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Guia de Estudos

Delegação e Imprensa

IXª edição das Ciências Organizadas do Gracinha

22, 23 e 24 de setembro
"O pior naufrágio

é não partir"

- Amyr Klink

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Sumário
Sumário 3

Composição da Organização 8

Carta introdutória 9

Guia de Regras 10

Regras Gerais 10

Objetivos da Simulação 10

Deveres dos Membros da Organização 10

Diretoria de Mesa 10

Secretariado Geral 11

Diretoria de Imprensa 11

Departamento de Comunicação e Arte 11

Corpo Acadêmico 12

Equipe de Fotografia 12

Deveres dos delegados 12

Deveres dos Jornalistas 13

Uso de Documentos, Discursos Oficiais e Plágio 13

Levantamento de questões no debate 13

Questão de Ordem 13

Questão de Dúvida 13

Questão de Privilégio Pessoal 14

Regras do Debate 15

Quórum 15

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Debate Formal (Lista Formal de Discursos) 15

Fechamento/Reabertura da Lista de Discursos 15

Cessão de Tempo 16

Cessão de Tempo para Perguntas 16

Limitação do Tempo de Discursos 16

Propostas de Moções 16

Debate Moderado 16

Debate Semi-moderado 17

Debate Não Moderado 17

Adiamento da Sessão 17

Encerramento do Debate 18

Documento de Posição Oficial (DPO) 19

Documento de Trabalho 19

Documento de Resolução de Fórum 20

Proposta de Resolução 20

Regras de Votação 21

Votação 21

Votação por Chamada 21

Regras Específicas da Imprensa 23

O dia a dia 23

Furos jornalísticos 23

Edição final do jornal e gêneros obrigatórios 24

Coletiva de imprensa e entrevistas 24

Crise do comitê 25

Relação com fotógrafes e cartunistas 25

Documento de Posição da Imprensa (DPI) 25

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Gêneros textuais 26

Cabeçalho 26

Manchete 27

Texto chamada 27

Notícia 28

Entrevista 28

Pauta (pré-produção de uma entrevista) 29

Reportagem 29

Editorial 30

Artigo de opinião 30

Telejornal 31

Cargos da Imprensa 33

Revisor 33

Redator 33

Editor-chefe 34

Colunista 34

Repórteres (presente somente no jornal audiovisual) 34

Comentaristas (presente somente no jornal audiovisual) 34

Assembleia Geral 35

Diplomacia 36

Temas norteadores 37

Desequilíbrio ambiental 38

Dinâmica marítima 40

Biologia Marinha 42

Microplásticos 44

Pesca predatória 48

5
Poluição por metais pesados 56

Poluição por plásticos 59

Acidificação dos oceanos 62

Superbactérias 64

Disputas em águas territoriais e internacionais pelo mundo 66

EcoCapitalismo 70

Ecossocialismo 72

Oceanos 75

Oceano índico 76

Oceano Ártico 79

Oceano Antártico 81

Oceano Pacífico 86

Oceano Atlântico 89

Mares 92

Mar Mediterrâneo 93

Mar Morto 95

Mar do Caribe 97

Mar do Sul da China 98

Mar do Japão 101

Golfo do México 102

Panoramas de nações 106

Comunidade da Austrália 107

Estados Unidos da América 110

Federação Russa 112

Estado do Japão 114

Reino da Arábia Saudita 116

6
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte 119

República da Indonésia 121

República de Angola 124

República de Costa Rica 127

República do Chile 129

República da França 131

República Federal da Alemanha 133

República Federal da Nigéria 135

República Federativa do Brasil 137

República Popular da China 139

Panoramas de empresas 142

Nestlé S.A. 143

Shell 144

The Ocean Clean Up 148

Unilever 150

Panoramas de ONG’s 153

Greenpeace 154

Marine Steweardship Council 156

Sea Shepheard 158

Panoramas dos jornais 160

BBC News 160

David Attenborough 163

Brasil de Fato 164

Penildon Silva Filho 165

The Other Side 166

Piers Corbyn 167

7
Cientexto 168

Referências Bibliográficas 170

Composição da Organização
1. Carolina Castiel (Diretora de Mesa)
2. Noáh Dahoui (Diretora de Mesa)
3. Laila Klajmic (Secretária Geral)
4. Manuela Paulino (Secretária Geral)
5. Mateus Chahin (Diretor do Corpo Acadêmico)
6. Maria Lúcia de Almeida (Diretora Geral de Imprensa)
7. Dora Duprat (Diretora do Departamento de Comunicação e Arte)
8. Maria Pastore (Diretora do Departamento de Comunicação e Arte)
9. André Breviglieri (Diretor do jornal “The Other Side”)
10. Clara Jovchelevich (Diretora do jornal “Brasil de Fato”)
11. Clarice Kowarick (Diretor do jornal “BBC”)
12. João Rossi (Diretor do Cientexto)
13. Fernanda Bergstein (Membro do Corpo Acadêmico)
14. Maria Carolina Tarzia (Membro do Corpo Acadêmico)
15. Maria Venturelli (Membro do Corpo Acadêmico)
16. Marina Villavicencio (Membro do Corpo Acadêmico)
17. Stella Meza (Membro do Corpo Acadêmico)
18. Antonio Sulzbacher (Diretor Geral de Staff)
19. Livia Breviglieri (Diretora Geral de Staff)
20. Júlia Maia (Fotógrafa)
21. Manuela Borges (Fotógrafa)
22. Maria Luiza Ferrareto (Fotógrafa)
23. Isabela Margotto (Fotógrafa de vídeo)
24. Claudia Valentim (Cartunista)
25. Felipe Fagundes(Cartunista)

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Carta introdutória
Todos os anos, cerca de 13 milhões de toneladas de lixo plástico são despejadas nos
oceanos Atlântico, Pacífico e Índico. Isso sem contar com a poluição dos rios. Em 2022, a
poluição nos oceanos continua afetando os sistemas marinhos tais como a fauna e a flora,
além dos impactos macro-ecológicos e planetários.
A Conferência dos Oceanos das Nações Unidas é uma conferência que busca
mobilizar ações para a conservação e o uso sustentável dos oceanos, mares e recursos
marinhos, com a tentativa de garantir a cooperação global para a proteção e sustentação do
ecossistema oceânico do mundo.
Tendo isso em vista, neste comitê, estes assuntos serão tratados com a reunião de
países, empresas e ONG´s, que têm influência direta ou indireta na Exploração dos Oceanos,
na Conferência Anual da ONU para os Oceanos, em Lisboa, Portugal. Por meio de
reportagens, notícias e artigos, teremos também a participação dos jornais, esses que terão
influência direta no andamento do comitê e nas tomadas de decisão.
A organização espera que, como participantes de um debate formal e de conteúdo tão
atual e importante, os delegados e jornalistas saibam usar, além de dados reais, a razão e o
bom senso, mantendo a harmonia e a melhoria e avanços como objetivos. Desejamos a todos
um bom andamento na simulação; e não hesitem em falar conosco qualquer dúvida.

Boa sorte!

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Guia de Regras
Regras Gerais

Objetivos da Simulação

1. Diversificação do ensino, de modo mais dinâmico e prático;


2. Busca de autonomia no que concerne às competências da simulação;
3. Prática da oralidade, o posicionamento político e a criticidade na construção
argumentativa;
4. Representação (e empatia) da mentalidade de outras nações, visando os
conflitos, a diversidade cultural, as questões sociais, econômicas e étnico-
raciais;
5. Integração da interdisciplinaridade do conhecimento de diversas áreas do
saber aplicadas a situações semelhantes;
6. Contato com a formalidade de uma simulação e das relações diplomáticas que
regem o mundo em que se situa;
7. Diplomacia e as relações internacionais contemplando a multiplicidade de
interesses das nações em prol de soluções por meio da conciliação destes;
8. Promoção do respeito entre todos como figuras sociohistóricas e como os
próprios alunos, bem como com os membros da Organização;
9. Estudo diversificado e aprofundado de temas de extrema pertinência, bem
como o aperfeiçoamento de diversas áreas da comunicação.

Deveres dos Membros da Organização

Diretoria de Mesa
As Diretoras são as responsáveis por manter a ordem no comitê.
Devem declarar o início, adiamento e encerramento de cada sessão; moderar
imparcialmente o debate; assegurar a observância das regras; conceder o

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direito de fala; controlar o tempo de discursos e do debate; abrir o momento
para questões ou moções, colocá-las em pauta para votação e anunciar as
decisões adotadas. As decisões das Diretoras são inapeláveis e permeadas da
autoridade necessária para aplicar o rigor das regras ou a sua flexibilização
visando o melhor funcionamento do debate. Desta forma, reconhece-se que a
soberania da Mesa é inquestionável.

Secretariado Geral

As Secretárias Gerais são responsáveis pelas questões acadêmicas e de


veracidade durante todo o comitê, tendo como principal função representar
qualquer nação, entidade ou sujeito ausente no comitê que possa vir a ser
contatada pelas delegações; revisar e avaliar todos os documentos de trabalho
propostos por delegações, garantindo sentido, qualidade e eficiência; além de
auxiliar a Mesa Diretora na condução do debate e do evento, na sua ausência
ou em conjunto. São os integrantes da diretoria responsáveis pelas decisões e
correspondências no que diz respeito ao Corpo Acadêmico.

Diretoria de Imprensa

Os Diretores de Imprensa têm como principal dever liderar e auxiliar


os jornalistas durante o comitê; garantir que todos os jornais sejam entregues
no devido prazo do dia e que a Imprensa tenha bom funcionamento,
estabelecendo as normas de horário, preparo para coletiva de imprensa,
incentivo à variedade de gêneros textuais e controle sobre a influência no
comitê.

Departamento de Comunicação e Arte

Os diretores do Departamento de Comunicação e Arte tem como


principal objetivo a divulgação de todo o processo que leva à simulação. Em
primeiro momento, durante a preparação do evento, os diretores do DCA se
responsabilizam pela produção de posts nas mídias sociais, tornando públicas

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informações essenciais para o processo de application. Além disso, também
são os membros desse departamento que planejam a identidade visual da
simulação, sempre utilizando como fio condutor o tema da edição.

Corpo Acadêmico
Os membros do Corpo Acadêmico têm como principal objetivo cuidar
das questões acadêmicas do comitê, por meio da resolução de qualquer dúvida
pertinente que os delegados possam vir a apresentar e checar quaisquer fatos
com o objetivo de manter a veracidade durante os três dias de simulação. No
IX COG, cujo formato é uma Assembleia Geral, cabe ao grupo a mediação da
veracidade de informações, estabelecer dados de poderio respectivos de cada
delegação, e contabilizar os fatos a serem montados no comitê.

Equipe de Cartunistas
Cabe aos cartunistas do IX COG elaborar artes pelas quais é criada a
identidade visual da edição da simulação em questão, a começar pelo logo.
Durante o comitê, a Equipe pode se encarregar da confecção de desenhos para
ilustrar as matérias dos respectivos jornais, em especial o jornal escrito. São
responsáveis pela produção dos cartazes para divulgação, bem como da capa
do Guia de Estudo disponibilizado pela Organização do IX COG.

Equipe de Fotografia

É dever dos fotógrafos registrar, por meio de imagens, a simulação,


tanto dentro do comitê quanto na sala de Informática e demais espaços da
instituição escolar reservados com finalidade de servir para o bom andamento
do evento.

Deveres dos delegados

O delegado é um embaixador plenipotenciário que representa o Governo de


seu Estado Nacional (nação). Cada delegado tem o dever de respeitar as decisões da
Mesa Diretora atuante no comitê; obter permissão antes da fala; salvaguardar e

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advogar os interesses de sua nação de forma cordial e respeitosa com os demais
delegados e participantes da conferência; utilizar sempre o linguajar formal e a norma
culta da língua portuguesa. Todos os delegados devem, ainda, respeitar as decisões de
voluntários e de todos os membros do staff.

Deveres dos Jornalistas

É dever do jornalista reportar tudo o que está acontecendo no comitê por meio do
gênero jornalístico designado para o seu jornal, sendo este na forma escrita, em rádio ou
audiovisual. É importante que o jornalista contemple o posicionamento do veículo midiático
que do qual faz parte, seguindo as diretrizes políticas e ideológicas do mesmo.

Uso de Documentos, Discursos Oficiais e Plágio

Sempre que o delegado fizer uso de documentos e discursos oficiais de seu


país, é necessária a citação da fonte. O uso não autorizado das ideias e trabalhos
alheios como se fossem próprios não será aceito em nenhuma circunstância, pois é
considerado plágio.

Levantamento de questões no debate

Questão de Ordem
Essa questão refere-se à observância e manutenção de todas as regras
procedimentais do debate, ou seja, o delegado poderá recorrer a essa regra
quando achar que a Mesa Diretora se equivocou em uma decisão. O delegado
terá o direito de pedir uma questão de ordem toda vez que a Mesa Diretora do
comitê perguntar se há alguma questão em pauta, entre os discursos. O
levantamento de uma Questão de Ordem não poderá interromper um discurso
e sempre terá sua pertinência decidida pelas Diretoras.

Questão de Dúvida
Essa regra existe para que os delegados solucionem suas dúvidas
relativas às regras procedimentais do debate ou do evento como um todo. A
Mesa Diretora deverá responder prontamente as possíveis dúvidas. É
importante ressaltar que dúvidas relativas ao conteúdo dos debates (posição de

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países, fatos relacionados ao tema ou outras questões) deverão ser submetidas
à Mesa por escrito e somente serão respondidas para todo o comitê̂ caso as
Diretoras julguem necessário.

Questão de Privilégio Pessoal


Única regra que pode ser solicitada a qualquer momento, inclusive
interrompendo o discurso de outro delegado. Deve ser usada com cautela pelo
delegado quando esse sentir extremo desconforto (não estar escutando o
discurso alheio, ou ser interrompido por outro, por exemplo). É indispensável
salientar que o cunho dessa Questão é pessoal, portanto Questões de Privilégio
Pessoal não são relativas aos personagens representados no comitê. Deverá ter
sua pertinência prontamente atendida pela Mesa Diretora.

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Regras do Debate

Quórum

As sessões do debate somente poderão ser abertas se houver a presença de


pelo menos um terço (1/3) dos delegados inscritos. Para votar uma Proposta de
Resolução é necessária a presença de pelo menos a maioria simples (1/2 + 1) dos
delegados creditados no comitê, bem como para que qualquer decisão substantiva seja
tomada.

Debate Formal (Lista Formal de Discursos)

A lista formal de discursos é aberta no início da 1ª sessão por meio de uma


moção proposta por qualquer delegado. Os discursos duram 1min30s para cada
delegação. Para que uma delegação seja adicionada na lista de discursos, basta
inscrever o nome oficial da nação que está representando no documento na lista
disponibilizada pela Mesa, para que uma das Diretoras reconheça a sua inscrição e lhe
conceda a palavra no devido momento. A lista permanece aberta durante todos os
trabalhos do comitê, porém deve ser sobrestada se for aprovada uma moção para
debate moderado ou debate não moderado, ou caso seja introduzida uma Proposta de
Emenda. A lista de discursos pode ser encerrada com a aprovação de uma moção para
fechamento da mesma, conforme descrito a seguir.

Fechamento/Reabertura da Lista de Discursos

Significa que nenhum outro país presente no comitê poderá ser adicionado à
lista de discurso. É uma regra muito usada no debate de emendas e resoluções, e não
em qualquer momento do debate, sendo aprovada somente com votos de maioria
simples (1/2 + 1). Para a reabertura da lista, é necessária a aprovação por maioria
qualificada, ou seja, 2/3 dos presentes.

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Cessão de Tempo

Durante o debate formal (lista formal de discursos), o delegado que tenha feito
um discurso poderá, ao seu término, ceder seu tempo de fala remanescente para a
Mesa Diretora ou para outra delegação. No caso de cessão de tempo à Mesa, a
Diretoria concederá a palavra à delegação subsequente na lista de discursos. Se a
cessão de tempo for a outra delegação, esse terá o tempo remanescente de discurso
para fazer suas considerações. Não haverá cessão de tempo já cedido. Além disso, não
são consideradas pertinentes cessões de menos de 20 segundos.

Cessão de Tempo para Perguntas

Como alternativa de cessão de tempo para outra delegação, o orador


pode ceder seu tempo para perguntas. Nesse caso, a delegação que for
escolhida pela Mesa Diretora, terá tempo indeferível para realizar sua
pergunta. Por sua vez, o delegado terá o tempo remanescente de seu discurso
para responder sua pergunta.

Limitação do Tempo de Discursos

O tempo para o discurso do delegado deverá ser limitado de acordo com a


conveniência da Mesa Diretora ou pela demanda dos presentes no Comitê. Uma vez
estabelecido o tempo (por maioria simples de votos ou por determinação da Mesa
Diretora), caso um discurso exceda tal limite, haverá interrupção. Comumente, o
tempo estipulado para os discursos é de um minuto e meio.

Propostas de Moções

Debate Moderado

É uma forma de debate mais ágil, na qual a Mesa, saindo


momentaneamente da lista de discursos, têm o poder de decidir, por meio de
seu bom senso (em busca de dinamizar e não monopolizar o debate, quando
possível), quem se pronunciará. A aprovação dessa moção dá-se por maioria

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simples (1/2 + 1) e necessita de justificativa, duração total e tempo de cada
discurso. Durante o debate moderado não haverá cessão de tempo.

Debate Semi-moderado

É uma forma de debate em que a mediação é temporariamente


suspensa, e a Mesa intervém somente se houver necessidade. Desta forma, os
delegados facilitam o debate de modo mais dinâmico e sem compromisso com
tempos de discurso. Entretanto, o debate é limitado pelo tempo de duração
estabelecido antes de sua votação. É uma moção aprovada com maioria
simples (1/2 + 1) de votos, com o objetivo de facilitar o intercâmbio de ideias
de uma maneira mais direta do que aquela permitida no debate formal.
Também necessita de justificativa para ser apresentada e tempo total de
duração.

Debate Não Moderado


É uma forma de debate sem a participação da Mesa, limitada somente
pelo tempo de duração estabelecido antes de sua votação. É uma moção
aprovada com maioria simples (1/2 + 1) de votos, com o objetivo de facilitar o
intercâmbio de ideias de uma maneira mais direta do que aquela permitida no
debate formal. Também necessita de justificativa para ser apresentada e tempo
total de duração.

Adiamento da Sessão

Durante a discussão de qualquer matéria, um membro poderá propor


uma moção pelo adiamento da sessão, que requer maioria qualificada (2/3)
para ser aprovada. Após o adiamento, o comitê reiniciará os trabalhos no
horário agendado, para o início da próxima sessão. No IX- COG, a Mesa não
acatará moções para o adiamento da sessão enquanto as crises não forem
solucionadas.

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Encerramento do Debate

Uma vez aprovado, por maioria qualificada de votos (2/3), o


encerramento do debate leva o comitê imediatamente ao processo de votação.
Assim, nenhum delegado poderá realizar novos discursos. Após o
encerramento, a Mesa anunciará o início da votação. A partir de então,
somente estarão em ordem questões e moções para divisão de propostas e para
votação por chamada. É importante ressaltar que a moção para introdução da
Proposta de Emenda também não será posta em ordem. Durante os
procedimentos de votação, nenhum delegado poderá sair do comitê. Se duas
ou mais resoluções estiverem em pauta, os delegados deverão votar na ordem
em que estas foram submetidas, a menos que decidam o contrário por
unanimidade do comitê, ou o debate seja encerrado em alguma resolução
específica.

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Regras de Documentos

Documento de Posição Oficial (DPO)


Os delegados deverão enviar o DPO para o email:
cogracinha2022@gmail.com até às 23h59 do dia 18 de setembro, quinta-feira. O
texto deve ser redigido em somente uma lauda, em linguagem formal, fonte Times
New Roman, tamanho 12, justificado, espaçamento simples (1,15 entre linhas),
primeira linha e margens de 2,5cm. A bandeira do país ou logo da empresa ou ONG,
deve constar no topo da página, à esquerda e o logo da simulação (disponível no
moodle) em cima, à direita. Os delegados devem inserir os nomes das figuras
representadas como assinatura (não escrita) do documento, (ex Carolina Guimarães
Castiel).
O Documento de Posição Oficial tem como função principal expor as
diretrizes da política externa de cada país. Deste modo, deve conter informações que
possam ser úteis ao desenvolvimento das discussões. Propostas para a solução da crise
inicial são bem-vindas nesse documento, pois permitem que as ideias de cada país
fiquem em evidência entre os demais, facilitando ações conjuntas que visem o mesmo
objetivo ou, até mesmo, a formação de blocos de cooperação multilateral. Entretanto,
deve-se utilizar do bom senso para que o documento revele com clareza o
posicionamento da delegação. Mais informações estão disponíveis na publicação de
orientação para a escrita do DPO postada no Instagram do IX COG.

Documento de Trabalho
Os delegados podem apresentar documentos de trabalho, que têm caráter
informal e servem para auxiliar o Comitê e os demais delegados na discussão do
tema. Os documentos de trabalho não precisam conter um número mínimo de
signatários e não são introduzidos por meio de uma moção. No entanto, só serão
distribuídos no comitê após aprovação das Diretoras.

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Documento de Resolução de Fórum

Ao final de cada fórum, as delegações signatárias deverão redigir um


documento explicando o que debateram e suas respectivas decisões e
mobilizações finais. Ao final da simulação, todos os Documentos de
Resolução de Fórum serão redigidos na Agenda de Trabalho da Assembleia
Geral.

Proposta de Resolução
Uma Proposta de Resolução, para ser submetida ao debate, requer a aprovação
da Mesa e a assinatura de uma maioria qualificada (2/3) das representações. Tal
assinatura não significa o patrocínio ao documento, mas sim interesse na discussão
dele. Os delegados podem apresentar uma moção para submeter uma Proposta de
Resolução à apreciação do comitê uma vez que a Mesa Diretora a aprove e todos os
delegados tenham o documento disponível. Quando uma Proposta de Resolução for
introduzida, um dos signatários procederá com a leitura de todas as cláusulas e logo
depois será concedido um tempo para a correção gramatical e ortográfica do texto.
Após tal procedimento, o debate continua a partir do momento em que foi
interrompido. Pode haver mais de uma Proposta de Resolução na pauta de discussão,
porém, cabe lembrar que somente uma proposta referente ao tema abordado poderá
ser aprovada pelo Comitê.

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Regras de Votação

Votação
Cada membro pleno credenciado no comitê tem direito a voto, seja em
questões procedimentais ou substantivas. Cada delegação tem direito a um voto. Cada
delegação pode votar “a favor”, “contra” ou “abstenção” em votações substantivas.
Em questões procedimentais, os delegados podem votar somente “a favor” ou
“contra”. Em caso de empate, a moção não é aprovada. Os votos são contabilizados
através do levantamento de das plaquinhas respectivas de cada delegação, com
exceção da votação por chamada.
Após o procedimento de votação de uma Proposta de Resolução ter acabado, a
Mesa Diretora pode ceder tempo àqueles delegados que pediram para justificar seu
voto, dada uma mudança de posicionamento durante os debates. Justificações não são
permitidas em outros tipos de votação e no caso da votação da emenda. Para isso, na
votação por chamada, é necessário apresentar-se “com direitos” (se houver interesse
nesse discurso) ou “sem direitos” (quando não haverá discurso da delegação em
questão ao final da votação).

Votação por Chamada


Após o encerramento do debate sobre qualquer resolução ou emenda, os
delegados podem propor uma moção para votação por chamada. Esta moção requer
maioria simples (1/2 + 1) para ser aprovada e só é válida para os procedimentos de
votação de resoluções e emendas. Se aprovada, os delegados serão chamados por
delegação, em ordem alfabética, e podem votar “a favor”, “contra”, “a favor com
direitos”, “contra com direitos” ou ainda “abstenção”. Cada delegado poderá ainda
“passar” o voto uma única vez, deixando para declará-lo ao fim da chamada. Nesse
caso, ele não poderá “abster-se” ou justificar seu voto.
Após o término dos procedimentos de votação de uma Proposta de Resolução,
as Diretoras podem ceder a palavra àqueles delegados que queiram exclusivamente
justificar o voto (apresentação dos direitos) devido a uma mudança da postura

21
assumida no debate. Justificativas não se aplicam aos processos de votação de
emendas e demais moções. Isso refere-se aos que foram a favor ou contra com
direitos.

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Regras Específicas da Imprensa
Por Maria Lúcia de Almeida, consultado do IX COG

O dia a dia

A rotina dos jornalistas será organizada a partir de duas atividades principais: a


permanência no comitê, onde devem ser feitos registros das falas dos delegados, e a
redação de textos jornalísticos, no Espaço de Convivência, a partir do material coletado.
Na reunião principal, será admitido um jornalista por jornal, que deverá permanecer
como observador, unicamente. Sempre em silêncio e sem se comunicar com os
delegados, a não ser que queira mandar um bilhete diplomático para uma delegação.
A presença dos jornalistas no comitê será organizada em turnos, de modo que
cada representante permanecerá no debate por 30 minutos. Quando um desses períodos
estiver chegando ao fim, o diretor do jornal os chamará para a reunião. O jornalista deve
se comunicar aos outros de seu próprio jornal o que ocorreu no comitê na hora da troca
de turnos. É importante que, até o momento em que o jornal for concluído, pelo menos
um membro de cada jornal permaneça no comitê e registre as discussões.

Furos jornalísticos

Os jornais terão acesso a notícias exclusivas dadas pelo Secretariado Geral e


pela Diretoria de Imprensa. Essas informações devem ser usadas pensando na estratégia
de cada veículo, no modo e melhor momento para o vazamento. Ao publicar uma
informação exclusiva, um representante do veículo deverá descer e anunciar a notícia,
compartilhada para os delegados, que ouvirão pela primeira vez, isto é, serão informados
do acontecimento naquele momento. Desse modo, a influência jornalística se tornará
ainda mais evidente para a divulgação de furos jornalísticos e a formação de opinião
pública.

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Edição final do jornal e gêneros obrigatórios

Além das notícias exclusivas, divulgadas no decorrer dos debates, cada jornal
contará, com dois momentos de finalização das notícias, uma antes do intervalo de
almoço e outra logo após o final do dia, que será exposta na porta do auditório e entregue
para todos os delegados. Na primeira deadline, o jornal deve contar os seguintes gêneros
obrigatórios: uma reportagem, uma notícia e/ou uma entrevista. A segunda deadline,
por sua vez, deverá conter: um editorial, um artigo de opinião escrito pelo colunista,
uma reportagem, uma notícia e/ou uma entrevista. Por outro lado, os jornais
audiovisuais trabalham com somente uma deadline, composta por um vídeo entre 10 a
15 minutos apresentando os temas e acontecimentos abordados durante o dia. Reitera-se
a importância de um momento em que o colunista possa expressar sua opinião perante o
comitê. Todos os trabalhos devem ser revisados pelo editor-chefe de cada veículo de
comunicação antes de serem veiculadas.

Coletiva de imprensa e entrevistas

A Coletiva de Imprensa é um espaço para que os jornalistas façam perguntas


dentro do comitê. Cada jornal deve elaborar uma pergunta geral, que qualquer delegado
pode responder, e uma pergunta específica para uma delegação. É esperado que as
respostas sejam transformadas em conteúdo para o jornal e que as coletivas de imprensa
sejam valorizadas como um mecanismo para esclarecer questões que surgiram durante o
debate. No IX COG, as coletivas de imprensa acontecerão no horário logo após o almoço
no 1º e 2º dia e antes do almoço no 3º dia.
As entrevistas com os delegados são um mecanismo extra de informação. Elas
podem ser realizadas durante o lanche ou o almoço, em chamada privada, ou no decorrer
do debate, por meio de bilhetes diplomáticos, com qualquer delegação previamente
convidada. Tais entrevistas enriquecem o conteúdo jornalístico.

24
Crise do comitê

A crise, ou seja, o anúncio de um acontecimento que mudará o rumo do debate,


não permite a entrada dos jornalistas. Esses, no entanto, deverão tentar descobrir qual é
o acontecimento que gerou a crise, usando a inteligência. Serão feitas atividades
intelectualmente estimulantes, propostas pelos diretores de imprensa, que levarão ao
descobrimento do secreto acontecimento. Os jornalistas de cada veículo de comunicação
deverão trabalhar entre si para o descobrimento e a publicação da crise anteriormente
aos demais periódicos.

Relação com fotógrafes e cartunistas

O contato des jornalistas com os fotógrafes e cartunistas é incentivado.


Charges e desenhos podem ser solicitados a qualquer momento, através de bilhetes
diplomáticos. Es jornalistas também podem pedir à responsável pelas mídias sociais
para divulgar suas reportagens.

Documento de Posição da Imprensa (DPI)


Cada jornalista deverá enviar um texto de posicionamento, para o email:
cogracinha2022@gmail.com até às 23h59 do dia 18 de setembro, quinta-feira. O
assunto do e-mail deve ser, obrigatoriamente, Documento de posicionamento de
Imprensa do/a (nome do jornal) - (nome do jornalista). O texto deve ser redigido em
somente uma lauda, em linguagem formal, fonte Times New Roman, tamanho 12,
justificado, espaçamento simples (1,15 entre linhas), primeira linha e margens de 2,5cm.
O logo do jornal deve constar no topo da página, à esquerda e o logo da simulação
(disponível no moodle) em cima, à direita. O jornalista deve assinar seu nome (ex. Maria
Lúcia dos Santos de Almeida) em uma folha em branco, escanear sua assinatura e inserir
como imagem na extremidade inferior do documento, acima de seu nome (que deve vir
digitado), ou, o que é preferível, pode tentar fazer uma assinatura digital a ser colocada
no documento.
O Documento de Posicionamento de Imprensa tem como função principal expor
as diretrizes de cada jornal. Portanto, deve conter informações que possam ser úteis ao

25
desenvolvimento das discussões ou da elaboração dos textos. Mais informações na ficha
"Orientação para a escrita de DPO's e DPI's".

Gêneros textuais

O jornal sempre desempenhou uma função extremamente importante na


propagação de notícias e na formação da opinião pública. É um mecanismo que permite
o aprendizado e traz conhecimento, podendo, ao mesmo tempo, possibilitar a
manipulação e alienação de massas. Como qualquer outro veículo de comunicação, o
jornal tem seu formato padrão, tanto estético quanto conceitual. A seguir estão os
gêneros textuais presentes de forma quase homogênea em todos os jornais, bem como
suas características.

Cabeçalho

Parte de cima da primeira folha do jornal. Contém dia da semana, dia, mês, ano e
cidade. Também apresenta o título do jornal, sempre em evidência.

26
Manchete

É o título da principal notícia do dia. Sempre se localiza na primeira página, com


letras grandes e em um lugar de destaque. A manchete é, em grande parte, o principal
gancho para chamar a atenção. Deve ser muito bem estruturada para desempenhar essa
função e atrair es leitorus.

Texto chamada

O texto chamada, ou apenas chamada, se localiza na primeira página, devido a


sua função de remeter ê leitore às matérias completas. É constituído por um título e uma
síntese do texto interno, além de indicar o caderno e a página do mesmo.

Notícia

Texto objetivo e isento

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de qualquer tipo de opinião. Deve ser o mais sucinto possível e responder às seguintes
questões: Quem? O quê? Quando? Onde? Como? Por quê? Estas questões são divididas
em lead e corpo do texto, da seguinte forma:

O título deve ser a síntese do tema tratado, sem antecipar informações presentes
na notícia em si.

Entrevista

Sempre aparece no formato pergunta-resposta. Porém, antes da entrevista


propriamente dita, deve haver um breve perfil do entrevistado, resumo do tema de
abordagem, data e local da entrevista. O título é, normalmente, uma declaração do
entrevistado, sempre colocado entre aspas.

28
Pauta (pré-produção de uma entrevista)

A pauta deve anteceder uma entrevista, e tem a função de organizar e direcionar a


entrevista. Segue o seguinte modelo:

1. Cabeçalho: Deve conter o nome do(s) pauteiro, a data e o logotipo do jornal.


2. Retranca: Duas ou três palavras (separadas por barras) que indiquem o tema da
pauta.
3. Proposta: Apresenta a ideia principal da matéria, em poucas linhas. Tem o
intuito de situar o repórter
4. Encaminhamento: É o direcionamento a ser dado na matéria, ou seja, o que o
pauteiro espera que o repórter desenvolva durante a entrevista. Neste espaço
aparecem sugestões para perguntas
5. Entrevistados: Aqui aparecem os entrevistados, seus respectivos endereços,
telefones para contato e seus cargos/profissões.
6. Anexos: Esse espaço é reservado caso o pauteiro possua algum material extra,
como pesquisas, textos acadêmicos, recortes de jornal, notícias, etc.

Reportagem

É o maior produto da atividade jornalística. Trata-se de uma abordagem extensiva sobre


algum tema específico, podendo conter entrevistas, citações, referências a especialistas
sobre o assunto, etc. Desenvolve com mais profundidade uma notícia, podendo
relacioná-la com outros acontecimentos, além de expressar uma opinião clara sobre o
assunto em pauta.

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Editorial

O texto do editorial é dissertativo, crítico e informativo. Deve desenvolver


argumentos, expor opiniões e relatar um acontecimento. Tem a função de transmitir aes
leitorus a interpretação dos fatos ocorridos, a partir da opinião assumida pelo veículo de
comunicação como um todo. Por isso, não apresenta autoria. Normalmente trata de
temas atuais, relacionados à política, economia ou questões sociais.

Artigo de opinião

Assim como o editorial, é um texto crítico e argumentativo, entretanto, ele é


redigido somente pelo colunista do jornal. A perspectiva assumida é apenas do
personagem representado, não do veículo de comunicação como um todo.

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Telejornal

Igualmente todos os outros modelos apresentados, o telejornal deve ser um vídeo


de entre 10 a 15 minutos onde aborda todos os acontecimentos do dia do comitê. Seu
roteiro deverá seguir um exemplo, contendo: vinheta, local e hora, introdução des
apresentadores, manchetes do dia, introdução da notícia e notícia, reportagem,
entrevista e fechamento. Nota-se que o jornal audiovisual dispõe de um colunista, que
necessariamente terá um momento onde ele expressará sua opinião perante determinado
assunto.

Exemplo de um roteiro de telejornal


Música e apresentação do jornal (vídeo padrão)

ÂNCORA 1
Começa agora o jornal que é a cara do Brasil! A notícia de sua cidade, do seu estado e do
Brasil no Jornal da Cidade. Você sempre bem informado!

ÂNCORA 2
Boa tarde/noite. São exatamente 8:00 da noite em Brasília.

ÂNCORA 1
Boa noite! Começa agora o Jornal da Cidade. Eu sou Luiz Melo Lula.

ÂNCORA 2
E eu sou Fabíola Unzelte. Fique conosco até as 9:00 da noite.

ÂNCORA 1
Crianças de escola pública recebem uniformes para o inverno.
ÂNCORA 2
Moradores de rua recebem casacos para o inverno.

ÂNCORA 2

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Motorista é flagrado em alta velocidade.

ÂNCORA 1
Obra da Santo Amaro causa piora no trânsito na cidade.

ÂNCORA 2
Homens são presos por tentativa de assalto a um banco.

ÂNCORA 2
Finalistas da última edição do Paulista, Corinthians e Palmeiras voltam a se encontrar na
terça-feira. (imagens para ilustrar as manchetes)

Efeitos sonoros de introdução de notícia.

APRESENTADOR 1
Finalistas da última edição do Paulista, Corinthians e Palmeiras voltam a se encontrar na
próxima terça-feira, às 21 horas, no Itaquerão. O duelo é considerado decisivo para as duas
equipes, que estão separadas na tabela por apenas três pontos. O Corinthians ocupa no
momento o 12o lugar, quatro posições acima do Palmeiras, hoje em 16o. Fique agora com o
Repórter Plinio Labriola.

REPÓRTER 1
O clima é de tensão tanto com os jogadores do Palmeiras quanto com os jogadores do
Corinthians, pois ambos estão na luta por mais essa classificação. Quem vai contar um pouco
sobre a expectativa do time para esse jogo é o jogador Paulo Crispim que está aqui na linha.

(câmera muda em direção ao entrevistade)

Paulo, o que você tem a dizer para os torcedores e ouvintes da rádio Brasília FM que estão
ansiosos para o jogo da próxima terça-feira?

ENTREVISTADO 1

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Eles podem estar certos de que estamos bem preparados e que vamos dar o melhor de nós
nesse jogo. Vai ser ganhar ou ganhar. Vai Corinthians!

Câmera retorna para os apresentadores.

APRESENTADOR 1
Que interessante! Certamente todos os torcedores estão ansiosos para a grande decisão da
próxima terça-feira.

APRESENTADORA 2
Esse foi o 1o bloco do jornal da cidade. Logo após voltamos com o nosso colunista José
Pedro em mais uma edição de Sem Filtro e com mais notícias.

Música e vídeo de vinheta.

Cargos da Imprensa
Cada jornal será subdividido em cargos. Os jornalistas receberão um papel e deverão
segui-lo de acordo com o que sua posição exige. A divisão reflete cada papel e dever de um
verdadeiro veículo de comunicação, visando uma imprensa mais organizada.

Revisor
A responsabilidade primordial de ume revisor consiste em analisar os textos escritos,
assim os corrigindo e mudando aquilo que acredita ser necessário. O revisor não é, de certa
forma, impedido de auxiliar na escrita das reportagens, porém, ele obrigatoriamente deverá
revisar o produto final.

Redator
O redator atua na redação das notícias, reportagens, editoriais e entrevistas, sempre
seguindo seus padrões de escrita e opinião política de seu jornal. O veículo dispõe de entre
um ou dois redatores.

33
Editor-chefe
O editor-chefe é encarregado pelo conteúdo e decisões do jornal. Ele tem como
objetivo orientar as etapas dos outros cargos, definindo também a política abordada no
editorial. No final da deadline todos os textos deverão, impreterivelmente, ser aprovados pelo
editor, que entregará o trabalho final ao diretor de seu jornal.

Colunista
Diferentemente de outros cargos, o colunista é um especialista que trabalha redigindo
artigos de opinião para o jornal. Seus textos não necessariamente são noticiosos, eles em sua
maioria abordam da própria figura representada. Reitere-se também a possibilidade do
colunista auxiliar na escrita de outros textos, porém, atendendo-se sempre ao seu trabalho. É
de suma importância que o colunista estude seu personagem, entenda e transpareça sua
opinião com clareza e precisão.

Repórteres (presente somente no jornal audiovisual)


Responsáveis pela sugestão do que é relevante, captação e contação das histórias do
jornal. Interpretam as informações fornecidas desenvolvendo as reportagens e realizando as
edições. Não necessariamente se limitam somente a redigir as reportagens.

Comentaristas (presente somente no jornal audiovisual)


Igualmente ao colunista, o comentarista está presente somente nos jornais
audiovisuais, sendo um especialista ou não. Ele cumpre a função de comentar e dar sua
opinião perante os assuntos abordados no dia. Reitera-se a necessidade de representar a
opinião dada por sua figura retratada, mantendo sempre o respeito e decoro.

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Assembleia Geral
Assembleia Geral é uma reunião anual entre diversas nações e/ou corporações com o
objetivo de debater algum assunto mundialmente relevante. Neste comitê, com a participação
de países, empresas e ONG 's, debateremos sobre a Exploração dos Oceanos, e como cada
representação nesta assembleia impacta nas dinâmicas diplomáticas e naturais. Tendo isso em
vista, as nações, representadas por delegados do país, não possuem de fato poder de ação,
mas sim poder de influências e acordos. Já as empresas e ONG´s, representadas por seus
respectivos CEO (Chief Executive Officer)´s e diretores, poderão ter ações diretas no comitê,
mas que sejam verossímeis ao tempo, e as intenções da corporação.

Durante o andamento do comitê, por meio de uma moção ou sugestão vinda da mesa,
as delegações podem se reunir em fóruns para o debate de temas menos abrangentes. Esses
fóruns podem ser divididos através de inscrições por preferência de tema, ou até por pré-
divisões estabelecidas pela organização. Estes serão encontros com um quorum menor do que
as Assembleias Gerais, com o objetivo de promover debates especializados em temas
específicos. Para que estes ocorram, a organização informará no início da sessão que esta será
destinada aos fóruns.

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Diplomacia
Os senhores não devem dar uma chance à diplomacia, mas todas. A diplomacia é o
alicerce de uma Assembleia Geral. Diplomacia resume-se em um instrumento para o
estabelecimento e desenvolvimento dos contatos pacíficos entre entidades, é a ação
civilizada e pacífica de se relacionar com diferentes grupos. A diplomacia é a forma como as
nações civilizadas lidam com os seus antagonismos.
O significado atribuído, então, ao termo diplomata, precede de tal definição, “Uma
pessoa profissionalmente engajada na arte da diplomacia enquanto membro de um serviço
diplomático''. Os senhores devem agir de acordo com a política interna e externa de seu país,
mas lembrem-se não é um teatro, como diplomata seu dever é sempre e acima de qualquer
coisa respeitar o direito comum.
O papel do diplomata consiste em forjar e mediar relações amistosas e pacíficas, seja
entre países e seus pares, Organizações Internacionais, empresas, ou quaisquer outras
entidades. Sua crescente importância, como demonstrado no corpo desta redação, reside na
progressiva interconexão e interdependência do mundo (pós)moderno; isto é, quanto mais
dependentes os Estados e entidades que compõem o Sistema Internacional tornam-se uns dos
outros, mais imperativa é a necessidade de construir redes de diálogo e consensos entre todos
esses atores.

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Temas norteadores
___________________________________________________________________________

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Desequilíbrio ambiental

Desequilíbrio ambiental, em seu significado bruto, é quando há algum acontecimento,


tanto antrópico ou natural (terremotos, erupções vulcânicas, tsunamis) que desconcerta
negativamente o equilíbrio do dito ecossistema. Os impactos dos seres humanos na natureza
estão crescendo paulatinamente, aumentando a repercussão em habitats naturais e causando
diversos desequilíbrios ambientais, que por sua vez, afetam a cadeia alimentar, podendo
modificar inteiramente um ecossistema.
Como é evidente na natureza, cada espécie possui particularidades que se adequam a
um específico habitat. Cada espécie desenvolve certas características para sobreviver no meio
sobre o qual habitam. Qualquer alteração no meio pode causar um gigantesco impacto nas
espécies, desde na alteração de suas características até sua possível extinção, que desencadeia
outras inúmeras consequências, tal como uma reconfiguração na cadeia alimentar.
Diversos podem ser os motivos para causarem o desequilíbrio nos ecossistemas, o que
não se diferencia nos Oceanos. Os mesmos podem variar desde poluição marinha,
sobrepesca, erosão, tráfego marinho e o infame aquecimento global.
O aumento das temperaturas está aquecendo gradativamente os oceanos, causando
desequilíbrio em todo planeta, visto que as espécies, consequentemente , não se adaptam à
mudança de temperatura, fazendo com que os mares percam uma porcentagem significativa
de sua diversidade.
É importante ressaltar que a acidificação dos oceanos é também um dos impactos do
aquecimento global. Como explica Marcos César de Oliveira Santos, coordenador do
Laboratório de Biologia da Conservação de Mamíferos Aquáticos e professor do Instituto
Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP) "Esses sistemas são sustentados por
uma sensível interação entre espécies que têm limites estreitos de tolerância à variação da
acidez da água do mar (causada pelo aumentos de CO2). Como consequência, temos o
fenômeno que conhecemos como branqueamento e até a morte dos corais." É importante
relembrar que os corais são verdadeiros oásis marítimos, abrigando diversas espécies que
criam um ecossistema completo em seu interior. Desta forma, grande parcela da população
marinha, e terrestre, recebe impactos deste desequilíbrio ambiental causado pela produção
excessiva de gás carbônico por meio da ação antrópica.

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O aquecimento global tem diversas repercussões no cenário ocêanico, que
consequentemente também afeta os âmbitos terrestres. Entre eles, se tem o aumento das
temperaturas artificiais, causando o derretimento de geleiras, e consequente aumento do nível
do mar, afetando tanto populações costeiras, quanto espécies das regiões gélidas.
Como já declarado pela ciência, os oceanos absorvem grandes quantidades de CO₂ e
calor da atmosfera, evitando um aquecimento maior. Através da circulação oceânica, esse
calor é distribuído pelas diferentes regiões e profundidades dos oceanos. Dito isto, há
também alterações de temperatura de correntes marinhas com efeitos no transporte de
nutrientes e na produção de oxigênio (os mares circulam nutrientes que alimentam diferentes
formas de vida marinha). Se hoje existe vida na Terra, é graças à quantidade de oxigênio
produzida pelos oceanos e liberada na atmosfera – cerca de 70% do total. Por fim, há também
mudanças dos ciclos oceânicos que potencializam fenômenos como o El Ninõ (Fenômeno
atmosférico-oceânico que provoca o aquecimento anormal das águas do Oceano Pacifico
tropical), além do aumento de intensidade de furacões e tufões.
O Aquecimento Global também está afetando as espécies marinhas, e, como
evidenciado por estudo publicado pela Revista Science em 2020, o aumento das temperaturas
e a acidificação estão impactando os plânctons, base da cadeia alimentar, desta forma tendo a
capacidade de impactar toda a pirâmide alimentícia.
Há também a poluição marítima de diversos materiais, sendo os mais destacados o
plástico e os metais pesados. Pode-se notar sua acumulação nas ilhas de lixo nos oceanos que
flutuam no Pacífico do tamanho da França. Os animais se encontram presos ou asfixiados por
eles, ou mesmo os ingerem, principalmente as partículas, tal como o microplástico, havendo a
bioacumulação em seus organismos, que são repassados para os seus predadores.
Ademais a sobrepesca afeta espécies em específico, podendo causar sua extinção,
principalmente pela pesca predatória e industrial. Os transportes marítimos também são
grandes desequilibradores ambientais, já que se voltam para as águas de lastro (água captada
pelo navio para manter seu peso e segurança) depositando diversas micro-espécies em áreas
completamente diferentes do planeta, afetando inteiramente a cadeia alimentar.
Desta forma se percebe que, ou por meio natural ou antrópico, diversos fatores podem
causar o desequilíbrio oceânico, que por sua vez afeta os âmbitos terrestres igualmente, visto
que ambos são inteiramente interligados e dependem um do outro para que funcionem, uma
dinâmica característica da natureza.

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Dinâmica marítima

Em luz de sua cobertura de aproximadamente 70% de toda a superfície terrestre, os


oceanos e suas dinâmicas são intrínsecas no funcionamento do planeta e nas relações intra e
interespécies. Possuindo algo em torno de 1,3 bilhão de quilômetros cúbicos de volume
d'água, a atuação oceânica na regulação climática e no direcionamento das correntes de ar
torna-se não somente fundamental à vida, como também à subsistência e à economia
humanas.
O ramo responsável pelo estudo e análise da dinâmica marítima é a Oceanografia,
uma vertente que une geografia física, geologia, biologia, química e a meteorologia. Embora
existam reflexões sobre o funcionamento dos mares desde a Grécia Antiga (Aristóteles: 380
a.C.), só se tomou uma proporção de uma ciência moderna na segunda metade do século XIX
(1872) com C.W. Thompson e John Murray, considerados os primeiros oceanógrafos. Sendo
ainda o início, os dois se limitaram ao entendimento da relação entre os ventos e as correntes
marítimas. A inserção da geologia como integrante na ciência dá-se em 1950 com a
descoberta da Dorsal Mesoatlântica e a Teoria da Deriva Continental, idealizada por Alfred
Wegener e confirmada pela geóloga e cartógrafa Marie Tharp.

Movimentação de Placas Tectônicas


Placas tectônicas são fendas na crosta terrestre que se movimentam e, eventualmente,
se chocam. Suas movimentações podem causar terremotos ou maremotos (se estiverem
inseridas no contexto oceânico). Há três tipos de situações em relação às placas tectônicas: a
Zona de Divergência (movimento contrário); Zona de Convergência (obducção: movimento
lateral); Zona de Convergência (subducção: choque das placas).
Seus efeitos podem apresentar risco alto à sociedade, principalmente variando entre
sua magnitude e sua localização. A magnitude do terremoto é expressa pela função: M = log
A - log A0, em que M é a magnitude, A é amplitude máxima e A 0 é a amplitude de referência.
Segundo a escala Richter, terremotos com magnitude a partir de 6 indicam graves danos.
Maremotos, por sua vez, apresentam ainda mais riscos. Com o tremor por eles
causado, podem surgir Tsunamis, que são letais para a vida. Tsunami vem das palavras
japonesas Tsu, que significa porto, e Nami, que significa onda, indicando a invasão das ondas
à terra firme. O cálculo de um tsunami é complexo e exige muitas variáveis, o que dificulta a

40
identificação rápida desse fenômeno. Agências de segurança de países sujeitos aos tsunamis
muitas vezes optam pelo alerta do tremor marítimo e avisam que existe a possibilidade da
formação da super-onda.

Papel na Regulação do Clima


Os oceanos apresentam influência direta na regulação climática, seja por suas
correntes de ar ou pelo seu papel de absorção. As chamadas correntes marítimas, massas de
água que se deslocam sem se misturarem (isso é, preservando suas características integrais)
são fundamentais para a dinâmica climática. Elas podem ser divididas em dois: as correntes
frias e as correntes quentes. A ida ou a chegada delas pode significar alterações na
temperatura e na presença ou não de certas espécies no local. As correntes frias são aquelas
que se originam na região dos polos e rumam à Linha do Equador, enquanto as correntes
quentes se originam nas latitudes centrais e seguem às localidades polares. Existem algumas
correntes específicas que se mantêm ao longo dos anos e possuem fluxos fixos.
Além de representarem um dinamizador, os oceanos são responsáveis pela absorção
de toneladas de gases emitidos e da luz solar, sendo considerado um balanceador do sistema.
Ao absorverem principalmente CO2 (por conta dos fitoplânctons presentes), o Efeito Estufa é
regulado, sendo impedido de crescer de maneira exponencial e infinita. A luz solar, por sua
vez, representa a elevação de temperatura no planeta. Por conseguinte, esse calor captado é
distribuído pelas correntes marítimas e pela umidade oceânica que, posteriormente, será
precipitada, regulando também o regime de chuvas.

Representação das principais correntes marítimas.

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Biologia Marinha
Pode-se considerar os oceanos uma das principais fontes de vida do planeta Terra,
principalmente levando em conta que estes cobrem 71% da superfície terrestre. Dentre todas
as riquezas que alojam-se nas profundezas do mundo, os organismos vivos que habitam o
espaço são o foco dos estudos da chamada biologia marinha: é a ciência que busca
compreender as espécies de águas salgadas, suas interações com o meio ambiente e entre si.
É importante ressaltar que "águas salgadas" remetem a muitos ambientes diferentes de apenas
os mares e oceanos: existem múltiplas águas que se encaixam nesta categoria (mangues,
costões, recifes, estuários, atóis…)
A ciência em questão foi criada utilizando-se do método científico, o qual tem suas
etapas organizadas da seguinte forma: observação de um problema ou dúvida,
questionamento acerca do elemento natural observado, hipóteses levantadas em cima de uma
possível explicação do padrão em análise, experimentação que colabora na revelação da
resposta, avaliação dos resultados e conclusão sobre a pergunta inicial. A escolha do método
foi feita com o objetivo de evitar possíveis erros de pesquisadores na análise da natureza, pois
este possibilita inferências de desdobramentos futuros, essas supostamente produzidas a partir
de observações ainda no meio natural.
A biologia marinha é um estudo de extrema amplitude, e é exatamente por este
motivo que cada uma de suas etapas de produção possuem uma variedade de maneiras para
serem realizadas. A própria observação da vida marinha, por exemplo, pode ser efetuada
sempre se adequando ao grupo de animais que serão analisados. Pode-se dizer que os
métodos mais utilizados atualmente são o uso das redes de arrasto em prol da captura de
peixes; redes manuais e cilindros para a coleta de plâncton; a realização de censos visuais por
mergulhadores para investigação da flora e fauna subaquática; mais recentemente, a
utilização de veículos operados remotamente e imagens de satélite, que mapeiam e rastreiam
diferentes ambientes marinhos e organismos que os habitam.
É válido reafirmar a complexidade desta ciência considerando a necessidade de
criação de subáreas dentro de seus tópicos. Dentre todas, destacam-se como uma das
principais a Microbiologia Marinha (estudo de bactérias, protozoários e algas de pequeno
porte - elementos críticos da produtividade marinha). Para além disso, há uma seleção de
principais animais estudados na biologia marinha, sendo estes peixes, mamíferos marinhos,

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plânctons, zooplânctons e fitoplânctons, bentos e fitobentos, néctons e invertebrados
marinhos.

De certa maneira, sempre diminui-se a importância do estudo da biologia marinha,


mesmo que este seja tão relevante, principalmente considerando a época de exponencial
crescimento do aquecimento global a qual o planeta se encontra. Tanto a ciência geral quanto
a própria ecologia marinha são de importância primordial no funcionamento da sociedade
humana, considerando o quanto os sistemas marinhos são vitais para a Terra e como é
necessário, desta forma, a obtenção de conhecimento acerca dos impactos da poluição e
exploração humana nas águas salgadas. Com a análise de padrões feita na biologia marinha, é
possível identificar e analisar os problemas, garantindo uma futura conclusão acerca da
resolução da questão inicial.
Toda essa vida marinha tem uma importância incalculável, cada parte cumpre com
um papel e uma função, e qualquer estrago feito torna-se um efeito em cadeia. No contexto
global atual sabe-se que a vida marinha corre risco, foram cometidos a ela diversos crimes
que têm cada vez mais desencadeado em problemas. Todas as destruições do humano, a
pesca em larga escala, a poluição marinha, o aquecimento global e etc vem levando o oceano
a passar por uma morte em massa. A mudança necessária para reverter esse contexto carece
de decisões definitivas de mudanças de mentalidade e principalmente de políticas.
Desta maneira, é mais do que válido afirmar que, na resolução de qualquer espécie de
problema que envolva os ecossistemas em funcionamento nas águas salgadas (seja este desde
ecológico até explicitamente político) terá sua resolução propriamente adiantada uma vez em
que se estude a fundo a biologia marinha: ali são identificados diferentes problemas,
entretanto, pode também acabar sendo o ponto de partida para inovadoras soluções.

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Microplásticos

Nas últimas décadas a produção de plástico tem aumentado significativamente. Os


seres humanos geraram 8,3 bilhões de toneladas métricas de plástico desde o final da
Segunda Guerra Mundial. Isso pode ser justificado pelo baixo custo, alta durabilidade e
resistência à radiação do produto.
Os microplásticos são uma das maiores ameaças ao nosso meio ambiente, afetando-o
em todos os âmbitos. Eles são pequenos fragmentos e grânulos de plásticos, com menos de
cinco milímetros de comprimento. A sua origem pode ser primária ou secundária: podem ser
produzidos milimetricamente ou serem formados pela degradação e quebra do plástico. Os
mais comuns são o polipropileno (presente em embalagens, copos plásticos, etc) e o
polietileno (usado em sacolas e garrafas pet). Esses plásticos geram grandes quantidades de
resíduos que normalmente são descartados de forma incorreta.

“Os microplásticos têm grande potencial para alterar a biota e o ecossistema


oceânico do nosso planeta como um todo”, diz o físico Paulo Artaxo, do
Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e membro da
coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas
Globais. “Esse tipo de poluição tem efeitos ainda não totalmente entendidos e
quantificados. Precisamos de muita pesquisa científica para caracterizar o
material e estudar a extensão de sua distribuição, suas concentrações, seus
efeitos nos ecossistemas e sobre os seres vivos e como removê-lo do meio
ambiente.”

Esses plásticos se deparam no meio ambiente de diversas maneiras. A lavagem de


roupa de tecidos sintéticos é uma das causas mais faladas nas redes, já que choque mecânico
(que ocorre principalmente nas secadoras) da roupa faz com que os microplásticos se
desprendam e, como a maioria das máquinas não são equipadas com filtros especializados
nesse tipo de despejo, as substâncias acabam sendo levadas para o mar. Felizmente, a Grã-
Bretanha visa criar uma nova regulamentação para que todas as máquinas de lavar tenham
filtros de microplásticos até 2025. O mero atrito de um membro do corpo com o outro já
libera microplásticos quando uma pessoa usa roupas de fibras têxteis sintéticas plásticas,
fazendo com que essa poeira possa ser inalada, ir para alimentos ou juntar-se ao vapor.

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Cosméticos e produtos de higiene também são causadores, pois podem ser produzidos
com partículas de polietileno (comumente usada para a esfoliação da pele), as quais acabam
caindo direto no esgoto e não são retiradas pelos filtros, pois são muito pequenas. Tinta
acrílica e látex usados na produção de carros, casas e barcos geralmente se desprendem e são
despejados no mar formando uma camada de microplástico na superfície do oceano,
ameaçando a vida marinha e, inclusive, a humana.

Detalhe da água do mar contaminada por microplásticos.

O abandono e descarte de equipamentos de pesca, chamado de pesca fantasma, causa


a liberação de plástico diretamente no oceano dado a degradação desses instrumentos.
Nurdles, um plástico produzido com tamanho reduzido (são a maneira mais econômica de
transferir grandes quantidades do material para fabricantes de uso final do material) ao serem
transportados, pode ocorrer o despejo acidental no mar ou nas estradas. Outro material
similar são os pellets, feitos da mesma maneira, mas em formato cilíndrico e ao serem
despejados contaminam o solo, os animais e os corpos hídricos.
E finalmente o descarte incorreto. Uma das principais causas da poluição por
microplásticos. 8 milhões de toneladas de resíduos plásticos são descartados incorretamente
em rios, oceanos e lagos por ano. Uma vez que chegam na água, eles entram na cadeia
alimentar, inclusive da dieta humana: em abril de 2022 foi feito um estudo que sugere que
uma pessoa comum ingere 5 gramas de microplásticos por semana. De acordo com uma
pesquisa realizada pela Universidade de Bayreuthquase todos os mexilhões do mundo estão
contaminados, mas os principais locais onde isto ocorre são na Indonésia, no Reino Unido e

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na Austrália. Além disso, outro estudo feito pela Society for Risk Analysis informa que a
água potável é uma fonte significativa desta entrada no micro-organismo humano.
Um dos impactos no dia-a-dia é que estes produtos incorporam partículas tóxicas ao
atuarem como captadores de poluentes orgânicos persistentes. Os microplásticos aumentam a
toxicidade dessas substâncias em até duas vezes e além de ficarem no meio ambiente por
muito tempo, pois tem uma meia vida longa, elas podem se fixar na gordura do corpo, sangue
e fluidos corporais de animais e humanos.
A flora também sofre com a poluição por microplásticos. Uma equipe de
pesquisadores da Universidade de Massachusetts Amherst e da Universidade Shandong, na
China confirmaram que os microplásticos presentes no solo estão afetando o crescimento das
plantas, pois podem reduzir sua biomassa total, influenciando no valor nutricional e no
rendimento das safras.
Similarmente a vida animal é gravemente afetada. Pesquisadores da UFPA foram
capazes de mostrar que 30% dos peixes amazônicos têm o intestino contaminado por
partículas plásticas. O desenvolvimento de anormalidades nos animais também ocorre,
devido a produtos químicos que os microplásticos liberam no oceano. A Universidade em
Exeter, na Inglaterra demonstrou que larvas de ouriços-do-mar que tiveram contato com esses
compostos tóxicos apresentaram deformidades nos seus esqueletos e complicações no sistema
nervoso. Baleias, plánctons, bivalves, peixes e outros animais marinhos confundem esse
material tóxico com comida, o que afeta grandemente sua saúde e, se consumidos por
humanos após serem pescados, o plástico não se degrada e passa a danificar a saúde humana
também. Um relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO)
informava sobre a presença de microplásticos em até 800 espécies de peixes, crustáceos e
moluscos.
A alimentação humana é o principal foco de cientistas. Alimentos, só ao serem
embalados com plástico, já sofrem contaminação e os humanos, ao consumirem esses
produtos ingerem substâncias danosas que estão comprovadamente associadas com doenças
cardíacas graves, câncer, diabetes, déficit de atenção, entre outros. A ingestão de
microplásticos através da comida, do ar e da água também pode causar lesões celulares, como
dano nas paredes das células, reações alérgicas e mortes celulares.
Recentemente estão sendo publicados mais e mais estudos confirmando a presença
desses plásticos em locais inesperados do corpo humano, como na corrente sanguínea,
significando que eles podem viajar pelo corpo e se alojarem em alguns órgãos. Sua presença

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foi encontrada atualmente no fundo dos pulmões de pacientes vivos e até na placenta de
mulheres gestantes, algo que possui um papel crucial no desenvolvimento dos fetos
Alguns países já estão fazendo sua parte para combater a proliferação de
microplásticos, mais de 60 de acordo com um relatório da ONU de 2018. O Reino Unido, os
EUA, o Canadá e a Nova Zelândia já proibiram a fabricação de produtos de cuidados
pessoais que contenham microesferas. A União Europeia em julho de 2021 colocou em
prática um acordo provisório para proibir o plástico de uso único caso hajam alternativas
acessíveis além disso essa nova legislação impõe obrigações de gestão e limpeza de resíduos
aos produtores.
Ainda assim, a poluição por microplásticos afeta todos os âmbitos da vida na Terra e
está onipresente em nosso dia-a-dia. Devem ser realizadas mais pesquisas científicas e
propostos mais projetos para a erradicação dessa ameaça. “Os grandes desafios dos oceanos
não podem ser resolvidos por um único país”, diz a bióloga marinha Isabelle Schulz, do JPI
Oceans e do Consórcio Alemão para a Investigação Marinha, lembrando que as águas
oceânicas conectam todos os continentes. “É importante ter uma abordagem integrada para
pesquisa e monitoramento dos microplásticos. Essa chamada conjunta promove a saúde e a
produtividade de mares e oceanos e lida com as pressões dos impactos humanos e da
mudança climática sobre esses ecossistemas”, diz a pesquisadora alemã. “O conhecimento
obtido poderá ser traduzido em políticas públicas e produtos e serviços profícuos.

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Pesca predatória

A pesca predatória é definida como a retirada de indivíduos de uma população natural


em uma velocidade superior à capacidade de recuperação do estoque. Portanto, no caso
marítimo, a quantidade de peixes removida é maior do que a reprodução de novos, levando
ao declínio e, em casos mais acentuados, à extinção da espécie. Essas, podem estar
suscetíveis a dois tipos de pesca predatória: de recrutamento e de crescimento. No primeiro
caso, há uma redução significativa no número de indivíduos adultos, comprometendo a
reprodução e, consequentemente, o recrutamento de indivíduos. No segundo caso, de
crescimento, os indivíduos jovens são o foco, mantendo os níveis de recrutamento.
Esse tipo de pesca, leva consigo diversas empresas fantasmas, como mostra o
documentário da Netflix “Seaspiricy”, em que o diretor vai atrás dessas empresas e pessoas.
Para sua surpresa, ele se depara com diversas empresas que estão fazendo todo o trabalho
sujo por trás das cortinas, e quando procuradas, se dizem inocentes ou evitam dar
informações. Dentre essas empresas que contribuem com a pesca predatória, grande parte diz
estar fazendo o contrário, como propagandas ambientalistas, projetos contra utilização de
canudos etc. Quando, na realidade, estão destruindo o meio ambiente marinho ou investindo
em outras empresas que fazem isso. É perceptível a máfia interligada por trás dessas
destruições ambientais, colocando a população como fantoches de propagandas a favor da
sustentabilidade.

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Extinção ou redução de espécies são apenas um dos impactos causados por essa
prática. Mudanças na idade de maturação das espécies, ou seja, a idade em que os peixes
tornam-se aptos a reproduzir, também foram constatadas em várias populações sobre
exploradas, revelando que os indivíduos passaram a se reproduzir em uma idade mais jovem
em comparação aos integrantes de populações em equilíbrio. A sobrepesca também gera
impacto através da captura acidental de espécies que não são o alvo da pescaria comercial,
que acontece quando os materiais de pesca não são bem selecionados.
Essa prática também é responsável pela pesca fantasma, elétrica e arrastão. Na
fantasma, ocorre a morte de peixes e outros animais marítimos devido ao lixo gerado pela
atividade pesqueira, principalmente os restos de equipamentos de pesca descartados nos
oceanos e mares. Já na pesca elétrica, os peixes são caçados com impulsos elétricos, através
da utilização de arrasto de vara, redes seguradas por uma estrutura rígida que consegue
apanhar peixes. Neste caso a rede tradicional é substituída por uma rede elétrica. A pesca de
arrastão, ou pesca de arrasto é uma prática realizada pela indústria da pesca no mundo todo,
na qual uma grande e pesada rede é arrastada ao longo do fundo do oceano para recolher tudo
o que estiver em seu caminho. Essa pesca em específico, tem como foco a captura de grandes
quantidades de espécies não visadas, chamadas coletivamente de “capturas acessórias”, assim
como a destruição de leitos de águas rasas. Uma pesquisa publicada em ações pela
Proceedings of the National Academy of Sciences revela que esse método também provoca
consequências de longo prazo e alcance no fundo do oceano e além.
Segundo o National Geographic de 2019, “enquanto o estoque global de peixes que
alimenta centenas de milhões de pessoas diminui, as nações estão se esforçando para
concluir, até o fim do ano, um acordo internacional que proíbe subsídios do governo à pesca
predatória”. Em contrapartida, uma nova pesquisa demonstra que os governos, na verdade,
aumentaram o apoio financeiro destinado a práticas pesqueiras que dizimam a vida marinha,
apesar das promessas públicas de reduzir esse tipo de benefício. Entre esses, estão países
como China, que opera a maior frota pesqueira do mundo, aumentou o valor dos subsídios
nocivos em 105% na última década. Atualmente, cerca de 35% da produção mundial de
pescados é proveniente de países asiáticos, entre os quais se destacam: China, Índia, Vietnã,
Indonésia, Bangladesh e Filipinas, essa enorme participação no mercado se deve ao aumento
do número de frotas.

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Apesar desses dados, ainda é muito difícil encontrar os principais financiadores da
pesca, sejam diretos ou indiretos, pois a intenção das empresas e corporações sempre é
encobrir pistas e rastros, sem vincular o nome a nenhum tipo de atividade não sustentável.

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Poluição por petróleo

O petróleo é uma fonte não renovável, formada de hidrocarbonetos por um processo


de milhares de anos de decomposição de diferentes organismos em contato com diversos
fatores como a temperatura, a pressão, a ausência de oxigênio e etc. Para a extração da
substância é necessário 3 etapas: a prospecção - localização dos depósitos em bacias
sedimentares, a perfuração - a fim de analisar a viabilidade econômica da extração e por fim,
a extração - utilizando bombas em plataformas e navios. Quando feito este processo, a
substância é levada às refinarias, passando pela etapa da decantação, a filtração e a destilação
fracionada.
O petróleo é atualmente uma das fontes de energia mais utilizadas no mundo além de
ser capaz de gerar diversos subprodutos utilizados pela sociedade. A indústria de extração de
petróleo no mar iniciou-se nos anos de 1930 e 1950, na Venezuela e no Golfo do México.
Depois de um tempo, a exploração se expandiu para as regiões do Mar do Norte, estimulando
o surgimento de várias empresas.
Este ano, a Agência Internacional de Energia (AIE) previu que a demanda global de
petróleo aumentará 3,3 milhões de barris por dia no próximo ano, chegando a 99,5 milhões de
barris por dia. Isso corresponderia ao recorde de demanda anterior em 2019.

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Atualmente, 10 países concentram as maiores reservas de petróleo existentes no
planeta, distribuídos nas Américas, Ásia e Oriente Médio, e cada um deles enfrenta
dificuldades diferentes para extrair o combustível. Na Venezuela, por exemplo, a maior parte
do petróleo é pesado, o que encarece a extração. É por isso que, apesar de possuir cerca de
300,9 bilhões de barris em seu território, a Venezuela não é uma nação rica. Outro país que
também enfrenta problemas com a extração do combustível é o Canadá, que também é
detentor de grandes reservas de petróleo pesado. Considerando que o nível de consumo de
um país está diretamente relacionado ao seu poderio econômico, pode-se dizer que quanto
mais desenvolvido for um Estado, mais dependente do petróleo ele se torna.
Segundo a OPEP, no ano de 2018, o mundo consumiu petróleo como nunca: cerca de
98,82 milhões de barris por dia. Atualmente, os países com as maiores reservas mundiais são:
Venezuela, com 300,9 bilhões de barris, Arábia Saudita com 266,5 bilhões de barris, Canadá
com 169,7 bilhões de barris, Irã com 158,4 bilhões de barris e Iraque com 142,5 bilhões de
barris. No ranking, os Estados Unidos encontram-se na 11º posição, com 36,5 bilhões de
barris, e o Brasil na 15º posição, com 12,7 bilhões.
Além da extração comum que conhecemos, o petróleo pode também ser extraído
através da nanotecnologia. Essa, é uma espécie de engenharia microscópica que acontece em
escala nanométrica, o que equivale a 0,000000001 de 1 metro.
Atualmente, recursos prontamente exploráveis vêm diminuindo rapidamente, e a
dificuldade em descobrir reservatórios de petróleo e gás está aumentando ainda mais, e
consequentemente as despesas de exploração continuarão a aumentar. O consumo global de
energia está aumentando constantemente a cada ano, impulsionando a indústria em buscas
para atender essa demanda o uso de macro e micro materiais convencionais vem sendo uma
alternativa de solução.
A nanotecnologia é um assunto da área que teve um impacto revolucionário em
muitos aspectos, desde tratamentos médicos até eletrônicos. É uma tecnologia considerada
um divisor de águas na exploração de recursos de petróleo e gás, e espera-se que contribua
significativamente para o desenvolvimento de tecnologias de energia baseadas em fósseis nos
próximos 30 anos. Muitas pesquisas relatam o desenvolvimento de nanomateriais e
nanotecnologia e sua aplicação na operação, perfuração e produção de petróleo e gás.
O grande diferencial da nanotecnologia é potencializar as propriedades físicas e
químicas em concentrações reduzidas e conferir características antes não apresentadas por um

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dado material. Sua aplicação no ramo de petróleo e gás abrange desde as atividades de
prospecção (monitoramento inovador e nanosensores), exploração (nanofluidos, novos
aditivos etc), produção, recuperação de óleo, processos de fraturamento e refino.
Um ótimo destaque é o Spartan (Sweep Performance Augmentation), sigla que
significa aumento do desempenho da varredura realizado pelo nanossistema ativado
termicamente.
O material tem consistência mais líquida em ambientes mais frios, por isso pode ser
facilmente transportado pelos tubos até chegar aos poços. Já em temperaturas mais altas,
assume uma consistência gelatinosa, bloqueando canais, falhas e fraturas nas rochas, e
evitando que o petróleo se acumule nessas fissuras. A tecnologia, voltada principalmente para
o pré-sal, é resultado de uma parceria com o Instituto de Química da UFRJ.
Outra maneira de extração pouco conhecida, é a Offshore, que é toda atividade
afastada da costa. Essa é mais uma comum maneira de extração do petróleo, em que
plataformas em alto mar são fixadas, ou com tubos de aço de construção naval ou com
ancoradas com cabos de aço. Para a realização da exploração e extração de petróleo offshore,
são construídas plataformas equipadas com todos os instrumentos que permitem retirar o
petróleo do seu poço. Já no início da utilização deste segmento para extração, surgem a Shell,
Exxon, Texaco e AGIP.
Embora as empresas de petróleo e gás tenham um longo histórico de negar as
mudanças climáticas, mesmo depois de seus próprios cientistas alertarem repetidamente
sobre os danos causados pela queima de combustíveis fósseis, a mensagem da indústria é
muito mais sutil e de muitas maneiras mais eficaz do que a negação absoluta da ciência do
clima. Ao minimizar a urgência da crise climática, a indústria tem novas ferramentas para
atrasar os esforços para conter as emissões de combustíveis fósseis.
As empresas de petróleo pararam de pressionar a negação das mudanças climáticas há
muito tempo, e embora as teorias da conspiração que afirmam que a mudança climática é
uma farsa e que possam surgir ocasionalmente, elas não são mais uma estratégia eficaz.
A humanidade, em sua maior parte, depende do uso de seus derivados, principalmente
como fonte de energia, e por isso o petróleo é bastante disputado ao redor do mundo. O “ouro
negro” já foi motivo e influência de diversas guerras e conflitos, como por exemplo, a 1ª
Guerra do Golfo, motivada pela necessidade de assegurar o petróleo do Kuwait e também
impedir que Saddam expandisse seu controle sobre a matéria-prima.

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O entorno do Golfo Pérsico, região abundante em petróleo, chama atenção de muitas
nações imperialistas, despertando interesses geopolíticos com a intenção de ocupar ou
controlar o Oriente Médio e obter com maior facilidade a principal matéria-prima do mundo
atualmente.
De modo geral, os principais atores na Geopolítica do Petróleo são aqueles países que
possuem amplas reservas, além daqueles que o consomem em grande quantidade. Assim, os
membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) fazem parte dessa
dinâmica, além de outras nações como os Estados Unidos e China, que estão entre os maiores
consumidores da atualidade.
Apesar de todos os benefícios do petróleo na humanidade, ele também vem
arruinando o planeta se falarmos no âmbito ecológico. A poluição nos oceanos vem em
grande parte por causa do derramamento de petróleo, que causa prejuízos aos organismos e
ocorre principalmente por defeitos nos navios-petroleiros, vazamentos nas plataformas de
petróleo, rompimentos de dutos e lançamento, no mar, de água utilizada para lavar
reservatórios que contenham petróleo.
O material causa consequências graves aos mares, e isso, a longo prazo, afetará cada
vez mais o planeta de maneira macro-ecológica. Pequenos seres vivos como fitoplânctons e
zooplânctons, são afetados diretamente pelo derramamento de petróleo que, por ser um óleo
escuro, acaba impedindo a penetração de luz, impedindo que um realize a fotossíntese, e
atrapalhando na alimentação do outro, mexendo de forma geral, com a cadeia alimentar. Os
humanos também, de forma indireta, podem ser prejudicados pela poluição petrolífera ao
ingerirem algum fruto do mar contaminado, podendo intoxicá-lo e causar danos graves.
Peixes, tartarugas marinhas e outros animais aquáticos, também podem ser seriamente
intoxicados pelo óleo, seja no sistema nervoso, ou causando asfixia e morte. As aves
marinhas, que essencialmente se alimentam de animais marinhos, podem não ser apenas
afetadas através da alimentação, como também através do contato com a água que, por conter
petróleo, pode interferir no equilíbrio térmico da ave, eventualmente matando-a.
Retirar o petróleo das águas não é uma tarefa fácil, demanda uma grande força-tarefa
para evitar que o petróleo espalhe-se, retirar o petróleo da água e salvar os animais que foram
impactados pelo contato com o óleo. Já existem diversas técnicas para garantir a limpeza
dessas áreas em caso de acidentes, como as barreiras de contenção, que evitam o
espalhamento do petróleo para uma área ainda maior. Equipamentos que absorvem o petróleo

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também são usados, como o skimmer, por exemplo, que garante a captação e o bombeamento
do petróleo para um local de armazenamento.
O vazamento de petróleo causa sérios danos ao ecossistema marinho. Por todas estas
razões, é imprescindível que sejam adotados protocolos de emergência rápidos para conter os
avanços do petróleo pelas águas. Quanto maior o tempo para tomada de uma ação de
contenção e limpeza, piores são os impactos para a natureza e por mais tempo perdurarão.

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Poluição por metais pesados

Os metais são os agentes tóxicos mais conhecidos pelo Homem. Desde 2.000 a.C,
grandes quantidades de chumbo eram obtidas de minérios, como subproduto da fusão da
prata. Os efeitos tóxicos dos metais sempre foram considerados eventos de curto prazo,
agudos e evidentes, como anúria e diarréia sanguinolenta, decorrentes da ingestão de
mercúrio; agora os cientistas observam os efeitos a longo prazo. E ainda mais preocupantes
como o próprio nome sugere, os metais pesados por sua vez não são sintetizados nem
destruídos pelo ser humano.
Metais Pesados são elementos químicos agrupados pela alta densidade e tóxicos em
baixas doses entre esses metais encontram-se: arsênio, cádmio, cobre, estanho, antimônio,
chumbo, bismuto, prata, mercúrio, molibdênio, índio, ósmio, paládio, ródio, rutênio, cromo,
níquel e vanádio. Entre esses os que se destacam por uma alta toxicidade são o o arsênio, o
cádmio, o chumbo e o mercúrio, que são classificados como impurezas elementares de
'Classe 1' em medicamentos, de acordo com as diretrizes do ICH-Q3D (International Council
of Harmonization).
Os metais pesados são considerados bioacumulativos definidos por sua alta
capacidade de reagirem com outras substâncias químicas e por não poderem ser modificados
ou destruídos. Tais elementos, além de serem capazes de desencadear diversas reações
químicas, não metabolizáveis (organismos vivos não podem degradá-los), o que faz com que
permaneçam em caráter cumulativo ao longo da cadeia alimentar.
Na tabela periódica, esses metais estão situados entre o Cobre (Cu) e o Chumbo (Pb),
por conta de suas propriedades, os metais pesados não são encontrados em sua forma pura na
natureza. Alguns metais pesados como o cromo, o cobre e o zinco, encontrados na natureza
em solos, ar e água, além dos alimentos, são considerados como microelementos essenciais
ao metabolismo dos organismos vivos. Entretanto, o excesso ou carência desses elementos
pode levar a distúrbios no organismo, e em casos extremos, até a morte.
A atividade industrial diminui significativamente a permanência desses metais nos
minérios, bem como a produção de novos compostos, além de alterar a distribuição desses
elementos no planeta. A contaminação por meio de metais pesados ocorre, na maior parte,
por meio do descarte inapropriado de resíduos contendo esses metais, tanto por parte das

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indústrias quanto por parte do lixo urbano com o descarte inadequado de pilhas, baterias de
celular ou carro, eletrônicos e lâmpadas.
Crianças e idosos (e no caso de mulheres grávidas o feto também) são mais
suscetíveis às substâncias tóxicas e à manifestação dos efeitos tóxicos. Esses estão associados
à dose e podem distribuir-se por todo o organismo, afetando vários órgãos, alterando os
processos bioquímicos, organelas e membranas celulares. As seis principais intoxicações por
metais pesados são: intoxicação por chumbo, arsênio, mercúrio, bário, cádmio e cromo.
Uma catástrofe que evidencia o perigo dos metais pesados é o caso de Bauru SP. A
Indústria de Acumuladores Ajax, uma das maiores fábricas de baterias automotivas do país
localizada no km 112 da Rodovia Bauru-Jaú, contaminou com chumbo expelido pelas suas
chaminés 113 crianças, sendo encontrados índices superiores a 10 miligramas/decilitro
(ACEITUNO, 18-04-2002). Foram constatados ainda a contaminação de animais, leite, ovos
e outros produtos agrícolas, resultando em um enorme prejuízo para os proprietários.
Um caso específico de uma criança de 10 anos que desde os sete meses de idade
sofria de diarréia e de deficiência mental. Somente após suspeitas dessa contaminação, em
1999, quando amostras do seu sangue foram enviadas a dois centros toxicológicos nos
Estados Unidos, é que foi constatada a intoxicação por chumbo, urânio, alumínio e cádmio
(ACEITUNO, 18-04-2002).
Os dois principais mecanismos de ação dos metais pesados, no ser vivo, são
formação de complexos com os grupos funcionais das enzimas, que prejudica o perfeito
funcionamento do organismo, e a combinação com as membranas celulares, que perturba ou
em alguns casos mais drásticos, impede completamente o transporte de substâncias
essenciais, tais como os íons Na+ e K+, e de substâncias orgânicas.
Mesmo em concentrações reduzidas, os cátions de metais pesados, uma vez lançados
num corpo receptor, como por exemplo, em rios, mares e lagoas, ao atingirem as águas de um
estuário sofrem o efeito denominado de Amplificação Biológica. Em sua definição, significa
o aumento da concentração de determinados elementos e compostos químicos, notadamente
os poluentes da água, à medida que se avança na cadeia alimentar. Em efeito cascata, ocorre
em virtude desses compostos não integrarem o ciclo metabólico dos organismos vivos, sendo
neles armazenados e, em consequência, sua concentração é extraordinariamente ampliada nos
tecidos dos seres vivos que integram a cadeia alimentar do ecossistema.
Quando a questão é a contaminação de efluentes por metais pesados, esses não são
compatíveis com a maioria dos tratamentos biológicos de efluentes existentes. Dessa forma,

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efluentes contendo esses metais não devem ser descartados em rede pública, para tratamento
em conjunto com o esgoto doméstico. Os metais pesados presentes nos efluentes industriais
reduzem a capacidade autodepurativa das águas, devido à ação tóxica que eles exercem sobre
os micro-organismos. Esses microorganismos são os responsáveis pela recuperação das
águas, através da decomposição dos materiais orgânicos que nelas são lançados. A remoção
dos metais pesados presentes em efluentes industriais pode ser feita por meio de diversos
processos, tais como precipitação por via química, osmose reversa, adsorção em carvão
ativado ou alumina e oxi-redução.
No ambiente aquático, os metais pesados são apresentados sob diversas formas: em
solução na forma iônica ou na forma de complexos solúveis orgânicos ou inorgânicos;
formando ou ficando retidos às partículas coloidais minerais ou orgânicas; ficando retidos no
sedimento; ou incorporados à biota.
Como bilhões de toneladas de metais pesados são emitidos anualmente por chaminés
e esgotos das indústrias, é difícil encontrar nos oceanos um lugar livre dessa poluição, não
importa quão remoto ele esteja. Um estudo feito por Caio Vinícius Cipro, pós-doutorando no
Instituto Oceanográfico (IO) da USP com bolsa da Fapesp, identificou traços de metais
pesados em diversos tipos de invertebrados, peixes e aves habitantes das ilhas Kerguelen,
pertencentes às Terras Austrais e Antárticas Francesas.
A partir do estudo supracitado foram descobertas informações ainda mais
preocupantes como a existência de metais resultantes do despejo de poluentes por fábricas
localizadas a mais de 10 mil quilômetros de distância do local estudado. Quando partículas de
metais pesados chegam aos oceanos são absorvidos por zooplânctons que servem de alimento
para vários animais marinhos que consequentemente servem de alimento aos seres humanos.
Conclui-se que quase todos os elementos químicos estão envolvidos em ciclos
fechados na natureza, em concentrações que não causam efeitos nocivos aos organismos,
movendo-se entre os vários compartimentos ambientais em velocidades e extensões variadas.
Entretanto, um dos aspectos mais graves da introdução dos metais pesados, é a sua
bioacumulação na cadeia alimentar existente nos ambientes aquáticos e terrestres.

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Poluição por plásticos

De todos os elementos que compõem os poluentes presentes nos oceanos, decerto


destaca-se o plástico como o maior, mais significativo e mais marcante de todos. Segundo o
relatório mais recente do Programa da Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), 85%
de todos os resíduos que chegam aos corpos marinhos são plásticos, tendo valores de 23 a 37
milhões de toneladas anuais. O relatório ainda adverte que, se nenhuma ação concreta e
rápida for tomada, até 2040, os volumes observados poderão triplicar, caracterizando o
problema como uma crise global e que põe em cheque o funcionamento oceânico.
A gestão inadequada do lixo urbano, as atividades econômicas, portuárias e de
turismo podem gerar grande poluição plástica que, se em cidades costeiras, pode se deparar
nos oceanos. Estatisticamente, é nas cidades costeiras em que a população mais cresce por
ano. Assim, como consequência, mais lixo plástico é produzido, que são frequentemente
acumulados nas praias e em áreas litorâneas no geral.
O plástico também apresenta uma relação direta com as indústrias e empresas
multinacionais que são famigeradamente as grandes causadoras da poluição marinha, sendo
parcialmente ou majoritariamente responsáveis pelo descarte incorreto do material e do
constante ciclo de seu uso e consumo. De acordo com a Greenpeace, a empresa que mais
polui os oceanos por plástico é a Nestlé, como indica a iniciativa “Break Free from Plastic”
promovida pela organização. Uma coleta em massa foi realizada, extraindo 187 mil peças de
plástico das águas, de forma que 65% correspondem à Nestlé, à Coca-Cola e à Pepsi. Até
2019, fora relatado que 55% de todos os resíduos plásticos nos oceanos (130 milhões de
toneladas) foram produzidos por apenas 20 empresas multinacionais.
A extrema acumulação deste material causa uma super aglutinação do lixo, que se
une, em alto mar, em grandes porções, se assemelhando com ilhas. Sua formação é causada
pelas correntezas rotativas e resolver esse problema tem sido um dos maiores desafios da
comunidade internacional no âmbito do descarte de plástico. Essas zonas de acúmulo estão
presentes nos cinco oceanos da Terra. A maior delas, a Grande Porção de Lixo do Pacífico,
possui 1,6 milhão de metros quadrados de detritos e 79 mil toneladas de plástico,
apresentando uma área de duas vezes a da França, sendo apelidada de "o sétimo continente".
Apenas a GPLP é especulada de ser responsável por dezenas de milhares de mortes de
animais em trânsito entre o Havaí e a Califórnia anualmente.

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Modelo de concentração de massa da GPLP.

Contudo, as consequências dessa questão são de proporções que ameaçam não só a


vida marinha, mas como também a saúde humana. A degradação do plástico em partículas
minúsculas (<5 mm), chamadas de microplásticos (vide artigo principal no guia de estudos) e
sua subsequente infiltração é de extrema gravidade para a saúde pública, pois a retirada
destes componentes é quase impossível e pode chegar a concentrações muito elevadas.
Segundo a The Endocrine Society, as substâncias encontradas nos plásticos, tais como
bisfenóis, ftalatos e dioxinas são de alta preocupação pois demonstram indícios de agirem
como disruptores endócrinos, isto é, perturbando os sistemas hormonais do corpo podendo
causar câncer, diabetes, distúrbios reprodutivos, deficiências neurológicas e até morte
prematura.
Não bastasse isso, a poluição por plástico também é causa de enormes prejuízos
financeiros e de elevada degradação climática. O relatório da UNEP indica que os custos em
remediação por conta de ambientes e/ou produtos poluídos variaram de 6 a 19 bilhões de
dólares em 2018. No ritmo atual, o valor pode atingir US $100 bilhões até 2040. Além disso,
somente em 2015, a produção de plástico originou 1,7 gigatoneladas de CO 2 e, conforme
previsões, pode chegar a 6,5 gigatoneladas, 15% de todas as emissões globais. Num mundo
que tenta, às duras penas, evitar uma completa e total catástrofe climática, emissões deste
porte serão motivo de imensos prejuízos aos cofres públicos mundiais.
O plástico, então, põe-se como o maior poluente dos oceanos e o de maior gravidade.
O relatório da ONU alerta para a necessidade de ações conjuntas e estratégicas imediatas para
tentar mitigar o pior cenário possível e avisa também para os investimentos não caírem em
promessas e iniciativas falaciosas, que seriam apenas motivo de atrasos. Ao redor do mundo,

60
soluções efetivas estão sendo estudadas - e já existem - e podem entrar em vigor com rapidez.
É claro, apenas com os devidos investimentos e vontade política.

61
Acidificação dos oceanos

A acidificação dos oceanos, redução do pH, é diretamente causada pelo aumento das
emissões atmosféricas de CO2. O nível de acidez se dá por meio do aumento da quantidade
de íons H + presentes em uma solução – nesse caso, a água do mar. Quanto maiores as
emissões, maior a quantidade de íons H + que se formam e mais ácidos os oceanos ficam. O
efeito disso é um possível colapso ambiental e perda da diversidade marinha.
A acidificação dos oceanos está ‘devorando’ a integridade estrutural desses animais
marinhos únicos, levando corais à uma maior suscetibilidade às doenças e predadores
naturais. Um dos casos mais impressionantes é o da Grande Barreira de Corais, da Austrália,
que tem diminuído sensivelmente, graças à mudança de ambiente aquático. Atualmente, são
20 espécies de corais ameaçadas.
É preciso se atentar, a escala do pH é logarítmica uma leve diminuição dos valores
podem representar, em porcentagem, variações de acidez de grandes dimensões. Dessa
forma, é possível dizer que desde a primeira revolução industrial a acidez dos oceanos já
aumentou em 30%. O processo de acidificação é extenso, começando quando a água (H2O) e
o gás se encontram, e é formado o ácido carbônico (H2CO3), que se dissocia no mar,
formando íons carbonato (CO32-) e hidrogênio (H +).

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A acidificação dos oceanos afeta diretamente organismos calcificadores. Um estudo
publicado na Communications Biology identificou que a acidificação desestabiliza o
equilíbrio ecológico das algas, e prejudica os recifes de corais. A redução do pH afeta
plânctons e moluscos, dificultando sua capacidade de formar conchas e levando ao seu
desaparecimento.
O fenômeno em questão acarreta também no aquecimento das águas oceânicas, e aí
vem uma outra série de problemas como por exemplo os corais que expulsam algas
simbióticas que vivem dentro deles produzindo a maior parte dos nutrientes por meio da
fotossíntese. O processo transforma os corais em um branco fantasmagórico.
Consequentemente há diversos prejuízos econômicos já que comunidades que se
mantém à base de ecoturismo (mergulhos) ou de atividades pesqueiras serão prejudicadas. E
segundo a ONU: A acidificação de oceanos e os danos aos corais irão custar aos cofres
mundiais mais de um trilhão de dólares até o ano de 2100. Segundo o mesmo relatório, deve-
se chamar atenção para os mais de ¼ – 26% – de aumento na acidez oceânica nos últimos
250 anos, ou seja, atualmente o pH seria de 8.0 – cerca de 0.1 menos básico do que era no
século XVIII. Isso indica que até o fim do século, o pH deve cair para 7.9.

63
Superbactérias

Superbactérias são aquelas que têm a capacidade de resistir ao tratamento


independente da quantidade de antibióticos. Essa resistência ocorre após passarem por
mutações, tornando-as superbactérias, fenômeno também conhecido como resistência
bacteriana. Essas mutações são movimentos naturais, uma vez que, ao combater as bactérias
os medicamentos exercem uma pressão seletiva sobre elas. As que conseguem sobreviver são
as chamadas de resistentes, que se multiplicam e vão passando seu gene de resistência para
suas descendentes.
Já faz alguns anos que uma das maiores descobertas científicas veio à tona. Cientistas
da Califórnia, descobriram um novo composto antibiótico que é extraído de um micro-
organismo, encontrado em sedimentos do Oceano Pacífico. O composto antibiótico anthracis
mycin tem uma estrutura química única, o que poderia levar ao desenvolvimento de uma
nova classe de antibióticos. Este composto antibiótico foi extraído da bactéria Steptomyces,
em sedimentos do maior oceano do mundo. A descoberta de um composto químico realmente
novo é bem rara, somando-se a descobertas anteriores que mostram que bactérias marinhas
são geneticamente e quimicamente únicas. Por terem inúmeras áreas marinhas inexploradas,
os oceanos têm grande potencial como fonte para novas substâncias.
Não apenas os oceanos, mas as geleiras também podem guardar grandes segredos. O
descobrimento de uma geleira do Tibet, revelou a amostra de diversos vírus que indicam ser
de mais de 15 mil anos. O medo de que o derretimento das geleiras possa liberar vírus inertes
há milhares de anos, provocando novas pandemias, é real. À medida que o planeta aquece e
o gelo derrete, é possível ver o ressurgimento de patógenos antigos atualmente desconhecidos
pela ciência. Caso “acordem”, esses vírus, que ficaram trancados em geleiras por centenas,
senão milhares de anos, podem causar tragédias biológicas por todo mundo.
Seguindo essa lógica, é possível entender o papel do aquecimento global, e o porquê
de ser tão temido por cientistas. Este pode liberar bactérias, vírus e fungos antigos de lagos
congelados, geleiras e do permafrost - uma camada do subsolo da crosta terrestre que está
permanentemente congelada. Um perfeito exemplo deste perigo, é o fato de que
pesquisadores encontraram o vírus da gripe espanhola de 1918, que matou 20 a 40 milhões de
pessoas em todo o mundo, intacto em cadáveres congelados no Alasca, além de acreditarem
que a varíola antraz está congelada na mesma área. Aves migratórias também podem

64
disseminar um vírus, uma vez que lagos periodicamente descongelados, expõem bactérias
que, através dessas aves, são transportadas para as populações humanas.
O aquecimento oceânico, fenômeno pouco conhecido, também pode levar ao
derretimento de geleiras, considerando que os oceanos absorvem 90% do calor terrestre,
principalmente, nas áreas polares e nas costas do Alasca (Estados Unidos).
Além do derretimento de geleiras, o uso em grande quantidade de antibióticos, ou de
forma desnecessária, é uma das principais razões para a resistência bacteriana. Um estudo
britânico estima que as superbactérias serão responsáveis por 10 milhões de mortes por ano
após 2050. Os antibióticos são medicamentos capazes de matar ou inibir o crescimento de
bactérias, e sua eficácia está associada diretamente ao agente causador da infecção. Isso
significa que nem todos os antibióticos são adequados para o tratamento de uma mesma
infecção, devendo ser utilizados apenas no combate a infecções bacterianas e de acordo com
a prescrição médica.

65
Disputas em águas territoriais e internacionais pelo mundo

Por mais que os países nos mapas se limitem a apenas linhas pontilhadas, seus
territórios, quando fronteiriços com os mares e oceanos, se estendem por ainda mais
quilômetros. Os chamados mares territoriais são faixas de águas costeiras que alcançam 12
milhas náuticas (22 quilômetros) a partir do litoral de um Estado/País, que possui soberania
sobre essa região, podendo valer-se dos recursos naturais da área e posicionar navios e outras
empreitadas militares. Após isso, se denominam as Zonas Exclusivas Econômicas (ZEEs),
que atingem as 200 milhas náuticas (370 quilômetros), regiões em que os países ainda
usufruem de liberdade econômica, sem possuir soberania, portanto, sem poder exercer
atividades militares.
Além dessas extensões restam as chamadas "águas internacionais", legalmente
denominadas de alto-mar. Entende-se essa região, no Direito do Mar, como sendo as águas
que não se encontram nem em mares territoriais, ZEEs ou em águas arquipelágicas. Desta
forma, nenhum Estado pode assumir a soberania desta extensão, sendo qualquer
reivindicação ilegítima.
Embora a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar tenha estipulado os
direitos e os deveres dos países para com o mar, há ainda incertezas sobre como prosseguir
com certos protocolos ou simplesmente ações que põem em cheque o cumprimento dessas
leis, causando disputas e conflitos ao redor do mundo. Aqui se apresentam alguns dos vários
exemplos observados.

Delimitação marítima entre Somália e Quênia

A disputa entre esses dois países resume-se à contestação da linha de fronteira


marítima. A Somália tem a intenção de que a linha siga em direção sudeste seguindo o
caminho da fronteira terrestre, enquanto o Quênia projeta que esta linha seja deslocada 45
graus ao atingir o mar, e então correr em uma direção latitudinal, igual a sua divisa com a
Tanzânia. A área contestada é de 160.580 km2, de alto interesse geoeconômico por possuir
uma rica reserva marítima, resultando em uma grande atividade pesqueira além de um grande
potencial de exploração de petróleo e gás natural.

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Linha da fronteira marítima entre Somália e Quênia

Mar do sul da China


O conflito posto nesta região deve-se a chamada "Linha dos Nove Traços", uma
reivindicação territorial por parte da China com viés histórico saudosista, que extrapola a
legislação marítima e que invade águas de outros países do sudeste asiático, sendo eles:
Malásia, Brunei, Vietnã, Taiwan e Filipinas. A área é muito rica em hidrocarbonetos,
comprovadamente apresentando reservatórios de petróleo quantificados em sete bilhões de
barris e 25 trilhões de metros cúbicos de gás natural. Por apresentar essa grande oportunidade
econômica e por colocar em cheque sua supremacia na região, os EUA são parte também
deste conflito, batendo de frente com a China e apoiando militarmente Taiwan.

"Linha dos Nove Traços" e águas já delimitadas

67
Fronteiras marítimas entre Nicarágua e Colômbia

Os conflitos entre esses dois países se iniciam a partir do século XIX com o começo
das independências dos países latinos. Os vários tratados que foram assinados durante as
últimas décadas correspondentes às fronteiras marítimas da região do arquipélago de San
Andrés foram contestados perante a CIJ em 2001 pela Nicarágua.O contexto atual é de que as
ilhas continuam sob o controle da Colômbia, porém foram ganhos à Nicarágua mais 200
milhas náuticas. A disputa além de afetar as populações locais, a pesca dos dois países,
também gera uma grande tensão por se tratar de uma área com potencial de extração de
petróleo.

Divisão das fronteiras marítimas entre Colômbia e Nicarágua

Oceano Ártico

A disputa nesta região não põe-se de fato como um conflito entre entidades, mas sim
um jogo de interesses por parte dos países banhados pelo Oceano Ártico, principalmente
motivado pela presença de grandes reservas naturais de petróleo e gás natural, descobertos
recentemente com o derretimento das calotas polares. Estima-se em 160 bilhões de barris
30% de GN ainda não traqueado. A Rússia, banhada pelo Mar de Kara, tem especial atenção
por essa região, pretendendo aumentar sua hegemonia nas commodities. Contudo, países
como China, motivada pela exploração comercial, Estados Unidos, banhados pelo Oceano

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Ártico no estado do Alasca e determinados a impedir a ascensão de outras potências e
Canadá, grande potência no ramo da mineração, põem o controle da região da disputa.

Mapa do Oceano Ártico

69
EcoCapitalismo

O termo EcoCapitalismo designa o sistema político-econômico que associa a


produção capitalista com a preservação do meio ambiente. Nessa mesma lógica, a exploração
dos recursos ocorre juntamente com o auxílio da tecnologia, preservando-os. Além disso, a
vigilância do Estado sobre o mercado é evidente. Por meio dos impostos sobre empresas
poluidoras e a regulação do limite para a emissão de gases, o Estado tentaria manter o
equilíbrio ambiental.
O exemplo mais relevante de mecanismos ecocapitalistas, atualmente, é o mercado de
crédito de carbono. Esse se baseia nas compensações de emissão de carbono ou equivalente
de gás de efeito estufa. A grande questão é que esses serviços são atraentes para as empresas
contaminadoras e para os investidores de risco, já que abrem possibilidades de lucro pela
especulação com bônus de carbono e permitem que essas empresas sigam com as mesmas
atividades predatórias.
Os seguidores desse movimento afirmam que quanto mais tecnologia e eficiência
energética, menor serão os efeitos dos gases estufa. Entretanto, acredita-se que existem
controvérsias nesse discurso uma vez que o capital tende a utilizar essa tecnologia para o
acúmulo de riqueza e não para a sustentabilidade ou a melhoria do manejo florestal no
sistema capitalista.
De acordo com diversos teóricos, o EcoCapitalismo é apenas mais uma face do
Capitalismo. Ele apresentaria um conjunto de modificações para conseguir manter-se cada
vez mais vivo nos países. Uma transição para o desenvolvimento sustentável é um dos fatores
fracos desse tipo de sistema, ou seja, as práticas ecocapitalistas passam a servir apenas de
"fachada" para que a exploração dos recursos naturais continue. Além disso, não existe limite
ao crescimento econômico, fazendo com que novamente o lucro sobreponha outro elementos,
como o respeito ao metabolismo natural da Terra, e impossibilite a sustentabilidade.
No EcoCapitalismo, como supracitado, não há uma ruptura no sistema vigente,
fazendo com que esse seja um antagonismo no Ecossocialismo. A partir do fato de que a
maioria das nações do globo são capitalistas, diversas realizam práticas ecocapitalistas, como:
os Estados Unidos, a China, a Dinamarca e o Reino Unido. Um exemplo dessas práticas
seriam a China sendo o país que mais consome energia e segundo maior consumidora de
petróleo, mas investe U$ 400 bilhões em iniciativas sustentáveis.

70
Portanto, conclui-se que a sensibilização das massas e dos Estados-nação à
necessidade de criação e crescimento de práticas e de políticas socioambientais sustentáveis
não é suficiente para causar efeito evidente no modo de produzir predatório. Não encontra-se
uma harmonia ao ciclo natural do planeta em meio ao Capitalismo. A discussão da
sustentabilidade não pode ser movida às condições objetivas, mas sim, deve ser associada aos
modelos de produção da vida social. O poder ideológico dominante predomina, logo a grande
questão não são as atividades realizadas, e sim a mentalidade presente por trás das empresas e
estatais. Assim, atividades individuais e propostas sustentáveis dentro de uma lógica
destrutiva são extremamente ilusórias e ineficazes.

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Ecossocialismo

consiste em associar o "vermelho"- a crítica marxista do capital e a alternativa


socialista - com o "verde", a crítica ecológica do produtivismo. (LOWY, Michael.
1938)

O Ecossocialismo trata-se de uma corrente de pensamento e de ação ecológica que faz


suas as aquisições fundamentais do marxismo. Desse modo, a lógica de mercado e lucro são
incompatíveis com as exigências de preservação do meio ambiente natural. Trata-se de uma
proposta radical, que propõe rupturas e atinge as raízes do problema, que se difere tanto das
ideias produtivistas do socialismo do século XX (social-democracia ou "comunismo" tipo
estalinista) quanto das correntes ecológicas que se acomodam ao sistema capitalista.
James O'Connor afirma que os ecossocialistas aspiram a subordinar o valor de troca
ao valor de uso, organizando a produção em função das necessidades sociais e das exigências
da proteção do meio ambiente. O grande objetivo seria viver em uma sociedade
ecologicamente racional fundada no controle democrático, na igualdade social, e na
predominância do valor de uso. Sem contar, a propriedade coletiva dos meios de produção,
um planejamento democrático que permita à sociedade definir os objetivos da produção e os
investimentos, e uma nova estrutura tecnológica das forças produtivas. Haveria uma
cooperação entre a indústria e a agricultura, reconstituindo a ruptura do metabolismo entre as
sociedades humanas e a natureza, resultado do produtivismo capitalista.
A ideia de mundo ecossocialista identifica dois grandes pontos em relação ao contexto
mundial sócio-político atual:
1. O modo de produção e de consumo atual dos países capitalistas avançados, fundado
numa lógica de acumulação ilimitada (do capital, dos lucros, das mercadorias), do
esgotamento dos recursos, do consumo ostentatório, e da destruição acelerada do
meio ambiente, não pode, de modo algum, ser expandido para o conjunto do planeta,
sob pena de uma crise ecológica maior. Segundo cálculos recentes, se generalizar-se
para o conjunto da população mundial o consumo médio de energia dos Estados
Unidos, as reservas conhecidas de petróleo seriam esgotadas em 19 dias. Tal sistema,

72
portanto, se fundamenta, necessariamente, na manutenção e no aumento da
desigualdade gritante entre o Norte e o Sul.
2. Seja como for, a continuação do progresso capitalista e a expansão da civilização
fundada na economia de mercado - mesmo sob essa forma brutalmente desigualitária -
ameaça diretamente, a médio prazo, a própria sobrevivência da espécie humana. A
preservação do meio ambiente natural é, portanto, um imperativo humanista.

O Ecossocialismo deixa evidente que o problema da civilização burguesa/industrial


não é - como pretendem em geral os ecologistas - "o consumo excessivo" da população, e a
solução não é a "limitação" geral do consumo, notadamente nos países capitalistas avançados.
É o tipo de consumo atual, fundado na ostentação, no desperdício, na alienação mercantil, na
obsessão acumuladora, que deve ser questionado.
Além do já citado, a principal proposta ecossocialista é orientar a produção para a
satisfação das necessidades autênticas, a começar pela água, comida, roupas e moradia. Para
distinguir as necessidades autênticas das artificiais é apenas analisar a publicidade. Essa está
votada a desaparecer numa sociedade de transição para o socialismo, para ser substituída pela
informação fornecida pelas associações de consumidores. Logo, a publicidade induz às
necessidades artificiais, distanciando o consumidor da naturalidade de consumo.
O Ecossocialismo propõe mudanças radicais:
1. no sistema energético, substituindo os combustíveis fósseis e biocombustíveis por
fontes limpas energéticas com controle social: eólica, geotérmica, marítima e solar.
2. no sistema de transporte, reduzindo drasticamente o uso de caminhões e de carros
particulares, substituindo-os por transporte público grátis e eficiente
3. nos padrões atuais de produção, consumo e construção, que são baseados no lixo, na
obsolência inata, na competição e poluição, e produzir no lugar bens sustentáveis e
recicláveis, e adotar a arquitetura verde sustentável
4. na produção e distribuição de alimentos, ao defender a soberania alimentar local o
máximo possível, eliminando o agronegócio industrial poluidor, criando
agroecossistemas sustentáveis e trabalhando ativamente para renovar a fertilidade do
solo.
Portanto, entende-se que o ecossocialismo é uma das únicas saídas para o colapso
ambiental do planeta Terra. Entretanto, para ele sair do papel, uma transição sistemática
deveria ocorrer, o que está longe das pautas políticas na atualidade. Logo, entende-se que as

73
nações, empresas e entidades abordam temáticas muito mais ecocapitalistas do que
Ecossocialistas.
Ecossocialismo ou extinção!

74
Oceanos
___________________________________________________________________________

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Oceano índico

O Oceano Índico, delimitado ao norte pela Ásia; ao sul, pelo Oceano Antártico; ao
leste, pela Austrália e ao oeste pela África, é responsável pela cobertura de um quinto do
Planeta Terra, sendo considerada a terceira maior divisão oceânica. Possui uma área
superficial de 76.174.000 km², atingindo um volume de 282.650.000 km³, podendo ter até
7.450 metros de profundidade.
A biodiversidade aquática é diferente no Oceano Índico em relação a outras massas
aquáticas. Devido à temperatura elevada das águas, que varia entre 22 ° C e 28 ° C, o
desenvolvimento da vida marítima é prejudicado. Por outro lado, o fator climático favorece o
surgimento de recifes e corais, sendo considerados dois elementos marcantes das profundezas
do Oceano Índico.
Por unir a Ásia, a Oceania e o leste da África, é impossível discordar da importância
social e política do Oceano Índico. Como fonte de exploração e renda, é um dos grandes
alvos de países industrializados, principalmente pela abundância em minérios e em petróleo.
Os interesses comerciais por esse território não são de hoje: desde a antiguidade as calmas
águas do Índico eram de extrema importância para a movimentação dos primeiros

76
comerciantes. Essa característica, por sinal, sempre foi imprescindível para as rotas que
cruzam essa parcela do oceano, sendo essencial do desenvolvimento das primeiras
civilizações, passando pelas Grandes Navegações e a expedição de Vasco da Gama e
chegando até a atualidade, com a extração de combustíveis fósseis e a pirataria no Chifre da
África.
Os estudos em relação ao Oceano Índico foram marcados pela IIOE, International
Indian Ocean Expedition (Expedição Internacional no Oceano Índico), realizada entre 1959 e
1965. Sendo uma das maiores pesquisas relacionadas às águas dessa região na história, ela
contou com mais de 40 navios de pesquisa de 14 países diferentes. Os seis anos de estudo
levaram a três conclusões principais: a deficiência de proteínas nas dietas de comunidades
costeiras banhadas pelo Índico e a identificação de pontos de pesca, a necessidade de
avaliação da influência do norte do Oceano Índico na efetivação da mudança das monções e a
poluição das águas, originada a partir de despejos humanos, em conjunto com o pedido de
delimitação das áreas em que esses podem ser depositados. Em 2015, foi iniciada a IIOE 2
que, financiada pela UNESCO, atua com o objetivo de ampliação das pesquisas
oceanográficas e atmosféricas do Oceano Índico. A expedição seguirá em andamento até
2025, podendo resultar em conclusões importantes para a tomada de decisões
socioeconômicas na região.
Como indicado desd e a IIOE (ainda na metade do século XX), a poluição marítima
no Índico tem se tornado um problema cada vez mais relevante. Por ser cercado por algumas
das maiores populações do mundo, como a Índia, as águas do Índico são contaminadas,
principalmente, por produtos do despejo humano e da extração de matéria-prima na região.
Os principais agentes de sua poluição são os produtos químicos (como componentes
artificiais de produtos de limpeza, de fármacos, cosméticos e esgoto), petróleo e objetos
plásticos. O primeiro, respectivamente, leva à um fenômeno conhecido como eflorescência
algal, ou seja, o surgimento em massa de organismos planctônicos, desequilibrando o meio de
vida aquático local. Já o segundo causa a total inutilização dos meios contaminados, sendo
um risco enorme para a saúde humana e para a biodiversidade. Além disso, a contaminação
por petróleo atinge, também, a atmosfera, contaminando não só o oceano, em si, mas,
também, seus afluentes. O terceiro meio de poluição, por sua vez, causa a ingestão de
microplásticos tanto por animais quanto por humanos, em si, e, também, é um fator
preocupante para a estabilidade das águas globais.

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A poluição não é a única consequência antrópica sofrida pelo Índico: o aumento dos
níveis do mar em quase 20 cm por ano colocam em alerta a vida de comunidades da região.
Em 2010 foi registrado o desaparecimento de uma ilha disputada pela Índia e por
Bangladesh: o território conhecido como Ilha New Moore foi coberto pelo mar.
Pode-se dizer que um dos maiores conflitos sociais e antropológicos que se passam no
Oceano Índico atualmente é a pirataria. Os piratas da Somália, como são conhecidos, provam
a continuidade na conexão entre as civilizações e o Índico, sendo considerados pela ONU
uma ameaça constante. Planos de cooperação que garantem a segurança marítima em rotas
que passam pelo golfo de Aden e vão em direção à Somália estão sendo desenvolvidos pelos
órgãos internacionais em parceria com o governo somali, que reconhece os crimes e os
perigos.

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Oceano Ártico

O nome do Oceano Ártico é derivado do grego “arktos”, que significa urso, em


homenagem à constelação da Ursa Maior. Sua profundidade média é de cerca de 1000 metros
e é o menor oceano em extensão territorial do mundo (14.060.000 km²), mas não deixa de ser
curioso e se destaca pela diversidade de ilhas e arquipélagos, como a Groenlândia e a
Islândia. Encontra-se no Círculo Polar Ártico, popularmente conhecido por Polo Norte.
A Convenção das Nações Unidas do Direito do Mar é o instrumento jurídico
responsável pela regulamentação do Oceano Ártico. Muitos cientistas e órgãos institucionais
se preocupam com a insuficiência jurídica desta, um navio da Greenpeace apreendido na
Zona Econômica Exclusiva da Rússia, denuncia a exploração do Ártico e a violação do
Direito do Mar. Diante desse quadro, direciona o exame, a demanda urgente de proteger
juridicamente a região Ártica através de um instrumento internacional e vinculante.
As condições geográficas do oceano Glacial Ártico são marcadas pelas baixas
temperaturas e pela presença constante de neve, típicas do tipo climático Polar, predominante
em toda a região ártica. As temperaturas locais, por exemplo, podem chegar até -60 oC.
Justamente por conta das condições geográficas é recorrente a presença de icebergs.
O oceano Glacial Ártico tem uma grande importância ambiental, econômica e
estratégica.
"O Ártico não mais pode ser visto como uma região
isolada do resto do mundo. Em fato, devido aos
desdobramentos de questões ambientais ligados às mudanças

79
climáticas, verifica-se a possibilidade do surgimento e
expansão de quatro rotas marítimas no Oceano Ártico."
(ASSIS, Renan, 2017)

O oceano em questão possui grande influência nas dinâmicas climáticas do planeta.


Justamente por sua importância é preocupante sua degradação uma vez que suas águas são
consideradas por cientistas as mais vulneráveis, porque suas águas frias absorvem mais CO2
e recebem a degelo das água doce vinda dos rios e do degelo. Tais fatos reduzem a
capacidade do oceano de neutralizar químicamente o ácido proveniente do CO2. Um fator
que agrava ainda mais o quadro da rápida absorção de CO2 é o crescente derretimento de
calotas durante o verão deixou descobertas sobre superfícies marinhas cada vez maiores.
O Ártico apresenta o fenômeno de derretimento do gelo, uma fusão responsável pela
desestabilidade climática de várias regiões da terra, originada pelo aquecimento global
oriunda do efeito estufa. A análise deste fenômeno preocupa pesquisadores, haja visto, que se
presencia, como consequência, a emissão do gás metano, o gás mais efetivo para o
aquecimento terrestre e que se encontrava aprisionado no gelo, por longos anos.
O ártico é a região mais aquecida e mais abastada da fonte de metano aprisionado no
gelo, portanto, seu derretimento proporciona grande emissão de gás aumentando o
aquecimento. A camada de gelo tem um papel importante na troca de calor entre o oceano e
atmosfera pois reflete a luz do sol no verão. Por isso, uma redução na área coberta de gelo
contribui para acelerar o aquecimento de toda a região gerando condições desfavoráveis à
manutenção do ecossistema.

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Oceano Antártico
O Oceano Antártico, conhecido também por Oceano Austral, teve sua existência
negada durante muitos anos. Suas águas eram consideradas parte dos Oceanos Atlântico,
Índico e Pacífico, porém a Organização Hidrográfica Internacional define-o como a porção
de água mais ao sul do mundo.
Possuindo uma água de mais de 20,3 milhões de km², o Antártico é dado como o 4º
maior oceano do planeta em relação à sua superfície. Sua área oceânica representa 5,6% das
águas do mundo, apenas maior que o Oceano Ártico. Localizado na parte inferior dos
Oceanos Pacífico, Atlântico e Índico, como indica o mapa abaixo, abrange os mares da região
antártica.

Imagem: https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/oceano-antartico-entenda-a-mudanca-e-como-o-tema-pode-aparecer-em-provas/

Tendo em média 3.200 metros de profundidade, o Oceano Austral tem apenas uma
área rasa miúda. O ponto mais estreito desse oceano é a Passagem de Drake, a qual está entre
a extremidade do continente sul-americano e a Península Antártica. Já o ponto mais
profundo, com 7.236 metros, é a Fossa Sandwich do Sul. A plataforma continental da
Antártica é geralmente estreita, menos de 260 quilômetros, mas muitas vezes profunda, com
suas bordas atingindo 800 metros abaixo da superfície do oceano. Ao norte, pode-se

81
encontrar bacias oceânicas, as quais possuem profundidade máxima de 4.500 metros e são
definidas pela elevação oceânica.
Ainda próximo à costa da Península Antártica, localiza-se o Mar de Weddell, o maior
mar do Oceano Antártico. Ele cobre 2,8 milhões de km². Outros mares importantes incluem
Somov, Riiser-Larsen, Lazarev, Scotia, Cosmonauts e o Mar de Ross.

Imagem: https://socientifica.com.br/enciclopedia/oceano-antartico/

O Oceano Antártico possui águas muito diferentes daquelas pertencentes a outros


oceanos, logo, é facilmente separado dos outros. Na região antártica, encontra-se a Corrente
Circumpolar Antártica, uma corrente oceânica complexa e a mais longa do mundo, com cerca
de 21.000 quilômetros. Ela transporta 130 milhões de metros cúbicos de água por segundo,
mais do que qualquer um dos rios do mundo.
Em relação ao clima da região, a temperatura do mar pode variar de 10 graus Celsius
a -2. A grande diferença de temperatura entre os gelos e o oceano aberto se dá devido às
tempestades ciclónicas que se movem do leste girando ao redor do continente e de fortíssima
intensidade.
Durante a trajetória desse oceano, a radiação, a água fria e os ventos da Antártica que
fluem no fundo dessa região em direção ao norte são substituídos na superfície por água
quente vinda dos três principais oceanos. O local onde a água mais quente entra em contato

82
com a água fria da Antártica é denominado Convergência Antártica, ponto rico em nutrientes
e vida marinha.
A maioria dos animais que vive no Oceano Antártico depende do fitoplâncton
produzido na Convergência Antártica. Dentre os maiores estão as baleias, pinguins [pinguins-
imperadores (reproduzem-se apenas no inverno), pinguim-de-adélia, Gentoo, pinguim-
macaroni, pinguim-de-barbicha e pinguins-rei], orcas e focas. Em relação a peixes, há uma
quantidade baixa de espécies em comparação com a fauna de outros oceanos. Dentre os
presentes, está o peixe-caracol, seguido do peixe "eelpout" e o bacalhau-da-Antártida. Juntas,
essas três formam cerca de 90% dos peixes presentes na região.
Entretanto, a fauna não se resume a animais marinhos. As costas rochosas do oceano
habitam locais de ninhos para mais de 100 aves, como petréis, gaivotas, albatrozes,
andorinhas-do-mar e mandriões. Além desses, há a presença de invertebrados, incluindo
crustáceos e moluscos, formadores da maioria da comunidade bentônica do Oceano
Antártico.
A região desse oceano teve origem assim que os territórios da Antártica se formaram,
há cerca de 35 milhões de anos atrás, assim que esses se separaram da Gondwana. Foi no
período cambriano que Gondwana passava por climas de características temperadas, fazendo
com que o oeste da Antártica (hemisfério norte) e a Antártica Oriental (equador) tivesse a
prosperação de invertebrados e trilobitas em seus fundos marinhos. Já no período devoniano,
Gondwana mudou-se para outras latitudes, fazendo com que o clima esfriasse, mas mesmo
assim, hoje, cientistas encontram restos fossilizados de plantas terrestres tropicais que
germinavam no momento.
No final desse mesmo período, a glaciação iniciou-se, quando Gondwana se
aproximava do polo sul, notoriamente esfriando o clima da região. Já a Península Antártica
foi finalmente formada no período Jurássico, permitindo que as ilhas aparecessem ao longo
do tempo. Os amonitas emergiram nessas águas e havia também alguns dinossauros do sul,
como o glacialisauro.
Contendo diversos mares, como já citado, o antártico é o local onde as bacias
oceânicas mais importantes do sul convergem, além de possuir a superfície marítima com as
camadas mais profundas de água.
Atualmente, o Oceano Antártico é uma verdadeira riqueza econômica. Como fonte de
disputa, principalmente entre países adjacentes, é uma pauta evidente entre membros da
Organização Hidrográfica Internacional.

83
O Oceano Antártico tem relevância elevada em relação à pesca. Apenas nos anos de
1998 e 1999, foram capturados cerca de 120.000 toneladas de peixes, das quais 85% eram
krill e o restante Merluza-negra, considerado uma iguaria.
Esse oceano borda um continente que não pertence legalmente a nenhum país, porém
existem diversos portos importantes em sua extensão, como a Estação Rothera (Reino
Unido), Villa Las Estrellas (Chile), Estação Palmer (EUA) e Estação Mawson (Austrália).
Além desses, o Oceano Antártico possui depósitos de petróleo, gás e manganês.
Durante o processo sedimentar, a separação por gravidade levou à formação de depósitos
pláceres, ouro e outros minerais. Uma das iguarias são os nódulos de manganês no fundo do
mar.
De acordo com o Tratado da Antártica de 1956, esse oceano seria responsabilidade de
nações como: África do Sul, Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Chile, Estados Unidos,
França, Japão, Nova Zelândia, Reino Unido, Rússia e Noruega, apenas para estudos apenas
para estudos pacíficos e científicos. A primeira base foi instalada pela Argentina em 1904, a
Base das Orcadas, no gráfico abaixo, observa-se as reivindicações de soberania dos países:

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Mesmo que repleto de riquezas, a extração de petróleo, por exemplo, é proibida pelo
Tratado da Antártica. Entretanto, esse pode ser realizado caso feito por fins científicos.
Embora de custo extremamente alto, deve-se considerar que, diferentemente do Ártico, o
Antártico possui gelo por cima de uma superfície rochosa e água congela no inverno, fazendo
com que a exploração offshore se dificulte mais ainda.
Algumas das ilhas localizadas no Oceano Antártico são: Fisher Island, Ilhas
Delbridge, Ilha Alexandre I, Ilha Berkner, Ilha Spaatz, Ilha Elefante e Ilha Sturge.

85
Oceano Pacífico
Se estendendo por 100 milhões de quilômetros quadrados da China até a Califórnia e,
em algumas áreas, por milhares de metros abaixo da superfície da água, o Oceano Pacífico é
o maior e mais profundo oceano do mundo, considerando a presença da maior profundidade
da Terra, a fossa das Marianas, de 11 mil metros de profundidade. Sua bacia oceânica cobre
cerca de 32% da superfície total da Terra e 46% da superfície da água, se estendendo da
região ártica no Norte até a região antártica no Sul, entre o leste da América do Sul e do
Norte e a oeste da Austrália e a Ásia.

O oceano que banhava a Pangeia até que ela começasse a se dividir nos continentes
que conhecemos hoje, tem o nome “Pacífico” pois, ao cruzar o estreito de Magalhães, o
navegador Fernão de Magalhães acreditava que este oceano possuía águas mais calmas que o
Oceano Atlântico. Considerando seu tamanho e os diferentes lugares que alcança, o Pacífico
é atingido por vários climas, desde o polar, passando pelo subtropical, pelo tropical e o
equatorial, o que explica a variação de temperaturas de suas águas, indo de 0°C nas regiões
polares, até próximo aos 30°C nas regiões mais quentes.

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Englobando milhares de ilhas e mares, o Oceano Pacífico é um dos mais importantes
do mundo. Suas águas servem de fonte de pesca para as inúmeras ilhas presentes, além de ser
fonte de navegação entre três continentes. Países como Indonésia e Japão têm no Pacífico sua
fonte de sobrevivência alimentar, bem como as ilhas da Oceania, como Austrália, Nova
Zelândia, Polinésia, Micronésia, entre outras.
As algas marinhas do Pacífico, juntamente com as de outros oceanos, são
responsáveis pela produção de oxigênio para todo o mundo. Em suas profundezas também é
possível encontrar importantes reservas de gás, petróleo, minerais, areia e metal, materiais
essenciais nas vidas contemporâneas. Até o final do século XX, mais de 50% de toda
indústria pesqueira mundial era retirada do Pacífico, tendo grande parte do pescado exportada
para outros países.

Por ser o oceano mais antigo e ter sido diminuído durante a divisão dos continentes, a
sua placa tectônica marítima e mais antiga é mais pesada que as de seu entorno, então em
vários encontros de placas ocorre a subducção - quando uma placa tectônica vai para baixo da
outra ao se encontrarem. Nestes encontros, são comuns terremotos e vulcanismo, e o Pacífico
é um dos lugares do mundo que mais tem ocorrência desses fenômenos, justificando o grande
número de ilhas.

A ilha de plástico no Pacífico

A ilha de lixo que flutua no Pacífico, um dos sintomas mais significativos da crise
ecológica do planeta, triplica o tamanho da França e é o maior depósito de lixo oceânico do
mundo com 1,8 trilhões de pedaços de plástico flutuantes que matam, anualmente, milhares
de animais marinhos entre a Califórnia e o Havaí.

Conforme um estudo científico publicado em 2018 pela revista Nature, a grande


mancha é um continente de lixo de 1,6 milhões de km2 e, aproximadamente, 80.000
toneladas de plástico que não para de crescer. O continente de plástico do Pacífico é invisível
para os satélites, pois 94% de sua constituição está formada por fragmentos minúsculos de
plástico que se desprendem de outros maiores pela erosão.

Estes microplásticos, com apenas alguns milímetros de diâmetro, provêm


majoritariamente de efluentes terrestres e aparelhos de pesca abandonados tais como redes,
cestas ou jaulas, mas também procedem do tráfego marítimo. Os resíduos dos barcos, que em

87
estudos iniciais tinham sido considerados de menor importância, também contribuem para
aumentar este drama ecológico. As evidências científicas indicam que o continente asiático é
a principal fonte dos resíduos que alimentam a grande ilha de lixo no Pacífico.

88
89
Oceano Atlântico
De inimigo a aliado, de horror ao fascínio, de tormento ao caminho, o Oceano
Atlântico acompanhou a história ocidental desde seu princípio. Sendo a segunda maior
porção de água do mundo, com uma área de cerca de 106,4 milhões de quilômetros
quadrados, o Atlântico cobre 20% da superfície terrestre e é o grande separador entre o
“Velho Mundo" e o "Novo Mundo".
Os primeiros indícios de menções datam dos meados do século VI a. C., com
Stepsichorus, um poeta lírico grego, dizendo "Atlantikôi pelágei", que significaria algo como
"o mar de Atlas". Este último, Atlas (também chamado de Atlante) é um dos titãs condenados
por Zeus e pelos olimpianos após sua derrota, incumbido de carregar a Terra para sempre. A
crença grega tradicional acreditava que a região do Atlântico era um rio imenso e infinito que
circundava todo o planeta, chamado de Oceanus. Por conta da imensidão e de sua força,
Stepsichorus atrelou esse corpo d'água a Atlas, dando origem ao nome atual.
As civilizações europeias e africanas sempre tiveram o Atlântico como objeto de
curiosidade e de fascínio. Independente da cultura que estivesse inserido, sua imensidão e
tormento causavam certo medo aos aspirantes a navegadores, que, carentes ainda das
tecnologias corretas, zarpavam rumo ao horizonte - sempre sem sucesso. Por conta dessa
aparente brutalidade que o Atlântico apresentava, diversos mapas antigos representavam-no
com uma espécie de horror, com imagens de monstros e de criaturas fantasiosas, que seriam
uma justificativa para as sucessivas falhas nas expedições.
Com o passar do tempo e a evolução das tecnologias, a construção de navios que
conseguiam atravessar o oceano - as caravelas - se tornaram alicerce para a chamada Era das
Grandes Navegações, iniciada quando Cristóvão Colombo aterrisou em Guanahani, no
Caribe, em 1492. Ali começava a primeira grande etapa de unificação do mundo, na qual o
Oceano Atlântico foi o unificador e o caminho para todos os processos que seriam
observados dali para frente.
Em sua maioria, o Atlântico está localizado no hemisfério ocidental, além de banhar
países de quatro continentes (América, África, Europa e Antártica) e o território ártico. Uma
pequena parcela do continente asiático também é banhada, indiretamente, por meio do Mar
Mediterrâneo. Essa imensidão engloba mares, baías e golfos de extrema importância pois,
muitas vezes, são a única saída litorânea de alguns países. O Atlântico possui uma

90
profundidade média de 3.300 metros, sendo a Depressão Brownson, localizada próxima a
Porto Rico, o ponto mais profundo, com 8.378 metros de profundidade.
Por ser o intermédio das Américas com a Europa e a África, o Atlântico é palco para
algumas das principais rotas comerciais do mundo, sendo as principais a ligação EUA/Europa
e Brasil/Europa. É no Atlântico também que grande parte da atividade pesqueira é realizada,
representando, aproximadamente, metade de toda a produção mundial. Alguns dos produtos
mais comercializados são a lagosta, o bacalhau, arenque, vieiras (estes no Atlântico Norte)
camarões, mariscos, enguias, pescada, atum e sardinha (estes no Atlântico Equatorial e Sul).

Rotas comerciais pelo mundo

O oceano Atlântico, além de rico em espécies e recursos biológicos, apresenta


também alto potencial para extração de hidrocarbonetos. A exploração de principalmente
petróleo começou ainda na Primeira Guerra Mundial, quando a Venezuela começou os
trabalhos na região do Lago Maracaibo. A partir dali, diversos pontos foram descobertos: o
Golfo do México, o delta do Rio Níger, o leste de Newfoundland e Labrador no Canadá e,
mais recentemente (e decerto mais contundente), o Pré-sal brasileiro. Jazidas de carvão
mineral também foram descobertas, porém em menor tamanho. O Atlântico ainda apresenta
hidratos de metano, um importante recurso energético potencial. O hidrato de metano
(CH4·5,75 H2O), também chamado de "gelo combustível", é resultado da volatilização do
metano em baixas temperaturas e alta pressão, que cria essa camada de gelo por fora do gás.
Além de apresentar grande potencial de extração, o Atlântico também é crucial para a
regulagem do clima do mundo, possuindo importantes correntes marítimas, como a do

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Atlântico Sul (fria), de Bengala (fria), das Guianas (quente), Sul Equatorial (quente) e a do
Brasil (quente). A capacidade de reter calor e fazê-lo circular pelas águas é também
considerada um amortecedor climático, impedindo um superaquecimento da superfície.

Correntes marítimas

Acerca de seu leito, o oceano Atlântico também guarda uma das maiores evidências
para paleontólogos e paleogeólogos: a Dorsal Mesoatlântica. Sendo uma cordilheira imensa
que rasga o oceano, a Dorsal Mesoatlântica demonstra, geologicamente falando, um
afastamento entre os continentes, levando a crer que um dia eles foram um só. A teoria da
Pangéia, desenvolvida por Alfred Wegener ainda em 1910, pode somente ser comprovada em
1950, quando a dupla Marie Tharp (considerada uma das maiores oceanógrafas da história) e
Bruce Heezen analisaram a topografia do Atlântico e notaram este padrão de cadeia, sendo
uma evidência contundente para a teoria da deriva continental.

Dorsal mesoatlântica em relevo (vermelho)

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Mares
___________________________________________________________________________

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Mar Mediterrâneo

O Mar Mediterrâneo é formado a partir das águas do Oceano Atlântico, está


situado ao norte da África, ao sul da Europa e a oeste da Ásia. Integra a categoria
de mar interior, nesse segmento é o maior do planeta além disso, possui o maior volume de
água. Há cerca de 70 rios deságuam no Mar Mediterrâneo dos quais se destacam: Nilo, Pó,
Ebro e Ródano. O mar faz ligações com o Mar Negro (pelo estreito de Bósforo e de
Dardelos) e o Mar Vermelho (pelo Canal de Suez) agrupando diversas ilhas sendo as maiores
a de Sardenha e Sicília, ambas na Itália. Além delas, outras ilhas fazem parte do
mediterrâneo, a saber: Chipre, Córsega, Creta, Maiorca, Minorca, Ibiza, Lesbos, Rodes,
Mykonos, Malta, entre outras.

O Mar Mediterrâneo é banhado pelas quatro penínsulas: Península Ibérica, Península


Itálica, Península da Anatólia e Península Balcânica. Já os mares que compõem o
Mediterrâneo são: Mar Egeu: da Grécia, a oeste, até a Turquia, a leste; Mar Adriático: banha
o norte e o leste da Itália e o oeste da península balcânica; Mar Jônico: entre a Itália e a
Grécia e Mar Tirreno: nordeste da península itálica. Sua localização entre os
três continentes faz dele um mar com destacada relevância histórica já que às suas margens
floresceram importantes civilizações, como a civilização egípcia, grega, fenícia, romana e
árabe. Além disso, foi um importante rota de acesso ao Oriente durante a Idade Média, cujas
rotas partiam da península itálica e seguiam por mar até o Oriente Médio para, então, penetrar
no território asiático.

94
Pode-se considerar um dos mares mais poluídos do mundo. Depois das águas
australianas, chinesas e japonesas, o Mar Mediterrâneo é um dos mares de maior diversidade
biológica apesar dos altos níveis de poluição, por conter alta presença de hidrocarbonetos e
micro plásticos. Atualmente, o mar vem sofrendo com as mudanças climáticas, resultado
sobretudo da intervenção humana no local, por exemplo: a expansão do turismo e da pesca
predatória. Aproximadamente 40 espécies estão ameaçadas de extinção.

95
Mar Morto

O Mar Morto, ou Lago Asfaltite, não está no sentido literal, é um lago que contém
uma água com alto nível de salinidade, e seu nome de fama provém do fato de nele não poder
ter nenhum tipo de vida, exceto a bactéria Holoarcula Masrismortui.
Este se encontra no Oriente Médio e se limita com os territórios de Israel, Palestina e
Jordânia, sendo abastecido principalmente pelo Rio Jordão, em Israel. O Mar Morto possui
uma área de 1.020 km2 , 82 km de extensão, 18 km de largura e sua profundidade máxima é
de 377 metros. Todas estas condições contribuem para a alta concentração de sal nas águas
do lago, no qual se situa em um local onde o clima é muito seco (semiárido ao norte e
desértico ao sul), que, por consequência, resulta em uma evaporação muito rápida da água,
conservando todos os minerais que nela se encontra. Além disso, a alta profundidade do lago
favorece o escoamento de diversos sedimentos e minerais, nos quais entre eles estão alguns
elementos químicos responsáveis por salgar a água.
Existem diversos rumores alegando que o mar está “morrendo” de verdade, e isto
devido ao alto índice de evaporação e os desvios das águas do Rio Jordão, fazendo com que
seu nível diminua. Os países Israel de Jordânia dessalinizam as águas do mar para serem
usadas, contribuindo para a queda em seu nível. Por causa disso, está sendo construído o

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“Canal da Paz”, um aqueduto que ligaria o Mar Vermelho com o Mar Morto, abastecendo
este último. O projeto leva com si a importância deste grande lago salgado para o potencial
turístico dos israelenses e jordanianos, além conservar a extremamente importante função do
mar de amenizar as baixíssimas taxas de umidade do ar na região.

97
Mar do Caribe

O Mar do Caribe não era conhecido até 1500 d.C, quando Cristóvão Colombo fez sua
primeira viagem para encontrar uma rota marítima para a Índia. Depois que a região foi
descoberta, suas ilhas foram rapidamente colonizadas por civilizações ocidentais, tornando-se
uma área comum para as rotas comerciais europeias.
Seus limites geográficos são as Grandes Antilhas no norte, as Pequenas Antilhas no
leste, no litoral do Panamá e da Colômbia ao sul e as costas de Honduras, Costa Rica e
Nicarágua a oeste. Existem diversas ilhas no Mar do Caribe, algumas delas são: as ilhas
Cayman, ilha de Cuba, ilha Beata, ilha da Tartaruga, e ilha da Providência, e os países
banhados são o Panamá, Costa Rica, Honduras, Belize, Guatemala, México, Cuba, Jamaica,
Haiti, República Dominicana, Colômbia e Venezuela.
As águas quentes do Mar do Caribe são propícias ao desenvolvimento de uma
variedade de seres vivos, incluindo espécies de plantas, anfíbios, peixes e mamíferos
marinhos. Estima-se que existam mais de 6.500 exemplares de flora marinha endêmica na
região, a variedade de plantas atrai cardumes e peixes.
A importância do Mar do Caribe é imprescindível uma vez que uma importante rota
de tráfego comercial marítimo em virtude do Canal do Panamá, que liga o Oceano Atlântico
ao Oceano Pacífico. Apesar disso, está em andamento um projeto para a construção de um
novo canal ligando os dois Oceanos e que será construído na Nicarágua.

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Mar do Sul da China

Como já bem diz o nome, o Mar do Sul da China (MSC) se localiza no Sudeste
Asiático. Também chamado de Mar da China Meridional (MCM), tem uma área de cerca de
3,5 milhões de km² com diversas ilhas, ilhotas, recifes, corais e baixios. O espaço está
limitado ao norte pela China e Taiwan, ao leste pelas Filipinas, ao oeste pelo Vietnã e ao sul
por Brunei, Indonésia e Malásia, com acesso pelos Estreitos de Luzon e Taiwan no Norte e de
Malaca, Sunda e Lombok ao Sul.

A região é rica em recursos naturais e rota para o comércio de bens não apenas da
Ásia, mas também do mundo, garantindo em grande parte a segurança econômica e
segurança alimentar dos países banhados por suas águas. Possui um forte e conhecido
potencial energético, o qual é constituído pela presença de petróleo e gás natural em suas
águas, ainda que não se saiba precisamente quais as quantidades disponíveis.
A Administração de Informação Energética dos Estados Unidos (EIA) estima que esta
região possua cerca de 11 bilhões de barris de petróleo e 5.4 trilhões de m³ de reservas de gás
natural. Contudo, um estudo da Consultoria de Energia Norte-americana Wood Mackenzie
avalia que podem existir apenas 2.5 bilhões de barris de petróleo. Já outra estimativa, feita
pela Companhia Nacional de Petróleo Offshore da China (CNOOC), acredita que, no MSC,
existem cerca de 14 trilhões de m³ de gás natural e 125 bilhões de barris de petróleo.

99
Os recursos do espaço não se resumem apenas aos energéticos: lá, circula uma
elevada porcentagem das mercadorias do comércio mundial, notadamente recursos naturais
como gás natural e petróleo, e por isso o MSC é conhecido como a garganta do Pacífico.
Assim, tanto mais da metade da frota mercante mundial e da produção global de gás natural
liquefeito, quanto quase um terço do petróleo não refinado global passam pelo Mar do Sul da
China. Deste modo, o mar faz parte de uma das rotas comerciais mais importantes do mundo.
Uma boa prova disso é que, se o seu principal estreito fosse bloqueado, 64,5 milhões de
dólares seriam gerados em custos adicionais de frete.
E qual é este estreito? O Estreito de Malaca é protagonista como ponto de
estrangulamento na Ásia. Entre todo o petróleo que já transitou no local, 85% foi bruto. Em
seu ponto mais fechado o Estreito de Malaca tem 1.61 quilômetros de largura, criando um
gargalo natural com muita chance de colisão, encalhamentos ou vazamentos de óleo.
Como é de se esperar, as capacidades geopolíticas e econômicas dessa região são de
muito interesse para a famosa potência: os Estados Unidos. Por isso, obviamente são criadas
disputas por certos territórios. Há décadas já se estendem farpas entre os Estados interessados
por três principais motivos. Primeiro, é importante considerar as reivindicações de soberania
feitas pelas Ilhas em Paracel e Spratly e também pelo Baixio Scarborough*. Além disso,
surgem problemas em relação à determinação de fronteiras marítimas. Por último, a definição
de jurisdição sobre as Zonas Econômicas Exclusivas (ZEE)* dos países é outro desses
motivos.
As reivindicações de soberania sobre ilhas e ZEE
no MSC feitas por China, Vietnã, Filipinas, Malásia,
Brunei e Taiwan são uma fonte ininterrupta de tensões na
região. Mesmo que não aconteça de fato um conflito
bélico em decorrência de tais disputas, há potencial para
que isto de fato ocorra futuramente.
Para o Estado, importa todos os recursos naturais,
econômicos e militares disponíveis dentro e fora de seu
domínio, bem como aqueles que ele poderia obter caso
buscasse expandir seu território. Nesse sentido, o mar é
de enorme importância para as estratégias chinesas,
considerando sua posição geográfica e seus recursos. No plano internacional, busca ampliar
cada vez mais seu poder econômico, político, diplomático e militar.

100
O controle sob o Mar do Sul da China tem grande importância para a segurança
econômica, energética e nacional da China uma vez que, devido à sua disposição no MSC, as
Ilhas Paracel e Spratly e o Baixio Scarborough são pontos estratégicos para o controle do
trânsito na área e, portanto, a militarização dessas regiões possibilita à força aérea e naval
chinesa capacidade de operação sobre a quase totalidade do MSC. Desta maneira, a China
tendo controle sob o MSC poderia fortalecer seu comércio e a segurança de suas rotas de
energia, garantindo seu acesso futuro a recursos de petróleo e gás e realizar patrulhas
marítimas.

101
Mar do Japão
O Mar do Japão situa-se ao longo da costa nordeste da Ásia. O seu nome começou a
ser usado na Europa, durante o fim do século XVII e começo do XIX, sendo assim utilizado
por mais de 200 anos. Seu nome está relacionado, principalmente, aos principais arquipélagos
que o isolam dos oceanos que ele separa: está centrado em um elemento geográfico chave,
sendo este o arquipélago japonês que separa essa região marítima do Oceano Pacífico. A
superfície do mar é de 1.008.000 quilômetros quadrados, aproximadamente. Isto, com uma
profundidade média de 1.350 metros e máxima de 3.742 metros.
Apesar do reconhecimento mundial, na sexta Conferência das Nações Unidas sobre a
Padronização de Nomes Geográficos em 1992, a República da Coreia e a Coreia do Norte
repentinamente propuseram que o termo "Mar do Japão" fosse trocado. Desde então, esses
dois países continuam levantando este assunto em conferências internacionais das Nações
Unidas sobre o tema e em reuniões da Organização Hidrográfica Internacional (OHI).
Contribuindo para a moderação do clima japonês, as águas do Mar do Japão são
relativamente mornas. A monção de inverno gera precipitações de neve nas montanhas
japonesas e congela as águas superficiais no norte do mar. Já no verão, a monção tropical do
sul forma nevoeiros em cima do mar e produz tufões. Na região leste do mar, a água é
considerada mais quente e salgada do que na região oeste.
Pode-se dizer que a pesca é uma das principais atividades econômicas que acontecem
no Mar do Japão, considerando a abundância de recursos: sardinha, cavala, anchova, arenque,
lula e crustáceos. Também são explorados diferentes recursos minerais, como por exemplo a
areia de magnetita e petróleo, estes encontrados principalmente nas proximidades do Japão e
da Ilha Sakhalin.
À medida que o comércio entre os países de Extremo Oriente cresce, o Mar do Japão
tem sido cada vez mais utilizado também como rota comercial.

102
Golfo do México
Conhecido mundialmente pelas suas enormes quantidades de petróleo, é o maior golfo
do mundo, cercado pelo continente norte-americano e com uma superfície de
aproximadamente 1 550 000 km². Um golfo representa assim como a baía, apresenta a
reentrância do mar sobre o continente caracterizando um formato de ferradura, entretanto,
diferentemente da baía, o Golfo possui grandes dimensões e uma forma mais aberta para o
mar.

A importância do Golfo do México é inegável uma vez que muitos rios importantes
desembocam na bacia, do qual merece destaque o rio Mississipi, um dos maiores dos Estados
Unidos. Sem contar que a corrente do Golfo leva águas quentes para zonas mais frias do
globo. Por isso é necessário atentar-se aos possíveis desastres envolvendo essa região, como
o de 2010 referente ao vazamento de petróleo, considerado um dos piores da história. A
explosão da plataforma inglesa Deepwater Horizon, pertencente à petrolífera British
Petroleum (BP), provocou um enorme vazamento no mar (cerca de 5 milhões de barris), além
de ter acarretado a morte de 11 trabalhadores.

No golfo do México há uma zona interessantíssima conhecida como Zona Morte "é
causada pelo aumento da quantidade de nitrogênio e fósforo no oceano, fenômeno oriundo do
processo de Floração das Algas, ou seja, do aumento repentino da quantidade de algas,

103
fitoplânctons e outras espécies vegetais marinhas. Além da diminuição das condições de vida,
tal ocorrência promove a coloração das águas em um tom próximo ao marrom”.

Introdução à dinâmica entre nações, empresas e ONG’s


Apesar de visar em toda a sua estruturação a retomada de antigos costumes das
simulações do Gracinha, o IX COG inovou em um ponto crucial para o andamento do evento:
as delegações. Em quase todas as edições passadas, os aplicantes que se submeteram ao
processo de application a fim de representar uma delegação no comitê foram designados à
países (enquanto delegações representativas definidas pelos órgãos de relações internacionais
de cada nação), chefe de estados ou cientistas. Na nona edição das Ciências Organizadas do
Gracinha, os participantes representarão delegados de suas respectivas nações, empresas ou
ONGs, assim como indicado nas suas cartas de aprovação.
A decisão por trás dessa mudança estrutural foi tomada de acordo com bases teóricas
pesquisadas pela Organização, entendendo que as atuais relações internacionais não
dependem somente da movimentação de matriz estatal, mas sim de um constante embate de
forças entre Organizações Não Governamentais (ONGs), empresas e nações.
Muitos estudiosos afirmam que a sociedade como um todo está testemunhando, neste
exato momento, o nascimento de uma nova forma de força mundial, com genuínas
características estatais; são as nações corporativas globais. Esse termo se refere a nada mais
que empresas multinacionais com diferentes enfoques que estendem, sem grandes
empecilhos, o seu poder para o planeta inteiro.
De acordo com essa lógica, há o entendimento de que os conceitos tradicionais de
soberania dos Estados (que, diga-se de passagem, é um dos argumentos mais comumente
utilizados por delegações nas últimas simulações do Gracinha), estão se tornando
gradativamente mais irrelevantes ao passo que multinacionais invadem as funções dos
estados. Cria-se então o questionamento de que, se atualmente essas empresas têm
capacidade de competir com estados no quesito de controle, provisão social e circulação de
moeda, o quão longe está o domínio completo do símbolo supremo do poder estatal – o
monopólio sobre o uso da força?
Sobre essa tendência, cientistas sociais preocupam-se cada vez mais com o aumento
do uso de xenofobia e nacionalismo por meio de nações para garantir seu poder, ou quiçá,
reconquistá-lo. Essa preocupação alinha-se com a crise da democracia e do liberalismo de
forma global, afinal, foi o sistema neoliberal implantado mundialmente que possibilitou, em

104
primeiro lugar, a escalada de empresas como Shell, Apple, Unilever, Amazon, entre outras.
São essas mesmas multinacionais que impossibilitam a preservação do meio ambiente, a não-
destruição dos oceanos.
Esse fenômeno foi nomeado por John Ruggie, um professor universitário de Direitos
Humanos e Relações Internacionais austro-americano. Ele é representante especial na ONU
para a área de negócios e direitos humanos e professor da Universidade de Harvard, e foi o
responsável por nomear o aumento de influência das grandes estatais como “globalização
corporativa”. É um conceito usado para “designar o processo de reestruturação produtiva pelo
qual as empresas transnacionais conseguiram estabelecer redes corporativas que
ultrapassaram as economias nacionais e construíram núcleos de atividades econômicas
sujeitos a uma única visão global estratégica.”
Para este comitê, além das quinze nações, seguindo formatos já conhecidos nas
simulações do Gracinha, outras quatro duplas representarão empresas multinacionais com
diferentes perspectivas e medidas em relação à preservação dos oceanos: Unilever, Shell,
Nestlé e The Ocean Clean Up. Para concluir, em referência a essas empresas e seu papel na
simulação, vale trazer um trecho do monólogo de Ned Beatty, do filme “Network” (1976):
“O mundo é um colegiado de corporações inexoravelmente determinado pelas leis imutáveis
dos negócios”.
Além da nova instância empresarial, também serão representadas as ONGs no comitê.
Por definição, ONG é uma “entidade privada da sociedade civil, sem fins lucrativos, cujo
propósito é defender e promover uma causa política. Essa causa pode ser virtualmente de
qualquer tipo: direitos humanos, direitos animais, direitos indígenas, gênero, luta contra o
racismo, meio ambiente, questões urbanas, imigrantes, entre muitos outros”.
Entende-se que as ONGs surgiram com o intuito de suprir demandas que não eram
atendidas de modo satisfatório pelos Estados. Muitos investidores sociais doavam recursos
para governos de países subdesenvolvidos e percebiam que tais quantias não eram revertidas
em bens públicos, por incompetência, falta de lisura ou uma série de outros motivos. Nesse
cenário, as ONGs prosperaram e proliferaram como organizações competentes e exemplares,
com as quais filantropos, governos e outras instituições podiam contar.
Compreendido seu conceito primário, é importante entender a maneira como as ONGs
se financiam, uma vez que não possuem fins lucrativos. Para isso, contam com o apoio
financeiro de outras entidades privadas (do terceiro setor ou do empresariado), de pessoas
físicas (cidadãos conscientes e engajados) e até mesmo do governo, que pode fornecer

105
recursos e apoio para atividades em que ambos possam unir forças. Destaca-se aqui a
necessidade financeira das ONGs no sentido de articulação argumentativa e estratégica no
comitê, sem que haja distanciamento dos valores morais e éticos propostos pela ONG em
primeiro lugar.
Apesar de muito importantes para as pautas de preservação ambiental, é preciso
pontuar a ambiguidade às vezes presente no discurso dessas organizações, na sua estruturação
interna e medidas por vezes mal intencionadas. É claro que a vasta maioria das ONGs são
altamente qualificadas e bem posicionadas, essenciais para a discussão de pautas ambientais,
por exemplo. Apesar disso, os casos de escândalo de corrupção e hipocrisia envolvendo
algumas poucas Organizações Não Governamentais contribuíram no fortalecimento de uma
imagem negativa dessas, gerando descrença por parte da sociedade e prejudicando as
milhares de boas organizações.
Em conclusão, é essencial que os delegados entendam não apenas as nuances de seus
próprios países, empresas e ONGs, mas de todos no comitê, além da maneira como cada um
se articula com o próximo. É preciso buscar entender a problemática trazida por cada uma
dessas entidades, suas diferenças entre si, o que é mostrado abertamente, o que é manipulado
e quais são as possíveis atitudes e discursos dessas duplas durante a simulação. É função do
delegado conhecer a fundo as maneiras de posicionamento político de cada entidade acerca
da preservação do oceano. De outra forma, a Assembleia Geral não pode acontecer de forma
construtiva; não será possível ter um debate altamente qualificado que consiga envolver as
três instâncias representadas no comitê sem o entendimento completo do campo de ação de
cada um.

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Panoramas de nações
___________________________________________________________________________

107
Comunidade da Austrália
Representantes: Felipe Oreggia e Rafael Nogueira

Capital: Camberra
Língua oficial: Inglês
Moeda: Dólar australiano
Modelo governamental: Monarquia constitucional
● Com poder federal, em que o sistema de governo é o parlamentarista, que
implica o reconhecimento da rainha Elizabeth II como soberana simbólica do
país, integrante da Comunidade Britânica de Nações (Commonwealth).
Chefe de Estado: David Hurley
População: 25.788.000 hab.
Produto Interno Bruto (PIB): 1,61 trilhão de dólares, sendo a 13ª maior economia
do mundo.
Área total: 7.688.000 km²
Países fronteiriços: Indonésia, Timor-Leste e Papua-Nova Guiné, a norte, com o
território francês da Nova Caledónia, a leste, e a Nova Zelândia a sudeste.

A economia australiana é uma das mais fortes e estáveis do mundo, sendo aberta e
competitiva. Durante os últimos 25 anos houve um crescimento econômico constante,
alcançando em 2012 um PIB superior a 1,5 trilhões de dólares, com um PIB per capita de
aproximadamente 67 mil dólares. Como maior parte da fonte econômica estão as seguintes
atividades: mineração, indústria, agricultura, pequenas empresas e turismo. Além disso, uma

108
fonte importante é a pesca, uma tradição local muito forte em que as pescarias comerciais são
relativamente pequenas se comparadas aos padrões mundiais, mas, mesmo assim, possuem
uma grande importância regional, social e política. Grande parte das capturas é composta por
espécies de alto valor comercial que são, em sua maioria, exportadas.
Ao mesmo tempo que um país, continente ou ilha, a Austrália está entre o oceano
Pacífico e Índico. Está separada da Indonésia, a norte, pelos mares de Timor e de Arafura; da
Papua-Nova Guiné, a nordeste, pelo Estreito de Torres; da Nova Zelândia, a sudeste, pelo
mar da Tasmânia; e da Antártida, a sul, pelo oceano Índico. Como já sabemos, o oceano
Pacífico é um dos mais poluídos do mundo com 1,8 trilhões de pedaços de plástico flutuantes
que matam, anualmente, milhares de animais marinhos. O oceano Índico também não passa
em branco, contendo poluição em suas águas por rejeitos minerários, industriais e
domésticos. Dessa forma, pedaços de polietileno e polipropileno foram achados no estômago,
intestino, cloaca e bexiga dos animais, no caso, 121 tartarugas jovens e recém-nascidas na
costa australiana dos oceanos Pacífico e Índico.
No país, é adotada uma política de desenvolvimento ecologicamente sustentável que é
implementada nas pescarias do país através da adoção de uma abordagem ecossistêmica de
gestão pesqueira. Cada estado australiano faz seu próprio manejo e gestão da pesca, mas
também seguem normas federais. Como por exemplo, a Lei de Manejo das Pescarias – que
tem como objetivo a sustentabilidade biológica; a lei que trata dos comitês de
aconselhamento da gestão das pescarias; e uma lei voltada para a proteção ambiental e a
conservação da biodiversidade. A Comunidade da Austrália conseguiu reduzir a zero os seus
níveis de sobrepesca de espécies ameaçadas, usando pragmatismo, ordenamento e um
processo de amplo diálogo com todos os setores pesqueiros.
Em 2012, o país criou uma rede de reservas marinhas que protege mais de 2,3 milhões
de km² de oceano ao redor do país, apesar da ira do setor pesqueiro, que teme redução de
postos de trabalho e prejuízos às comunidades costeiras. O sistema de proteção conta com
seis regiões marinhas e tem o objetivo de preservar animais ameaçados de extinção como a
baleia-azul, tartarugas-verdes, tubarões-touro e o dugongo, uma espécie de mamífero
herbívoro que vive no mar. O ministro do Meio Ambiente, Tony Burke, diz que os oceanos
estão seriamente ameaçados e, por isso, ações para restaurar a saúde dos mares têm de ser
feitas. A Austrália também já admitiu sua negligência na preservação da Grande Barreira de
Corais, através de estudos que comprovam que o ecossistema perdeu mais da metade de seus

109
corais em apenas três décadas, resultado de tempestades, depredação e aquecimento das
águas (consequência da mudança climática).
Localizado a mais de 2 mil quilômetros da costa noroeste da Austrália, o arquipélago
de Cocos (Keeling) está repleto de lixo, mais especificamente 238 toneladas de plástico. Nas
praias remotas encontradas nas ilhas do Oceano Índico, existem 414 milhões de peças de
plástico, sendo um milhão de sapatos e mais de 370.000 escovas de dentes. Apesar da grande
quantidade de lixo encontrada nas águas, não acha-se com facilidade registros de poluição
marítima por parte da nação australiana.
Recentes discussões sobre mudanças climáticas revelam que o país não tem
cooperado, gastando bilhões de dólares em subsídios e aprovações ambientais que permitem
que a indústria se expanda. Através de pesquisas, é possível conferir um caso de poluição que
afeta águas próximas à mina de Panguna, na Papua Nova Guiné, por parte de uma empresa
anglo-australiana, a Rio Tinto, a segunda maior corporação de metais e mineração do mundo.
Ainda assim, pouquíssimos dados revelam irresponsabilidade ambiental por parte de
empresas.
Em 2021, o governo australiano confirmou a extinção de mais de 13 espécies
endêmicas, incluindo 12 mamíferos e o primeiro réptil que se sabe ter sido perdido desde a
colonização europeia. Segundo uma pesquisadora da Wilderness Society, “nenhum outro
país, rico ou pobre, tem algo parecido com esse recorde”. Um estudo inovador realizado por
38 cientistas que trabalham na Austrália e na Antártica, descobriu na semana passada que 19
ecossistemas estão entrando em colapso devido ao impacto dos humanos e alertou que uma
ação urgente é necessária para evitar sua perda total.
Na Austrália, os dados de Petróleo Bruto são: 334.737 barris/dia em 2021. Esse dado
registra uma queda em relação aos números anteriores de 351.344 barris/dia em 2020. Em
pesquisas de 2019, a matriz energética revela que 79% da produção anual de eletricidade é
derivada de combustíveis fósseis, enquanto apenas 21% são renováveis. Em um ranking de
países segundo os barris de petróleo, a Austrália encontra- se na 36º posição. As refinarias
australianas enfrentam crescente pressão competitiva da China e do Oriente Médio. A
capacidade de refino da China vem crescendo desde 2015, e o crescimento contínuo de
refinarias em grande escala voltadas para a exportação em toda a Ásia e no Oriente Médio
mudou estruturalmente o mercado australiano.
Os aborígenes são a população nativa da Austrália, que hoje corresponde a apenas 1%
da população australiana. Alguns vivem em aldeias no deserto, outros moram em bairros

110
periféricos das grandes cidades. Existem cerca de 500 povos aborígenes no país, em que cada
um tem a sua língua e o seu território, e são normalmente compostos por clãs distintos.

111
Estados Unidos da América
Representantes: Pedro Plantulli e Rafael Valentim

Capital: Washington, DC
Língua oficial: inglês
Moeda: Dólar americano
Modelo governamental: República presidencialista
● Presidencialismo é um sistema de governo em que um chefe de governo
também é o chefe de Estado e lidera o poder executivo, que é separado do
poder legislativo e do poder judiciário
Chefe de Estado: Joe Biden
Produto Interno Bruto (PIB): US$ 20,94 trilhões
População: 329.500.000 hab. (2021)
Área: 9.834.000 km2
● Extensão das águas: dados conflitantes
Países fronteiriços: Canadá e México

Os Estados Unidos da América, sendo uma das maiores potências políticas e,


principalmente, econômicas do planeta, tem grande influência na movimentação da indústria
mundial. Estima-se que os Estados Unidos ocupa o sexto lugar no ranking de maiores
exportadores de pescado e o primeiro quando o assunto é produção de resíduos plásticos.
Estes dois fatores juntos levam o país a se tornar um dos maiores responsáveis pela poluição

112
dos oceanos; estudos apontam que seja a terceira nação que mais despeja lixo irregularmente
em sua costa.
Responsável por 12,2 milhões de quilômetros quadrados de ZEE, a costa
estadunidense é banhada, ao leste, pelo Oceano Atlântico e, ao oeste, pelo Pacífico.
Centralizado entre as duas divisões oceânicas mais disputadas economicamente, os Estados
Unidos se encontram em um berço de minérios e combustíveis fósseis.
Durante o governo de Donald Trump (2017-2021) a Agência de Proteção Ambiental
dos Estados Unidos criou um plano de ação para o tratamento de resíduos marítimos, porém
já nas primeiras páginas o ex-presidente culpa a Ásia pela poluição das águas, isentando os
Estados Unidos da culpa. O que deve ser considerado quando falamos sobre as intenções na
limpeza das águas são os interesses externos. Um bom exemplo é, justamente, relacionado à
pesca que, por ser um dos maiores movimentadores da economia mundial, nunca é citada
como um dos causadores da degradação dos ambientes marítimos. E quando tratamos de
Estados Unidos, especificamente, o peso das relações diplomáticas é maior ainda.
Em relação ao estudo dos oceanos, a NASA (Agência Espacial estadunidense) está
em processo de estudo das regiões mais profundas das águas. A pesquisa tem como objetivo
indicar como poderiam ser os oceanos em outros planetas, além de maior compreensão da
Terra (já que 70% do planeta é composto por água e 80% desta é inexplorada). O teste de
veículos e aparelhos para as viagens até a zona hadal também serviriam de parâmetro para
possíveis avanços na exploração do espaço, já que os cientistas acreditam que ambos os
ambientes, por mais que distantes, tenham muitas similaridades.
Acerca de sua política externa, os Estados Unidos da América adotam a política
intervencionista imperialista, sendo caracterizada pela expressão suposta de soberania ou
necessidade envolver em praticamente todos os conflitos e/ou discussões, mesmo que não
tenham relação com os EUA. Por conta disso, os Estados Unidos possuem diversas relações
de aliados, baseadas numa suposta reciprocidade sendo, na realidade, uma relação de
opressão e domínio. Alguns exemplos famosos são: a OTAN (Organização do Tratado do
Atlântico Norte), chamada a "aliança militar do ocidente"; o Pacto do Rio; e as relações
bilaterais com o Pacífico, como Taiwan, Japão, Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia e
Índia.

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Federação Russa
Representantes: João Farina e Julia Andrade

Capital: Moscou
Língua oficial: Russo
Moeda: Rublo Russo
Modelo governamental: República Federativa
Chefe de Estado: Vladimir Putin
População: 144 100 000 hab.
Produto interno bruto (PIB): US$ 1,483 trilhões
Área total: 17,1 milhões km²
Países fronteiriços: Noruega, Finlândia, Estônia, Letônia, Belarus, Ucrânia, Geórgia,
Azerbaijão, Cazaquistão, Mongólia, China e Coreia do Norte.

A Rússia foi responsável por diversas atividades que ajudaram a exploração dos
oceanos. Um desses projetos, por exemplo, foi responsável por avançar na corrida pelos
recursos do Ártico.
Pesquisadores apontam que abaixo da superfície do gelo haja bilhões de barris de
petróleo e trilhões de metros cúbicos de gás natural em reservas ainda a serem descobertas. A
corrida pelos preciosos recursos do Ártico não é nova.
O Ártico apresenta inúmeros obstáculos. Com profundidades que chegam a até 5 mil
metros e em grande medida coberto de gelo, o oceano é provavelmente o local mais difícil do
mundo para fazer perfurações. Um exemplo disso é o bloqueio do Canal de Suez por um

114
gigantesco navio encalhado que principalmente mostra a necessidade de fortalecer a via
marítima no Ártico russo.
Concentrando mais de 80% das reservas de petróleo, 85% do gás e 80% do carvão
russo, a Sibéria no Planalto Suberiano se transformou na maior bateria de recursos
energéticos do país. Cada vez mais os russos vêm se preocupando em explorar/expandir as
reservas de hidrocarbonetos escondidas sobre o Mar Ártico, podendo comprometer um dos
mais importantes ecossistemas do planeta.
Devido ao clima extremo e a espessa camada de gelo que encobre toda a superfície
do mar, durante anos a Rússia vem investindo no Projeto Iceberg, que consiste no
desenvolvimento de novas tecnologias e aperfeiçoamentos de equipamentos de expedição em
frio extremo a fim de aumentar as barreiras na exploração de recursos no Mar Ártico. Entre
estes desenvolvimentos tecnológicos estão bombas e submarinos não tripulados nucleares,
pondo em risco todo o ecossistema local bem como o alto índice na contaminação da água,
podendo causar desastres ainda maiores e irreversíveis.
O presidente Vladimir Putin fez da exploração do Ártico uma prioridade estratégica,
especialmente através da criação de um trajeto marítimo ao longo da costa do norte de seu
país para unir Europa e Ásia e competir com o Canal de Suez.
Além dos recorrentes problemas na região do Ártico, o país sofre de imprevistos com
navios petroleiros, como mostra um caso em Agosto de 2021, no qual um navio abastecido de
petróleo de grande porte vazou mais de cerca de 100 toneladas de petróleo na superfície do
Mar Negro em Yuzhnaya Ozereyevka. Com o ocorrido, o WWF (Worldwide Fund for
Nature) alerta sobre grandes ameaças ao ecossistema russo, principalmente ao marítimo, já
que vários peixes e até mesmo aves foram encontrados mortos na zona do vazamento. Por ser
uma potência exportadora e turística, o problema de vazamentos como este vêm se tornando
muito recorrentes na Federação Russa, pondo em risco os animais que ali habitam e podendo
chegar ao ponto dos próprios humanos começarem a ser afetados.

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Estado do Japão
Representantes: Alice Calazans e Helena Gouveia

Capital: Tóquio
Língua oficial: japonês
Moeda: Iene
Modelo governamental: Monarquia constitucional unitária parlamentarista
Chefe de Estado: Imperador Naruhito e Primeiro ministro Fumio Kishida
População: 126 440 000 hab
Produto Interno Bruto (PIB): US$ 4,830 trilhões.
Área total: 377 975 km² (0,8% é de água)
Países fronteiriços: Rússia, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Filipinas e China.

O Japão é um arquipélago banhado completamente por água oceânica. Os mares são


base para diversos âmbitos do país, principalmente economicamente e culturalmente. Muito
famoso pela alimentação a base de peixe, o país é o maior exportador desses animais e seus
derivados do mundo. Espécies populares de organismos aquáticos que são consumidos como
alimentos marinhos cultivados incluem nori, vieira yesso, ostra, amberjack japonês, red
seabream e sea mustard. A fácil adaptação às condições de cativeiro, alta taxa de
crescimento, aceitação de alimentos de baixo valor, alta taxa de reprodução e alto preço de
mercado são os requisitos a serem considerados para o cultivo comercial.
Entretanto, a atividade pesqueira, tem sofrido com problemas estruturais, disputas
internacionais, poluição das águas costeiras (BRASIL, 2018), declínio na produção pesqueira

116
com o esgotamento dos recursos pesqueiros e/ou mudanças ambientais (MATSUURA et al.,
2019). Porém, mesmo assim, certas espécies encontradas nos mares japoneses ainda são
consideradas iguarias procuradas no mundo inteiro, logo a oferta desses deve continuar
grande devido à grande demanda.
Um grande problema da atividade pesqueira japonesa é a pesca de baleia. Até então
proibida, o país busca atualmente voltar atrás nessa decisão e legalizar a comercialização
desses animais. O Japão tem capturado entre 300 e 400 por ano, incluindo animais jovens e
fêmeas grávidas, sob essa prerrogativa.
Além da pesca, o país sofre com questões relacionadas ao desastre de Fukushima de
2011 e as consequências que esse gerou nas águas. Em 2021, o Japão aprovou um plano
liberando o despejo de mais de um milhão de toneladas de água contaminada da usina. A
água será tratada, porém o Greenpeace apresenta extrema negação em relação à segurança da
liberação dessa água.
O Japão, atualmente, é dado como uma das maiores forças econômicas do mundo.
Com apoio estadunidense desde o fim da Segunda Guerra Mundial, é considerado uma nação
que utiliza diversos recursos militares e entra em discordância com países vizinhos, como a
China. Na primeira década do século XXI, o Japão apresentou uma política passiva e reativa,
focando em sua própria economia e investimento. O país centra a sua política externa em três
princípios básicos: diplomacia centrada pela ONU, cooperação com o Mundo Livre, e a
preservação da identidade do Japão como uma nação asiática.

117
Reino da Arábia Saudita
Representantes: Antonio Maluf e Marcelo Alonso

Capital: Riyadh
Língua oficial: Árabe
Moeda: Rial saudita
Modelo Governamental: Monarquia absolutista
● Ao rei é concedido todo o poder de decisão e de veto sobre as ações tomadas
no país, possuindo uma sucessão hereditária do cargo
Chefe de Estado: Rei Salman bin Abdulaziz al-Saud
População: 35.354.380 (est. 2022)
Produto Interno Bruto (PIB): US$ 700,1 bilhões
Área Total:
● Área terrestre: 2,149,690 km2
● Águas: 2.460 km de costa (sem dados sobre extensão da soberania marítima)
Países fronteiriços: Iraque (NE), Jordânia (NO), Kuwait (NE), Omã (SE), Qatar (L),
Emirados Árabes Unidos (L), Iêmen (S/SO) e Bahrein (aquático/L)

O Reino da Arábia Saudita é uma nação localizada na Península Árabe, no Oriente


Médio, sendo a nação mais influente do mundo árabe e a com maior poderio econômico, uma
vez que é o único país da região membro do G20, grupo das 20 economias mais

118
desenvolvidas do mundo. A religião principal é o islã, regendo até mesmo sua própria
constituição, segundo a Lei Muçulmana (sharia), que exerce grande papel na população no
dia a dia. O país também é centro da vertente sunita - a maior de todas - do islã, sendo Mecca,
uma das maiores cidades da nação, o centro mais importante para toda a religião.
A Arábia Saudita atingiu esse posto central no mundo árabe com a consolidação do
seu sistema de produção petrolífera, expoente mundial. A empresa estatal Saudi Aramco,
avaliada numa capitalização de mercado de US$ 2,37 trilhões, é responsável por toda a cadeia
de extração, refino, produção e comercialização do petróleo, consolidando a nação como a
segunda maior produtora do mundo. Segundo dados de 2016 da WorldOMeter, são
produzidos mais de 12 milhões de barris por dia. Tendo em vista sua posição de A’s no
cenário mundial, a Arábia Saudita faz parte da OPEP (Organização de Países Exportadores de
Petróleo), sendo uma das partes que dita o funcionamento, o preço e o fluxo da commoditie
nos mercados.
Sendo considerada um dos países mais conservadores do planeta, a Arábia Saudita é
frequentemente uma força contrária aos movimentos internacionais de neutralização das
emissões de carbono e investimentos em iniciativas e saídas consideradas sustentáveis. Por
ser extremamente dependente da sua própria produção de petróleo (aproximadamente 40% de
todo o PIB do país se relaciona de alguma forma com essa cadeia), o governo veta qualquer
tipo de movimento ambientalista ou algo do tipo em solo saudita, estagnando a nação num
campo contrário à tendência mundial.
Acerca dos oceanos, a Arábia Saudita é banhada a oeste pelo Mar Vermelho e a leste
pelo Golfo Pérsico. Por ser uma das potências regionais, a nação possui grande relação com a
utilização comercial dos mares que a circundam, tendo relações e conflitos com os outros
países que disputam pela hegemonia. Historicamente, o Golfo Pérsico foi cenário para a
expansão econômica da Arábia Saudita, uma vez que é nele que aproximadamente 30% de
todo o petróleo mundial é produzido (não necessariamente somente nos corpos aquáticos,
mas também nas regiões banhadas por ele). À parte da indústria petrolífera, a Arábia Saudita
não possui grandes vínculos de exploração com seus mares, sendo, majoritariamente, uma
grande importadora de recursos, como alimentos e minérios. Embora a pesca tenha
recentemente registrado um volume recorde de produção, os sauditas não conseguem suprir
sua demanda com a criação nacional.
Sendo considerada um "coringa" na geopolítica mundial, a Arábia Saudita apresenta
vínculos fortes com diversos países, mas, por diversas vezes, coloca eles em dúvida. Sua

119
relação com os Estados Unidos é, provavelmente, a mais famosa, pois tem uma dinâmica
rara: uma relação amistosa entre Ocidente e Mundo Árabe. O exemplo mais claro dessa união
é o da Guerra do Golfo, da década de 1990, em que a Arábia Saudita quebrou uma tradição
islâmica e conclamou que os americanos e ocidentais lutassem pelos muçulmanos em
"território sagrado". Contudo, suas preferências para com o petróleo muitas vezes põe em
cheque essa aliança, advogando pela unidade e força da OPEP de maneira mais contundente
que pelos interesses estadunidenses. As relações com a China são crescentes a cada ano e
também colocam em dúvida a estabilidade (ou fragilidade) dos vínculos com os EUA.

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Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
Representantes: Carolina Spina e Leonardo Veras

Capital: Londres
Língua oficial: Inglês
Moeda: Libra esterlina britânica
Modelo governamental: Monarquia Parlamentar
● Sistema político onde os poderes do monarca são limitados pelo parlamento,
havendo assim eleições em um governo organizado constitucionalmente
Chefe de Estado: Rainha Elizabeth II
População: 68 822 459 hab. (est. 2020)
Produto Interno Bruto (PIB) : US$2.708 trilhões (2020)
Área total: 243,610 km² (% que é água 1,34)
Países fronteiriços: República da Irlanda

O Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, composto pela Inglaterra, País de


Gales e Escócia e parte norte da ilha da Irlanda, está localizado na costa noroeste do
continente europeu. Por ser um país insular, sua única fronteira terrestre fica na Irlanda do
Norte, tendo sua costa banhada pelos mares do Norte e da Irlanda o que, consequentemente, o
torna envolto pelo Oceano Atlântico, e separada da Europa Ocidental pelo Canal da Mancha,
localizada na parte Sudeste do globo.

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Após sua saída como Estado-Membro da União Europeia, por meio Brexit, no ano de
2020, a nação vem aprimorando suas políticas externas, visando contemplar seus novos
valores. Essa separação resultou na criação do "Acordo de Comércio e de Cooperação" que
enquadra uma relação futura entre a União e a nação britânica em questões dedicadas à
segurança pública, cibersegurança e até mesmo a participação do Reino Unido em programas
da aliança econômica. Além disso, pela saída, foram iniciados desentendimentos entre o
Reino Unido e a França a respeito do direito à pesca no Canal da Mancha
Segundo Maritime Biennial Report entre abril de 2019 e maio de 2021, estima-se que
o setor marítimo ajudou com aproximadamente £180.8 bilhões de retorno, junto de 1.1
milhão de empregos. Em 2019 o Maritime 2050, estratégia da marinha que visa selecionar as
ambições do setor marinho britânico, publicou o objetivo do Reino Unido em se tornar uma
nação marinha líder nos próximos 30 anos.
O governo anunciou os projetos criações de áreas de conservação marinha, onde
abrange aproximadamente 220.000 km² de habitats marinhos. O país tem cerca de 355 áreas
marinhas já construídas, protegendo 30% de sua costa, com o constante intuito de expandir
cada vez mais, prezando pela preservação do meio ambiente e de espécies raras e ameaçadas.
Acerca da exploração marítima e sua economia, sendo membro do G7, grupo dos
países considerados mais industrializados do mundo, o Reino Unido se torna o único país a
realizar o Acordo de Transição do Mar do Norte. Ele propõe uma redução na produção de
hidrogênio e no processo de descarbonização, como, por exemplo, a captura e
armazenamento de carbono e a transformação da cadeia de suprimentos. Assim, como um de
seus objetivos, diminuir a importação de petróleo do país, logo, investindo na indústria
nacional e, indiretamente, reduzindo a produção.
Nos dias de hoje, nota-se a mais bruta influência do Reino Unido na economia
mundial. Possuindo o sexto maior Produto Interno Bruto (PIB) e segunda maior na Europa, o
país tem grande parte de sua produção baseada em uma variedade de atividades industriais,
sendo uma nação altamente fabril. O país é marcado por suas diversas tentativas e projetos
que visam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU.

122
República da Indonésia
Representantes: Beatriz Pernambuco e Isabel Barros

Capital: Jacarta, na ilha de Java


Língua oficial: Bahasa indonésio
Moeda: Rupia indonésia
Nome oficial: República da Indonésia
Modelo governamental: República presidencialista
● Nesse modelo, o presidente da república recebe as funções de chefe de Estado
e chefe de governo. Os presidentes são eleitos através do voto popular para
exercerem mandatos de cinco anos, com possibilidade de reeleição.
Chefe de Estado: Joko Widodo
População: 276.362.000 hab. (ONU, 2021)
Produto Interno Bruto (PIB): US$ 4540 (FMI, 2022)
Área total: 1.904.569 km²
Países fronteiriços: O país tem fronteiras terrestres com o Timor-Leste, com Papua-
Nova Guiné e com a Malásia. A Indonésia está situada entre a Ásia e a Oceania, e é
banhada pelos Oceanos Pacífico (Oriente) e Índico (sul e oeste).

A economia na Indonésia se apoia na agricultura, na mineração e na indústria. Possui


uma produção agrícola diversificada, tendo como principais produtos: milho, arroz, batata-
doce, mandioca, chá, café e tabaco. Sua extração de madeiras tropicais para exportação é
significativa, embora a maior parte seja clandestina. Também possui a mineração, que é

123
responsável pela gradativa recuperação da economia da Indonésia, sobretudo em relação à
exploração do gás natural e do petróleo. O país ainda produz ouro, cobre, bauxita e níquel, e
o investimento estrangeiro no país tem aumentado devido aos interesses de grandes
mineradoras em explorar a região.
Sobre o petróleo, é possível dizer que é um dos países mais importador do mundo
(2013), colocado em 23º posição. Além disso, em 2019, o país consumia 1,6 milhão de
barris/dia (13º maior consumidor do mundo). E em 2015, a Indonésia era a 9º maior
produtora mundial de gás natural, 86,9 bilhões de m3 ao ano.
Em termos de produção anual de aquicultura, a Indonésia é o quarto país mais
produtivo do mundo, com uma estimativa de 14,4 milhões de toneladas de peixes em 2014.
Beneficia-se por conta de sua localização, que é no sudeste da Ásia e trata-se do maior
arquipélago do mundo, com um litoral extenso de mais de 81.000 km, situado em clima
tropical. Com seus principais produtos da aquicultura exportados, dentre eles: camarão, peixe
e algas marinhas.
Sua população é de cerca de 230 milhões de pessoas que dependem da água que os
cerca. Trata-se de um país extremamente pobre e desigual, com dezenas de colônias de
nativos na costa como os Mentawai, Asmat, Dani, Dayak e Toraja, entre centenas de outros,
ainda praticam seus rituais, costumes e modos de vida a partir das tendências urbanas da
Indonésia pós-colonial, ignorando os avanços da tecnologia, e mantendo vivas suas tradições
náuticas centenárias, como por exemplo a caça de baleias.
Além disso, não se pode deixar de lado a situação precária apontada por um estudo de
2015 publicado na revista científica Science sobre os 20 países com a pior gestão de lixo
plástico, em que a Indonésia aparece em segundo lugar, uma vez que o país gerou 3,2
milhões de toneladas de plástico em 2010, e quase metade disso acabou no mar. Com isso, o
governo indonésio apresentou à National Geographic números um tanto menores que os
informados no estudo, mas a conclusão é a mesma: a maior parte do lixo plástico não é bem
gerida na Indonésia.
Os níveis de poluição atmosférica na capital da Indonésia têm aumentado de uma
maneira grandiosa nos últimos tempos. De acordo com o medidor de poluição dos EUA, o
índice de qualidade do ar em junho de 2017 foi, em média, de 74, aumentando para 148 em
junho deste ano. Segundo declarações do Greenpeace à CNN, Jacarta teve a pior poluição do
ar na Ásia a 14 de junho, mais alta do que qualquer ponto negro de poluição na Índia e na
China.

124
Porém, na Indonésia, existe a Vale, uma empresa que foi listada entre as 100 melhores
empresas na Ásia com o mais alto desempenho em sustentabilidade. Desde o início de suas
operações, a visão da Vale Indonésia tem sido ser uma empresa de mineração que cuida do
futuro da natureza. Uma maneira de conseguir isso foi produzir níquel usando a tecnologia
ambientalmente correta, que inclui a operação de três usinas hidrelétricas no país: Larona,
Balambano e Karebbe.

125
República de Angola
Representantes: Daniel Mascarenhas e Victor Zangari

Capital: Luanda
Língua oficial: Português
Moeda: Kwanza (Kz)
Modelo governamental: República presidencialista de partido dominante unitária
Chefe de estado: João Lourenço (desde 26 de setembro de 2017, com próximas
eleições em 24 de agosto de 2022)
População: 32,87 milhões (estimativa para 2020)
Produto Interno Bruto (PIB): US$ 213,034 bilhões (na base PCC, sendo o 64º
maior PIB do mundo)
Área total: 1 246 700 km²
● Costa: 1.600 quilômetros
Países fronteiriços: República do Congo (N), República Democrática do Congo
(NE), Zâmbia (L) e Namíbia (S)

Em um contexto de preservação dos oceanos, a República de Angola, popularmente


conhecida apenas como “Angola”, se destaca principalmente pela exploração petrolífera.
Tema de grandes preocupações no âmbito internacional no quesito de sustentabilidade, o
petróleo é ainda mais predominante impulso econômico do país. A produção de petróleo e
suas atividades de apoio contribuem com cerca de 50% do PIB, mais de 70% das receitas do
governo e mais de 90% das exportações do país. Para além dessa fonte econômica, também

126
deve-se pontuar a extração de diamantes, que contribui com mais 5% para as exportações.
Vale apontar também que a agricultura de subsistência é o principal meio de subsistência para
a maioria das pessoas, mas metade dos alimentos do país ainda são importados.
O país é banhado pelo Oceano Atlântico Sul, que possui duas importantes zonas
petrolíferas: no litoral do Brasil, a região da Bacia de Campos e o chamado pré-sal; no litoral
africano, especialmente na zona do golfo da Guiné há várias bacias petrolíferas offshore,
sendo Nigéria e Angola os dois maiores produtores de petróleo da África Subsaariana. A
empresa Shell já realizou diversos empreendimentos bem sucedidos nas reservas petrolíferas
do país, que são estimadas a apresentarem mais de 7,783 bilhões de barris de petróleo bruto
(2021 est.). Com tanta relevância do petróleo no plano nacional e nas receitas estatais,
também evidencia-se o fato de que o país tem 28,4% da capacidade total instalada de fontes
de geração de eletricidade concentrada em combustíveis fósseis. Dados sobre a matriz
energética angolana não apontam nenhuma outra fonte de energia significativa, que se
equipare à necessidade de combustíveis fósseis.
Outro ponto alarmante no que diz respeito à situação do oceano que banha, é a grande
falta de sistemas de esgoto adequados e estações de tratamento de águas residuais. Enquanto
no Oceano Atlântico Norte os poluentes derivam principalmente de atividades industriais e da
queima de combustíveis fósseis pelas economias desenvolvidas, o problema se torna outro
em países subdesenvolvidos. O esgoto não tratado lançado nos sistemas aquáticos contém
altas cargas de matéria orgânica que podem causar desoxigenação e aumentar as zonas
mortas, alterando os ciclos biogeoquímicos e a biodiversidade marinha (Breitburg et al.,
2018). A poluição por falta de saneamento básico por si só é um tópico que deve ser
aprofundado, mas vale saber que essa é uma das principais formas de poluição com as quais a
República de Angola tem de lidar.
Sobre riscos frequentes, porém naturais em território angolano, é possível nomear a
erosão do solo, que acaba contribuindo para a poluição da água e assoreamento de rios e
barragens.
O problema da pirataria marinha supramencionado é altamente discutido em Angola e
em todo o mundo. O International Maritime Bureau, departamento especializado da Câmara
de Comércio Internacional cuja responsabilidade consiste no combate aos crimes
relacionados ao comércio e transporte marítimo, especialmente pirataria e fraude comercial, e
na proteção das tripulações de navios oceânicos, informa que as águas territoriais de Angola
são um risco de assalto à mão armada contra navios. Em 2021, foram relatados quatro

127
ataques contra navios comerciais, um decréscimo em relação aos seis ataques em 2020; a
maioria destes ocorreu no porto principal de Luanda enquanto os navios estavam atracados
ou fundeados.
Para além dessas questões, é difícil pontuar outros problemas com as áreas marinhas
próximas de Angola, pois as informações são escassas. O conhecimento dos sistemas
oceânicos ainda é limitado e distribuído de forma desigual. O Oceano Atlântico Sul é, por
exemplo, menos pesquisado que o Atlântico Norte e o Pacífico. Isso pode ser devido a
discrepâncias na infraestrutura e nas capacidades científicas e institucionais. Essa relação
pode ser explicada na medição de metais pesados como mercúrio e chumbo, importantes
poluentes dos oceanos. No Atlântico Sul, são menos abundantes. Isso evidencia não uma
menor quantidade das substâncias nas águas que banham os países africanos, mas uma lacuna
nas pesquisas científicas acerca destes poluentes. Consequentemente, há uma falta de
conhecimento para entender os processos naturais, mitigar os impactos adversos marinhos,
informar os formuladores de políticas e apoiar a governança dos países aos quais esse
problema atinge.
Para a resolução desses problemas, a Angola ratificou alguns dos principais acordos
internacionais sobre os oceanos, sendo eles “Lei do Mar” e “Convenção de Londres
(Convenção sobre Prevenção da Poluição Marinha por Alijamento de Resíduos e Outras
Matérias)” além de outros diversos tratados em referência ao aquecimento global, que
também interfere nas águas marinhas.
É interessante ressaltar a presença do presidente angolano João Lourenço na última
edição da Conferência dos Oceanos, em Lisboa, em junho de 2022. Além da presença pessoal
do chefe de estado, seu posicionamento foi devidamente marcado, exigindo novos esforços
para a proteção ambiental. Para além disso, destaca-se a fala do presidente: "Não
conseguiremos realizar os objetivos relacionados com a proteção do ecossistema marinho se
não assumirmos com coragem a necessidade de reforçar a capacidade de defesa e segurança
marítima".
Uma nova prioridade do Ministério do Ambiente, Cultura e Turismo de Angola é a
criação de um projeto para desenvolver a primeira área de conservação marinha do país. A
criação das áreas de proteção tem sido cada vez mais importantes ao atual cenário global,
seria esse um novo caminho para as políticas angolanas?

128
República de Costa Rica
Representantes: Eduardo Botosso e Isabela Nunes

Capital: San José


Moeda: Colón costarriquenho
Língua oficial: espanhol
Modelo governamental: República presidencialista
Chefe de Estado: Rodrigo Chaves Robles
População: 5.094 milhões(2020)
Produto Interno Bruto (PIB): 61.52 bilhões USD (2020)
Área total: 51,179 km²
Países fronteiriços: Nicarágua e Panamá

A Costa Rica é um país riquíssimo em diversidade ambiental. Banhado pelo Oceano


Atlântico (Mar do Caribe) a norte/oeste e pelo Pacífico ao sul, possui características
diferentes dependendo da região de seu território.
O país está situado ao norte da linha do Equador, pertencendo ao Hemisfério
Setentrional. Além disso, encontra-se a oeste do meridiano de Greenwich, logo no
Hemisfério Ocidental. Nessa região, a zona climática atuante é a Intertropical. Em 2017, a
legislação da região proibiu qualquer tipo de plástico, caminhando, assim, para um país livre
de carbono.
A economia da nação é baseada no turismo, agricultura e fabricação de eletrônicos,
porém o primeiro predomina, ao passo que a diversidade tanto marinha quanto terrestre
encanta turistas do mundo inteiro.

129
A Costa Rica é dada como um dos países exemplo na área de preservação e
sustentabilidade. Desde 2014, 99% da energia da nação vêm de fontes renováveis, de acordo
com o Intelligent Living. Participa do projeto Clean Seas, da ONU, com a meta de eliminar o
lixo marinho e a poluição de plástico, direcionando-o apenas para centros de reciclagem
sendo biodegradáveis tanto na terra quanto no mar. Foi o primeiro país a publicar um Plano
de Ação para pesca sustentável de espécies pelágicas, o qual apresenta objetivos como:
melhorar a pesca de grandes espécies pelágicas na região tal quais atuam, peixe-espada e
dourado, aumentar a oferta de produtos marinhos a partir de fontes sustentáveis e garantir o
bem-estar social das pessoas ligadas à atividade.
As águas da parcela de Oceano Pacífico que banha a região possui níveis excelentes
de distribuição de salinidade, oxigênio dissolvido, nitrato, fosfato e silicato, contribuindo para
que esse seja um ambiente favorável para a vida de fitoplâncton, por exemplo.
Na região do país observa-se a presença da Zona Térmica da Costa Rica, a qual é um
hotspot de biodiversidade marinho no Pacífico Tropical Oriental. É localizada na costa oeste
do continente americano e pode ser caracterizado como um fenômeno oceanográfico. Esse
resulta da interação do vento e das correntes oceânicas, gerando um deslocamento vertical de
águas profundas, frias e ricas em nutrientes, que caminham à superfície e formam um sistema
de ressurgência.
Em relação à atividade mineira, o país não possui uma economia mais voltada à
preservação ambiental e não concentrada em total aproveitamento de suas riquezas, fazendo
com que legislações impeçam a exploração exacerbada de minérios. Entretanto, ela não é
nula. A exploração de ouro no país é relativamente presente, o que pode gerar contaminação
em rios, como acontecido na região de Crucitas.
A Costa Rica abriga mais de 500.000 espécies, o que é 6% do total de espécies do
planeta. Assim, o país é um dos 20 com maior biodiversidade. Há cerca de 493.000
invertebrados, incluindo aranhas e caranguejos) e milhares de vertebrados, principalmente
peixes e aves. Alguns dos peixes mais conhecidos na região são: a sardinha, o atum, pargo,
dourado, veleiro, espadim, linguado e o barbet.

130
República do Chile
Representantes: Lui Zelante e Pedro Graciani

Capital: Santiago
Língua oficial: Espanhol
Moeda: Peso chileno
Modelo governamental: República Unitária Presidencialista
Chefe de Estado: Sebastián Piñera
População: 19,12 milhões hab.
Produto Interno Bruto (PIB): 252,9 bilhões de dólares
Área total: 756 950 km2 (água é 1,07% da área)
Países fronteiriços: ao norte com o Peru, a nordeste com a Bolívia, a Leste
com a Argentina e a Passagem de Drake, a ponta mais meridional do país.
Além disso, o Pacífico forma toda a fronteira oeste do país.

No Chile, uma das principais atividades econômicas atualmente é o processamento de


peixe, sendo o protagonista nessa área, o salmão, tornando o país o segundo maior produtor
de salmão do mundo. Entretanto, a aquacultura hoje praticada é intensiva e não houve ainda a
aplicação de ciência e tecnologia suficientes para superar seus problemas. A recente atividade
da criação de peixes selvagens caminha lentamente e assim, traz problemas ainda não
resolvidos em nenhuma parte do mundo. Desse modo, na ausência de regulamentação estatal,
a produção excessiva de salmão libera poluição química, deixando áreas marinhas sem vida,
além de gerar danos a outras espécies e sociais às pessoas e comunidades que dependem da
indústria e do mar para seu sustento.

131
Um dos aspectos mais impactantes ao meio ambiente da exploração do salmão são as
pílulas que alimentam os peixes para melhorar a experiência do consumidor. O problema é
que, além de boa parte destas pílulas não serem consumidas e caírem no fundo do mar, os
resíduos gerados pelos peixes, como contêm os produtos químicos, acumulam-se na mesma
área. Assim, consequentemente, mais de 20 anos dessas práticas resultaram em zonas mortas
onde a vida marinha não é mais possível e, como a prática é de enorme importância para o
país, ela continuará acontecendo. Desse modo, caso não seja encontrado um modo de
diminuir esses danos, com o passar do tempo a vida marinha das águas do Chile ficará cada
vez mais impossibilitada.
Apesar dessa pesca predatória, o governo chileno tem diversos santuários ecológicos
no Pacífico, o país tem mais de 1 milhão de km2 de mar com biodiversidade preservada. O
problema é que, apesar dessas tentativas de proteção do oceano, o Chile, entre outros países
da América Latina, estão preocupados com a frota de 503 embarcações chinesas que pescam
lulas em suas águas ilegalmente. Logo, o estoque de peixes está 70% colapsado ou
superexplorado, devido à somatória das atividades predatórias realizadas na região, de acordo
com um relatório recente da Subsecretaria de Pesca do Chile.
Além disso, recentemente, em fevereiro de 2022 foram encontrados milhares de
peixes mortos em praias chilenas, porém não sabe-se o motivo ainda. Os moradores da área
suspeitam que a qualidade da água e uma baixa quantidade de oxigênio nela presente possam
ter relação com as mortes dos peixes. Outra hipótese é que a alta poluição na água pode ter
resultado nessa quantidade de mortes, mas como o acontecimento é recente, por mais que não
seja a primeira vez que ocorre, ainda não se sabe qual a sua real causa.
O Chile apresenta cerca de 4.000 quilômetros de litoral e possui diversas reservas
marinhas. Dentre essas estão a Cabo de Hornos, Arquipélago Juan Fernández, Ilhas San Félix
e San Ambrosio, Ilhas Sales e Goméz e Rapa Nui. Entretanto, a nação sofre com a
mineração. No norte do mar da região, o arquipélago Humboldt abriga uma quantidade
enorme de pinguins que estão em extinção em oito ilhas. Além desses, camundongos, lontras,
leões-marinhos e golfinhos estão em risco, mas abrigam o arquipélago.

132
República da França
Representantes: Clara Nicareta e André Boemer

Capital: Paris
Língua oficial: Francês
Moeda: Euro
Modelo governamental: República democrática semipresidencialista
● O presidente divide o poder executivo com o primeiro ministro e um conselho
de ministros
Chefe de estado: Emmanuel Macron
População: 65,9 milhões
Produto Interno Bruto (PIB): 2,603 trilhões USD
Área total: 543.940 km2 (0,26% de água)
Países fronteiriços: Espanha, Itália, Suíça, Alemanha, Luxemburgo, Bélgica e os
principados de Andorra e Mônaco

A República Francesa, além de ser o 7º país com a maior economia mundial, é


responsável pela segunda maior zona econômica exclusiva (ZEE), seguindo atrás apenas dos
Estados Unidos. O território francês é banhado pelo Oceano Atlântico e pelo mar
Mediterrâneo, onde estabelecem suas atividades de pesca, movimentando parte da economia
do país.

133
Mundialmente, a pesca de moluscos bivalves se encontra em 93% dos postos de
trabalho, sendo 85% deles localizados na França metropolitana. O país reúne 10% da pesca
europeia, sendo essas realizadas 80% no norte atlântico e 3,5% no mar mediterrâneo e geram
93.000 empregos distintos. O país também é um dos maiores importadores de pescados e
crustáceos do mundo.
Apesar da pesca, a França é o país mediterrâneo que mais despeja dejetos plásticos no
mar que banha a costa sul do país. De acordo com o WWF, 4,5 milhões de toneladas de
plástico são produzidas por ano pela França. Considerando os sistemas de coleta realizados
no país, estima-se que a França seja responsável pelo despejo de 80.000 toneladas na natureza
por ano, sendo 10.000 no mar mediterrâneo.
Mesmo com um dos maiores despejos de plástico no mar mediterrâneo, a França foi
classificada na 7ª posição de países com mais empresas sustentáveis pelo Anuário de
Sustentabilidade da S&P Global 2022. O país conta com 35 empresas sustentáveis, entre elas
estão a AirFrance-KLM SA, Carrefour, Alstom SA e LVMH Moet Hennessy.
Em 2021, foi desenvolvido e lançado pela França a Coalizão de Alta Ambição pela
Natureza e os Povos, que exige a ampliação das áreas terrestres e marítimas protegidas,
aumentando de 8% para 30% até 2030. Além da Coalizão, em dezembro de 2017, o
parlamento francês aprovou o projeto de lei que impede a exploração de petróleo e qualquer
outro gás combustível a partir de 2040.

134
República Federal da Alemanha
Representantes: Filipe Lima e Luciana Planas

Capital: Berlim
Língua oficial: Alemão
Moeda: Euro
Modelo governamental: República federal parlamentarista
Chefe de Estado: Frank-Walter Steinmeier
População: 83 788 270 hab.
Produto Interno Bruto (PIB): 953.710 M€
Área total: 357 021 km² (7.798 km² de água)
Países fronteiriços: Dinamarca, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, França, República
Tcheca, Polônia, Suíça e Áustria

A Alemanha é o segundo país mais populoso e o primeiro mais rico da Europa, tendo
grande relevância nas decisões regionais e mundiais nos mais variados níveis: política,
economia, aspectos sociais, entre outros. Levando em conta sua economia, é um dos
principais exportadores mundiais de máquinas, veículos, metais e produtos químicos, sendo o
terceiro país do mundo que mais exporta, seguindo atrás da China e dos Estados Unidos. No
entanto, o território alemão é escasso em alguns recursos naturais, sendo importados de
outros países, como o petróleo e o gás natural.

135
O país, de pouca hidrografia, possui 7.798 km² de áreas de água, todavia nem toda
essa área é marítima, tendo apenas 12 milhas náuticas equivalente a aproximadamente 22.224
metros. O país germanico é banhado por dois mares, o do Norte e o Báutico.
Contemplando as ações benéficas para o meio ambiente, o país mantém uma boa
posição. O parlamento idealizou uma ação que instiga a proibição de talheres e canudos
plásticos a partir de julho de 2021, para combater a poluição do oceano, seguindo o
compromisso assumido pela União Europeia de impor restrições ao plástico descartável. De
acordo com a Comissão Europeia, esses produtos representam 70% dos resíduos que vão para
os oceanos, tornando-se uma ameaça à fauna marinha. No entanto, a organização não
governamental, Greenpeace, criticou a regulamentação alemã. Para a ONG, a lei não vai
longe o suficiente ao proibir o uso de plástico descartável.
Na Alemanha, inúmeros pesquisadores ocupam-se com o tema da poluição dos mares.
Além da legislação citada, existem projetos europeus conjuntos, como BASEMAN e
WEATHER-MIC, que são coordenados a partir da Alemanha. O BASEMAN define os
padrões para as análises de microplástico nas águas europeias; já o WEATHER-MIC trata da
venenosidade, mas também da decomposição do microplástico nos mares.
Existem também algumas organizações de defesa ambiental, por exemplo a “One
Earth – One Ocean” (OEOO), de Munique, que iniciou vários projetos a fim de limpar as
águas em todo o mundo do lixo plástico, dos óleos e dos produtos químicos. A organização
atua ativamente na Ásia e na costa alemã do mar Báltico com o navio de recolhimento de
lixo. A OEOO também participa da limpeza de algumas áreas no delta do Níger, localizado
na Nigéria.

136
República Federal da Nigéria
Representantes: Francesca Lilli e Pietra Vargas

Capital: Abuja
Língua oficial: Inglês
Moeda: Naira
Modelo governamental: República federativa Democracia representativa
Presidencial
Chefe de Estado: Muhammadu Buhari
População: 206,1 milhões (2020)
Produto Interno Bruto (PIB): U$ 432,3 bilhões (2020)
Área total: 923.768 km²
Países Fronteiriços: Níger (N), Chade (L), Camarões (L e S), e Benim (O)

A base da economia é a exploração de petróleo, responsável por cerca de 90% das


exportações nigerianas. O país também possui reservas de gás natural, carvão, estanho e
ferro. Além disso, diversos produtos são cultivados no continente nigeriano, entre eles estão o
milho, cana-de-açúcar, sorgo, mandioca, cacau, amendoim, etc. A pesca também é uma
importante geradora de renda, em especial, para a população ribeirinha.
Vale destaque ao petróleo, o principal produto de exportação da economia nigeriana,
mas o Estado não é capaz de tirar proveito das riquezas naturais para melhorar a vida dos
cidadãos. Quatro das cinco refinarias de transformação do petróleo em gasóleo, gasolina e

137
óleo são estatais. Todas as refinarias do Estado nigeriano estão fechadas desde janeiro, por
falta de condições para a produção.
Tendo boa parte de seu território sendo banhado pelo oceano atlântico, a Nigéria
possui forte relação com o oceano, desde portos marítimos com finalidade de transporte de
petróleo, até a pesca familiar das comunidades ribeirinhas. Em 2018 a Nigéria perdeu 2,4 mil
milhões de euros na sequência de crimes relacionados com o petróleo e a pirataria marítima, a
pirataria marítima, particularmente no Golfo da Guiné, é uma das principais preocupações de
segurança das Nações Unidas nesta região, constituindo uma ameaça à paz e ao
desenvolvimento regionais.
A diversidade cultural nigeriana está intimamente relacionada com a sua composição
populacional, formada por diferentes grupos étnicos que possuem as suas tradições e
costumes internos próprios. Um dos maiores deles, os iorubás, para além do idioma e das
manifestações culturais (como a dança e seus trajes típicos), são reconhecidos pela ampla e
rica mitologia bem como pelas crenças religiosas, uma delas baseada no culto aos Orixás.
No quesito fauna, podemos encontrar uma grande variedade de animais, mas que são
semelhantes aos de países africanos próximos, com apenas algumas espécies de pássaros
endêmicas.

138
República Federativa do Brasil
Representantes: Daniel Thomé e Raphael Macedo

Capital: Brasília
Língua Oficial: Português
Moeda: Real
Modelo Governamental: República Presidencialista
Chefe de Estado: Presidente Jair Messias Bolsonaro
População: 212.600.000 hab.
Produto Interno Bruto (PIB): US$ 1.445 trilhões
Área Total: 8.516 km2
Países fronteiriços: Uruguai, Paraguai, Argentina, Bolívia, Peru, Colômbia,
Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa

Estima-se que no Brasil são movimentadas cerca de 350 milhões de toneladas de


mercadorias todos os anos. A exportação marítima é responsável por 13% do transporte de
carga do país, de acordo com o Plano Nacional de Logística de Transporte (PNLT).
O interesse neste modal é crescente e cada vez maior no país, porém, é um processo
complexo e que envolve diversas etapas e pessoas, além das exigências legais e burocráticas.
Por isso, o modal marítimo ainda está em crescimento, enquanto nas outras nações a
exportação é responsável por mais de 90% de movimentação de cargas.

139
Ainda que o tempo total da exportação marítima seja longo, o cargueiro pode
atravessar o oceano de um lado para o outro sem muitos problemas. Este meio de transporte
chega em regiões que nem sequer possuem estrutura para receber aviões ou mesmo um
transporte terrestre.
Estima-se que a produção da pesca extrativista marinha do Brasil seja algo em torno
de 500 mil toneladas atuais. O cálculo, entretanto, está longe de ser preciso, justamente pela
falta de informações atualizadas disponíveis.
Os impactos ambientais causados pela atividade pesqueira tomam proporções
alarmantes com o passar dos anos e a falta de fiscalização. Dentre as preocupações dos
biólogos e ambientalistas estão: as capturas acidentais, resíduos produzidos e liberados pelos
navios, tralhas que são deixadas à deriva, destruição dos corais que são a base dos
ecossistemas marinhos, extinção das espécies, entre outros.

140
República Popular da China
Representantes: Artur Timm e Julia Zilio

Capital: Pequim
Moeda: Renminbi
Língua oficial: Mandarim
Modelo Governamental: República comunista
● O governo chinês, corresponde a uma República Socialista Unipartidária,
tendo o Partido Comunista Chinês como único partido, administrado por Xi
Jinping, desde 2013.
Chefe de Estado: Xi Jinping
População: 1,4126 bilhão (2021)
Produto interno bruto (PIB): US$ 14,72 trilhões
Área total: 9.597.000 km² (mares da China: 5 milhões de quilômetros quadrados)
Países fronteiriços: Vietnã, o Laos e Myanmar, a sul; a Índia, o Butão, e Nepal, o
Paquistão e o Afeganistão, a sudoeste; o Tajiquistão, o Quirguistão e o Cazaquistão, a
oeste; a Mongólia e a Rússia, a norte, e a Coreia do Norte, a nordeste.

A China como um dos maiores, mais ricos e mais poderosos países do mundo saiu em
apenas 70 anos de agrária, politicamente dividida e atrasada economicamente, para se firmar
como uma das grandes potências mundiais. O território acumula mais de 4.000 anos de
história, sendo uma das mais antigas civilizações. A última dinastia a governar a China como

141
uma monarquia foi a Dinastia Qing, que foi derrubada pela revolução de 1911 organizada por
forças políticas republicanas e nacionalistas que resultou em diversos conflitos internos, e foi
nesse momento que o país ganhou o apoio da União Soviética em 1920. Se inicia assim, um
conflito ideológico entre nacionalistas e comunistas, levando em 1927 a uma guerra civil
entre esses dois partidos. A vitória comunista iniciou diversas mudanças profundas, trazendo
muitos desastres e vitórias à China.
A economia chinesa é a que mais tem aumentado, destacada pela produção da
mineração, a pecuária, o setor industrial e produtos agrícolas. O país é líder no comércio
oceânico global e é responsável por mais da metade de toda a pesca industrial que ocorre em
águas internacionais. O país não apenas lidera o mundo na pesca, agricultura e transporte
marítimo, como também lidera o mundo na produção de poluição plástica marinha.
De acordo com a Chinese State Oceanic Administration (SOA), cerca de 81% de todo
o litoral chines está poluído com nitrogênio inorgânico, fosfato reativo ou petróleo e cerca de
90% das cidades costeiras sofrem de escassez irregular de água, os manguezais diminuíram
em área em 73% e os recifes de coral em 80% desde a década de 50. Três quartos dos 445
principais pontos de descarga dos resíduos no mar do país não cumprem com os requisitos
ambientais. Um décimo está contaminado com metais pesados, inseticidas e hidrocarbonetos
de petróleo, poluentes extremamente nocivos à vida marinha. Os fertilizantes químicos em
conjunto aos estrumes de animais têm acumulado quantidades excessivas de nutrientes nas
águas estimulando fortemente a proliferação das algas. Essas algas têm aparecido cerca de 83
vezes ao ano nas costas chinesas, atingindo por consequência a economia.
A importância da China na indústria petrolífera mundial cresceu incessantemente
desde a década de 1990, após o movimento de abertura e liberalização do setor, tornando-se
posteriormente o maior importador líquido de petróleo do mundo, ultrapassando os Estados
Unidos. O país necessita cada vez mais assegurar recursos para seu crescimento, através de
investimentos internos e de uma estratégia de internacionalização de sua indústria petrolífera,
caminhando para uma autossuficiência energética.
Ainda, a China tem entrado em conflito com seus países vizinhos pelo domínio do
Mar do Sul da China, um importante espaço estratégico para recursos naturais, projeções
econômicas e segurança militar. Para mais, barcos chineses também têm sido apreendidos ou
vistos em mares de controles de outros países como Argentina, Coreia do Sul e Equador, o
que tem colocado em xeque suas relações com outros países e deixando autoridades e

142
cientistas estrangeiros apreensivos com os potenciais danos que sua enorme frota poderá
causar aos estoques mundiais de pescado.
A expansão chinesa, a busca por mais recursos, a corrida pela economia, e o atual
contexto mundial das mudanças climáticas têm colocado a China em uma posição
complicada, e esta tem apostando no capitalismo verde.

143
Panoramas de empresas
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144
Nestlé S.A.
Representantes: Marcelo Flaks e Gabriel Silva

Nacionalidade: Suíça
CEO (Chief Executive Officer): Ulf Mark Schneider
CFO (Chief Financial Officer): Paul Bulcke

A Nestlé é uma multinacional suíça conhecida pela fabricação de comidas e bebidas.


Sendo um conglomerado de corporações, ela é responsável por diversas marcas como KitKat,
Nescafé, Hershey's e Nespresso, além de ter relação com empresas fora do ramo da
alimentação como Diesel, The Body Shop, Vichy e Ralph Lauren.
A multinacional já foi processada dezenas de vezes devido à exploração de mão de
obra, principalmente infantil na produção de cacau, chocolate e café na África e nas
Américas. Entretanto, o lucro da empresa é tão grande, com capitalização de mercado de
mais de R$1 trilhão, que continua sendo a sua prioridade.
Além da exploração humana, a Nestlé é conhecida pela exploração animal em grande
escala principalmente em relação a testes de produtos e na retirada do leite das vacas. Essa
última atividade é realizada em constância, já que o leite é ingrediente base de chocolates,
cafés, doces, etc.
Ademais, a marca é responsável por crimes de devastação ambiental. Neste ano, a
Nestlé foi acusada de grilagem de terras, violência contra quilombolas e indígenas, trabalho

145
infantil e danos ambientais envolvendo o plantio de dendê, óleo usado em alguns chocolates,
no alto rio Acará, no Pará.
Segundo o GreenPeace, a maioria do plástico recolhido em praias é de produtos de
algumas marcas, incluindo a Nestlé. O tipo de plástico utilizado é de primeiro uso, o que
significa que será rapidamente descartado, raramente será reciclado e facilmente acabará em
um lugar inadequado de descarte, como o poliestireno, o PVC (policloreto de polivinila), PET
(tereftalato de polietileno), usados sobretudo em garrafas e recipientes.
Sozinha, a Nestlé usa 1,7 milhão de toneladas de plástico anualmente. E nos últimos
cinco anos, esse volume cresceu 5%.
A Nestlé afirma que pretende investir na reciclagem das embalagens e no reuso,
porém o problema é muito maior do que isso. Entretanto, Rob Buurman, diretor da NGO
Recycling Network alerta: "Sem combater a produção de plástico na sua origem, todos os
esforços de limpeza e de reciclagem serão em vão. É um pequeno passo da indústria
finalmente reconhecer o enorme problema provocado pelo plástico. Mas é triste que eles
ainda se apeguem à medidas simbólicas e no final do processo”.

146
Shell
Representantes: Maria Luiza Dommarco e Yasmin Domingues

Nacionalidade: Reino Unido


CEO (Chief Executive Officer): Ben van Beurden
CFO (Chief Financial Officer): Jessica Uhl

Fundada em Londres, em 1897, pelos irmãos Marcus Samuel e Samuel Samuel, Shell
começou como uma pequena empresa comercial. Em 1903, ela se uniu à Royal Dutch
Petroleum para se tornar uma das maiores empresas de energia do mundo. Hoje, atua em 70
países e territórios e emprega cerca de 92 mil funcionários, concentrando os esforços em
tecnologia e inovação para atender à demanda global por energia de maneira responsável. É
direcionada pelo atual CEO (Chief Executive Officer) Ben Van Beurden, com recentes
grandes alcances em lucro líquido - 20,1 bilhões de dólares (2021) - e com ações valendo
atualmente 2.294,50 GBX.
Ainda em 2010, a Shell já havia sido multada em US$30 milhões por pagamentos a
uma companhia que depois se transformaram em subornos a funcionários nigerianos, em
esquema de lavagem de dinheiro. Naquela época, a empresa mantinha o discurso de se
declarar inocente. A partir de então, o Departamento de Justiça dos Estados passou a mirar a
empresa, em cooperação com a polícia anticorrupção da Nigéria, que chegou a interrogar o
então diretor-geral da Shell no país, Mutiu Sunmonu.

147
Ainda envolvida em outro caso jurídico, a Shell Brasil, atual Raízen Combustíveis, foi
condenada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, mas a empresa recorreu ao
TRF. Segundo o julgamento, as infrações ocorreram em Bauru e Marília, entre 1999 e 2003.
A Justiça Federal, por meio do Tribunal Regional Federal da 2º Região, acatou os argumentos
da Advocacia Geral da União (AGU) e manteve a multa de R$ 26,4 milhões aplicada à Shell
do Brasil, atual Raízen Combustíveis, por prática de cartel ocorrida em Bauru e Marília, entre
os anos de 1999 e 2003.
Ao falarmos das iniciativas para cooperar ao meio ambiente, a empresa tem um
discurso claro sobre:
“Atender à crescente demanda energética do mundo e proteger o meio ambiente são
ações que requerem novas tecnologias, parcerias e modos de operação. Buscamos
continuamente maneiras de reduzir o impacto ambiental de nossas operações. A necessidade
de combater a mudança do clima continua urgente. Para a Shell, a melhor maneira de
assegurar um futuro energético mais sustentável é começar a agir agora.”

As iniciativas incluem: produzir mais gás natural; desenvolver fontes alternativas com
baixa emissão de carbono; ajudar a desenvolver tecnologias de captura e armazenamento de
carbono; trabalhar para aprimorar a eficiência energética de operações. A empresa oferece
produtos como Shell V-Power Etanol ou Shell Formula Diesel, que ajudam os clientes a
consumir menos energia. Shell alega ter consciência de seus possíveis danos, e controla-os
através da Gestão de Impactos na Biodiversidade, prevenção de derramamentos,
enfrentamento da poluição atmosférica e redução do uso da água.
Apesar dos discursos, a empresa Shell é acionada na Justiça sobre desastre ambiental
no litoral do Nordeste, podendo ter responsabilidade em relação ao vazamento de óleo em
dezenas de praias da região. Juntamente da empresa Basf S.A A Shell Brasil Ltda. terá de
desembolsar R $1,1 bilhão por dano ambiental e à saúde de trabalhadores. A condenação é
consequência da contaminação com produtos tóxicos de fábricas localizadas em Paulínia, no
interior de São Paulo.
Segundo a justiça, a contaminação ocorreu por substâncias químicas na área das
fábricas das multinacionais, causando a morte de 56 pessoas. Caso descumpram a decisão, as
empresas pagarão multa diária de R $100 mil. Em nenhum momento as empresas
apresentaram uma só prova de inocência, e o valor da condenação servirá pelo menos para

148
amenizar o dano causado, considerando que mais de mil pessoas foram atingidas pela
contaminação.
Shell é uma das 88 empresas do setor petrolífero consideradas como as principais
responsáveis pela acidificação do oceano. Já se sabe que as companhias petrolíferas estão
conscientes das consequências de seus produtos para o clima global desde os anos 1960. A
acidificação dos oceanos tem sido um problema recorrente, ameaçando a vida marinha, e
tornando mais difícil para os organismos constituírem conchas e esqueletos, como corais e
mariscos. Isso pode causar uma grave disrupção na cadeia alimentar, ameaçando a vida
marinha e impactando as comunidades que dependem da pesca e do turismo.
Um histórico de acidentes e incerteza marca a história da Shell com o Ártico, desde a
perda de controle de suas plataformas na região, até oito crimes relacionados com as
tentativas anteriores da Shell de explorar petróleo no Ártico, em 2012. Em 2015, planejava
chegar ao Ártico mesmo sem as permissões finais do governo dos Estados Unidos, o órgão
que de fato iria legalizar a exploração de petróleo na região. Em uma análise ambiental do
próprio governo Obama, foi prevista uma chance de 75% de um vazamento em larga escala
no Ártico. Nesse caso, o acidente seria devastador ao ambiente, com um agravante: o óleo se
degrada muito lentamente em águas geladas.
A Shell gastou a impressionante marca de 7 bilhões de dólares em mais de cinco anos
tentando explorar a região ártica. Não são poucos os argumentos racionais contra os planos
da Shell, por isso vemos protestos realizados por mais de 7 milhões de pessoas ao redor do
mundo. São as pessoas contra a Shell – cada uma somando sua voz pela defesa de um dos
ecossistemas mais ricos do planeta.

149
The Ocean Clean Up
Representante: Luisa Kitagawa e Julia Gonçalves

Nacionalidade: Holanda
CEO (Chief Executive Officer): Boyan Slat
CFO (Chief Financial Officer): Stacey Santoso

The Ocean Cleanup é uma empresa holandesa fundada em 2013 pelo inventor Boyan
Slatt. Aos 16 anos, bafejado pela quantidade de plástico nos oceanos, encetou sua pesquisa e
aprofundamento de meios de limpar os oceanos dos plásticos, fundando a empresa quando
completou 18 anos de idade. Hoje em dia, a organização não-lucrativa consta com 120
engenheiros, pesquisadores, cientistas e modeladores que trabalham diariamente para
despoluir os ambientes marinhos do planeta, sendo o objetivo da empresa remover 90% do
plástico oceânico flutuante até 2040.
A limpeza dos oceanos realizada pela organização se circunda no ideal das 5 grandes
manchas de lixo oceânicas, como exemplo a Great Pacific Garbage Patch, localizada entre o
Havaí e a Califórnia. O método de limpeza dos oceanos utilizada pela organização se dá por
meio de um sistema que criam litorais artificiais e, mantendo uma velocidade relativa ao
plástico, retém os resíduos, que são coletados pelas embarcações e trazidos à costa, onde são
reciclados e geram diversos outros produtos, tal como óculos de sol, produto que já se tornou
a marca registrada da empresa. O primeiro sistema desenvolvido foi nomeado de System 001,
seguido pelo System 002. A grande diferença entre os sistemas foi a incorporação de medidas
de mitigação do impacto, de forma que pudesse monitorar a vida marinha e os ecossistemas
presentes nas áreas. Atualmente, a empresa trabalha no System 003.

150
A organização não só atua em áreas oceânicas, como também em rios. A limpeza
desse corpo se dá por meio de Interceptors, desenvolvido em 2020 em parceria com a
Konecranes e implantada, atualmente, em quatro locais: Indonésia, Malásia, República
Dominicana e Vietnã. Os aparelhos, movidos a luz solar, funcionam com a criação das
barreiras artificiais, tal como no System 001 e 002. Para completar sua missão com o mundo,
trabalha com diversos parceiros, tais como a Coca-Cola, Deloitte, Latham & Watkins e
Maersk, que doam grandes quantias para a realização de projetos da organização.
Todavia, apesar dos esforços e grandes financiamentos, pesquisas e artigos recentes
apontam que a organização será ineficaz quando se trata de cumprir a meta estabelecida para
2040, visando que o objetivo era remover 90% do plástico presente nos oceanos. Porém, no
melhor cenário possível com as circunstâncias atuais, a empresa retira, por ano, 20.000
toneladas dos mares, uma pequena parcela das 11 milhões de toneladas de plástico que
flutuam no mar. Em contrapartida, o número estimado de plástico para adentrar o oceano será
triplicado para 29 milhões de toneladas por ano até 2040, de acordo com a ONG Pew
Charible Trust. Deste modo, a resolução mais eficaz seria movimentos de prevenção da
entrada de plástico no oceano, não a retirada dos resíduos já presentes.

151
Unilever
Representantes: Raí Carvalhal e Felipe Martins

Nacionalidade: Reino Unido


CEO (Chief Executive Officer): Alan Jope
CFO (Chief Financial Officer): Graeme Pitkethly

A Unilever é uma multinacional de origem britânica, terceira maior empresa de bens


de consumo do mundo medida pela receita de 2012. A multinacional possui mais de 400
marcas, mas concentra-se em 13 marcas com vendas de mais de 1 bilhão de euros. Algumas
marcas que fazem parte da multinacional são: Ala, Arisco, Axe, Ben & Jerry's, Brilhante, Cif,
Clear, Close Up, Comfort, Dove, Fofo, Hellmann's, Kibon, Knorr, Lifebuoy, Lipton, Lux,
Mãe Terra, Maizena, Omo, Rexona, Seda, Sétima Geração, Simple, Sun, Surf, TRESemmé,
Vasenol e Vim.
A Unilever é a segunda dentre as 10 empresas mais responsáveis pela poluição
plástica nos oceanos. No documentário "Seaspiracy", coloca-se uma discussão essencial
sobre os selos de pesca sustentável, a mentira que foi colocada. Um dos mais famosos é o
selo azul da MSC, Marine Stewardship Council, que foi criado em 1995 pela Unilever, uma
das maiores varejistas de frutos do mar. A intenção era influenciar consumidores a
acreditarem na falácia da pesca sustentável.

152
Segundo o próprio site da empresa, apesar da problemática do plástico: "Mas proibir o
plástico por completo não é a resposta. A solução está em reduzir o uso de plástico virgem
(produzindo o mínimo possível em primeiro lugar) e manter todo o plástico que é produzido
em uma economia circular (tratando-o como um recurso e não como resíduo)."
A multinacional é até elogiada por importantes organizações ambientais
internacionais, como o WWF, por seu compromisso ambiental. Como isso pode acontecer,
sendo a Unilever uma das maiores consumidoras de óleo de dendê do mundo? A Unilever se
envolve por exemplo com a multinacional do dendê Wilmar, que tem um preocupante
histórico de violações dos direitos humanos além de extração ilegal de madeira. Seus casos
de desrespeito aos direitos humanos incluem a destruição de uma aldeia indígena, a Sungai
Beruang. Sem contar em como o enorme crescimento no setor de óleo de dendê foi um
desastre para o clima do mundo.
Além da situação supracitada uma empresa da Unilever, a TRESemmé foi acusada de
racismo em propaganda de televisão onde o cabelo de uma mulher negra era apontado como
“seco”, “prejudicado”, “com frizz” e sem “brilho”, enquanto o de uma modelo loira era
apontado como “normal”.
Em 2022 houve uma polêmica entre a ShareAction e a Unilever, em que a
ShareAction pressionou a multinacional acusando de falta de transparência em relação aos
seus alimentos. Embora a Unilever, dona das marcas: Ben & Jerry's, maionese Hellman's Pot
Noodle, seja vista como líder em negócios sustentáveis por muitos fundos, os investidores
disseram que o aumento das regulamentações em torno da saúde significa que a falta de ação
pode afetar suas finanças.
Há quem acuse a Unilever de lavagem verde, que seria arrumar soluções para
consequências que poderiam ser evitadas pela empresa.
Em 2021 O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) ordenou
que a Unilever alterasse a propaganda do sabão em pó Omo “Somos biodegradáveis, somos
recicláveis – Omo é diferente pra fazer um mundo diferente”. A propaganda deve evitar o
argumento “Somos Biodegradáveis”, para não confundir os consumidores sobre o quanto do
produto teria essa característica. Ao Estadão, a Unilever disse que parte da composição das
embalagens é feita de plástico reciclado e que a fórmula do produto inclui 100% de ativos
biodegradáveis. Também afirmou que vai alterar a propaganda.
Concordando ou não, o lema da multinacional é: "Construir um futuro melhor! É
nisso que a Unilever foca seus esforços, com o objetivo ser uma agente de transformação

153
social, impactando positivamente em prol de um mundo mais justo e inclusivo.", e para
cumprir este lema a empresa reitera que não patrocina projetos que tenham cunho religioso
ou político, ou que sejam ligados a partidos políticos; que incitem violência, o uso drogas,
bebidas alcoólicas e cigarro; não estejam alinhados ao Código de Princípios de Negócios; que
sejam de pessoas físicas.

154
Panoramas de ONG’s
___________________________________________________________________________

155
Greenpeace
Representantes: Elis Suzuki e Helena Botosso

Nacionalidade: Canadá
CEO (Chief Executive Officer): John Sauven
Co-diretora: Ebony Twilley Martin

O Greenpeace é uma corporação ambientalista multinacional instituída em 1971 por


um grupo de ativistas canadenses que usa de protestos não violentos para abordar questões
ambientais e sociais e construir um futuro mais verde e pacífico. A empresa acredita
fortemente na capacidade de transformação que as pessoas têm em suas mãos, de forma que
as suas ações contam com a participação de milhares de indivíduos pelo mundo.
A corporação não solicita recursos ou verbas do governo, de partidos ou de outras
empresas e é financiada por apoiadores de suas ações, sendo assim uma organização não-
governamental (ONG). O Greenpeace, dessa maneira, mantém a sua liberdade de expressão e
não depende de outras instituições para suas iniciativas.
Entre os seus principais fundadores, destacam-se Robert (Bob) Hunter, Paul Watson e
Patrick Moore, que participaram da ação Don’t Make a Wave Comitee em resposta ao teste
de armas nucleares na costa do Alasca, dando origem ao Greenpeace. O último, Patrick
Moore, que deixou a empresa quinze anos após a sua fundação, posiciona-se, hoje, a favor
das indústrias e critica o movimento ambientalista, o que vai contra as diretrizes da
corporação.
O Greenpeace não é um órgão apenas de conscientização ambiental, mas também
mobiliza e articula manifestações de ajuda ao meio ambiente. Assim, denuncia crimes
ambientais e confronta iniciativas governamentais (ou não) que ameacem os ecossistemas de

156
alguma forma. Dentre suas ações, as quais muitas vezes tomaram rumos até ousados, as que
mais obtiveram sucesso foram o fornecimento dos testes nucleares no Alasca e no Oceano
Pacífico, a estabilização de uma meta de tempo para a caça de baleias e a proteção
permanente da Antártica. Mantendo um certo foco nas regiões oceânicas do planeta, o
Greenpeace atua expondo as suas ameaças, principalmente por não haver uma
regulamentação sólida sobre sua proteção. Desde 1977, a organização luta efetivamente
contra navios baleeiros, caçadores de espécies marinhas (principalmente focas e baleias),
testes atômicos e sísmicos no mar, derramamento de petróleo, uso inadequado do plástico e
muitas outras problemáticas, tendo um maior enfoque na temática dos plásticos a partir de
2018.
Por enquanto, o resultado de suas ações, campanhas e protestos se mostram
ambientalmente positivos. Entretanto, com a intensificação das indústrias, suas ações são
muitas vezes insuficientes para o sistema industrial que o mundo se encontra atualmente, de
forma que possam parecer apenas pequenos atos. Porém, com uma maior conscientização e
doação, o Greenpeace acredita que o mundo ainda pode ser mudado, e que não é tão tarde
para se tomar uma iniciativa.

157
Marine Steweardship Council
Representantes: Fernanda Castro e Rafael Consorte

Nacionalidade: Reino Unido

CEO (Chief Executive Officer): Rupert Howes

COO (Chief Operating Officer): Alene Wilton

A Organização sem fins lucrativos Marine Stewardship Council ou Conselho de


Manejo Marinho, tem sua sede em Londres sendo uma ONG inglesa que tem traz mais de dez
anos de experiência bem sucedida de certificação para a avaliação da sua operação de pesca
marinha ou de água doce. Para ser certificada a pesca deve cumprir ou exceder as normas
mínimas nas três áreas que são consideradas indispensáveis: sustentabilidade do stock alvo de
peixe, integridade do ecossistema e sistema eficaz de gestão da pesca.
Mas o que seria uma pesca sustentável de acordo com os princípios do MSC?
Basicamente, implica deixar peixes suficientes no mar, evitando a sobrepesca ou pesca
predatória, para que a sua população possa reproduzir-se de forma adequada, renovando-se de
maneira contínua e saudável. Para medir a sustentabilidade da pesca há três princípios: a
saúde da população dos peixes, o impacto ambiental da pesca e a gestão eficaz.
A organização não governamental tem o famoso selo azul, que seria um selo de
sustentabilidade, é somente utilizado em peixe e mariscos selvagens provenientes de
pescarias certificadas de acordo com os padrões de normas do MSC. Selvagem, rastreável e

158
sustentável é como a organização definiria o selo azul, O selo azul do MSC pode ser
encontrada em peixe de todo o mundo. Outros programas tais como o Pescas Sustentáveis da
Islândia e o Gestão de Pescas Responsáveis do Alasca focam-se só no peixe de uma região
específica.
Além do que foi elencado acima o selo azul funciona em forma de certificação e não
de ranking, em uma tentativa de permanecer mais imparcial ou seja não adicionar filtros
específicos para alguma marca. E em questões científicas a MSC tem resultados muito
positivos, os resultados do programa de testes de DNA dos produtos são excelentes, tendo
uma taxa menor que 1% para erros em etiquetagem.
Mas até onde realmente vai a autenticidade do selo azul? O documentário
"Seaspiracy" questiona justamente isso, e traz a seguinte visão: o selo azul da MSC, Marine
Stewardship Council, foi na verdade criado em 1995 pela Unilever, uma das maiores
varejistas de frutos do mar. Ou seja, tem outras intenções capitalizadas por trás deste selo. O
Conselho de Manejo Marinho fez uma resposta ao documentário que explica algumas
questões como: "O MSC é uma organização independente sem fins lucrativos fundada pela
WWF e pela Unilever há mais de 20 anos devido à preocupação com a sobrepesca. Desde
1999 é completamente independente. Não somos uma empresa privada e não recebemos
qualquer rendimento das pescarias ou das certificações realizadas por terceiros às pescarias."

"We want future generations to be able to enjoy


seafood and oceans full of life, forever.
Our vision is of the world’s oceans teeming with
life, and seafood supplies safeguarded for this and
future generations.

Our mission is to use our ecolabel and fishery


certification program to contribute to the health of the
world’s oceans by recognising and rewarding
sustainable fishing practices, influencing the choices
people make when buying seafood and working with
our partners to transform the seafood market to a
sustainable basis"

159
-Marine Stewardship Council

160
Sea Shepheard
Representantes: Barbara Wehba e Dora Frankenberg

Nacionalidade: Estados Unidos


CEO (Chief Executive Officer): Captain Alex Cornelissen.
Founder & Director of the Board: Captain Paul Watson.

A Sea Shepherd (SSCS) é uma ONGA (organização não governamental ambiental),


fundada por Captain Paul Watson em 1977, originalmente nomeada como Earth Force
Society. O fundador foi um dos membros iniciais do Greenpeace, mas se desvinculou do
grupo, sendo expulso por conta de uma discordância a respeito do uso de táticas de
intervenção mais agressivas, características da Sea Shepherd atualmente. Assim sendo, a
organização foi apenas formalmente incorporada nos Estados Unidos em 1981.
Seu objetivo é proteger a vida marinha e acabar com a destruição de habitats
marinhos, aumentando muito a capacidade do próprio governo de patrulhar, monitorar e fazer
cumprir suas próprias leis. Eles não têm fins lucrativos e adotaram o mandato da Carta
Mundial da Natureza das Nações Unidas para manter as leis internacionais de conservação
quando as nações não a cumprem.
A frota internacional da organização contém dez navios e vários barcos menores
usados em várias campanhas de conservação dos oceanos. São utilizadas táticas agressivas

161
para intervir em ações contra o meio ambiente, como: sabotagem a afundamento de barcos
enquanto atracados em portos, ofuscação baleeiros com lasers, arremesso de garrafas com
químicos não tóxicos mal cheirosos para o convés dos navios envolvidos em atividades
ilegais em alto mar e a apreensão e destruição de redes-derivantes. Por alguns governos,
como o do Japão, são considerados eco-terroristas, mas apesar dessas acusações não existe
um único registro de feridos causados pela organização.
Dados apontam que, desde 1979, a Sea Shepherd foi responsável por afundar dez
navios baleeiros, sendo três deles na Noruega (1992 - 1998), dois na Islândia (1981), dois na
África do Sul (1980), dois na Espanha (1980) e um em Portugal (1979).
Relembrando os vinte e dois países sede em que a organização está presente, vale
ressaltar a relevância da sede brasileira, fundada em 1999, em Porto Alegre. O escritório
brasileiro é o único no mundo com total independência da matriz americana, trabalhando pela
diversidade marinha brasileira e apoiando as ações da Sea Shepherd Conservation Society,
nas ações mundo afora.
Parte relevante da atuação da Sea Shepherd é a importância dada pela divulgação e
exposição dos crimes cometidos pelos piratas marinhos, pelas grandes empresas e pescadores
ilegais. Grande parte da tripulação presente nos navios da ONG são jornalistas e fotógrafos,
responsáveis pela articulação midiática das missões em alto mar. Por isso mesmo, é
importantíssimo que os delegados que assumam a posição representativa dessa ONG saibam
se comunicar perfeitamente com a imprensa e com os diversos países no comitê com os quais
possuem boa comunicação.
Além disso, também em prol da boa articulação no comitê, é preciso ter o
entendimento da codependência do trabalho dos seus voluntários e de donativos, como
também as várias figuras públicas internacionais que têm sido porta-estandarte do
movimento, que têm feito donativos muito generosos, permitindo a continuação das nossas
operações em terra e no mar.

162
Panoramas dos jornais
___________________________________________________________________________

163
BBC News

Jornal Audiovisual

Nome: BBC News


Nacionalidade: Londres, Reino Unido (sede em Londres)
Fundador: John Reith
Proprietário: Governo do Reino Unido
Presidente: Sir David Clementi

A BBC News trata-se de um departamento interno da British Broadcasting


Corporation (BBC), que tem a responsabilidade de atuar nas áreas de jornalismo e notícias
dentro da famosa corporação. Nisso, engloba-se a produção dos programas de notícias para a
televisão, rádio, cinema e internet. O jornal é considerado a maior organização de transmissão
de notícias do mundo, sendo responsável por 120 horas de reprodução diária, considerando
todas as suas áreas de atuação. Na BBC News, segue-se sempre o objetivo: "reunir notícias e
informações em qualquer parte do mundo e da maneira que achar mais apropriado."
Sendo propriedade do governo do Reino Unido, o orçamento operacional de quase 5
milhões de libras esterlinas anuais é pago por impostos: a taxa de licença é cobrada em todos
os lares que possuem televisores. O dinheiro é usado para manter 3.500 funcionários, sendo
2.000 destes jornalistas. Como supramencionado, o alcance global do jornal é o maior do
mundo: tem correspondentes em quase todos os 240 países do mundo, com 44 escritórios
para a coleta de notícias ao redor do globo, além de três escritórios do próprio departamento
no Reino Unido.
Diferentemente da imensa maioria das organizações de notícias, a BBC News atua de
maneira semi-autônoma, não se alinhando politicamente com o governo do Reino Unido,
apesar de prestar ocasionais respeitos a rainha inglesa. No entanto, posicionou-se contra
políticas do governo da Inglaterra em diversas ocasiões. O departamento é acusado com certa
frequência de ser esquerdistas por direitistas, e vice-versa. De qualquer forma, existem alguns
países que já restringiram ou até baniram tanto as transmissões da BBC quanto a

164
movimentação de seus jornalistas por questões políticas internas, forçando o departamento a
fazer reportagens a partir de países vizinhos.
A corporação BBC começou a sua trajetória nas transmissões quando um consórcio
de fabricantes britânicos de rádios fundou a empresa, encarregando-a de transmitir um
experimental serviço de rádio, em 18 de outubro de 1922. John Reith tornou- se o primeiro
CEO (Chief Executive Officer) da empresa. Em 1927, uma carta real estabeleceu a empresa
como uma entidade pública (então ela se torna propriedade do governo do Reino Unido).
Começou a transmitir sinais experimentais de televisão em 1932, que se tornaram regulares
em 1936.Em 1954, a BBC perdeu seu monopólio de TV no Reino Unido quando a rede
privada ITV apareceu. O monopólio do rádio persistiu até os anos 1970.
A BBC atua de acordo com a Carta Régia que entrou em vigor em 2007, a qual
determina que o objetivo da corporação é informar, educar e entreter. Esta também exige o
servimento do interesse popular em prol de promover fins públicos: sustentar a cidadania e a
sociedade civil; promover a educação e a aprendizagem, estimulando a criatividade e
excelência cultural; representar o Reino Unido, as suas nações, regiões e comunidades;
beneficiar o público com tecnologias e serviços de comunicações novos; e assumir um papel
de liderança na transição para a televisão digital.
Retornando à discussão de expressão política, é importante enfatizar que a BBC
conceitualiza a imparcialidade descrevendo-a como "imparcialidade devida", termo que
critica o trabalho jornalístico que se diz neutro, o que não é o mesmo que ser imparcial.
Defendem que, para se fazer a apuração de um material, é necessário se posicionar para ter
um direcionamento na pesquisa, o que não significa defender uma opinião específica, mas
sim promover o debate de opiniões diferentes para que os telespectadores formulem suas
próprias convicções. Imparcial, porém não neutro.
Perpetuam o discurso de que a ética jornalística propõe que os profissionais da área
não deveriam tomar partido, apenas passar a informação para o público com o máximo de
verossimilhança. A "imparcialidade devida" relaciona-se com a pluralidade de emissão
de informações. O posicionamento do profissional depende de como o canal pretende passar
a informação. O principal é que não seja unilateral e detenha de variadas fontes confiáveis. A
credibilidade da BBC enquanto jornalismo é por ter como objetivo principal garantir a
democracia composta por cidadãos bem informados. Todos os canais da corporação
(inclusive o BBC News, presente na simulação) atuam sob as regras de atender os princípios
do interesse coletivo: qualidade, equilíbrio e regionalização.

165
Dentro da simulação, a BBC News trata-se de um jornal audiovisual. Audiovisual é
um termo genérico que pode se referir a formas de comunicação que combinam som e
imagem, bem como a cada produto gerado por estas formas de comunicação, ou à tecnologia
empregada para o registro, tratamento e exibição de som e imagem sincronizados, ou ainda à
linguagem utilizada para gerar significados combinando imagens e sons.

Comentarista: Abilio Menezes


David Attenborough

O locutor, biólogo, historiador natural e autor inglês David Attenborough é conhecido


por seus programas na rede BBC News e sua atuação no canal. Na década de 60 e 70
Attenborough havia ocupado o cargo de gerente sênior da
BBC, e também participou como apresentador de programas
como Zoo Quest, Natural World e a franquia Planet Earth.
Sua carreira é marcada pela abordagem em relação ao
meio ambiente a qual ele prega. Tendo seus programas
voltados à vida animal e natureza, mostrando sua importância
e beleza. Levando reflexões ao público devido aos impactos
naturais causados pelo ser humano. Havendo participado de
eventos como a COP26, onde em seu discurso ele diz ser
necessário "transformar a tragédia em triunfo" ao enfrentar as
mudanças climáticas.

166
Brasil de Fato

Jornal Escrito

Nome do Jornal: Brasil de fato

Tipo de jornal: Escrito e publicado online

Ano de fundação: 2003

País de origem: Brasil

O Brasil de Fato é um jornal que atua como site de notícias, além de canal de rádio.
Ele traz consigo o propósito de debater ideias e analisar os fatos do ponto de vista da
necessidade de mudanças sociais no país, entendendo que, na luta por uma sociedade justa, a
democratização dos meios de comunicação é fundamental.
Lançado pela primeira vez como semanário nacional cobrindo o Fórum Social
Mundial de Porto Alegre, o jornal foi fundado em 25 de janeiro de 2003 por uma iniciativa
que partiu do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). O Brasil de Fato veio
com o objetivo de reorganizar a esquerda que estava dispersa e em crise, promovendo valores
humanistas e socialistas. Trazendo uma visão popular do Brasil e do mundo, como diz o lema
do jornal.
O momento político global demandava a criação de um jornal com amplitude
nacional, capaz de fornecer uma análise dos acontecimentos a partir da vista dos
trabalhadores, para amplas parcelas da militância social e da população progressista do
Brasil. A proposta é ser um veículo plural que abriga múltiplas vozes representativas da luta
pela construção de um projeto popular e democrático. Assim, vinha como um novo canal de
informações nacional que pretendia mostrar aquele Brasil que era ocultado pela grande mídia.
Seguindo esse direcionamento, o jornal circulou por mais de dez anos com uma
versão impressa, entretanto hoje conta apenas com sua versão digital. Assim, o Brasil de Fato
trabalha com jornais regionais em diversos estados brasileiros, além de sua cobertura
nacional fornecida desde sua fundação.

167
Tendo superado inclusive momentos de censura, como em 2018 quando milhares de
exemplares do jornal que tratavam sobre as propostas dos então candidatos à presidência do
Brasil foram apreendidos, o Brasil de Fato segue como um veículo de informação de
esquerda que reúne jornalistas, articulistas e movimentos populares do Brasil e do mundo.

Colunista: David Farah


Penildon Silva Filho
Penildon Silva Filho é um acadêmico com graduação em Comunicação Social e
mestrado em Educação pela Universidade Federal da Bahia. Sendo assim, fundou a ONG
Oficina de Cidadania, onde fornecia cursos pré-vestibulares de graça para aqueles que se
inscreverem.
Seus artigos têm enfoque em discussões políticas atuais, principalmente ao se fazer
críticas ao governo, questionando sobre suas decisões e os impactos que causarão na
sociedade. Nota-se a presença de textos em que ele alarma os seus leitores sobre a
emergência climática, refletindo sobre o papel do ser humano nessas condições.

168
The Other Side

Jornal Escrito

Nome do Jornal: The Other


Side
Tipo de jornal: Anticientífico,
escrito e publicado online
Ano de fundação: 2014
País de origem: Estados Unidos da América

O The Other Side, traduzido em português "O outro lado", foi fundado em 2014 nos
Estados Unidos, sendo um dos mais influentes jornais anti científicos da atualidade. Com a
popularidade do movimento terraplanista moderno nos Estados Unidos, após a publicação da
tese de Eric Dubay, o fundador da Sociedade Internacional de Pesquisas sobre a Terra Plana,
o jornal foi criado por um grupo de norte-americanos que compactuavam com o movimento,
ganhando fama em pouco tempo. O jornal nunca foi publicado de forma impressa e sempre
seguiu seu modelo online, ainda fazendo diversas publicações em diferentes mídias sociais e
circulando suas matérias no WhatsApp, gerando grande influência e ganhando alcance
massivo. O veículo também busca deixar explícita sua seriedade mantendo a formalidade em
seus textos, mas sem utilizar vocabulários rebuscados, a fim de atingir camadas mais
populares para obter cada vez mais visibilidade. Além de matérias que criticam decisões e
feitos da comunidade científica mundial, o jornal também publica artigos com teses
negacionistas, estando entre os mais famosos a negação da eficácia de vacinas e a suposição
de que o vírus do HIV tenha sido criado em laboratório, com o fim de conter o aumento
populacional.
A recusa e a negação de uma realidade cientificamente comprovada fazem parte da
identidade negacionista do The Other Side, que busca colocar questões religiosas e políticas
acima da ciência, conquistando diversos leitores. Sendo assim, é imprescindível que es
jornalistas apresentem princípios negacionistas e anticientíficos, de um modo no qual os

169
argumentos supliquem fundamentos em prol de Deus e de uma política voltada a este, tendo
como ponto central apontar para todos que a ciência não é o meio correto de se resolver os
problemas do mundo e como consequência, os dos oceanos também.

Colunista: Isabela Scalquette


Piers Corbyn
Piers Corbyn, empresário, anti-vaxxer e teórico da conspiração inglês é conhecido por
seus discursos que questionam a veracidade da emergência climática. Ao longo da pandemia
do COVID-19, Corbyn inventou e defendeu em rede pública diversas teorias da conspiração
que denunciavam o governo inglês sobre a pandemia.
Corbyn é fundador da empresa de previsão do tempo WeatherAction que baseia
suas previsões a partir da análise da atividade que acontece na superfície do sol. Onde ele
afirma que o sol é um dos principais fatores da mudança climática, e não os impactos
antrópicos e da queima de combustíveis fósseis. Corbyn defende que o movimento contra as
mudanças climáticas é uma "ferramenta da elite globalista" de desindustrializar o ocidente.
Seus artigos, em sua maioria, contém argumentos científicos que tentam provar seu
ponto. Devido ao seu histórico acadêmico, é sempre de extrema importância o uso da
linguagem formal e construções de argumentos sucintos e não vagos.

170
Cientexto

Jornal Cômico

Nome do Jornal: Jornal Cientexto


Diretor: João Felix Rossi
Ano de Fundação: 2013

O Jornal Cientexto, diferente dos outros jornais, é um meio comunicativo e midiático


que tem o intuito quebrar a tensão do comitê, trazer sua essência humorística enquanto
ferramenta crítica das situações políticas vividas internacionalmente. Assim, ao lê-lo, os
membros do comitê podem deixar a seriedade de lado por um momento e desfrutar de um
conteúdo satírico. O Cientexto foi criado a partir do Jornal Contexto, do MISG. Inicialmente
o “Contexto” era um jornal absolutamente neutro, para aqueles que estivessem de fora
pudessem entender tudo que acontecia sem necessariamente ter uma opinião. Com o decorrer
das simulações, o Contexto adquiriu seu tom cômico, que foi repassado para o COG com a
criação do Cientexto.
Os diversos acontecimentos noticiados por esse jornal não serão apenas por um meio
único, como textos ou vídeos unicamente, como nos outros veículos de comunicação. O
Cientexto, além de trazer notícias por escrito, busca explorar outros modos de contemplar o
humor, sendo através de memes, montagens e vídeos cômicos. Com essa diversidade os
jornalistas poderão escolher onde as notícias melhor se encaixam e produzir conteúdo de
melhor qualidade. Devido ao tom cômico e sarcástico da inúmera quantia de publicações do
jornal, é de tamanha complexidade que algum membro do comitê saia do evento impune de
ser alvo das matérias do Cientexto. Logo, é essencial explicitar que nenhum membro
específico do comitê é alvo deste meio comunicativo.
É inevitável relembrar que, mesmo tendo um papel de trazer humor às notícias, assim
como nos outros jornais, os jornalistas devem sempre trabalhar com seriedade e levar as
discussões e temas propostos a sério, constantemente prezando pelo respeito com os demais

171
participantes. Como autores de todas as publicações e matérias do jornal, devem reportar,
opinar e escrever de forma sucinta e inteligente, levando em conta a característica cômica,
estabelecendo um limite entre o humor e o ofensivo. As piadas feitas pelo jornal devem ter
base na discussão proposta na edição, neste caso, a Exploração dos Oceanos.
Obs: O jornal preza pelos direitos humanos instituídos pela ONU, portanto, qualquer
violação desses resultará na expulsão do jornalista.

172
Referências Bibliográficas
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fiction – Now it’s a reality. 12 set. 2016. Disponível em:
<http://www.globaljustice.org.uk/blog/2016/sep/12/corporations- running-world-used-be-
science-fiction-now-its-reality>. Acesso em: 2 maio 2018.
2. ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT). Declaração
tripartite de princípios sobre empresas multinacionais e política social. Brasília:
Organização Internacional do Trabalho, 2002. Disponível em:
<http://www.ilo.org/brasilia/publicacoes/WCMS_227046/lang—pt/index.htm>. Acesso em:
10 jul 2022.
3. RUGGIE, John Gerard. Quando negócios não são apenas negócios: as corporações
multinacionais e os Direitos Humanos. São Paulo: Planeta Sustentável, 2013.
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entre direitos humanos e empresas. Revista Direito GV [online]. 2018, v. 14, n. 2
[Acessado 14 Agosto 2022] , pp. 284-292. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/2317-
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2019. Disponível em: <https://www.aljazeera.com/opinions/2019/7/19/the-rise-of-corporate-
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6. CRÍTICA DA GREENPEACE. Wikipedia online. Disponível em:
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