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GENERALIDADES

Introdução

CLASSE E FINALIDADES DOS VASOS DE PRESSÃO

Vasos não sujeitos a chama:

1. Vasos de armazenamento e de acumulação


2. Torres de destilação fracionada, retificação, absorção e etc.
3. Reatores
4. Trocadores de Calor
4.1 Aquecedores
4.2 Resfriadores
4.3 Condensadores
4.4 Refervedores
4.5Resfriadores a ar
Introdução

CLASSE E FINALIDADES DOS VASOS DE PRESSÃO

Vasos sujeitos a chama:

1. Caldeiras
2. Fornos
Introdução

PROJETO DE VASOS DE PRESSÃO

Contrariamente o que acontece com quase todos os outros equipamentos, grande maioria dos vasos
de pressão não é um item de fabricação de alguma indústria, os vasos de pressão são quase todos,
projetados e construídos por encomenda, sob medida, para atender, em cada caso sua aplicação.
FORMATOS, PARTES PRINCIPAIS, TIPOS PRINCIPAIS
Formatos, Partes Principais, Tipos Principais

FORMATO E POSIÇÃO DOS VASOS DE PRESSÃO

A parede de pressão de um vaso compõe-se basicamente do casco do vaso e dos tampos de


fechamento.

O casco dos vasos de pressão tem sempre o formato de uma superfície de revolução. Quase todos os
vasos, com raras exceções, tem o casco com uma das três formas básicas: Cilíndricas, cônica e esférica,
ou combinações dessas três.
Formatos, Partes Principais, Tipos Principais

FORMATO E POSIÇÃO DOS VASOS DE PRESSÃO

Quanto a posição de instalação, os vasos de pressão podem ser verticais, horizontais e inclinados. Na
maioria das vezes o formato e a posição de instalação de um vaso decorrem ou são as vezes ate uma
imposição da finalidade ou do serviço do mesmo.
Formatos, Partes Principais, Tipos Principais

FORMATO E POSIÇÃO DOS VASOS DE PRESSÃO

Os vasos verticais são usados principalmente quando e necessária a ação da gravidade para o
funcionamento do caso ou para escoamento dos fluidos, por exemplo, torres de fracionamento,
retificação e absorção. De um modo geral os vasos verticais são mais caros do que os horizontais
principalmente quando de grande comprimento, em compensação demandam uma menor área de
terreno sendo por isso preferidos quando há necessidade de economia de terreno.
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FORMATO E POSIÇÃO DOS VASOS DE PRESSÃO

Os vasos horizontais, muito comuns são usados, entre outros casos para trocadores de calor e para
maioria dos vasos de acumulação. Os vasos em posições inclinadas são exceções, empregados
somente quando o serviço exigir, como, por exemplo, para o escoamento por gravidade de materiais
difíceis de escoar.
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FORMATO E POSIÇÃO DOS VASOS DE PRESSÃO

Para a maior parte dos vasos o casco é cilíndrico. Essa preferencia deve-se ao fato de ser mais fácil de
fabrica-lo e transporta-lo, atende à maioria dos serviços , e é o que permite o maior aproveitamento de
chapas inteiras para a fabricação do vaso.

Quando a vasão ao longo do vaso é aproximadamente a mesma em todas as seções transversais, o


casco será um cilindro simples.
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FORMATO E POSIÇÃO DOS VASOS DE PRESSÃO

Quando houver grande diferença de vasão entre uma seção e outra do mesmo vaso, devido a
existência de vários pontos importantes de entrada e saída de fluidos, faz-se o casco com um cilindro
composto, com dois ou mais corpos cilíndricos de diâmetros diferentes e interligados por seções
cônicas ou toroidais de concordância de tal maneira que a velocidade do fluido ao longo do vaso seja
constante aumentando o diâmetro onde a vazão for maior e vice-versa.
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FORMATO E POSIÇÃO DOS VASOS DE PRESSÃO

Teoricamente, o formato ideal para um vaso de pressão é uma esfera, como o qual se chega à menor
espessura de parede e ao menor peso, em igualdade de condição de pressão e volume contido.
Entretanto, os vasos esféricos além de somente prestarem como vasos de armazenamento, são caros e
difíceis de fabricar, ocupam muito espaço e raramente podem ser transportador inteiros. Por esse
motivo os vasos esféricos são economicamente viáveis para grandes dimensões, sendo empregados
nesses casos para gases sob pressão.
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FORMATO E POSIÇÃO DOS VASOS DE PRESSÃO

Os vasos cilíndricos horizontais e verticais podem em alguns casos, ser geminados, isto é, dois ou mais
vasos do mesmo diâmetro, formando um único conjunto. Essa disposição resulta em economia de
tampos e suportes e de espaço ocupado, pode ser vantajosa quando a pressão pelo lado convexo do
tampo intermediário é moderada.
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FORMATO E POSIÇÃO DOS VASOS DE PRESSÃO

As dimensões que caracterizam um vaso de pressão são o diâmetro interno e o comprimento entre
tangentes. O diâmetro interno (Di) aplica a se qualquer formato do vaso e é medido pela face interna
da parede. O comprimento entre tangentes (CET), que se aplica apenas aos vasos de corpos cilíndricos
ou cilíndricos compostos, é o comprimento total do corpo cilíndrico, ou a soma dos comprimentos dos
corpos cilíndricos e cônicos sucessivos.
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TAMPOS DOS VASOS DE PRESSÃO

Tampos são as pecas de fechamentos dos cascos cilíndricos. Os vasos de pressão podem ter vários
formatos sendo os mais usuais: elíptico, toriesférico, hemisférico, cônico e plano.
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TAMPOS DOS VASOS DE PRESSÃO

Os tampos elípticos tem teoricamente as seções transversais como uma elipse geométrica perfeita. No
tampo elíptico normal a relação de semi-eixos é 2:1, isto é, o diâmetro do tampo é quatro vezes a sua
altura. Esse tampo quase sempre tem a mesma espessura do casco cilíndrico porque sua resistência à
pressão interna é praticamente igual à do cilindro de mesmo diâmetro.
Formatos, Partes Principais, Tipos Principais

TAMPOS DOS VASOS DE PRESSÃO


Formatos, Partes Principais, Tipos Principais

TAMPOS DOS VASOS DE PRESSÃO

Os tampos toriesférico são constituídos por uma calota central esférica, de Raio Rc, e por uma seção
toroidal de concordância de raio Rk. O tampo toriesférico é bem mais fácil de fabricar do que o elíptico,
e essa é tanto maior quando menor a profundidade do tampo, ou seja quanto menor o raio Rk.
Inversamente , a sua resistência será maior quanto maior for o Rk, permitindo chapas de menor
espessura. Qualquer tampo toriesférico é sempre mais fraco do que um elíptico de mesmo diâmetro e
com mesma relação de semi-eixos
Formatos, Partes Principais, Tipos Principais

TAMPOS DOS VASOS DE PRESSÃO

Os tampos toriesférico são constituídos por uma calota central esférica, de Raio Rc, e por uma seção
toroidal de concordância de raio Rk. O tampo toriesférico é bem mais fácil de fabricar do que o elíptico,
e essa é tanto maior quando menor a profundidade do tampo, ou seja quanto menor o raio Rk.
Inversamente , a sua resistência será maior quanto maior for o Rk, permitindo chapas de menor
espessura. Qualquer tampo toriesférico é sempre mais fraco do que um elíptico de mesmo diâmetro e
com mesma relação de semi-eixos
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TAMPOS DOS VASOS DE PRESSÃO

O código ASME, Seção VIII, divisão 1 (Parágrafo UG-32) e Divisão 2 (Parágrafo AD-204), exige para os
tampos toriesféricos que o raio Rk seja no mínimo 6% do diâmetro, ou 3 vezes a espessura da chapa
(escolhendo sempre o que for maior) e, que o raio Rc seja no máximo igual ao diâmetro externo do
tampo.

Os tampos toriesféricos com esses valores limites isto é Rk = 0,06D e Rc = D, são os menos resistentes
de todos ao efeito de pressão interna, exigindo por isso maior espessura de chapa.
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TAMPOS DOS VASOS DE PRESSÃO

Qualquer tampo toriesférico é tanto mais resistente quanto mais o seu perfil se aproxima de uma elipse
perfeita. De todos os perfis toriesféricos com relação de semi-eixos 2:1, o perfil em que se tem Rk=
0,1727D e Rc = 0,9045D (ou seja Rk/Rc = 0,1909) é o que mais se aproxima da elipse. Esse perfil é
conhecido como falsa elipse é o mais empregado de todos os perfis toriesféricos, e frequentemente
confundido com o tampo elíptico verdadeiro.
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TAMPOS DOS VASOS DE PRESSÃO

Os tampos elípticos e toriesféricos podem ser instalados em posição reversa, isto é com a pressão pelo
lado convexo; essa disposição deve ser vantajosa para o tampo inferior de vasos de pressão verticais
de pequeno diâmetro ( até 1 m por exemplo), e de baixa pressão, para facilitar o suporte ou o apoio
direto do vaso sobre uma superfície plana
Formatos, Partes Principais, Tipos Principais

TAMPOS DOS VASOS DE PRESSÃO

O tampo hemisférico é proporcionalmente o mais resistente de todos, podendo ter cerca da metade da
espessura de um casco cilíndrico de mesmo diâmetro. Por outro lado, é difícil de construir e ocupa mais
espaço devido à sua maior altura. É empregado para vasos de pressão horizontais em geral, vasos
verticais de diâmetro muito grande (10m ou mais), quando as condições de processo permitirem, e
também para vasos pequenos e médios para altas pressões, caso em que o tampo é de construção
forjada integral. Para grande diâmetro esses tampos são construídos de diversas partes soldadas entre
si, incluído uma calota central e vários gomos em setores esféricos.
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TAMPOS DOS VASOS DE PRESSÃO

Os tampos cônicos embora fáceis de construir, são poucos usados por serem bem menos resistentes
do que qualquer um dos anteriores. O seu emprego limita-se praticamente ao tampo inferior de vasos
que seja necessária a descarga rápida completa, ou que trabalhem com fluidos viscosos ou com
sólidos em suspensão por exemplo.
Para tampos cônicos com o semi-ângulo no vértice maior que 30°, o código ASME, seção VIII, Divisão 1
exige a concordância toroidal, que pode ser dispensada somente quando for feito um estudo especial
de analise de tensões.
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TRANSIÇÕES DE FORMATO E ESPESSURA

Qualquer transição de formato ou de espessura na parede de pressão de um vaso resulta em uma


distribuição irregular e concentração de tensões na região de transição, efeitos esses que serão tanto
mais graves quanto mais forte for a mudança. Por esse motivo, as normas fazem uma série de
exigências para atenuar essas transições.

Na ligação de um corpo cilíndrico com um tampo hemisférico de mesmo diâmetro, a transição de


formato é muito pequena, desde que haja tangência perfeita; pode se admitir que a concentração de
tensões e a flexão estejam dentro dos limites aceitáveis, não sendo necessário nem exigido pelas
normas nenhum reforço ou outra precaução adicional.
Formatos, Partes Principais, Tipos Principais

TRANSIÇÕES DE FORMATO E ESPESSURA

Para a ligação de um corpo cilíndrico com um tampo elíptico ou torisférico, a transição de formato é
mais forte, e por isso mesmo em geral existe uma pequena seção cilíndrica integral com o tampo, isto
é, uma certa distância entre a linha de tangência e a linha de corte
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TRANSIÇÕES DE FORMATO E ESPESSURA


Formatos, Partes Principais, Tipos Principais

TRANSIÇÕES DE FORMATO E ESPESSURA

Para os tampos cônicos e as transições tronco-cônicas entre dois corpos cilíndricos, tem-se uma severa
transição de formato na ligação com os cilindros que será tanto mais forte quanto maior for o ângulo
do vértice do cone.

O código ASME, seção VIII, Divisão 1 e Divisão 2 (parágrafos 1-5 Ead-210), exige, em certos casos, que
seja colocado reforço adequado o mais próximo possível da linha de junção do cilindro-cone,
dependendo do ângulo do cone e da relação pressão/tensão admissível do material.
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TRANSIÇÕES DE FORMATO E ESPESSURA


Formatos, Partes Principais, Tipos Principais

TRANSIÇÕES DE FORMATO E ESPESSURA

O reforço consiste em um trecho de maior espessura no cone, no cilindro, ou em ambas.


Formatos, Partes Principais, Tipos Principais

TRANSIÇÕES DE FORMATO E ESPESSURA

O reforço consiste em um trecho de maior espessura no cone, no cilindro, ou em ambas.

O reforço pode ser dispensado quando existir uma seção de concordância toroidal, com raio interno
mínimo de 6% do diâmetro externo do vaso, ou três vezes a espessura da chapa, o que for maior.

Para os vasos construídos de aços de altas resistências, a norma exige que o raio interno seja no
mínimo 10% do diâmetro externo

𝑅 0,1 ∗ 𝐷
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TRANSIÇÕES DE FORMATO E ESPESSURA

Para a junção cone-cilindro é obrigatório guardar as seguintes distancias mínimas de qualquer


transição de formato ou abertura no casco, exceto as aberturas de pequeno diâmetro, em que seja
dispensado o reforço da abertura.

2,5 ∗ 𝑅 ∗ 𝑡 para a junção cone-cilindro maior


2,5 ∗ 𝑅 ∗ 𝑡 para a junção cone-cilindro menor

• RL = raio interno do cilindro maior


• Rs= raio interno do cilindro menor
• tr= espessura do cone
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TRANSIÇÕES DE FORMATO E ESPESSURA

Para a emenda de chapas de espessura diferentes, em qualquer parte do vaso, deve ser feito, na chapa
de maior espessura, um chanfro de transição cujo comprimento deve ser no mínimo de três vezes a
diferença de espessuras. Esse chanfro pode dispensado quando a diferença de espessuras for inferior a
3mm ou a 25% da chapa mais fina, o que for maior.

DEFINIÇÃO DO COMPRIMENTO DA TRANSIÇÃO

𝐿 > 3 ∗ (𝑒 −𝑒 )

CONDIÇÃO PARA DISPENSAR A TRANSIÇÃO

𝑒 −𝑒 < 3𝑚𝑚
𝑒 −𝑒 < 0,25 ∗ 𝑒
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ESPESSURAS DE CASCOS E TAMPOS

A espessura da parede de pressão de vaso deve ser, no mínimo, o maior valor dos seguintes valores:

𝑒 +𝐶
𝑒

• 𝑒 = 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑎 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑟 à 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 𝑜𝑢 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 𝑒 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑣𝑎𝑠𝑜
• C = Margem de Corrosão
• 𝑒 = 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 (esta espessura destina-se a garantir a estabilidade estrutural do vaso, para permitir a sua montagem,
e evitar o colapso pelo próprio peso ou por ação do vento. Recomenda-se adotar para espessura mínima estrutural o valor dado pela seguinte fórmula sendo
4mm:

𝑒 = 2,5 + 0,001𝐷 + 𝐶
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ESPESSURAS DE CASCOS E TAMPOS

A margem para corrosão é um acréscimo de espessura destinado a ser consumido pela corrosão ao
longo da vida útil prevista para o vaso. Teoricamente essa espessura será o produto da taxa anual de
corrosão (mm/ano) pelo numero de anos de vida útil considerada. É prática usual adotar os seguintes
valores para aço-carbono ou aços de baixa liga:
• Meios pouco corrosivos: 1,5mm
• Meios Medianamente corrosivos (normais): 3mm
• Meios muito corrosivos: 4 a 6mm

Não é usual adotar margens superiores a 6mm, o que não quer dizer no entanto que em casos
especiais isso não possa ser feito. Na prática vasos que necessitam de margem de corrosão de maiores
que 6 mm indicam que o material utilizado é inadequado.
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ESPESSURAS DE CASCOS E TAMPOS

A espessura final a ser adotada para o cascos e o tampo do vaso será normalmente a espessura de
chapa comercial imediatamente superior a espessura mínima necessária.

Para vasos de casco cilíndrico com tampos toriesféricos (exceto quando de grandes dimensões), é
pratica usual fazer-se o cilindro e os tampos para evitar transição de espessuras.
Formatos, Partes Principais, Tipos Principais

ESPESSURAS DE CASCOS E TAMPOS

O código ASME, permite que seja desprezada a tolerância a menos de fabricação de chapas, quando
essa tolerância for inferior a 0,3mm, ou 6% de espessura (o que for menor) podendo as chapas, nesse
caso, ser adquiridas com base na sua espessura comercial nominal.

O código ASME, Seção VIII exige as seguintes espessuras mínimas para as partes do vaso sujeitas a
pressão:

ASME, Seção VIII, Divisão 1


• Vasos de aços de alta resistência: 6,4mm
• Vasos para água, vapor ou ar comprimido (qualquer material) 2,4mm
• Vasos em geral não incluídos acima: 1,6mm
Formatos, Partes Principais, Tipos Principais

ESPESSURAS DE CASCOS E TAMPOS

ASME, Seção VIII, Divisão 2


• Partes em aço-carbono ou aços de baixa liga: 6,4mm
• Partes em aços inoxidáveis ou em metais não ferrosos: 3,2mm
ESSAS ESPESSURAS NÃO SÃO VALIDAS PARA TUBOS DE TROCA DE CALOR DE SERPENTINA E FEIXES TUBULARES

Para as partes submetidas à pressão em vasos construídos de aços inoxidáveis ou de metais não-
ferrosos, é prática usual adotarem-se as seguintes espessuras mínimas:

• Serviços Corrosivos: 2,4 mm


• Serviços Não Corrosivos: 1,6mm
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO E DA
CONTRUÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO
PROJETO E CONSTRUÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO

PROJETO E CONSTRUÇÃO DOS VASOS DE PRESSÃO

Grande maioria dos vasos de pressão são equipamentos feitos por encomenda, sob medida, para atenderem, em
cada caso, a determinados requisitos e especificações, sendo bastante raros os casos em que este equipamentos
sejam itens padronizados de linhas de fabricação.

Por este motivo principalmente, as etapas em que se desenvolvem o projeto, a fabricação e a montagem dos vasos
de pressão são as mais numerosas e mais complexas, e diferem bastante da rotina usual.
ETAPAS DO PROJETO E DA CONSTRUÇÃO

DEFINIÇÃO DOS DADOS GERAIS DE PROJETO

A definição dos dados gerais de projeto consiste na informação de uma série de dados relativos às condições locais,
e na definição de pontos que envolvam decisão ou preferencia do usuário.
É geralmente necessário definir os seguintes dados básicos gerais:

• Normas que devem ser adotadas para o projeto e construção dos vasos; podem ser normas oficiais (de sociedade de
normalização nacionais ou estrangeiras), normas do usuário do vaso, ou normas do fabricante. No Brasil é obrigatório por lei
que os vasos de pressão obedeçam ao prescrito na norma NR -13 da ABNT.
• Tempo de vida útil mínimo desejado para o vaso
• Preferencia quanto ao tipo de vasos e/ou sistemas de construção (quando houver).
• Exigência quanto aos materiais – minimizar importações, por exemplo (quando houver).
• Limitações de área disponível
• Dimensões e peso de transporte.
• Altitude do local de instalação
• Dados sobre utilidades disponíveis (água, vapor, energia elétrica etc.)
• Níveis máximo de ruído e/ou de poluição admitidos
• Dados de Subsolo
• Condições e facilidades de montagem no local.
ETAPAS DO PROJETO E DA CONSTRUÇÃO

DEFINIÇÃO DOS DADOS DE PROCESSO OU OPERAÇÃO DO VASO

Essa etapa do projeto consiste na determinação ou cálculos dos dados relativos ao desempenho operacional do
vaso, dados esses que normalmente figuram nos fluxogramas de processo.
Entre esses dados incluem-se os seguintes:

• Tipo geral do vaso de pressão (torre de fracionamento, vaso de armazenamento, reator, trocador de calor etc.).
• Natureza, propriedades (composição química, concentração, densidade, impurezas e contaminantes presentes etc.), vazão,
temperatura e pressão de todas as correntes fluidas que entram ou saem do equipamento (valores de regime e valores máximos
e mínimos possíveis de ocorrer.).
• Temperatura e pressão de operação do equipamento (valores de regime, valores mínimos e máximos possíveis e respectivas
variações em função do tempo).
• Volume armazenado, ou tempo de resistência necessário.
• Cargas térmicas.
• Temperatura, viscosidade e peso molecular dos fluidos.
• Coeficiente de depósito.
• Perda de carga máxima admitida.
ETAPAS DO PROJETO E DA CONSTRUÇÃO

PROJETO MECÂNICO

O projeto mecânico inclui a definição ou o cálculo dos seguintes dados.

• Seleção e especificação completa de todos os materiais do vaso (casco e tampos) e de todas as suas partes acessórias, tais como
flange, pescoço de bocais, suportes, espelhos, tubos internos, parafusos, juntas. Definição de margens de corrosão; definição
também da necessidade de revestimentos internos, pinturas especiais e especificação destes revestimentos.
• Definição das dimensões finais do vaso (baseada nas dimensões gerais do projeto)
• Seleção do tipo de tampos
• Definição das normas de projeto, construção e inspeção que serão empregadas
• Definição das eficiências de soldas e do tipo e grau de inspeção de soldas.
• Cálculo estrutural completo do vaso, incluindo as espessuras de todas as partes de pressão do vaso, bem como os reforços,
flanges especiais, espelhos, peças internas e externas.
• Posição cotada, tipo e diâmetro dos parafusos chumbadores.
• Definição das posições finais (elevação e orientação) de bocais, bocais de visita, instrumentos, peças internas e externas.
• Cálculo de pressão máxima de trabalho admissível e da pressão de teste hidrostático
• Cálculo dos pesos aproximados do vaso quando vazio, carregado e em teste hidrostático.
ETAPAS DO PROJETO E DA CONSTRUÇÃO

PROJETO MECÂNICO

O projeto mecânico inclui a definição ou o cálculo dos seguintes dados.

• Definição das condições de transporte do vaso (vaso transportado inteiro ou em seções).


• Desenho mecânico completo do vaso, incluindo todos os seus acessórios e detalhes.
• Diagrama de cargas sobre fundações.
• Especificação de tratamentos térmicos, quando diferentes ou além do exigidos pela norma.
• Seleção e especificação do isolamento térmico, dos tipos de suporte do isolamento térmico e distancia entre suportes.
• Especificações para montagem no campo e para testes e inspeção no campo.
• Espaços necessários que devem ser previstos ou deixados livres para a montagem do vso, desmontagem, remoção de peças
internas (feixes tubulares por exemplo)
• Especificação de soldagem.
ETAPAS DO PROJETO E DA CONSTRUÇÃO

PROJETO MECÂNICO

O projeto mecânico inclui a definição ou o cálculo dos seguintes dados.

• Definição das condições de transporte do vaso (vaso transportado inteiro ou em seções).


• Desenho mecânico completo do vaso, incluindo todos os seus acessórios e detalhes.
• Diagrama de cargas sobre fundações.
• Especificação de tratamentos térmicos, quando diferentes ou além do exigidos pela norma.
• Seleção e especificação do isolamento térmico, dos tipos de suporte do isolamento térmico e distancia entre suportes.
• Especificações para montagem no campo e para testes e inspeção no campo.
• Espaços necessários que devem ser previstos ou deixados livres para a montagem do vaso, desmontagem, remoção de peças
internas (feixes tubulares por exemplo).
• Especificação de soldagem.

Quando exigido ou julgado necessário, o projeto mecânico deve conter também:

• Verificação de tensões devido a cargas localizadas ou à fadiga.


• Cálculo de deslocamentos devido a dilatação térmica do vaso.
• Calculo de forças e momentos máximos admissíveis sobre os bocais do vaso.
ETAPAS DO PROJETO E DA CONSTRUÇÃO

ACOMPANHAMENTO DO PROJETO

O acompanhamento do projeto não é uma etapa que segue ou antecede a outras, mas que se desenvolve
paralelamente a todo projeto. Esse acompanhamento consiste na orientação e fiscalização técnica e gerencial
administrativa do projeto, com a finalidade não só de garantir a necessidade a qualidade, adequação do projeto e
cumprimento de prazos e outros compromissos contratuais, como também e principalmente com a finalidade de
solucionar dúvidas e alternativas que apareçam no decorrer do projeto.
ETAPAS DO PROJETO E DA CONSTRUÇÃO

EMISSÃO DA REQUISIÇÃO DE MATERIAL E DO PEDIDO DE COMPRA

Esta etapa consiste na emissão dos documentos necessários à compra do equipamento, na realização de tomadas de
preços entre fabricantes ou vendedores e na obtenção de propostas técnicas e comerciais.
A Requisição de material deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

• Equipamentos incluídos na Requisição.


• Extensão do fornecimento: discriminação detalhada das etapas do projeto e da construção que devam fazer parte da
responsabilidade do fabricante e de outros serviços que estejam incluídos. É útil fazer-se também em a listagem dos serviços que
estejam incluídos. É útil fazer-se também a listagem dos serviços relacionados com o vaso em questão e que não façam parte da
responsabilidade do fabricante.
• Discriminação das condições de fornecimento parcial e relação de sobressalentes
• Local e prazo de entrega da proposta.
• Condições de entrega do vaso de pressão: local de entrega, vaso entregue inteiro ou desmontado, limitações de peso e de
dimensões para o transporte.
• Documentos exigidos: Cronograma, desenhos, lista de material e outras listas, certificados, especificações, manuais de instruções etc.
• Condições de Inspeção e testes exigidos.
• Garantias exigidas.
ETAPAS DO PROJETO E DA CONSTRUÇÃO

JULGAMENTO DAS PROPOSTAS E COLOCAÇÃO DA ORDEM DE COMPRA

Essa etapa consiste no julgamento técnico e comercial das diversas propostas recebidas, e na colocação da ordem de
compra, em favor do fabricante ou vendedor cuja proposto foi aprovada.

É prática usual subdividir-se o julgamento das propostas nas seguintes fases:


• Análise técnica detalhada das propostas.
• Contato e discussão com os fabricantes ou vendedores proponentes, para eventuais esclarecimentos sobre as propostas
• Julgamento comercial de propostas, depois de feitas as necessárias revisões, quando for o caso.

É prática usual subdividir-se o julgamento das propostas nas seguintes fases:


• Descrição sumária do equipamento
• Referência à Requisição de Material e à proposta do fabricante ou vendedor
• Preço, forma de pagamento, multa e/ou prêmios contratuais
• Prazos contratuais: de submissão e aprovação de documentos técnicos, de entrega do equipamento etc.
• Condições comerciais: Impostos, taxas, isenções etc.
• Local de entrega e forma de entrega do equipamento (inteiro ou em partes)
ETAPAS DO PROJETO E DA CONSTRUÇÃO

COMPRA DA MATÉRIA-PRIMA PELO PROJETISTA OU PELO USUÁRIO DO VASO

Essa etapa do projeto aplica-se aos casos em que seja necessário ou conveniente realizar a compra antecipada da
matéria-prima (integral ou parcialmente), antes da tomada de preços do equipamento, ficando assim fora da
responsabilidade do fabricante. Esses casos podem se justificar por uma ou mais razões:

• Materiais de difícil obtenção ou com pra de entrega muito longo.


• Materiais importados
• Custo Global da matéria-prima acima das possibilidades financeiras de algum dos fabricantes.
• Vantagem econômica ou de prazo na compra de materiais em grande quantidade para vários equipamentos. É o caso por exemplo
para os quais os vendedores exigem uma quantidade mínima de compra, acima do necessário para a fabricação do vaso.
• Necessidade de antecipar o inicio de fabricação do equipamento e assim comprimir o prazo de entrega
ETAPAS DO PROJETO E DA CONSTRUÇÃO

PROJETO PARA FABRICAÇÃO

O projeto para fabricação consiste no detalhamento completo do equipamento para permitir a sua fabricação e
montagem. É portanto, a complementação do projeto mecânico, com o acréscimo de dados e informações adicionais,
tais como detalhes de soldas, procedimentos e sequencia de soldagem, localização de todas as soldas e cortes, estudos
do aproveitamento da matéria-prima, detalhes e dimensionamento completo de todas as partes não dimensionadas no
projeto mecânico, tais como reforços, flanges, suportes, peças internas e externas, clips para escadas e plataformas etc.
ETAPAS DO PROJETO E DA CONSTRUÇÃO

FABRICAÇÃO DO VASO

Além da fabricação completa propriamente dita, do vaso, inclusive teste hidrostático e outros testes não destrutivos de
fábrica, essa etapa poderá incluir, ou não, os seguintes serviços na requisição de materiais.

• Fornecimento integral ou parcial da matéria-prima necessária.


• Fornecimento (e/ou instalação) de peças internas ou externos, ou do isolamento térmico.
• Fabricação e/ou instalação de peças internas.
• Fornecimento de recheios, catalisadores etc.
• Radiografias e outros ensaios não destrutivos das soldas.
• Tratamento térmicos.
• Pintura.
• Fornecimento de peças sobressalentes.
• Fornecimento de eletrodos e outros materiais para a montagem no campo.
• Transporte do vaso.
ETAPAS DO PROJETO E DA CONSTRUÇÃO

INSPEÇÃO – CONTROLE DE QUALIDADE

Como inspeção pode-se entender uma ou mais das seguintes atividades:

• Inspeção de matéria-prima.
• Inspeção de fabricação (durante e após a fabricação).
• Inspeção de Montagem
ETAPAS DO PROJETO E DA CONSTRUÇÃO

MONTAGEM NO CAMPO

Essa etapa existe para os vasos que não podem ser fabricados ou transportados inteiros, exigindo assim trabalhos de
montagem no local da instalação

• Inspeção de matéria-prima.
• Inspeção de fabricação (durante e após a fabricação).
• Inspeção de Montagem
ETAPAS DO PROJETO E DA CONSTRUÇÃO

SUPERVISÇÃO DE MONTAGEM

Essa etapa também existe quando houver montagem no campo, sendo atribuição do fabricante, ou de outra entidade,
a supervisão de montagem.
ETAPAS DO PROJETO E DA CONSTRUÇÃO

TESTES ESPECIAIS E PRÉ OPERAÇÃO

Essa etapa normalmente só existe, como um trabalho independente, no caso de equipamentos que devam cumprir
determinadas exigências de funcionamento ou de desempenho, como garantia do projetista, do fabricante ou do
montador. No caso corrente, de equipamentos para os quais não existam essas condições, os teste e a pré–operação
do equipamento são parte integrante da própria pré-operação de toda unidade, ou instalação e, normalmente, fora da
responsabilidade do fabricante ou do montador.
ETAPAS DO PROJETO E DA CONSTRUÇÃO

TESTES ESPECIAIS E PRÉ OPERAÇÃO

Essa etapa normalmente só existe, como um trabalho independente, no caso de equipamentos que devam cumprir
determinadas exigências de funcionamento ou de desempenho, como garantia do projetista, do fabricante ou do
montador. No caso corrente, de equipamentos para os quais não existam essas condições, os teste e a pré–operação
do equipamento são parte integrante da própria pré-operação de toda unidade, ou instalação e, normalmente, fora da
responsabilidade do fabricante ou do montador.
NORMAS DE PROJETO DE VASOS DE PRESSÃO
NORMA DE PROJETO DE VASOS DE PRESSÃO

ASME Seção VIII – DIVISÃO I


O escopo do código ASME Seção VIII – Divisão 1 se refere ao seguinte:
• Equipamentos não sujeitos à chama;
• Equipamentos que não façam parte de componentes rotativos ou alternativos, tubulações ou transporte de produtos.
• Equipamentos com pressão interna igual ou superior a 15,0 psi (1,02 kgf/cm2 ) e inferior a 3.000,0 psi (211,0 kgf/cm2 )
• Equipamentos com diâmetro interno igual ou maior do que 6” (152,0 mm);
• Equipamentos não destinados a ocupação humana

É o projeto convencional dos vasos de pressão. A filosofia de projeto da Divisão 1 está bem explícita no parágrafo UG-23 (c), do código, onde se lê: “A
espessura de parede de um vaso de pressão dimensionado de acordo com as regras estabelecidas nesta divisão deve ser tal que a tensão máxima primária
geral de membrana, resultante dos carregamentos a que esteja sujeito o equipamento durante sua operação normal, não exceda os limites de tensão
admissível do material do vaso e que, excetuando-se alguns casos especiais os carregamentos a que esteja sujeito o vaso, não provoquem uma tensão
primária de membrana mais flexão superior a 1 ½ da tensão máxima admissível do material do vaso”.

É sabido que podem ocorrer elevadas tensões nas descontinuidades nos vasos de pressão, mas as regras de projeto e de fabricação desta divisão foram
estabelecidas de modo a limitar tais tensões a um nível seguro consistente com a experiência adquirida. Embora seja dito que os vasos de pressão devam
resistir a todos os esforços solicitantes (pressão interna ou externa, pesos, sobrecargas, reações de apoio, ação de vento, impactos, esforços de dilatação,
etc,...), o código só fornece fórmulas para o cálculo em função da pressão interna ou externa, ficando o cálculo para os demais esforços inteiramente a critério
do projetista.
NORMA DE PROJETO DE VASOS DE PRESSÃO

ASME Seção VIII – DIVISÃO I


NORMA DE PROJETO DE VASOS DE PRESSÃO

ASME Seção VIII – DIVISÃO II

O código ASME - Seção VIII - Divisão 2 se baseia em um projeto alternativo de vasos de pressão. Na Divisão 2 as regras são mais restritivas quanto ao tipo de
material a ser utilizado, mas permite-se a utilização de maiores valores de intensificação de tensões de projeto na faixa de temperaturas na qual este valor é
limitado pelo limite de resistência ou escoamento. Os procedimentos de cálculo são mais precisos e os procedimentos permissíveis de fabricação são
especificamente delineados e mais completos métodos de inspeção e teste são exigidos.

A filosofia de projeto da Divisão 2 estabelece regras específicas para o caso do projeto de vasos mais comuns, assim como a Divisão 1. Quando isto não ocorre
uma completa análise de tensões e necessária e pode ser feita de acordo com os procedimentos estabelecidos pelo código. Este código foi revisado
totalmente em 2007 com a adoção de modificações relevantes, sendo considerada uma alteração radical realizada pelo ASME. Em função da completa
revisão, o próprio Comitê do ASME publicou o Code Case 2575 com orientações sobre a validade e dando um prazo para a substituição do código. Os antigos
Apêndices passaram a se chamar Anexos normativos e informativos, e ficaram incluídos em cada uma das Partes, com isso, o ASME VIII-2 ficou com o estilo
das normas ISO. Houve alteração do fatores de segurança, resultando em uma redução de espessura de material, porém, com maiores exigências de
fabricação, controle de qualidade e inspeção.
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ASME Seção VIII – DIVISÃO II

O Nesta revisão foi introduzido o conceito de eficiência de junta, característico do ASME Seção VIII – Divisão 1. Assim, é admitida em algumas condições
específicas, a radiografia parcial e o ensaio de US em substituição ao ensaio de RX.

Um fato importante é a incorporação de Apêndices exclusivos do ASME Seção VIII – Divisão 1 em Anexos ou itens do ASME Seção VIII – Divisão 2:2007. Existe
uma tendência atual no Comitê do ASME de combinar a Divisão 2 com a Divisão 1 e, em alguns anos, descontinuar a edição do ASME Seção VIII – Divisão 1.

Outra possibilidade incorporada à revisão de 2007 do ASME Seção VIII – Divisão 2 é o tratamento de algumas não conformidades de fabricação através do API
579 / ASME FFS-1. Neste caso, o proprietário do equipamento deve aprovar sua utilização. Foram totalmente reescritos os antigos Apêndices 4 e 5 (análise de
tensões e fadiga, respectivamente), que foram incorporados a Parte 5 da última edição.

Finalmente, uma alteração importante é a modificação do critério de escoamento do material, que era o Critério de Tresca e na última edição foi substituído
pelo Critério de Von Mises, que é menos conservativo.
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TENSÕES
Denominam-se tensões admissíveis às tensões máximas adotadas no dimensionamento de um vaso de pressão. As tensões admissíveis para temperaturas
abaixo da temperatura de fluência estão relacionados com o limite de escoamento ou com o limite de resistência do material de construção do equipamento.
Para temperaturas elevadas, a definição do valor da tensão admissível depende do comportamento à fluência, sendo determinante a taxa de deformação na
temperatura e o tempo para a falha. Denominamos coeficiente de segurança (CS) ou fator de segurança (FS), à relação entre o limite de escoamento (Sy) ou
de resistência (Sr) e a tensão admissível (Sadm) de um determinado material.

Dentre os vários fatores que afetam a fixação dos valores das tensões admissíveis de um código podemos citar:
• Tipo de material: Para materiais frágeis adota-se um fator de segurança mais elevado que os adotados para materiais dúcteis;
• Critério de cálculo: Uma tensão admissível só deverá ser aplicada em combinação com o critério de cálculo para o qual foi estabelecida. Cálculos grosseiros
e grandes aproximações exigem fatores de segurança maiores;
• Tipo de carregamento: A consideração de esforços cíclicos e alternados, choques e vibrações exigem uma redução no valor da tensão admissível
determinada para esforços normais;
• Segurança: Equipamentos de grande periculosidade envolvendo sério risco humano e material exigem elevados fatores de segurança;
• Temperatura: A resistência mecânica de um material diminui com o aumento de temperatura e consequentemente a tensão admissível também cairá. Em
temperaturas baixas o comportamento de vários materiais se altera, peças que sofreriam uma fratura dúctil em temperatura ambiente passam a sofrer
fratura frágil com o abaixamento dessa temperatura
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TENSÕES
CÁLCULO DE VASOS DE PRESSÃO
CÁLCULO DE VASOS DE PRESSÃO

ESPESSURA PADRONIZADA
Devem ser adotadas, para as chapas de componentes do vaso, espessuras nominais (comerciais) com os seguintes
valores, em milímetros: 4,75 / 6,3 / 8,0 / 9,5 / 11,2 / 12,5 / 14,0 / 16,0 / 17,5 / 19,0 / 20,6 / 22,4 / 23,6 / 25,0 / 28,6 / 31,5 /
34,9 / 37,5 / 41,3 / 44,4 / 47,5 / 50,0. As espessuras indicadas em negrito são as consideradas normais pelas usinas
siderúrgicas e devem ser usadas preferencialmente. Para espessuras superiores a 50,0 mm devem ser adotados valores
inteiros em milímetros. As tolerâncias de fornecimento das chapas não precisam ser consideradas, desde que as chapas
estejam de acordo com as normas ASTM A-20 e PB-35.
CÁLCULO DE VASOS DE PRESSÃO

ESPESSURA PADRONIZADA
Para tampos abaulados e outras peças prensadas ou conformadas, deve ser previsto um adequado acréscimo na
espessura das chapas, para compensar a perda de espessura na prensagem ou na conformação, de forma que a
espessura final da peça acabada tenha no mínimo o valor calculado ou o valor que consta nos desenhos.

Nos vasos em que forem previstas diferentes espessuras de chapas para os diversos anéis, permite-se ao projetista
modificar para mais essas espessuras, com a finalidade de acertar as alturas dos anéis, com as dimensões comerciais
das chapas. Devem sempre ser acrescentada uma adequada sobrespessura para corrosão exceto quando, para o
serviço e o material em questão, a corrosão for reconhecidamente inexistente ou desprezível, ou quando houver um
revestimento interno anticorrosivo adequado.

As sobrespessuras para corrosão devem ser baseadas na vida útil do equipamento, conforme a tabela a seguir. Como
regra geral, quando a taxa de corrosão prevista for superior a 0,3 mm/ano recomenda-se que seja considerado o
emprego de outros materiais mais resistentes a corrosão.
CÁLCULO DE VASOS DE PRESSÃO

ESPESSURA ADCIONAL
CÁLCULO DE VASOS DE PRESSÃO

ESPESSURA FINAL

4,75 / 6,3 / 8,0 / 9,5 / 11,2 / 12,5 / 14,0 / 16,0 / 17,5 / 19,0 / 20,6 / 22,4 / 23,6 / 25,0 / 28,6 / 31,5 /
34,9 / 37,5 / 41,3 / 44,4 / 47,5 / 50,0
CÁLCULO DE VASOS DE PRESSÃO

ESPESSURA FINAL

TENSÕES CIRCUNFERENCIAIS As tensões circunferenciais são aquelas que tendem a romper o cilindro segundo a sua
geratriz quando submetido a uma pressão interna. Em geral são as mais críticas e são calculadas simplificadamente
conforme a expressão matemática a seguir:
CÁLCULO DE VASOS DE PRESSÃO

ESPESSURA FINAL

TENSÕES LONGITUDINAIS As tensões longitudinais são aquelas que tendem a romper o cilindro segundo a sua seção transversal
quando submetido a uma pressão interna e/ou carregamentos externos. Em geral são menos críticas e são calculadas conforme a
expressão matemática a seguir, para o carregamento exclusivo de pressão interna:
CÁLCULO DE VASOS DE PRESSÃO

ESPESSURA FINAL

EQUAÇÕES DO CÓDIGO ASME SEÇÃO VIII – DIVISÃO 1


As fórmulas existentes no código ASME Seç.VIII – Div.1 para dimensionamento à pressão interna de componentes pressurizados se baseiam na teoria de
membrana. A notação abaixo é utilizada:
• t – espessura requerida, calculada em função das condições de projeto.
• P – pressão de projeto ou pressão máxima admissível do componente;
• S – tensão admissível na temperatura de projeto e tensão atuante no componente;
• R – raio interno do componente;
• Ro – raio externo do componente;
• D – diâmetro interno do componente;
• Do – diâmetro externo do componente;
• L – raio interno para o tampo hemisférico ou raio interno da coroa para o tampo toro-esférico;
• Lo – raio externo para o tampo hemisférico ou raio externo da coroa para o tampo toro-esférico;
• α - semi-ângulo interno da parte cônica, de um tampo cônico ou toro-cônico, em relação ao centro;
• r – raio interno da parte tórica;
• h – semi-eixo menor do tampo elipsoidal ou sua profundidade medida a partir da linha de tangência;
• E – eficiência de junta (função do tipo de junta e do exame radiográfico)
CÁLCULO DE VASOS DE PRESSÃO

ESPESSURA CASCOS CILINDRICOS


CÁLCULO DE VASOS DE PRESSÃO

ESPESSURA CASCOS CILINDRICOS


CÁLCULO DE VASOS DE PRESSÃO

ESPESSURA TAMPOS ESFÉRICOS


CÁLCULO DE VASOS DE PRESSÃO

ESPESSURA TAMPOS ESFÉRICOS


CÁLCULO DE VASOS DE PRESSÃO

ESPESSURA TAMPOS ELÍPTICOS


CÁLCULO DE VASOS DE PRESSÃO

ESPESSURA TAMPOS ELÍPTICOS


CÁLCULO DE VASOS DE PRESSÃO

ESPESSURA TAMPOS TORIESFÉRICOS


CÁLCULO DE VASOS DE PRESSÃO

ESPESSURA TAMPOS TORIESFÉRICOS

Observação: Tampos elipsoidais projetados com K >


1,0 e todos os tampos torisféricos construídos de
materiais com limite mínimo de resistência superior
a 70.000 psi (482 MPa) deverão ser projetados
utilizando uma tensão admissível S igual a 20.000
psi (138 MPa) na temperatura ambiente e reduzida
na proporção da redução da tensão admissível do
material entre a temperatura ambiente a
temperatura de projeto.
CÁLCULO DE VASOS DE PRESSÃO

ESPESSURA TAMPOS CÔNICOS


CÁLCULO DE VASOS DE PRESSÃO

ESPESSURA TAMPOS CÔNICOS

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