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2013

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RÁDIO – TEORIA E PRÁTICA

LUIZ ARTUR FERRARETTO


Aos jornalistas e radialistas Luiz Amaral, baiano, que, de longe, na Rádio Suíça Interna-
cional e na Voz da América, trouxe notícias aos brasileiros, e Flávio Alcaraz Gomes
(in memoriam), gaúcho, que, com o mesmo objetivo, foi longe pela Guaíba, de Porto Ale-
gre, buscá-las. E deram lições a todos nós, que chegamos depois.
AGRADECIMENTOS

A crença no ser humano impõe reconhecer características essenciais para que alguém se
qualifique como tal: admitir a própria ignorância, saber pedir “por favor”, dizer “muito obrigado”,
arrepender-se com um “peço desculpas”... Agradeço aqui, portanto, a todos aqueles que, cruzando o
caminho deste livro, iluminaram as trevas do meu desconhecimento com seu auxílio fraterno e pro-
videncial. Com beijos, começo por minha companheira de afetos, Elisa Kopplin Ferraretto, revisora
incansável e palpiteira frequente, e estendo um abraço aos meus colegas do Grupo de Pesquisa Rá-
dio e Mídia Sonora da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Inter-
com). Entre estes, destaco os de contribuição direta – Alvaro Bufarah Júnior, João Baptista de
Abreu Júnior, Luciano Klöckner, Marcelo Kischinhevsky e Wanderlei de Brito. Pelos esclarecimen-
tos a respeito de seus escritos, abordando assuntos correlatos ao rádio, agradeço também o trabalho
de pesquisadores como James Kellaris, da Universidade de Cincinnati, e Jean-Charles Jacques Zoz-
zoli, da Universidade Federal de Alagoas. Vale o mesmo para os profissionais de veículos Eva
Kaufman, Fernando Morgado, Milton Jung (filho) e Rodrigo Koch. Coerente, aproveito para pedir
desculpas aos atingidos pelo inevitável risco do meu esquecimento. Creditem isto à forma quase
assistemática de produção deste Rádio – Teoria e prática, que foi sendo planejado, pesquisado e
redigido enquanto o tempo ia passando, levando junto parte da vida da gente.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 11
CAPÍTULO 1 – O RÁDIO 13
CONCEITOS BÁSICOS 14
Radiodifusão 14
Rádio 15
O produto do rádio comercial 16
MODELO COMUNICACIONAL RADIOFÔNICO 18
RÁDIO COMO COMPANHEIRO 21
CAPÍTULO 2 – A LINGUAGEM E A MENSAGEM RADIOFÔNICAS 24
ELEMENTOS DA LINGUAGEM RADIOFÔNICA 25
A voz 25
A música 26
Os efeitos sonoros 26
O silêncio 27
A MENSAGEM RADIOFÔNICA E OS SEUS CONDICIONANTES 27
Capacidade auditiva 28
Linguagem radiofônica 28
Tecnologia disponível 28
Fugacidade 28
Tipo de público 28
Formas da escuta 28
CAPÍTULO 3 – A PROGRAMAÇÃO, O SEGMENTO, O FORMATO E O PROGRAMA 31
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE 32
O SEGMENTO 38
Tipos de segmentos 39
Jornalístico 40
Popular 40
Musical 40
Musical adulto 40
Musical jovem 40
Musical gospel 41
Musical popular 41
Comunitário 41
Cultural 41
Religioso 41
O FORMATO 41
Formatos de programa 46
Formatos falados e/ ou não musicais de programação 49
Formatos musicais de programação 50
Principais formatos nos Estados Unidos e seus correlatos no Brasil 53
All-news, all-talk, talk and news e news plus 53
Adulto contemporâneo 54
Country, jazz, pop, rock e outros formatos por gênero musical 54
Beautiful music, easy music ou golden music 55
5

Contemporary hit radio (CHR) 55


Clássico 55
Flashback 55
Eclético 56
Público 56
Religioso 56
Serviço 57
A PROGRAMAÇÃO 57
Tipos de programação 57
Programação linear 57
Programação em mosaico 58
Programação em fluxo 58
O CONTEÚDO EM SI 60
Tipos de programa 60
Noticiário 60
Síntese noticiosa 60
Radiojornal 60
Edição extra 60
Toque informativo 61
Informativo especializado 61
Programa de entrevista 61
Programa de opinião 61
Programa de participação do ouvinte 61
Mesa-redonda 61
Painel 61
Debate 61
Jornada esportiva 62
Documentário 62
Radiorrevista ou programa de variedades 62
Programa humorístico 62
Dramatização 62
Unitária 62
Seriada 62
Novelada 62
Programa de auditório 63
Programa musical 63
RECOMENDAÇÕES GERAIS 63
CAPÍTULO 4 – A APRESENTAÇÃO E A LOCUÇÃO 66
PRODUÇÃO DA VOZ 66
O USO DA VOZ NO RÁDIO 68
O locutor 68
O apresentador 69
RECOMENDAÇÕES GERAIS 69
CAPÍTULO 5 – A NOTÍCIA E OS GÊNEROS JORNALÍSTICOS 72
ORIGENS DA INFORMAÇÃO JORNALÍSTICA 73
Estruturas próprias de captação de notícias 74
Serviços externos 75
Fontes de informação 75
Outros veículos noticiosos 76
6

FLUXO DE PRODUÇÃO DAS NOTÍCIAS 76


OS GÊNEROS JORNALÍSTICOS E O RÁDIO 78
Gênero informativo 78
Gênero interpretativo 79
Gênero opinativo 79
Gênero utilitário 80
Gênero diversional 80
CAPÍTULO 6 – A REDAÇÃO JORNALÍSTICA 81
O TEXTO JORNALÍSTICO EM RÁDIO 81
A ESTRUTURA DO TEXTO JORNALÍSTICO EM RÁDIO 82
A REDAÇÃO 83
Recomendações gerais 84
Texto corrido 85
Principais convenções 86
Tamanho do texto 86
Alinhamento e hifenização 87
Entrelinhado 87
Barras 87
Caixa alta 87
Expressões em destaque 88
Mudança de linha ou de lauda 88
Impacto 88
Ordem direta 88
Clareza 88
Voz ativa 88
Tempo verbal 89
Fontes e instituições 89
●Funções públicas do Poder Legislativo 90
Números 91
●Cardinais 91
●Ordinais 91
●Números associados a palavras femininas 91
●Números com vírgulas e percentuais 92
●Datas 92
●Horários 92
●Telefones 92
●Dinheiro 92
●Frações 93
●Pesos e medidas 93
●Unidades estrangeiras 93
Siglas 93
Endereços de internet 94
Texto manchetado 94
Principais convenções 95
Tamanho da notícia 95
Contagem de linhas 95
Barras 95
Caixa alta 95
Lide 97
7

Caráter interpretativo 97
Ritmo 97
Particularidades e recursos de redação 99
Desdobramento 99
Declarações 100
Verbos de elocução 101
Simplificação do nome de instituições 102
Procedência 102
Suítes 102
Textos para públicos mais específicos 103
Expressões e situações que devem ser evitadas 104
Abreviaturas 104
Aliterações 104
Aspas e parênteses 104
Cacofonias 106
Conjunções 106
Expressões que diminuem o impacto da notícia 107
Frases negativas 107
Intercalações 108
Palavras e expressões vetadas 108
Rimas 111
Erros mais frequentes 111
Colocação de vírgula entre o sujeito e o verbo 111
Falta de precisão 111
Repetição de palavras ou de estruturas 112
Simplificação inadequada de nomes próprios 112
Uso de estruturas não radiofônicas 113
CAPÍTULO 7 – OS NOTICIÁRIOS E A SUA EDIÇÃO 115
A SÍNTESE NOTICIOSA 115
O RADIOJORNAL 119
Edição por similaridade de assuntos 120
Edição por zonas geográficas 121
Divisão por editorias 121
Edição em fluxo de informação 121
TOQUE INFORMATIVO 125
CAPÍTULO 8 – A REPORTAGEM 127
A PAUTA 127
O REPÓRTER 128
Requisitos essenciais para o repórter 129
Recomendações gerais 130
A REPORTAGEM 131
A apuração da notícia 132
Observação direta 132
Coleta 133
Levantamento 133
Despistamento 133
Análise 134
A estrutura da reportagem 134
Manchete e chamada 134
8

A reportagem em si 135
Montagem 138
A GRANDE REPORTAGEM 139
Abordagens mais comuns 139
A realização da grande reportagem 141
ESPECIALIZAÇÃO 141
Cobertura policial 142
Cobertura geral 143
Cobertura econômica 143
Cobertura política 143
Cobertura judiciária 143
CAPÍTULO 9 – A ENTREVISTA 145
TIPOS DE ENTREVISTA 146
Entrevista noticiosa 147
Entrevista de opinião 147
Entrevista com personalidade 147
Entrevista de grupo ou enquete 147
Entrevista coletiva 147
PROCESSO DE ENTREVISTA 147
Fases da entrevista 149
Recomendações gerais 150
Perguntas e respostas 152
CAPÍTULO 10 – OS COMENTÁRIOS, OS EDITORIAIS E A PARTICIPAÇÃO DO OUVINTE 155
CATEGORIAS DE OPINIÃO 155
A da empresa 156
A dos formadores de opinião 156
A dos ouvintes 156
TIPOS DE TEXTO OPINATIVO 157
Editorial 157
Comentário 157
Crônica 157
Crítica 157
ESTRUTURA DO TEXTO OPINATIVO 157
CAPÍTULO 11 – A PRODUÇÃO, A SONOPLASTIA E O ROTEIRO 160
A SONOPLASTIA 160
Inserções sonoras 162
Ilustrações ou sonoras 162
Trilhas 162
Característica 162
Cortina 162
Fundo musical 162
Efeitos sonoros 162
Vinhetas 162
Passagens entre inserções sonoras 163
Corte seco com emenda 163
Fusão 163
Sobreposição 163
O ROTEIRO RADIOFÔNICO 163
O roteiro em uma coluna 164
9

Regras básicas 164


Apresentação 164
O texto no roteiro 164
Indicações sobre volume de som das trilhas 164
Convenções para inserções sonoras e passagens 165
Exemplos de roteiro em uma coluna 169
O roteiro em duas colunas 171
Regras básicas 171
Apresentação 171
O texto no roteiro 171
Exemplo de roteiro em duas colunas 172
A PRODUÇÃO DE PROGRAMAS AO VIVO 173
RECOMENDAÇÕES GERAIS 174
CAPÍTULO 12 – A COBERTURA ESPORTIVA 176
O ESPORTE DENTRO DA EMISSORA DE RÁDIO 178
A COBERTURA DIÁRIA 179
A TRANSMISSÃO DE JOGOS DE FUTEBOL 180
A abertura 180
O jogo em si 180
O intervalo 181
O encerramento 181
ESTILOS DE NARRAÇÃO DE FUTEBOL 181
Escola denotativa 182
Escola conotativa 182
RECOMENDAÇÕES GERAIS 183
CAPÍTULO 13 – OS DOCUMENTÁRIOS E OS PROGRAMAS ESPECIAIS 184
OS DOCUMENTÁRIOS 184
A produção de documentários 185
Exemplo de roteiro de documentário 188
OS PROGRAMAS ESPECIAIS 195
A produção de programas especiais 196
RECOMENDAÇÕES GERAIS 196
CAPÍTULO 14 – OS SPOTS E OS JINGLES 198
PRINCIPAIS TIPOS DE ANÚNCIOS RADIOFÔNICOS 199
Anúncios veiculados dentro ou junto ao conteúdo editorial 200
Assinatura 200
Patrocínio 200
Testemunhal 200
Entrevista e reportagem comerciais 201
Anúncios veiculados nos intervalos comerciais 201
Jingle 201
Spot 202
Texto cabine 203
Anúncios vinculados a novos suportes 203
Ações de marketing, promoções e outras modalidades relacionadas 203
O SPOT, O JINGLE E A LINGUAGEM RADIOFÔNICA 204
O texto e a voz 205
A música, os efeitos sonoros e o silêncio 206
A PRODUÇÃO DE SPOTS E JINGLES 207
10

Recomendações gerais 211


REFERÊNCIAS 213
11

INTRODUÇÃO

O rádio é, por definição, um meio dinâmico. Lá, onde a notícia acontece, está presente,
transmitindo-a em tempo real para o ouvinte. Também aparece, ali, onde se faz necessária uma can-
ção para espairecer ou enlevar. E chega, acolá, naquele cantinho humilde a carecer de uma palavra
de apoio, de conforto ou, com certeza, de indignação. Neste século 21 de tantas tecnologias e, por
vezes, de poucas humanidades, constitui-se, por natureza e cada vez mais, em um instrumento de
diálogo, atento às demandas do público e cioso por dizer o que as pessoas necessitam e desejam
ouvir em seu dia a dia. Tudo de forma muito simples, clara, direta e objetiva.
Coerente com o objeto de que trata, o presente livro quer acompanhar as características e o
ritmo do meio. Este Rádio – Teoria e prática pretende, assim, de forma dinâmica e ciente das ne-
cessidades de seu público – estudantes e profissionais –, fornecer informações atualizadas e didati-
camente expostas para subsidiar aqueles que têm, ou preparam-se para ter, o rádio como sustento.
Ou, quem sabe, como um quase sacerdócio. Porque o rádio tem dessas coisas.
Em realidade, este livro é a terceira versão de uma mesma ideia. Que começou a ser desen-
volvida, no início da década de 1990, em Técnicas de redação radiofônica, escrito em parceria com
a jornalista Elisa Kopplin, com a intenção de sistematizar os padrões de texto então mais utilizados.
E que amadureceria nas três edições (em 2000, 2001 e 2007) de Rádio – O veículo, a história e a
técnica, nas quais era apresentada uma visão mais contextualizada do meio, mesclando a aborda-
gem de conceitos, um pouco de história e muitas orientações técnicas sobre o fazer radiofônico.
Novas tecnologias, abordagens conceituais e demandas do público surgidas e/ou consolida-
das na primeira década do século 21 fizeram com que o rádio, em alguns aspectos, se modificasse,
embora suas características básicas tenham sido mantidas. O cenário de atuação profissional, no
entanto, alterou-se. Técnicas e tecnologias empregadas evoluíram.
Neste contexto, faz-se necessária uma nova obra que reflita tais mudanças. Assim, surgiu es-
te terceiro livro. Seu objetivo é, portanto, falar sobre o rádio contemporâneo, como se caracteriza e
como deve, ou pode, ser feito utilizando as tecnologias, estas que vão deixando de ser novas en-
quanto outras vão surgindo. Tudo com excelência técnica, seguindo padrões éticos e sem perder de
vista as expectativas daquele que é a razão de existir de qualquer emissora e de qualquer profissio-
nal: o ouvinte.
Não é, certamente, intenção impor um padrão instrumental único e irrefutável para o rádio.
Até porque, sendo este meio, como foi dito anteriormente, dinâmico e em diálogo permanente com
o público, é inevitável que possua uma série de particularidades de acordo com o segmento que visa
atingir, modo como se apresenta formatado, características regionais, natureza das emissoras, obje-
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tivos dos gestores, interesses do público... O que se pretende apresentar aqui é uma síntese dos con-
ceitos, técnicas e normas mais usuais, os quais, adaptados adequadamente pelo bom profissional a
diferentes realidades, configuram as práticas adequadas.
Trata-se de algo comum, quando se estuda a história ou se reúnem experientes profissionais
de rádio, referir-se a uma determinada época – aquela em que este meio era predominante com seu
espetáculo de humorísticos, novelas e programas de auditório – como a era do rádio. O presente
livro, no entanto, sem jamais perder de vista a importância da ímpar e rica trajetória das emissoras
brasileiras, parte do pressuposto de que o rádio segue tendo importância e vigor, em uma nova era.
Adaptado aos tempos modernos e às renovadas tecnologias, ocupa um espaço valioso no cotidiano e
no imaginário de milhões de ouvintes, que têm nele um insubstituível companheiro. Em outras pa-
lavras: se tempos gloriosos houve, gloriosos tempos podem seguir existindo. E a era do rádio conti-
nua sendo a de cada minuto em que ocorre a transmissão.
É disso que, com o objetivo de ensinar novas gerações, trata Rádio – Teoria e prática. Do
bom rádio, daquele que, seja no velho aparelhinho transistorizado, na internet ou no celular, acom-
panha o ouvinte, fornece informação, proporciona entretenimento, conversa. Do rádio que se adap-
ta, se renova e segue ocupando um lugar especial. E que, sintonizado com o presente, prepara-se
para o futuro.

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