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DEFINIÇÃO
APLICAÇÕES
Os vasos de pressão são todos os
reservatórios destinados ao armazenamento
e processamento (transformações físicas ou
químicas) de líquidos e gases sob pressão ou
sujeitos a vácuo total ou parcial. Podemos
também definir os vasos de pressão como
sendo todos os reservatórios, de qualquer
tipo, dimensões ou finalidade, não sujeitos a
chama, que contenham qualquer fluido em
pressão manométrica igual ou superior a 1,02
kgf/cm2 ou submetidos á pressão externa.
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Os vasos de pressão são empregados
em três condições distintas:
Armazenamento de gases sob pressão:
os gases são armazenados sob pressão
para que se possa ter um grande peso
em um volume relativamente pequeno.
Acumulação intermediária de líquidos e
gases: isto ocorre em sistemas onde é
necessária armazenagem de líquidos ou
gases entre etapas de um mesmo
processo ou entre processos diversos.
Processamento de gases e líquidos:
Inúmeros processos de transformação
em líquidos e gases precisam ser
efetuados sob pressão.
A construção de um vaso de pressão envolve
uma série de cuidados especiais
relacionados a seu projeto, fabricação,
montagem e testes. Isto porque um vaso de
pressão representa:
Grande risco: Normalmente opera com
grandes pressões e temperaturas
elevadas.
Alto investimento: E um equipamento de
custo unitário elevado.
Continuidade Operacional: Deve-se
operar por um máximo período possível
em condições de segurança, sem a
necessidade de parar o equipamento
para manutenção, reduzindo os custos
operacionais.
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CLASSIFICAÇÃO DOS
VASOS DE PRESSÃO
Quanto a função:
Podemos fazer a seguinte classificação dos
vasos de pressão:
Vasos não sujeitos a Chama:
Vasos de armazenamento e de
acumulação;
Torres de destilação fracionadora,
retificadora, absorvedora e etc;
Reatores diversos;
Esferas de Armazenamento de gases;
Permutadores de calor.
Vasos sujeitos a chama:
Caldeiras;
Fornos.
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QUANTO A PRESSÃO
DE OPERAÇÃO
b) Abertura e Reforços
Todos os vasos de pressão têm sempre várias
aberturas com diversas finalidades.
• Bocais
• São as aberturas feitas nos vasos para:
• Ligação com tubulações de entrada e saída de
produto.
• Instalação de válvulas de segurança.
• Instalação de instrumentos, drenos e respiros.
Abaixo, seguem exemplos de instalação de bocais:
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Bocas de Visita
• São as portas de acesso ao interior dos vasos.
Na maioria dos casos as bocas de visita são
construídas de modo similar a um bocal
flangeado, sendo a tampa um flange cego.
• Reforços
• São componentes colocados nas aberturas
de diâmetro maior, de forma a compensar a
perda de massa resistente dessas aberturas.
Podem ainda existir aberturas para permitir a
ligação entre o corpo do vaso e outras panes
do mesmo vaso; por exemplo, ligação a potes
de drenagem.
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Abaixo, seguem exemplos de reforços nas
aberturas:
TORRES
A torre de pratos é composta de uma carcaça
cilíndrica vertical, comumente denominada de
casco, no interior do qual são montados os diversos
pratos. Estes, também conhecidos como bandejas,
são geralmente separados por distancias iguais. Os
produtos vaporizados sobem na torre através das
bandejas, por aberturas para tal destinadas,
descendo o liquido por outras aberturas em
contracorrente com o vapor que sobe. Veremos à
seguir os principais tipos de bandejas usados na
indústria petroquímica.
A figura a seguir, mostra o esquema de funciona-
mento de uma torre de pratos:
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FRACIONADORAS
Separação é feita por destilação, e podem ser:
• Atmosférica — operam com P interna maior que
P atm
• Vácuo — operam com P interna menor que P atm
Essas torres podem ser:
a) Com dispositivos de borbulhamento:
Borbulhadores tipo campânula;
Pratos perfurados;
Pratos valvulados;
b) Com chicanas;
c) Com enchimento diversos.
Com dispositivos de borbulhamento:
Consiste em uma ou mais chapas, com furos, nas
quais são montados os borbulhadores. Estes por
sua
vez, são constituídos de uma parte cilíndrica
(chaminé) colocada verticalmente em cada furo;
de urna campânula que é colocada a parte
cilíndrica; e de um sistema de fixação deste
conjunto à bandeja, que
pode ser composto de cruzeta e porca.
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PRATOS PERFURADOS
Neste tipo de pratos os borbulhadores são substi-
tuídos por orifícios, os quais estão dimensionados de
maneira a permitir a passagem dos vapores no
sentido ascendente, sem deixar o líquido passar para
baixo, isto calculado nas condições de projeto. Desta
maneira o seu funcionamento fica amarrado às
vazões de liquido e vapor próximas das de projeto.
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APLICAÇÕES
PRATOS DE VÁLVULAS
É um aperfeiçoamento do tipo pratos perfurados.
Contém furos nos quais são colocadas válvulas, que
variam sua abertura com o fluxo de vapor, não
permitindo vazamentos de liquido.
Abaixo, a figura ilustra o funcionamento de pratos de
válvulas:
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CHICANAS
Este tipo de torre não é empregado nos casos em
que se deseja uma boa separação. São
normalmente usadas em vasos, como retificadoras
ou evaporadores, e em sistema que possuem altas
cargas de vapor e liquido. Em certos casos pode-se
instalar 3 a 5 chicanas em torres de borbulhamento
onde a carga de
vapor é extremamente alta.
Abaixo, segue ilustração de uma torre com chicanas:
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TIPOS GERAIS DE
MECANISMO DE DANOS
CAUSAS DESCONHECIDAS
DE DETERIORIZAÇÃO
ANÁLISE DA DOCUMENTAÇÃO
CICLOS DE PARADA E
PARTIDA DO EQUIPAMENTO
CICLOS DE PARADA E
PARTIDA DO EQUIPAMENTO
PREPARAÇÃO DO EQUIPAMENTO
PARA O SERVIÇO EM LOCAL CONFINADO
Limpeza
O equipamento em que será realizado o serviço
deve estar vazio, lavado, drenado, desgaseificado,
purgado e esfriado.
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Isolamento
Recomenda-se o isolamento dos demais
equipamentos de processo através de raquetes e
flanges cegos ou, sempre que possível, desconectar
as tubulações de entrada e saída dos equipamentos
e vedá-las com flange cego.
Atmosfera do Local Confinado
A ventilação/exaustão permanente é fundamental
para eliminar ou minimizar a presença de
substâncias tóxicas e/ou inflamáveis e garantir a
ausência de formação de misturas explosivas.
Sempre que possível, a atmosfera do local deve
estar isenta de misturas explosivas ou de
substâncias tóxicas e/ou inflamáveis, tais como o
sulfeto de ferro (FeS) que sofre combustão
espontânea quando seco e exposto ao oxigênio.
Recomenda-se que não seja permitida a entrada
em locais confinados com atmosferas inertes, tais
como nitrogênio (N2), dióxido de carbono (CO2),
freon e outros tóxicos ou não, em que o teor de
oxigênio esteja abaixo dos padrões aceitáveis, sem
conjunto autônomo ou equipamento de ar
mandado e sem o acompanhamento da sentinela
de emergência descrito no item 6.7.3.
O interior do local, nestes casos, deve ser
monitorado contínua ou periodicamente com
relação à explosividade, aos níveis percentuais de
oxigênio, H2S e/ou outros gases prejudiciais à saúde.
O monitoramento não deve ser efetuado apenas
próximo à entrada do equipamento, pois não
medirá a concentração efetiva de gases no interior
do equipamento.
Dispositivos Auxiliares 43
A adequação da iluminação e os acessos
aos locais de interesse da inspeção devem
ser observados de modo a verificar necessidade
de montagem de andaimes e/ou instalação de
luminárias. Recomenda-se iluminação com uma
tensão abaixo de 50V para evitar acidentes
provenientes de choques elétricos.
Sinalização
A delimitação da área de trabalho e a colocação
de avisos de prevenção devem ser identificadas e
determinadas pelo responsável pela segurança
industrial.
SEGURANÇA E PROTEÇÃO
INDIVIDUAL DO INSPETOR
Documento de autorização de trabalho
Recomenda-se que a entrada em local
confinado para limpeza, inspeção ou manutenção
seja efetuada após emissão de documento de
autorização de trabalho por funcionário
autorizado, mesmo que tenham sido observadas
todas as etapas previstas para descontaminação.
O inspetor deve informar-se com o emitente do
documento de autorização de trabalho quanto
aos riscos envolvidos, às características e
precauções referentes aos produtos
eventualmente presentes, aos riscos de
alterações das condições da atmosfera do local
confinado quando da remoção de crostas, borras,
bem como quanto aos equipamentos de
proteção individuais (EPI) requeridos.
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Sentinela de Emergência
Aconselha-se não efetuar inspeção interna de
um vaso de pressão sem a presença de uma
sentinela.
Independente do risco existente, para toda
entrada em local confinado, é importante a
presença de uma sentinela. A sentinela deve
ser treinada sobre os procedimentos a tomar
em situações de emergência.
Ao sinal de qualquer anormalidade, a sentinela
deve orientar o inspetor que estiver no local
confinado, para que saia imediatamente.
A sentinela deve posicionar-se de tal forma
que, a qualquer momento possa prestar
assistência ao inspetor que estiver no interior do
local confinado.
Em casos de emergência com o inspetor no
local confinado, a sentinela deve acionar um
alarme e aguardar a chegada de socorro. Em
nenhuma circunstância, a sentinela deve entrar
no local confinado sem o auxílio de outros
colaboradores e desprovido dos equipamentos
de proteção.
A sentinela não pode ausentar-se do local,
caso o inspetor ainda se encontre no interior do
local confinado.
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ETAPAS DE INSPEÇÃO
VISUAL EXTERNA
Condições de Operação
Como primeira ação da inspeção externa, deve
ser verificado se o equipamento está operando
em condições de pressão e temperatura
compatíveis com o projeto. Trabalho acima dos
limites de projeto compromete a segurança das
pessoas, instalações e do meio ambiente.
Identificação e Instalação
No texto da Norma Regulamentadora NR-13 estão
descritas condições de identificação e instalação
para os vasos de pressão nela enquadrados, e
que devem verificadas durante as inspeções
externas. Para os demais vasos, não existem
regras definidas.
Isolamento Térmico
Inspecionar visualmente todo o isolamento
térmico, buscando identificar locais de possíveis
infiltrações de umidade, de águas de chuvas ou
de sistemas de dilúvio.
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Juntas sobrepostas das chapas que
compõem o capeamento metálico abertas
ou mal feitas e trincas no recobrimento asfáltico
das partes sem capeamento são áreas
preferenciais para infiltrações. Partes frouxas ou
soltas e regiões com bolsões (grandes
empolamentos), também devem ser verificadas.
Por questões de segurança essas regiões devem
ser abordadas com cuidado em vasos operando,
nos quais o histórico mostre ocorrência de
corrosão interna intensa, principalmente naqueles
que operam em temperaturas altas. Em vasos
fora de operação, todo o trecho deve ser
removido para análise da causa.
As regiões sob as plataformas do topo, quando
existentes, e junto às conexões e olhais de
suportes são as mais sujeitas a conterem falhas
no isolamento térmico. Para os vasos verticais,
observar com cuidado a região da junção do
isolamento térmico com a proteção contra fogo
da saia.
Deve-se remover trechos do isolamento térmico
para avaliar as condições das chapas do
costado, principalmente nos vasos de pressão
que operam em baixas temperaturas (isolados a
frio). Para esses vasos, é necessária uma
amostragem mais abrangente ou mesmo a
remoção total do isolamento, pois a experiência
mostra que pode haver condensação ou de
umidade entre a parede do vaso e o isolante
térmico, com instalação de processo corrosivo
em áreas localizadas, estando o restante da
superfície completamente sã. Essas áreas estão
localizadas principalmente nas partes inferiores
dos vasos.
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Abrasão / Erosão
Desgaste em áreas localizadas, devido à ação de
partículas sólidas carreadas por ventos
frequentes em uma mesma direção. A avaliação
deve se conduzida da mesma forma que o item
anterior;
Fendilhamento, Gretamento, Enrugamentos e
Presença de Pontos de Corrosão Dispersos
pela Superfície Pintada.
O aparecimento desses defeitos sugere:
em pinturas recentes: aplicação incorreta;
em pinturas relativamente novas: esquema de
pintura inadequado;
em pinturas velhas: término da vida útil do
sistema.
Para todos esses defeitos, a reparação requer a
aplicação do esquema de pintura completo.
Áreas queimadas ou com mudança de coloração
em vasos refratados internamente indicam
possível avaria do refratário interno. Nesse caso, a
inspeção visual deve ser complementada por
tomada de medidas de temperatura da chapa na
região afetada, para verificação de possíveis
riscos para a integridade do equipamento.
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É prática usual se recomendar a repintura
total, caso a área afetada resulte maior
que 30% da superfície total.
As normas ASTM D 610, D 659, D 661 e D 714
apresentam padrões fotográficos que podem ser
usados como auxiliares na avaliação de pinturas.
As regiões dos vasos de pressão mais
susceptíveis ao aparecimento de processos
corrosivos devidos a falhas na pintura são:
cordões de solda manuais: nessas regiões,
devido às irregularidades da superfície, não há
uniformidade da espessura da película
protetora.
topo do vaso: causada por baixa aeração,
quando existem plataformas muito próximas
ao casco.
Essa forma de ataque é comum nos vasos
esféricos, torres e cilindros de armazenamento de
gases. Essas regiões são difíceis de serem
retocadas.
geratriz inferior dos vaso horizontais:
causada por condensação de umidade.
bocais e conexões: partes dos vasos onde a
pintura está sujeita a danos mecânicos por
ocasião das manutenções.
Selas: quando o vaso é simplesmente apoiado
nas selas (metálicas ou de concreto) ou fixado
por cordões de solda intermitentes.
Pedestais: causada por acúmulo de detritos
depositados, por objetos largados por ocasião
de manutenções ou por acúmulo de águas de
chuvas.
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Continuação...
INSPEÇÃO INTERNA
TESTE DE PRESSÃO
MATERIAIS
PARTES DE REPOSIÇÃO
SOLDAGEM
QUALIFICAÇÃO DO SOLDADOR
TESTE HIDROSTÁTICO
MÉTODOS AVANÇADOS DE
ANÁLISE E ADEQUAÇÃO AO USO
CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO
FREQUÊNCIA E PROGRAMAÇÃO
DE INSPEÇÃO
INTERVALO DE INSPEÇÃO
FERRAMENTAS AUXILIARES
ESCOPO / ABRANGÊNCIA
INDICAÇÕES / RESULTADOS
SISTEMA DE ARQUIVAMENTO