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Projeto Cervejaria (Pronto) PDF
Projeto Cervejaria (Pronto) PDF
Green Beer
Green Beer
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS - UFT
PRINCÍPIOS BIOTECNOLÓGICOS
MICRO-CERVEJARIA
GURUPI - TO
2010
1
ABNER LEMUEL ROSA DE OLIVEIRA
JONATHAN MILHOMENS
PROJETO DE MICRO-CERVEJARIA
2
AGRADECIMENTOS
3
APRESENTAÇÃO------------------------------------------------------------------------------7
Contrato Social---------------------------------------------------------------------------------8
2 – BENEFÍCIOS DA CERVEJA----------------------------------------------------------13
3 - O PRODUTO--------------------------------------------------------------------------------17
4 – ANÁLISES DO MERCADO-------------------------------------------------------------20
6.1 Matéria-Prima------------------------------------------------------------------------------32
4
6.1.1 Malte---------------------------------------------------------------------------------------32
6.1.2 A Cevada--------------------------------------------------------------------------------32
6.1.3 Adjunto-----------------------------------------------------------------------------------33
6.3.2 Mosturação-----------------------------------------------------------------------------41
6.3.3 Filtração----------------------------------------------------------------------------------42
6.3.4 Fervura-----------------------------------------------------------------------------------46
6.3.7 Acabamento----------------------------------------------------------------------------52
6.3.8 Carbonatação--------------------------------------------------------------------------54
6.3.9 Acondicionamento-------------------------------------------------------------------54
6.4 Envase--------------------------------------------------------------------------------------55
5
6.5 Produtividade-----------------------------------------------------------------------------57
6.6 Expedição----------------------------------------------------------------------------------58
6.5 Refrigeração------------------------------------------------------------------------------60
6. 8 TRANSPORTE---------------------------------------------------------------------------60
7 – DESIGNER DO PRODUTO-------------------------------------------------------------65
8.6.1 ÁGUA-------------------------------------------------------------------------------------67
8.8 GASES---------------------------------------------------------------------------------------68
6
APRESENTAÇÃO
Nossa missão é produzir com qualidade este produto (cerveja) tão no-
bre e mundialmente consumido, utilizando-se para isso as boas práticas de
produtos cervejeiros, assegurando assim os mais altos padrões de qualidade e
segurança.
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CONTRATO SOCIAL
(Nome civil por extenso, do empresário), nacionalidade, estado civil, data de nascimento (se
solteiro), profissão, identidade (nº, órgão expedidor e UF), CPF nº _________________, resi-
dente e domiciliado (a) na ______________________, Empresário(a), com sede na
____________________, inscrito na Junta Comercial_______________________________ sob
NIRE ________________________ e no CNPJ sob nº _______________________, fazendo uso
do que permite o § 3º do art. 968 da Lei nº 10.406/2002, com a redação alterada pelo art. 10
da Lei Complementar nº 128/08, ora transforma seu registro de EMPRESÁRIO(A) em SOCIEDA-
DE EMPRESÁRIA, uma vez que admitiu o(a) sócio(a) (nome civil por extenso), nacionalidade,
estado civil, data de nascimento (se solteiro), profissão, identidade (nº órgão expedidor e UF),
CPF nº _____________________, residente e domiciliado(a) na __________________,
ocsando a constituir o tipo jurídico SOCIEDADE LIMITADA, a qual se regerá, doravante, pelo
ocsente CONTRATO SOCIAL ao qual se obrigam mutuamente todos os sócios:
TERCEIRA – O capital social será de (valor do capital expresso em moeda nacional), divididos
em (nº de quotas) no valor nominal de (valor da quota) cada uma, integralizadas (forma e pra-
zo), distribuindo–se entre os sócios da seguinte forma:
8
OBS: Na cláusula do capital social deverá ser informado a forma e o prazo de integralização do
sócio que ingressa na sociedade.
No caso de bens imóveis, o bem deverá ser identificado com sua área, dados relativos a sua
titulação e número de sua matrícula no Registro Imobiliário.
QUARTA – Que a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos
respondem solidariamente pela integralização do capital social, conforme art. 1.052 CC/2002.
QUINTA – Que a administração da sociedade será exercida pelos sócios (informar os sócios que
farão parte da administração ou o nome e qualificação do administrador não sócio), respon-
dendo pela empresa, judicial e extrajudicialmente, em juízo ou fora dele, em conjunto ou indi-
vidual, podendo praticar todos os atos compreendidos no objeto social, sempre no interesse
da sociedade, ficando vedado o uso da denominação social em negócios estranhos aos fins
sociais, bem como onerar bens imóveis da sociedade, sem autorização do outro sócio.
OITAVA – As quotas são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou transferidas no todo ou em
parte a terceiros, sem expresso consentimento do outro sócio, a quem fica assegurado, em
igualdade de condições e preço, direito de preferência para a sua aquisição, formalizando, se
realizada a cessão delas, a alteração contratual pertinente.
NONA – Que a empresa poderá a qualquer tempo, abrir ou fechar filiais, em qualquer parte do
país, se assim, em conjunto, decidirem os sócios em conjunto, mediante alteração contratual
assinada por todos os sócios.
9
DÉCIMA – Que o exercício social coincidirá com o ano civil. Ao término de cada exercício, o
administrador prestará contas justificadas de sua administração, procedendo à elaboração das
demonstrações financeiras, cabendo aos sócios, na proporção de suas quotas, os lucros ou
perdas apurados.
DÉCIMA PRIMEIRA – Em caso de morte de um dos sócios, a sociedade não será dissolvida e
continuará sendo gerida pelo sócio remanescente ou pelos herdeiros. Não sendo possível ou
inexistindo interesse destes ou do sócio remanescente, os valores de seus haveres serão apu-
rados e liquidados com base na situação patrimonial da empresa. O mesmo procedimento será
adotado em qualquer dos casos em que a sociedade se resolva em relação a um dos sócios.
DÉCIMA SEGUNDA – Pode o sócio ser excluído, quando a maioria dos sócios, representativa de
mais da metade do capital social, entender que um ou mais sócios estão pondo em risco a
continuidade da empresa, em virtude de atos graves e que configurem justa causa segundo
artigo 1.085 do CC/2002.
DÉCIMA TERCEIRA – Que os administradores declaram, sob as penas da lei, que não estão in-
cursos em quaisquer crimes previstos em lei ou restrições legais, que possam impedi–los de
exercer atividade empresarial conforme artigo 1.011, 1º do CC/2002.
DÉCIMA QUARTA – As partes elegem o foro de Porto Alegre para dirimir quaisquer dúvidas
decorrentes do presente instrumento contratual, bem como para o exercício e cumprimento
dos direitos e obrigações resultantes deste contrato, sendo que os administradores renunciam
a qualquer outro, por mais privilegiado que possa ser. E, por estarem justos e contratados,
assinam o presente instrumento particular em três vias de igual teor e forma.
10
1 – SURGIMENTO E DIFUSÃO DA CERVEJA
11
produziam os manuscritos da época, puderam conservar e aperfeiçoar a técni-
ca de fabricação da cerveja (WIKIPÉDIA, 2010).
No Brasil, o hábito de tomar cerveja foi instaurado por Dom João VI, no
início do século XIX, durante a permanência da família real portuguesa em ter-
ritório brasileiro. Nessa época, a cerveja era importada de países europeus.
Mais tarde, em 1888, foi fundada na cidade do Rio de Janeiro a “Manufatura de
Cerveja Brahma Villigier Paulista e Cia.” E poucos anos depois, em 1891 na
cidade de São Paulo, a Companhia Antártica Paulista. Passados mais de cem
anos, essas duas cervejarias matem o domínio do mercado de cerveja no Bra-
sil. Atualmente as empresas se fundiram, originando a AmBev, a maior empre-
sa cervejeira do Brasil. No ano de 2004, a AmBev anunciou a sua fusão com a
cervejaria belga InterBrew, resultando na InterBev, o maior grupo cervejeiro do
mundo. A InterBev, com uma produção anual de 19,2 bilhões de cerveja, ficará
a frente da americana Anheuser-Busch (15,2 bilhoes litros), da sul-africana
SAB Miler (13,5) da holandesa Heineken (10,7) e da dinamarquesa Carlberg
(7,8) (AQUARONE et al., 2001).
12
O mercado brasileiro de cerveja, antes de 1999, era disputado por a-
penas quatro grandes empresas (Brahma, Antartica, Kaiser e Schincariol), a-
pós a criação da AmBev tornou-se ainda mais concentrado, com a característi-
ca de oligopólio. Outra característica de mercado e a produção em fabricas gi-
gantes, muitas delas com capacidade superior a 1 milhão de litros. Mas, ano a
ano, as pequenas cervejarias aumentam a sua participação na fatia da produ-
ção anual (AQUARONE et al., 2001).
2 – BENEFÍCIOS DA CERVEJA
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Por ter PH baixo – em torno de 4,0 – associado às ações microsmáti-
cas do álcool e das resinas amargas do lúpulo, e possuir CO 2, a cerveja forta-
lece a imunidade do homem contra o desenvolvimento de microorganismos
patogênicos. Ao contrário das demais bebidas alcoólicas, segundo Tschope, a
cerveja proporciona um aumento da diurese, provocado pelas resinas amargas
do lúpulo solubilizadas. Entretanto, sua ingestão é desaconselhável para de-
terminadas pessoas, como as que apresentam hiperuricoemia (quantidade ex-
cessiva de ácido úrico no sangue) (SINDCERV, 2009).
14
Imagen disponível em: http://www.sindicerv.com.br/cerveja-saude.php
15
2.1.2 Quadro comparativo de calorias em uma cerveja
16
inserindo novos produtos com qualidade e até com novos sabores (CERVEJA
VERDE).
3 – O PRODUTO
Pilsen
17
Imagem disponível em:
http://www.magazineluiza.com.br/produto/index_Produto.asp?Produto=2024551&linha=UD&Set
or=COCO&modelo=00
Ela é fabricada com água mole, o que lhe confere cor clara e caracte-
rística. No mercado internacional é conhecida como “Pilsen Urquell” e “Pl-
zensky Pkazdroj” na República Tcheca, produzida com malte próprio e proces-
sos de decocção na produção de mosto; utiliza-se lúpulo da boêmia na forma
de inflorescência, sendo que a fermentação e a maturação transcorrem em cu-
bas de carvalho (AQUARONE et al., 2001).
Weiss
18
frutado. A maturação é original, começando em ambiente mais quente (4-5 di-
as) e terminando em armazenamento a baixas temperaturas (1-2 semanas).
O seu diferencial é que ela não é filtrada, o que a deixa com uma cor
escura e sabor forte devido às suspensões de resíduos na cerveja. Normal-
mente a Weissbier tem uma graduação alcoólica entre 5% e 6 % (AQUARONE
et al., 2001).
19
devido a corantes adicionado durante o processo e com leve sabor de menta, o
que a deixaria com sabor ainda mais refrescante, contendo cerca de 5% a
10% de teor alcóolico. Esperamos conquistar um pulblico fiel a esse novo tipo
de cerveja.
4 – ANÁLISES DO MERCADO
20
cervejas) e que responde por 60 mil empregos diretos e outros 240 mil empre-
gos indiretos (excluídas as cervejas).
21
destacou então as cervejas excêntricas com adição de canela e groselha; limão
e aroma de tequila e refrigerante tipo Cola (SINDCERV, 2005).
22
enquanto o Produto Interno Bruto brasileiro cresceu 28,1%, o crescimento des-
se segmento da indústria de alimentos cresceu 40,9% no mesmo período. O
mercado cervejeiro está em constante expansão. A cervejaria belgo-brasileira
InBev comprou a rival americana Anheuser-Busch (proprietária da marca Bud-
weiser) por US$ 52 bilhões (US$ 70 por ação), proposta aprovada por unanimi-
dade pelas diretorias das duas empresas. A nova companhia irá se chamar
Anheuser-Busch InBev (INBEV, 2008).
O setor, que emprega mais de 150 mil pessoas, entre postos diretos e
indiretos, não pára de investir. Nos últimos cinco anos, as indústrias cervejeiras
investiram mais de R$ 3 bilhões, com 10 novas plantas industriais entrando em
operação, além de ampliações e modernizações em fábricas já existentes.
23
car distorções no volume estimado com base na arrecadação mensal do Im-
posto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente na cerveja.
24
Segundo estes dados, o mercado da industria de bebidas em especial
cervejarias, está bastante aquecido e diversificado, destacando-se as cervejas
artesanais, e as produzidas por micro cervejarias estão caindo cada vez mais
no gosto nacional, com diferentes tipos, sabores, aromas e texturas, a cerveja
tornou-se uma excelente fonte de bons negócios no mercado brasileiro. Seja
proveniente das grandes empresas ou produzido de forma artesanal nas cerve-
jarias do país, o produto vem consolidando cada vez mais a liderança no mer-
cado.
25
que representaria cerca de 66% do mercado, mas, em virtude do baixo poder
aquisitivo deste grupo, o consumo per capita (por volta de 51,9 li-
tros/habitante/ano em 2006) ainda é considerado relativamente baixo se com-
parado a outros países (por exemplo, o consumo per capita do Reino Unido
chega a ser de 97 litros/ano), principalmente levando-se em conta sua tropica-
lidade. As classes C e D hoje são responsáveis por 72% das vendas totais.
Sendo que 56% do público consumidor de cervejas são do sexo masculino.
(FERRARI, 2008).
Também não podemos deixa de falar das cervejas sem álcool que
também responde por 1% do mercado consumidor, mas apresenta um cresci-
mento de cerca de 5% ao ano, mais que o dobro do tradicional (2%), e movi-
menta mais de R$ 110 milhões por ano (FERRARI, 2008).
26
visto que esse grupo apresenta um baixo nível de fidelidade a uma marca
específica de cerveja (FERRARI, 2008).
Diante disso, ressalte-se que não basta ter uma ótima campanha de
marketing e forte investimento em propaganda, se a empresa não mantiver um
adequado abastecimento no ponto-de-venda. Este é um dos grandes desafios
desta indústria. Em termos de comercialização, a indústria de cerveja convive
com duas questões relevantes: a) a sazonalidade, haja vista que o consumo de
seus produtos se concentra em períodos de temperaturas mais quentes. Neste
particular, destaque-se a estratégia da Kaiser ao lidar com essa sazonalidade
lança a Kaiser Bock, um produto com maior teor alcoólico e cujo consumo é
próprio para períodos de baixas temperaturas (FAE BUSINESS, 2003).
27
Cibeb,da Bahia, Niger, de São Paulo e Polar, do Rio Grande do Sul. Além dis-
so, a Brahma entrou no mercado venezuelano ao comprar a Cervecera Nacio-
nal e firmou parceria na Argentina com a norte-americana Miller. Por outro lado,
oito meses após a fusão da Antártica e da Brahma, resultando na Companhia
de Bebidas da América (Ambev), cuja negociação foi avaliada pelo CADE
(Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a canadense Molson com-
prou a Bavária. Em fevereiro de 2003, a Molson teve aprovada sua intenção de
venda de 20% do capital social das Cervejarias Kaiser Brasil S/A para a holan-
desa Heineken Internacional. A própria Heineken, que já prestava assistência
técnica para a Kaiser desde 1984, agora estava efetivamente na luta pelo mer-
cado brasileiro de cervejas junto com a Molson.
Isso mostra o quanto a Green Beer terá de enfrentar após a sua insta-
lação um mercado monopolista com grandes concentrações das mega-
corporações da indústria cervejeira que dominam o mercado desde a sua pro-
dução, logística e vendas nos pontos comerciais.
28
• negociação e compra de maior volume de matéria-prima;
29
A estratégia de preço foi adotada mais eficazmente pela Schincariol.
Ribeiro (2002) argumenta que a participação de mercado desta cervejaria foi
conquistada em “boa parte graças ao baixo preço”, mas “a empresa também
resolveu apostar em uma nova marca para agregar valor”. A marca desta cer-
veja é a Primus e está relacionada à estratégia de segmentação do mercado.
30
biodiesel, frigorífico, curtume, fábrica de bicicletas, de ração, de sorvetes e bis-
coitos, tubos e forros de PVC e vidros, localizados em 15 municípios tocanti-
nenses (GOVERNO DO TOCANTINS, 2010).
31
mo de consumidores como a Europa e Estados Unidos que outros estados
brasileiros de economia mais tradicional. Facilitando a indústria no que diz res-
peita a transporte de cargas (GOVERNO DO TOCANTINS, 2010).
6 - ENGENHARIA DO PROCESSO
6.1 Matéria-Prima
6.1.1 Malte
6.1.2 A Cevada
32
armazenados em silos, de onde são transferidos aos tanques de embebição ou
hidratação. Nestes tanques, a cevada recebe água até que os grãos atinjam
um teor de umidade de 45% em relação ao seu peso, e sob condições contro-
ladas de temperatura e teor de oxigênio. Nesta fase, os grãos de cevada saem
de seu estado de latência, e incham devido à absorção de água. Este é o prin-
cípio do processo de germinação da semente, que dará origem a uma nova
planta de cevada caso não seja interrompido.
Assim que o processo de germinação é iniciado, os grãos são colocados
em estufas, de modo a mantê-los em condições controladas de temperatura e
umidade, até que brotem as radículas (pequenas formações embrionárias da
futura raiz da planta), de cerca de oito centímetros, o que demora entre 5 e 8
dias. Após retirar o excesso de água dos grãos por meio de peneiras, a cevada
germinada é enviada para fornos de secagem, onde o processo de germinação
é interrompido pela ação do calor do vapor injetado, à uma temperatura de 45°
a 50ºC. Numa segunda fase, ainda nos fornos de secagem, promove-se a ca-
ramelização dos grãos, transformando-os no malte. Esta etapa, conhecida pelo
nome de cura, ocorre em temperaturas de 80 a 120ºC, sendo que o malte re-
sultante possui umidade remanescente em torno de 4 ou 5%.
6.1.3 Adjunto
6.1.4 Água
33
Seja por fazer parte da receita ou para fins auxiliares no processo, a
água é um insumo de vital importância numa cervejaria, pois além de ser im-
prescindível em diversas etapas da fabricação é responsável por diversas ca-
racterísticas organolépticas da cerveja.
A água em uma indústria cervejeira é dividida em duas classes: A água
cervejeira e a água de serviço, ambas de igual importância no processo, mas
obviamente possuem tratamentos diferentes, a água cervejeira vai interagir
diretamente em algumas das características principais da cerveja, logo, possui
características físicas e químicas predeterminadas, pois é utilizada para condi-
cionamento do malte, moagem, carga e descarga de produtos em elaboração,
etc. Para incorporação ao produto, em geral trabalha-se com água com pH 6,0
a 6,5, sendo que ao final tem-se na formulação da cerveja um teor de água de
85 % proveniente do preparo do mosto. Eis um quadro mostrando a melhor
água para a produção de cerveja.
Sabor - Insípida
Odor - Inodora
pH pH 6,5 – 8,0
34
Nitritos (mg NO2/l) ausência
35
Imagem disponível em: http://www.cervesia.com.br/tratamento-da-agua.html
36
Para efetuar o tratamento da água, podemos utilizar vários processos,
cujas fases principais são enumeradas a seguir: floculação, decantação, filtra-
ção, desinfecção por meio de substâncias à base de cloro ou por dióxido de
cloro.
6.2 Equipamentos
Assim como os órgãos são vitais para um corpo. A escolha dos equi-
pamentos de uma empresa cervejeira também é vital para o sucesso da mes-
ma. Deve – se escolher equipamentos de boa qualidade e com ótimos prazos
de garantia.
Preocupada com nossos equipamentos a Green Beer analisou a fundo
esse mercado (Indústrias de equipamento cervejeiro), analisamos diversos fa-
tores como; preço, prazos de garantia, financiamento e aceitação no mercado.
Chegamos à conclusão de que quatro (4) empresas estariam aptas a nos for-
necer os equipamentos;
Sander Inox de Guarulhos, São Paulo. Especializada em produzir ga-
lões, tanques e dornas de inox entre outros. Cujo site é
http://www.sanderinox.com.br/ e telefone (11) 6412-3623.
Tornearia Xavier de Salinas, Minas Gerais. Especializada em produzir
maquinas de lavar garrafas. Cujo site é
http://www.torneariaxavier.com.br/maquinasdelavargarrafas/index1.htm e tele-
fone (38)3841-1763
37
Limana de Juaguari – Rio Grande do Sul. Especializada em engarrafa-
doras, alambiques e materiais para cervejaria em geral. Cujo site é
http://www.limana.com.br/site.php e telefone (55) 3255-1778
Martelli inox de Sertãozinho, São Paulo. Especializada em equipamen-
tos industriais. Cujo telefone e (16) 3942-8225
A Green Beer pode ainda por meio de licitação abrir vagas para as de-
mais concorrentes, desde que atendam as exigências colocadas a cima. Mas
por pesquisa da empresa apenas essas quatro se adequaram às exigências.
38
1) Produção de mosto – Moagem do malte, mosturação, filtração, fervura e
clarificação;
2) Processo Fermentativo – Fermentação e maturação;
3) Acabamento (pós-tratamento) – Filtração, carbonatação, modificação de
aroma e sabor, estandardização de cor, pasteurização e outras.
39
nuiçào do tamanho de partícula do amido de modo a aumentar sua área super-
ficial que futuramente vai ocasionar um aumento na velocidade de hidrólise do
amido.
Alguns cuidados devem ser tomados com relação aos moinhos, como segue:
Controle dos níveis de óleo e graxa (não podem entrar em contato com o malte
ou partes internas);
40
Limpeza dos coletores de prova;
6.3.2 Mosturação
41
Uma pequena parte do extrato do mosto (10-15%) é constituída por
substâncias oriundas do malte prontamente solúveis em água. O restante (85-
90%) é formado por produtos de degradação de macromoléculas pelas enzi-
mas do malte. Assim, as amilases convertem o amido em açúcares fermentes-
cíveis e dextrina não fermentável; as proteases produzem peptídeos e aminoá-
cidos pela digestão das proteínas; e as fosfatases liberam íon fosfato orgânico
para o mosto (AQUARONE et al., 2001).
Beta-amilase Alfa-amilase
6.3.3 Filtração
42
A separação do mosto (parcela líquida) do bagaço (parcela sólida) é tal-
vez a operação mais complexa na sala de cozimento. O objetivo desta separa-
ção (filtração) é a obtenção do máximo em extrato do malte sacarificado. Sis-
temas de filtração atualmente utilizados em cervejarias são as tinas de clarifi-
cação e os filtros de mosto (REINOLD, 2010).
Custos de investimento Não sobem propor- Sobem proporcio- Não sobem proporcional-
cional- mente à ca- nal mente à capa- mente à capacidade
43
pacidade cidade
1 1 - substituição das
juntas de vedação
das placas
44
adjuntos
Composição da moa- Grossa, com cascas Fina Grossa, mas não com mui-
gem bem intactas Moagem a seco tas cascas
Moagem úmida ou Moagem condicionada
condicionada
Adaptação da quanti- Possível sem pro- É possível em fil- Possível com limitações
dade de matéria-prima blemas tros novos (70 -
aos diversos tipos de 110%)
cerveja
Tempo de filtração do 40 – 44 30 - 40 8 - 10
mosto primário (min)
Tempo de lavagem do 60 – 70 70 - 80 70 - 80
bagaço (min)
Tempo de preparação 20 – 30 10 - 20 20 - 25
(min)
Geração de água resi- Apenas em mostos Em todos os tipos Muito elevada (água resi-
dual básicos dual + extrato do bagaço)
> 12%
45
esvaziado e limpo aos elementos fil- pêndio na limpeza
trantes e quadros
6.3.4 Fervura
46
oxidação de taninos. A fervura eleva o teor de extrato do mosto ao nível exigido
pelo processo fermentativo.
47
6.3.6 Processo Fermentativo
Fermentação primária
Glicose Maltose
Frutose Sacarose
48
Cerveja de Alta Fermentação - Levedura: Saccharomyces Cerevisiae;
Cerveja de Baixa Fermentação - Levedura : Saccharomyces Uvarum; Na pro-
dução da cerveja Weiss que também e de alta fermentação – Levedura:
Weissbier Yeast.
Para que tal processo ocorra conforme desejado, devemos optar por e-
quipamentos e sistemas que asseguram a qualidade intrínseca do produto. A-
tualmente, pela crescente necessidade em obtermos o máximo em qualidade e
volume a um preço baixo, as opções limitam-se quase que exclusivamente a
tanques do tipo outdoor, qualquer que seja sua forma, capacidade ou sistema
de refrigeração (REINOLD, 2010).
49
Tanques de fermentação aberta: Eles podem ser construídos em
madeira revestida com resina atóxica, aço carbono revestido ou
ainda em aço inox, com resfriamento por meio de camisa exter-
na. O controle de temperatura é feito por termômetro flutuante.
Tanques cilindro-cônicos: Os tanques cilindro-cônicos verticais
possuem capacidades que variam de 500 a 13.000 hl, sua altura
é de até 22 metros, com diâmetros de 2 a 8 metros. O espaço
vazio, para baixa fermentação, a temperaturas normais, varia de
8 a 25%. O cone possui um ângulo de 60 a 75 graus.
51
Ao final da fermentação há uma grande quantidade de microorganismos
e substâncias indesejáveis misturados à cerveja. De modo a separá-los, pro-
move-se a maturação, processo onde mantém-se a cerveja em descanso nas
dornas à uma temperatura de zero grau (ou menos), durante um período de 15
a 60 dias (SANTOS e RIBEIRO, 2005).
Além de promover a separação dos levedos da cerveja, esta etapa per-
mite a ocorrência de algumas reações químicas, as quais auxiliam no processo
de estabilização do produto final, quanto à características relacionadas com o
paladar e saturação com CO2 (SANTOS e RIBEIRO, 2005).
6.3.7 Acabamento
Clarificação
52
Qualquer que seja o tipo de filtro utilizado, ele deve ser precedido por
pelo menos outro filtro que pode remover toda a carga coloidal, incluindo esta-
bilizantes físico-químicos, e reduzir a concentração de leveduras, preferivel-
mente para próximo de zero (REINOLD, 2010).
53
Fluxograma: Microfiltração da cerveja
6.3.8 Carbonatação
6.3.9 Acondicionamento
54
carbonatação desejado do produto final. Utilizam-se diversos tipos de embala-
gens para acondicionar a cerveja.” (AQUARONE et al., 2001).
6.4 Envase
55
substituídas as garrafas de 2ª, com bocal quebrado, cores diferentes, garrafas
de formatos diferentes. Se estes processos forem bem conduzidos, vai se obter
um padrão de vasilhame mais homogêneo, reduzindo o índice de quebra na
lavadora de garrafas, onde o vidro passa por diferentes temperaturas em solu-
ção cáustica (MOTTA, 2010).
56
ce, de modo que a eficiência da secagem é variável. Sistemas especializados
para fornecimento de ar a elevados volumes e velocidade são concebidos para
operação de uso contínuo e econômico.
6.5 Produtividade
Uma das possíveis ocorrências poderá ser a quebra das garrafas na la-
vadora, o índice de sujidade das mesmas, a isenção de resíduos cáusticos,
57
defeitos na parede (boca ou fundo) das garrafas, cor e altura das garrafas. Isso
prejudica o rendimento da produção.
6.6 Expedição
58
Além disso, existe dentro do conceito de CIP uma enorme variedade de
sistemas: fixos ou móveis; exclusivos ou multipropósito; com ou sem reuso de
água; de pequeno ou grande porte, etc.
Os sistemas CIP, entretanto, realizam lavagens de acordo com uma se-
qüência: enxágüe, lavagem alcalina (solução de soda cáustica), enxágüe, lava-
gem ácida (solução de ácido nítrico) e enxágüe. Sendo que, em muitos casos
os efluentes de uma lavagem podem ser reutilizados em lavagens seguintes (5
ou 6 vezes).
6.5 REFRIGERAÇÃO
59
6.8 TRANSPORTE
Num primeiro momento parece ser fácil suprir todas essas característi-
cas, entretanto, não é bem assim o que ocorre em meio ao processo. As dis-
tâncias continentais do Brasil (país com uma vasta extensão territorial), além
do mau estado da malha viária – estradas e ruas, a dificuldade na carga e des-
carga dos veículos etc., são alguns obstáculos a serem enfrentados.
60
filme plástico etc. Esse transporte pode ser efetuado por intermédio de cami-
nhões baú (frigoríficos ou comuns); caminhões com carroceria comum de ma-
deira ou alumínio – onde a carga é protegida com lona comum ou isotérmica e
amarrada; caminhões dotados de carrocerias especiais (teto móvel – tipo “asa”,
teto rígido fixo – com as laterais móveis flexíveis em lona, teto rígido com as
laterais rígidas escamoteáveis etc) e caminhões-tanque (onde o produto é
transportado a granel) (REINOLD, 2010).
A informática pode ser uma aliada, assim como o rastreamento via saté-
lite possibilita uma maior segurança do uso da frota de transporte em sua intei-
reza e eficiência máxima. Acompanhar diariamente as rotas de transporte, da
mesma forma, ajuda a tomar práticas de medida corretivas e preventivas, con-
forme o caso analisado.
7 - DESIGNER DO PRODUTO
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Os produtos produzidos pela Green Beer terão um designer arrojado e
inovador, atendendo as vigências da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas) como tamanho e volume exigidos pela associação. Assim como as
normas da Associação Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no que diz
respeito a envasamento e distribuição.
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As nossas garrafas por padrão e marca da empresa possuirão cor ver-
de, o que chamaria atenção do nosso público em geral.
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Voltando para aparte do marketing e promoção da empresa, uma ligei-
ra e profunda visualização da mensagem do anúncio é essencial à marca: cor
de fundo em contraste, texto com tamanho de letra adequado, permitindo uma
leitura fácil. O nome e o endereço (referências em geral) da empresa deve-
rão ser colocados na parte dianteira da carroceria do veículo, de modo que os
ocupantes dos outros veículos visualizem a mensagem.
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Marketing adotado pela Green Beer
Tratamento de resíduos:
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8.1 Green Beer, Meio Ambiente e responsabilidade social
66
caremos inteiramente nos lucros, pois de toda a energia e água gerada a partir
do reaproveitamento dos resíduos parte será direcionada à instituições filantró-
picas, escolas, hospitais e etc., conforme analise de necessidade e disponibili-
dade do produto final.
8.6.1 ÁGUA
67
base de micróbios que se alimentam de substancias orgânicas presente nela,
podendo gerar energia. O processo também produz água limpa e dióxido de
carbono não-poluente e renovável.
O malte após ser muido, misturado com alguns cereais e cozido é feita
a separação de sua parte liquida (Mosto) da solida úmida. A parte solida úmida
pode ser processada e transformada em farrinha de resíduo seco de cervejaria,
sendo valorizada como fibra dietética na produção de cereais matinais, na pro-
dução de produtos de panificação e confeitaria, na produção pastifícios, na
produção de produtos cárneos, na produção de produtos embutidos (salsichas)
e bebidas nutricionais.
8.8 GASES
Os resíduos da fabricação de cerveja passam por um processo de tra-
tamento antes de serem considerados resíduos finais; a cervejaria possui um
digestor anaeróbico que durante o processo gera alguns gases, como o gás
metano. Esses gases são, normalmente, liberados na atmosfera. A proposta
para reaproveitar esses gases seria conduzi-los como combustível para gera-
dores que gerarão energia elétrica. O calor gerado nesse processo também é
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reutilizado, evitando completamente o desperdício de combustíveis derivados
de toda produção.
Como visto a Green Beer tem uma alta preocupação não somente com
o meio ambiente, mas também uma preocupação com o lado social. Pois aju-
dando a sociedade e a natureza, essa seria uma forma de compensação pela
utilização dos recursos e possíveis impactos causados ao meio.
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Referências Bibliográficas
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72