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ÍNDICE

Capítulo 1: Envelopes Sonoros

Descrição do som 6
Pauta 6
Linhas Suplementares 7
Clave de Sol 8
Clave de Fá _9
Clave de Dó 10
Claves de Percussão 11
Claves Híbridas 12
Localização das Claves 12
A grande pauta 13

Capítulo 2: Descrição Rítmica fundamental

Cabeças de nota 14
Hastes 15
Comprimento da haste 16
Direção da haste 16
Comprimento da haste em linhas suplementares 16
Pausas de Semínima 17
Pausas de Mínima 17
Pausas de Semibreve 18
Cabeças de nota rítmicas e percussivas 18

Capítulo 3: Descrições Fundamentais do Tom (Altura)

Localização das notas na pauta 19


Acidentes Musicais 19
Bemol 19
Sustenido 20
Bequadro 20
Dobrado Bemol 20
Dobrado Sustenido 21
Espaços entre as cabeças de cota respeitando os acidentes 21
Armadura de Clave 21
Aplicação dos acidentes 23
A Lógica dos acidentes 24
Acidente de precaução 25
Mudança de tom 26

MUSICAMANIA
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Capítulo 4: Notação Musical – Conclusão

As 3 regiões da pauta 28
Compassos 29
Barras de compasso 29
Barras simples 29
Barras duplas 30
Barra de Fine 31
Chaves 32
Mudanças de clave 32

Capítulo 5: Fórmulas de compasso, Métrica e Tempo

Fórmulas de compasso 34
Colocação das fórmulas de compasso 35
Common Time e Cut Time 35
Mudanças de métrica 36
Colocação Métrica de cabeças de Nota e Pausas 37
Alinhamento 37
Marcas de tempo 38
Mudanças de tempo 38
Tipos de ritmo 39
Ritmo Métrico 39
Ritmo Compassado 39
Ritmo Livre 40
Métrica Rítmica 40
Tempo Perfeito 40
Tempo Imperfeito 40
Mudança de Tempo Simples para Composto 41
Mudança de Valor da Nota de Pulso 42

Capítulo 6: Subdivisão Rítmica do pulso

Colchetes 43
Beams (barras) 45
Direção das hastes agrupadas ligadas por barras 47
Inclinação das Barras 47

Capítulo 7: Subdivisões Rítmicas do Pulso: Continuação

Barras Horizontais 49
Barras Primárias 50
Barras Secundárias 51

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Barras Secundárias Quebradas 52
Síncopa 52
Grupos métricos emprestados (quiálteras) 54
Barras medianas de grupos de notas 57
Barras como indicadores de fraseado 57

Capítulo 8: Subdivisão Rítmica do pulso – Conclusão

Pausas de Colcheia 59
Pausas de Semicolcheia 60
Pausas de menor valor 61
Pausas de Semibreve 61
Ligadura 61
Ponto de aumento 63
Ponto de aumento triplo 64
Pausas pontuadas 64
Pausas em compassos compostos 64
Ligaduras de Voicings 65

Capítulo 9: Sustentação, Pausas e Repetições

Fermatas 66
Pausas 67
Cesuras 67
Fermatas colocadas sobre cesuras 67
Fermatas sobre barras de compasso 67
Pausa em vários compassos 68
Ritornello 68
Casa 1, Casa 2 69
Repetição de um único compasso 72
Repetição dos dois últimos compassos 72
Da Capo e Dal Segno 73
Al fine 74
Coda 74
Grande Pausa 75
Silêncio (Tacet) 76
Repetições de pulso 76
Col 77

Capítulo 10: Acordes, Voices e Divisis

Símbolos dos Acordes 78


Acordes híbridos 79
Tensões 79

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Inversões 79
Voicings 80
Alinhamento dos acidentes 82
Sinais de oitava 83
Divisi 85
Coll 8va 87

Capítulo 11: Dinâmica

Localização das informações de dinâmica 88


Localização das informações específicas de dinâmica 89
Sinais de dinâmica 90
Sinais de dinâmica combinados 91
Terminologia de dinâmica 91
Wedges (cunhas) 92
Mudanças de sinais em partes repetidas 93

Capítulo 12: Articulação

Notas não articulada 94


Marcas de acentuação 94
Stacatto 94
Legato e Tenuto 95
Localização do acento, staccato e legato 95
Combinando acentos com staccato e legato 96
Ligaduras 96
Combinando acentos com staccato e legato com ligaduras _98
Combinando acentos e termos de dinâmica _99
Marcas de respiração (cesuras) 100
Terminologia dos acentos 100
Considerações idiomáticas 102

Capítulo 13: Ornamentos

Portamento 103
Glissando 104
Trinados (trilos) 105
Trêmolos 105
Adornos (apojaturas) 118
Arpejos 110
Turns (grupetos) 111
Bends 111
Cue (parênteses) 112

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PREFÁCIO

Esta apostila contém o que um Músico, seja ele profissional ou não


precisa saber para escrever e ler bem a música. Nós músicos já temos nossa
“inspiração”, esse é o trabalho da transpiração, que nem sempre achamos
muito agradável, mas é necessário para nos tornarmos independentes e
podermos escrever o que realmente queremos ouvir e/ou executar.
Os primeiros capítulos são básicos e devem ser bem estudados,
praticados e entendidos, porque as dificuldades são progressivas.
Na alfabetização formal ainda não foi abolido o lápis. Portanto mãos
à obra ! Tenho certeza que um estudo sério tem uma duração bem menor e
mais proveitosa.
A identificação de conceitos através de símbolos gráficos permite
tanto a transferências de idéias como a evolução dessas idéias através da
reinterpretação; este é o fundamento de todas as linguagens escritas.
Esta apostila é projetada para dar ao leitor o entendimento da teoria
da notação musical. Os preceitos e convenções contidas aqui representam
as práticas de escrita mais aceitas. Eventualmente, a prática tradicional foi
preterida em favor da prática moderna.
Deve ser entendido pelo estudante que a solução para um
determinado problema de escrita nem sempre se dará com a simples
aplicação de uma regra de escrita; às vezes, podem existir duas ou mais
soluções para um mesmo problema de escrita, ou pode ser necessário a
adoção de uma solução que contradiga uma regra estabelecida. Exceções à
regra só podem ser reconhecidas depois de uma compreensão teórica da
escrita e da prática.
Os símbolos usados são exclusivos da escrita musical. Desenhar
esses símbolos específicos requer habilidades específicas, assim como
desenhar as letras do alfabeto. Como existem diferenças na maneira de
escrever letras, existem diferenças na maneira de escrever música. Para o
propósito desta apostila, a forma utilizada é a que mais se aproxima do
padrão formal da escrita. Os exemplos foram todos escritos originalmente à
mão.

Angelo Caputo
Musicamania

MUSICAMANIA
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CAPÍTULO I

ENVELOPES SONOROS E NOTAÇÃO

Descrição do som

A notação dos símbolos, quando devidamente aplicada, descreve


sons musicais complexos da forma mais simples e breve possível. A fim de
realizar isso, a notação da música deve considerar totalmente cada
parâmetro definido do envelope de um som. O termo envelope refere-se ao
contorno do “aparecimento” e “desaparecimento” de um som o tempo todo.
Os parâmetros definidos de qualquer envelope de som são: duração, altura,
intensidade e timbre.
Todos os sons musicais começam e terminam em pontos específicos
no tempo. O momento exato do início e do término de um som constitui sua
duração. A altura é definida de acordo com a sua localização no
pentagrama. Claves, acidentes musicais e ornamentos que alteram a altura,
como bends e trilos, são notações que exemplificam a altura.
A amplitude ou volume tanto quanto a intensidade de um som, se refere a
sua dinâmica. As nomenclaturas como crescendo e diminuendo descrevem
mudanças no nível de volume. O parâmetro final que deve ser considerado
é o timbre de um som a ser notado. Cada instrumento tem seu timbre
específico, ou seja, uma qualidade sonora diferente, que não depende de
sua altura ou intensidade.
Só depois de cada parâmetro ter sido considerado por inteiro e
incluso nas descrições de um dado som, é que ele poderá ser notado
corretamente.

A Pauta

A pauta é composta de cinco linhas horizontais eqüidistantes e entre


elas se situam quatro espaços. As linhas e os espaços fornecem o local para
uma descrição de tom específico de uma nota, (quanto mais alto, mais
agudo) além dos valores de duração também serem representados nela.

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Linhas suplementares

As cinco linhas e quatro espaços da pauta proporcionam a


localização de tons que ocorrem dentro de um intervalo de décima
primeira, ou seja, as notas só podem ser colocadas do espaço abaixo da
primeira linha e acima da última linha da pauta. Quando o tom está
localizado fora deste alcance, são colocadas as linhas suplementares.
Verticalmente, o espaço entre as linhas suplementares é o mesmo que
os espaços do pentagrama (pauta).

Verticalmente o espaço entre as linhas suplementares é o mesmo


entre as linhas da pauta.

O comprimento de uma linha suplementar deve ser de meio espaço a


direita e a esquerda da cabeça de nota.

Ao desenhar linhas suplementares, especialmente em sucessões de


linhas empilhadas, é necessário assegurar-se de que todas elas estejam
horizontalmente alinhadas e igualmente espaçadas.

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Claves

As claves fornecem uma localização fixa para cada grau específico


de um tom na pauta a que se refere. As duas claves mais comuns são a
clave de Sol e a clave de Fá.

A Clave de Sol

Na primeira linha da clave de sol está localizada a nota MI, acima do


DÓ central, na segunda linha se situa o SOL, na terceira o SI, na quarta a
RÉ e na quinta o FÁ. As notas FÁ, LÁ, DÓ e MI localizam-se
respectivamente do primeiro ao quarto espaços. Ela recebe esse nome por
terminar na “linha SOL”.

Desenhamos a clave de sol em duas partes:

Primeiro, faça um pequeno ponto logo abaixo da pauta num


movimento circular de sentido horário. Faça um gancho para baixo do lado
esquerdo do ponto e estenda-o para não mais de um espaço abaixo da
pauta. Continue verticalmente para cima numa linha reta até o meio da
quarta linha, aí faça uma leve curva para a direita e pare em um ponto que
seja equivalente a um espaço acima da pauta. Pare por um momento sem
tirar o lápis do papel.
Comece a segunda parte com uma curva para baixo a esquerda que
cruze a haste vertical da clave em um ponto onde este traço intercepte a
quarta linha. Mude a direção da curva e continue-a para baixo, cruzando
novamente a haste na primeira linha. Prossiga o desenho subindo em
círculo até a terceira linha, cruze a haste vertical e continue o círculo até a
metade do primeiro espaço.

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Depois do primeiro passo e antes de começar o segundo, não se


esqueça de parar por um momento o desenho sem tirar o lápis do papel.
Dessa maneira, você evitará grandes voltas no topo da clave.

A Clave de Fá

Na primeira linha da clave de Fá está localizada a nota SOL (uma


décima segunda distante do DÓ central), na segunda linha se encontra um
SI, na terceira uma RÉ, na quarta um FÁ e na quinta um LÁ. As notas LÁ,
DÓ, MI e SOL se situam respectivamente, do primeiro ao quarto espaços.
O DÓ central se localiza na primeira linha suplementar da pauta. Ela recebe
esse nome porque começa na “Linha FÁ”.

Para desenhar a clave de Fá, comece com um ponto na quarta linha,


fazendo um movimento circular no sentido horário. Termine o ponto
formando um arco que comece do lado esquerdo dele, apenas encostando-
se à quinta linha. Continue este arco até a terceira linha, onde deve começar
um traço reto e inclinado que continue até a metade do primeiro espaço.
Em seguida, desenhe dois pequenos pontos no meio da terceira e
quarta linhas, verticalmente alinhados, distantes meio espaço do corpo da
clave.

Não deixe a cauda da clave se estender muito para esquerda.

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Clave de Dó

Outras claves, primeiramente usadas em cordas para escrita de


orquestra, são a clave alto e a clave tenor. Essas duas claves são os únicos
membros da família do C móvel que continuam sendo usadas
freqüentemente. A diferença é que elas aparecem em posições diferentes na
partitura.
Não existe uma fórmula para desenhá-la, tente copiá-la da forma
mais próxima possível dos exemplos apresentados.
(clave Alto é a de Dó na 3ª linha clave Tenor é na 4ª linha )

Tradicionalmente, existiam três outras formas de clave de C móvel: a


soprano, mezzo soprano e barítono. Essas claves eram usadas antigamente
nas músicas Barrocas, mas se tornaram obsoletas com o passar do tempo.

Soprano na 1ª linha, mezzo soprano na 2ª linha e barítono na última.


Fazer ex. das 3.

As seguintes formas abreviadas da clave de C móvel são encontradas


freqüentemente:

OBS: O Dó central é sempre fixado pela linha localizada no centro da


clave.

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Clave de Percussão

Essa clave, como o próprio nome diz, é usada para instrumentos de


percussão como a bateria. Ela consiste em duas barras paralelas verticais,
localizada entre a 2ª e a 4ª linha e separadas entre si por um espaço. Uma
versão alternativa dessa clave é estender a 1ª barra, deixando ela entre a 1ª e
a 5ª linha, e a 2ª barra entre a 2ª e a 4ª linha. Como todos os símbolos
consistidos por linhas verticais deverá ser desenhado com o auxílio de uma
régua.

Qualquer instrumento de altura indefinida, só precisa de uma linha


para ser escrito. Para isso foram inventadas claves para a escrita de
instrumentos de percussão específicos, como o chimbal.

Obs.: É comum também o uso da clave de Fá para instrumentos sem altura


definida.

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Claves Híbridas

As claves de G e F acompanhadas de um n.º 8 pequeno, acima ou


abaixo delas indica, às vezes, deslocamento de oitava. Quando o n.º 8 está
embaixo da clave significa que todas as notas devem ser tocadas uma
oitava abaixo. O mesmo ocorre com o oito situado acima: todas as notas
escritas devem ser tocadas 8ª acima.

Localização das Claves

As claves localizam-se no começo da 1ª linha ou pentagrama de cada


página. Nas partes orquestrais é comum as claves estarem localizadas no
começo de cada linha. Nesse caso, as claves não são precedidas de barra.

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A Grande Pauta

A grande pauta consiste de 11 linhas, na qual a linha do meio era o


que fixava o C central. Essa linha passou a ser freqüentemente substituída
por uma linha suplementar e dois pentagramas de 5 linhas que, continham a
clave de sol (acima) e a clave de fá (abaixo). Estes eram separados por um
espaço adicional, originando assim o sistema que utilizamos hoje em dia, e
que leva o nome de “Grande Pauta”.

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CAPÍTULO II

DESCRIÇÃO RÍTMICA FUNDAMENTAL

Cabeças de Nota

As cabeças de nota, quando estão localizadas numa partitura


acompanhada de uma clave, indicam uma nota específica. Existem dois
tipos de cabeças de nota: a aberta e a fechada. Note que ambas têm forma
oval e levemente afinadas para a direita e ocupam um espaço de topo para
baixo.

A forma oval, é delicadamente afinada, dá à cabeça de


nota uma aparência que implica em movimento para a direita. Compare as
notas no exemplo abaixo. Aquelas com a cabeça redonda são estáticas, e
tende a parar os olhos do leitor. Enquanto as que têm uma ligeira queda
para a direita, ajudam os olhos a se mover através da página.

Para desenhar cabeças de nota fechadas, comece do topo e desenhe,


em movimento anti-horário, a linha externa da nota. Preencha o espaço
interno, em movimento circular, também no sentido anti-horário.

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Para cabeças de nota abertas, comece do topo e desenhe em sentido


anti-horário, terminando onde começou.

OBS: Todas as cabeças de nota padrão têm o mesmo tamanho. A distância


do topo até o fim da nota é equivalente à um espaço. Assim, se a nota está
localizada em um espaço, ela vai encostar tanto na linha acima como
abaixo. Se ela está localizada em uma linha ela se estenderá até metade do
espaço abaixo. Cabeças de nota em uma linha, devem estar centralizadas
nessa linha. Notas no espaço não devem ultrapassar as 2 linhas que o
delimitam.

Hastes

As Hastes são linhas finas e verticais, ligadas ao lado das cabeças de


nota. Junto com as “bandeirolas” (barras). (veja cap. 06) e pontos de
aumento (cap. 08), define a duração da nota.

* A Haste deve ser desenhada para cima, se estiver situada


do lado direito da nota. Quando a haste estiver desenhada para baixo,
ela se encontra ao lado esquerdo da nota.

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Comprimento da Haste

Com exceção das notas com mais de 2 “bandeirolas” ou “barras”, ou


notas localizadas em linha suplementares, o comprimento das hastes é de
uma oitava.

Direção da Haste

Hastes fixadas em notas individuais localizadas na linha central para


cima, ficam para baixo. E as hastes fixadas em notas individuais localizadas
na linha central para baixo, ficam para cima.

No entanto, como mostrado acima, notas localizadas no meio da


linha podem ter hastes que vão tanto para cima como para baixo. Mas são
encontradas normalmente desenhadas para baixo.

Comprimento das hastes em linhas suplementares

Hastes ligadas às notas localizadas a partir da 2ª linha suplementar,


devem ser desenhadas de modo que atinjam a linha central da pauta. Regra
válida para linhas suplementares situadas tanto acima, como abaixo do
pentagrama.

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Pausas

Para cada figura, com uma determinada duração, existe uma duração
equivalente, de silêncio.
Isso leva o nome de “silêncio rítmico”, ou simplesmente pausa.

A Pausa de Semínima

A pausa é mais difícil de ser desenhada e algumas versões


simplificadas dela foram surgindo. Essas formas não convencionais de se
desenhar a pausa de semínima, são muito fáceis de serem confundidas com
outros símbolos musicais. Com prática você perceberá que a forma
tradicional de se desenhar essas pausas não consomem mais tempo do que

desenhar as formas não convencionais.

Para desenhar a pausa de semínima comece na metade do 1º espaço e


faça um pequeno desenho circular para a esquerda, que atinja a 2ª linha. Em
seguida, faça uma linha reta diagonal para a esquerda até o meio do 3º
espaço, ou um pouquinho mais longa. Dessa intercessão comece a curvar
delicadamente para a esquerda, fazendo uma espécie de círculo, e que este
acabe no quarto espaço, na direção de onde se começou a desenhar. Tome
cuidado para a pausa não encostar nem na 1ª nem na 5ª linha.

Pausa de Mínima

A pausa de mínima, cuja duração equivale à figura mínima, é um


retângulo sólido que se localiza na 3ª linha. Tem a largura de uma cabeça
de nota e a espessura da metade de um espaço.

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A Pausa de semibreve

Como a pausa de mínima, a pausa de semibreve é um símbolo


retangular sólido da largura de uma cabeça de nota e meio espaço de
espessura. Mas esta fica “pendurada” na 4ª linha. Quando a pausa de
semibreve representa silêncio em um compasso inteiro, ela deve se
localizar bem no centro deste. Porém, o mesmo não ocorre com a nota
semibreve.

Cabeças de nota rítmicas e percussivas

Cabeças de notas estilizadas são usadas freqüentemente em padrões


rítmicos e efeitos percussivos, quando o tom não é considerado.
Linhas diagonais finais que vão da 2ª até a 4ª linha, são usadas para
simbolizar padrões rítmicos relacionando-os com acordes que os
acompanham. Quando estão representando variações rítmicas específicas
essas linhas diagonais devem vir acompanhadas de hastes com ou sem
bandeirolas ou “barras”. As hastes devem ser desenhadas para baixo.

A cabeça de nota aberta, que equivale a uma breve ou uma mínima, é


um paralelogramo oblíquo, localizado também entre a 2ª e a 4ª linha.

Obs.: X também é usado algumas vezes para representar sons percussivos


singulares e efeitos. A cabeça de nota aberta corresponde aos X, lembram
pequenos diamantes de tamanho igual às notas – padrão.

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CAPÍTULO III

DESCRIÇÕES FUNDAMENTAIS DE TOM (ALTURA)

Localização das notas na pauta

O importante é que ao colocar qualquer nota na partitura, esta tenha


sido desenhada de forma que não se tenha dúvidas, quanto ao tom escrito.
Tamanho e forma precisas são também essenciais para o seu
reconhecimento.

Acidentes Musicais

A simbologia tradicional permite 5 tipos de acidentes: bequadro,


sustenido, bemol, dobrado sustenido e dobrado bemol, que podem ser
usados em qualquer lugar da pauta.

Bemol

Um bemol indica que a nota por ele, precedida deve ter sua altura
abaixada em meio tom. A haste vertical do bemol se prolonga em 1/5 acima
do espaço ou da linha em que se encontra. O corpo dele equivale a um
espaço cheio de cima a baixo.

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Sustenido

Um sustenido indica que, a nota por ele precedida deve ter sua altura
elevada em meio tom. Os sustenidos são formados de duas linhas verticais
paralelas, distantes meio espaço entre si; e outras duas linhas paralelas,

levemente oblíquas, distantes um espaço entre si.( cruzando as 2 verticais )

Bequadros

O Bequadro é usado para cancelar tanto um acidente que é


previamente afirmado na armadura da clave quanto os que ocorrem num
compasso. Ele tem exatamente a mesma proporção de um sustenido,
prolongando-se de um quarto (1/4) acima a ¼ abaixo de um espaço ou linha
( graus da pauta); com 2 linhas verticais distantes ½ espaço entre si. O
bequadro pode ser visualizado como 2 “L”, sendo que um deles é invertido.

Dobrado bemol

O dobrado bemol indica que a nota por ele precedida deve ter sua
altura abaixada em 2 semitons. Embora ele seja formado por 2 bemóis
colocados lado a lado, deve ser considerado um único símbolo.

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Dobrado sustenido

O dobrado sustenido indica que a nota por ele precedida deve ter sua
altura elevada em 2 semitons. A versão tradicional do dobrado sustenido
difere um pouco da versão simplificada. Desenhe-o como um “X”, do
tamanho de um espaço, com 4 pontinhos. (um em cada espaço formado
pelas linhas cruzadas).

Espaço entre as cabeças de nota respeitando os acidentes

O ideal é deixar espaço suficiente entre as notas para que caiba um


acidente em cada uma, mesmo que não precise ser precedida por um.

Armadura de Clave

Os sinais de sustenido ou bemol, colocados no início de uma


composição, imediatamente após a clave, definem a tonalidade desta. Esses
sinais atingem todas as notas dos mesmos nomes daqueles junto às quais se
colocam até que não se mude a armadura da clave. A ordem dos acidentes,
como eles aparecem nas armaduras de clave, é tradicionalmente baseado no
ciclo das quintas (5ª).
OBS: A armadura de clave, quando usada, deve ser colocada no início de
cada pauta. Se a clave também aparece no começo de uma pauta, a
armadura deve ser colocada logo após.

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- 22 - ___ Grafia Musical
Os tons de C maior e A menor são indicados por uma armadura de
clave que não contém acidentes.
A seguir são listadas todas as armaduras de clave nas claves de F e
G. Prepare a ordem dos acidentes, sua localização e espaçamento.

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Aplicação do acidentes

As regras a seguir orientam o uso dos acidentes:

1- Os acidentes devem ser sempre colocados no mesmo lugar da partitura


(espaço e linhas) em que a nota ocupa. Eles se localizam a esquerda da
cabeça da nota e distante ½ espaço desta

2- Quando um acidente não incluído na armadura de clave precede uma


nota, ele só afetará a nota naquela oitava, durando apenas 1 compasso ou
até que ele seja cancelado por outro acidente.

3- Desta maneira as notas de mesmo nome e em diferentes oitavas devem


ser alteradas, é necessário colocar o acidente antes da 1ª nota, em cada
oitava.

4- Um acidente vale para a completa duração da nota. Portanto, um


acidente não deve preceder a nota que foi ligada do compasso anterior.
Apesar disso, se deve reescrevê-lo na primeira repetição daquela nota no
novo compasso.

MUSICAMANIA
- 24 - ___ Grafia Musical
5- A notação antiga, usada para cancelar esse tipo de acidente não é mais
utilizada.

6- Quando 2 ou mais partes individuais ( vozes ) são escritas na mesma


partitura (divisi – ver Cap. 10), um acidente colocado originalmente para
uma certa nota, em uma das vozes; não é valido para a mesma, na outra
voz.

A Lógica dos acidentes

Sustenidos indicam movimento ascendente, bemóis indicam


movimento descendente. Estas tendências direcionais devem ser levadas
em conta ao se aplicar os acidentes musicais. Não havendo restrições de
tonalidade, é fácil dizer: em todo movimento ascendente, deve se empregar
apenas sustenidos em todo movimento descendente, deve se empregar
apenas bemóis.

De qualquer forma, a imposição de um centro tonal muitas vezes


torna isso pouco prático para se aderir estritamente á esse princípio.

MUSICAMANIA
- 25 - ______ Grafia Musical

Obs. - 1: Os Acidentes devem manter a integridade do tom do momento.

Obs. - 2: Quando os acidentes são aplicados em notas acompanhadas por


cifras, eles devem refletir a tonalidade subentendida por ela.

A escrita de um intervalo de terça diminuta deve ser evitado.

Intervalos de 2ª aumentada são escritos melhor como terça menor,


exceto quando ele faz parte de uma escala, da qual a passagem é derivada.

Acidente de precaução

Em alguns casos julga-se necessário, em consideração ao músico, a


repetição de um acidente na partitura; mesmo que este esteja incluído na
armadura, ou tenha ocorrido anteriormente no mesmo compasso. À esses
acidentes dá-se o nome de acidentes de precaução ou “acidentes de
cortesia”. Um uso comum desses acidentes, ocorre quando eles são
colocados na frente de uma nota que foi ligada de outra, que foi precedida
pelo mesmo acidente no último compasso da página anterior. Outro uso dos

MUSICAMANIA
- 26 - ___ Grafia Musical
acidentes de precaução ocorre quando um acidente é cancelado por um
salto de oitava. ( veja exemplo pág. 25 - 2 )

Discrição é fundamental ao se usar os acidentes de precaução. Seu


uso excessivo além de ser confuso para o músico é um insulto ao
profissional. A aparente necessidade de fornecer esse acidente pode ser
reduzida freqüentemente por uma boa ortografia do acidente inicial.

Mudança de tom

Todas as mudanças de tom ocorrem depois da barra de compasso.

Quando uma mudança de tom ocorre no começo de uma nova linha,


a nova armadura de clave deve ser colocada também no final da linha
anterior.

OBS: Note que na clave tenor, a colocação dos sustenidos na


armadura de clave é diferente da dos sustenidos nas armaduras usadas com
as claves de alto, fá e sol.

Antigamente, todas as mudanças de tom eram precedidas por uma


barra de compasso dupla. Atualmente, não é mais necessário. A barra dupla
é com o propósito de delineação de formas ( A ser discutido no cap. IV ).

MUSICAMANIA
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Também era usada, para cancelar o tom com bequadros antes de


iniciar o novo tom. Esse método também foi eliminado, a fim de simplificar
a escrita, de modo que ao se efetuar a mudança, só se escreve a nova

armadura, depois da barra simples.

Somente quando se muda de qualquer outro tom para o de C ou Am ,


a armadura de clave anterior deve ser cancelada com bequadros.

MUSICAMANIA
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CAPÍTULO IV

NOTAÇÃO MUSICAL: CONCLUSÃO

As 3 regiões da pauta

No capítulo 1, nós discutimos as propriedades do som e a definição


dos seus 4 parâmetros: duração, altura, intensidade e timbre. Existem 3
regiões da pauta, nas quais os símbolos e termos necessários para descrever
completamente o som são colocados: dentro da pauta, acima e abaixo desta,
incluindo as linhas suplementares. Informações sobre altura e timbre são
fornecidas pelas cabeças de nota e hastes (com ou sem bandeirolas ou
“barras”). Todas as outras informações necessárias estão localizadas a
seguir.

a) informações para serem colocadas acima da pauta, e suas linhas


suplementares:

* Informações sobre o tempo (sinais de metrônomo e nomenclaturas de


expressão).
* Sinais de articulação
* “bracinhos” de grupos rítmicos (como tercina)
* letras ou números (não inclui o número individual de compasso)
* mudança de instrumento ou efeito
* informações que pertencem ao grupo dos músicos em geral.
* sinais de repetição.

b) informações para serem colocadas abaixo da pauta e suas linhas


complementares:

* sinais de dinâmica
* números individuais de compasso
* informações que pertencem ao músico, de forma individual.
* letra da música, para parte vocal.

MUSICAMANIA
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Embora, às vezes contradizendo a tradição, a relação das localizações


listadas acima, se tornaram padronizadas, na maior parte.

Compasso

Um compasso é um único, completo molde de pulsações fortes e


fracas, a qual a primeira é a mais acentuada. Esses padrões métricos
(veja cap. 3) são separados por barras de compasso.

Barras de Compasso

Barras de compasso definem um compasso. São linhas verticais,


finas que são desenhadas através de partitura, começando da 5ª linha até o
final da 1ª.

Existem 3 tipos de barras:

a) barra simples;
b) barra dupla;
c) barras que indicam o fim da música;

a) Barra Simples

Barras simples são linhas finas e verticais, que separam compassos


simetricamente.

MUSICAMANIA
- 30 - ___ Grafia Musical
OBS: As barras simples, não aparecem no começo das linhas, onde
as claves são incluídas.

Nas pautas múltiplas, que são executadas por um único músico,


como teclado, as barras de compasso se estendem através das duas pautas.
A barra simples também é colocada no começo de cada linha, mesmo que
as claves estejam situadas no início delas.

Ao desenhar uma barra de compasso certifique-se de que ela foi


desenhada verticalmente e que ela esteja em contato com a 1ª e a 5ª linha da
pauta. O uso da régua pode ser útil. Tome cuidado para não “trapacear” a
última nota no compasso, diminuindo sua duração gráfica real.

b) Barra Dupla

As barras duplas consistem de duas linhas verticais, paralelas,


distantes meio espaço entre si; indicando o final de uma seção de uma
música. No passado, barras duplas acompanhavam todas as mudanças de
tom. Mas isso não é mais necessário. Desta maneira, a barra dupla serve
como um guia para formas musicais, e serve para separar um trecho de
outro.
Barras duplas são colocadas como complemento de cada subseção
com um pedaço de música. Dessa maneira, a forma de um pedaço de
música é reconhecida mais facilmente.

MUSICAMANIA
- 31 - ______ Grafia Musical

c) Barra de “fine”

Essa barra é usada no fim de uma composição. Consiste de uma linha


fina vertical, seguida por uma mais grossa. O espaço entre essas 2 linhas é
de aproximadamente ½ espaço.
A 2ª linha, é mais grossa, também tem a espessura de,
aproximadamente ½ espaço.

A Barra dupla que indica o fim de uma música, não pode vir
acompanhada pela palavra fine.
Como a barra dupla de “fine” significa final por si própria, é
redundância, e consequentemente incorreto, incluir a palavra italiana fine,
tanto acima como abaixo desta.

Obs. O compasso final de uma música deve estar sempre completo


metricamente.

Chaves

A Chave é usada para conectar um sistema de pautas, tocadas por um


único músico (ex: instrumentos de teclado ou harpa)

MUSICAMANIA
- 32 - ___ Grafia Musical

“Chave” - são usados em “scores” para conectar pautas de um grupo


vocal ou grupo instrumental. São também usadas para conectar sistemas de
pautas a serem lidos por músicos individualmente

Mudanças de Clave

As mudanças de clave podem ser úteis, para evitar o prolongamento


do uso de linhas suplementares. Cuidado para que a excessiva mudança de
claves, não torne a leitura difícil, desnecessariamente.

A seguir, algumas regras usadas na mudança de claves:

a) Quando uma mudança de claves, ocorre no começo de um compasso, a


nova clave aparece antes da barra simples

b) Se a mudança ocorre depois de uma pausa no 1º tempo, a nova clave


aparece depois da pausa, logo antes da 1ª nota.

MUSICAMANIA
- 33 - ______ Grafia Musical

c) Se a mudança de clave deve ocorrer num compasso, cuidado para não


destruir a métrica deste.

d) Quando a mudança de clave ocorre no começo de uma linha, a nova


clave deve aparecer no final da linha precedente e na nova linha. Caso
ocorra mudança na armadura, escreva-a num pequeno compasso, também
no final da linha, depois da clave.

MUSICAMANIA
- 34 - ___ Grafia Musical

CAPÍTULO V

FÓRMULAS DE COMPASSO, MÉTRICA E TEMPO.

Fórmulas de compasso

As fórmulas de compasso indicam o n.º de pulsos e o valor de cada


pulso em 1 compasso. O n.º de cima, indica o n.º de pulsos dentro de cada
compasso. E o n.º de baixo da fórmula de compasso, indica o valor do
pulso (ou de cada subdivisão), ou a figura de nota que vale um pulso.

Em compassos simples, cada “beat” ou pulso é divisível por 2


(O n.º de cima é dividido por 2)

Nos compassos compostos cada pulso ou “beat” é divisível por 3


(O n.º de cima é dividido por 3)

MUSICAMANIA
- 35 - ______ Grafia Musical

Colocação das Fórmulas de Compasso

As fórmulas de compasso são colocadas logo após a armadura de


clave no começo da 1ª linha , ou sistema, da música.

Nas músicas impressas, as fórmulas de compasso se estendem do


topo da 1ª linha até o fim da última linha da pauta. Na forma manuscrita, é
normal e freqüente, os números se estenderem um pouco acima, e abaixo
das linhas do pentagrama, para a fórmula de compasso ser mais visível. E
principalmente quando a mudança de fórmula é freqüente.

As formas de números a seguir, especialmente 4 e 7, são


recomendadas, não só para uso de fórmulas de compasso, mas também para
todas as outras formas de notação .

“Common Time” e “Cut Time”

A fórmula 4 por 4, as vezes é abreviada pelo símbolo C, colocado


imediatamente após da clave e da armadura de clave. Ocupa o 2º e o 3º
espaço da pauta. Quando se usa esse símbolo, refere-se a “tempo comum”
(“Common Time”).

MUSICAMANIA
- 36 - ___ Grafia Musical
O símbolo C pode ser encontrado com uma linha através dele, ,
significando “cut time” ou “tempo cortado (dividido)”. “Cut time”, também
chamado alta breve, se refere a 2 por 2 (dividindo os 4 por 4 pela metade
resultando em 2 por 2).

Mudanças de métrica

A seguir, algumas regras para mudança de métrica:

a) Quando ocorre uma mudança de métrica a nova fórmula de compasso é


colocada depois da barra de compasso simples. Se também ocorrer
mudança de armadura clave, a fórmula de compasso nova será colocada

logo após a armadura.

b) Quando a mudança de métrica ocorre no começo de uma linha nova, ou


sistema, a nova fórmula de compasso deve aparecer também no fim da
linha anterior.

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- 37 - ______ Grafia Musical

Colocação métrica de cabeças de notas e pausas

Todas as notas e pausas, com exceção da pausa de 4 tempos (semibreve),


devem ser colocadas de modo que reflita exatamente os pulsos no
compasso. Durações rítmicas devem ser proporcionalmente representadas
na sua notação.

Alinhamento

Em “scores”, “partes múltiplas” (partes de vários pentagramas), ou


“divisi” (discutidas no capítulo 10), todas as notas e pausas que ocorrem
simultaneamente, devem ser alinhadas verticalmente.

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- 38 - ___ Grafia Musical
Marcas de tempo

Tempo (ou andamento) refere-se à velocidade com que a música é


tocada. No começo de cada música, uma indicação de tempo deve aparecer
diretamente acima da fórmula de compasso, como um número do
metrônomo, ou termo descritivo.

Marcas de metrônomo podem ser exatas ou aproximadas. Para tempo


exato (a nota do pulso) e o valor de seu tempo são apresentadas com um
símbolo de igual (=). Quando um valor aproximado é desejado, o símbolo ≈
, ou um sinal de = com ca (abreviação de circa, que significa

“aproximadamente”) precede o valor do metrônomo.

Termos descritivos são freqüentemente utilizados, no lugar dos


números do metrônomo e junto com eles.
Quando um termo descritivo relativo ao tempo acompanha as marcas
do metrônomo, o termo descritivo é colocado logo acima você à esquerda
da marca do metrônomo.

Mudanças de tempo

Terminologia é também usada para descrever flutuações no tempo.


Na forma tradicional, termos italianos são usados freqüentemente. E como
todas outras indicações de tempo, aparecem acima da pauta.

accelerando (accel.)
rallentando (rall.)
ritardando (rit.)
a tempo - reestabelece o tempo depois do (accel.) ou (rit.)
rubato - sem tempo rígido
poco a poco - gradualmente

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- 39 - ______ Grafia Musical

Sempre que um novo tempo é estabelecido, tanto o tempo do


metrônomo quanto o termo descritivo, devem aparecer acima da pauta.

Tipos de ritmo

Existem três tipos de ritmos: métricos, compassado e livre.

Métrico - Cada valor é múltiplo ou fração de uma unidade fixa ou tempo.


O acento ocorre regularmente.
Ex: músicas que são escritas com barras de compasso que mantém uma

distância e fórmula de compasso constante.

Ritmo Compassado: Cada valor é múltiplo ou fração de unidade fixa ou


tempo. Os acentos não ocorrem regularmente.
Ex: músicas que mudam de fórmula de compasso (a), ou músicas que são
escritas sem barras de compasso (b).

(a)

MUSICAMANIA
- 40 - ___ Grafia Musical

(b)

Ritmo Livre: não tem métrica comum

Ex: músicas feitas por compositores modernos (Música Contemporânea).

Métrica rítmica

Como apresentado acima, a métrica rítmica é definida pelos padrões


de pulsação forte e fraca. A repetição desses padrões de pulsação leva o
nome de compasso.

Existem dois tipos de tempo:

a) Tempo perfeito: ocorre quando o número de batidas em cada compasso é


divisível por 2 e 3.

b) tempo imperfeito: ocorre quando o número de batidas em cada compasso


não é divisível por 2 e 3.

O tempo perfeito pode ser classificado em simples ou composto.

A tabela a seguir apresenta algumas das várias fórmulas de compasso


possíveis, tanto simples como composto.

MUSICAMANIA
- 41 - ______ Grafia Musical

Mudança do tempo simples para composto

Ao mudar o tempo perfeito simples para o perfeito composto, ou vice


versa, é subtendido que o pulso básico permanece o mesmo embora seu
valor em tempo simples é uma nota precedido de um ponto e em tempo
composto uma nota pontuada.

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- 42 - ___ Grafia Musical
Mudança de valor da nota de pulso

Sempre que o valor do pulso é alterado, o valor antigo seguido pelo


novo valor da nota deve aparecer em parênteses logo acima do ponto de
mudança. Quando isso ocorrer no ponto de mudança de compasso, esses
valores do pulso são colocados em cima da nova fórmula de compasso.
Isso não é necessário quando o pulso muda de uma nota não pontuada para
uma pontuada ou vice–versa.

MUSICAMANIA
- 43 - ______ Grafia Musical

CAPÍTULO VI

SUBDIVISÃO RÍTMICA DO PULSO

A menor duração discutida no capítulo 2 foi à semínima. Depois dela


as outras notas devem ter, ligadas às hastes das cabeças de notas, (ex:
colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa) os “Colchetes” ou “barras”.
“Colchetes” - são usados em notas individuais
“Barras” - são usadas no lugar dos colchetes, quando ocorrem grupos de
notas de valor pequeno. Serve como “elo” para unir notas de pequeno
valor.

Bandeirolas ou colchetes

São sempre colocados à direita da haste da nota, respeitando a


direção desta.

É importante tomar cuidado para não encostar o colchete nas cabeças


de nota. Não ultrapasse mais que ½ espaço, a distância do colchete à nota.
O comprimento da haste também é uma oitava, o colchete deve se estender
do final da haste até a cabeça da nota, aproximadamente.

Colchetes duplos para semicolcheias são também afixados ao padrão


de comprimento de haste de uma oitava. A primeira bandeirola é feita de
forma semelhante a um colchete único, porém é um pouco mais curta,

MUSICAMANIA
- 44 - ___ Grafia Musical
terminando aproximadamente um espaço antes da cabeça de nota. O
segundo colchete começa um espaço acima do final da haste, segue paralelo
ao primeiro colchete e se curva, mas não encosta na cabeça de nota.

É necessário encurtar os colchetes para pontuar notas como colcheia,


semicolcheia, etc.

Para cada colchete adicional (depois de 2) o comprimento da haste


deve ser aumentado em um espaço.

Quando colchetes são adicionados a notas localizadas em linhas


suplementares, tendo-se em vista o padrão de extensão da haste até a linha
central da pauta, o colchete deve acabar na primeira linha suplementar.

MUSICAMANIA
- 45 - ______ Grafia Musical

Quando mais de 2 colchetes são colocados nas notas localizadas em


linhas suplementares, suas hastes devem ser novamente alongadas em um

espaço para cada colchete adicional.

“Barras ou beams”

“Barras” são usadas no lugar de “colchetes”, unindo duas ou mais


notas, menores que as semínimas, ocorrendo em série dentro de um pulso.
Em alguns casos, barras podem também estender-se por mais de um pulso.

Existem dois tipos básicos de barras: primária e secundária.

As barras primárias, mantém os grupos de notas e/ou “grupos de


pulso” unidos.

As barras secundárias definem subdivisões de um grupo de notas ou


grupo de pulso, mantendo-os unidos, porém são formadas de figuras
diferentes.

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- 46 - ___ Grafia Musical

Aplicação das Barras

Essas regras podem ser aplicadas tanto em barras primárias quanto


em secundárias.
Todas as barras devem espessura de ½ espaço, mesmo entre “barras”
múltiplas. Essa espessura e distanciamento servem para evitar que elas
sejam confundidas com as linhas finais da pauta.

Ao desenhar barras com lápis, é difícil desenhá-las com a espessura


de ½ espaço com um único traço. Conforme a ponta de seu lápis “deita”,
você verá que segurando-o em um certo ângulo, o traço ficará mais grosso.
O uso da régua será de grande ajuda para desenhar as barras bem retas e
paralelas.

Quando apenas duas notas estão agrupadas, o comprimento da haste


é o mesmo das notas com “bandeirolas”: uma oitava, ou estendendo até a
linha central quando as notas estão localizadas nas linhas suplementares.
Para cada barra adicional (além de duas), as hastes são alongadas de um
espaço.

Quando agrupamos duas ou mais notas de intervalos distantes, o


comprimento da haste menor deve ser de um espaço entre a cabeça de nota
e a barra mais próxima.

MUSICAMANIA
- 47 - ______ Grafia Musical

Direção das hastes agrupadas ligadas por barras

Hastes dentro de um grupo ligado por barras não são todas escritas
na mesma direção. Em grupos de duas notas, a nota mais próxima da linha
central determina a direção da haste.

Em grupos de três ou mais notas, a direção da haste é determinada


pela localização da maioria das cabeças de nota acima ou abaixo da linha
central.

Se o número de notas é igual, tanto acima quanto abaixo da linha


central, a nota mais próxima dela é que determina a direção da haste.

Inclinação das Barras

“Barras” devem refletir a direção geral da mudança de altura


das notas agrupadas. Se a última nota do grupo é mais aguda que a 1ª, a
barra deve se inclinar para cima; se a última nota do grupo for mais grave
que a 1ª, a barra deve se inclinar para baixo.

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- 48 - ___ Grafia Musical
Quando a maioria das hastes terminam na linha central da pauta
(notas nas linhas suplementares ) a barra deve continuar inclinada na
próxima direção, porém um pouco fraca, cruzando a linha central de pauta.

MUSICAMANIA
- 49 - ______ Grafia Musical

CAPÍTULO VII

SUBDIVISÕES RÍTMICAS DO PULSO: CONTINUAÇÃO

Barras Horizontais

- As barras devem ser horizontais:

a) Se a última nota do grupo é a mesma que a primeira.

b) Quando a maioria das notas do grupo são as mesmas

c) Quando as notas do grupo formam uma repetição de um único intervalo.

d) Quando há um grande conflito na mudança de notas.

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- 50 - ___ Grafia Musical

Barras Primárias

As regras a seguir se aplicam especificamente às “barras”


primárias.

a) “Barras” primárias devem sempre deixar claro as subdivisões internas do


compasso ao qual são aplicadas.
OBS: Nos compassos simples, o compasso é normalmente dividido em 2, 3

ou 4 pulsos internos. As “barras” primárias devem refletir essas subdivisões


métricas sempre.

b) Quando um único pulso, num compasso simples, é dividido em mais de


duas subdivisões iguais, ele deve ser agrupado independentemente.

MUSICAMANIA
- 51 - ______ Grafia Musical

c) Em compassos compostos, as “barras” primárias devem se estender


somente sobre um pulso ( ou tempo ).

d) Em compassos imperfeitos, as “barras” primárias devem refletir também


as subdivisões do compasso.

e) Respeitar quantas vezes um único pulso em qualquer compasso é


subdividido. Se agrupados, devem estar sempre definidos por uma única e
contínua “barra”.

Barras Secundárias

Barras secundárias devem sempre condizer à lógica do


compasso, definindo as subdivisões de grupos de notas que foram unidos
pelo barra primária.

MUSICAMANIA
- 52 - ___ Grafia Musical
Barras Secundárias Quebradas

a) Quando o barra primária é dividida em valores rítmicos misturados, é


necessário usar as “barras secundárias” quebradas. Normalmente essas
notas são acompanhadas por outras com ponto de aumento.

OBS: As barras secundárias quebradas têm o comprimento de uma cabeça


de nota.

b) Barras secundárias quebradas são sempre colocadas dentro do grupo.

c) Uma barra secundária deve sempre pontuar na frente da nota à qual é a


fração

Síncopa

A mudança dos acentos regulares para as frações não acentuadas de


um pulso, ou compasso é chamada de Síncopa. A escrita pode torná-la mais
reconhecível ao leitor.

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- 53 - ______ Grafia Musical

As regras a seguir são aplicadas à notação de ritmos sincopados.

a) A integridade do compasso deve ser sempre mantida na notação de


Síncopa.

b) Quando um compasso inteiro, tanto nos tempos simples ou compostos,


são sincopados simetricamente; ( quando a segunda metade do compasso
forma uma imagem espelhada da 1ª metade ) e nenhum valor de duração
contido no padrão sincopado é menor que um pulso: cada componente
interno deve ser consolidado numa única nota.

c) Quando tanto a 1ª ou 2ª metade de qualquer compasso é sincopada


simetricamente, os componentes internos da Síncopa podem ser
consolidados cada um, em valores de uma única nota, sendo que nenhum
pulso dentro da Síncopa seja subdividido mais que duas vezes.

MUSICAMANIA
- 54 - ___ Grafia Musical
d) Quando apenas um pulso é sincopado simetricamente, os componentes
rítmicos internos da Síncopa devem ser consolidados em apenas uma nota

e) Quando um ritmo sincopado ocorre em um tempo composto ou triplo, de


forma que a natureza da medida venha a ser simples ou dupla, a duração
sincopada deve ser consolidada para representar uma medida simples ou
dupla.

Grupos métricos emprestados (quiálteras)

Quando um grupo de notas de um compasso “estranho” é sobreposto


a um compasso já estabelecido, esse grupo de notas é chamado de “grupo
emprestado” (ou quiáltera) e “Números” e “Chave” são usados para indicá-
lo. Não se deve usar uma linha curva ou “crescente” no lugar de uma
“Chave” reta. As tercinas, são exemplos de divisão composta sobreposta a
um tempo simples.

Antigamente, os números e “chave” eram colocados tanto acima


como abaixo da pauta, dependendo da direção da haste do grupo de notas.

MUSICAMANIA
- 55 - ______ Grafia Musical

Hoje em dia, é comum colocar a chave acima da pauta sempre que


possível.

A “chave” deve se estender desde o lado esquerdo da 1ª cabeça de


nota, até o lado direito da última cabeça de nota, passando também pelas
pausas do grupo. O número deve ser colocado dentro de um espaço, na
“chave”, e no centro da duração rítmica. A “chave” deve refletir também a
direção da melodia. No entanto, o final desta deve permanecer vertical.

Quando apenas duas notas, ou uma nota e uma pausa, estão


agrupadas, o número deve se localizar entre elas.

Essas “chaves” são escritos fora dos sinais de articulação a não ser
em ligaduras e marcas de fraseado extremamente longas.

MUSICAMANIA
- 56 - ___ Grafia Musical
Em compassos compostos, é comum se usar figuras pontuadas na
posição de uma quartina.

É necessário prestar muita atenção ao se espaçar as notas do grupo e


alinhar a “chave”.

O número correto de “barras” deve ser aplicado aos “grupos


emprestados” baseando-se na duração de uma semínima.

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- 57 - ______ Grafia Musical

Barras medianas de grupos de notas

Quando há um intervalo de 12a (ou maior) entre duas notas, ou grupo


de notas; e esses dois “subgrupos” são relativamente eqüidistantes entre si,
estando situados em lados opostos da linha central; as “barras” podem ser
colocadas na metade desses dois “subgrupos”. Para grupos que possuem
apenas uma nota, a “barra” inclinará na direção oposta da mudança do tom.

A barra intermediária é usada freqüentemente em sistema de dois


pentagramas, quando as notas do grupo aparecem tanto na pauta de cima
quanto na de baixo. Nesse caso, a “barra” é colocada entre as pautas e tem
inclinação normal.

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- 58 - ___ Grafia Musical

Barras como indicadores de fraseado

Antigamente, as barras eram usadas para definir articulação e


também a organização métrica do fraseado. Hoje em dia, é mais comum o
uso de símbolos de articulação. Assim, a aplicação da “barra” é reservada
unicamente para definir a organização métrica.

MUSICAMANIA
- 59 - ______ Grafia Musical

CAPÍTULO VIII

SUBDIVISÃO RÍTMICA DO PULSO: CONCLUSÃO

A pausa de colcheia

A pausa de colcheia, a qual tem o mesmo valor de uma colcheia, é


desenhada desta maneira:
Comece com um ponto, colocado logo abaixo da quarta linha do
pentagrama, usando um movimento circular no sentido horário. Saia do
ponto na parte inferior deste e faça uma espécie de “bandeirola” para a
direita, com o comprimento de aproximadamente uma cabeça de nota,
na metade do terceiro espaço. Essa “bandeirola” deve ter uma delicada
curva para baixo e não deve chegar a encostar na terceira linha. Seu lado
direito deve acabar na quarta linha. A partir daí, trace uma linha reta até
a segunda linha, levemente inclinada para esquerda.

Pausas de colcheia são colocadas normalmente no meio do


segundo e terceiro espaços, mas podem aparecer em outros lugares.
Certifique-se de que elas estejam sempre nos espaços e nunca nas linhas.
Sendo assim, uma pausa de colcheia pode ser incluída em um grupo de
notas sem interferir na localização da barra.

Quando uma pausa ocupa a primeira ou a última subdivisão de um


grupo de notas, as barras se estendem por baixo ou por cima da pausa.
Estas extensões são consideradas mecanismos pedagógicos, sendo até
desnecessárias.

MUSICAMANIA
- 60 - ___ Grafia Musical
A pausa de semicolcheia

A pausa de semicolcheia, a qual tem o mesmo valor de uma


semicolcheia, é feita da mesma forma que a de colcheia. A diferença é
que a haste da pausa de semicolcheia deve se estender em um espaço; e
uma segunda “bandeirola”, de proporções iguais à primeira, é colocada
dentro do próximo espaço logo abaixo ao ocupado pela primeira.

Essa pausa também pode ser colocada em diferentes lugares, e ser


incluída em grupos de notas; sendo que as “bandeirolas” devem estar
sempre nos espaços do pentagrama.

Todas as pausas de colcheia ou de menor valor devem ser


colocadas de forma que elas reflitam a ocorrência das subdivisões
rítmicas dentro do pulso ou do compasso.

MUSICAMANIA
- 61 - ______ Grafia Musical

Pausas de menor valor

As pausas de fusa e semifusa são desenhadas da mesma forma que


a de semicolcheia, com a haste estendida em um espaço a cada
“bandeirola” adicionada. Essas pausas também podem ser incluídas em
grupos de nota e, portanto se movem para os locais apropriados, onde
suas “bandeirolas” aparecem dentro dos espaços da pauta.

(fusa) (semifusa) (quartifusa)

A pausa de semibreve

Embora a pausa de semibreve reflita o valor de uma semibreve,


ela é normalmente usada como pausa de um compasso inteiro, seja qual
for a fórmula de compasso presente. Nesse caso, ela deve ser colocada
no centro do compasso.

Se a mudança de métrica for freqüente, é preferível usar a pausa


da unidade de compasso.

Ligadura

As ligaduras unem duas ou mais notas de mesma altura resultando


em uma única duração. São normalmente necessárias quando uma
duração se estende de um pulso ou grupo métrico para outro.

MUSICAMANIA
- 62 - ___ Grafia Musical

Ligaduras são desenhadas quase encostando nas cabeças de nota,


as quais são unidas pela ligadura. Deve-se tomar cuidado para não
deixar a linha da pauta escondê-la.

Em partituras de uma única linha (voz), as ligaduras são sempre


colocadas no lado oposto ao das hastes.

Para ligar notas sem haste, imagine como elas seriam se as


tivessem e coloque a ligadura no lado oposto.

A ligadura não pode ser usada para unir subdivisões dentro do


mesmo pulso.

MUSICAMANIA
- 63 - ______ Grafia Musical

Pontos de aumento

Quando um único ponto de aumento segue uma nota, ele a


aumenta em 50% o seu próprio valor. Se dois pontos de aumento
seguem uma nota, ao valor dela é somado 75% do seu valor. Ou seja, o
primeiro ponto de aumento acrescenta ao valor da nota metade deste; e o
segundo ponto novamente acrescenta 1/2 ao valor da nota, mais metade
do valor que o primeiro ponto acrescentou, e assim sucessivamente.

Os pontos de aumento são colocados logo à direita da nota e


sempre são centralizados no meio do espaço. Se a cabeça de nota está
numa linha, o ponto deve ser colocado no espaço acima.

A exceção a essa regra ocorre quando o intervalo de segunda


coloca uma nota em uma linha e a outra no espaço logo a seguir.
Se a nota mais grave situar-se numa linha, seu ponto deve ser
colocado no espaço abaixo dela (ver também pág. 84).

Os pontos de aumento atendem diferentes notas de uma mesma


voz. Nesse caso eles devem estar alinhados.

MUSICAMANIA
- 64 - ___ Grafia Musical
Pontos de aumento triplo

Os pontos de aumento triplos são raramente usados. Seguem a


mesma lógica do ponto de aumento único, ou duplo; somando ao valor
da nota 7 / 8.

Pausas pontuadas

Pontos de aumento também podem ser aplicados em pausas.


Nesse caso eles afetam a duração delas, da mesma forma que quando são
aplicados em notas.

Quando seguem as pausas os pontos de aumento são colocados no


espaço mais alto ocupado pela pausa.

Pausas em compassos compostos

Ao escrever as pausas em compassos compostos, tome cuidado


para não obscurecer a característica ternária do pulso.
Uma única pausa pontuada deve ser usada para representar
qualquer pulso cheio dentro do compasso composto.

MUSICAMANIA
- 65 - ______ Grafia Musical

Se uma pausa ocorre na segunda e na terceira subdivisão de um


único pulso de um compasso composto, duas pausas individuais devem
ser usadas.

Se ocorrer na primeira parte da subdivisão a pausa pode ser


simples.

Ligaduras de “voicings”

Quando um acorde (ou voicing) é ligado, as notas do topo são


conectadas por uma linha curva voltada para cima e as notas de baixo
são conectadas por uma linha curva voltada para baixo. As notas centrais
são conectadas também por linhas curvas, que respeitam a sua
localização, variando de posição de acordo com a linha central da pauta.

Ao ligar vozes separadas por intervalos de segundas, colocam-se


as curvas em direções opostas.

MUSICAMANIA
- 66 - ___ Grafia Musical

CAPÍTULO IX

SUSTENTAÇÃO, PAUSAS E REPETIÇÕES

Fermatas

A fermata é um sinal que indica o prolongamento de um som ou


silêncio. Ela é desenhada como se fosse um semicírculo com um ponto
centralizado horizontalmente na sua base.

A duração de uma fermata é geralmente estabelecida pelo músico


que a executa. Nos tempos rápidos ela indica geralmente um curto
sustento ou pausa; em tempos lentos indica uma pausa ou sustento
longos.
O símbolo da fermata deve sempre ser colocado acima da
pauta e diretamente sobre a nota, acorde ou pausa a que se refere.

A exceção à regra acima é quando ela aparece em duas diferentes


localizações em um mesmo compasso, numa “divisi”. Nesse caso, ela é
colocada acima da pauta quando se refere à parte de cima da “divisi” e
para baixo quando se refere à parte de baixo da “divisi” (ver pág. 88).

MUSICAMANIA
- 67 - ______ Grafia Musical

Fermatas são colocadas somente na última subdivisão cheia da


nota, acorde (voicing) ou pausa a que se refere.

Pausas

Pausas, tanto quanto “cesuras” indicam uma suspensão de tempo;


uma pequena parada de tempo ou pulso momentânea. E como as
fermatas, a duração exata delas é relativa apenas ao tempo determinado
pelo condutor.

Cesuras

A “cesura” indica uma pausa rápida na música. Ela é representada


por duas pequenas linhas paralelas, levemente inclinadas; que se
estendem do espaço acima da quinta linha até a quarta linha da pauta.

Fermatas colocadas sobre Cesuras

Quando uma pausa de extensa duração é desejada, uma fermata


pode ser colocada logo acima de uma “cesura”.

Fermatas sobre barras de compasso

Ocasionalmente as fermatas são colocadas sobre as linhas de


compasso. Quando estiverem sobre uma barra de compasso simples a
fermata indica uma breve pausa entre os dois compassos. E quando
aparecer sobre uma barra dupla, ela indica o final de uma sessão ou

MUSICAMANIA
- 68 - ___ Grafia Musical
movimento. Não é necessário colocá-la sobre uma barra de final, pois
ela mesma preenche a função de indicar o final de uma música.

Pausa em vários compassos


Uma pausa de vários compassos é desenhada como uma única
barra horizontal centralizada na terceira linha da pauta. Ela deve se
estender apenas meio espaço acima e abaixo da linha onde se situa. Uma
pequena linha vertical, que se estende da segunda a quarta linha da pauta
deve ser colocada nos dois extremos da barra. O número de compassos
contidos pela pausa deve ser colocado acima da pauta e centralizado
entre os dois extremos dessa barra.
Essa barra, que também é uma pausa, deve ter a largura de
aproximadamente 1/3 da distância entre as duas barras de compasso que
a cercam. O uso de uma régua é indispensável para desenhá-la bem.

Mesmo que em “scores” cada compasso inteiro pausado seja


representado por uma única pausa, todas as pausas que abrangem dois
ou mais compassos podem ser consolidadas em uma única pausa em
partes individuais. De qualquer forma, essas pausas que abrangem vários
compassos nunca devem obscurecer frases, mudanças de tom, métrica,
tempo, ou qualquer outro componente estrutural importante como sinais
de repetição e fermatas.

Ritornello

O ritornello pode ser usado quando um ou mais compassos de


uma música devem ser repetidos imediatamente. Ele é colocado no

MUSICAMANIA
- 69 - ______ Grafia Musical
começo e no final da passagem a ser repetida. O primeiro é desenhado
como uma larga linha vertical que se estende da primeira à quinta linha
da pauta, ou através de todo o sistema de pautas; tendo
aproximadamente meio espaço de espessura. Uma linha fina e vertical é
colocada a meio espaço de distância para a direita da linha larga, seguida
de dois pontos centralizados verticalmente no segundo e terceiro
espaços. O outro sinal é colocado no final do trecho a ser repetido, com
o desenho invertido. A versão manuscrita do sinal inclui dois pequenos
traços ligados aos seus extremos, e que apontam na direção da passagem
a ser repetida.

Em “scores” os ritornellos devem aparecer no mesmo lugar e em


todas as partes para todos os instrumentos.
Os ritornellos não são barras de compasso, mas podem substituí-
las. Antigamente eles ocorriam no meio de um compasso. Hoje em dia
isso é evitado, colocando-os no final de um compasso completo.

Nas mudanças de tom, fórmula de compasso ou clave;


situadas no começo de uma passagem a ser repetida, a mudança
deve sempre preceder o sinal de ritornello.

“Casa1, Casa2”

Uma seção repetida de uma música, normalmente tem dois ou até


três tipos de finalização. O primeiro “fim” (casa 1) é colocado dentro
dos sinais de ritornello, e é marcado por uma linha horizontal que se

MUSICAMANIA
- 70 - ___ Grafia Musical
estende da barra de compasso que precede a finalização até o lado
esquerdo da linha larga que sucede essa primeira finalização. Um traço
vertical se estende dessa linha horizontal até quase encostar no
pentagrama e é colocado nas extremidades dela. O número 1 é incluído
dentro do canto esquerdo superior.

A segunda finalização (casa 2) aparece depois do sinal de


ritornello e também deve ser contida por uma linha horizontal, com os
traços verticais que limitam tal trecho, além de possuir dentro do canto
esquerdo o número 2.

A terceira finalização (casa 3) requer um ritornello adicional,


colocado após a segunda; com a linha horizontal sobre o trecho e o
número 3 no canto superior esquerdo.

Quando o trecho a ser repetido for muito longo, a linha horizontal


sobre ele deve se estender no máximo por um compasso e meio.

MUSICAMANIA
- 71 - ______ Grafia Musical
Quando duas seções a serem repetidas forem seguidas, devem ter
em comum a linha larga do ritornello, sendo que de cada lado deve ser
precedido pela linha fina vertical e pelos dois pontos.

Ocasionalmente, a música contida nas repetições deve ser tocada


em apenas uma das repetições. Neste caso, devem-se colocar sobre o
pentagrama, as frases “Apenas na 1ª vez” ou “Silêncio na 2ª vez”, um
pouco antes da 1ª nota da passagem em questão. A frase “Tocar duas
vezes” é necessária para cancelar qualquer uma dessas duas frases
dentro das repetições.

Quando uma passagem deve ser repetida indefinidamente ou


durante a coda, a frase “repete na coda” é colocada diretamente sobre a
primeira barra de repetição. O termo “depois da coda” normalmente
aparece sobre o primeiro compasso após a seção de repetição.

MUSICAMANIA
- 72 - ___ Grafia Musical
Repetição de um único compasso

O símbolo a seguir é colocado no meio de um compasso,


representando uma repetição do compasso que o precede.

Repare que o símbolo apresentado no exemplo anterior é colocado


no centro do compasso e fica dentro do segundo e terceiro espaço do
pentagrama.
Quando mais de três repetições sucessivas de um compasso são
representadas por esse símbolo, é de grande ajuda para o músico ter o
número de cada repetição par, tanto quanto o número da última
repetição se for ímpar, sobre os compassos. Esses números geralmente
começam no quarto compasso.

Repetições de um único compasso não podem ser usadas para


representar uma pausa de um compasso inteiro.

Repetição dos dois últimos compassos

Para indicar a repetição dos dois últimos compassos é usado o


símbolo a seguir:

MUSICAMANIA
- 73 - ______ Grafia Musical

Note que esse símbolo é sobreposto sobre a barra de compasso


central dos dois compassos a serem repetidos.
Esse símbolo de repetição não pode ser usado como repetição de
um único compasso.

As repetições de mais de dois compassos devem ser representadas


por ritornellos.

Da Capo e Dal Segno

A abreviação D.C. representa Da Capo, e significa que se deve


voltar para o começo da música. Ela aparece no final do último
compasso antes de se voltar para o “topo”. É colocada normalmente
abaixo da pauta ou sistema, mas também pode ser escrita acima. O
importante é que seja escrita de forma visível e legível ao leitor.

Note que são usadas letras maiúsculas que garantem a clareza da


escrita.

A abreviação D.S. representa Dal Segno (do sinal). Quer dizer:


voltar para o sinal. Essa abreviação também aparece no final do último
compasso, antes de se voltar para o sinal, e pode ser colocado tanto
acima como abaixo da pauta.

MUSICAMANIA
- 74 - ___ Grafia Musical
al fine e al Coda

Tanto D.S como D.C. são acompanhados normalmente pelas


ordens de mudança al fine e al Coda. D.C. al fine ou D.S. al fine
significam: volte para o começo ou ao sinal e siga até o fim (fine). O
termo fine é colocado logo após a última nota ou pausa a serem

executadas na música, abaixo da pauta

D.C. al Coda ou D.S. al Coda, significam que depois de voltar ao


começo ou ao sinal, continua-se até o sinal (colocar o sinal de coda) e
depois pula para a seção Coda. O primeiro sinal (colocar o sinal de
coda) é colocado acima da pauta no final do último compasso a ser

executado antes de pular para o segundo (colocar o sinal de coda).

O Segno é geralmente usado como uma separação lógica na forma


da composição.

MUSICAMANIA
- 75 - ______ Grafia Musical

A primeira Coda deve ser colocada no final da frase indicando a


forma da composição.

A seção Coda é separada do corpo da composição e é marcada


com um grande sinal de Coda sobre o sistema.

Sinais de Coda e Dal Segno devem ser escrito de maneira que


indiquem o caminho desejado.

Grande pausa

As abreviações GP ou LP (do alemão Grosse Pause ou italiano


Lunga Pausa) são usadas para indicar Grandes Pausas.

Os termos lunga e poco significam respectivamente longo ou


curto, e as vezes acompanham fermatas ou pausas, indicando uma

duração mais específica do silêncio ou som.

MUSICAMANIA
- 76 - ___ Grafia Musical
Silêncio (Tacet)

Quando um instrumento ou voz ficam em silêncio por uma seção


inteira de alguma composição, o termo Tacet às vezes é usado no lugar
de vários compassos pausados.

Repetições de pulso

Um traço diagonal, se estendendo da quarta a segunda linha, pode


ser usado para representar a repetição de uma semínima ou semínima
pontuada.

Este sinal de repetição pode ser usado também para representar a


repetição de um pulso que foi dividido em colcheias.

Dois traços diagonais podem representar repetições de


semicolcheias.

MUSICAMANIA
- 77 - ______ Grafia Musical

Dois traços com um ponto em cada lado são usados para


representar a repetição de um único pulso subdividido em diferentes
valores rítmicos internos.

Col (= Com)

Na escrita de scores, o termo col é usado em uma parte, para


indicar uma duplicação de outra parte que ocorra simultaneamente.

Em scores, um instrumento pode duplicar um trecho de outro


instrumento que esteja na mesma clave e tonalidade que ele.

MUSICAMANIA
- 78 - ___ Grafia Musical

CAPÍTULO X

ACORDES, VOICINGS E DIVISIS

Símbolos de acordes

A tabela a seguir, lista os símbolos de acordes mais usados e a


comparação deles com os símbolos menos recomendados. A única
versão de um acorde que deve ser usada sempre é aquela que é mais
reconhecida universalmente.

Preferível na Geralmente Não recomendada


MUSICAMANIA compreendido
C Cmi ou C- C ou, CM ou CMA
Cm C dim ou C dim 7 C7 ou CM7
Cº C+ C M7
C5+ Cmaj7 C7 (add9)
C7+ C9 C7+ (5)
C7 C7- / ou Cmi 7 C -(7) ou C-(7#)
C7/9 Cmi 9 ou C-9 C2 (add D)
Cm7 Cmi7(5b) ou C7- (5b) C9(11+)
Cm7/9 C6/9 C6 (9)
Cm7/5- ou Cº C7sus ou C4
C7/5+ C7/13b/9#
Cm7+ C7 (9/11#)
C6/9 C (Omit 3) C (No 3D)
C7sus 4
C add2 /13-
C7/9+
C7/9/11+
C5

MUSICAMANIA
- 79 - ______ Grafia Musical

Acordes Híbridos

Os acordes híbridos ou poliacordes são escritos em forma de


fração com a estrutura

Tensões

Note que na tabela acima, as tensões entre parênteses são


colocadas em ordem decrescente, ou seja, a tensão mais aguda fica no
topo. As tensões também podem ser escritas da esquerda para a direita,
começando pela mais grave; e é menos comum que as escritas
verticalmente.

Inversões

Inversões de acorde são escritas com uma linha diagonal


separando o tipo do acorde, situado à esquerda, e o baixo, escrito a
direita do traço. O termo baixo também pode acompanhar essa nota.

Os símbolos de acordes, quando usados, devem aparecer acima da


pauta, exceto em sistema de duas pautas, onde eles devem aparecer entre
essas duas pautas.

MUSICAMANIA
- 80 - ___ Grafia Musical
Os símbolos de acorde devem ser colocados sobre todos os sinais
auxiliares, exceto sobre a fermata.

Traços rítmicos, com ou sem hastes, devem ser usados em


conjunto com os acordes. Com hastes esses traços indicam ritmos
específicos, e sem hastes indicam apenas o valor métrico geral do
compasso, e podem ser interpretados livremente pelo músico.

Os símbolos de acorde devem estar sempre alinhados


verticalmente com a primeira nota ou traço de sua duração harmônica.

Voicings

Duas ou mais notas com o mesmo valor de duração soando


simultaneamente podem usar uma haste em comum. A direção dela é
determinada pela localização geral dos voicings em relação à linha
central da pauta.

MUSICAMANIA
- 81 - ______ Grafia Musical

Apenas as notas de mesmo valor “de duração” podem ter hastes


em comum.

Quando segundas ocorrem num voicing, a nota mais grave do


intervalo é colocada no lado esquerdo da haste e a mais aguda no lado
direito. A nota da extremidade da haste deve sempre ser colocada do
lado correto.

Quando houver pontos de aumento no voicing de segundas,


devem ser escritos um em cada espaço.

Se o voicing contém muitas segundas, os pontos de aumento


devem ser colocados apenas nos espaços ocupados pelas notas.

Num mesmo voicing, os pontos de aumento de segundas devem


ser alinhados verticalmente com os outros pontos de aumento.

MUSICAMANIA
- 82 - ___ Grafia Musical
Quando duas vozes separadas ocorrem simultaneamente, as
cabeças de nota que estão do lado normal determinam o empilhamento
vertical das vozes.

Alinhamento dos acidentes

Acidentes de voicings devem ser colocados de uma maneira que


ocupem o mínimo espaço possível, mas sem que se amontoem.

As seguintes regras gerais aplicam-se para o alinhamento de


acidentes nos voicings:

Os acidentes mais agudos e mais graves devem ficar o mais


próximo do voicing e verticalmente alinhados. Se a distância que separa
o mais agudo do mais grave é menor que uma sétima o mais grave fica à
esquerda do mais agudo.

Os acidentes do meio devem ficar à esquerda do mais grave e


mais agudo e, se necessário, devem ser empilhados em vez de
espalhados.

MUSICAMANIA
- 83 - ______ Grafia Musical
Em intervalos de segunda, o acidente deverá ficar mais próximo
da nota mais aguda desse intervalo, a não ser que essa nota esteja
separada da nota mais aguda do voicing por um intervalo maior que uma
sétima. Nesse caso ele estará alinhado com o acidente da nota mais
aguda do voicing.

Quando acidentes atendem a ambas as notas do intervalo de


segunda, o acidente mais agudo deve ser colocado à direita do acidente
mais grave.

Sinais de oitava

A abreviação 8va. Colocada acima de uma passagem, indica que


esta deve soar uma oitava acima. Uma linha pontilhada com um traço
vertical no final desta deve estender-se sobre o trecho a ser executado
nessa condição.

MUSICAMANIA
- 84 - ___ Grafia Musical
A abreviação 8vb. Colocada abaixo da pauta, indica que a
passagem por ela limitada, deve soar uma oitava abaixo da escrita. Uma
linha pontilhada deve ser incluída sobre a passagem, e tem um traço
vertical incluído na ponta.

As abreviações 15va. (ou 15ma.) e 15vb. (ou 15mb.), indicam que


as passagens por elas assinaladas devem soar respectivamente duas
oitavas acima ou abaixo da escrita.

O termo “loco” às vezes é colocado no final de uma passagem


assinalada por 8va. (ou 8vb.) e indica o cancelamento da mudança de
oitava, voltando à escrita original, apesar do traço vertical colocado no
final do trecho já ser o suficiente. Para passagens extremamente longas,
a linha pontilhada é omitida, e no lugar dela é usado o termo loco.

8va. e 15va. geralmente não são usados em claves de FÁ

MUSICAMANIA
- 85 - ______ Grafia Musical
8vb. e 15vb. geralmente não são usados em claves de SOL.

Divisi

Quando duas ou mais partes individuais compartilham uma única


pauta, levam o nome de divisi. Normalmente as divisis contêm duas
partes individuais.
As partes individuais de uma única pauta são caracterizadas por
terem hastes opostas apesar da localização no pentagrama. As cabeças
de nota estão alinhadas verticalmente, sempre que possível.

Quando ocorrem intervalos de segunda entre as notas, alinham-se


as hastes verticalmente, deixando a nota mais grave a direita.

Quando uma ou ambas as notas de uma divisi são voicings, e a


nota de uma das partes ocorre no meio da extensão das duas notas do
voicing da outra parte da divisi, costuma-se intercalar as cabeças de
nota; sempre que possível.

Note que a haste de uma parte nunca encosta na cabeça de nota da


outra parte.

MUSICAMANIA
- 86 - ___ Grafia Musical
“Divisis” contendo ritmos iguais podem usar a mesma haste, mas
é importante colocar a abreviação “div.” ou “div. a 2” sobre a pauta,
para indicar a origem das diferentes vozes.

Se uma pequena passagem em uníssono ocorrer em uma divisi,


cada cabeça de nota deve ter duas hastes opostas.

Para passagens longas em uníssono, a abreviação “unis.” ou


“unis.a2” deve ser colocada acima da pauta ao invés de hastes opostas.

Pausas devem ser incluídas em divisis quando uma das partes pára
de ser executada; a parte que continua, geralmente é identificada para

evitar confusões.

Essas pausas precisam aparecer apenas no primeiro compasso da


passagem solo, com as hastes na direção normal prevalecendo nos
compassos seguintes (é subentendido que a voz possui pausas).

MUSICAMANIA
- 87 - ______ Grafia Musical

Pontos de aumento em passagens de divisi devem, sempre que


possível, não serem separados das suas cabeças de nota correspondentes,
por uma haste.

Sempre que possível, não separe os acidentes das notas a que se


referem, por hastes.

Coll’ 8va. e Coll’ 8bv.

As abreviações coll’ 8va. (com a oitava acima) e coll’ 8vb. (com


a oitava abaixo) são usadas para indicar que a passagem a que se
referem, deve ter suas oitavas duplicadas. Esse termo é restrito àqueles
instrumentos capazes de produzir mais de uma nota por vez (ex:
guitarra, piano, etc...).

MUSICAMANIA
- 88 - ___ Grafia Musical

CAPÍTULO XI

DINÂMICA

Antes que o músico dê vida a uma nota, ele deve estar ciente das
direções que o compositor, ou arranjador, pode querer dar à música
quanto à expressão emocional. O primeiro tipo de direção expressiva a
ser vista é a dinâmica.
Sinais de dinâmica indicam o volume com que os sons devem ser
produzidos. A descrição de qualquer som musical será completo sem a
presença desses sinais.

Localização das informações de dinâmica

Em pautas simples, todas as informações de dinâmica devem ser


colocadas abaixo da pauta e logo embaixo ou à esquerda da primeira
nota envolvida.

Em duas pautas como as de piano, as informações sobre a


dinâmica são colocadas entre elas, a não ser que uma pauta tenha
informações diferentes das da outra. Nesse caso, os sinais aparecem
adjacentes às notas a que se referem.

MUSICAMANIA
- 89 - ______ Grafia Musical

Informações de dinâmica nunca devem aparecer dentro das linhas


da pauta, ou interferir em qualquer outro símbolo.

Localização das informações de dinâmica específicas

Em divisis, se os sinais de dinâmica valem para as duas partes


individuais, eles são colocados embaixo da pauta. Se os sinais de
dinâmica são diferentes para cada parte individual da divisi, as
informações são colocadas acima da pauta para a parte de cima da divisi
e abaixo para a parte de baixo desta.

Em partes vocais com letras, as informações sobre dinâmica


aparecem acima da pauta.

Em scores, as informações de dinâmica devem aparecer para cada


instrumento.

MUSICAMANIA
- 90 - ___ Grafia Musical

Sinais de Dinâmica

Pode ser útil pensar que os sinais mais usados se estendem numa
escala de 1 a 10, do mais fraco para o mais forte. A tabela a seguir
apresenta esses sinais com sua terminologia completa.

Para desenhar os sinais de dinâmica é preferível o uso de letras


minúsculas.

MUSICAMANIA
- 91 - ______ Grafia Musical

Uma vez estabelecido um sinal de dinâmica, este é mantido até


que um novo o substitua.

Sinais de dinâmica combinados

Dois sinais de dinâmica podem ser combinados para criar


articulações dinâmicas especiais. Uma composição comum é o símbolo f
p. Uma nota atendida por ele deve ser iniciada por uma intensidade
forte, e imediatamente cair para piano. E esse sinal deve ser mantido até
ser substituído por um novo (é utilizado por instrumentos de sopro).

Terminologia de Dinâmica

A seguir uma lista dos três termos de dinâmica mais usados, suas
abreviações e definições.

Crescendo cresc. aumentando o volume


Decrescendo decresc. diminuindo o volume
Diminuendo dim. diminuindo o volume

Termos de flutuação dinâmica podem ser aplicados em longas


mudanças graduais no volume, usando-se traços. Nesse caso, eles devem
continuar embaixo da passagem inteira.

MUSICAMANIA
- 92 - ___ Grafia Musical

No caso de um trecho muito longo, só se coloca três pontos.

Os termos poco, poco a poco e molto; são usados para definir


melhor a quantidade ou proporção de mudança na dinâmica.

Os termos sempre e súbito, são usados para realçar a mudança de


dinâmica.

Tanto letras maiúsculas como minúsculas podem ser usadas para


escrever a nomenclatura de dinâmica.

Wedges (cunhas)

Para curtas variações de dinâmica, usam-se sinais de crescendo ou


decrescendo.

MUSICAMANIA
- 93 - ______ Grafia Musical

Todos os sinais de dinâmica (crescendo e decrescendo) devem ser


seguidos imediatamente por outro sinal de dinâmica.

É subentendido que o último sinal de dinâmica apresentado é


aplicado até a iniciação de um sinal subseqüente.

Para mudanças de dinâmica momentâneas, como crescendo ou


diminuendo, que começam e terminam na mesma nota (ou grau), os
termos poco ou molto podem ser usados ao invés de sinais de dinâmica
específicos.

Mudança de sinais em partes repetidas

Ao executar um trecho pela segunda vez com um nível de


dinâmica diferente, o segundo sinal deve ser colocado à direita do
primeiro, separado por um hífen.

MUSICAMANIA
- 94 - ___ Grafia Musical

CAPÍTULO XII

ARTICULAÇÃO

A articulação refere-se à maneira como o som é iniciado e


continuado. Isso implica no ataque, na duração e na terminação. Marcas
de articulação são aqueles símbolos e termos que definem a articulação
das notas às quais são relacionados. Incluem acentos, ligaduras, e termos
expressivos.

Notas não- articuladas

As notas não articuladas têm um ataque e uma duração coerentes à


dinâmica e ao estilo a que se refere. Para alterar essa situação, uma
marca ou termo de articulação devem ser adicionados à nota.

Marcas de acentuação

As marcas de acentuação indicam que a nota ou voicing à que se


referem devem receber um ataque enfatizado, relativo ao nível de
dinâmica aplicado.
Existem dois tipos de marcas de acentuação: o acento forzato (^) e
o acento sforzando (>). O primeiro representa o mais forte e áspero dos
dois acentos. Nenhum deles altera o valor de duração das notas à que se
referem.

Staccato

A marca staccato (.) indica que a nota por ele assinalada, deve ser
“desprendida” da nota que a precede. Para efetivar essa separação, as
notas “em staccato” devem ter sua duração diminuída.
É normalmente aplicado em semínimas ou em notas de menor
valor.

MUSICAMANIA
- 95 - ______ Grafia Musical

Legato e Tenuto

Essa marca (-) Indica que a nota a que se refere deve receber um
ataque suave, o qual deve durar todo o tempo da nota.

Localização do acento, staccato e legato

Antigamente o acento, staccato, e legato, eram colocados sempre


próximos às cabeças de nota às quais se referiam. Hoje em dia, é mais
comum colocar todas as marcas de articulação sobre as notas às quais
atendem.

Ao colocar os sinais sobre as notas com a haste para baixo, eles


devem estar alinhados com as cabeças de nota.

Ao colocar os sinais sobre as notas com haste para cima, apenas o


acento sforzando e o legato (ou tenuto) devem estar alinhados
verticalmente com a cabeça de nota, o acento forzato e staccato devem
se alinhar com a haste.

MUSICAMANIA
- 96 - ___ Grafia Musical

O staccato e legato podem ser colocados dentro das linhas da


pauta. Em tais casos devem estar centralizados no espaço e alinhados
verticalmente com as cabeças de nota.

Combinando acentos com staccato e legato

Tanto o acento forzato como o sforzando podem ser combinados


com as marcas de staccato e legato.

Nesses casos, o acento representa a qualidade do ataque e o


staccato e o legato representa a duração. O acento é colocado bem longe
da nota e as marcas (staccato e legato) mais próximas da nota.

Ligaduras (de frase)

Notas atendidas por uma ligadura devem ser conectadas e


executadas de forma mais calma.
Ligaduras podem ser colocadas acima ou abaixo das notas a que
se referem, dependendo da localização geral das notas contidas por ela.
A lógica visual é normalmente o fator determinante.

MUSICAMANIA
- 97 - ______ Grafia Musical

A ligadura se estende do lado esquerdo da primeira nota por ela


atendida, até o lado direito da última nota.

Se uma ligadura começa ou termina numa nota cuja haste está em


direção oposta a ligadura, ela deve quase encostar na cabeça de nota.

Se a primeira nota de uma passagem tiver a haste para baixo, a


ligadura deve ficar acima desta.

Se uma ligadura termina na haste de uma nota, o final da ligadura


deve quase encostar-se à haste.

MUSICAMANIA
- 98 - ___ Grafia Musical
A ligadura de frase deve se estender abaixo ou sobre qualquer
nota ligada da passagem.

As ligaduras devem deixar limpos todos os símbolos contidos


dentro delas, mas nunca devem interferir nos símbolos das outras pautas
ou sistemas localizados acima ou abaixo.

Combinando acentos, staccato e legato com ligaduras

Um acento combinado com uma ligadura indica a qualidade


específica de ataque normal para aquele acento. Estes podem aparecer
em qualquer lugar dentro de um grupo ligado.

MUSICAMANIA
- 99 - ______ Grafia Musical

Uma marca de legato combinada com uma ligadura indica que a


nota a que ele se refere deve receber um ataque; podendo aparecer em
qualquer lugar dentro do grupo ligado.

Uma marca de staccato, quando combinada com ligaduras,


normalmente atende a última nota ou voicing do grupo ligado; e indica
que a nota final (ou voicing) deve ter sua duração levemente encurtada.

Quando combinados com uma ligadura, e colocados no mesmo


lugar da pauta que ela, acentos e marcas de staccato e legato são sempre
colocados entre a ligadura e a nota à que se referem.

Combinando acentos e termos de dinâmica

Os acentos podem ser adaptados a níveis de dinâmicos mais


elevados das seguintes formas.
Os acentos podem ser combinados com marcas de dinâmica para

MUSICAMANIA
- 100 - ___ Grafia Musical
indicar súbitas mudanças de intensidade.

Marcas de respiração

Uma marca de respiração é representada por uma vírgula, e é


sempre colocada sobre a pauta. Aparecem às vezes no final de frases
quando uma pausa não indica claramente a ruptura no som.

Terminologia dos acentos

Originalmente todos os acentos eram indicados por um termo de


acento, ou sua abreviação, colocados abaixo da pauta. As vezes um
acento genérico (marcato) também era incluído sobre a pauta.

A tabela a seguir lista três termos de acento comuns e suas


abreviações em ordem crescente de ênfase.

MUSICAMANIA
- 101 - ______ Grafia Musical

Como todas as marcas de articulação, esses termos são relativos


ao nível de dinâmica em que aparecem. A tabela a seguir lista os níveis
de dinâmica em qual cada um desses termos podem aparecer.

A utilização explícita de marcas de articulação e dinâmica vai


resultar em músicas que contêm todas as orientações necessárias para
um músico executá-las da forma originalmente concebida pelo
compositor.

MUSICAMANIA
- 102 - ___ Grafia Musical

Considerações idiomáticas

É necessário compreender que pelo fato do mundo musical


possuir muitos estilos diferentes, a maneira como cada nota articulada é
executada, varia de estilo para estilo.
Quando um pedaço de uma música deve ser tocado em um estilo
específico, o nome dele deve aparecer sobre o começo da primeira pauta
ou sistema de um score, e em cada parte deste.

Quando uma mudança de estilo ocorre durante um trecho de uma


música, o novo estilo deve aparecer em cima da pauta, no ponto de
mudança. Em scores a mudança deve ser indicada em todas as partes.

MUSICAMANIA
- 103 - ______ Grafia Musical

CAPÍTULO XIII

ORNAMENTOS

Qualquer efeito especial, ou ornamento de uma nota ou voicing


deve ser escrito respeitando a lógica e a tradição. Um grupo estabelecido
de termos e símbolos já existe para descrever uma grande variedade de
efeitos especiais e ornamentos. Compreendendo a lógica dos símbolos
tradicionais e a imaginação moderna, uma notação apropriada para
qualquer som considerável pode ser inventada. Notações estabelecidas
devem ser utilizadas em primeiro plano. Um termo ou símbolo recém
inventado nunca pode representar a mesma coisa que um tradicional
representa. Os ornamentos a seguir foram padronizados em
conseqüência de seu grande uso em vários estilos de música.

Portamento

O portamento é um suave e interrupto “slide” (deslizar) de uma


nota a outra; é um tipo de “arrastamento” de nota (contém todas as
alturas entre as 2 notas). Ele é indicado por um traço que se estende da
nota inicial até a nota alvo, que pode estar acima ou abaixo da primeira
nota. Deve quase encostar a seus pontos de aumento e acidentes. A
abreviação port. deve ser incluída sobre a pauta. O uso de uma régua é
importante para se desenhar esse símbolo.

O portamento, normalmente afeta a última subdivisão do valor da


nota a que se refere.

MUSICAMANIA
- 104 - ___ Grafia Musical
Se um portamento contínuo deve se estender gradualmente sobre
vários “beats”, para criar uma descrição mais precisa do efeito desejado,
podem-se usar traços rítmicos ou hastes.

Glissando

O glissando é uma rápida corrida de uma nota para outra (abrange


os semitons cromáticos (clarinete) ou as notas realizáveis no instrumento
(piano) entre as 2 notas). Como o portamento, ele pode variar na
duração, mas normalmente afeta a última subdivisão da nota a que se
refere. O glissando é desenhado como uma linha ondulada que se
estende da nota inicial até a nota alvo, a qual pode estar tanto acima
como abaixo da primeira nota. A abreviação gliss. deve ser colocada
sobre a pauta.

Portamento e glissando, mantendo suas respectivas qualidades de


interrupto ou passos cromáticos de slides (deslizes), podem ser usados
para indicar uma aproximação ou distanciamento de uma nota
específica. Nesses casos, ambos não expressam a nota inicial ou final. A
tabela a seguir lista alguns desses símbolos.

MUSICAMANIA
- 105 - ______ Grafia Musical

Trinados (trilos)

Trinados são alternâncias rápidas de segundas (maiores ou


menores). O intervalo é determinado pela escala do momento.
Antigamente o símbolo do trinado era a abreviação tr. colocada sobre a
pauta. Hoje, ela é usada para indicar o trinado numa nota de pequena
duração (ex. uma semínima); e a abreviação tr. seguida de uma linha
extensa e ondulada, é usada para trinados em notas de longa duração.

Quando a nota auxiliar deve ser alterada cromaticamente, um


acidente deve ser colocado a direita do sinal tr., acima da linha
ondulada. Um método mais preciso para indicar esse caso, é colocar o
acidente entre parênteses, à direita da nota a ser trinada.

Trêmolos

O trêmolo é uma rápida repetição de uma única nota, ou de duas


notas com intervalos maiores de uma segunda maior.
Um número definido de repetições ou alternâncias por tempo é
chamado de trêmolo compassado. E um número indefinido de repetições
ou alternâncias por tempo é chamado de trêmolo descompassado.

a) Trêmolo descompassado (irregular): em uma única nota ou voicing, é


indicado por três ou quatro linhas inclinadas desenhadas através das
hastes das notas (ou alinhadas verticalmente tanto acima como abaixo
das semibreves). Elas devem ter a largura de uma cabeça de nota, e
inclinação sempre da esquerda para direita. Para tempos lentos se usam
quatro linhas, e para tempos mais rápidos se usam três linhas. Usa-
se a abreviação trem. sobre a pauta.

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- 106 - ___ Grafia Musical

Um trêmolo descompassado entre duas notas diferentes é indicado


por três ou quatro linhas (dependendo do valor da nota) colocadas entre
as hastes das duas notas, com inclinação na direção da mudança de
altura. A duração do trêmolo equivale à duração entre as duas notas.
Para cabeças de nota abertas com haste, a primeira linha é fixada às
pontas das hastes como uma barra; as linhas sucessivas não se encostam
a elas.

Para notas com cabeças de nota fechadas, nenhuma das linhas


deverá encostar na haste.

Para semibreves, as linhas são colocadas entre as duas notas e


levemente acima ou abaixo das cabeças de nota.

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- 107 - ______ Grafia Musical
Para evitar confusão entre o trêmolo compassado e o
descompassado, a abreviação trem. deve ser colocada acima da pauta
para todos os Trêmolos descompassados.

b) Trêmolo compassado (regular): é indicado por linhas inclinadas


desenhadas através das hastes. O número dessas linhas corresponde
ao número de barras normalmente usados. A abreviação trem. não
deve ser usada.

Para assegurar que o trêmolo compassado não seja confundido


com um trêmolo descompassado, o primeiro grupo de repetições é
escrito, e o trêmolo compassado é reservado para os sucessivos grupos
de repetições.

Um trêmolo compassado usado em uma única nota é um atalho, e


deve ser usado apenas com descrição.

Um trêmolo compassado entre duas notas diferentes é indicado


por linhas inclinadas correspondentes ao número de barras normalmente
usadas. A duração do trêmolo equivale ao valor das notas que o limitam.
A abreviação trem não deve ser usada. Para cabeças de nota abertas com
haste, a primeira linha é fixada às hastes como se fosse uma barra; e as
linhas sucessivas não se encostam.

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- 108 - ___ Grafia Musical
Para notas com cabeças de nota fechadas, nenhuma das linhas
deverá encostar na haste.

Para semibreves, as linhas são colocadas entre as duas notas,


levemente acima ou abaixo das cabeças de nota.

Adornos (apojaturas)

Adornos são padrões reduzidos de notas não tendo nenhum valor


rítmico. São menores em tamanho que as notas padrão e precedem a
nota a que se refere. Embora normalmente visto com hastes tanto para
cima como para baixo, devem sempre tê-las para cima desconsiderando
sua posição na pauta. A exceção para isso é nas divisis, quando as hastes
das diferentes partes devem se opor. Os adornos são usualmente
acompanhados por ligaduras.

Adornos individuais são escritos em forma de colcheia com um


traço inclinado da esquerda para a direita através dele; tanto com hastes
para cima como para baixo. Deve haver sempre um pequeno espaço
entre o traço e o final da haste, onde esta se encontra com o Colchete.

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- 109 - ______ Grafia Musical

Dois ou três adornos são representados por uma semicolcheia.

Quatro ou mais adornos são representados por fusas, ou notas de


menor valor que a nota de chegada.

Para adornos com haste para cima, a ligadura é sempre colocada


abaixo das cabeças de nota.

Em divisis, as ligaduras são colocadas no final das hastes.

Ligaduras de adornos devem ser colocadas de forma que elas não


obscureçam nenhuma linha suplementar.

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- 110 - ___ Grafia Musical
Adornos que ocorrem no final de trinados devem ter suas hastes
na mesma direção que a nota a qual se referem, para evitar conflitos
entre a ligadura e o trinado.

Arpejos

Arpejos que devem ser executados rapidamente devem ser


escritos através de adornos.

Uma linha vertical ondulada também pode ser usada para


representar um arpejo rápido. Esse símbolo pode incluir uma seta,
indicando a direção na qual as notas devem ser tocadas.

Um arpejo rítmico é notado com valor específico e conectado


através de ligaduras ao acorde (ou voicing) de destino.

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- 111 - ______ Grafia Musical

Turns (grupetos)

O símbolo turn (~) colocado após uma nota indica que deve haver
uma variação começando no próximo grau mais alto da escala,
ocorrendo na segunda metade da duração da nota.

Acidentes são colocados tanto acima quanto abaixo do símbolo


para indicar alteração cromática dos graus mais graves e agudos da
escala.

Bends

O símbolo de Bend, quando colocado acima da nota indica que


uma vez que esta tenha soado, deve ser “curvada” para baixo e depois
volta para a altura original.

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- 112 - ___ Grafia Musical
Cue (parênteses ou parte)

Os cues são usados para informar aos músicos uma passagem


importante que está sendo executada por outro instrumento. São usados
para preparar o músico para preparar sua entrada depois de um longo
período de pausa. Cues são representados por notas reduzidas com todas
as hastes indo para a mesma direção, sendo que a direção geral destas é
determinada pela localização global das notas na passagem na pauta.

Pausas são colocadas na primeira linha para passagens onde as


hastes estão para cima, e na quinta linha onde as hastes estão para baixo.

Cues em partes transpostas devem ser transpostos para o tom do


instrumento que irá executá – la .

Cues com palavras são usados para informar ao músico as


atividades de outros músicos também.

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