TESTÁMOS POUPE

PROTESTE
271 Julho/Agosto 2006
162
PRODUTOS
€ 125

www.deco.proteste.pt

20
As nossas actividades são levadas a cabo por
duas entidades jurídicas: a DECO, Associação
Portuguesa para a Defesa do Consumidor, e a
DECO PROTESTE, Editores, Lda. Somos membros do BEUC (Bureau
36
Européen des Unions de Consommateurs), CI (Consumers Interna-
tional) e ICRT (International Consumer Research & Testing).

A PROTESTE é uma publicação da Euroconsumers, uma

26
entidade formada por organizações de defesa do con-
sumidor de Portugal, Espanha, França, Itália e Bélgica.

POUPE
QUATRO GARANTIAS € 35
> Defesa dos consumidores
Os nossos objectivos são a informação e a defesa
dos consumidores, assim como a prestação
POUPE
de serviços aos nossos subscritores. € 70

> Independência
A PRO TESTE é financeiramente independente. 13 Automóveis familiares
O respectivo orçamento é alimentado pela assinatura Para quem vai de férias ou precisa de um carro com es-
e venda das nossas publicações. paço, testámos 11 modelos para necessidades diferentes.
Antes de seguir viagem, veja as nossas dicas.
> Não temos publicidade
As nossas publicações não têm uma única linha 19 Consultas para emagrecer
paga ou inspirada pelos fabricantes ou vendedores, Centros de estética, institutos de beleza e ginásios dão
conselhos caros e, por vezes, perigosos. Falta fiscalização
nem por interesses políticos ou financeiros. na actividade dos nutricionistas.

> Não permitimos a utilização 20 Impressoras a jacto de tinta

dos nossos trabalhos para fins comerciais
A PRO TESTE proíbe expressamente qualquer
reprodução, citação ou referência com fins comerciais
dos seus artigos e das designações “Escolha Acerta-
da”, “Escolha Económica” e “Melhor do Teste”, das
suas publicações (PRO TESTE, DINHEIRO & DIREITOS,
TESTE SAÚDE, boletins financeiros e guias práticos)
e do nome da editora.
Destacam-se, em geral, pela boa qualidade de impressão,
mas alguns modelos são muito lentos nessa função.
22 Arte de bem escolher tomate
Apresentamos-lhe um guia de compras para aprender a
escolher tomate maduro e sem defeitos. Avaliámos as pre-
ocupações sociais e ambientais das grandes superfícies.
26 Impressoras fotográficas portáteis
Autênticos laboratórios volantes, estas impressoras são
pequenas, compactas e fáceis de transportar. Mas é pre-
ciso ter atenção aos custos de utilização.

> Café
NAS PRÓXIMAS EDIÇÕES
33 Testes de colisão
Quase todos os modelos testados obtiveram bons resulta-
dos na segurança. Mas as grandes falhas dos fabricantes
continuam a afectar os peões e os ciclistas.
Centros de inspecção automóvel
Emissões de gases dos automóveis 36 Pilhas recarregáveis e carregadores
Etiquetas para cuidar da roupa Prejudicam menos o ambiente e ficam mais baratas do
que as normais. Já os carregadores, embora rápidos, po-
Hábitos alimentares deriam ser mais versáteis.
Inquérito sobre explicações escolares
Máquinas de lavar e secar roupa 41 Máquinas de lavar roupa
Probióticos Desperdício de água, roupa mal lavada e fraca protecção
contra inundações são os principais problemas dos oito
Tinteiros modelos testados.

2 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006

 rubricas EDITORIAL
04 www.deco.proteste.pt
CASAS CONFORTÁVEIS
Abrimos-lhe as portas da nossa página na Internet.

06 Em linha EM FILA DE ESPERA

> Telefone fixo: novo operador É comum ouvir dizer que as casas no nosso País são um gelo
> Dicionário de inglês na Internet
no Inverno e uma autêntica estufa no Verão. Para compensar
> Chamadas internacionais: Escolhas Acertadas
esta falta de conforto, a compra de aparelhos de climatização
45 Breves cresceu significativamente em poucos anos.
> Uma cozinha com alimentos mais seguros
> Agências de viagens: defenda os seus direitos De facto, como vimos na PRO TESTE n.º 254, de Janeiro de
> Ficheiros para comprimir músicas 2005, testámos o conforto térmico de 34 casas novas e mais
> Máquinas de lavar loiça: guia de compras
de um terço foram construídas sem preocupações a este nível:
48 Passar a Palavra equipamentos mal instalados, mau uso da orientação solar
> Afinsa e Fórum Filatélico: DECO avança com acção e janelas sem dispositivos de sombreamento foram alguns
em tribunal
> Parques de estacionamento: novos tarifários dos principais problemas.
> Consumidores de todo o mundo O aumento do consumo energético e os compromissos com o
50 PROTESTE Sempre Protocolo de Quioto têm levado a União Europeia a apostar na
As boas e más experiências de alguns consumidores eficiência energética dos edifícios. Assim, foi lançada, em 2002,
podem ser úteis para os restantes.
uma directiva que obrigava os Estados-membros a definir linhas
54 Índice concretas de acção até Janeiro de 2006.
Como pode ver no artigo da página 30, aconteceu finalmente o
que já se esperava há vários anos. Em Abril último, o Governo

Azeitonas salgadas transpôs um pacote que aplica as exigências da directiva.

Esta transposição anuncia uma revolução no sector que arrancará
e sem controlo em 2007 e só deverá funcionar em pleno a partir de 2009.
Mas o processo ainda vai demorar a mostrar resultados. Hoje, em
pleno século XXI, o futuro proprietário não tem garantias de que
8 a casa que vai comprar é confortável.
Analisámos 25 A Direcção-Geral de Geologia e Energia (DGGE) e a Agência para
amostras e os a Energia (ADENE) têm uma tarefa árdua pela frente. Além de
resultados não
são animadores: criar o certificado e gerir o sistema, terão de fiscalizar os peritos
má conservação,
sal em excesso qualificados que analisam o desempenho energético dos edifícios.
e defeitos são os Esses peritos ainda não existem, faltando definir as competências
pontos negativos
deste fruto tão para cada tipo de acção. Mais: a independência desta figura face
querido dos
portugueses a promotores ou proprietários não está ressalvada.
Para agravar o cenário, a divulgação destas novas medidas tem
sido um dos pontos fracos. Os proprietários não conhecem as

Poupar energia em casa novas obrigações e falta ainda saber qual será o impacto em
termos de custos. Aliás, convém lembrar que num passado
Novidades recente a ficha técnica da habitação foi utilizada como
30 para a
construção civil: argumento para aumentar o custo das casas. Assim, o cenário
em 2007, será
obrigatório, de uma nova escalada de preços é bem real.
por exemplo, Há que acabar de vez com os atrasos constantes deste processo.
instalar painéis
solares. Mas Temos um país com um clima agradável, mas sofremos mais
quem pagará
o aumento dentro das nossas casas do que outros povos de países com
de custos? um clima agreste. Dada a urgência em resolver esta matéria,
já enviámos uma carta para a ADENE e DGGE, de modo a saber
como se estão a preparar para enfrentar os problemas. P
PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 3
 www.deco.proteste.pt
FORMULÁRIO DE ALERTAS ON-LINE
PERIGOS DA ESTRADA
Sofreu um acidente por causa
de um buraco ou de uma estrada
com fraca visibilidade? Os semá-
foros não permitem atravessar
uma rua calmamente ou os pas-
seios são verdadeiros parques de
estacionamento sem espaço para
os carrinhos de bebé ou cadeiras
de rodas? Denuncie estas e outras
SIMULADORES situações, no nosso sítio, na Net,
preenchendo o formulário que
criámos em parceria com a Asso-
ciação de Cidadãos Auto-Mobili-
zados (ACA-M). Indique o tipo e a
localização exacta do problema.
Encaminharemos a sua queixa às
autoridades responsáveis pela re-
solução da situação descrita.
Participe pela segurança de todos
os automobilistas e peões. N

Soluções à sua medida no nosso sítio na Net.

CONSUMO
> Aquecer a água e a casa: qual o sistema mais barato?
> Electricidade: que potência contratar?
> Electricidade: tarifa simples ou bi-horária?
> Internet: qual o fornecedor de acesso mais barato?
> Pegada ecológica: como melhorar o meu impacto ambiental?
> Rede fi xa: preço de uma chamada.
> Rede fi xa: qual o plano de tarifário mais barato?
> Telemóveis: qual o plano de tarifário mais adequado?

DINHEIRO
> Cash-back: como usar o cartão de crédito sem pagar juros?
> Comprar e vender casa: que custos?
> Contas à ordem: qual o melhor banco?
> Crédito à habitação: qual o banco mais barato?
> Crédito pessoal: qual o melhor banco?
Especial mobilidade > Acabar com os pontos negros nas estradas
> Direitos de quem presta assistência à família
> Imposto municipal sobre imóveis: quanto pagarei?
> Imposto municipal sobre as transmissões: quanto pagarei?
> Poupanças: quanto renderão no futuro?
PROTEJA BEM A SUA PELE
> Seguro automóvel: qual o mais barato?
> Subida da taxa de juro: qual a prestação da minha casa? FÉRIAS AO SOL
> Taxa anual de encargos efectiva global (TAEG): como calcular?
O Verão chegou e muitos estarão de partida para férias. Para gozar em
pleno os dias de praia, os passeios e desportos ao ar livre, não se es-
SAÚDE
queça de levar na sua bagagem de mão protector solar, chapéu, óculos
> Analgésicos: a dose certa para o seu filho
de sol e roupa, de preferência, escura. Estudos demonstraram que as
> Calorias: qual a quantidade certa?
> Doenças cardiovasculares: qual o meu risco?
cores mais escuras bloqueiam melhor a passagem dos raios solares.
> Fumar: quanto poupo se parar? Compre um protector solar com um índice, no mínimo, de 15, mesmo
> Osteoporose: quando fazer o exame? que seja moreno ou que já esteja bronzeado. As crianças e pessoas com
> Peso: a mais ou a menos? a pele mais clara ou sensível devem usar um factor de protecção supe-
> Rinite alérgica e asma: teste o seu risco rior (veja quais os índices adequados ao seu tipo de pele no nosso dos-
> Sono: teste os seus conhecimentos siê on-line). Aplique o creme antes da exposição solar, em todo o corpo,
mesmo nas zonas
TESTES COMPARATIVOS não directamente
expostas. Renove
Actualizamos regularmente os resultados dos nossos testes na Net. a aplicação de
> Computadores portáteis 2 ou de 3 em 3
> Fornecedores de acesso à Internet horas e sempre
> Leitores de MP3 depois dos mer-
> Máquinas fotográficas digitais gulhos. Se tiver
> Máquinas de lavar roupa filhos pequenos
> Telemóveis com menos de 6
> Televisores LCD e plasma meses, não os le-
ve à praia. N
www.deco.proteste.pt
Arquivo > Dossiês > Cuidados com o sol

4 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006

 em linha
telecomunicações e multimédia

NOVO OPERADOR ABANAR A CONCORRÊNCIA

A Redvo (prefixo 1066) acaba de estrear-se no
sector português das telecomunicações e já é
motivo de agitação entre a concorrência.
Nas chamadas exclusivas de voz em acesso in-
directo (pré-selecção ou chamada a chamada),
pratica um tarifário igual ao da Tele2, um dos
operadores com preços mais competitivos da
nossa praça. Além de
apresentar soluções
apenas de voz, o www.redvo.com
operador Redvo dis-
ponibiliza produtos exclusivos de Internet ou,
ainda, de ambos os serviços integrados (voz e
acesso à Internet). No primeiro caso, em modo
indirecto, o ADSL Net2 Basic, com 5Gb de trá-
PARA NOS CONTACTAR fego mensal, é a solução mais vantajosa, cus-
tando 25,98 euros.
ASSINATURAS E ENCOMENDAS Porém, o operador estreante introduziu uma
> Telefone novidade. Os clientes da Internet podem tam-
808 200 146 bém realizar chamadas de voz, utilizando o
telefone convencional com a tecnologia VoIP
> Fax
21 841 08 02
> Correio electrónico
assinaturas@deco.proteste.pt
(do inglês Voz sobre Protocolo Internet), atra-
vés da atribuição de um número geográfico.
Deste modo, podem manter o seu número de
telefone sem custos adicionais. Contudo, com
esta modalidade, ainda não podem aceder ao
serviço, através de um computador portátil,
numa localidade diferente da indicada.
Outro entrave é o facto
de a Redvo não ofere-
cer um serviço directo.
Assim, qualquer que
seja o seu caso, se não for cliente da PT Co-
municações, terá de passar a sê-lo e... pagar a
respectiva assinatura, no valor de 15,32 euros.
Mas, se não quiser abdicar da sua mobilidade,
nem tudo está perdido. Para aceder ao serviço
VoIP e fazer e receber chamadas em qualquer
outra localidade, a Redvo poderá atribuir-lhe
um número não geográfico.
Neste caso, o acesso depende de um nome de
utilizador e de uma palavra-passe. N

ESPANHA, ITÁLIA E BÉLGICA DICIONÁRIO ELECTRÓNICO SPEAK ENGLISH

00 351 21 841 08 58
Os nossos associados têm acesso ao
Serviço de Informações não só em
Portugal, mas também nos países das
nossas congéneres espanhola, italiana
e belga. Se tiver algum problema de
consumo durante a estada nestes
países, pode telefonar-nos.
Entraremos em contacto com o Serviço
de Informações local, para que possam
tomar conta do seu problema.
Serviço de informações
Aconselhamento jurídico
Serviço de Informações
e artigos publicados
Aconselhamento jurídico
21 841 08 58
e artigos publicados
808 200 145
9h00 às 13h00
14h00 às 18h00
9h00 às 13h00
(dias úteis; sexta-feira, até às 17h)
14h00 às 18h00
(dias úteis; sexta-feira, até às 17h)
www.deco.proteste.pt
www.deco.proteste.pt
www.deco.proteste.pt
Se tem filhos a dar os pri-
meiros passos na língua de
Shakespeare ou precisa de
pesquisar certa palavra ou ex-
pressão, encontrará toda a uti-
lidade no WordWeb. Com mais
de 280 mil entradas, este di-
cionário electrónico, que cobre
as diversas variantes do inglês
(britânica, americana, austra-
liana, etc.), disponibiliza uma
versão gratuita, que pode ser descarregada em
www.wordwebonline.com.
Apesar de ser um pouco mais limitada do que
www.wordwebonline.com
a comercial (por exemplo, tem menos defini-
Neste sítio, pode descarregar a versão gratuita
ções e não permite adicionar palavras), não do dicionário
deixa de valer a pena.
O WordWeb tem ainda a vantagem de per- Outro ponto positivo é a facilidade. Depois de
mitir pesquisar palavras a partir de qualquer instalar o programa, basta clicar no ícone res-
programa do Windows e de não exigir que o pectivo, que passa a aparecer na barra de tare-
utilizador se encontre ligado à Net. Para cada fas do Windows, ou carregar ao mesmo tempo
vocábulo introduzido, além da definição (em nas teclas CTRL, ALT e W, para aceder à infor-
inglês, é claro), são apresentados sinónimos e mação procurada.
palavras relacionadas. Se estiver a usar o Microsoft Word ou o Excel,
Ainda que de forma limitada, o WordWeb é pode substituir rapidamente a palavra procu-
também um dicionário enciclopédico, expli- rada por uma alternativa (por exemplo, um
cando, por exemplo, quem foram algumas das sinónimo). Basta clicar na palavra pretendida
mais importantes personalidades da política, e seleccionar o botão Replace e a palavra é
história e cultura mundial. substituída de imediato. N

6 PROTESTE 269 Abril 2006

CHAMADAS INTERNACIONAIS FALAR MUITO E BARATO
Como países de emigração portu-
Custo de chamada guesa, é para a Alemanha, Fran-
de 5 minutos (€) (2)
Tipo ça e Suíça que mais telefonamos
Operadora e tarifário de acesso quando escolhemos um destino
Alemanha França Suíça europeu. Por isso, são estes os
países que incluímos na nossa
comparação.
Horário normal (9h00-20h59) Desde a última análise, salienta-
se uma descida dos preços co-
GlobalTalk Geral e Flex pré-selecção 0,72 0,88
brados pelo Plano Lar, da AR Te-
AR Telecom Plano Lar directo 0,80
lecom, que agora ocupa o segun-
Redvo Voz Indirecto chamada 0,86 do lugar da tabela das chamadas
Tele2 chamada 0,86 em horário normal, antes detido
AR Telecom Plano Família Plus chamada 0,87 pela Tele2.
TMN Fix (1096) Pré ou Pós-pago (1) chamada 0,87 Entretanto, o mercado viu surgir
um novo operador, a Redvo, que
Toq 1091 Zero chamada 0,88
entrou directamente para o ter-
Cabovisão Iphone, Lig e Lig+ directo 1,15 0,97 1,15
ceiro lugar da geral, partilhando a
PT Comunicações Marconi Relações Internacionais directo 1,19 1,03 1,19 posição com a Tele2.
Novis Residencial pré-selecção 1,42 Ainda assim, na frente, nada de
Nacacomunik ACN (qualquer opção) pré-selecção 1,55 1,51 novo: a GlobalTalk continua a
Oni Duo directo 1,56 1,51 cobrar os preços mais reduzidos,
em horário normal, para a Alema-
Oni OniVox pré-selecção 1,56 1,51
nha e a França, permitindo pou-
Novis Clix (qualquer opção) pré-selecção 1,60 1,55
par quase um euro por chamada
PT Comunicações Base e Simples directo 1,60 1,55 de cinco minutos face ao tarifário
Optimus Home directo 2,00 de base da PT Comunicações.
Horário económico (21h00-8h59, fim-de-semana e feriado) Ao fim de umas 10 a 15 chama-
Toq 1091 Zero chamada 0,57 0,52 0,57
das, número bem razoável para
quem tem familiares no estran-
Redvo Voz Indirecto chamada 0,61
geiro e gosta de manter-se em
Tele2 chamada 0,61
contacto, a poupança será consi-
TMN Fix (1096) Pré ou Pós-pago (1) chamada 0,62 derável.
AR Telecom Plano Família Plus chamada 0,62 No horário económico, o Toq
GlobalTalk Flex pré-selecção 0,72 0,88 1091 Zero continua imbatível,
AR Telecom Plano Lar directo 0,80
apesar da estreia forte da Redvo,
que assumiu o segundo lugar,
PT Comunicações Marconi Relações Internacionais directo 0,80 0,67 0,80
mais uma vez, ao lado da Tele2.
Optimus Home directo 0,85
Também nesta faixa horária os
Cabovisão Iphone, Lig e Lig+ directo 1,15 0,97 1,15 nossos conselhos permitem-lhe
Novis Residencial pré-selecção 1,22 fazer grandes poupanças: na
Nacacomunik ACN (qualquer opção) pré-selecção 1,26 1,23 mesma grandeza de valores do
Oni Duo directo 1,27 1,23 que no caso do horário normal.
Caso pretenda telefonar para ou-
Oni OniVox pré-selecção 1,27 1,23
tros destinos que não os indica-
Novis Clix (qualquer opção) pré-selecção 1,31 1,27
dos no quadro, espreite o nosso
PT Comunicações Base e Simples directo 1,31 1,27 simulador na Internet (www.deco.
(1) Horário normal: das 9h00 às 18h59; económico: das 19h00 às 8h59. proteste.pt). Se não tiver ligação
(2) Com base em preços de Junho de 2006. à Net, poderá telefonar para o
nosso Serviço de Informações
(808 200 145). N

PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 7

 azeitonas embaladas e a granel
mal conservadas e com defeitos

Fiscalização
em falta
A conservação das amostras vendidas
a granel deixa muito a desejar. O sal, por vezes,
abunda. Em ambas, os defeitos estão presentes,
além de nem sempre terem o melhor sabor

8 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006

Em tempos romanos, nos países costeiros
mediterrâneos, a oliveira era símbolo de
progresso e pacificação. Perdeu-se o rasto
à sua origem, mas sabe-se que terá mais de
6 mil anos. No sul de Portugal e em Espa-
nha os responsáveis pela sua introdução e
difusão são os árabes.
No nosso país, o consumo de azeitona de
mesa per capita, de acordo com dados de
2001, foi de 1,9 kg. É um fruto que integra
os nossos hábitos alimentares. Dispomos
de um património olivícola representativo,
consagrado à produção de azeitona de me-
sa. Porém, é necessário, devido à falta de
azeitonas de boa qualidade e aptidão para
conserva, aumentar a produção nacional.
Em Portugal, o fabrico da azeitona é, na
maioria, artesanal, para consumo caseiro.
Fruto muito nutritivo
> Rica em componentes nutritivos e sau-
dáveis, a azeitona deve ser incluída numa
alimentação variada, dado conter vitaminas,
em particular A e E, bem como oligoelemen-
tos e sais minerais (sódio, potássio, cálcio,
fósforo, magnésio e ferro). Como aperitivo
ou acompanhamento são preferíveis, por
exemplo, a batatas fritas ou a tiras de mi-
lho. Como consequência da fermentação,
é um fruto que fica enriquecido noutros
nutrientes, sobretudo em antioxidantes na-
turais. A polpa é composta, em média, por
água (50 a 70%), gordura (15 a 30%), açú-
cares (4 a 10%), fibras (3 a 6%) e minerais
(1 a 2%). Por 100 gramas, o seu valor ener-
gético ronda as 170 quilocalorias.
> Existem várias formas de preparação (azei-
tonas adoçadas, ao natural, desidratadas ou
enrugadas e oxidadas), determinadas pelos
tratamentos que recebem, entre outros, pa-
ra eliminar o natural sabor amargo. Por sua
vez, as formas de apresentação abundam:
inteiras, descaroçadas, recheadas, azeitona
para salada, às rodelas, com alcaparra, pas-
ta de azeitona, etc.
> A azeitona preta oxidada, preparada a
partir de frutos em estado de maturação in-
termédio (misto) é a mais popular, seguida
da azeitona de cura natural. A sua facilida-
de de fabrico, como o tratamento térmico a
FAMÍLIA DA AZEITONA
AZEITEIRA
Predominante na região de Elvas e Campo Maior.
Ao contrário do que o seu nome sugere, é pobre
em azeite, mas óptima para conserva, sobretudo
quando verde. O caroço destaca-se facilmente da
polpa, importante para o seu uso em conserva.
NEGRINHA
Típica do nordeste transmontano, é muito apro-
priada para conserva dos tipos verde e negra,
industrial e caseira. O caroço desprende-se com
facilidade.
CONSERVA DE ELVAS
Embora muito apreciada como azeitona de mesa,
em verde, pelo seu sabor, esta, de elevado peso,
encontra-se em regressão, devido ao facto de a
sua frutificação ser irregular.
GALEGA
Encontra-se em todas as regiões olivícolas. É pre-
parada a partir de frutos totalmente maduros.
Apesar do seu calibre ser bastante reduzido, o
produto que origina é especial, dadas as suas ca-
racterísticas sensoriais únicas.
que é sujeita, que lhe garante condições de
conservação num tempo razoável, tornan-
do-a segura para o consumidor, pode expli- 25 MARCAS À MESA
car este fenómeno.
> Em Janeiro de 2006, comprámos 25
Conservação a granel amostras de azeitonas de mesa (22
> Medimos o peso escorrido das azeitonas pretas oxidadas e 3 do tipo preta
embaladas. Três marcas de azeitona preta natural Galega). No total, 15 eram
embaladas (12 pretas oxidadas e 3
oxidada (Cimarron, Continente e Pingo Do-
Galegas) e 10 a granel.
ce) estavam fora do estipulado pela norma.
> Realizámos análises físico-quími-
Ou seja, o peso líquido escorrido anunciado cas das azeitonas, em termos de pe-
era superior ao medido. so escorrido, pH, sal, conservantes,
> O sal é necessário a uma boa conserva- contaminantes (nas embalagens em
ção, algo que se aplica às azeitonas. Se lata, no caso do chumbo) e pesti-
comermos uma dose de azeitonas (15, no cidas. Avaliámos também a quali-
caso da galega, e 10, na preta oxidada) es- dade microbiológica e a rotulagem.
taremos a ingerir, em média, respectivamen- > Por fim, realizámos uma prova sen-
te, cerca de 35 e 45 gramas de azeitonas. sorial, que incluiu uma análise aos
Na marca Tremoceira (Galega), por exemplo, defeitos e ao sabor.
uma única dose contém 1,9 gramas de sal,
>>
PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 9
 M Melhor do Teste
N Escolha Acertada
L Escolha Económica AZEITONAS EMBALADAS: CARACTERÍSTICAS E RESULTADOS DO TESTE
A Muito bom Peso (gramas)

Higiene e conservação
B Bom
PREÇO
C Médio
por

líquido escorrido

líquido escorrido
D Medíocre APRECIAÇÃO quilo (€)
E GLOBAL Março

Degustação
Mau

Rotulagem
anunciado

Pesticidas
de 2006

Chumbo
n.a. Não se aplica

Defeitos
Aditivos
medido

Ferro

100
total

Sal
Marca e denominação de venda

0
Azeitona preta oxidada

Maçarico Azeitonas pretas inteiras oxidadas 200 206 A C A A A A A C A B B 7,45 - 9,75

Carrefour Cacerena azeitonas pretas inteiras 200 216 A C A A A A A C A B B 2,20 - 2,45

Cimarron Azeitonas de Elvas pretas inteiras oxidadas 220 207 E C A A n.a. A A C A B B 5,95 - 9,05

Auchan Azeitona preta oxidada inteira 560 545 C C A A n.a. A A B A C B 4,45 - 6,77

Continente Azeitonas pretas inteiras oxidadas 220 208 E C A A n.a. A A B B B B 4,09 - 6,09

Flor do Pereiro Azeitona preta oxidada 300 298 B C A A n.a. A C C A B B 5,97 - 7,33

Herdade do Olival Azeitonas pretas oxidadas com caroço 200 204 A B A A A A A B B C B 5,45 - 8,95

Tremoceira Azeitonas pretas oxidadas 300 290 C C A A n.a. A A B A D B 5,77 - 6,60

Dia Azeitonas Cacerenhas pretas com caroço 200 209 A C A A A A A C B C B 1,70 - 2,45

Olpaca Azeitona preta oxidada 800 802 A E A A n.a. A C B A C B 4,99 - 6,74

Centazzi Azeitonas pretas oxidadas 213 207 C B A A n.a. A A B E C C 5,82 - 7,93

Pingo Doce Azeitonas pretas inteiras oxidadas 220 211 D C A A n.a. A A C E C C 4,45 - 4,50

Azeitona preta Galega natural

Maçarico Azeitonas Galega pretas inteiras ao natural 220 222 A D n.a. A n.a. A A C E C C 7,18 - 10,23

Flor do Pereiro Azeitona preta Galega de cura natural 300 315 A E n.a. A n.a. A B C E D D 4,47 - 8,60

Tremoceira Azeitonas cura natural 300 328 A E n.a. A n.a. A C B E D D 6,03 - 7,97

M Melhor do Teste
N Escolha Acertada AZEITONAS A GRANEL: RESULTADOS DO TESTE
L Escolha Económica
A Muito bom
B Bom
PREÇO
C Médio de aquisição
D APRECIAÇÃO
e conservação

Medíocre por quilo

GLOBAL
Degustação

E Mau (€)
Pesticidas

Defeitos
Aditivos

Higiene

n.a. Não se aplica

Ferro

100
Sal

Nome do estabelecimento e morada

Costa & Penetra, Lda Mercado Campo de Ourique, 1300 Lisboa C A A A D A B B 3,50

Maria de Lurdes Rocha Ferreira Mercado de Benfica, Lugares 44,

D A A A E A B C 2,40
Sector III, 1500-354 Lisboa
Alves & Filhas, Lda Rua da Penha de França, 45, 1º Esq,
D A A A E A B C 2,90
1170 Lisboa

A Diplomata, Lda Av. João XXI, 24, A e B, 1000-032 Lisboa C A A A E A C C 3,00

Maria Fernanda Calisto Henriques Moreira Mercado 31 Janeiro,

B A A A E A D C 3,00
Lugar 54-59, sector 1, 1050-105 Lisboa

Riviera, Lda Avenida da Igreja, 23, A e B, 1700-231 Lisboa C A A A E E A D 3,00

Francisconde II, Lda Mercado da Ribeira, Loja 44, 1200 Lisboa D A A A E C D D 2,20

Charcutaria Brasil, Lda Rua Alexandre Herculano, 90-92,

D A A A E C E D 5,40
1250-012 Lisboa
Maria Isabel Queirós Pereira Almeida Mercado de Arroios, Sector 7,
D A A A E E D E 2,80
Loja 48, 1900 Lisboa
Lugar do Bigodes Mercado de Alvalade Norte, Loja 54,
D A A A E E E E 3,00
1700-331 Lisboa

10 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006


>>
o que representa 31,7% da dose máxima
aceitável desse ingrediente. Logo a seguir,
na marca Flor do Pereiro (Galega), o contri-
buto (1,7 gramas) é de 28,3 por cento.
No caso das pretas oxidadas, a marca Ol-
paca (1,4 gramas por dose) contribui com
23,3% da dose aceitável. Em todos os ca-
sos, ao ingerir uma dose, em média, um
quarto das necessidades máximas diárias
já estarão colmatadas.
> Encontrámos problemas de conservação
na azeitona preta oxidada vendida a granel.
Aliás, nenhum dos locais visitados passou
neste critério. Embora não tenhamos des-
coberto microrganismos patogénicos que
coloquem em risco a saúde do consumidor,
sinais reveladores de falta de cuidados na
conservação dos produtos alimentares são
inadmissíveis. Como se trata de um alimen-
to tão rico em nutrientes, a sua correcta
conservação é importante. Comparando-a
com a azeitona preta oxidada embalada,
as condições de conservação fazem a dife-
rença. A refrigeração é essencial, uma vez
aberto o produto, mas tal não acontece na
azeitona vendida a granel.
> A má conservação conduz à degradação,
o que, não raro, afecta o sabor e o cheiro.
Por este motivo, é importante que as azei-
tonas sejam consumidas o mais rapidamen-
te possível. Assim, no caso das azeitonas
pretas oxidadas vendidas a granel, a fiscali-
zação da Agência da Segurança Alimentar e
Económica deveria ser mais eficaz.
Rótulos com poucos conselhos
> Os rótulos analisados são pouco ambicio-
sos no que respeita a informar. Da maioria
apenas constavam as informações obriga-
tórias e, mesmo assim, verificámos que,
em certos casos, tal não foi bem sucedido.
Poucos fabricantes deram informações so-
bre a categoria, ou mesmo o valor nutritivo
e as formas de conservação.
> Por exemplo, apenas 4 rótulos, em 15, in-
dicavam a categoria comercial da azeitona:
Extra, Primeira (I ou Selecta), e Segunda (II
ou Standard). Continente, Tremoceira (oxi-
dada e Galega) e Dia fizeram a diferença.
A Herdade do Olival e a Centazzi, além de
apresentarem valores nutricionais, fizeram-
-no por 100 gramas e por dose. A Auchan
não foi tão longe, mas não descurou aque-
la informação complementar. As restantes
azeitonas embaladas e a granel mal conservadas e com defeitos
GUIA DE ANOMALIAS E DEFEITOS
> O uso excessivo de aditivos e processos deficientes de fermentação, entre outros, po-
dem dar origem a várias anomalias, entre as quais alterações de paladar (como, por
exemplo, sabor “a tremoço”). Frutos tratados e fermentados de maneira imprópria estão
na origem da maioria das alterações microbianas. Uma das mais conhecidas, que inter-
fere no sabor, e detectada no nosso teste, é a “sapateira”. Surge quando a fermentação
é deficiente, o que resulta num produto com reduzida capacidade de conservação.
> As azeitonas podem apresentar vários defeitos. Escurecimento, pontos brancos e em-
polamento, além dos que mencionamos em baixo, são defeitos que decorrem sobretudo
durante o processo de fabrico.
Materiais estranhos Frutos mutilados
Limpeza e lavagem Apresentam cortes
deficiente após a que atravessam a
colheita (pedún- polpa, podendo ser
culos, pedras, um meio de contami-
folhas, etc.). nações.
Frutos enrugados Textura anormal
Defeito produzido du- Resultante de um tra-
rante a fermentação, tamento prolongado a
devido à concentração temperatura ambiente
elevada de sal elevada.
na salmoura.
Frutos picados Cor heterogénea
Azeitonas com Surge após a colheita, caso
sinais de picadas não se conservem em local
de mosca. arejado e fresco. Também
pode acontecer se os frutos
não se mantiverem perfeita-
mente mergulhados durante
o tratamento alcalino.
marcas ignoraram esta vertente. salgado e ácido) e cinestésicos (dureza e
> Quanto às condições de conservação da fibrosidade da polpa).
azeitona após a abertura da embalagem, > Por terem uma percentagem de defeitos
a maioria dos fabricantes também não fez superiores ao máximo tolerado por lei, oito
questão de as apresentar, à excepção do amostras não se puderam inserir em nenhu-
Continente, Auchan, Tremoceira e Olpaca. ma categoria. As restantes classificaram-se
na categoria Extra e categoria I (à excepção
Um terço das azeitonas de uma, pertencente à categoria II).
testadas pecam por terem A marca Tremoceira (negra oxidada) revelou,
muitos defeitos através dos nossos testes, pertencer à ca-
tegoria Extra, superior à indicada no rótulo
Sabor alterado (categoria I). Rotuladas na categoria I, as
> Para avaliar, do ponto de vista sensorial, azeitonas Maçarico foram desclassificadas,
as azeitonas de mesa que testámos, o nos- pois tinham defeitos em demasia, como
so painel de especialistas baseou-se em manchas de cor anormal e mutilações (tal-
atributos negativos (fermentação anormal, vez devido ao excesso de pressão durante
bolor, ranço e cozido), gustativos (amargo, o embalamento).
>>
PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 11
 azeitonas embaladas e a granel mal conservadas e com defeitos

ESCOLHER FRUTOS DE QUALIDADE

> Verifique se as azeitonas, dentro da embalagem, estão todas imersas na salmoura.
Tal é fundamental, pois só assim conservam as suas características. Seja em vidro ou
plástico, é importante prestar atenção ao aspecto do produto. A homogeneidade da cor,
a ausência de defeitos (como picadas, manchas, fissuras, etc.) e de pedúnculos e ainda
a existência de materiais estranhos e fragmentos de caroço são pontos a verificar.
Caso as azeitonas sejam vendidas a granel, é mais fácil o consumidor controlar, por
exemplo, o odor e o sabor. Amargor, acidez e teor em sal equilibrados devem ser a re-
gra, além de que odores e sabores anormais (a ranço, pútrido ou “sapateira”) são de
excluir. A azeitona não deve estar mole ou rija em excesso. Por fim, enquanto se masti- Maçarico azeitonas Carrefour Cacerena
ga, a polpa deverá ser fibrosa q.b. pretas inteiras oxidadas azeitonas pretas inteiras

> Local fresco e seco, ao abrigo da luz: é o ideal para guardar as azeitonas embaladas,
com um prazo de validade bastante prolongado. Após aberta, a embalagem deverá ser
guardada no frigorífico e consumida o mais rápido possível, para evitar as contamina-
ções. Convém pôr de imediato no frigorífico as azeitonas vendidas a granel. Não compre
Depois de comprar, as azeitonas devem
ser colocadas no frigorífico e consumidas
o mais rapidamente possível
ESCOLHA ACERTADA
mais do que a quantidade mínima in-
> A azeitona preta oxidada vendida a
dispensável. Coloque-as num recipiente
granel apresentou problemas de con-
com água e sal. Caso coloque um ovo
servação e comercialização. Tal poderá
nessa mistura e o mesmo vier à super-
estar na base na degradação do sabor,
fície, significa que a quantidade de sal
pouco apreciado neste teste. Encontrá-
é suficiente. Quando as consumir po-
mos também muitos defeitos em cerca
nha-as em água para retirar o excesso
de um terço das azeitonas testadas.
de sal. Retire as azeitonas do frigorífico
A azeitona Galega foi exemplo disso.
antes de servir, para que fiquem à tem-
Falhas de informação ao nível da cate-
peratura ambiente, o que realça o seu
goria, país de origem, dicas de conser-
sabor natural.
vação e valor nutricional foram os prin-
cipais problemas na rotulagem.
> No rótulo deve constar o nome do pro-
duto (“Azeitona” ou “Azeitona de me-
> A venda das azeitonas baseia-se em
sa”). A indicação do tipo de azeitona, a
normas que funcionam como mera orien-
preparação e a forma de apresentação,
tação e estão, em certos aspectos, obso-
a categoria, os aditivos alimentares e
letas. Mais: não estão definidos limites
coadjuvantes tecnológicos, indicação de
microbiológicos, cruciais no tocante à hi-
origem e nome do produtor são outros
giene. Falta legislação que oriente a fis-
elementos a mencionar.
calização. Face aos resultados do nosso
teste, justifica-se uma acção da Agência
da Segurança Alimentar e Económica.

>> > Nas azeitonas pretas oxidadas, a

O facto de uma marca pertencer, por exem-
plo, à categoria Extra, não impede que a
prova de degustação contrarie esta desig-
nação. A amostra de azeitona negra oxi-
dada Tremoceira, Extra como categoria, foi
medíocre na análise sensorial. Um sabor
estranho, talvez relacionado com a altera-
ção microbiana designada vulgarmente por
“sapateira”, bem como um sabor excessivo
a azeite, e alguns defeitos, estiveram na ba-
se da desclassificação.
Em geral, as azeitonas com pior classifica-
ção tinham sabor e texturas muito hetero-
géneas, o que poderá querer dizer que se
misturaram lotes de qualidade divergente.
As azeitonas a granel apresentaram mais
problemas ao nível de paladares estranhos
(sabor a “sapateira” e a azeite), algo devido
provavelmente à exposição a que estão su-
jeitas durante a venda.
> Não encontrámos conservantes em exces-
so ou pesticidas nas azeitonas testadas.
Três pelo preço de uma
> As diferenças de preço entre algumas
azeitonas embaladas são significativas.
Se optar pela Carrefour, nossa Escolha Acer-
tada, em detrimento da Maçarico, poupa
mais de € 5 por quilo. Com o dinheiro que
gastaria na segunda marca, podia comprar
três embalagens das azeitonas Carrefour e
ainda lhe sobravam alguns cêntimos.
marca Maçarico Azeitonas Pretas Intei-
ras Oxidadas (entre € 7,45 e € 9,75)
é a Melhor do Teste. Dada a excelen-
te relação entre qualidade e preço, a
marca Carrefour Cacerena azeitonas
pretas inteiras (entre € 2,20 e € 2,45),
é a nossa Escolha Acertada. Caso não
exista na sua zona, pode comprar, em
alternativa, Continente Azeitonas Pre-
tas Inteiras Oxidadas (entre € 4,09 e
€ 6,09) ou Dia Azeitonas Cacerenhas
pretas com caroço (entre 1,70 e 2,45
euros). Não atribuímos os títulos de Me-
lhor de Teste nem de Escolha Acertada à
azeitona Galega, pois os resultados fo-
ram, no máximo, apenas aceitáveis.

12 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006

 automóveis familiares
teste e guia de manutenção

Viagem segura em grande estilo

Testámos 11 carros versáteis para transportar tudo e todos.
Se já escolheu o seu modelo, faça-lhe um exame geral
antes de viajar e evite problemas na estrada

Com o Verão e a crise à porta,
muitos portugueses optam por
passar as suas férias em terras
lusitanas. Mesmo para aqueles
que se aventuram fora do país,
o carro é muitas vezes o meio
de transporte escolhido.
Antes de chegarem ao desti-
no, espera-os, na maioria dos
casos, uma longa viagem em
auto-estrada ou em estradas
secundárias. Por isso, antes de
fazer as malas, faça um exame
geral à saúde do seu automó-
vel, inspeccionando os pontos-
-chave mais sujeitos a avarias.
Alguns minutos de prevenção
podem evitar horas de dores
de cabeça na estrada.
Os veículos de utilização múlti-
pla (MPV) são uma boa escolha
para as famílias que partem,
nesta altura, quase com a casa
às costas. Também os amantes
de desporto, que tenham de
carregar consigo pranchas de
surf e outros equipamentos,
verão com bons olhos a flexibi-
lidade destes modelos.
Com um simples rebater ou
até mesmo retirar de bancos,
poderá transportar quase tudo,
desde grandes objectos a cinco
ou sete pessoas.
Disponíveis em modelos gran-
des, médios ou pequenos, e
a gasolina e gasóleo, a versa-
tilidade é a palavra de ordem.
Neste teste, por se tratar de
modelos com características
diferentes para necessidades
diferentes, não atribuímos uma
Escolha Acertada ou a classifi-
cação de Melhor do Teste.
Assim, apresentamos-lhe o
bilhete de identidade dos au-
tomóveis testados, seguindo
critérios comuns (ver caixa).
Todos estes modelos vêm equi-
pados com ar condicionado, o
que é indispensável, por terem
grandes superfícies envidraça-
das que deixam entrar o calor,
sobretudo no Verão.
Para quem tem crianças, estes
veículos facilitam a vida no que
respeita aos modos de trans-
portá-las em segurança.
Destaca-se ainda a preocupa-
ção dos fabricantes com a pro-
tecção dos ocupantes. Airbags
frontais, laterais e de protecção
de cabeça são comuns nos car-
ros que testámos.
>>
PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 13
 TESTÁMOS 11 MÁQUINAS NA ESTRADA
Ao volante
> Motor e caixa de velocidades: será que o
automóvel tem boa aceleração, susceptível
de lhe facilitar a ultrapassagem? A caixa de
velocidades está bem escalonada e as mu-
danças são suaves? A embraiagem é muito
dura ou muito macia?
> Travões: tivemos em conta a distância ne-
cessária para imobilizar o automóvel quan-
do circula a 100 Km/hora e a análise dos
especialistas sobre a estabilidade da trava-
gem, a sua progressão, a sua resistência ao
aquecimento, entre outros aspectos.
> Condução e comportamento: o automóvel
é fácil de manobrar (por exemplo, no esta-
cionamento)? É estável nas curvas e em li-
nha recta?
> Campo de visão: o condutor tem visibili-
dade suficiente, tanto à frente, como atrás e
dos lados? Os retrovisores interiores e exte-
riores são eficazes?
Qualidade de vida a bordo
> Acesso, bancos e espaço interior: os pas-
sageiros têm espaço suficiente ao nível das
costas e das pernas? Os bancos são confor-
táveis, práticos e fáceis de aceder? A parte
de trás do carro é acessível?
> Capacidade de carga: apreciámos, simul-
taneamente, o volume da bagageira com os
bancos no lugar ou rebatidos, o seu formato
e acesso.
> Conforto de condução: a suspensão é
muito mole ou muito rija? Os choques são
bem amortecidos? A direcção é muito pesa-
da ou demasiado leve?
> Ruído: medimos, a três velocidades dife-
rentes, o nível de ruído no interior de cada
autómovel.
> Ventilação: aferimos o tempo necessário
para aumentar a temperatura do habitáculo
do automóvel de -10°C para 22°C, em várias
zonas do mesmo, assinalando a temperatu-
ra máxima registada.
> Segurança das crianças: os cintos de se-
gurança são suficientemente compridos
para prender uma cadeira? Estas ficam es-
táveis e são fáceis de instalar? Existem fixa-
ções Isofix (norma universal que se baseia
em pontos de fixação directamente ligados
à carroçaria do automóvel)? Os vidros eléc-
tricos têm um sistema de segurança que os
páre quando sentem um obstáculo?
Segurança passiva
Verificámos diversos elementos e avaliámos
o impacto das opções técnicas dos fabrican-
tes para aumentar a segurança dos ocupan-
tes, reduzindo os efeitos de um acidente.
Entre outros aspectos, como a assistência
à travagem, verificámos a quantidade e o
tipo de airbags, a estrutura do habitáculo e
a presença ou não de barras de protecção
lateral.

VOLKSWAGEN Touran 1.9 TDI TOYOTA Corolla Verso 2.2 D-4D

Cilindrada 1896 cc Potência 105 CV Preço (€) 31 357 - 34 196* Cilindrada 2231 cc Potência 180 CV Preço (€) 37 615 - 40 825

Com um dos consumos mais baixos do grupo testado, este mo- É o campeão em potência e motorização, com um consumo
delo alia um bom desempenho ao volante a um grande nível razoável para a sua capacidade. Tem o preço mais elevado de
de segurança dos ocupantes e de capacidade de carga. aquisição. Nota negativa para as emissões poluentes.

Motor e caixa de velocidades
Capacidade da bagageira
Conforto de condução
Segurança passiva
Espaço nos bancos de trás Acelerações Suavidade do motor
Ventilação Estabilidade quando frio
Ruído e campo de visão Espaço nos bancos de trás
* Inclui despesas de averbamento, Versatilidade com as três filas de bancos
legalização e transporte
Segurança das crianças no lugar

14 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006

 automóveis familiares teste e guia de manutenção

FORD Focus C-Max 2.0 TDCi RENAULT Scénic 1.6

Cilindrada 1997 cc Potência 136 CV Preço (€) 32 630 - 34 880* Cilindrada 1598 cc Potência 115 CV Preço (€) 27 300 - 27 500

Este modelo consegue juntar grande capacidade de carga e bai- O baixo preço na hora da compra poderá não ser o mais com-
xos consumos (cerca de 6 litros aos 100 km/hora). Inconvenien- pensador a longo prazo. Contudo, é seguro e moderado
tes: o ruído e o espaço insuficiente na parte de trás do carro. no consumo de gasolina (7,6 litros aos 100 km/hora).

Acelerações Ventilação Consumo Sensibilidade ao volante

Condução e comportamento
em estrada
Qualidade dos bancos
Segurança passiva
Visibilidade
Versatilidade
* Inclui despesas de averbamento, Ventilação no espaço à frente
legalização e transporte
Segurança passiva
Capacidade da bagageira
com todos os bancos
montados

TOYOTA Corolla Verso 1.8 MAZDA 5 MZR-CD 2.0

Cilindrada 1794 cc Potência 129 CV Preço (€) 32 935 Cilindrada 1998 cc Potência 143 CV Preço (€) 27 570 - 36 510

Possui um bom desempenho na estrada, mas é, de todos, Falhas ao nível do sistema de travagem, da visibilidade
o menos amigo do ambiente. Disponível a gasolina, pode tor- e do ruído. A gasóleo, é o automóvel mais bem comportado
nar-se um investimento menos rentável, ao longo da sua vida. em relação à emissão de gases poluentes.

Estabilidade Consumo Acelerações Espaço nos bancos de trás

Versatilidade Motor e caixa de velocidades Entrada dos passageiros na
Ruído e campo de visão Espaço nos bancos de trás parte de trás, devido à porta
Conforto de condução deslizante
Segurança das crianças

PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 15

 MERCEDES B 150 VOLKSWAGEN Golf Plus 1.9 TDI

Cilindrada 1498 cc Potência 95 CV Preço (€) 29 256* Cilindrada 1896 cc Potência 105 CV Preço (€) 29 113 - 30 290*

Pouco conforto na condução e uma pequena capacidade Um carro potente e ideal para poupar em despesas com
de carga são as maiores fraquezas. A gasolina, tem um consu- combustível, porque é dos menos vorazes (6 litros
mo razoável (gasta cerca de 7,7 litros aos 100 km/hora). aos 100km /hora).

Consumo Acelerações Estabilidade Emissões de gases

Ventilação Espaço e acesso entre bancos Ventilação no espaço à frente
Qualidade dos bancos
* Inclui despesas de averbamento, * Inclui despesas de averbamento,
legalização e transporte legalização e transporte

SEAT Altea 1.6 VOLKSWAGEN Golf Plus 1.6 FSI

Cilindrada 1595 cc Potência 102 CV Preço (€) 22 640 - 24 695 Cilindrada 1598 cc Potência 115 CV Preço (€) 29 128 - 30 345*

É o segundo modelo com mais apetite (mais de 8 litros aos Ao contrário do seu homónimo é a gasolina e gasta mais
100 km/hora) e o menos confortável no seu interior. Entre os combustível (quase 8 litros aos 100 km/hora), mas é menos
automóveis testados, é o único sem assistência à travagem. poluente. Ao volante, o seu desempenho não é dos melhores.

Estabilidade Ventilação Estabilidade Acelerações

Versatilidade Espaço e acesso entre bancos Motor e caixa de velocidades
Capacidade de carga Qualidade dos bancos
Ventilação no espaço à frente * Inclui despesas de averbamento,
legalização e transporte

16 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006


>>
Prioridade ao preço
e ao consumo
Se ao olhar para as nossas fi-
chas já ficou tentado por um
modelo, tenha atenção aos por-
menores que envolvem preço e
combustível. Antes de comprar,
convém também visitar vários
concessionários. Alguns preços
que indicamos incluem já os
custos com o averbamento, a
legalização e o transporte dos
modelos, porque as respectivas
marcas tiveram o cuidado de
nos enviar essa informação.
Numa altura em que os aumen-
tos do preço de combustível
estão na ordem do dia, repare
nos atributos dos automóveis
testados. Alguns tornam-se
compensadores ao nível do
consumo. Calculámos ainda o
custo por quilómetro, tendo em
conta as despesas fixas (co-
mo o seguro e os impostos) e
as variáveis (como o consumo
MITSUBISHI
Cilindrada 1968 cc Potência 136 CV Preço (€) 33 800 - 43 500*
Em comprimento, é o maior modelo (cerca de 4,80, contra os
4,30 metros dos outros carros testados). Nota negativa para as
emissões de gases. Em quatro anos, pode ser pouco rentável.
Acelerações
Segurança das crianças
Capacidade de carga
* Inclui despesas de averbamento,
legalização e transporte
médio). Para saber se o inves-
timento inicial se torna rentá-
vel, considerámos que o carro
percorre cerca de 15 mil quiló-
metros por ano e que fica na
posse do consumidor durante
quatro anos.
De todos os modelos analisa-
dos, o Volkswagem Golf Plus
1.9 TDI é o mais poupado: cer-
ca de 6 litros aos 100 km/ho-
ra. O que torna o seu preço de
aquisição razoável. Já o Ford
Focus C-Max 2.0 TDCi, também
a gasóleo, é uma boa escolha
em termos de consumo, mas
é mais caro. Contudo, estes
modelos são pouco amigos do
ambiente, tendo em conta as
emissões de gases poluentes.
Por sua vez, entre os MPV’s a
gasolina, o Renault Scenic 1.6
e o Mercedes B 150 juntam pre-
ços convidativos e poupança
no consumo. No entanto, é ao
nível do conforto na condução
>>
Grandis 2.0 DI-D
Vibrações do motor
Conforto de condução
Campo de visão
Espaço nos bancos de trás
Ventilação
automóveis familiares teste e guia de manutenção
PREVENIR PARA NÃO REMEDIAR
Com uma boa dose de
paciência e alguma des-
treza mecânica, poderá
fazer você mesmo o che-
ck-up ao seu carro.
Tome nota dos pontos
que não pode descurar.
Luzes
Teste as luzes dos míni-
mos, médios e máximos,
bem como as de travão,
de nevoeiro e dos piscas. Veja a intensidade das lâmpadas
e assegure-se de que os faróis estão bem limpos. A posição
destes deve ser regulada em função do peso que levar, com o
veículo já carregado.
Pneus
Conduzir com os pneus em mau estado é meio caminho anda-
do para problemas maiores. Se pensarmos em viagens longas
e escaldantes, com o carro carregado, o resultado poderá ser
bem pior. Para evitar preocupações, verifique, com os pneus
frios, a pressão aconselhada pelo fabricante (encontra-se ge-
ralmente num autocolante na tampa do combustível, no lado
de dentro da porta ou no porta-luvas). Confirme ainda se o
perfil do desenho do pneu é superior a 1,6 milímetros. O che-
ck-up deve estender-se ao pneu sobresselente. Na estrada, fa-
ça paragens de 15 minutos, depois de 2 horas de condução
para descansar e aproveite para controlar o estado dos pneus.
Líquidos vitais e travões
Óleo do motor e líquidos de refrigeração, da embraiagem e
dos travões são fluidos vitais para o seu carro. Por isso, confir-
me se os seus níveis estão correctos.
Um dos sistemas mais críticos do seu motor é o de refrigera-
ção. Veja se tem líquido anti-congelante e água suficientes pa-
ra evitar o sobreaquecimento do motor.
O líquido dos travões deve ser transparente ou âmbar. Se tiver
uma cor escura, está a precisar de uma substituição.
Ainda nos travões, teste o estado das pastilhas e a tensão do
travão de mão. Se, ao travar, ouvir ruídos estridentes ou sentir
algumas vibrações estranhas, faça uma visita à sua oficina.
Também o líquido de limpeza do pára-brisas deve ser inspec-
cionado junto com as escovas. Estas devem ser mudadas uma
vez por ano, de preferência, no Outono.
Ar condicionado e ventilação
Temperaturas quentes e longas viagens põem à prova a resis-
tência física e o conforto dos passageiros.
Certifique-se de que a ventilação do seu carro está a funcionar
bem. Se tem ar condicionado, uma longa espera para pouco
refrescar o interior do carro, significa que está a precisar de
um novo carregamento.
PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 17
 automóveis familiares teste e guia de manutenção
>>
e na poluição emitida que dei-
xam a desejar.
O conforto da condução é es-
sencial para as viagens longas,
mas também no dia-a-dia, so-
bretudo se o carro é o meio de
transporte utilizado. Se esse é
um aspecto que valoriza, inte-
ressa-lhe saber que o Volkswa-
gen Touran 1.9 TDI conseguiu
os melhores resultados nesse
campo. Em contrapartida, o
Mitsubishi Grandis teve o pior
desempenho ao volante.
Em relação à qualidade de vida
a bordo, todos os modelos ti-
veram notas razoáveis em itens
como espaço interior, acessibi-
lidade entre os bancos e capa-
cidade de carga. Mas já ao ní-
vel do ruído, um percurso mais
longo pode ser, nalguns casos,
uma verdadeira tortura.
Contornar obstáculos
Se utiliza regularmente o carro
em auto-estrada, este tipo de
veículos tem uma particulari-
dade. Segundo a lei, a tarifa de
portagem aplicada deve ser a
de classe 1, mas apenas para
os MPV’s que cumpram certos
requisitos (não podem exceder
os 1,30 metros em altura, medi-
da na vertical do primeiro eixo
do veículo, por exemplo), como
é o caso da maioria dos mode-
A maioria dos MPV’s do nosso teste pagam a tarifa de classe 1
18 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006
los do nosso teste.
Entre os automóveis apresenta-
dos, a grande vantagem é o es-
paço interior. A capacidade dos
modelos analisados varia entre
460 e 1100 litros (com os ban-
cos rebatidos), como é o caso
do Ford Focus C-Max 2.0 TDCi.
Apesar disso, se vai fazer uma
grande viagem, antes de come-
çar a emalar tudo o que esteja
à mão, tenha em atenção que
um automóvel sobrecarregado
gasta mais combustível e perde
estabilidade.
Para evitar estes e outros pro-
blemas na estrada, o melhor é
mesmo prevenir. Uma semana
antes, prepare a viagem e faça
uma estimativa dos quilóme-
tros que irá percorrer. Verifique
quando fez a última revisão ao
carro e calcule quantos quiló-
metros faltam para a próxima.
Se coincidir com o período de
férias, o melhor será antecipá-
-la. Na oficina, diga que tencio-
na fazer uma viagem longa e
peça para fazerem um exame
geral ao seu carro. Se preferir
fazê-lo você mesmo, tenha em
atenção alguns elementos (ver
caixa Prevenir para não reme-
diar).
Ao arrumar a bagagem, não
deixe objectos soltos no in-
terior do habitáculo, pois po-
dem tornar-se perigosos. Tente
manter o equilíbrio da viatura, PARA SABER MAIS
acondicionando todos os volu-
mes na mala do carro. Se levar > Aparelhos para medir a
animais, evite que viajem em li- pressão dos pneus: PRO
berdade, pois podem distrai-lo TESTE n.º 270, Junho de
na condução. O tejadilho pode 2006.
> Cadeiras de criança para o
ser uma opção, utilizando cai- carro: PRO TESTE n.º 270,
xas de carga próprias ou supor- Junho de 2006.
tes para bicicletas e pranchas. > Testes de colisão: página 33
É preciso ter também cuidado desta edição.
para não exceder os limites im- > Guia prático O seu automó-
vel. Comprar, usar e vender.
postos pela lei para este tipo
de acessórios.
DECO PROTESTE ACONSELHA
> Antes de se decidir por um automóvel familiar como um MPV,
vale a pena fazer contas à vida. Alguns modelos, mesmo com
um preço elevado, conseguem ser mais compensadores a longo
prazo.
> Uma boa escolha passa também pela análise dos números do
consumo, devido ao constante aumento do preço dos combus-
tíveis. Quanto ao tipo de combustível, a escolha depende das
distâncias percorridas, mas, em muitos casos, o gasóleo acaba
por ser mais vantajoso.
Consoante o formato do veículo, pode não ser possível instalar
um reservatório de GPL (gás de petróleo liquefeito). Na altura da
compra, será melhor analisar o seu caso com o vendedor.
> Se, nestas férias, já vai viajar de carro novo, é sempre bom
relembrar alguns conselhos úteis para tudo correr bem. As gran-
des viagens começam de manhã. Depois de uma noite de des-
canso, estará mais bem preparado para enfrentar o asfalto. Se
tiver algum problema, terá mais tempo para o resolver, sem cor-
rer o risco de ficar pendurado durante a noite. Nesta altura, o
trânsito é menos intenso, mas a condução é muito mais cansati-
va. Durante a viagem, a cada duas horas de condução faça uma
paragem de 15 minutos para descansar.
> Antes de apertar o cinto de segurança, confirme se leva todos
os documentos necessários: bilhete de identidade, carta de con-
dução, livrete do veículo, título do registo de propriedade, livro
de inspecções periódicas em dia, seguro válido, selo e recibo
do imposto municipal. Se for para o estrangeiro, poderá ainda
precisar do passaporte, da carta de condução internacional e do
seguro válido para todos os países por onde irá passar.
> Lembre todos os passageiros, dos bancos da frente e de trás,
de colocar os cintos de segurança. Se também leva crianças até
aos 12 anos, não se esqueça de instalar cadeiras especiais ade-
quadas à sua idade e peso.
 39 consultas de nutrição

Dietas caras e perigosas

Nos centros visitados, passam dietas
desequilibradas e muito restritivas
mesmo a quem não precisa

Detectámos falhas graves nas portamento alimentar, como CHUMBÁMOS

consultas de aconselhamento anorexia. No caso da colabora- METADE
Consumid0res
alimentar dadas em centros de dora obesa, não hesitaram em exigem lei
estética, institutos de beleza corresponder às suas expecta- e fiscalização
para pôr ordem
e ginásios. Para esta investi- tivas, passando-lhe uma dieta nos centros com
gação, a TESTE SAÚDE enviou muito restritiva, sem referir os consultas para
emagrecer
anonimamente para o terreno riscos de emagrecer depressa.
uma colaboradora muito magra Apenas 12 profissionais foram
que, embora não precisasse, bem avaliados. Além das me-
queria emagrecer 4 quilos, e dições de peso e altura, pre-
uma obesa, que pretendia per- ocuparam-se com o historial
der 20 quilos em 6 meses. clínico, os hábitos alimentares
e passaram um bom programa
Conselhos alarmantes de emagrecimento.
Muitos profissionais deram die- À nossa colaboradora obesa, Emagrecem a carteira dem sofrer contaminações por
tas para emagrecer à nossa co- prescreveram uma dieta equi- Uma consulta custa entre 15 microrganismos, pesticidas e
laboradora magra, quando lhe librada e exercício físico, refor- e 110 euros. Nalguns locais, não metais pesados. Alguns são
deveriam ter dito que não pre- çando que se deve perder peso cobraram nada, mas depois in- laxantes ou diuréticos: fazem
cisava. É grave, pois pode levar lenta e gradualmente. À cola- citaram as nossas colaborado- emagrecer pela eliminação de
a desnutrição e ajudar a de- boradora magra, desaconselha- ras a gastar dezenas de euros urina ou fezes, e não gordura.
senvolver um distúrbio do com- ram-na, e bem, a perder peso. em produtos dispensáveis. São propícios a desequilíbrios
Em quase metade dos casos, minerais com possíveis conse-
foram vendidos produtos, mui- quências graves (por exemplo,
tos ditos “naturais”. Tal não distúrbios do ritmo cardíaco).
significa que sejam inócuos. Nunca tome produtos sem o
10 DICAS D’OURO
Os extractos de plantas po- conselho de um médico.
> Reduza a quantidade de calorias ingeridas, mas não demais:
1200 quilocalorias por dia, no caso das mulheres, e 1500, para
os homens.
> Coma de tudo, em pouca quantidade, para evitar carências ali-
mentares.
CONSUMIDORES EXIGEM
> Reparta a alimentação por 5 ou 6 pequenas refeições diárias.
> Privilegie a fruta e os vegetais e reduza o consumo de produtos > Comunicámos os resultados do estudo às autoridades e alertá-
ricos em gorduras saturadas (vaca, porco e lacticínios gordos). mos para a necessidade urgente de regulamentar e fiscalizar es-
> Não elimine o pão, a massa, o arroz, os cereais e as legumino- ta actividade. Cabe, assim, ao Ministério da Saúde e à Agência
sas. Cerca de metade da nossa energia deve provir destas fontes da Segurança Alimentar e Económica:
de hidratos de carbono. Prefira os produtos integrais. – definir a formação dos profissionais que podem exercer;
> Reduza ou elimine mesmo as bebidas alcoólicas e os doces. – criar regras para registar as empresas com programas de ema-
> Beba diariamente entre 1,5 e 2 litros de água. grecimento;
> Pratique actividades físicas regularmente: ande mais a pé, em vez – indicar a quem cabe a tutela e fiscalização, já que estas con-
do elevador, use as escadas ou siga um programa num ginásio. sultas são dadas em vários tipos de estabelecimentos.
> Procure manter um estilo de vida saudável ao longo de todo o > O Ministério da Saúde deve, ainda, melhorar o acesso a nutri-
ano e não só antes do Verão. cionistas, dietistas e consultas de obesidade no Serviço Nacional
> Antes de iniciar qualquer dieta, fale com o seu médico. Se for ne- de Saúde. Um mês depois do alerta, esperamos por uma res-
cessário, este encaminhá-lo-á para um especialista. posta breve, a bem da saúde e da carteira dos consumidores.

PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 19

 Impressões quase brilhantes
Apesar de terem, em geral, boa qualidade,
alguns modelos são muito lentos

Canon Pixma P5200R Canon Pixma IP4200 Epson Stylus Photo R220

M Melhor do Teste
N Escolha Acertada IMPRESSORAS DE JACTO DE TINTA: CARACTERÍSTICAS E RESULTADOS
L Escolha Económica CARACTERÍSTICAS
A Muito bom
Velocidade Impressão

Cabeças de impressão (3)

B Bom Ligações de impressão directa de
Qualidade
de impressão

Impressão automática
C Médio de texto fotografia
D Medíocre Resolução
(páginas/minuto)

(páginas/minuto)

resolução normal
E Mau máxima
Tinteiros (2)

frente e verso
anunciada

de memória
n.a. Não se aplica em dpi
anunciada

via cartão

fotografia
USB outras

por cabo

cor com
medida

Marca e modelo

preto
Canon Pixma IP5200R 2.0 Ethernet, Wi-Fi 9600x2400 30 10,4 P + C + M + A + FP A V V A A A

Canon Pixma IP5200 2.0 9600x2400 30 10,4 P + C + M + A + FP A V V A A A

Canon Pixma IP4200 2.0 9600x2400 14 8,3 P + C + M + A + FP A V V A A A

Canon Pixma IP6600D 2.0 infravermelhos 9600x2400 18 3,8 P + C + M + A+ FC + FM + FP A V V V C C B

Epson Stylus Photo R240 (1) 2.0 5760x1440 19 2,7 F+C+M+A B V V B B A

HP Deskjet 6980 2.0 Ethernet, bluetooth, Wi-Fi 4800x1200 9 8,9 (P ou F3) + CMA C V A B B
HP Deskjet 6940 2.0 Ethernet, bluetooth 4800x1200 9 8,6 (P ou F3) + CMA C V B A B
HP Photosmart 8250 2.0 4800x1200 7 3,6 P + C + M + A + FC + FM B V V B B B
Canon Pixma IP2200 1.1 4800x1200 13 7,7 CMA + P C B B B

Canon Pixma IP1600 1.1 4800x1200 19 5,7 CMA + P C B B B

Canon Pixma IP6220D 2.0 infravermelhos 4800x1200 12 1,9 CMA + F3 C V V B B B

Epson Stylus Photo R220 (1) 2.0 5760x1440 15 2,3 P + C + M + A + FC + FM B C B B

Canon Pixma IP6210D 2.0 4800x1200 12 1,8 CMA + F3 C V V B B B

HP Photosmart 8050 2.0 4800x1200 10 6,9 (P ou F3) + CMA C V V B B B

HP Deskjet 5940 2.0 4800x1200 8 6,5 (P ou F3) + CMA C V B B C

Epson Stylus D88 (1) 1.1 paralela 5760x1440 22 5,3 P+C+M+A B B B C

Epson Stylus D68 (1) 1.1 5760x1440 17 2,8 P+C+M+A B B B C

Lexmark Z735 1.1 4800x1200 15 2,6 CMA C D D D

(1) Modelo em fase final de comercialização.

(2) Tinteiros: P: preto; FP: preto para fotografia; C: ciano; FC: ciano para fotografia; M: magenta; FM: magenta para fotografia; A: amarelo; CMA: cartucho com ciano, magenta e amarelo;
(3) Cabeças de impressão: A = tinteiro modular com cabeça separada; B = na impressora; C = no tinteiro.

20 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006

 impressoras
jacto de tinta

Dos vários tipos de impresso- Feche os olhos a cores demora entre 30 segun- o preço do aparelho ao custo
ras, os modelos de jacto de à publicidade dos e 2 minutos, e uma foto- de impressão das páginas. Por
tinta são a melhor opção para > A qualidade da impressão é, grafia A4 em papel fotográfico vezes, uma impressora barata,
o utilizador comum. Apesar de em geral, boa ou muito boa. um minuto e meio, na melhor revela-se, na utilização, muito
não serem tão rápidas e econó- As melhores impressões conse- das hipóteses. Alguns impres- cara. Estes cálculos devem ser
micas em custo de impressão, guem-se a partir do computa- soras demoram 10 minutos. feitos sobretudo por quem quer
têm um preço de aquisição dor. Imprimir fotos directamente imprimir muitas fotografias.
mais baixo do que as laser. da máquina digital não permite Tinta desperdiçada O custo e o gasto dos consumí-
As últimas são mais vantajosas obter resultados tão bons. > Em muitas impressoras, as veis influencia o preço da im-
para grandes volumes de im- > A velocidade publicitada ra- cores estão agrupadas num pressão. À excepção das Canon
pressão. Mas se quer imprimir ramente corresponde à medi- único cartucho. Isto representa Pixma IP6220D e IP6210D, o
fotografias, prefira a jacto de da. As mais rápidas, as Canon um grande desperdício: uma custo da impressão a preto não
tinta que têm melhor qualidade Pixma IP5200R e IP5200 impri- vez terminada uma das cores, varia muito: entre 3 e 6 cênti-
de impressão. As multifunções mem 10 páginas por minuto e é preciso substituir todo o car- mos. Mas na impressão a cores
também são uma boa opção. as mais lentas, como a Canon tucho, mesmo que, para as res- e de fotografia, há grandes di-
Têm uma qualidade de impres- Pixma IP6210D, apenas 2. tantes, ainda haja tinta. ferenças. Imprimir uma foto nas
são idêntica às de jacto de Imprimir ficheiros mais comple- > Ao escolher uma impresso- Epson Stylus D88 e D68 custa
tinta, mas também digitalizam, xos é um verdadeiro teste à pa- ra é essencial calcular o custo € o,72, já na Lexmark Z735 o
fotocopiam e recebem faxes. ciência do utilizador: um gráfico de utilização, ou seja, somar preço sobe para 1,92 euros.

DO TESTE www.deco.proteste.pt
RESULTADOS DOS TESTES Consulte os 854
preços recolhidos
Velocidade PREÇO (€) em 130 lojas
Facilidade de utilização

de impressão Abril de 2006 de 13 distritos

resolução normal

APRECIAÇÃO por página

Ruído
fotografia A4

GLOBAL
Versatilidade
fotografia

aquisição
Consumo
cor com

cores
preto

preto

ESCOLHA ACERTADA
100
0

B A B B B A A B 242,00 - 299,00 0,05 0,13 0,94

> É possível comprar uma boa impres-
B A B B B A A B 149,00 - 219,00 0,03 0,11 0,88
sora de jacto de tinta por poucos euros.
B A C B B A B B 114,70 - 159,00 0,03 0,10 0,84 Mas, na hora de escolher, tenha ain-
C B B B A A A B 194,00 - 239,00 0,04 0,21 0,87 da em conta o custo de utilização.
D B D B C A A B 129,00 - 163,50 0,04 0,16 0,99
Este resulta da soma do preço de aqui-
sição do aparelho e do custo de im-
B B D B B C A BFC 176,00 - 213,50 0,03 0,15 1,48
pressão. Foi com base neste critério
B B D B B C A BFC 127,00 - 157,60 0,03 0,15 1,29 que atribuímos a Escolha Acertada e a
C A C B C D B BFC 147,00 - 200,00 0,04 0,08 0,92 Escolha Económica.
> Dos 18 modelos testados, a Canon Pi-
B B C B C A B BFC 79,14 - 99,00 0,05 0,16 1,26
xma IP5200R (entre € 242 e € 299) foi
B B C B C A B BFC 58,00 - 71,85 0,06 0,23 1,41 a Melhor do Teste.
D C C B C A B BFC 155,00 - 189,00 0,10 0,23 1,83 > Dada a sua boa relação entre a qua-
D B C B C B B BFC 79,90 - 108,60 0,03 0,22 0,91 lidade e o custo de utilização, a Canon
Pixma IP4200 (entre € 114,70 e € 159)
D C D B C A B BFC 114,70 - 130,40 0,07 0,25 1,70
recebeu o título de Escolha Acertada.
B B D B C C B BFC 99,00 - 160,45 0,03 0,13 1,61 > Para quem imprime pouco e está dis-
B D D B C B B BFC 100,00 - 117,00 0,04 0,23 1,73 posto a abdicar de alguma qualidade,
opte pela Escolha Económica: a Ep-
B B D B C B B C 69,00 - 83,60 0,05 0,13 0,72
son Stylus Photo R220 (entre 79,90 e
C D E B C B B C 59,00 - 73,00 0,05 0,14 0,72 108,60 euros ).
C B D B E A B C 34,90 - 49,01 0,06 0,13 1,92

F3: cartucho com preto para fotografia, ciano para fotografia e amarelo para fotografia.

PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 21


Fresco, intacto e sem defeitos
Na hora de comprar, saiba distinguir
os tipos e reconhecer um tomate
maduro, saboroso e sem defeitos
Na dieta mediterrânea, o toma-
te é um ingrediente importante,
que tanto é apreciado cru, em
saladas, por exemplo, como
cozinhado, em molhos e refo-
gados.
A planta do tomate tem origem
nos Andes, cujo fruto era cha-
mado de tomatl (fruto polposo)
pelos astecas. Os mexicanos
adoptaram esta planta e adap-
taram o nome para tomate.
Foram os conquistadores espa-
nhóis e portugueses a trazê-la
para a Europa, no século XVI.
Hoje em dia, pode encontrar-se
à venda tomates dos mais diver-
sos formatos e características.
Para saber o que está a com-
prar, elaborámos este guia de
compras.
22 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006
Evite surpresas
> É possível encontrar tomate
à venda o ano todo, embora a
produção seja superior entre
Maio e Novembro. Este fruto é,
regra geral, cultivado em estu-
fas, que podem ser aquecidas
durante o Inverno e têm uma
simples protecção no Verão, de
modo a preservarem as condi-
ções ideais de temperatura e
humidade.
O cultivo em estufas não ex-
clui a utilização de pesticidas.
Estes são a solução para eli-
minar os insectos e fungos que
se desenvolvem muito bem
dentro do ambiente ideal das
estufas. Por isso, convém lavar
muito bem os tomates antes
de os comer, passando-os por
tomate
guia de compras
RIQUEZA DO FRUTO
> Este fruto deverá ser uma constante à nossa mesa, pois é
rico em substâncias que fazem bem à saúde. Pertence à famí-
lia das solanaceae, a mesma que inclui as batatas, os pimen-
tos e as beringelas. É composto por cerca de 95% de água e
o restante por açúcares, vitaminas, sobretudo a C e, em me-
nor percentagem a B e D, sais minerais (potássio, magnésio e
cálcio), ácidos orgânicos, lípidos e fibra.
> Tem, ainda, propriedades anti-oxidantes, graças à presença
de licopeno, a substância que lhe confere a cor vermelha.
> O valor nutritivo de 100 gramas de tomate é de cerca de
20 quilocalorias. Logo, é um alimento ideal para quem deseja
manter a linha.
> Um tomate que ainda não está maduro é rico em ácido oxá-
lico, que pode favorecer a formação de cálculos renais, além
de interferir com a absorção de cálcio ao nível do intestino.
Além disso, um fruto verde contém solanina, substância que,
ingerida em quantidades excessivas, pode provocar sonolên-
cia e naúseas.

água corrente e esfregando-os
levemente, tanto quando são
consumidos crus como cozi-
nhados.
O cultivo de tomate ao ar livre
limita-se ao período estival.
Mas nalguns casos, como no
Algarve, e em zonas mais ame-
nas pode decorrer também du-
rante o Outono. Contudo, são
produções limitadas e que se
destinam essencialmente aos
mercados locais.
> Existem cerca de cinco mil va-
riedades diferentes de tomate
no mundo. A maioria das que
se encontra à venda são híbri-
das, ou seja, são seleccionadas
por resistirem melhor às doen-
ças e, assim, serem mais rentá-
veis ao nível da produtividade.
Dada a grande variedade de to-
mate (Romana, Lupitas, Naomi,
Bond, Belle, Tavira, etc.), fize-
mos uma classificação simplifi-
cada de acordo com as formas
existentes (ver caixa ao lado).
> Para reconhecer os tomates
mais saborosos numa loja a ex-
periência é fundamental.
Mas deixamos-lhe, de seguida,
as pistas básicas para saber o
que está a comprar.
> Nos super e hipermercados,
os tomates são acondicionados
e embalados segundo parâme-
tros de qualidade bem defini-
dos. Devem estar inteiros, ter
um aspecto fresco (sem sinais
de podridão, matérias estra-
nhas ou excesso de humidade)
e, caso estejam presos ao pe-
dúnculo, este deve estar são,
limpo e sem folhas.
> A cor é o aspecto mais impor-
tante. Nos países do Sul da Eu-
ropa, o tomate é mais aprecia-
do quando ocorre a mudança
de cor verde para vermelha, ou
seja, no início da maturação.
Isto deve-se, em parte, à sua
RETRATO DE FAMÍLIA
utilização em saladas. Coração de boi
Um vermelho vivo indica que o
tomate está maduro.
Outro truque: esfregue com o
dedo a zona junto ao pedún-
culo do fruto. Se sentir exalar o
aroma típico do tomate, então
este está maduro.
> O tomate pode, no entanto,
ser comprado antes de es-
tar completamente maduro.
De facto, se for colhido no Redondo/globular
momento certo, irá completar
a maturação longe da planta.
Num ambiente húmido a 20°C,
amadurece no espaço de três a
quatro dias.
Mas atenção: no momento da
compra, a roseta (a zona opos-
ta à do pedúnculo) deve estar Periforme/alongado (conhecido por chucha)
vermelha. Só assim poderá as-
segurar-se de que o tomate fi-
cará maduro.
> Sabor e aroma: cada varieda-
de tem o seu próprio sabor e
aroma. Estes são mais intensos
quando o tomate está maduro,
regra geral, durante o Verão.
Embora ligeiramente adocicado, Cereja
este é mais apreciado quando
revela uma certa acidez.
O tomate cereja distingue-se
dos restantes por ter um sabor
mais adocicado.
Nos tomates comercializados
em cacho, o aroma e sabor do
fruto colhido de fresco prolon-
ga-se durante mais tempo.
> A conservação do tomate de-
pende do seu estado de matu-
ração no momento da compra
AMADURECER EM TRÊS FASES
e de quando o quer consumir. Estes três tomates, da mesma variedade, estão em estados de maturação
Com base nestes dados, pode diferentes. A zona da roseta (oposta ao pedúnculo) é a primeira
decidir guardá-lo no frigorífi- a ficar vermelha
co, onde amadurece mais len-
tamente, ou então deixá-lo à
temperatura ambiente (desde
que não faça demasiado calor).
> Lembre-se de que a fruta e os
legumes da estação são sem-
pre mais baratos e o tomate
>>
PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 23
 RESPONSABILIDADE SOCIAL NA CULTURA E VENDA DO TOMATE
O tomate é um dos legumes
mais populares na cozinha eu-
ropeia. Nos países mediterrâni-
cos, o seu consumo é bastante
elevado. Em Portugal, estima-se
que tenha atingido mais de 80
mil toneladas em 2003, o que
representa, segundo dados da
Instituto Nacional de Estatística,
um consumo de 7,8 quilogramas
anuais per capita.
São também os países da bacia
do Mediterrâneo, juntamente
com a Holanda, os principais
produtores de tomate fresco na
Europa. Só a Itália e a Espanha
asseguram cerca de 70% da
produção na União Europeia.
O tomate fresco cultivado em
Portugal destina-se quase ex-
clusivamente ao consumo na-
cional, cobrindo cerca de 80%
das necessidades. O restante é
O cultivo do tomate
depende, em grande
parte, do trabalho
manual. Em Portugal,
este decorre sobretudo
em estufas de plástico
(ao lado) ou ar livre
24 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006
importado da vizinha Espanha,
sobretudo durante o Inverno.
As principais zonas de cultivo
localizam-se no Algarve, Douro,
Minho e zona oeste. Com ex-
cepção do Algarve que tem uma
produção constante ao longo do
ano, nas outras regiões o cultivo
é sazonal.
Norte versus Sul
> Na Europa, o tomate é produ-
zido através de dois sistemas
de cultivo principais. No Norte,
por exemplo na Holanda e Bél-
gica, predominam as estufas de
vidro com recurso a tecnologias
modernas. Estas permitem con-
trolar a temperatura, a fertiliza-
ção e a irrigação.
Nos países do Sul da Europa,
como Portugal, o tomate é pro-
duzido essencialmente em estu-
fas de plástico e ao ar livre.
> Como este sector é muito in-
fluenciado pelos padrões de
exigência e qualidade do con-
sumidor, analisámos os proble-
mas associados à produção de
tomate fresco para consumo
humano, como o uso intensivo
de terreno, a utilização de pesti-
cidas e fertilizantes, a gestão da
água e dos resíduos.
> O consumo energético das es-
tufas está, em parte, dependen-
te das condições climatéricas
dos países. É, por isso, compre-
ensível que este seja mais ele-
vado na Bélgica e na Holanda,
do que em Espanha e Portugal,
por exemplo.
> Apesar de necessário, o uso
de pesticidas é nocivo para o
ambiente e para os trabalhado-
res. É, por isso, fundamental o
recurso controlado destes com-
postos.
> O consumo de água é tam-
bém um factor importante na
avaliação da responsabilidade
ambiental dos produtores.
Devido ao clima, os países do
Sul consomem, regra geral,
mais água do que no Norte.
Por usarem sistemas de cultivo
e tecnologias menos eficazes,
os países do Sul ocupam terre-
nos de maior dimensão do que
no Norte da Europa.
Trabalho sazonal
O cultivo do tomate fresco para
consumo humano depende bas-
tante do trabalho manual que
nem sempre é bem pago, nem
feito nas melhores condições.
Como existem picos na sua pro-
dução, trata-se de uma activida-
de sazonal, onde é recorrente o
emprego temporário de traba-
lhadores.
Estes factores tornam o traba-
lho pouco atraente e procurado.
Os produtores recorrem, por is-
so, aos imigrantes, muitas vezes
sem haver um contrato de tra-
balho e regalias sociais.
Hipermercados
silenciosos
> O comércio a retalho é tam-
bém um ponto fundamental na
linha de produção e venda do
tomate. Seleccionámos, por is-
so, as grandes superfícies com
maior representatividade em
Portugal e, em Abril, questioná-
mo-las sobre as suas políticas
de responsabilidade social.
Só a cadeia Auchan e Carrefour
colaboraram com o nosso es-
tudo. Ao silêncio remeteram-se
as cadeias Dia/Minipreço, In-
termarché, Lidl, Modelo Conti-
nente, Pingo Doce e Feira Nova.

Ao recusarem colaborar, estas
cadeias revelam falta de trans-
parência e de interesse em in-
formar os consumidores sobre
as suas práticas. Terão algo a
esconder?
> Tanto a cadeia Auchan como
a Carrefour obtém bons resul-
tados em matéria de ambiente:
ambas dizem exigir aos seus
fornecedores o uso limitado
de pesticidas e de água, bem
como a diminuição do desper-
dício associado à produção.
Reduzir a embalagem é ainda
uma preocupação da Auchan
É, contudo, lamentável que, o
Carrefour limite estas exigências
à produção de tomate de classe
superior.
> Do ponto de vista social, a
cadeia Auchan parece ter uma
política mais conscienciosa do
que o Carrefour. Esta última re-
cusou-se a fornecer-nos dados a
este respeito.
A Auchan revelou exigir aos seus
produtores fornecedores o cum-
primento de critérios sociais.
São disso exemplo, a imposição
de um número máximo de ho-
ras de trabalho, a igualdade de
tratamento e de oportunidade
ou a liberdade de associação.
> No caso dos produtores não
cumprirem os critérios sociais e
ambientais, a Auchan considera
rever os contratos de forneci-
mento. Já o Carrefour não nos
forneceu informação a este pro-
pósito.
Em geral, a cadeia Auchan
cumpre a maioria das nossas
exigências, mas ainda pode me-
lhorar a sua política de respon-
sabilidade. Já o Carrefour está
abaixo das nossas expectativas.
Esta cadeia está ainda a dar os
primeiros passos em matéria de
responsabilidade social.
tomate guia de compras
IDENTIFIQUE OS DEFEITOS
Golpes ou fendas Cicatrizes Cor verde Zona interior vazia
Indicam que o tomate Pode indicar manipula- Pode dever-se a um As causas podem ser
está muito maduro. ção incorrecta, frio ex- defeito de maturação, várias, por exemplo,
As fendas são causa- cessivo durante o cres- por exemplo, se for exposição a tempera-
das pelos bolores, que cimento ou carência de cultivado em terrenos tura baixa ou a pouca
atacam o fruto devido água. Deforma o toma- pobres em minerais. humidade e excesso
a amachucadelas ou te, mas não altera o Outra possibilidade é de calor durante o
rachas causadas pela sabor. Apesar de bom, o tomate ter sido apa- crescimento do tomate.
excessiva maturação. desce de categoria. nhado cedo demais.
>>
não foge a esta regra. Assim, o
melhor momento para o com- DECO PROTESTE ACONSELHA
prar é nos meses de Verão,
quando este alimento é mais
> O tomate é um alimento com poucas calorias e rico em vitami-
saboroso e barato.
nas, sobretudo C, mas também B e D, sais minerais e substân-
cias anti-oxidantes. Deve ser consumido com frequência.
Atenção à etiqueta
> Vendidos a granel ou embala-
> Por ser um produto cultivado, muitas vezes, em estufas, de-
dos, o tomate deve estar acom-
ve ser muito bem lavado antes de ser consumido, para eliminar
panhado de algumas informa-
eventuais resíduos de pesticidas.
ções obrigatórias. É o caso do
país de origem e, eventualmen- > O tomate pode ser comido como fruto (inteiro, cortado às ro-
te, da zona de produção ou da delas ou em cubos) ou como hortaliça. Pode, por isso, ser uti-
denominação nacional, regional lizado em sandes ou saladas. Para tal, é preferível optar por
ou local. tomates de tamanho médio-grande. Caso queira usar este fruto
para adornar o prato de uma refeição mais requintada, a varie-
A indicação da categoria e do ca-
dade cereja, muito pequena e redonda, é a mais indicada.
libre também são obrigatórios.
O primeiro reflecte a quantida-
> Se pensa comer o tomate um ou dois dias depois de com-
de de defeitos admitidos e o
prá--lo, escolha-o maduro. Caso queira conservá-lo mais tem-
segundo o diâmetro do fruto.
po, é preferível escolher frutos com uma cor mais esverdeada.
> Caso não seja visível do exte-
O ideal é guardá-los num local pouco frio, como a despensa e
rior, a etiqueta deve ainda es- embrulhá-los em papel de jornal ou num saco de papel para
pecificar se se tratam de toma- acelerar o amadurecimento.
tes em cacho ou individuais.
> O embalador e/ou expeditor > Para apreciar melhor o sabor do tomate, deixe-o atingir a tem-
também deve estar menciona- peratura ambiente.
do na etiqueta do produto.
PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 25

Reprodução instantânea
Testámos 12
“laboratórios”
fotográficos de
trazer debaixo
do braço, mas
com um custo
de utilização
só para o bolso
de alguns
Para imprimir as fotografias
captadas com a máquina digi-
tal, dispõe de várias opções: os
laboratórios fotográficos (lojas
ou sítios na Net), as impresso-
ras de jacto de tinta normais e
multifunções, e as impressoras
fotográficas portáteis.
Para os que querem imprimir as
fotos na hora, a solução passa
por comprar uma impressora
fotográfica portátil. Destina-se
aos mais “impacientes”, que
não querem esperar muito até
obter a impressão das fotos.
São máquinas pouco poliva-
lentes, servindo apenas para
imprimir fotografias. Mas têm
a vantagem de ser facilmente
PARA SABER MAIS transportáveis e de dispensa-
rem o recurso ao computador.
> Máquinas digitais: PRO TES-
TE n.º 269, Maio de 2006.
Laboratório volante
> Impressão de fotografia di- > Estas impressoras não foram
gital: PRO TESTE n.º 268, concebidas para estar na secre-
de Abril de 2006. tária: são pequenas, compactas
e fáceis de transportar. Os mo-
26 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006
impressoras fotográficas
modelos portáteis
delos de sublimação térmica da
Canon são os mais pequenos e
leves. As impressoras HP e Ep-
son têm uma pega, que facilita
o seu transporte.
> Estes aparelhos são interes-
santes sobretudo por poderem
ser utilizados em qualquer
lugar: basta ter uma tomada
eléctrica. Os modelos da HP
e da Epson e os Canon CP510
e CP710 podem até funcionar
sem recurso à corrente, atra-
vés de uma bateria comprada à
parte. Também o computador é
dispensado, pois todas as im-
pressoras testadas podem ser
ligadas à máquina fotográfica e
a maioria pode imprimir a par-
tir do cartão de memória.
“Fototransporte”
> Há várias formas de passar as
fotografias para a impressora:
através de um cartão de memó-
ria, por cabo (ligando a máqui-
na fotográfica ou o computador
à impressora), através de liga-
ção sem fios (Wi-Fi, Bluetooth
ou infravermelhos), a partir do
computador, do telemóvel ou
da máquina fotográfica.
Todas as impressoras podem
ser ligadas directamente à má-
quina digital utilizando a norma
PictBridge. Qualquer que seja
o método usado, é importante
guardar um cópia das fotogra-
fias no computador, dado que,
mais cedo ou mais tarde, aca-
bará por apagar a memória do
cartão da máquina.
> A maioria das impressoras
testadas imprime directamente
a partir do cartão. Só a Sam-
sung SPP-2020 e Canon CP510
não estão equipadas com leitor
de cartões de memória.
> Também pode imprimir a
partir do PC, via porta USB.
A Lexmark é a única que não
dispõe desta funcionalidade.
No entanto, está equipada com
um disco rígido e um gravador
de CDs, para guardar um cópia
das fotos.
A maioria dos aparelhos fun-
ciona também com a última
versão do sistema operativo da
Macintosh (Mac OS X). Se tiver
um Mac, o modelo da Sony é
desaconselhado, por não ser
compatível com este sistema.
> A Kodak EasyShare Printer
Dock Plus Serie 3 permite ligar
máquinas fotográficas através
de uma “estação de acolhi-
mento” localizada sobre a im-
pressora. Apesar de prático,
este método só funciona com
máquinas da marca Kodak.
> As ligações sem fios, via in-
fravermelhos ou Bluetooth, são
essenciais para imprimir fotos a
partir do telemóvel. Apenas as
Kodak permitem ligações Blue-
tooth. Na maioria dos aparelhos
testados, esta ligação é opcio-
nal. A Canon Selphy DS810 e a
Kodak EasyShare Printer Dock
Plus Serie 3 são as únicas com
ligação por infravermelhos.
Uma boa impressão
> Os modelos da Lexmark, da
Sony, a HP PhotoSmart 475 e
a Kodak EasyShare Printer Dock
Plus Serie 3 permitem visualizar
as fotografias no televisor antes
de imprimir.
> Em geral, a qualidade de
impressão não se altera pelo
recurso ao cartão de memória.
A excepção é a HP PhotoSmart
385, com impressões piores
a partir do cartão e a Lexma-
rk, onde a qualidade melhora
ligeiramente. Através do com-
putador, a impressão de foto-
grafias apresenta resultados
um pouco diferentes. A HP, por
exemplo, tem um desempenho
pior do que nas impressões fei-
tas a partir da máquina fotográ-
fica, enquanto que a Epson faz
um melhor trabalho com o PC.
Atenção: a imagem que apa-
rece no ecrã da máquina nem
sempre corresponde exacta-
mente ao que será impresso. cisar de recorrer ao manual
www.deco.proteste.pt
Os modelos testados convertem do utilizador, no caso da Sa-
o formato digital 3:4 (equivalen- msung, este é apresentado só Consulte os 452
preços recolhidos
te a fotografias de 10x13,3cm) em CD. Por isso, precisa de ser em 129 lojas
em imagens com formato de impresso primeiro. de 13 distritos
impressão 2:3 (ou seja, com > A escolha das fotos a par-
10x15cm). Esta conversão é fei- tir da máquina fotográfica não
ta através do corte das extre- apresenta problemas. A selec- de papel; noutros, o inverso.
midades inferior e/ou superior ção é também simples nas im- Isto pode representar um des-
das fotografias ou adicionando pressoras que aceitam cartões perdício de consumíveis que
margens laterais brancas. de memória. acabam por não ser usados.
> Regra geral, os modelos da > No quadro da página 26,
HP e da Samsung apresentam Poupe a longo prazo o custo por fotografia in-
os melhores resultados de im- > O baixo preço de uma im- clui o gasto com papel e
pressão. Na Lexmark, em con- pressora não significa neces- tinta. O preço destes consu-
trapartida, a reprodução das sariamente poupança. É so- míveis, que varia entre os
cores é pouco fiel. bretudo o papel e a tinta que € 0,18 e os € 1,05 por foto, faz
fazem abrir os cordões à bolsa com que o preço da impres-
Fácil para os pacientes a longo prazo. Uma impressora são seja, em média, de € 0,51,
> Quanto à velocidade, a HP barata que gaste muitos consu- superior ao dos laboratórios
PhotoSmart 385, a Epson e a míveis tem um custo de utiliza- fotográficos (€ 0,35 nas lojas
Lexmark demoram mais de dois ção elevado. físicas e € 0,48 na Internet).
minutos para imprimir uma fo- > Se já tiver uma impressora a A diferença é ainda maior ao
to. Os modelos da Samsung e cores clássica ou um multifun- imprimir muitas fotos de uma
da Sony são mais rápidos: bas- ções e estiver satisfeito com a só vez, pois o preço nos labo-
ta-lhes um minuto. qualidade e o custo das fotos ratórios normalmente diminui
A velocidade de impressão di- obtidas, só ganha em com- quando aumenta o número de
minui à medida que a resolu- prar uma impressora portátil impressões.
ção da fotografia aumenta. Con- se precisar de a transportar. > Ao preço da impressora, jun-
tudo, a qualidade final é idênti- Estes aparelhos são práticos, támos o custo da tinta e do pa-
ca. Não vale a pena, portanto, mas a sua utilização pode reve- pel durante cinco anos (prazo a
fotografar com a resolução má- lar-se dispendiosa. Tanto para que corresponde a amortização
xima, pois essa opção aumenta os modelos térmicos como de do aparelho) e obtivemos o
o tamanho dos ficheiros. jacto de tinta, a tinta e o papel custo de utilização. Definimos
> A utilização das impressoras são, em muitos casos, vendi- três perfis de utilizadores: os
testadas é geralmente muito dos em conjunto. Por vezes, a que imprimem 20, 40 ou 100
simples. Se, ainda assim, pre- tinta termina antes das folhas fotos por ano.
REVELAÇÕES ETERNAS
Os testes realizados noutras edições da
PRO TESTE demonstraram que o sol era o
inimigo número um das fotografias. Actu-
almente, mesmo ao fim de seis semanas
expostas a uma luz constante, as fotos
ficaram só ligeiramente descoloradas.
Nalgumas até não se notou qualquer
diferença nas cores. Contudo, para as-
segurar a qualidade dos seus “melhores
momentos”, evite deixar as fotografias
expostas à luz solar.
PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 27
 REPRESENTANTES HP PhotoSmart 475 Samsung SPP-2040 HP PhotoSmart 385

CANON 21 324 28 30
(CP710/CP510)
www.seque.pt
COPICANOLA 21 470 40 00
(Selphy DS810)
www.copicanola.pt
EPSON 21 303 54 00
www.epson.pt
HEWLETT-PACKARD 21 482 85 00
www.hp.pt
KODAK 21 414 76 00
www.kodak.pt
LEXMARK 21 425 10 00
www.lexmark.pt
SAMSUNG 21 303 54 00
www.samsung.com/pt
SONY 21 891 20 00
www.sony.pt Canon CP510 Sony DPP-FP50
Epson PictureMate 100

M Melhor do Teste
IMPRESSORAS FOTOGRÁFICAS: CARACTERÍSTICAS E RESULTADOS
N Escolha Acertada
L Escolha Económica CARACTERÍSTICAS RESULTADOS DOS
A Muito bom
Ligações Impressão
B Bom Compatibilidade com cartão
de memória (4)
C Médio Por cabo Sem fios Qualidade Velocidade
pronta a imprimir (3)

D Medíocre
máquina fotográfica

máquina fotográfica

máquina fotográfica
E
Tamanho quando

Mau Tipo
infravermelhos

n.a. Não se aplica (2) computador

computador
CF SM MS SD MMC xD
Bluetooth
Windows

Marca e modelo
cartão

cartão
total

HP PhotoSmart 475 J JJJJ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ (5) B B C B D D D

Samsung SPP-2040 T JJ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ (5) B B C B C C C

HP PhotoSmart 385 J JJJ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ (5) B C C B E D D

Canon Selphy DS810 J JJJJ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ (5) C C B C D D E

Canon CP710 T J ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ (5) C C C C D C C

Samsung SPP-2020 (1) T J ✓ ✓ ✓ (5) B n.a. C B C n.a. C

Epson PictureMate 100 J JJJJ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ (5) C C B C D D D

Canon CP510 T J ✓ ✓ ✓ (5) C n.a. C C C n.a. C

Sony DPP-FP50 (1) T J ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ C C C C C C C

Kodak EasyShare PP 500 T JJJ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ C C D C C C C

Kodak EasyShare Printer Dock Plus Serie 3 (1) T J ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ C C D C D n.a. C

Lexmark P450 Photo Printer J JJJJ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ (5) D C n.a. D E E n.a.

(1) Modelo em fase final de comercialização.

(2) J = jacto de tinta; T = sublimação térmica.
(3) Quanto mais J, mais volumoso é o aparelho.
(4) CF = Compact Flash I; SM = Smart Media; MS = Memory Stick; SD = Secure Digital; MMC = MultiMedia card; xD = Extreme Digital.
(5) Opcional.
(6) Custos de utilização ao fim de cinco anos (prazo correspondente à amortização do aparelho).

28 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006

 impressoras fotográficas modelos portáteis

Canon Selphy DS810 Canon CP710 Samsung SPP-2020

Kodak EasyShare PP 500 Kodak EasyShare Printer Lexmark P450 Photo Printer
Dock Plus Serie 3

S DO TESTE
ESCOLHA ACERTADA
TESTES PREÇO (€) Abril de 2006
Resistência Custo de utilização (6)
> As impressoras fotográficas são ideais
Custo médio por fotografia

das
fotografias para quem quer imprimir na hora as su-
Facilidade de utilização

as fotografias. Pequenas e compactas,

100 fotografias/ano
20 fotografias/ano

40 fotografias/ano

APRECIAÇÃO GLOBAL De aquisição são facilmente transportáveis e podem

(entre... e...)
Versatilidade

ser levadas para qualquer lado, por

humidade

exemplo, para férias. Uma impresso-

Ruído

ra fotográfica permite obter boas fotos

100
total

luz

10x15cm, quando e onde quiser.

C B D A A A B 169,00 - 219,00 0,31 244,08 275,54 369,92 > Dos 12 modelos que testámos, a
B B A B B B B 183,10 - 202,00 0,57 254,87 312,29 484,57 HP PhotoSmart 475 (entre € 169,00 e
€ 219,00) foi a Melhor do Teste.
D B D A A A BFC 139,00 - 209,00 0,31 217,75 249,21 343,59
Esta impressora de jacto de tinta apre-
C B B B A A BFC 161,00 - 178,46 1,05 274,77 380,01 695,74 senta uma boa relação entre a quali-
C B A A C B BFC 179,00 - 199,00 0,58 253,00 311,25 486,00 dade e o custo de utilização, o que lhe
valeu também o nosso título de Escolha
B B A B D B BFC 127,88 - 149,90 0,57 199,17 256,59 428,87
Acertada.
D B A B B A BFC 139,00 - 155,00 0,18 166,47 184,05 236,81 > A Epson PictureMate 100 (entre
C B A A D B BFC 145,00 - 149,00 0,58 206,25 264,50 439,25 € 139,00 e € 155,00) é a nossa Escolha
B B A B C B BFC 169,00 - 208,12 0,45 241,47 286,84 422,97
Económica. Além de ter um preço de
aquisição moderado, o custo de utiliza-
C B A A A B BFC 239,00 - 249,00 0,62 310,34 372,59 559,34
ção é o mais baixo de todos os mode-
C B A A C B BFC 99,00 - 149,00 0,62 168,16 230,41 417,16 los testados.
D B D A C A CFD 149,00 - 199,99 0,35 234,50 269,92 376,21

PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 29

 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DOS EDIFÍCIOS
Muito longe do conforto
Revolução no sector da construção e aumento
do custo das casas novas: é o que promete a
transposição da directiva de eficiência energética
30 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006
Ao contrário do que se pode
pensar, o clima ameno de Por-
tugal não dispensa acautelar o
conforto das casas.
Para compensar a sua ausên-
cia, a compra de aparelhos
de climatização, como apare-
lhos de ar condicionado e de
aquecimento central, cresceu
em poucos anos. Entre 2000
e 2003, as vendas de ar con-
dicionado para uso doméstico
aumentaram, segundo dados
recentes, 34 por cento.
Os edifícios, residenciais e de
serviços, em 2002, representa-
vam já 40% de toda a energia
consumida na União Europeia.
Aposta na eficiência
> O crescimento do consumo
energético, os compromissos
relacionados com o Protoco-
lo de Quioto (diminuição das
emissões de dióxido de car-
bono) e a questão de garan-
tir o fornecimento de energia
suficiente, para satisfazer as
nossas necessidades, levaram
a União Europeia a apostar na
eficiência energética dos edifí-
cios. Para tal, foi lançada uma
directiva que obriga os Esta-
dos-membros a definir linhas
concretas de acção. O governo
português transpôs, em Abril,
um pacote legislativo que apli-
ca, parcialmente, as exigências
da directiva, criando o Sistema
Nacional de Certificação Ener-
gética e da Qualidade do Ar
dos Edifícios. Este será vital
para garantir a construção de
edifícios menos “energívoros”.
>>
 NOVAS REGRAS TÉRMICAS NA CONSTRUÇÃO PORTUGUESA
A partir de Janeiro de 2007, os edifícios novos vão ser construídos
com base em regras mais rígidas. O objectivo principal é um maior
rigor quanto aos níveis de exigência para a construção, de modo
a consumir-se menos energia para aquecimento, arrefecimento e
águas quentes. Nas janelas, por exemplo, o vidro duplo terá uma
utilização quase obrigatória. A orientação e tamanho das janelas
serão aspectos fundamentais. O isolamento térmico obedecerá a
critérios mais inflexíveis. Os aspectos construtivos terão em conta
as obstruções à entrada da radiação solar devido à existência de
outros edifícios ou por força do relevo. Contemplada está ainda a
utilização obrigatória de energia solar para o aquecer água. Preten-
de-se assim dar um impulso ao Programa Água Quente Solar, cujo
objectivo é instalar 1 milhão de m² de painéis solares até 2010.
As pontes térmicas, ou seja, os pontos de junção entre materiais
diferentes e locais onde o isolamento térmico é deficiente, serão
mais acautelados.

Painéis solares Vidro duplo

Obrigatórios para aquecer águas Aquecem a casa no Inver-
sanitárias, quando a exposição so- no e, com estores e vidros
lar for adequada. reflectores, evitam o calor
veranil. Com caixilharia de
corte térmico, o desempe-
nho é melhor.
Palas nas janelas
Evitam a incidência di-
recta do sol, provocan-
do um efeito de som-
breamento.

Ar condicionado
e radiadores
Estes equipamentos e a
sua instalação passarão
a ter inspecções obrigató-
rias.
Aquecer água
Os consumos de água
quente sanitária são con-
Isolamento térmico templados no cálculo dos
Uma camada isolante no gastos totais com energia.
interior da parede aju-
da a tornar a casa mais
confortável e a quebrar
ruídos exteriores.
Isolamento Isolamento

Temperatura
Temperatura interior
interior 14°C
18°C Ponte térmica na parede
Os pontos onde há perdas significativas
Temperatura de calor serão mais acautelados.
exterior
-5°C
Temperatura
exterior
-5°C

PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 31

 eficiência energética dos edifícios

energética são cruciais. Antes > A previsão de condições mí-

da emissão da licença de cons-
trução pelas câmaras, o projec-
to térmico e a documentação
relativa ao RCCTE são entregues
a uma entidade certificadora
que os avalia e é responsável
pela emissão do certificado de
conformidade. Após a constru-
ção do edifício, a entidade cer-
tificadora fará nova inspecção,
A falta de qualidade na construção pode causar problemas de humidade, emitindo ou não o certificado
visíveis, neste exemplo, nas junções de fachada com paredes interiores. energético, com a indicação de
Há cerca de dois anos detectámos que, num terço das novas habitações,
o conforto térmico era deficiente
quanto se espera que o edifício
consuma por ano.
nimas de qualidade do ar in-
terior é uma das novidades do
Regulamento de Sistemas Ener-
géticos de Climatização de Edi-
fícios (RSECE). Além das neces-
sidades de ventilação, criam-se
limites para microrganismos e
poluentes consoante o tipo de
edifícios. Assim, os consumos
de energia seguem limites mais
rigorosos. Os prédios com mais
de 1000 m² estão sujeitos a
mecanismos de controlo dos
consumos de energia.

>>
Prevê uma nova metodologia
de cálculo das necessidades
de aquecimento e arrefecimen-
to que integra aspectos cons-
trutivos (isolamento térmico,
orientação das fachadas, etc.),
instalações de aquecimento e
ar condicionado e a aplicação
de fontes de energia renová-
veis. Além do cumprimento de
requisitos mínimos de desem-
penho, foi criado um sistema
de certificação energética para
os edifícios.
Até 2009, as novas entidades terão de
se formar. Só depois se podem aplicar
em pleno as regras anunciadas
Todos os novos prédios resi-
denciais e de serviços, ou que
sofram remodelações importan-
tes, e os edifícios (ou fracções
autónomas) vendidos ou aluga-
dos devem ter um certificado
de desempenho energético, vá-
lido, no máximo, por 10 anos.
Os cidadãos passam a aceder
aos consumos energéticos da
habitação, tornando a compra
mais transparente. Para emi-
tir o certificado, é preciso que
uma entidade certificada visto-
rie a obra concluída.
> Os peritos qualificados, que
passam os certificados ener-
gético e de conformidade, e a
Agência Para a Energia (ADENE),
entidade que vai gerir o processo,
são essenciais na nova estrutu-
ra. Para que esta funcione, par-
ticipam entidades inexistentes
até agora (peritos e auditores).
Até que sejam uma realidade,
será impossível cumprir em
pleno as novas regras, preven-
do-se um compasso de espera
até 2009, como previsto.
> Existirão também mecanis-
mos de inspecção periódica de
instalações de climatização.
Tal aplica-se a edifícios com
caldeiras de aquecimento cen-
tral com potência superior a
20 kW ou com instalações de
ar condicionado de potência
superior a 12 kW, abrangendo
muitas instalações domésticas.
Consumos controlados
> Alguns pontos do novo Regu-
lamento das Características de
Comportamento Térmico dos
Edifícios (RCCTE) são explicados
na ilustração da página 31.
Mas aspectos como a emissão
das licenças de construção e de
habitação, que passam a acau-
telar os aspectos de eficiência
CONSUMIDORES EXIGEM
> A transposição da directiva sobre eficiência energética dos edi-
fícios para a legislação nacional anuncia uma mudança no sec-
tor, com todas as incógnitas que pairam sobre o seu processo
de implementação, que arrancará em 2007.
> A ADENE tem uma tarefa árdua entre mãos. Além de criar o
certificado energético e gerir o sistema, terá de fiscalizar os pe-
ritos qualificados que analisam o desempenho energético dos
edifícios. Falta ainda definir as competências para cada tipo de
acção dos diversos peritos envolvidos no processo. Além disso,
a independência desta figura em relação aos promotores ou
proprietários não ficou ressalvada. Arriscamo-nos a que aquele
realize um projecto para um edifício e, ao mesmo tempo, o ana-
lise ao nível do Sistema Nacional de Certificação Energética e da
Qualidade do Ar dos Edifícios.
> Quase inexistente tem sido a divulgação, por parte da ADENE,
das novas disposições. Os consumidores não estão conscientes
das novas obrigações. Terão os promotores ou associações de
construção sido informados das mesmas? Resta ainda saber qual
o impacto para o consumidor, em termos de custos, face às no-
vas exigências. Por exemplo, a energia solar terá custos adicio-
nais, incluidos nos preços das novas habitações, com períodos
de retorno de investimento superiores a 7 anos, sem incentivos
financeiros. Não convém esquecer que, num passado recente, a
excecução da chamada ficha técnica da habitação fez aumentar
o custo das casas. É provável assistirmos a uma nova escalada
de preços, cenário já admitido por associações do sector.
> Dada a urgência nesta matéria, já enviámos uma carta para a
ADENE e para a Direcção-Geral de Geologia e Energia a pôr estas
questões. Aguardamos resposta e, entretanto, estaremos atentos
a quaisquer desenvolvimentos.

32 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006


Um automóvel
potencialmente perigoso
A maioria dos modelos testados
garante a segurança dos
ocupantes, mas o Chevrolet Aveo
comporta um risco de morte
para o condutor em caso
de colisão frontal
Os nossos últimos testes de co-
lisão apontam para resultados
díspares. A par de automóveis
seguros ou mesmo muito segu-
ros, verificámos que, numa co-
lisão frontal, o Chevrolet Aveo
pode pôr em risco a vida do
condutor. Os peões continuam
a não ser uma prioridade para
os fabricantes. Acresce que são
cada vez mais frequentes os
ferimentos graves ao nível dos
olhos, causados por airbags.
Nem sempre seguros
> O Peugeot 207, o Alfa Romeo
159 e o Fiat Croma demonstra-
ram uma segurança a toda a
prova, tendo obtido o máximo
de cinco estrelas. O facto de
o primeiro modelo ser um ci-
tadino e os segundos grandes
familiares vem provar que a
segurança não é exclusiva dos
automóveis de topo de gama.
Com a excepção do Kia Cera-
to e do Chevrolet Aveo, todos
receberam boas classificações
(quatro estrelas).
O pequeno familiar Chevrolet
Aveo obteve apenas duas estre-
las, uma das quais barrada com
uma cruz, de modo a assinalar
o elevado risco de ferimentos
mortais a que o condutor es-
tá sujeito. Em caso de colisão
frontal, a região do peito em-
bate violentamente no volante.
Mas não só. Os joelhos também
chocam com estruturas rígidas,
localizadas por baixo do painel
de bordo. Este é, sem dúvida,
um dos piores resultados verifi-
cados em testes de colisão nos
últimos anos. Gostaríamos que
o vermelho deixasse de figurar
nas representações dos nossos
manequins. Mas, infelizmente,
ainda não foi desta vez.
> Pelo contrário, verificámos
que, excepto o Hyundai Tuc-
son, todos os modelos têm um
sistema que incita a apertar o
cinto de segurança. Mas, na
maioria dos casos, só se en-
contra disponível para o condu-
tor ou para este e o passageiro
da frente. Apenas o Peugeot
207 dispõe de um sistema que
abrange também os passagei-
ros da retaguarda, o que pode
revelar-se útil, por exemplo,
para o condutor se assegurar
de que as crianças apertam, de
facto, os cintos de segurança.
> Outro ponto positivo é a ge-
neralização dos sistemas de
protecção da cabeça, funda-
>>
testes de colisão
5 categorias analisadas
> 8 CARROS PARA A SUCATA
> Os nossos testes de colisão são re-
alizados pelo Euro NCAP (European
New Car Assessment Program), sob
a égide da International Consumer
Research and Testing (ICRT). Reúne
cerca de 20 parceiros, incluindo or-
ganizações de consumidores como
a Euroconsumers, de que faz parte a DECO.
> A segurança dos passageiros adultos é avaliada numa esca-
la de 37 pontos: 16 para a colisão frontal; 16 para a colisão
lateral; 2 para o teste do poste (se o automóvel tiver equi-
pamento lateral de protecção da cabeça); e 3 para o sistema
que incita à colocação do cinto. Os pontos aparecem na bar-
ra em baixo da foto onde lhe mostrámos o teste.
> A segurança das crianças e o comportamento durante a coli-
são têm em conta as características da cadeira e do automó-
vel. Os testes são efectuados para crianças de 18 meses e 3
anos, instaladas numa cadeira especial. O resultado final é
representado por estrelas (máximo de cinco).
> A segurança dos peões é medida simulando o embate de
certas partes do corpo contra elementos da dianteira do veí-
culo (capô, pára-choques, etc.). O resultado pode ir até um
máximo de quatro estrelas.
PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 33
 PEQUENOS FAMILIARES
LEGENDA
Risco de ferimentos. Indicado por três manequins - condutor e
passageiro (na colisão frontal) e condutor (na colisão lateral) -
Chevrolet Aveo Kia Cerato

✗
através das seguintes cores: 21/37 19/37
risco muito elevado
risco elevado
risco médio
risco reduzido
risco mínimo
Teste do poste. Uma auréola em redor da cabeça do condu-
tor reflecte a eficácia das protecções laterais, que equipam
alguns automóveis. colisão teste
boa eficácia frontal do poste
Peões Peões
eficácia que pode
ser aperfeiçoada 16 16 2 3 Crianças Crianças
nenhum acréscimo
de segurança aviso
colisão de colocação
lateral do cinto
de segurança

>>
mentais em caso de choque
lateral (teste do poste).
> Merece ainda destaque posi-
tivo a adopção de airbags de
protecção dos joelhos no Alfa
Romeo 159 e Fiat Croma.
Estes acessórios protegem os
joelhos em caso de choque e
reduzem os ferimentos noutras
partes do corpo.
Crianças
bem instaladas
> A adopção generalizada do
sistema Isofix contribui para
aumentar o nível de segurança
das crianças. Nenhum mode-
lo obtém aqui menos de três
estrelas. Porém, a nossa ava-
liação é apenas válida para a
combinação cadeira-automóvel.
Os resultados não podem ser
extrapolados para outros veícu-
los onde se instalem cadeiras
diferentes nem vice-versa.
> Pelo contrário, nenhum mo-
delo se mostrou minimamen-
te aceitável na rotulagem que
permite a correcta utilização
do sistema Isofix. As cadeiras
podem não ser correctamente
instaladas, representando po-
tenciais riscos para a criança. 3 15 21 10 8 1
/
Este também é um aspecto fun-
damental que concorre para a
segurança das crianças, mas os
fabricantes parecem ignorá-lo.
CITADINOS PEQUENOS MPV
Peões esquecidos
Peões e ciclistas continuam re-
legados para segundo plano.
Peugeot 207 Citroën Berlingo
Os fabricantes já compreende- 35/37 26/37
ram o forte argumento publi-
citário que é a segurança dos
ocupantes, mas são raros os
que reconhecem a importância
de proteger quem circula a pé
ou de bicicleta. Os resultados
do nosso teste provam-no.
Metade dos veículos analisados
tem só uma estrela, em quatro
possíveis, reflectindo uma indi- Peões Peões
ferença quase total face aos pe-
Crianças Crianças
ões e ciclistas. O pior exemplo
é o Jeep Grand Cherokee, que
nem sequer uma estrela obte-
ve. São de saudar os esforços
do Peugeot 207 e do Chevrolet
Aveo, que mostram ser possível
criar elementos frontais menos
perigosos para quem se encon-
15 15 2 3 10 14 1 1
tra numa posição vulnerável.

34 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006

 testes de colisão 5 categorias analisadas

GRANDES FAMILIARES

Alfa Romeo 159 Fiat Croma 1.9

34/37 34/37
CONSUMIDORES EXIGEM

> A segurança dos ocupantes neste

teste de colisão está, na maioria dos
casos, garantida. Mas a primazia, mais
uma vez, não é dada aos peões e ciclis-
tas por parte dos fabricantes. Por fim,
os airbags, um elemento fundamental
na segurança dos ocupantes, nem sem-
Peões Peões
pre são aliados, pois podem causar fe-
Crianças Crianças ridas graves na zona dos olhos.

> São cada vez mais frequentes os aci-

dentes em que o airbag provoca feri-
mentos graves no passageiro da frente.
E não é necessário que o acidente seja
aparatoso. Por exemplo, basta que um
pequeno animal se atravesse diante
do veículo, para que, face à travagem
16 14 22 15 15 22 mais brusca, os airbags sejam activa-
dos. Nestes casos, o airbag do passa-
geiro da frente, posicionado à altura da
cabeça, dispara a tal velocidade que
aquele nem tem tempo para fechar as
pálpebras. Assim, é com os olhos bem
TODO-O-TERRENO abertos que embate contra aquele aces-
sório, a uma velocidade superior a 320
Hyundai Tucson Jeep Grand Cherokee km/hora, por vezes, sofrendo ferimen-
tos graves, eventualmente até com per-
29/37 26/37
da da visão.

> O problema foi confirmado pelos nos-

sos testes: 18 em 30 vezes (15 para o
condutor e outras tantas para o passa-
geiro), a cabeça do manequim entrou
em contacto com o airbag ainda antes
de este ficar completamente aberto.
E, em 10 destas 18 vezes, o impacto te-
ve uma intensidade média a violenta.

Peões Peões
> Para evitar estes acidentes, é funda-
Crianças Crianças mental que os fabricantes passem a
conceber airbags que, no momento em
que entram em contacto com a cabeça,
já se encontrem completamente abertos.
Pela nossa parte, faremos incluir este
aspecto no próximo conjunto de testes,
para pressionar os fabricantes que ain-
da não prevêem soluções adequadas
para evitar o problema.
11 16 2 9 16 1
0 /

PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 35

 pilhas recarregáveis e carregadores
testámos 41 modelos
Mais baratas e amigas do ambiente
As pilhas recarregáveis têm um bom
desempenho. Já os carregadores, embora
rápidos, poderiam ser mais versáteis
Há mais de 200 anos, Alessan-
dro Volta, físico italiano, anun-
ciou uma invenção extraordiná-
ria para a época e que lhe va-
leu o título de conde: a pilha,
que veio revolucionar os cam-
pos de utilização da electrici-
dade. A partir das experiências
de Luigi Galvani em pernas de
rãs dissecadas, Volta concebeu
uma pilha ligando dois metais
diferentes através de um con-
dutor líquido.
Nestes dois séculos, a pilha so-
36 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006
freu inúmeras transformações,
que a tornaram mais prática,
fiável, durável e indispensável.
Telecomandos, rádios e leitores
de CD, entre outros equipa-
mentos: é vasto o número de
aparelhos que não poderiam
funcionar sem pilhas.
Nos nossos dias, as versões re-
carregáveis ganham em popula-
ridade. Embora com um preço
mais elevado face às pilhas tra-
dicionais, tornam-se mais bara-
tas a longo prazo. Por exemplo,
um leitor de CD consome duas
pilhas alcalinas de 2500 mAh
em cinco dias, se funcionar
duas horas por dia. Como uma
pilha alcalina custa cerca de 1
euro, num ano, a despesa seria
de 146 euros. Comprando duas
pilhas recarregáveis e um carre-
gador, ficar-se-ia por 40 euros.
Além disso, ao substituírem o
uso de muitas pilhas normais,
representam um peso menor
para o meio ambiente. Os mo-
delos à venda já não usam ní-
quel-cádmio, mas hidreto me-
tálico de níquel, menos prejudi-
cial ao nível ambiental.
Notícia positiva é também a
melhoria de desempenho, em-
bora a durabilidade ainda seja
um ponto fraco. Face ao teste
anterior, verificámos que as pi-
lhas (sobretudo, as AAA) têm
uma capacidade superior, au-
mentando o tempo de utiliza-
ção. Quanto aos carregadores,
podem melhorar muito ao nível
do funcionamento em sobrecar-
ga e versatilidade.
Pilhas mais fiáveis
> Para o nosso teste, seleccio-
námos 18 modelos de pilhas
de formato AAA e AA, os mais
utilizados, e avaliámo-los em
diferentes situações: descarga
normal (por exemplo, utilizando
um leitor de CD), por impulsos
(com um flash fotográfico) e
contínua com uma máquina
digital. O objectivo foi avaliar o
aproveitamento da capacidade
total da pilha em cada tipo de
utilização. Os resultados foram
bastante bons para todas as
situações. Apenas as pilhas GP
950 series 95AAAHC registaram
um desempenho inferior, sobre-
tudo nas utilizações com flash
ou em máquinas digitais.
>>
PILHAS NiMH AAA (R03)

Kodak Rechargeable 900mAh Sony Rechargeable NH B2E Uniross 900mAh

PILHAS NiMH AA (R6)

GP 2600 series 260AAHC Philips Multilife Accu R6NM230NiMH 2300mAh Kodak Rechargeable 2500mAh

M Melhor do Teste
N Escolha Acertada
L Escolha Económica
A Muito bom PILHAS RECARREGÁVEIS: RESULTADOS DO TESTE
B Bom
Perda de capacidade

Tipo de descarga Resistência

C Médio
anunciada (mAh)

D Medíocre PREÇO (€)

a longo prazo
de utilização

E por pilha
leitor de CD

em repouso

Mau
Capacidade

APRECIAÇÃO GLOBAL
fotográfica

Março de 2006
máquina

n.a. Não se aplica (entre… e…)

digital

1 ano
flash

100
Marca e modelo
0

NiMH AAA (R03)

Kodak Rechargeable 900mAh 900 A A A B A A A 4,05 - 4,45

Sony Rechargeable NH B2E 900 A A A B A A A 4,95 - 6,05

Duracell Rechargeable Supreme 900mAh 900 A A A B A A A 3,98 - 6,80

Panasonic 800 P03P 800 A A A B A A A 3,60 - 5,00

Varta 900mAh ref. 5703 900 A A A B A A A 3,63 - 5,88

Uniross 900mAh 900 A A B B A A A 2,15 - 3,00

Energizer 2 850mAh 850 A B C B A A AFB 3,13 - 5,00

Philips Multilife R03R90P4/10 NiMH 900mAh 900 A A A B A C AFB 3,75 (2)

GP 950 series 95AAAHC (1) 920 A C D B A B B 2,98 - 4,98

NiMH AA (R6)

GP 2600 series 260AAHC (1) 2500 A B C C A C B 3,50 - 6,20

Philips Multilife Accu R6NM230NiMH 2300mAh 2300 A B A B B D B 2,50 - 2,93

Sony Rechargeable 2500mAh ref NHAAB4E 2500 A A A B B E B 4,48 - 5,75

Kodak Rechargeable 2500mAh 2500 A A A B B E BFC 3,73 - 4,48

Energizer 2500mAh Advanced 2500 A A A B B E BFC 3,62 - 4,75

Duracell Rechargeable Supreme 2500mAh 2500 A A A B B E BFC 3,25 - 4,98

Varta 2500mAh ref. 5706 2500 A A A B C E BFC 3,13 - 6,30

Panasonic 2600 ref. P6P/2600 2600 A A A C B E BFC 5,01

Uniross 2500mAh 2500 A B A E B E BFC 3,12 - 5,00

(1) Modelo em fase final de comercialização.

(2) Preço indicado pelo representante da marca em Portugal (na altura em que recolhemos os preços, não encontrámos este modelo à venda).

PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 37

 Carregamento rápido (até 4 horas)

Philips Multilife Energizer Varta Power Play Plug Panasonic

SCB5023/12 1hr Charger Charger ref.57072 BQ-395 /1KA

M Melhor do Teste
N Escolha Acertada
L Escolha Económica
CARREGADORES: CARACTERÍSTICAS E RESULTADOS DO TESTE
A Muito bom
B

Tempo de carregamento
Bom Funções

Facilidade de utilização
C Médio
carregamento
D Medíocre

em sobrecarga
E Mau

Versatilidade
Características (2) APRE
total

em função

anunciado
n.a. Não se aplica

do tempo
Marca e modelo (horas)

Carregamento rápido (até 4 horas)

Philips Multilife SCB5023/12 (1) M(4),A 1 C B B B A B

Energizer 1hr Charger M(4),A 1 C B B B A B

Varta Power Play Plug Charger ref.57072 F(2) 4 B C B C B B

Panasonic BQ-395 /1KA M(4) 2 B A B C B B

GP Powerbank Smart 2 M(4),A 1 C C C B A B

Energizer Ultra Fast Charger 1-2 hours M(4) 1 C B B B B B

Sony Super Quick Charger BCG-34HE4 M(4) 1 B A B C B BFC

Uniross X-Press 700 M(4),A 2 B B B C B BFC

Kodak K6000-C+4 (1) M(4) 1 C A B C B BFC

Cegasa Compact Intelligent F(4) 2 B A B C C BFC

Uniross Sprint 90 Min F(4),A 1 B D C C B BFC

Duracell CEF80 KTNEU M(4) 1 C D C C B BFC

GP Powerbank Rapid 2 F(4) 2 B D B C B BFC

Varta Power Play Mobile Charger ref.57073 M(4),A 2 D B D B A BFC

Cegasa Turbo Intelligent M(4) 2 B E B C C BFC

Carregamento normal (mais de 4 horas)

GP Mini Powerbank Quick F(2 + 2 AAA) 5 A C B C B B

Duracell CEF14 KTNEU F(4) 6 B C B C B BFC

Varta Easy Energy Plug Charger ref.57063 F(4) 8 C B B C C C

Philips Multilife SCB3021/12 F(4) 6 D A C C C C

GP Powerbank 4 F(2 + 2 AAA) 24 D D D C C CFD

Energizer Compact Charger F(4) 12 B B B C D CFD

Panasonic BQ-829 E F(4) 13 C A C C D CFD

Kodak K600-C+4 F(4) 17 B A B C D CFD

(1) Modelo em fase final de comercialização.

(2) Características: A = adaptador para automóvel; F = modelo de ficha; M = modelo de mesa. Entre parêntesis, é indicado o número de pilhas com formato AA que vêm
(3) Preço indicado pelo representante da marca em Portugal (na altura em que recolhemos os preços, não encontrámos este modelo à venda).

38 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006

 pilhas recarregáveis e carregadores testámos 41 modelos

Carregamento normal
(mais de 4 horas)

rificámos se, em cada um de- No geral, os carregadores são

REPRESENTANTES les, as pilhas eram totalmente vendidos com duas ou quatro
CEGASA 21 478 08 47 carregadas. Objectivo: simular pilhas e alguns trazem tam-
DURACELL 21 724 30 00 a utilização de um leitor de CD, bém, de origem, um adaptador
ENERGIZER 21 973 79 50 ligado duas horas por dia, ao para 12 V, que permite ligá-los
GP 22 377 94 43 longo de mais de um ano. De ao isqueiro do carro (letra A).
KODAK 21 414 76 00
novo, os resultados foram glo- > O tempo de carregamento
PANASONIC 21 424 53 00
PHILIPS 21 416 33 33 balmente bons, o que significa melhorou de forma significati-
SONY 21 891 20 00 que qualquer das pilhas testa- va desde o nosso último teste.
UNIROSS 21 312 28 00 das, na primeira fase de vida, Hoje em dia, há uma grande
GP Mini VARTA 21 478 96 30 permite tempos de utilização e oferta de aparelhos que car-
Powerbank Quick
economias bastante elevados. regam as pilhas numa manhã
Quando aumentámos o nú- ou tarde (entre uma e quatro
>> mero de ciclos para o dobro, horas). Mas a novidade são os
> Quando as pilhas não es- descobrimos o ponto fraco das carregamentos em 15 minutos.
tão a ser utilizadas, tendem a pilhas. Embora alguns fabrican- Os modelos que levam uma
perder a carga mais ou menos tes aleguem que as suas pilhas noite inteira (ou mais) também
lentamente. Para avaliar estas aguentam 1000 ciclos de car- continuam à venda: apesar de
PREÇO (€) perdas, carregámos todos os ga, a realidade é que a grande terem desempenhos inferiores,
CIAÇÃO GLOBAL Março de 2006
(entre… e…) modelos e deixámo-los em re- maioria das AA, ao fim de 200, têm preços muito convidativos.
pouso à temperatura constante fica praticamente exausta. Já as > Alguns aparelhos não con-
100

de 20° C, durante 28 dias. No pilhas AAA, após 200 ciclos, seguem carregar as pilhas no
0

final deste período, voltámos a ainda poderiam ser carregadas tempo anunciado pelo fabrican-
medir a carga e concluímos que na sua quase totalidade. te, o que faz com que aquelas
44,99
as perdas em repouso não são não atinjam o rendimento má-
62,59 - 82,90
tão significativas quanto em Carregadores ximo. Os problemas são mais
27,50 testes anteriores. Quase todas nem sempre versáteis frequentes no formato AA, com
31,90 - 34,90 as pilhas obtiveram bons resul- > Para carregar as pilhas é in- maior capacidade. Quando tal
39,90 - 70,00 tados (B). As Uniross 2500mAh dispensável um carregador. acontece, é necessário deixar
59,90 - 69,99
registaram um mau desempe- Existem modelos de mesa ou as pilhas no carregador um
nho, tendo perdido mais de de ficha. Os primeiros (letra M, pouco mais: entre 10 minutos e
49,90 - 87,54
60% da carga (E). no quadro da página 38) têm uma hora, consoante o tempo
31,00 - 48,28
> Para avaliar a resistência ou um cabo eléctrico, enquanto de carga do aparelho.
38,90 - 45,90 durabilidade, efectuámos 100 os segundos (letra F) são di- Com vista a compensar eventu-
36,00 (3) ciclos de carga e descarga e ve- rectamente ligados à tomada. ais perdas, as pilhas vão sendo
29,90 - 49,90 >>
44,99 - 60,90

29,90 - 38,95

50,99 - 55,00

50,00 (3)
QUANTO TEMPO EM ACÇÃO?
> Ao contrário das pilhas normais, que se vão descarregando
19,90 - 24,90 de forma constante até esgotarem a sua capacidade, as recar-
regáveis mantêm a tensão máxima (1,2 V) durante um longo
29,99 - 44,90
período, para depois deixarem de funcionar de forma abrupta:
17,11 uma característica que pode trazer contratempos (imagine uma
24,99 (3) lanterna que deixe de funcionar num local sem luz).
19,90
> Assim, convém saber o tempo durante o qual as pilhas irão
funcionar. Para tal, basta conhecer a capacidade da pilha (indi-
29,90 - 39,99
cada em mAh) e a corrente absorvida pelo aparelho (em mA) e
17,50 - 18,90 efectuar uma simples divisão. Por exemplo, um aparelho que
13,99 - 19,90 absorva 80 mA funcionará durante 20 horas, se for alimentado
por pilhas que, no seu conjunto, debitem 1600 mAh (1600 ÷
de origem. 80 = 20).

PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 39

 pilhas recarregáveis e carregadores testámos 41 modelos

CARGA EM 15 MINUTOS
> Existem à venda aparelhos que carregam pilhas em 15
minutos. Encontrámos os modelos Uniross Sprint 15,
Energizer 15 Minutes Charger, Sony BCG-34HUE4 e Var-
ta Charge&Go. Para cumprirem a função em tão pouco
tempo, estes funcionam com correntes muito superiores
às normais, o que conduz a um sobreaquecimento, tan-
to do aparelho como das pilhas. Tal situação, além de
comprometer a longevidade destas, exige que as mes-
mas tenham de arrefecer antes de poderem ser usadas.
> Verificámos que, com estes carregadares, as pilhas atin-
gem apenas 60 a 80% da sua capacidade total. Assim, e
para chegar aos 100%, há que deixá-las carregar um pouco
mais. Dado o preço elevado destes modelos (entre € 36 e
€ 79) e os inconvenientes referidos, é preferível, em situa-
ções de utilização intensiva, comprar um bom carregador de
uma hora e prever um conjunto extra de pilhas já carregadas.

>>
carregadas com uma corrente
inferior, dita de manutenção.
Porém, nalguns modelos, esta
corrente é muito superior ao de-
sejável (D) e, quando as pilhas
são sujeitas com frequência a
tal situação, poderão ver a sua
longevidade diminuir, além de
se desperdiçar energia.
> No capítulo da facilidade de
utilização, considerámos a co-
locação e remoção das pilhas,
o manuseamento (leitura de
rótulos, interruptores e instru-
ções, entre outros), a limpeza
dos contactos e a clareza do
manual de instruções. No geral,
os modelos testados são razoa-
velmente fáceis de utilizar.
> No critério da versatilida-
de, avaliámos, entre outros, a
forma como é feito o controlo
de carga e a existência de um
adaptador para o automóvel
ou de um multivoltagem (por
exemplo, para, nas férias, uti-
lizar num país onde a corrente
eléctrica não seja de 220 V).
Embora haja modelos muito
versáteis, outros existem com
maus resultados. Este é um as-
pecto a ser melhorado.
Poupe 35 euros
> As lojas da especialidade
são os melhores locais para
comprar pilhas e carregadores,
embora também possa encon-
trar alguma oferta nas grandes
superfícies.
Tenha, no entanto, em atenção
que as pilhas são vendidas
em pacotes com várias unida-
des. Assim, para poder com-
parar, deverá calcular o preço
unitário. Foi o que fizemos e
verificámos que os preços po-
dem variar bastante, pelo que
convém pesquisar um pouco
e fazer algumas comparações.
Por exemplo, nas pilhas AAA,
a Sony Rechargeable NH B2E (a
partir de € 4,95) custa o dobro
da Uniross 900mAh (a partir de
€ 2,15), a nossa Escolha Acerta-
da, e têm ambas a mesma boa
qualidade.
> Quanto aos carregadores, se
desejar um modelo mais rápi-
do, poupará 35 euros ao op-
tar pelo Varta Power Play Plug
Charger (€ 27,50), a nossa Es-
colha Acertada, em detrimento
do Energizer 1rh Charger (a par-
tir de 62,59 euros).
ESCOLHA ACERTADA
> As pilhas recarregáveis e, em especial, as de formato AAA,
têm uma qualidade cada vez melhor. Já quanto aos carregado-
res, não se pode dizer o mesmo: ainda que sejam mais rápidos
do que no passado, nem sempre são capazes de carregar total-
mente as pilhas, no caso de os tempos indicados pelos fabri-
cantes serem respeitados.
> No conjunto das provas efectuadas, as pilhas Kodak Rechar-
geable 900mAh (entre € 4,05 e € 4,45) e Sony Rechargeable
NH B2E (entre € 4,95 e € 6,05), de formato AAA, revelaram-se
as Melhores do Teste. Por ter uma melhor relação entre a quali-
dade e o preço, as Uniross 900mAh (entre € 2,15 e € 3,00) são
a nossa a Escolha Acertada.
> Quanto ao formato AA, as pilhas GP 2600 series 260AAHC
(entre € 3,50 e € 6,20) são as Melhores do Teste. Ao termos
em conta o preço, atribuímos o título de Escolha Acertada às
Philips Multilife Accu R6NM239 NiMH 2300mAh (entre € 2,50 e
€ 2,93) e às Kodak Rechargeable 2500mAh (entre 3,73 e 4,48
euros).
> Finalmente, entre os carregadores rápidos, o Philips Multilife
SCB5023/12 (€ 44,99), o Energizer 1hr Charger (entre € 62,59 e
€ 82,90) e o Varta Power Play Plug Charger ref.57072 (€ 27,50)
são os Melhores do Teste. Devido ao seu preço, o último acu-
mula o título de Escolha Acertada, partilhando-o com o Panaso-
nic BQ-395 / 1KA (entre 31,90 e 34,90 euros).
Nos modelos tradicionais, o GP Mini Powerbank Quick (entre
€ 19,90 e € 24,90) acumula os títulos de Melhor do Teste e Es-
colha Acertada.

40 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006

 máquinas de lavar roupa
modelos de 600 rotações

Na aldeia da roupa suja

Roupa mal lavada e muita água desperdiçada
são os principais problemas. Nenhum dos
modelos testados obteve bons resultados
Numa altura em que a poupan-
ça de água dita as regras dos
nossos hábitos diários, todos
os desperdícios deste recurso
natural são de evitar. Mas a
verdade é que nem todos os
fabricantes de máquinas de la-
var roupa estão preocupados
com esse problema.
Testámos 8 modelos e chegá-
mos, uma vez mais, à mesma
conclusão: a maioria das má-
quinas têm um consumo exces-
sivo de água. Além disso, não
estão devidamente protegidas
contra possíveis avarias que
possam causar inundações.
A acrescentar a este panorama
decepcionante, a roupa ficou
muitas vezes mal lavada.
Embora os resultados deixem
muito a desejar, caso siga os
nossos conselhos, pode poupar
quase 190 euros.

Carga cheia
para poupar
> Nos aparelhos testados a ca-
pacidade máxima é de 5 qui-
los. A Zanussi ZWF365 é a úni-
ca com uma capacidade de 6
quilogramas.
No entanto, a melhor opção
não significa necessariamen-
te escolher uma máquina com
uma maior capacidade.
>>

www.deco.proteste.pt
Testes on-line
e 466 preços
recolhidos em 119
lojas de 11 regiões

PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 41


>>
É certo que, quanto mais qui-
los de roupa a máquina lavar
de uma só vez, maior será a
poupança mensal nas facturas
de electricidade e água. Esta
poupança só é possível se o
consumidor esperar que a má-
quina esteja cheia para fazer
a próxima lavagem. Se tal não
acontecer, será maior o desper-
dício do que a poupança.
> O número de programas dis-
ponibilizado por uma máquina
pode ser um isco de atracção
ao consumidor. Nas máquinas
que testámos, esse número va-
ria entre os 14 e os 21.A maior
parte das vezes, o consumidor
ilude-se e compra um aparelho
pela quantidade de programas
quando, na prática, apenas vai
utilizar sistematicamente dois
ou três. A eficácia da máquina
não aumenta por ter mais pro-
gramas. O que pode subir é o
preço do aparelho.
Pouca lavagem
e muito consumo
> Para avaliar a eficácia de lava-
gem das máquinas, utilizámos
COMANDOS E PROGRAMAS ÚTEIS
A – Selector de temperatura cada programa
tem uma temperatura associada.
B – Paragem de cuba cheia esta função per-
mite que a centrifugação só seja feita quan-
do o consumidor quiser estender a roupa.
Testámos 8 aparelhos e nenhum é satisfatório
apenas três programas, uma
vez que são os de utilização
mais frequente no dia-a-dia:
a lavagem de roupa de algodão
a 30°C e a 60°C e de roupa
sintética a 40°C. Antes de me-
termos a roupa na máquina,
sujámo-la com vários tipos de
nódoas: suor, sangue, chá, vi-
nho, gordura e batom, entre
Candy C1 506
outras.
Na roupa de algodão, a remo-
ção das nódoas nem sempre
é simples. Como pode verificar
no quadro, quando a tempera-
tura desce, três modelos desta-
cam-se pela negativa (D).
Resultados opostos são os da
Zanussi ZWF365, Balay 3TS930A
e Beko LV605RS, que conse-
guiram uma melhor prestação
Whirlpool AWM7060
com temperaturas mais baixas
(B). No caso dos sintéticos, os
resultados não foram os melho-
res: o modelo da Ariston foi o
que teve pior prestação (E).
> Quanto mais baixos forem os
consumos de electricidade e de
água, mais pequena será a so-
ma na factura mensal e menor
será o custo anual de utiliza-
>> Hoover H 60 AT
M Melhor do Teste
N Escolha Acertada
L Escolha Económica
A
B
Muito bom
Bom CARACTERÍS
C Médio Capacidade
a velocidade da centrifugação para cada pro- anunciada (kg)
D Medíocre
grama. E Mau
F – Enxaguamento extra para ter a certeza n.a. Não se aplica
de que não ficam vestígios de detergente na
roupa pode activar esta função. É útil, mas
sintéticos
algodão

A roupa mantém-se de molho, o que faz com não se esqueça que aumenta o consumo de
que se amarrote menos. água. Marca e modelo
C – Centrifugação desactivada esta função G – Programa curto alguns aparelhos permi-
Candy C1 506 5 2,5
permite excluir a centrifugação da roupa, o tem fazer lavagens em que os consumos de
Zanussi ZWF365 6 2,5
que se torna especialmente útil para os teci- água e energia são mais baixos. Nesse tipo
dos mais delicados. de programa, a duração do ciclo de lavagem Whirlpool AWM7060 5 2,5

D – Meia-carga de evitar porque os consu- diminui substancialmente. Balay 3TS930A 5 2,5

mos de água e electricidade não reduzem pa- H – Programação da lavagem muito útil pa- Beko LV605RS 5 2,5
ra metade. É sempre preferível aguardar até ra quem tenha aderido à tarifa bi-horária de Hoover H 60 AT 5 2
ter a carga completa. electricidade (mais barata à noite), esta fun-
Ariston AV61 5 2,5
E – Escolha da velocidade de centrifugação a ção permite programar a hora de início de
Indesit WI62 5 2,5
maior parte dos aparelhos permite escolher cada lavagem.
(1) Cálculo com base no consumo de água, electri

42 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006

 máquinas de lavar roupa modelos de 600 rotações

REPRESENTANTES

ARISTON/INDESIT CANDY/HOOVER
www.ariston.pt 21 723 47 00 www.candy.pt 21 318 97 00/16
BALAY WHIRLPOOL
www.balay.pt 21 425 06 00 www.whirlpool.pt 21 940 62 00
BEKO ZANUSSI
www.auferma.pt 22 616 73 00 www.electrolux.pt 21 440 39 00

Zanussi ZWF365

Balay 3TS930A Beko LV605RS

Ariston AV61 Indesit WI62

MÁQUINAS DE LAVAR ROUPA (600 ROTAÇÕES): CARACTERÍSTICAS E RESULTADOS DO TESTE

TICAS RESULTADO DOS TESTES
PREÇO (€)
Eficácia da lavagem Consumo Facilidade de uso para utilizadores… Fevereiro de 2006
dificuldade em andar

Comandos APRECIAÇÃO
... sem mobilidade
contra inundações

... com problemas

... com problemas

... com problemas

sintéticos a 40°C

e programas GLOBAL
de equilíbrio ou
algodão a 60°C

algodão a 30°C

Enxaguamento

Centrifugação

… em cadeira

Aquisição
electricidade

Por quilo (1)

água (l/kg)

(entre… e…)
Protecção

nas mãos
(kwh/kg)

de rodas
reduzida

visuais
Ruído

100
0

F,G,H B C B B C C C C C C C BFC C CFD C 236,00 - 370,00 0,39

E,G,H B B C B B D C D C C CFD BFC BFC CFD C 260,00 - 400,00 0,34

A,B,C,D,F,G C C C B B C C C C C B C BFC D C 242,00 - 419,00 0,40

B,G D B C B B C C D C B BFC C DFE CFD C 255,00 - 365,03 0,39

A,B,C,G D B C D C C C C D D CFD C DFE D C 180,78 - 235,00 0,40

A,C,D,F C D C C C D D C D C n.a. CFD 250,00 - 350,00 0,41

A,C,D C D E C D B D D D C BFC CFD D DFE D 215,00 - 369,00 0,40

A,C,D C D D C D B C C D C BFC C C CFD D 199,00 - 384,90 0,39

cidade e detergente, bem como a amortização do custo do aparelho durante 15 anos e fazendo 4 lavagens semanais.

PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 43

 máquinas de lavar roupa modelos de 600 rotações

PARA SABER MAIS

MÁQUINA PARA TODOS
> Máquinas de lavar roupa
O facto dos comandos do aparelho serem vi- tarefa especialmente ingrata para as pessoas (800 a 1200 rotações): PRO
síveis, estarem bem colocados ou a facilidade com mobilidade reduzida. Por essa razão, embo- TESTE n.° 265, Janeiro de
com que se coloca a roupa dentro da máquina ra tal avaliação não pese na Apreciação Global, 2006.
são alguns dos aspectos que facilitam a utili- analisámos como se comportam estes aparelhos > Máquinas de lavar roupa
zação. Neste critério, apenas a Beko LV 605RS em várias situações em que a mobilidade está (800 e 900 rotações): PRO
obteve uma classificação negativa. Um ângulo condicionada. TESTE n.° 260, Julho/Agos-
de abertura reduzido (90°) e dificuldade na uti- Resultado: quem saiu mais prejudicado foram as to de 2005.
lização do painel de comandos são alguns dos pessoas com problemas nas mãos e com proble- > Consumo dos electrodo-
mésticos: PRO TESTE n.°
motivos para esta classificação. mas visuais. Nestas categorias, três modelos ob-
254, Janeiro de 2005.
Esta facilidade de utilização pode tornar-se tiveram mesmo maus resultados (DFE).
> Dicas para poupar água:
PRO TESTE n.° 238, Julho
de 2003.
> Detergentes para a máquina
de lavar roupa: PRO TESTE
n.° 270, Junho de 2006.

derá poupar muitos euros. Por

Para os utilizadores com mobilidade reduzida, nenhuma máquina de lavar é ideal. Botões pequenos,
pouca visibilidade dos comandos ou contraste reduzido das instruções são alguns dos problemas encontrados
>>
ção deste tipo de aparelhos.
A Beko LV605RS não faz bem a
gestão da electricidade utiliza-
da, mas os resultados pioram
no consumo de água.
Apenas três modelos se desta-
cam pela positiva (B). A Ariston
AV61 e a Indesit WI62 foram os
modelos com a pior prestação
a este nível.
> Quando chega a hora de en-
xaguar a roupa, apenas dois
aparelhos cumprem bem a ta-
refa (B). A Zanussi ZWF365 e a
Hoover H 60 AT são os que dei-
xam mais detergente na roupa
(D). Este é um problema acres-
cido para pessoas alérgicas a
este tipo de produtos.
> Dado que os modelos testa-
dos apenas têm cerca de 600
rotações por minuto, não é de
estranhar que nenhum dos mo-
delos torça bem a roupa. Mes-
mo assim, os piores desempe-
nhos ficaram-se pela Hoover H
60 AT e pela Ariston AV61 (D).
Uma máquina com mais rota-
ções torce melhor a roupa, o
que faz com que esta demore
menos tempo a secar. Mas, por
outro lado, a roupa fica mais
amarrotada, é mais difícil de
engomar e deteriora-se mais ra-
pidamente.
> Se os seus ouvidos são mui-
to sensíveis ao ruído excessivo
tenha atenção na escolha do
modelo: três máquinas não
passaram despercebidas ao
nosso sonómetro, tal é o ruído
que emitem durante o funcio-
namento (D).
> Para evitar inundações em ca-
sa, o sistema aquastop, aliado
a uma bóia, ainda é a opção
mais fiável. A protecção contra
inundações continua a ser o
ponto fraco dos aparelhos: ne-
nhum modelo obteve bons re-
exemplo, tanto encontrámos a
Indesit WI62 a € 199,00 como
a € 384,90, uma diferença bas-
tante significativa que ronda os
186 euros.
> Se encontrar, ao preço míni-
mo, a Beko LV605RS (€ 180,78),
sultados e quatro destacaram- poupará cerca de 80 euros
-se mesmo pela negativa (D). em relação à Zanussi ZWF365
(€ 260,00) e fica com um pro-
Poupe quase 190 euros duto de qualidade semelhante.
> Os preços das máquinas de > Quanto ao custo de utilização
lavar roupa que testámos va- das máquinas, os preços por
riam muito. Por isso, antes de quilograma têm variações en-
comprar a sua máquina, visite tre € 0,34 (Zanussi ZWF365) e
várias lojas. Desta forma, po- € 0,41 (Hoover H 60 AT).
SEM ESCOLHA ACERTADA
Nenhuma das máquinas testadas conseguiu uma classificação
acima da mediania. Aliás, dois modelos obtiveram uma apre-
ciação negativa. Por essa razão, não atribuímos nenhum título.
Os resultados são muito pouco animadores. Os principais pro-
blemas que encontrámos prendem-se com uma lavagem por ve-
zes deficitária e um consumo excessivo de água.
Se, mesmo assim, desejar comprar uma das máquinas de la-
var roupa do nosso teste, a Candy C1 506 (entre € 236,00 e
€ 370,00) é a melhor alternativa, dado que alia um preço convi-
dativo a uma qualidade ainda razoável.

44 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006

breves
ARTE DE BEM COZINHAR
SEM CONTAMINAÇÕES ALIMENTARES
Da conservação
à confecção dos seus
alimentos, imponha
regras simples
de higiene para
uma refeição
em segurança
> Antes de chegar ao seu prato,
os alimentos fazem uma longa
viagem pelo mundo das bacté-
rias. Se, por um lado, a contami-
nação na produção e distribuição
dos alimentos escapa ao nosso
controlo, uma confecção mais
adequada está literalmente nas
nossas mãos. E nas nossas cozi-
nhas, onde a maioria das toxin-
fecções tem origem.
Para evitá-las, algumas regras bá-
sicas podem fazer a diferença.
> O estado de saúde e a higiene
de quem prepara os alimentos
é muito importante para evitar
contaminações. Quando ocorram
amigdalites, tosse, infecções res-
piratórias, diarreia e feridas nas
mãos, deve evitar manipular os
alimentos.
> O frigorífico é o meio de con-
servação por excelência. Antes
de utilizá-lo, leia atentamente o
manual de instrução para conhe-
cer os tempos e as temperaturas
correctas de conservação, que
podem variar entre aparelhos.
Ao guardar os produtos no fri-
gorífico, coloque-os em caixas
fechadas ou envolvidos em pelí-
cula aderente. Depois de abrir os
enlatados, passe o seu conteúdo
para outra embalagem que possa
ser fechada.
> Para guardar alimentos frescos
ou cozinhados por mais tempo,
a congelação é a solução, mas
assegure-se de que guarda pro-
dutos em boas condições.
Muitas contaminações nos alimentos nascem na nossa cozinha.
A saúde e a higiene de quem os prepara é decisiva para evitá-las
O frio não confere qualidade aos
alimentos que não a tinham e
apenas torna mais lenta a evolu-
ção dos microrganismos. Não os
elimina. Para melhor aproveitar
os alimentos, escreva na emba-
lagem o conteúdo e a data de
congelação. Não encha comple-
tamente os recipientes, porque
o que é congelado aumenta de
volume. Use ainda pouco sal ao
cozinhar esses alimentos, porque
atrasa a congelação.
> Quando descongelar, coloque
os produtos no frigorífico e man-
tenha-os dentro da embalagem
para não perderem de nutrientes.
Nunca volte a congelar o que já
foi descongelado, a menos que
entretanto tenha sido cozinhado.
O calor destrói os microrganis-
mos que contaminam os alimen-
tos. Prefira, por isso, comida bem
passada. Quando reaquecer os
pratos, deixe-os ferver pelo me-
nos 10 minutos. Não deixe arrefe-
cer prolongadamente a refeição,
pois favorece o desenvolvimento
das bactérias. Zonas queimadas
ou muito tostadas dos alimentos
não devem ser consumidas, pois
prestam-se à formação de ele-
mentos cancerígenos.
> Por fim, limpe regularmente to-
dos os utensílios e aparelhos da
sua cozinha. P
MULTAS NA PRAIA
> Este ano, a época balnear trou-
xe uma novidade aos banhistas.
Se entrar no mar quando a ban-
deira vermelha estiver içada e
nadar na presença da bandeira
amarela, sujeita-se a pagar pelo
menos € 55 de multa.
> Estas e outras medidas foram
aprovadas pelo Governo em Maio
e entraram em vigor nesta época
balnear. Os banhistas são obri-
gados a respeitar a sinalética da
praia, bem como as indicações
do nadador-salvador.
> Se costuma utilizar materiais
de desporto náutico, como mo-
tas de água, circule nas zonas
permitidas. Quem estiver muito
perto dos banhistas na água ar-
risca-se a uma multa que pode ir
até € 2500, consoante o tipo de
infracção.
PILHAS PARA
DURAR E DURAR
> Durante as férias, escolher pi-
lhas recarregáveis em vez das
tradicionais pode ser uma opção
mais barata e cómoda. Na baga-
gem, leve também o carregador.
Pode consultar o nosso teste na
página 36 desta edição.
> Utilize sempre conjuntos de 2
ou 4 pilhas, da mesma marca,
tipo e compradas na mesma al-
tura. Pode marcá-las para garan-
tir que as utiliza sempre juntas
enquanto duram. Não misture
pilhas carregadas ou novas com
descarregadas e usadas. Separe-
-as em caixas diferentes.
> Carregue as pilhas pouco tem-
po antes de as utilizar. Cada pi-
lha carregada perde 20 a 30%
da sua capacidade por cada mês
inutilizada.
> Para evitar um curto-circuito,
nunca guarde as pilhas junto de
chaves, telemóveis ou outros ar-
tigos electromagnéticos.
PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 45
 breves
Loja virtual: www.deco.proteste.pt/loja
MÚSICAS MAIS LEVES
MP3 é o formato
mais conhecido, mas
não o mais eficiente
46 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006
Encomendas
Telefone: 808 200 146
Correio electrónico:
assinaturas@deco.proteste.pt
Apesar da designação redutora, a
maioria dos leitores de MP3 con-
segue reproduzir outro tipo de
ficheiros, como WMA (Windows
Media Áudio), AAC, ATRAC3, WAV,
Ogg Vorbis, FLAC, entre outros.
Tal terá vantagens, se tivermos
em conta que com o formato
WMA ou Ogg Vorbis pode armaze-
nar o dobro da música em igual
capacidade de memória, sem
notar grande diferença na quali-
dade do som. Esta é determina-
da pelo programa e pelo grau de
compressão do ficheiro. No MP3,
faixas com 128 kbps (espaço
ocupado por segundo, significa
reduzir em dez vezes o tamanho
do original) são suficientes para
ouvir no rádio do carro. Já numa
aparelhagem de alta-fidelidade, o
som pode parecer pobre.
VIAGEM SEM PROBLEMAS
Antes de reservar as férias, conheça os seus
direitos e saiba como bem reclamar
Tempo de férias, tempo de via-
gens. Seja para fora ou cá den-
tro, antes de partir, não deixe os
seus direitos em casa.
Se reservar o seu descanso atra-
vés de uma agência de viagens,
preste atenção ao preço e às
condições em que este pode ser
alterado. Lembre-se de que não
são permitidas alterações nos úl-
timos 20 dias antes do início da
viagem. E, mesmo antes desse
prazo, é preciso que o contrato
preveja, expressamente, essa
possibilidade e a forma de cálcu-
lo da alteração de preços.
O cliente pode rescindir o con-
trato com a agência em qualquer
altura, sem ter de apresentar ra-
zões para isso. A agência deve
Se quiser guardar a sua colecção
pessoal de CDs no computador,
os formatos lossless são o ideal,
como o FLAC, o APE e as versões
lossless de WMA e AAC.
Contudo, em função do conteúdo
da música, o ficheiro pode ocu-
par entre 50 a 70% do espaço do
original, pelo que pouco se pou-
pa em memória. Mais populares,
os formatos lossy eliminam sons
quase imperceptíveis para o ou-
vido humano. Perde-se em qua-
lidade de som, mas quase não
se dá por isso, se não utilizar
uma grande taxa de compressão.
E pode guardar mais músicas no
seu computador ou leitor. Neste
grupo dos lossy, o MP3 é o mais
conhecido, mas nem por isso o
mais eficaz. A relação entre qua-
lidade e tamanho de um ficheiro
devolver-lhe o dinheiro da via-
gem, após descontar eventuais
despesas comprovadas e uma
percentagem do preço da viagem
não superior a quinze por cento.
Caso a agência não possa as-
segurar os serviços contratados
(por exemplo, a estada num de-
terminado hotel), deve substituí-
-los por outros equivalentes e, se
for caso disso, restituir a diferen-
ça de preços ao cliente.
Se as responsabilidades não fo-
rem assumidas, peça o Livro de
Reclamações ou envie uma quei-
xa à Direcção-Geral do Turismo.
No nosso guia 180 Modelos de
Cartas para a Defesa dos seus Di-
reitos, encontra várias cartas-tipo
para melhor reclamar. P
MP3 é inferior, se comparada
com os formatos Ogg Vorbis e
AAC, por exemplo.
Para uma boa compressão dos
ficheiros, pode usar o JetAudio
Basic. Útil para converter CD de
áudio em ficheiros comprimidos,
permite ainda fazer conversões
entre diferentes tipos de ficheiros
de áudio (excepto MP3). P
www.cowonamerica.com
Neste sítio pode descarregar
gratuitamente o programa
JetAudio Basic

POUPANÇA E LOIÇA LAVADA
Lavar a loiça à mão é coisa do passado para
muitos consumidores. Para pagar menos água
e luz faça programas com a carga cheia
> Antes de escolher, repare na
etiqueta energética do modelo.
Esta diz-lhe se está perante uma
máquina energeticamente eficaz.
Ou seja, para determinar a clas-
se da máquina (de A, as mais
poupadas, a G, as mais devora-
doras), são medidos os consu-
mos de água e de electricidade e
avalia-se a eficácia da lavagem,
mas apenas no programa econó-
mico ou naquele que utiliza uma
temperatura mais baixa. Deste
modo, a etiqueta é uma boa re-
ferência, mas pode não indicar
o consumo no programa normal,
que é o mais utilizado.
> E, já que falamos de consu-
mos, anote algumas dicas para
poupar. Se contratou a tarifa de
electricidade bi-horária, prefira
um modelo com temporizador.
Esta função permite programar
o período de funcionamento da
máquina para as chamadas ho-
ras de vazio e, assim, pagar me-
nos pela factura da luz.
> A opção de meia-carga pode-
rá ser útil quando existe pouca
loiça para lavar. Contudo, duas
lavagens com meia-carga conso-
mem mais do quando se utiliza
a carga completa. O melhor se-
rá esperar que a máquina fique
cheia. Quando está calor, o pro-
grama de secagem é dispensá-
vel: abra a porta no fim da lava-
gem, para secar a loiça.
Por uma questão de segurança,
escolha uma máquina munida
com o sistema aquastop: este
corta automaticamente a entrada
de água, no caso de haver uma
fuga, prevenindo o risco de inun-
dações. Os aparelhos devem ter,
ainda, sinalização que alerte pa-
ra a avaria.
> Para uma lavagem mais eficaz,
limpe o filtro com frequência, pe-
lo menos, a cada duas ou três
lavagens. Reponha sempre o sal
(elimina a sujidade ressequida)
e o abrilhantador (evita manchas
na loiça). É útil que haja um si-
nal (por vezes, uma pequena luz
vermelha) que indique quando é
necessário adicionar ou encher
os respectivos depósitos.
> Use sempre a quantidade de
detergente recomendada pelo
fabricante, para não desperdiçar
produto. Evite também utilizar o
programa de lavagem intensivo:
com os novos detergentes com
enzimas, poderá escolher um
programa a 55°C e obter bons
resultados.
> Antes de comprar, verifique o
desenho dos cestos. O fundo
não deve ser demasiado aber-
to, para que as peças mais pe-
quenas ou os cabos não fiquem
presos. É, ainda, prático que o
cesto superior seja regulável em
altura, para quando precisar de
colocar panelas ou copos altos
na parte de cima. Evite também
colocar utensílios de cabo com-
prido no cesto dos talheres, pois
poderão bloquear as pás supe-
riores da máquina e prejudicar a
lavagem. P
Com esta etiqueta pode saber
se a sua máquina é amiga do
ambiente e da sua carteira
TEMPO PARA TUDO
> O segredo está em organizá-lo.
Planeie cada dia com a ajuda de
uma agenda e de uma lista de
tarefas, em papel ou no seu com-
putador. Fixe as prioridades.
> Aponte um período de pausa
na sua agenda e não deixe que
nada, excepto uma verdadeira
crise familiar ou profissional, in-
terfira.
> Assim, é mais fácil estabelecer
um equilíbrio entre trabalho, fa-
mília e compromissos sociais.
ALERGIAS FATAIS
> Numa altura em que o tempo
se torna convidativo para pique-
niques ao ar livre, saiba como
agir face ao ataque de alguns
inimigos voadores.
> Quando alguém é picado por
uma vespa ou abelha, a palavra
de ordem é rapidez no retirar do
ferrão. A gravidade do inchaço
depende do tempo que decorrer
entre a picada e a extracção.
Utilize para isso uma pinça ou,
até mesmo, as unhas.
> Uma picada na boca ou na gar-
ganta pode dificultar a respira-
ção. Cubra a zona afectada com
gelo e dirija-se de imediato às
urgências hospitalares.
COMPRAR PELA NET
> Cómodo, mas nem sempre se-
guro, encomendar um produto
pela Net é cada vez mais vulgar.
> Certifique-se de que a página
é segura, já que serão transmiti-
dos dados pessoais e bancários.
Guarde todos os contactos da
empresa e também o número de
contribuinte e de matrícula na
Conservatória do Registo Comer-
cial (se a página for nacional).
Estes são úteis para reclamar ou
desistir do contrato.
> Confirme ainda se o preço in-
clui os portes de envio e taxas.
PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 47
 passar a palavra

DECO AVANÇA CONTRA AFINSA E FÓRUM FILATÉLICO

> A DECO decidiu avançar com
uma acção judicial colectiva,
em representação de todos os
consumidores, na sequência do
caso Afinsa/Fórum Filatélico.
O objectivo é pedir a resolução
dos contratos e a devolução das
quantias entregues àquelas em-
presas.
Em Portugal ainda não foram de-
tectados casos de burla ou factos
ilícitos, mas a justiça espanhola
acusa os responsáveis da Afin-
sa/Fórum Filatélico de desenvol-
verem, nos últimos anos, um ne-
gócio fraudulento de captação
de poupanças massivas. Estas
empresas são também acusadas
de burla, branqueamento de ca-
pitais, gestão danosa e falência.
A Afinsa e Fórum Filatélico en-
www.deco.proteste.pt
contram-se a funcionar em Por- No nosso sítio, encontra as quatro cartas-tipo,
tugal e Espanha. A primeira ven- prontas a imprimir, para defender os seus direitos.
de, além de selos, produtos na Caso não tenha Net, pode pedir esta informação
por telefone (808 200 145)
área do investimento e objectos
de colecção (entre outros, obras
de arte). > Todas as entregas periódicas > É possível, nalguns casos, res- responsáveis por qualquer risco
previstas nos contratos, desde gatar os montantes investidos de deterioração, dano ou roubo.
> A DECO, em colaboração com a que o façam de forma justifica- antes do prazo estipulado no
OCU, sua congénere espanhola, da, podem ser suspensas. Os contrato. Mas, para tal, os con- > Não está contemplado para os
tem mantido uma “linha aberta” consumidores deverão comuni- sumidores interessados deverão clientes da Afinsa/Fórum Filaté-
com os consumidores lesados. car a sua pretensão às empre- ler atentamente o seu contrato, lico nenhum fundo que lhes ga-
Tendo em conta a diversidade sas, através de carta registada para confirmarem se o mesmo ranta a recuperação do dinheiro,
dos contratos celebrados e a com aviso de recepção. O de- permite o referido resgate. Se ao contrário do que acontece
complexidade do processo, a senrolar dos acontecimentos for esse o caso, deverão enviar com quem aplica as suas pou-
ponderação é a palavra de or- em Espanha deverá ser a razão uma carta registada com aviso panças, por exemplo, em depó-
dem para que seja alcançado o principal a invocar para tal sus- de recepção à empresa com que sitos ou acções.
sucesso na salvaguarda e defe- pensão, que terá efeito até que negociaram o contrato, pedindo
sa dos direitos dos consumido- as empresas visadas possam ga- o respectivo resgate. > Todas as comunicações que
res apanhados nesta teia. rantir o cumprimento das obri- realizar, faça-as por meios que
gações decorrentes do contrato > A maioria dos consumidores permitam provar a sua recepção.
> Nos casos em que os contra- assinado. celebraram também um contrato Reúna toda a documentação de
tos tenham chegado ao fim, os A apresentação de uma justifi- de depósito dos selos, para que que dispuser, como recibos ou
consumidores deverão enviar cação é fundamental, uma vez ficassem à guarda da empresa. contratos. Guarde em seu poder
uma carta registada com aviso que evitará que as empresas Tal contrato estipula que, nos os originais destes documen-
de recepção, pedindo a devolu- aleguem incumprimento do con- prazos e com a antecedência tos, não os cedendo a ninguém.
ção dos montantes investidos, trato. O tribunal espanhol Julga- prevista para o efeito, os interes- Também não convém assinar ne-
acrescidos da respectiva renta- do Central de Instrução n.º 5, de sados poderão solicitar a entre- nhum documento proposto pela
bilidade. Deverão ser conside- 12 de Maio de 2006, emitiu uma ga dos mesmos. Porém, a partir Afinsa ou pelo Forum Filatélico
rados os prazos estipulados no decisão que liberta os consumi- dessa data, embora possam afe- sem previamente consultar a DE-
contrato. dores desta obrigação. rir o seu verdadeiro valor, ficam CO ou um advogado. P

48 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006

FIM AOS TARIFÁRIOS INJUSTOS
> A partir de Julho, os pe-
ríodos de cobrança dos
parques de estaciona-
mento, cobertos ou não,
não poderão ser superio-
res a 15 minutos.
O tempo pago nos par-
ques deverá aproximar-se
o mais possível do tempo
que efectivamente o au-
tomóvel esteve estacio-
nado. Como tal, o fraccio- 15 minutos é o período máximo que se pode
cobrar nos parques, já a partir de Julho
namento por período de
15 minutos é, sem dúvi-
da, mais justo do que por 1 hora.
Mas o mais justo é o fracciona-
mento ao minuto, o que a DECO
há muito vem reivindicando.
Há demasiado tempo que, nos
estacionamentos até 24 horas,
o consumidor tinha sempre de
pagar o valor de uma hora, mes-
mo que não a gastasse na totali-
dade. Ficaremos atentos, agora,
à forma como esta nova lei vai
ser aplicada pelos responsáveis
dos parques, nomeadamente na
inflacção dos custos, o que não
pode acontecer.
> Na prática, com esta medida,
um automobilista que estacio-
DINHEIRO & DIREITOS DESTE MÊS
> Pagar no estrangeiro: alter-
nativas mais baratas ao car-
tão de crédito
> Conduzir na Europa: informe-
se sobre seguros e regras de
trânsito
> Juntar créditos: a curto prazo
compensa, mas paga-se ju-
ros mais tempo
> Seguro para a família e ani-
mais: por € 47 anuais paga
danos a terceiros
> Contratos de trabalho: saiba
que prazos respeitar caso
queira despedir-se
ne, por exemplo, durante 35 mi-
nutos, pagará três fracções de 15
minutos (ou seja, 45 minutos, no
total), em vez de 1 hora.
> Nos estacionamentos superio-
res a 24 horas, a tarifa é fixada
à hora, dia, semana ou mês. Os
preços e os horários de funcio-
namento têm ser bem visíveis.
> O incumprimento destas regras
pelos responsáveis dos parques
pode resultar na aplicação de
coimas que variam entre € 250
e € 3500 euros, se este for uma
pessoa singular, ou entre € 500
e € 15000, caso se trate de uma
empresa ou de uma entidade co-
lectiva. P
CONSUMIDORES DE TODO O MUNDO
AS MELHORES BOLAS
Inspirada pelo Campeonanto Mundial
deste ano, na Alemanha, a Which?, re-
vista inglesa da defesa dos consumido-
res, resolveu testar bolas de futebol na
sua edição de Junho. As marcas Adidas,
com três modelos, a Umbro, com um, e a
Nike, com dois, arrebataram os lugares
cimeiros de uma tabela, no total, com 13
modelos. Esta publicação vai mais longe
e dá a indicação da marca que respeita princípios éticos na pro-
dução: a Fairdeal World Cup Ball.
PRATELEIRAS SAUDÁVEIS?
As opções de alimentos orgânicos, su-
postamente saudáveis, oferecidas em
certas prateleiras de supermercados nem
sempre merecem a fama que têm, afirma
a Choice, revista australiana da defesa
do consumidor, na edição de Maio. Al-
guns estão livres de pesticidas, mas se ti-
verem 70% de açúcar não são saudáveis.
Outros contêm mais gordura saturada do
que, imagine-se, um cheeseburger do McDonald’s. Enfim, estes
auto-designados produtos orgânicos, além de mais caros, mui-
tas vezes são menos salutares do que as versões “normais”.
BIOLÓGICOS POUCO CONTAMINADOS
Cem produtos biológicos e convencionais
foram analisados pela revista Que choi-
sir, revista francesa da União Federal dos
Consumidores, na sua edição de Junho.
Resultado: uma percentagem mínima de
produtos biológicos está contaminada e
em teores mínimos, pressupondo algo
acidental. Quanto aos produtos conven-
cionais analisados, 60% têm pesticidas
e/ou micotoxinas, mas sem ultrapassar o
limite legal. Embora faltem estudos que o provem, esta revista
defende o interesse dos produtos de agricultura biológica para
a saúde. Há cerca de três anos analisámos alimentos deste tipo
(PRO TESTE n.º 239) e não encontrámos muitos problemas. Nem
sempre compensará pagar mais pelos produtos de agricultura
biológica, quando existem convencionais semelhantes. P
PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 49
 PRO TESTE sempre
RECLAMAÇÃO VALE
TELEMÓVEL NOVO
Em Janeiro de 2004, o nosso
leitor J.B., de Cortegaça (Ovar,
distrito de Aveiro), comprou um
telemóvel Nokia 6600, na loja
People’s Phone, do Arrábida
Shopping, no Porto.
Pouco tempo depois, J.B. notou
vários problemas: o telemóvel
não enviava mensagens e não
tocava, nem vibrava. Pensando
que resolveria o problema mais
rapidamente, J.B. deslocou-se a
um assistente técnico autorizado
da Nokia, a Phonetech,
no Porto. Algumas actualizações
e reparações depois, foi-lhe
entregue um novo aparelho, pois
o anterior não tinha arranjo.
Ao fim de uma semana,
o novo telemóvel apresentava
os mesmos problemas, com
o bónus de não conseguir captar
rede. Na Phonetech mais uma
vez, J.B. recebeu um terceiro
equipamento que funcionou
bem durante cinco meses, até
surgirem os mesmos defeitos.
Cansado desta situação, o nosso
leitor dirigiu-se à loja onde tinha
comprado o telemóvel, para
50 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006
deixá-lo de novo em reparação.
Semanas depois, J.B. ficou a
saber que iria receber o quarto
telemóvel, dado que também
o terceiro não tinha arranjo.
Suspeitando que estariam a fazer
passar o velho por novo, J.B.
pediu-nos ajuda.
Aconselhámos o nosso associado
a exigir por escrito o fim do
contrato de compra e venda com
a loja. O consumidor tem o direito
de pedir a resolução do contrato
junto do vendedor de um
produto defeituoso, neste caso,
a People’s Phone, mas não
perante o produtor ou os seus
representantes.
Como a People´s Phone não nos
respondeu, contactámos
a Nokia Portugal. Dado que o fim
do contrato não seria possível,
porque a Nokia não era
o vendedor do produto, esta
propôs substituir o telemóvel por
um modelo superior (Nokia 7610).
J.B. aceitou a proposta e recebeu
um telemóvel novo.
Pena é que uma solução tão
simples só tenha chegado após
a nossa intervenção e não
aquando da primeira reclamação
do leitor. N
Depois de usar
quatro telemóveis
avariados, o nosso
leitor recebeu um
modelo novo
e superior
FIM DE ANO
SEM ESTRELAS
Para celebrar a passagem
de ano de 2004 para 2005,
o nosso leitor J.F., de Lisboa,
fez uma reserva no Hotel Serra
da Estrela, na Covilhã.
Seduzidos por um programa
de 4 dias e 3 noites com muita
animação e mesa farta, J.F. e a
sua mulher foram surpreendidos
com um serviço bem diferente
do anunciado, pelo qual tinham
pago 900 euros.
Ao chegarem ao quarto, o casal
detectou sérios problemas
de canalização na
casa-de-banho: a água tinha
uma cor castanha e corria em
fio, sem pressão suficiente para
ter uma temperatura constante
no chuveiro.
Pior ainda: na noite de réveillon,
o nosso leitor não encontrou
lugar para si e para a sua
mulher, na sala de jantar.
Confrontando o empregado com
o sucedido, este arranjou-lhes
uma mesa de improviso,
num canto da sala, separada
do ambiente de festa.
No dia seguinte, também
o bufete prometido pelo folheto,
que incluía saladas e creme
de legumes, surgiu incompleto.
Já de regresso a casa, quando
pensava que não teria mais
surpresas desagradáveis,
o nosso leitor deu por falta
de três livros que esquecera
no quarto. Ligou para o hotel,
de onde lhe disseram que
os enviariam para sua casa.
Um mês depois, após três
telefonemas a insistir pela
devolução dos livros, J.F.
recebeu-os na sua morada,
mas à cobrança.
Revoltado com um serviço
caro e sem qualidade, o nosso
associado queixou-se por escrito
à Turistrela, SA, concessionária
do hotel, em Fevereiro.
Encomendas
Telefone: 808 200 146
Correio electrónico:
assinaturas@deco.proteste.pt
Loja virtual: www.deco.proteste.pt/loja
Como não obteve resposta,
J.F. pediu a nossa intervenção,
dando conhecimento da
situação à Direcção-Geral do
Turismo. Dado tratar-se de um
caso de publicidade enganosa,
pedimos esclarecimentos à
empresa. Duas semanas depois,
a Turistrela enviou-nos somente
uma carta a pedir desculpas
ao nosso leitor.
Neste caso, J.F. pagou uma
quantia elevada por um mau
serviço e não teve direito
a qualquer contrapartida.
Quando o serviço prestado
pelo hotel não lhe agradar
ou não cumprir as condições
anunciadas, peça o livro de
reclamações na altura e exija
uma indemnização. Esta pode
ser, por exemplo, um desconto
no preço da estadia.
Quando voltar de férias, faça
também uma reclamação junto
da Direcção-Geral do Turismo
(Av. António Augusto de Aguiar,
86, 1069-021 Lisboa; telefone:
21 358 64 00).
No nosso guia Defenda os seus
direitos, encontra inúmeras
situações de exemplo,
semelhantes ao caso do nosso
associado. Saiba como agir
sempre que sentir os seus
direitos atropelados. N

PROMOÇÃO
COM CUSTOS
No dia 1 de Abril de 2005,
o nosso leitor L.P., de Alfornelos
(Amadora), recebeu uma
mensagem escrita no telemóvel,
sobre uma promoção para falar
a custo zero após o primeiro
minuto, entre números da
Optimus. L.P. pediu a adesão
também por mensagem.
Mas ao consultar o saldo do seu
cartão, verificou que lhe tinham
sido retirados 8 euros.
L.P. ligou para o serviço de apoio
a clientes, pretendendo anular o
serviço e exigindo a reposição do
valor cobrado. Foi-lhe dito que
era impossível anular o acordo
e repor o saldo.
Para saber se a Optimus podia
recusar-se a anular a adesão,
L.P. pediu a nossa ajuda.
Só dois meses depois da nossa
carta, a questão se resolveu
a favor do nosso associado:
os € 8 foram creditados no saldo
do seu cartão. Confirme sempre
a veracidade e condições das
promoções da sua operadora. N
CD VIRTUAL,
COBRANÇA REAL
Em Novembro de 2004, o nosso
leitor J.L., de Carcavelos (Lisboa),
encomendou um CD pela Internet
na loja da FNAC.
No seu pedido, referiu que
pretendia levantar o CD na loja
da cadeia no Centro Comercial
Colombo.
Ao receber a mensagem
de confirmação da encomenda,
J.L. verificou que a morada
de expedição era a sua
e não a da referida loja.
Por isso, pediu que fizessem a
alteração, o que lhe foi negado,
por não ser essa a morada da
encomenda original. Depois
disso, o nosso leitor decidiu não
avançar mais com a compra.
Ao fim de sete meses de silêncio
da FNAC, J.L. descobriu que lhe
tinham debitado € 25,95, mais
€ 1,25 de juros, no seu cartão
de cliente, pelo CD que não
recebera. Indignado, o nosso
leitor exigiu o reembolso dos
valores cobrados, através de uma
mensagem electrónica, dado que
esse era único meio possível para
comunicar com o serviço
de vendas da FNAC.
Como não obteve resposta,
J.L. dirigiu-se à loja do Colombo,
onde o informaram novamente
que só poderia resolver a questão
por e-mail. Junto do funcionário,
J.L. ficou a saber que a sua
encomenda estava pendente
para entrega no serviço
pós-venda. Enviou uma nova
mensagem a insistir no reembolso
e na anulação da compra,
mas continuou sem resposta.
Assim, J.L. pediu a nossa ajuda.
Pedimos esclarecimentos à FNAC
e só três meses depois da nossa
carta, chegou a resposta:
a empresa reembolsou o valor
descontado ao associado. N
www.fnac.pt
Comprar pela Net
é mais cómodo
e, em muitos casos,
mais barato.
Mas não evita
problemas.
Cuidado ao
preencher
os seus dados
LEITORA
CHUMBA REVISÃO
Em Setembro de 2005, a nossa
leitora A.N., do Pinhal Novo
(distrito de Setúbal), dirigiu-se
à oficina da Citroën de Setúbal
para fazer uma revisão ao seu
carro, antes de o levar
à inspecção.
Cliente habitual do
estabelecimento, A.N. pensou
em aproveitar uma promoção
da oficina. Um cartão lembrava
à cliente a data-limite de
inspecção periódica obrigatória
do seu carro e convidava A.N.
a fazer um “pré-controlo técnico
gratuito nos 3 meses” que
antecedem essa data.
Quando deixou o carro na
oficina, a nossa leitora teve
o cuidado de perguntar se, caso
fosse preciso substituir algumas
peças, essas despesas seriam
por sua conta. Tendo recebido
resposta positiva, pediu que
a avisassem antes e, para
isso, deixou o seu contacto
telefónico.
Quando foi buscar o automóvel,
foi-lhe apresentada uma factura
de €133,37, novas peças e mão-
de-obra incluídas. Insatisfeita,
a nossa leitora confrontou
o empregado com a alegada
promoção, mas teve de pagar
Todas as despesas
com reparações
não autorizadas
pela leitora foram
pagas pela Citroën.
Mais uma vitória
dos consumidores
a quantia para levar o seu carro.
Foi-lhe dito que o controlo
gratuito era visual e que
outras reparações não estavam
incluídas na campanha.
Por isso, A.N. pediu a nossa
ajuda. Pedimos esclarecimentos
à Citroën e esta disse-nos que
o pré-controlo técnico tinha sido
feito gratuitamente.
Já as reparações extra e pagas
pela cliente eram consideradas
necessárias para o veículo
de A.N. passar na inspecção.
Contudo, dado não ter registo
do contacto telefónico com
a cliente para autorizar essas
reparações, a Citroën assumiu
as despesas. Problemas com
a sua oficina? Exponha o seu
caso ao Centro de Arbitragem
do Sector Automóvel (Av. da
República, 44, 3º esq., 1050-194
Lisboa). N
O seu a seu dono...
No artigo sobre preços dos su-
permercados, publicado na PRO
TESTE n.º 269, de Maio, no qua-
dro da página 31, a loja Frescos
& C.ª, no distrito de Beja, surge
com a morada Rua Sousa Porto,
13/15, quando, na verdade, o
endereço correcto é Rua 25 de
Abril, 7. De qualquer modo, os
resultados mantém-se todos váli-
dos. Pelo lapso, pedimos descul-
pa aos nossos leitores.
PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006 51
 PRO TESTE sempre
CLIENTE
À FORÇA
Em Fevereiro de 2005, o nosso
leitor F.N., de Caldas da Rainha,
contratou um crédito pessoal
no banco Cetelem. Uma semana
depois, F.N. recebeu uma carta
da companhia de seguros Cardif,
felicitando-o por contratar
o seguro de acidentes pessoais
“Plano de Protecção Futuro”.
Na missiva, o original da apólice
era anexado para o nosso leitor
assinar, onde constava o valor
do prémio anual de € 25
já debitado na conta de F.N.
Dado que não tinha assinado
qualquer proposta para aderir
ao seguro da Cardif, o nosso
leitor contactou de imediato
a companhia para anulá-lo.
Ligou para o banco Cetelem
exigindo a devolução do
montante do prémio.
Na mesma altura, contou-nos
a sua história. Contactámos
o banco e pedimos
esclarecimentos sobre
a situação deste nosso leitor.
Em resposta, foi-nos dito que
a situação estava corrigida
e que os € 25 já tinham sido
depositados na conta de F.N.
O Cetelem referiu que o serviço
“Plano de Protecção Futuro” foi
proposto ao leitor aquando do
pedido do crédito e que tinham
assumido a sua aceitação
pelo cliente.
É ilegal descontar o prémio de
um seguro ou de qualquer outro
serviço que não seja subscrito
explicita e formalmente pelo
cliente. Sempre que fizer um
crédito ou contratar algum
seguro, leia bem todos os
www.deco.proteste.pt
Saiba qual
o melhor banco
para o seu crédito
pessoal
52 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006
documentos antes de assiná-los.
Se não estiver satisfeito com
o seu banco, faça uma simulação
no nosso sítio na Internet e
saiba qual o melhor banco para
o seu crédito pessoal. N
CARRO NOVO,
VELHOS DEFEITOS
Em Julho de 2004, o nosso leitor
L.S., do Porto, comprou um Seat
Ibiza à Sporjop, representante
da marca. Dois meses depois,
L.S. notou que a porta do lado
direito à frente deixava entrar ar
e fazia imenso ruído com o carro
em andamento.
Mesmo após duas reparações,
separadas apenas por um mês,
o problema persistia.
Quando, num dia chuvoso,
o nosso leitor transportava
passageiros no banco de trás,
estes queixaram-se da entrada
de água pela porta direita.
Na altura da revisão do carro,
L.S. pediu que consertassem as
avarias, às quais se juntava um
tremer constante do vidro da
frente do ocupante.
Algum tempo depois do carro
voltar da oficina, os mesmos
problemas apareceriam.
Depois de outras três reparações
sem sucesso, dado que as
avarias persistiam, L.S. pediu
a nossa intervenção.
Como já não era possível anular
o contrato, porque a denúncia
dos defeitos tem de ser feita
até dois meses depois de ser
detectada, o leitor também
não podia pedir a substituição
do carro. Contudo, contactámos
a Sporjop para fazer os arranjos.
Um mês depois, a c0ncessionária
assegurou a reparação da viatura.
Contactou ainda L.S.
e certficou-se de que
os problemas do carro ficaram
resolvidos de vez, sem custos
para o nosso leitor. N
SEGURADORA
LENTA E CALADA
A casa do nosso leitor A.C.,
de Benedita (Alcobaça), foi
assaltada em Março de 2005.
Para reparar os estragos, A.C.
participou o incidente à sua
seguradora, a Fidelidade Mundial,
junto com um orçamento
de € 657,50, mais IVA para
os trabalhos.
Depois da avaliar os prejuízos,
o técnico da companhia
de seguros garantiu ao nosso
associado que seria contactado
na semana seguinte.
Dois meses passaram e A.C.
continuou sem uma resposta
da Fidelidade e sem as
reparações feitas. Ao ligar para
a seguradora, prometeram-lhe
que nesse mesmo dia resolveriam
o seu caso. O nosso leitor
informou o gestor do processo
que, se não lhe apresentassem
uma solução rapidamente,
mandaria reparar os estragos
à firma que lhe tinha dado o
orçamento. Como não obteve
resposta, A.C. avançou com as
obras. Duas semanas depois,
a seguradora disse-lhe que iria
começar a reparação do sinistro.
Como o nosso leitor já tinha as
obras feitas, exigiu a devolução
dos € 795,58 que tinha pago.
Em resposta, a companhia
enviou-lhe um recibo de
indemnização, com um valor
mais baixo do que o total dos
prejuízos, justificando-se com
o efeito da aplicação da regra
proporcional e da desactualização
do capital seguro.
Dado que essa redução resultava
da demora da seguradora
a resolver o caso, A.C.
remeteu-lhe uma queixa por
escrito para que lhe devolvessem
o dinheiro. Uma vez mais,
a solução demorou a chegar.
Um mês depois, A.C. contactou
a Fidelidade Mundial. Mas, dado
que o gestor do processo estava
ausente, o nosso associado
continuou sem conhecer
a solução para o seu caso.
Por isso, pediu a nossa ajuda.
Contactámos a Fidelidade
Mundial e foi-nos dito que
iriam enviar um recibo de
indemnização complementar
ao leitor, reconhecendo que o
atraso na resposta justificava não
aplicar a regra proporcional. N
A seguradora
reconheceu
a sua demora
na resolução do caso
e indemnizou
o nosso associado
na totalidade
 índice
Este índice inclui os principais testes e estudos – de mota 246 04 – poupar no consumo (R) 247 04 Q
publicados na PRO TESTE até à presente edição. Crianças: – serviço de reparação 244 04 Queijo:
Os assuntos estão apresentados por ordem al- – barreiras de protecção 260 05 Fritadeiras 248 04 – conservar (R) 257 05
fabética, sendo indicados a edição (REV) e o ano – brinquedos – flamengo 256 05
em que foram publicados. Os temas tratados (responsabilidade das empresas) 253 04 G – ralado 252 04
numa pequena rubrica (e não no âmbito de um – cadeiras para automóvel 270 06 Gás: – tábua de queijos 243 04
estudo mais exaustivo) estão assinalados (R). – cadeiras para refeição 267 06 – segurança das instalações 262 05
– ementas escolares 261 05 – tarifas 263 05 R
– fraldas (R) 255 05 Ginásios (R) 258 05 Ratos e teclados sem fios 253 04
ASSUNTO REV ANO – obesidade infantil 260 05 Gravação: Reciclagem:
– parques infantis 257 05 – de vídeo 245 04 – pilhas 256 05
– toalhitas de limpeza 254 05 – digital (R) 265 06 – plástico (R) 266 06
A Carnaval (R) 266 06 – gravadores de DVD 264 05 – pneus 266 06
Acidentes domésticos 258 05 Carne: Grelhadores 255 05 Refeições dos hospitais 263 05
Acrilamida nas batatas 254 05 – de bovino 250 04 Guia de Preços 264 05 Regresso às aulas (R) 261 05
Açúcar nos alimentos (R) 267 06 – de peru (R) 264 05 Responsabilidade social das empresas:
Agências de viagens: Cartões de memória 243 04 H – automóveis 246 04
– férias de Inverno 261 05 Carregadores e pilhas 271 06 Hambúrgueres 266 06 – bananas 244 04
– férias de Verão 256 05 Casa: Hipermercados (impacto ambiental) 268 06 – bolas de futebol (R) 270 06
– como reclamar do serviço (R) 271 06 – conforto térmico 254 05 Hospitais: – brinquedos 253 04
Água: 245 04 – isolamento acústico 252 04 – qualidade do ar 265 06 – detergentes 265 06
– aromatizada 268 06 – pintar (cuidados a ter) (R) 244 04 – refeições 263 05 – equipamento desportivo 249 04
– da torneira 267 06 – qualidade de construção 251 04 – petrolíferas 264 05
– poupar (R) 262 05 Chocolate preto 262 05 I – tomate 271 06
– radioactividade (R) 263 05 Ciclo de vida dos produtos 245 04 Impressoras:
Alimentos: Cinema em casa: – de jacto de tinta 271 06 S
– com ómega 3 (R) 269 06 – ecrãs 248 04 – multifunções 267 06 Saladas de fast-food 265 06
– menus escolares 261 05 – kits 263 05 – portáteis para fotografias 271 06 Saldos (R) 265 06
– nos hospitais 263 05 Colchão e almofada (R) 256 05 Informática: Salmão fumado 257 05
Ambientadores 254 05 Colunas de som 251 04 – agendas digitais 245 04 Sardinhas 247 04
Ambiente (impacto do consumo) 263 05 Comércio justo 266 06 – redes com e sem fios 248 04 Scooters 260 05
Antibióticos no mel e geleia 265 06 Comida chinesa (take-away) 270 06 Insecticidas 268 06 Segurança alimentar:
Aparelhagens (micro) 261 05 Companhias aéreas e aeroportos Instalações de gás 262 05 – cuidados a ter (R) 271 06
Aquecimento central 263 05 (inquérito) 269 06 Internet: – questões 265 06
Aquecimento da casa 250 04 Comportamento ao volante (inquérito) 270 06 – antivírus e firewalls 255 05 – reivindicações da DECO PROTESTE 266 06
Aquicultura 267 06 Computadores: – comparação internacional de preços 259 05 Segurança passiva 255 05
Ar condicionado: – arquivar dados 270 06 – comprar música 260 05 Seniores (tempos livres) 262 05
– guia de compras (R) 259 05 – monitores TFT 254 05 – filtros anti-spam 250 04 Símbolos:
– teste comparativo 268 06 – multimédia 259 05 – fornecedores de acesso com fios 261 05 – e alegações nos produtos 257 05
Aspiradores de arrastar 269 06 – para estudantes 261 05 – fornecedores de acesso sem fios 267 06 – ecológicos 256 05
Aspiradores portáteis 267 06 – portáteis (guia de compras) 268 06 – telefonar pela Internet 266 06 Sistemas de navegação automóvel 266 06
Auscultadores para MP3 (R) 261 05 – ratos e teclados sem fios 253 04 Intoxicação por monóxido de carbono 254 05 Sol (cuidados a ter) (R) 270 06
Automóvel: Consumo dos automóveis (R) 269 06 Sulfitos 255 05
– auto-rádios com CD 251 04 Correios (CTT) 248 04 L Supermercados:
– bagageiras de tejadilho 247 04 Cuidados dentários (R) 261 05 Lâmpadas 243 04 – compras ao domicílio 257 05
– cadeiras de criança 270 06 Leitores: – preços 269 06
– carrinhas familiares a gasóleo 259 05 D – de DVD 253 04
– citadinos 268 06 Decapantes 252 04 – de MP3 265 06 T
– consumo (R) 269 06 Desodorizantes (R) 253 04 – multimédia 264 05 Tatuagens e pircíngues 260 05
– cuidados no aluguer (R) 247 04 Detergentes: Limitador de volume do iPod 270 06 Telefone:
– dispositivos anti-roubo 244 04 – e ambiente (R) 245 04 – satisfação (inquérito) 256 05
– estacionar com ajuda (R) 267 06 – lava-tudo 245 04 M – sem fio 266 06
– familiares 245 04 – loiça 259 05 Máquinas: – tarifas do fixo 267 06
– fiabilidade 265 06 – roupa 270 06 – de café (expresso) 253 04 Telemóveis:
– kits mãos-livres e auriculares 264 05 Digitalização de VHS para DVD 266 06 – de café (filtro) 264 05 – auriculares e kits para carro 264 05
– MPV’s médios 271 06 DVD (disco versátil digital): – de lavar loiça (R) 271 06 – satisfação (inquérito) 255 05
– pequenos familiares 263 05 – gravadores 264 05 – de lavar roupa 271 06 – tarifas 262 05
– pneus 270 06 – teste a leitores 253 04 – de secar roupa 262 05 – teste 269 06
– oficinas (inquérito) 267 06 Doces tradicionais 246 04 Máquinas fotográficas digitais 269 06 Televisão (inquérito) 245 04
– reciclagem 248 04 Mel (antibióticos) 265 06 Televisores LCD e plasma 269 06
– segurança activa e passiva 266 06 E Micotoxinas 259 05 Toalhitas:
– sistemas de navegação 266 05 Edredão: como manter (R) 254 05 Microondas: – de higiene pessoal (R) 259 05
– testes de colisão 271 06 Electricidade (simuladores) 267 06 – com grill 262 05 – de limpeza 254 05
– utilitários 252 04 Electrodomésticos: reparação (R) 248 04 – reparação 260 05 Tomate 271 06
Azeite (R) 256 05 Elevadores 249 04 – simples 250 04 Torneiras termoestáticas (R) 268 06
Azeitonas 271 06 Emagrecer (consultas de nutrição) 271 06 Minifornos eléctricos 266 06 Torradeiras 267 06
Ementas: Transportes públicos e poluição 250 04
B – das escolas 261 05 O
Bacalhau (R) 253 04 – dos hospitais 263 05 Obesidade infantil (R) 260 05 V
Bagagem de mão 246 04 Energia: Oficinas automóveis (inquérito) 267 06 Vasos (R) 262 05
Balanças de casa de banho 252 04 – consumo dos aparelhos 254 05 Óleos alimentares (R) 261 05 Viajar sem enjoar (R) 248 04
Bananas 244 04 – desempenho dos edifícios 271 06 Organismos geneticamente Vinho:
Baterias recarregáveis 252 04 – fontes renováveis 265 06 modificados (OGM) 269 06 – Alentejo (tinto) 264 05
Berbequins 266 06 – tarifa bi-horária e potência 267 06 – Dão (tinto) 253 04
Bibliotecas 266 06 Escovas de dentes eléctricas 264 05 P – Verde (branco) 242 03
Bicicletas (guia de compras) 269 06 Painéis solares 258 05
Binóculos (guia de compras) 262 05 F Pão 258 05
Blusões impermeáveis (R) 264 05 Facas de cozinha (R) 245 04 Papel de impressora para fotografia 249 04
Bolas de futebol (R) 270 06 Farinheiras 268 06 Parques:
Bricolagem: equipamento (R) 265 06 Ferros de engomar a vapor 270 06 – de campismo (R) 270 06
NÚMEROS ATRASADOS
Brinquedos 264 05 Fogões 255 05 – de estacionamento 255 05 808 200 146
Formatos de compressão de aúdio (R) 271 06 – infantis 257 05 assinaturas@deco.proteste.pt
C Fornecedores de acesso à Internet 267 06 Pilhas e carregadores 271 06
Cadeiras: Fornos: Piscinas turísticas 259 05 Do n.º 164 ao n.º 176 € 3,74
– de criança para automóvel 270 06 – com etiqueta energética (R) 240 03 Pneus para carro: Do n.º 177 ao n.º 187 € 4,49
– de criança para refeição (R) 267 06 – de encastrar 244 04 – aparelhos para medir a pressão 270 06 Do n.º 188 ao n.º 198 € 4,71
– de jardim 257 05 Fotografia: – manutenção (R) 250 04
Do n.º 199 ao n.º 220 € 4,89
Café torrado moído 261 05 – cartões de memória 243 04 – teste 270 06
Do n.º 221 ao n.º 231 € 6,01
Caldeiras murais a gás 263 05 – compressão (R) 263 05 Praias (higiene da areia) 249 04
Do n.º 232 ao n.º 242 € 6,32
Câmaras de vídeo digitais: – impressão de fotografia digital 268 06 Preços (afixação nas lojas e montras) 269 06
– ligações 255 05 – rolos 246 04 Preços no supermercado 269 06 Do n.º 243 ao n.º 253 € 6,64
– teste 263 05 Fraldas (R) 255 05 Protocolos: Do n.º 254 ao n.º 264 € 6,98
Camisolas polares (R) 266 06 Frigideiras antiaderentes 261 05 – análises da água 260 05 Do n.º 265 ao n.º 271 € 7,32
Capacetes: Frigoríficos: – Inatel 261 05
Preços com IVA válidos até 31/12/2006.
– de bicicleta (escolher) (R) 269 06 – combinados 259 05 – turismo da natureza 259 05
Edições esgotadas: n.º 155, 171, 188, 195 e 264.
– de bicicleta para adulto 258 05 – duas portas 270 06 Publicidade na televisão 255 05

54 PROTESTE 271 Julho/Agosto 2006