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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO


BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL

ARTURÉLIO GOMES TRINDADE

PRODUÇAO INTERTEXTUAL INTERDISCIPLINAR

Janaúba/MG
2014
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ARTURÉLIO GOMES TRINDADE

PRODUÇAO INTERTEXTUAL INTERDISCIPLINAR

Trabalho apresentado ao Curso Serviço Social da


UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a
disciplina Portfólio Individual.

Prof. Amanda Boza Gonçalves, Clarice da Luz


Kernkamp, Valquíria Aparecida. Dias Caprioli, Maria
Lucimar Pereira, Maria Ângela Santini, Rodrigo M.
Trigueiro,

Janaúba/MG
2014
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 04

DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 05

CONCLUSÃO ...................................................................................................... 08

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 09


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INTRODUÇÃO

O desenvolvimento e a consolidação das políticas sociais são


marcados por momentos de retrocesso e avanços expressos ao longo das últimas
oito décadas. Estes momentos se materializam no processo de maturação da
profissão, muitas vezes guiando as suas diretrizes. A aproximação entre a profissão
e as políticas sociais deve-se ao fato de tais políticas constituírem-se em um dos
mais importantes espaços sócio-ocupacionais para o assistente social. Dentre as
principais políticas sociais nas quais o Serviço Social está inserido atualmente
destacam-se as políticas que constituem a Seguridade Social – saúde, previdência e
assistência. O assistente social encontra-se assim nos diversos níveis de gestão
destas políticas, desde a elaboração até a implementação. No geral, os profissionais
estão inseridos em instituições públicas, privadas e/ou do terceiro setor, onde
desenvolvem diferentes atividades relacionadas às políticas sociais setoriais.
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DESENVOLVIMENTO

Janaúba é um município brasileiro da Mesorregião do Norte de


Minas, na área mineira do Semiárido brasileiro e na microrregião da Serra Geral de
Minas, da qual é a cidade polo. É considera um centro sub-regional de categoria B.
Tem como atividades principais a agricultura, pecuária e serviços (comércio). É
a 2ª maior cidade do Norte de Minas e a 52º de todo o estado. A área que mais se
desenvolve é o Mercado de Trabalho e a Educação. A expectativa de vida ao
nascer é de 72,74 anos.
Na área da saúde a cidade conta com hospitais, clinicas e centros
médicos, além de contar com um bom saneamento básico. São mantidos 7 cursos
de alfabetização de adultos, sendo 3 em escolas estaduais e 4 em escolas
municipais. O município possui 74 escolas, sendo 38 escolas na zona rural e 36
escolas na zona urbana dentre as quais 19 são escolas estaduais, 10 são escolas
municipais, 4 são escolas conveniadas com a Prefeitura e 6 são escolas
particulares. No ensino médio existem 10 escolas, sendo 7 da rede estadual e 3
particulares. Possui desde 1994 um Campus da UNIMONTES - Universidade
Estadual de Montes Claros onde são oferecidos os cursos Normal Superior,
Pedagogia, Agronomia e Zootecnia. Na Faculdade Promove são ofertados cursos:
Administração Pública, Sequencial em Letras e Matemática, Geografia, Pedagogia,
letras português/Espanhol.
A Constituição de 1988 define a Previdência Social como direito
social no âmbito da Seguridade Social assentada no tripé: Saúde, Previdência e
Assistência. Esse tripé, ao segmentar a população em lógicas diferenciadas, Saúde
- para todos; Previdência - para quem contribui e Assistência - para quem necessita,
contraria a própria concepção dos direitos sociais pela configuração de uma
cidadania regulada.
Brasil (1995) afirma que a previdência social, como política de
proteção social, teve sua evolução, no Brasil, marcadamente ao longo do século XX,
tendo como contexto e motor as grandes transformações sociais, políticas,
econômicas e institucionais por que passou o país nesse período. Ao longo de sua
história, a política previdenciária guarda relação com o movimento
estrutural/conjuntural de cada momento histórico da sociedade brasileira, expresso
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em suas diversas políticas econômicas e na correlação de forças que se


estabelecem.
Pode-se compreender de acordo com Machado (2012) que:
A Previdência Social no Brasil possui mais de 100 anos de história. A
primeira legislação pertinente ao tema é datada de 1888, quando foi
regulamentado o direito à aposentadoria para empregados dos Correios. O
fato considerado como ponto de partida da Previdência Social propriamente
dita no País, contudo, é a Lei Elói Chaves (Decreto n° 4.682) de 1923. Ela
criou a Caixa de Aposentadoria e Pensões para empregados de empresas
ferroviárias, estabelecendo assistência médica, aposentadoria e pensões,
válidos inclusive para seus familiares. Em três anos, a lei seria estendida
para trabalhadores de empresas portuárias e marítimas (Machado, 2012).

Segundo Brasil (1995) no final do governo de Juscelino Kubitschek-


1960, após 13 (treze) anos de discussão no Congresso Nacional foi promulgada a
Lei Orgânica da Previdência Social-LOPS que deu uniformidade aos benefícios e,
serviços previdenciários, permanecendo com os Institutos pela complexidade dos
interesses em jogo. Em 1977, o governo militar reorientou a Política Previdência e
alterou a sua estrutura organizacional com a criação do Sistema Nacional de
Previdência Social-SINPAS, que foi mais uma racionalização técnico-administrativa,
tendo como consequência a extinção dos Centros de Serviço Social e a
transferência dos programas de atendimento ao excepcional e idoso para a LBA.
Isto veio confirmar o caráter de seguro social pela lógica da relação contribuição-
beneficiários.
De acordo com Silva (2008) a inserção do Serviço Social na política
de Previdência Social data da década de 1940 relaciona-se com o momento
histórico de expansão das instituições de seguro social, representadas nesta época
pelos IAP‟s (1943). A institucionalização da profissão ocorreu em 1947 através do
Conselho Nacional de Trabalho (CNT), sendo definido como objetivo da ação
profissional facilitar o acesso aos direitos previdenciários por meio de uma
intervenção social ampla e que tinha por finalidade modificar as condições de vida
dos usuários, focando-se em duas possibilidades: mudar as condições individuais
e/ou familiares e os aspectos relativos ao processo de reprodução social dos
indivíduos.
É importante ressaltar ainda de acordo com Fonseca (2011) que ao
longo das seis décadas seguintes o exercício profissional do assistente social foi
orientado por vieses tradicionais, conservadores e críticos, refletindo a relação entre
as conjunturas sócio-históricas, a estruturação da política previdenciária e o
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movimento mais amplo da categoria para consolidação de um projeto profissional


articulado com os interesses da classe trabalhadora. Uma expressão destas
relações são os documentos parâmetros da ação profissional elaborados nestas
décadas: os Planos de Básicos de Ação (PBA) de 1972 e 1978 ambos
caracterizados por vieses tradicionais e conservadores como norteadores da ação
profissional – e a Matriz Teórico-Metodológica do Serviço Social na Previdência
Social de 1994 – documento que representa o movimento mais democrático e
progressista da sociedade na década de 1980 e expressa as referências críticas dos
assistentes sociais no INSS. Dessa forma, pode-se afirmar que a conformação e a
consolidação da profissão de Serviço Social dentro da política de Previdência
relacionam-se diretamente, de forma mais ampla, com a estruturação da proteção
social e, mais especificamente, com a própria política previdenciária.
De acordo com Brasil (1995):
Nos marcos institucionais atuais, o artigo 88 da Lei nº 8.213, de 24 de julho
de 1991, definiu a competência do Serviço Social no campo do
esclarecimento dos direitos sociais, dos meios de exercê-los e do
estabelecimento conjunto com os beneficiários quanto à solução de
problemas, tanto na sua relação com a instituição como na dinâmica da
sociedade. Sendo que o Código de Ética da profissão está fundamentado
na liberdade, cidadania, democracia, equidade, pluralismo e compromisso
profissional. Assim, a ação prioritária do Serviço Social está voltada para
assegurar o direito, quer pelo acesso aos benefícios e serviços
previdenciários, quer na contribuição para a formação de uma consciência
de proteção social ao trabalho com a responsabilidade do Poder Público
(BRASIL,1995).

Ainda de acordo com o autor acima o Regime Geral de Previdência


Social (RGPS) tem suas políticas elaboradas pelo Ministério da Previdência Social
(MPS) e executadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), autarquia
federal a ele vinculada. Este Regime possui caráter contributivo e de filiação
obrigatória. Dentre os contribuintes, encontram-se os empregadores, empregados
assalariados, domésticos, autônomos, contribuintes individuais e trabalhadores
rurais.
Segundo Brasil (2009) o RGPS envolve cerca de 23 milhões de
benefícios em manutenção, com valor total mensal pago de aproximadamente R$
16,3 bilhões, o RGPS está certamente, entre os maiores sistemas de previdência
social pública do mundo, cobrindo 53,8 milhões de trabalhadores com proteção
social previdenciária, no Brasil, em 2007. O sistema abrange tanto os trabalhadores
urbanos, quanto os rurais, integrando o seu rol de segurados obrigatórios: o
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trabalhador empregado; o empregado doméstico; o contribuinte individual (categoria


de trabalhadores por conta própria, em que figuram, dentre outros, o trabalhador
autônomo, o eventual, o empresário e o ministro de confissão religiosa); o
trabalhador avulso; e o segurado especial. A regra geral é que estão vinculados a
esse regime todos os trabalhadores que exerçam atividade remunerada e que,
simultaneamente, não estejam filiados a regime próprio de previdência.
O autor supracitado afirma que embora o RGPS apresente, hoje,
algumas necessidades de aperfeiçoamento, tanto no que se refere à sua estrutura
de custeio, como no que se refere à formatação dos seus benefícios, não se pode
afirmar tratar-se aqui de falhas intrínsecas ao modelo geral de previdência social
pública adotado no Brasil. Importa que se esclareça, pois, que os problemas
verificados no RGPS não decorrem, necessariamente, dos parâmetros gerais
configuradores da proteção social previdenciária brasileira, tais como os eventos e
riscos cobertos, os segmentos de trabalhadores abrangidos ou as fontes de
financiamento expressamente estabelecidas, aspectos que, aliás, e bem ao
contrário, o têm colocado, em verdade, na vanguarda dentre os mecanismos de
proteção da espécie.
Segundo Brasil (2009) grande parte das disfunções resulta, sim, de
opções equivocadas. Por vezes, estas decisões confundem previdência com
assistência social ou com outras políticas compensatórias. Alteram a face original do
sistema, impondo-lhe o pagamento de prestações de natureza diversa da
previdenciária, incompatíveis com a lógica necessária para presidir a específica
proteção social almejada, ou inadequadas no que se refere às condições e aos
requisitos exigidos para sua obtenção.
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CONCLUSÃO

Compreende-se a partir de tudo o que foi abordado nesta pesquisa


acadêmica que é fundamental para todo cidadão conhecer e compreender os
principais pressupostos que cerceiam a previdência social do país, uma vez que
muitas pessoas dependem deste sistema, e pode-se afirmar que muitas pessoas
sobrevivem dos encargos recebidos da previdência. Notou-se que a previdência
social passou por diversas mudanças até chegar ao que conhecemos atualmente, o
que ainda precisa de muita reforma, mas que comparado ao que se passou pode-se
dizer que está bem melhor.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília, DF, 1998.

_______. Ministério da Previdência Social. Matriz Teórico-Metodológico do


Serviço Social na Previdência Social. Brasília, 1995.

_______. Ministério da Previdência Social. Previdência Social: Reflexões e


Desafios. Brasília: MPS, 2009.

FONSECA, Adriana Pereira da. O serviço social na atual política de previdência


social: implicações dos processos de contrarreforma para o exercício
profissional dos assistentes sociais no Instituto Nacional de Seguro Social.
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011.

MACHADO, Aline de Oliveira. Regime geral da previdência social – RGPS:


fatores que contribuem para o déficit do RGPS. Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2012.

SILVA, A. A. O Serviço Social na Previdência Social: entre a necessidade social


e o benefício. In: BRAGA, L. E CABRAL, M. S. R. (Orgs.) O Serviço Social na
Previdência: trajetória, projetos profissionais e saberes. 3 ed. São Paulo: Cortez,
2008.

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