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Plano de Disciplina

Psicologia Geral

Professor: Dr. Leomir C. Hilário

1. Introdução

Esta disciplina tem um caráter introdutório, embora em alguns momentos ela se dedique a
reflexões rigorosas sobre a psicologia. O que se buscará será um entendimento crítico e interdisciplinar
sobre o campo psicológico, utilizando-se de conhecimentos como a literatura, a filosofia, a sociologia
e a história, dentre outras formas de conhecimento.

2. Objetivo

Proporcionar um espaço de reflexão crítica, de maneira introdutória porém rigorosa, do campo


psicológico, através de três eixos: o primeiro voltado à compreensão das condições de possibilidade
de emergência da Psicologia e seus atravessamentos históricos e políticos (eixo epistemológico); o
segundo referente aos grandes traços das principais escolas da Psicologia moderna, especialmente o
behaviorismo, o humanismo e a psicanálise (eixo histórico); e, por fim, o terceiro eixo discutirá alguns
problemas contemporâneos que envolvem à atividade psicológica, como a questão do normal e do
patológico (eixo de atualidades).

3. Conteúdo

3.1. Eixo histórico-epistemológico ou a construção da psicologia como ciência: uma reflexão


sobre as condições de possibilidade de emergência do campo psicológico, suas matrizes, suas
diferentes raízes e suas relações com contextos políticos e históricos.

3.2. Discussões:

a) Psicologia, modernidade, sociedade e crítica;


b) Psicologia como ciência das condutas: a relação do comportamentalismo com as disciplinas
(poder e tecnologias);
c) A psicologia como ciência da experiência humana: a relação do humanismo com o
liberalismo (indivíduo e autonomia); e
d) A psicologia como ciência do inconsciente (metapsicologia): a relação do romantismo com
a psicanálise (espontaneidade/impulsos).

3.3. Eixo histórico ou a ocupação do espaço psicológico: investigar os grandes traços das escolas
de Psicologia, em especial o behaviorismo, o humanismo e a psicanálise.

3.3.1. Discussões

a) Superfície Romantismo – Disciplinas: i. Freud – Freudo-marxismo (ao romantismo); ii.


Freud – Psicanálise americana (às disciplinas);
b) Superfície Liberalismo – Disciplinas: i. Behaviorismo, funcionalismo e epistemologia
genética (psicologia como ciência das condutas – adaptação)

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c) Superfície Romantismo – Liberalismo: i. Humanismo (psicologia como ciência da
experiência humana).

3.4. Eixo atual ou problemas contemporâneos da psicologia: problematizar questões


contemporâneas, como a do normal e do patológico (medicalização).

3.4.1. Discussões

4. Proposta de avaliação

5. Recursos didáticos

6. Referências Bibliográficas

6.1.1. Referências bibliográficas básicas do eixo histórico-epistemológico

FIGUEIREDO, L. C. A gestação do espaço psicológico no século XIX: liberalismo, romantismo e


regime disciplinar. In A invenção do psicológico. São Paulo: Escuta, 1999.
FIGUEIREDO, L. C. Psicologia, uma (nova) introdução: uma visão histórica da psicologia como
ciência. São Paulo: EDUC, 2006.
JAPIASSU, H. Introdução à Epistemologia da Psicologia. Rio de Janeiro: Imago, 1977.

6.1.2. Referências bibliográficas complementares do eixo histórico-epistemológico

BAPTISTA, L. A. A fábrica de interiores: a formação psi em questão. Niterói: EdUFF, 2000.


CANGUILHEM, G. O que é psicologia? In Estudos de história e filosofia das ciências: concernentes
aos vivos e à vida. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.
DELEULE, D. La psicología, mito científico. Barcelona: Editorial Anagrama, 1969.

6.1.3. Referências básicas do eixo histórico

FREUD, S. Dois verbetes de enciclopédia. In Além do Princípio de Prazer, Psicologia de Grupo e


outros trabalhos (1920-1922), volume XVIII, Edição Standart Brasileiras das Obras Completas de
Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
PERLS, F. Gestalt – Terapia e Potencialidades Humanas. In Isto é Gestalt. São Paulo: Summus,
1977.

6.1.4. Referências complementares do eixo histórico

FRAZÃO, L. M. Psicologia da Gestalt. In Gestalt-Terapia: fundamentos epistemológicos e


influências filosóficas.
KAHHALE, E.; ROSA, E. Psicologia Humanista: uma tentativa de sistematização. In A diversidade
da psicologia. São Paulo: Cortez Editora, 2008.

6.1.5. Referências básicas do eixo de atualidades

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CANGUILHEM, G. O vivente e seu meio. In O conhecimento da vida. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 2012.
SAFATLE, V. O que é uma normatividade vital? Saúde e doença a partir de Georges Canguilhem. In
Sci. Stud., São Paulo, v. 9, n. 1, p. 11-27, 2011.
SEIXAS, C. M.; BIRMAN, J. O peso do patológico: biopolítica e vida nua. História, Ciências, Saúde
– Manguinhos, Rio de Janeiro, v.19, n.1, jan.-mar. 2012, p.13-26.

6.1.5. Referências complementares do eixo de atualidades

BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização


Brasileira, 2013.
CANGUILHEM, G. O normal e o patológico. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 2009.
FRANCES, A. Voltando ao Normal. Rio de Janeiro: VersalEditores, 2016.
MACHEREY, P. De Canguihem a Foucault: la fuerza de las normas. Madrid: Arromotu Editores,
2009.

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