocorreu-me uma
pergunta: Será que todos os
jogadores vão aparecer mesmo?
Quando vi que vieram, sabia
que teríamos êxito. Quando vi
o Mateus Galiano, um grande
capitão com autoridade, vi o
Djalma Campos, Bastos Quis-
sanga, Freddy, Gelson Dala e
Geraldo, sabia que iríamos con-
seguir o planeado. O que criou
um impacto em mim foi quando
disputámos o primeiro jogo
com o Botswana perante 45 mil
espectadores. Foi a maior im-
pressão da minha carreira como
técnico de futebol. Tinha a ex-
pectativa de que o estádio iria
encher daquele jeito.
Trabalhou um longo período
sem salário. Algum dia pensou
abandonar o comando técnico
e onde foi buscar a motivação
para se manter no cargo?
Nós somos profissionais. Quan-
do te posicionas como profis-
sional e tratas de fazer o teu
serviço, aguardas que sejas re-
munerados por isso. Nunca
disse à opinião pública que
tinha problemas financeiros.
Essas coisas ficam em casa.
Sempre pedi a criação de con-
dições de trabalho. O dinheiro
é importante. As nossas famílias
encontram-se a 15 mil quiló-
metros de Angola e vivem do
fruto do nosso trabalho. Como
qualquer angolano que traba-
lha e sustenta a sua família,
também nós. Entretanto, isto
nunca foi impedimento de con-
tinuar a fazer o nosso trabalho.
A minha motivação foi sempre
não desapontar os jogadores
e a população que sempre nos
deu apoio.
Tem conhecimento do futebol
africano e tem preferência
dos adversários na prova?
No que se trata de ir assistir ao
sorteio, isto depende da fede-
ração. Para o sorteio têm de ir
pessoas para sondar as loca-
lidades onde possivelmente
podemos estar alojados e ver
os campos onde podemos trei-
nar. Se fosse eu a decidir, man-
dava lá as pessoas que já têm
experiência para não deixar
coisas ao acaso. É necessária
a comunicação, pessoas que
têm domínio de certas línguas.
Não é só o momento de tirar
fotografias, mas também temos
de trabalhar.
Que acha do nível técnico do
Girabola?
Gostaria de dizer que, nas con-
dições climatéricas em que se
joga o Girabola em alguns de-
safios, o seu horário deveria
ser alterado. Alguns jogos são
disputados às 15h00, quando
está muito calor. Nestas con-
dições, é difícil qualquer jogador
dar o máximo de si. Quando
assisti a jogos nocturnos havia
mais agressividade, qualidade
e corria-se. Angola tem o seu
potencial. O Girabola também
possui equipas com qualidade.
Tem técnicos com qualidade.
Os resultados são sempre uma
incógnita mesmo quando jogam
as grandes equipas. Por exem-
plo, aconteceu quando o Petro
de Luanda perdeu contra o Re-
creativo da Caála no Huambo.
Respeito o trabalho do técnico
Zeca Amaral, Mário Soares, Al-
bano César, Miller Gomes, Goiko
Zec, Zoran Maki, Drulovic. Angola
tem potencial, mas tem de ser
desenvolvido continuamente
para melhorar as coisas. O futuro
é mais para coisas positivas e
não para negativas.
Qual é sua relação com os trei-
nadores no país?
Estou a aprender a falar por-
tuguês. Alguns ficaram surpre-
sos quando falei algumas
palavras na TV e na Rádio, mas
ainda não estou num nível bom.
A cooperação com os treina-
dores é boa, com muita com-
preensão. Temos uma óptima
comunicação para compreender
o que eles fazem, trabalham e
o pensam sobre o futebol. Es-
queci-me de mencionar o téc-
nico Romeu Filemon, com quem
tenho falado constantemente.
Quando deixo passar alguns
nomes, não faço propositada-
mente. São muitas pessoas e
tenho uma lista deles (os téc-
nicos). Estou satisfeito por ter
falado com o Oliveira Gonçalves.
Antes de vir para Angola, sabia
ENTREVISTA 5
EDIÇÕES NOVEMBRO
dos êxitos dele e agora temos
tido a oportunidade de con-
versar. Que o futebol se desen-
volva para que regresse como
foi em 2006.
Que preparou especificamente
para melhorar a eficácia do
ataque dos Palancas Negras?
Quando falamos da qualidade
do ataque e das oportunidades,
temos que ter em mente o valor
do nosso adversário. Quais são
as características dos nossos
jogadores do ataque. Temos
um jogador do centro do ataque
que é o Gelson Dala, mas ele
não é atacante central clássico.
Ele pode jogar atrás do ponta,
no extremo esquerdo e no di-
reito. Significa que em Angola
não tem um avançado típico e
um clássico central. Entretanto,
como não temos um jogador
com este perfil, temos um estilo
específico de jogo que compo-
mos com as características dos
nossos atletas. Se, no futuro,
encontrarmos um atacante clás-
sico, então o nosso jogo já não
terá este modelo. Vou dar-vos
um dado estatístico dos últimos
cinco jogos: Fizemos uma média
para cada desafio. Foi em nosso
favor, com 54 por cento contra
46 da posse de bola. Pontapés
de cantos, foram seis a favor
da Selecção Nacional, contra
três dos adversários. Passes
certeiros, são 403, e para os
nossos adversários foram 353.
Em disputas de bola, Angola
conseguiu 57 por cento e 43
para os adversários. Tivemos
uma média de 11 remates para
a baliza e conseguimos cinco
golos, já os nossos adversários
remataram oito e marcaram
dois. Em passes finais, Angola
teve dez e os adversários quatro,
enquanto nos duelos somámos
57 e os opositores 43. Angola
fez 16 faltas e os adversários
fizeram 19. Estes dados dão in-
dícios de que a Selecção Na-
cional não é muito agressiva,
mas consegue disputar bolas
sem faltas. Por isso é que ocu-
pamos a primeira posição do
grupo I da campanha de apu-
ramento ao CAN no Egipto.
 6 FESTAS
Espectáculo musical e pirotécnico
marca o fim das Festas do Mar
João Upale|
A Edições Novembro, pro-
prietária do Jornal de Angola,
Jornal dos Desportos, Eco-
nomia e Finanças e Jornal
Cultural, foi no domingo dis-
tinguida em Moçâmedes,
província do Namibe, com
um diploma de mérito, pela
cobertura jornalística das
tradicionais Festas do Mar,
que terminaram no dia 31
de Março.
Na homenagem, o gover-
nador Carlos da Rocha Cruz,
enalteceu a Edições Novem-
bro e outros órgãos de co-
municação social pelo “árduo
trabalho e dedicação pres-
tados ao longo do período
festivo e pelo contributo para
que a edição de 2019 das Fes-
tas do Mar fosse um êxito”.
As Forças de Defesa e Se-
gurança, Serviços de Saúde,
Administração Municipal de
Moçâmedes, Comissão Exe-
cutiva das Festas do Mar, Co-
missão de Efemérides do
Governo Provincial, hotéis,
restaurantes e similares, me-
receram igualmente elogios
do governador.
O evento prestigiou outros
organismos e instituições,
com realce para os Serviços
Provinciais de Bombeiros e
Protecção Civil, Gabinete
Provincial da Cultura, Turis-
mo, Juventude e Desportos,
da Educação, e associações
desportivas, associação pro-
vincial das Pescas, agentes
culturais (destaque para o
fabricante de carros de latas,
Gervásio Dumbo Matias, que
durante a feira foi muito
aplaudido pelos clientes e
outros admiradores do seu
talento), expositores de várias
empresas e feirantes.
Lançamento de fogo de
artifício e uma sessão mú-
sico- cultural com artistas
locais e de outras paragens,
MOÇÂMEDES
como a Geração de Saul, Ira-
cema, Dom Kikas e Cangato,
entre outros, animaram a
noite.
A Marginal de Moçâme-
des, circundada pela praia
das Miragens, a linha férrea
e o monumento histórico da
Fortaleza de São Fernandes
(actual Marinha de Guerra
Angolana) enquadraram o
centro das festividades, fre-
quentado por pessoas de di-
ferentes estratos sociais,
degustando frutos do mar,
salgados e outras iguarias,
consumindo bebidas alcoó-
licas acompanhadas de “ca-
brité” (carne de cabrito assada
na brasa). As crianças per-
diam-se em brincadeiras e
noutras actividades.
Satisfação dos presentes
O momento era convida-
tivo e ninguém queria ficar
de fora. José Fuca, 38 anos,
funcionário do Instituto Na-
cional de Segurança Social
(INSS) em Cabinda, apro-
veitou a licença disciplinar
para visitar o Cuanza-Norte,
Huambo, Bié, Cuando Cu-
bango, Huíla e Namibe, nesta
última província para assistir
às Festas do Mar, que apenas
conhecia de ouvir falar.
“Vim cá para comemorar
as Festas do Mar. A cidade
tem muita beleza e um clima
bom. Há muita coisa boa”,
admitiu. José Fuca pensa re-
gressar na próxima edição,
com a família.
O jovem turista garantiu
que vai levar muitas recor-
dações de Moçâmedes para
a sua cara metade, essen-
cialmente pulseiras de fabrico
artesanal e malas.
José Fuca tinha o regresso
marcado para domingo,
com o roteiro Huíla, Ben-
guela, Cuanza-Sul, Luanda
e Cabinda, mas “atendendo
que a cidade de Moçâmedes
Domingo
7 de Abril e 2019
EDIÇÕES NOVEMBRO
é muito acolhedora, achei Abraçar a causa social
por bem ficar mais tempo, O local da realização das
para acompanhar bem o Festas do Mar foi entregue
encerramento dessas fes- à sociedade civil e a empre-
tas”, frisou. sários da província, para
continuarem com a organi-
zação. O governador Carlos
da Rocha Cruz deu a conhe-
cer esta informação no en-
cerramento do evento. As
“Vim cá para Festas do Mar devem ser
comemorar as realizadas pela sociedade
civil, através de várias as-
Festas do Mar. sociações, como as Câmaras
A cidade tem do Comércio e Indústria, as-
sociação de Pescas, da mu-
muita beleza e um lher empresária do Namibe
clima bom. (ASSOMENA) e outras en-
tidades, explicou.
Há muita coisa Carlos da Rocha Cruz disse
boa”, admitiu. que o governo da província
vai paulatinamente entregar
José Fuca pensa todas as actividades de âmbito
regressar na social, cultural, desportivas
e outras de carácter científico
próxima edição, à sociedade civil, pois o Go-
com a família.” verno “não pode assumir to-
das as responsabilidades”.
 Domingo
7 de Abril de 2019 FESTAS 7
A edição finda das Festas EDIÇÕES NOVEMBRO

do Mar foi patrocinada pela

Coca-Cola, Ngola e outros
parceiros do Governo do Na-
mibe e contou com o apoio
de muitas associações. Carlos
da Rocha Cruz agradeceu,
por isso, aos amigos do des-
porto motorizado, que com
parcos recursos e tempo li-
mitado realizaram provas de
karting, motociclismo e au-
tomobilismo.
Neste sentido, lançou um
apelo à sociedade civil de
modo a organizar-se em as-
sociações e concorrer para
a gestão e realização das Fes-
tas do Mar no próximo ano,
podendo as propostas serem
remetidas ao Governo Pro-
vincial ou à Administração
Municipal de Moçâmedes,
a partir de 1 de Abril, de modo
que as autoridades assumam
o papel de regulador da ac-
tividade económica e desta
forma “promover” o empre-
sariado local.

“o governo da
província vai
paulatinamente
entregar todas as
actividades de
âmbito social,
cultural,
desportivas e outras
de carácter
científico à
sociedade civil”

Criar sinergias locais

As Festas do Mar constituem
uma tradição que atrai tu-
EDIÇÕES NOVEMBRO
ristas nacionais e estrangei-
ros. É também um espaço
para divulgação das poten-
cialidades e capacidades de
produção, com vista a criar
sinergias para a melhoria do
ambiente de negócios no Na-
mibe. Daí que o Governo,
em parceria com os jornais
“Valor Económico” e “Ga-
zeta”, bem como a empresa
Soronel, tenham organizado
um fórum sobre a oportu-
nidade de investimentos no
Namibe, com o propósito de
oferecer aos investidores,
empresários, empreende-
dores e aos decisores de for-
ma geral, uma plataforma
de reflexão e identificação
de oportunidades concretas.
É objectivo do executivo
do Namibe reforçar a rea-
lização desses fóruns, tendo
como plano de fundo a apro-
ximação entre os investi-
dores e o empresariado
local, promovendo eventos
de promoção da capacidade
efectiva e de empreendi-
mento, com incentivo à
criatividade e à inovação,
a melhoria de níveis de efi-
ciência colectiva através de
redes de preparação insti-
tucional, empresarial e só-
cio-económica.
Dada a proximidade das
comemorações do Dia da Paz
e da Reconciliação Nacional,
a 4 de Abril e Dia da Juventude
Angolana, a 15, o ambiente
festivo no local da Feira vai
continuar, desta feita, sob a
gerência da juventude.
 8 REPORTAGEM Domingo
7 de Abril e 2019

CIDADE TURÍSTICA DO REINO DE MARROCOS

Marraquexe tradicional
resiste à modernidade
Marraquexe é linda, além de histórica. Tem “ginga” que exibe aos seus visitantes. Com vários hotéis, aliás, grandes palácios e
jardins, na sua maioria de cinco estrelas, com preços a começar pelos três mil dirhans marroquinos, ou seja, mais de 98 mil
kwanzas, por uma diária, as cores da cidade chamam a atenção a qualquer pessoa que a visite, pela primeira vez. Os edifícios e
muralhas são todos pintados a vermelho de terra, a tal “cor de tijolo”, como é habitualmente designada por muitos angolanos.

Augusto Cuteta |Marraquexe EDIÇÕES NOVEMBRO

O sol de 25 de Março nasce

cedo em Marraquexe, cidade
que, aos 26 graus Célsius,
recebe nesse dia ilustres con-
vidados. São ministros dos
Negócios Estrangeiros e re-
presentantes diplomáticos
de 40 países africanos, que
chegam a Marrocos, para
discutirem o diferendo entre
esse reino da África do Norte
e a Frente Polisário, um mo-
vimento político que luta
pela autonomia do território
do Saara Ocidental e pela
autodeterminação do povo
saaraui, mediante a procla-
mação da República Árabe
Saaraui Democrática.
Com 1.671 quilómetros
quadrados de extensão, a
Prefeitura de Marraquexe é
a escolhida para acolher tão
importante reunião, numa
altura em que, poucos dias
depois, na mesma semana,
na África do Sul, Chefes de
Estado e de Governo da SADC
condenam a atitude dos par-
ticipantes ao encontro da-
quela cidade de Marrocos.
Fora isso, Marraquexe é
linda, além de histórica. Tem
“ginga” que exibe aos seus
visitantes. Com vários hotéis,
aliás, grandes palácios e jar-
dins, na sua maioria de cinco
estrelas, com preços a co-
meçar pelos três mil dirhans
marroquinos, ou seja, mais
de 98 mil kwanzas, por uma
diária, as cores da cidade
chamam a atenção a qual-
quer pessoa que a visite, pela
primeira vez. Os edifícios e ganha a alcunha de “Cidade e meia de voo, Marraquexe nessa altura, ao campo, a ci- nómadas provenientes do são transladadas para Mar-
muralhas são todos pintados Vermelha”. No fundo, o no- costuma ser uma das entra- dade é fundada apenas em Saara. Essa dinastia almo- raquexe, com vista a atrair
a vermelho de terra, a tal me caiu tão bem, que, ac- das de turistas a Marrocos, 1062, por Abu Becre ibne rávida abraça o Islão e es- peregrinos.
“cor de tijolo”, como é ha- tualmente, parece virar com a Praça Jemaa el-Fnaa, Omar, um caudilho berbere tende a cultura muçulmana,
bitualmente designada por charme para os locais. localizada na zona da Medina, primo do emir almorávida que origina um império, en- Do artesanato a meios
muitos angolanos. Se na parte externa dos a ser um dos principais atrac- Lúçufe Ibne Taxufine. tre os séculos XI e XII. Esse modernos
O impacto da decoração edifícios, o povo de Marra- tivos para visitantes de di- reinado atinge o actual Saara Marraquexe segue os cami-
da cidade despertou a cu- quexe luta contra a força do versas partes do globo. Ocidental (a sua origem), nhos do desenvolvimento,
riosidade do repórter deste Sol, no interior, a situação Mas, há outros aspectos No hotel em que Marrocos, Mauritânia e parte como Rabat e Casablanca.
diário. A partir daí, o jor- é diferente. Há luz, muita em Marraquexe para encan- estou, com mais sul da Península Ibérica. Apesar disso, a região pre-
nalista, numa incessante luz. As cores, de vários tons, tar os seus visitantes. No de 300 de De volta à Marraquexe, serva sempre as edificações
busca pelo significado da ajudam a dar maior vida à hotel em que estou, com quartos, uma das actualmente, a cidade é dos milenares, algumas das quais
cor dos imóveis de Marra- beleza arquitectónica, que, mais de 300 de quartos, uma situações que principais pontos da cultura, estão localizadas em áreas
quexe, encontra uma série tem modernidade, mas pre- das situações que desperta desperta a da religião e do comércio para estratégicas, por isso os es-
de explicações. Mas, a mais serva sempre o tradicional. a atenção tem a ver com os atenção tem a ver a região do Magrebe, com a paços adjacentes são apro-
próxima da lógica revela Ao branco, é misturada uma “hospedeiros”. São bastante com os Praça Jemaa el-Fna, inscrita, veitados por comerciantes.
que os primeiros habitantes, série de imagens e de mo- cultos, pois falam árabe ou “hospedeiros”. há 18 anos, na lista do Patri- É igualmente nessas ruas
dada a proximidade com o saicos de outras épocas. berbere, francês, inglês, es- São bastante mónio Cultural Imaterial da que se vê os vendedores de
deserto do Saara, passaram Nos pisos, os edifícios são panhol. São esses que ajudam cultos, pois falam Humanidade, a dar cartas. rua, muitos dos quais oriun-
a pintar as residências nesse ornamentados com belos ta- o repórter a conseguir uma árabe ou A cidade, antiga capital dos dos bairros mais novos.
tom para diminuir o impacto petes, que duplicam o co- série de dados sobre a cidade, berbere, francês, de Marrocos, em anos iniciais Apesar de preservar a pro-
da luz solar. lorido dos hotéis e grandes que tem mais de um 1.800.000 inglês, espanhol. do século XVI, alberga os dução de bens tradicionais
É que a moda pegou até vivendas de Marraquexe, de habitantes. túmulos dos conhecidos “Se- da região, com destaque para
aos dias que correm. Fruto que é uma cidade em terreno Quarta maior cidade do te Santos de Marraquexe”, as fábricas de tapetes dos
disso, Marraquexe, criada plano e sem edifícios muito Reino de Marrocos, atrás de Almorávida. Quem é? É que é a designação dada a antigos berberes, Marraquexe
no longínquo século XI, pelos altos. Os que divisámos não Casablanca, Fez e Tânger, uma espécie de eremita (in- sete sabedores e santos sufis tem apostado, nos últimos
almorávidas, durante o sul- passam dos cinco andares. Marraquexe situa-se a 327 divíduo que vive isolado, no muçulmanos ligados à região tempos, em equipamentos
tanato de Yusuf ibn Tashfin, Bem perto de Lisboa, ca- quilómetros de Rabat, a capital deserto) muçulmano. Ini- e que ali têm os seus mau- mais modernos. A electró-
numa altura em que essa tem pital de Portugal, percurso do país. Embora já habitada cialmente, fala-se em mon- soléus. Reza a história que nica de consumo actual é
já alguns habitantes berberes, que é feito em cerca de hora por berberes que se dedicam, ges-soldados ou grupos as catacumbas dos santos uma dessas apostas.
 Domingo
7 de Abril de 2019 REPORTAGEM 9
EDIÇÕES NOVEMBRO

Como em algumas regiões

de Angola, o artesanato é
das maiores actividades dos
habitantes da cidade, que
tem 79 por cento da sua po-
pulação na zona urbana e
só 21 nos bairros rurais. É,
nessa última, onde o trânsito
é feito com alguma dificul-
dade, dada a presença de
cavalos à carroça, bicicletas
e motos (muitas montadas
por mulheres).

Gastronomia de dar inveja

Nos hotéis e restaurantes,
a gastronomia é rica. A co-
mida é caprichada, com pe-
quenos detalhes que dão
sabores inquestionáveis à
iguaria. De tão boa que fica,
há consumidores que nem
querem saber de que prato se
trata. O jornalista deste diário
que o diga!
Entre os pratos que mais
atraem os visitantes de Mar-
raquexe, palavra de onde
terá surgido a actual desig-
nação de Marrocos, constam
delícias como cuscuz (que
é cozido com leite batido),
a sopa de harira (caldo à base
de farinha e legumes, len-
tilhas, grão, cebola, tomate,
ovos e arroz), cordeiros e tan-
gia (carne de vaca ou peixe
com legumes), kebab (carne
espetada), tanjine e a berin-
jela frita.
Há uma série de varie-
dades de carnes ou frangos,
às vezes, de peixe, estufados,
com destaque para touajen
e djaja mahamara. Por nor-
ma, a cozinha marroquina
faz recurso a especiarias e
a doces.
Os sumos naturais e os
chás marroquinos são dos que
mais atraem os visitantes e
os locais. Os famosos “chás
marroquinos” arrastam cen-
tenas de pessoas para os res-
taurantes. As maiores solici-
EDIÇÕES NOVEMBRO
tações são os feitos com gen-
gibre ou canela. Esses chás
ajudam na digestão, uma
vez que a mesa marroquina
é de fartura.

Locais de atracção turística

Além da Praça Djemma el-
Fna, Marraquexe tem outros
atractivos turísticos. A Mes-
quita Koutobia, embora seja
um lugar que não recebe vi-
sitas, por ser um lugar sa-
grado, tem ali o ponto mais
alto da região de Marraquexe,
com uns 70 metros. Mas, na
sua parte externa, há espaço
de diversão e restaurante a
céu aberto.
A Souk Smarine, onde se
pode adquirir tecidos, es-
peciarias, antiguidades e ta-
petes de qualidade, além
de outros produtos, e a Me-
dersa Bem Youssef, lugar
de estudos religiosos e que
alberga uma universidade,
onde se ensina o Alcorão,
são outros lugares que atraem
visitantes. Há ainda o Portão
Bab Agnaou, que é consi-
derado a entrada para a ci-
dade imperial.
Marraquexe tem, além do
Palácio el-Badi e do Palais
el-Bahia (um grande palácio
real, erguido pelo vizir (título)
Bou Ahmed, que vivia ali
com quatro esposas e 24 con-
cubinas) e os jardins Menara
(este tem um pavilhão que
é o cartão postal da cidade)
e Majorelle (ganhou o nome
por ter sido pintado pelo
francês Jacques Majorelle).
 10 CRÓNICA DE DOMINGO Domingo
7 de Abril de 2019

Aquilo que não era quilo
Soberano Kanyanga
A presente narrativa tem en-
quadramento nos anos oi-
tenta do século XX, em Lu-
anda. O bairro é Rangel, ao
Kaputu, Rua de Ambaka,
congregando catetenses, há
muito instalados; cuanza-
sulinos, novos e antigos no
bairro; malanjinos e cuan-
za-nortenses contados a de-
dos. Nortenses do Uije e Zaire
não havia. Se houve, eram
muito insignificantes.
A actividade principal das
senhoras era ser “dona de
casa”, algumas com registo
no Bilhete de Identidade co-
mo profissão, e revender gé-
neros alimentícios adquiridos
em primeira instância nas
“lojas do povo” ou na kan-
donga dos desviadores de
“géneros do povo”.
E nós, crianças desse tem-
po, vivíamos a nossa época
do melhor jeito que ela per-
mitia: corridas de jante e de
pneus, jogar e caçar casta-
nhas de caju, caça de “gaffas”
junto à linha férrea, recolha
O que surgia “era tudo do povo”. O povo mandava e desmanchava. O povo era quem
mais ordenava e as coisas (algumas do tempo da senhora expulsa) estavam sendo
ignoradas, pois algures se dizia que “o homem novo traria coisas novas”
de cereais perdidos pelo
comboio do Mbungu-Kikolu
para alimentar os pombos e
apanha de metades terminais
de cana vinda de Malanje e
de outras paragens desco-
nhecidas. Não preciso de citar,
dentre os deveres, a escola
obrigatória, a explicação para
alguns e enfrentar as filas dos
“supermercados”, depósitos
de pão, talhos, peixarias, lojas
do gás, entre outros serviços
delegados pelas mães, que
se ocupavam da venda, e pelos
papás que trabalhavam na
Baixa e noutras paragens para
garantir o cartão de abaste-
cimento mensal (era amare-
linho, com os doze meses
registados e uma lista de bens
perecíveis, não perecíveis e
os electrodomésticos que
nunca vinham).
É na venda e revenda, entre
lojas e bancadas, que surgia
aquilo que não era quilo.
A balança calibrada e fis-
calizada tinha ficado encer-
rada na cantina do colono
expulso. O que surgia “era
tudo do povo”. O povo man-
dava e desmanchava. O povo
“LATAS E KANDIMBAS”
NUNO FLASH | EDIÇÕES NOVEMBRO
era quem mais ordenava e Os ensacáveis como arroz,
as coisas (algumas do tempo açúcar, sal, feijão e outros
da senhora expulsa) estavam cereais, quando os houvesse,
sendo ignoradas, pois algures eram encontrados já nas
se dizia que “o homem novo montras com a indicação de
traria coisas novas”. Daí que xis quilos. Muitas vezes não
as lojas tinham balanças para correspondiam, mas eram
o povo ver e nos mercados e os quilos declarados e leva-
bancadas fazia-se a vida com dos pelo comprador. Era a
latas e kandimbas para o loja do povo e ponto final.
povo medir. Um pouco mais realistas
eram as mamãs das kitandas
e das bancadas à porta. A lata
“A kandimba, de óleo vegetal, alta e mais
unidade de peso estreita; a lata de margarina,
mais curta e mais larga; a
para os que
quadriculada de azeitonas ou
menos podiam a circular de chouriços tanto
comprar ou serviam para “aviar” ao cliente
menos de fuba (milho, bombô ou
precisassem trigo), sal, açúcar, feijão, jin-
naquele dia, era guba, arroz, etc. Todas essas Mais exacta, pelo menos A kandimba, unidade de
exacta. Medida canecas/latas tinham apenas em termos de volume, pois peso para os que menos po-
única em todos os algo de comum. A designação. o peso varia sempre em diam comprar ou menos pre-
mercados e As quantidades que podiam função da densidade, era a cisassem naquele dia, era
bancadas. carregar eram variáveis, em- kandimba. Essa sim. A kan- exacta. Medida única em to-
Desapareceu bora comummente se tratasse dimba era a lata de leite dos os mercados e bancadas.
(in)felizmente ” aquela quantidade variável moça. Quando fosse para Menos na loja. Desapareceu
por “quilo”. Assim comprá- se usar a unidade imedia- (in)felizmente.
vamos o “quilo” de arroz ou tamente inferior àquilo que - Ó tia, quanto é a kan-
de sal medido em lata de 900 não era quilo, usava-se a dimba de arroz, avia bem,
É assim: nas lojas, balan- gramas de onde se tinha con- kandimba ou ainda a latinha faxavor, mamã disse é sua
ças faziam o “faz de contas”. sumido a margarina. de massa-tomate. comadre!

COMER EM CASA

Bife à Parmegiana Bolo de fruta finlandês Bebida refrescante

Ingredientes Ingredientes de mamão
• 500 gr de carne para bife (alcatra); • 2 ovos (batidos);
• 2 dentes de alho e 2 ovos; • 1 chávena de açúcar; Ingredientes
• sal e pimenta do reino a gosto; • 1 ¼ chávena de farinha de trigo; • 1 mamão médio;
• 1 chávena de farinha de trigo; • 1 colher de chá de fermento de bolo; • sumo de 1 limão;
• 1 chávena de pão ralado. • ¼ chávena de margarina (derretida); • sumo de 3 laranjas;
Molho • 1 pitada de sal; • 2 colheres de sopa de açúcar;
• 2 latas de tomate pelado; • 2-2 ½ chávenas de fruta (maçã, pera, pêssego • 2 gasosas sprite;
• 1 cebola (em cubos) e 2 dentes de alho (triturados); e manga descascadas e em fatias). • gelo em cubos.
• 1 pitada de açúcar;
• manjericão e 200 gr de queijo mozarela;
• 4 colheres de sopa de queijo parmesão (ralado).
Preparação Preparação
Preparação Misture tudo menos a fruta e Descasque o mamão e tire a
Para fazer o molho, primeiro, deve refogar a cebola e deite numa forma untada de 24 semente. Corte em bocados,
o alho. Adicione o tomate pelado e cozinhe por 15 cm de diâmetro. Coloque a fruta junte o sumo do limão e das
minutos. Mexa. Tempere com sal, a pitada de açúcar, em cima da massa. Polvilhe um laranjas e o açúcar. Passe
pimenta do reino e o manjericão. Os bifes devem ser pouco de açúcar com canela por pelo “passe-vite” para
temperados com alho, sal e pimenta do reino. Passe- cima. Asse em forno médio triturar. Depois, passe por
os na farinha de trigo, depois, nos ovos batidos e pão (180°C) durante 30-45 minutos. uma peneira e misture com
ralado. Coloque o bife numa panela com óleo quente a gasosa. Coloque o gelo
e deixe dourar dos dois lados. Depois, numa travessa, dentro de copos e encha-os
ponha os bifes e cubra-os com molho de tomate, por com o líquido refrescante.
cima, coloque fatias de mozarela e queijo parmesão.
Leve ao forno pré-aquecido (200°C) por 15 minutos.
 Domingo
7 de Abril de 2019
ALUSÕES
Culturas
Uma das “marcas” de todos
os filmes e séries “Star Trek”
produzido até hoje centra-
se na diversidade de espé-
cies. O choque entre culturas
é muito explorado, assim
como em algumas circuns-
tâncias colocado ao extre-
mo. Mas… é preciso chamar
atenção a essas questões,
uma vez que não existem
culturas mais ou menos de-
senvolvidas. Há sim uma
diversidade que precisa ser
respeitada e valorizada. Nes-
tes adventos de novas tec-
nologias, em que as redes
sociais dominam, no país e
no mundo, é preciso alertar,
em especial os jovens, para
a importância do respeito
e da preservação cultural.
Afirmação
A protagonista da série, Mi-
chael Burnham é uma mulher
negra. Este foi um dos desafios
que o canal CBS aceitou e
trouxe, depois de vários co-
mentários negativos dos fãs,
a nova imagem de “Star Trek”.
Mesmo para a própria actriz
Sonequa Martin-Green aceitar
tal responsabilidade é um
peso. Mas é preciso que a luta
pela afirmação seja uma rea-
lidade, bem como a abertura
para quem pretende fazer
carreira. A construção de um
país passa também pela pos-
sibilidade dos seus melhores
filhos mostrarem o seu valor,
uma vez que a fuga de “cé-
rebros” é um facto real e co-
mum em África.
Renasce uma lenda
da ficção científica
Uma viagem ao desconhecido, onde o limite é a própria
imaginação, é o que se espera da nova série de ficção, que
procura reerguer um “gigante” da cultura popular,
cujo legado influenciou uma geração
Adriano de Melo
Cinco décadas depois, 13
filmes e seis séries de te-
levisão, “Star Trek” con-
tinuam a impressionar
não só os fãs do género,
como também os aman-
tes da ficção. Com a es-
treia da nova sequência
para TV, “Discovery”, a
realizadora Marta Cun-
ningham mostrou que é
possível revitalizar uma
lenda clássica num pro-
duto novo, com muito
boa aceitação.
Actualmente na sua
segunda temporada, a sé-
rie, que procura focar em
alguns problemas reais
da actual sociedade mo-
derna, mas numa pro-
jecção mais futurista,
como o relacionamento
entre espécies, com des-
taque também para as re-
lações sexuais – um tema
que já tinha sido contes-
tado nas edições ante-
riores de “Star Trek”, que
na época ousou mostrar
o primeiro beijo homos-
sexual da TV.
Porém, acima de aná-
lises a questões sociais,
“Star Trek” é uma viagem
“STAR TREK: DISCOVERY”
Primeira temporada foca no conflito com os Klingons
ao desconhecido. Uma
porta aberta para a ima-
ginação humana, que já
tem sido feita desde 1966
e hoje ganha um novo ca-
pítulo: “the discovery”
(“a descoberta”): uma
nave espacial capaz de
nos levar aos locais mais
recônditos do universo,
para explorar novas ga-
láxias e conhecer outros
seres vivos.
Numa aventura pelas
várias galáxias do univer-
so, a série, que pode ser
vista na Netflix, está cen-
trada na vida de Michael
Burnham (interpretada
p o r S o n e q u a Ma r t i n -
Green), uma mulher que
luta para ter um posto de
capitã na nave espacial
“Discovery”. Até a própria
escolha da protagonista
foi um passo em busca de
um novo futuro e uma
aposta de risco, pelo facto
dela ser mulher e negra.
Muitos dos fãs da série
icónica já protestaram por
esta escolha da CBS. Po-
rém, mostrou, nesta se-
gunda temporada, ter sido
uma escolha acertada e
uma forma de mostrar a
TELEVISÃO 11
importância da diversi-
dade na busca pelo des-
conhecido.
“Ir corajosamente até
onde nenhum homem foi
antes” este é o propósito.
Claro que ao longo do ca-
minho vemos o significado
de sermos humanos, em
cada aventura dos tripu-
lantes da nave. Apesar de
ser inovadora, a série não
deixou de lado os “temas”
da cultura pop que a tor-
naram um “gigante” entre
os seus admiradores.
Os aspectos técnicos, a
exploração de novos uni-
versos, assim como a in-
trodução de outras espécies,
além dos já “conhecidos”
Klingons, dão o “toque”
mágico de uma história de
ficção à “Discovery”. Para
muitos dos fãs, em espe-
cial aqueles mais fanáti-
cos, a série ainda é muito
fraca, mas quem apenas
busca por uma aventura
em mundos desconheci-
dos, com outras espécies
vivas, espalhadas pelo
Universo, então “Disco-
very” é a proposta certa,
com a dose certa de tudo
um pouco que nos torna
humano e o mistério do
desconhecido.
FICHA TÉCNICA
Título
Star Trek: Discovery
Lançamento: 2017
Gênero: Ficção,
Drama, Aventura
Duração: 1h40
Director: Bryan Fuller
e Alex Kurtzman
EM EXIBIÇÃO
Netflix
Episódios: 25
Temporadas: 2
ALTOS +
A reviravolta
das histórias
É incrível como a cada epi-
sódio, “Star Trek” é capaz
de surpreender os seus es-
pectadores com histórias
de viagens ao impossível.
Se antes quando Gene Rod-
denberry criou a história
eram só os planetas dife-
rentes e as outras espécies
que maravilhavam, hoje,
em “Discovery”, há todo um
mundo novo onde a ciência
humana está bastante avan-
çada e é até capaz de realizar
o impossível: dominar o es-
paço. A conquista do espaço
é o sonho da humanidade.
BAIXOS -
O ambiente
sombrio
Um dos aspectos negativos
da série, pelo menos em toda
a primeira temporada, já que
a segunda ainda está a ser
exibida, é o tom sombrio das
personagens, visto, por exem-
plo, na convivência entre es-
tas. Outro aspecto que ajuda
a moldar este tom sombrio
na primeira temporada é a
abordagem de temas como
tortura e abuso sexual, em
especial tendo em conta que
os fãs de “Star Trek” não têm
uma idade definida. Para
quem espera uma viagem
espacial pelo desconhecido
e ver novos mundos, pensar
na possibilidade de ser “abu-
sado” pode retirar a vontade
para embarcar na aventura.
12 Domingo
7 de Abril de 2019

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 Domingo
7 de Abril de 2019
Selda voltou a pisar o palco do Royal Plaza e fez o impulso inicial para a VI Temporada do Show do Mês, da
mesma forma que em Janeiro de 2014 foi a escolhida para a estreia do projecto que a Nova Energia
implementou, trazendo ao mesmo tempo ao mercado as marcas da qualidade e da pontualidade
Analtino Santos
Outra das marcas do Show
do Mês é um canal no You-
tube, considerado por Yuri
Simão como sendo “a maior
e melhor plataforma de con-
teúdos de música angola-
na” e que permite o acompa-
nhamento dos concertos à
distância.
A cantora subiu ao palco
depois do habitual pedido
de Yuri Simão para dar mais
luz à plateia. Sem o apre-
sentador de serviço, Salú
Gonçalves, o concerto co-
meçou com Selda a cantar
“Apaixonada”.
No mês dedicado à mu-
lher, Selda partilhou um texto
em que foca a violência do-
méstica que tem estado nas
pautas noticiosas, antes de
cantar “Mais Mulher”, com-
posição de Filipe Zau que
passa uma mensagem muito
feminista.
Totó ST foi o primeiro con-
vidado a subir ao palco, fa-
zendo um dueto com Selda
em “Cio”, de André Mingas,
e fechando com o seu próprio
tema “Dois em Um”. Outra
convidada, Carla Morena
partilhou o tema “Eu não
vou”, dos Fat Family e acabou
trazendo Cabo Verde à sala
apinhada com a interpretação
de “Tunuka”, original dos
imortais “Tubarões” capi-
taneados por Ildo Lobo.
O seu lado Rock fez-se
presente em “Heaven”, do
canadiano Bryan Adams, e
a paixão pela música brasileira
em “Oceano”. de Djavan.
Nestes dois temas, Mário Go-
mes provou que também tem
a veia roqueira e na segunda
o dedilhar e as dissonantes
de Carlos Praia harmonizaram
com os sopros de Raidel. “Re-
viravolta”, composição de
CONCERTO 14
SELDA, A MORENA DE CÁ
Artista madura
no Show do Mês
Jomo Fortunato, assim como
EDIÇÕES NOVEMBRO
“Renúncia” e “Mufete” de
André Mingas, juntaram-se
a outros temas que constam
do álbum “Morena de Cá”,
como “Palavras Doces”, “És
Tu e Você”, o tema que dá
titulo à obra e a nostálgica
“Aquela Rua”.
Sendo que a escolha de
Selda para actuar em Março
foi propositada, o facto ficou
bem vincado por ela ao co-
locar no reportório “Natural
Woman”, tema que ganhou
projecção mundial na voz
da rainha da Soul-Music
Areha Franklin, ganhando
o estatuto de hino de movi-
mentos feministas.
Selda, com o seu concerto,
abriu alas para a próxima atrac-
ção do Show do Mês: o vete-
rano músico Ruy Mingas.
Percurso do talento
Selda, nome artístico de Gui-
selda Tainara Salgueiro Por-
telinha, nasceu no Huambo
e passou a infância na cidade
do Lubango e a juventude
em Luanda, com uma curta
passagem por Lisboa. Criança
ainda participa em festivais
nas escolas. Aos 14 anos foi
apresentada ao cantor Zé EDIÇÕES NOVEMBRO
Maria Boyoth e mais tarde
dois jovens músicos, Toty
Samed e Caetano, que ti-
nham uma banda, cruzam
no seu percurso e passa a
ensaiar com os mesmos no
Restaurante Kings Club, em
Luanda. Selda é dona de uma
voz inconfundível que viaja
musicalmente pela Soul-
Music, Afrojazz, Blues, Bossa
Nova e Zouk Love. Possui
várias distinções, entre as
quais “Voz Revelação” no
Top Rádio Luanda, em 2012.
Partilhou o palco com estrelas
mundiais nos festivais Sons
do Atlântico e Jazzing.
 Domingo
7 de Abril de 2019
Estreias-TVcine
Planeta dos Macacos
O astronauta americano George Taylor
(Charlton Heston) aterra por acidente
num planeta habitado por macacos fa-
lantes. Os animais dominam o lugar,
escravizando os seres humanos, inclusive
George e os tripulantes da nave. Agora,
o astronauta terá que lutar pela sua li-
berdade e os outros. Filme de ficção
científica, baseado no romance homó-
nimo de Pierre Boulle. .
Quinta-feira, às 22h00 no TVCine 2.
A Lei do Ódio
A Lei do Ódio conta a história do velho
xerife Sam Burgade (Charlton Heston),
que se torna alvo de uma vingança.
Numa poeirenta cadeia, no início do
ano 1900, o rebelde Zach Provo (James
Coburn) organiza a fuga com outros
seis condenados. Provo não está à pro-
cura de liberdade, ele quer vingar-se
do homem que o aprisionou anos antes
e que foi também o responsável pela
morte da sua mulher, atingida por uma
bala durante o tiroteio que originou a
sua captura. Mas como Burgade, agora
reformado, não quer nada com armas
nem duelos, Zach Provo resolve raptar
a sua filha Susan (Barbara Hershey) e
ameaça matá-la se Brugade se recusar
a confrontá-lo. Sem opções, Burgade
coloca os revólveres no coldre e parte
no encalço do assassino Provo.
Quinta-feira, às 22h00 no TVCine 2
Filmes
Braven
Quando Joe Braven, um humilde
lenhador, se vê confrontado com
um grupo de traficantes de droga,
na sua cabana isolada nas mon-
tanhas, vai fazer tudo para proteger
a sua família...até mesmo caçar!
Domingo - 21h30
O Espírito da Festa
A empresa de Max prepara uma
festa de casamento, num palácio
francês do século XVII. Recrutou
uma equipa de empregados e
cozinheiros, além de ter aconse-
lhado o casal em relação ao fo-
tógrafo e reservado a banda: tudo
para que a festa seja um suces-
so.
Domingo - 18h20
O Último Retrato
De visita a Paris, em 1964, James
Lord, um escritor americano e
amante das artes, é convidado
pelo reconhecido artista Alberto
Giacometti a pousar para um re-
trato. Assim começa a história
de amizade entre dois homens
profundamente diferentes...
Domingo - 12h25
Rainha do Pecado
Posy Pinkerton tem um noivo
perfeito e uma vida perfeita. Mas
não consegue ficar indiferente
ao misterioso Jack e sente-se
tentada a conhecê-lo melhor. Na
internet, Posy cria um alter ego
para uma última aventura antes
do casamento: Rainha do Peca-
do.
Domingo - 16h05
ROTEIRO DE CASA 15
Mais pequenos Futebol
Petro enfrenta 1º de Agosto
A história de Pedrito Coelho
A série conta a
história de Pedrito
Coelho que vive
num lago no
norte de
Inglaterra. Ele é
muito traquino e
matreiro, capaz
de ultrapassar
todos os
obstáculos, supera
predadores e evita o perigo. Petro de Luanda e 1º de Agosto disputam hoje, às 16h00, no
Quando crescer o Pedrito quer Estádio Nacional 11 de Novembro, no município do Kilamba
ser como o seu pai, que é o seu Kiaxi, nesta cidade, em jogo de realce para a 23ª jornada do
grande modelo. Entretanto, vai Campeonato de Futebol da I Divisão, Girabola'2018/2019.
Um jogo aguardado com bastante expectativa pelos exigentes
vivendo muitas aventuras com adeptos das equipas em confronto. Os tricolores dominam
os seus amigos, o primo as estatísticas nos jogos entre si, com 31 triunfos, 21 empates
Benjamim e a nova amiga Lily. e 25 derrotas contra 25 vitórias e 31 desaires dos militares
Amanhã - 07h30 do Rio Seco. As equipas jogam o 78º derby do Girabola, onde
o conjunto do Eixo Viário lidera com 15 títulos de campeão
nacional, enquanto a formação do Rio Seco tem 12 troféus
da compita. Na primeira volta, o Petro perdeu com 1º de
Agosto, por 0-1, no mesmo recinto desta tarde e pretende
desforrar-se da derrota.
Hora: 16h00
Elena de Avalor Local: Estádio Nacional 11 de Novembro
Conheça a história de Elena de Jornada: 23ª
Avalor, uma jovem que, depois Competição: Girabola No canal de TV: TPA 1 e Zap
de salvar o seu reino das garras
de uma cruel feiticeira, precisa Séries
assumir a coroa e aprender a
comandar o seu povo, Barry
enfrentando desafios e
obstáculos com a ajuda de
alguns amigos mágicos.
Hoje, 07h30 - 08h00
Chovem Almôndegas
Numa cidade obcecada com
sardinhas que não o surpreende,
Flint Lockwood é um jovem a
tentar mudar o mundo, invenção
a invenção. A sorte dele é que a Barry, frustrado, perde uma aula de representação para
sua melhor amiga e aspirante, a honrar uma obrigação. Os detectives Moss e Loach tentam
meteorologista Sam juntar as peças todas do puzzle para resolverem um assassinato.
Gene pressiona Barry a arriscar mais.
Sparks, está lá para
o ajudar! 7 Abr - 04h55 - TVSéries HD
Hoje - 08h20
Doodleboo T1
Com alguns
traços do seu
lápis,
Doobleboo
consegue
sempre
fazer um
desenho
divertido,
que ganha
vida assim
Brooklyn Nine-Nine T6
Charles envolve Jake num caso, quando um terapeuta reporta o
que acaba de desaparecimento de um dos pacientes. Holt descobre que Rosa
ser colorido. tem uma nova namorada que todos já conheceram. Amy acredita
Hoje, que recebeu, acidentalmente, uma encomenda destinada a Terry.
09h22
Domingo - 7 Abr - 14h05 - TVSéries HD
 16 ROTEIRO DE RUA Domingo
7 de Abril de 2019

Música Leitura Filmes Exibição (Cinemax)

Renata Torres Cai na real Corgi

em Stand Up Comedy Actores: Jack Whi-
- Vamos Falar a Sério tehall, Julie Walters,
Tom Courtenay
Ano: 2019
A produtora cultural Kianda Sessions organiza Argumento: Rob
na sexta-feira, às 19 horas, no Elinga Teatro, o Sprackling, Johnny
espectáculo de Stand Up Comedy de Renata Smith
Torres, intitulado Vamos Falar a Sério. Duração: 92 minutos
O evento tem como finalidade satirizar os mais Género: Animação
variados aspectos sociais, através do Stand Realizador: Vincent
Up Comedy, um estilo de humor em palco. Kesteloot, Ben Stas-
Renata Torres abordará diversos temas e terá sen
como convidados os humoristas Maestro e Sinopse
Laureth Manuel, o poeta Zola Ramos e o músico Rex, o Corgi predi-
Cirius Vibez. A apresentação será feita por lecto da Rainha Isa-
Ismael Farinha e Rosene Maura. Renata Torres bel II, foge do Palácio
nasceu a 1 de Julho em Luanda, é formada em e perde-se em Lon-
Artes Visuais pela Universidade Estadual de dres. Dá consigo
Londrina no Brasil, possui formação comple- num Abrigo para
mentar e técnica em Teatro, Moda, Cinema, Cães, onde só pode
Fotografia e Dança. É artista visual, actriz, per- contar com a ajuda
former, comediante e professora. É co-fundadora do mais rafeiro dos
da produtora Envolve Lda e professora do De- rafeiros…
partamento de Artes Visuais, no curso de Moda
do Instituto Superior de Artes de Angola (ISART).
A Kianda Sessions tem como principal finalidade
fomentar a indústria cultural e vem realizando Shazam!
diversas actividades nas mais variadas disciplinas
artísticas, apostando nos novos rostos. Faz
parte também da sua agenda a produção de
festivais culturais. A produtora funciona desde Actores: Zachary Levi,
o ano passado. L o v i n a Ya va r i , M a r k
Strong
Sexta-feira
19 horas Ano: 2019
Elinga Teatro Argumento: Henry Gay-
den
Género: Fantasia, Acção
Realizador: David F.
Sandberg

Sinopse

Todos nós temos um su-

per-herói dentro de nós,
A’Mosi Just A Label no MAAN basta um pouco de má-
gica para trazê-lo para
A’Mosi Just A Label actua na quinta-feira, no Auditório do Memorial Dr. fora. No caso de Billy Bat-
António Agostinho Neto, pelas 19h00. O artista que já usou o seu nome son, gritando uma palavra
próprio, Jack Nkanga, criou o Konono Soul Music, uma sonoridade que - SHAZAM! - Esse garoto
une o tradicional Zombo ou Bazombo a sons popularmente conhecidos adoptivo de 14 anos de
a nível mundial. É música da nova era com características muito próprias. idade pode se transfor-
A’Mosi escreve poesia, textos e letras baseados na intuição humana, en- mar no super-herói adulto
fatizando o bem geral da natureza. O Konono é um género musical do Shazam.
subgrupo étnico Bazombo, da etnia Bakongo, localizado no Norte de
Angola entre a Damba e Maquela do Zombo. Através da música, A’Mosi
Just a Label tenta ajudar-se a si mesmo e outros a compreender e respeitar
a vida, desfrutar da liberdade, celebrar a vida e viver a felicidade eterna.
Os acessos são livres, fruto da parceria que o MAAN tem com a iniciativa
Caixa Artes do Banco Caixa Angola. Lançamento Pet Samatary
Quinta-feira
Actores: John Lithgow,
Investigação Criminal
Auditório do Memorial Dr. António Agostinho Neto
19h00 Jason Clarke, Amy Sei-
metz
e Publicidade Processual Ano: 2019
Argumento: Stephen
No Camões-Centro Cultural Português no âmbito King, Jeff Buhler
da Promoção de Jovens Escritores acontece nesta Género: Terror
terça-feira o Lançamento da primeira obra literária Realizador: Kevin Kölsch,

Festival Anima BR “A Cassule” de Ella Van-Dúnem, da qual consta

77 poemas da jovem poetiza. Segundo Álvaro
Macieira, que fez o Prefácio e fará a apresentação
Dennis Widmyer

no Centro Cultural Brasil-Angola
A Embaixada do Brasil e o Centro Cultural do Brasil-Angola (CCBA)
promovem de 9 a 18 de Abril o festival Anima BR, composto por seis
curtas e oito longas-metragens de animação, escolhidas entre as melhores
produções do Brasil nos últimos anos. O evento inclui oficinas, sessões
comentadas e votações. Os ingressos são gratuitos. Vão ser exibidas as
curtas-metragens de animação Égun-Os Mistérios do Mar, Guida, Caminho
dos Gigantes, Até à China, Eu Queria Ser um Monstro e Vida Maria. As
longas-metragens de animação a exibir são Anunnaki-Mensagens do
Vento, Lino-Uma Ventura de Sete Vidas, Uma História de Amor e Fúria,
O Menino e o Mundo, Tito e os Pássaros, Cidade dos Piratas, Até que a
Sbórnia nos Separe, Wood&Stock: Sexo, Orégano e Rock’n’roll
Embaixada do Brasil
Sinopse
da obra, “a poesia que nos chega repentinamente
na primeira pessoa sem fronteiras, sem desprimor,
Uma família se muda pa-
ra uma nova casa, loca-
sem pudor, sem dor, sem subterfúgios e sem lizada nos arredores de
medo. Considera que a poesia vem directamente um antigo cemitério amal-
da alma, do sentimento, da observação acutilante diçoado, usado para en-
e atenta dos fenómenos sociais que a circundam, terrar animais de esti-
da sua vivência universal, da sua Marinela (ELLA) mação, mas que já foi
Carifete André de Sabugosa Van-Dúnem, cantora, usado para sepultamen-
pintora, desenhadora e blogueira, nasceu em to de indígenas. Algumas
Luanda, em 1993. Passou parte da sua infância coisas estranhas come-
na África do Sul e a adolescência e a juventude çam a acontecer, trans-
em Houston, nos EUA. Iniciou-se no mundo formando a vida quotidia-
artístico expondo a sua colecção de moda africana na dos moradores em um
e os seus desenhos em Feiras Internacionais em pesadelo
Houston. Como cantora, participou também em
inúmeros concertos. A sua maior paixão e tema
central da sua obra, é contribuir para aumentar
a auto-estima das mulheres.

Quarta-feira, Instituto Superior de Ciências

Policiais e Criminais