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ARTISTA
Alguns casos
“Os livros de artista não foram feitos originalmente por artistas, mas
por poetas e escritores e os primeiros foram os poetas concretos: eles
descobriram o potencial espacial e visual das páginas de um
livro.” (Ulises Carrión)
Marcel Brodthaers,
Um coup de dés
jamais
ne abolira le hasard,
1969
Regina Silveira, Rebus
Barrio, Coleção de Arte
Brasileira Contemporânea,1978
Paulo Brusky
Livrobjetojogo 2, 1993
Rubber Book,
1978
Livrobjetojogo 1,
1992
Variações,
1992
Antonio Dias, Ele não acha mais
graça no público das próprias
graças, s.d.
Amélia Toledo
Waltercio Caldas,
Velasquez
Buzz Spector
As façanhas de um jovem Dom Juan é o nome de um livro que, como o famoso
amante que colecionava mulheres, apresenta 120 desenhos de seios formados por
letras, números e sinais de pontuação, como se cada desenho fosse de uma mulher
diferente.
O ato de manusear o livro imita o movimento ao redor de um corpo para ver aspectos
diversos. Este percurso do olhar corresponde ao olhar atento do desenhista em
sessões de desenho com modelo vivo. É preciso conhecer o corpo humano, e assim
conhecer todas as possibilidades de representação gráfica de uma mesma pose, para
compor um repertório de formas e linhas.
A caligrafia como registro de um percurso. Os desenhos caligráficos preenchem um caderno de
páginas sem pautas, em que as linhas imitam o movimento da escrita, como se o texto fosse
escrito em uma língua estrangeira.
Em páginas alternadas, escritas inventadas e outras existentes, algumas extintas ou
desconhecidas pela maioria das pessoas, de modo a dificultar a distinção entre um e outro tipo.
Por comparação, a imitação da escrita foi o suficiente para sugerir a existência de um texto escrito
onde havia apenas desenhos.
As linhas contínuas, sinuosas, são distribuídas pela página de modo que o conjunto de sinais, em
fileiras ou colunas, também forme um desenho. O livro remete às miniaturas medievais, onde a cor
serve para integrar imagem e texto no espaço da página. A caligrafia é um meio para chegar ao
livro.
Amir Brito
Christian Boltansky, Kaddish, 1998
Christian Boltansky,
Monuments,
Leçons de tenèbres,
1986
244 p.
O livro alterado é um tipo de livro de artista que surge a partir de
algo existente, um impresso que recebe interferências gráficas
(caneta, nanquim, guache, colagem).