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ISSN 0102-1931

Publicação mensal
da Editora QD Ltda.
setembro de 2018 – nO 524
R$14,50

P E T
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DIRETORES ANO XLVII - N o
524 -SETEMBRO DE 2018
Eng. Denisard G. da Silva Pinto
Emanoel Fairbanks

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Plástico Moderno é uma publicação da


Editora QD Ltda. distribuída à indústria de
transformação de plásticos e borracha,
fabricantes de máquinas e equipamentos
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do setor, área governamental e de serviços, EMBALAGEM
instituições tecnológicas e acadêmicas,
além das indústrias química, eletrônica, Avanço tecnológico gerou
automobilística, farmacêutica, cosmética baldes leves e atraentes
e alimentícia, e matriculada, em 4.9.86,
sob nº 5388 do livro A (em microfilme)
para o setor de tintas
do Registro Civil das Pessoas

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Jurídicas do 5º Ofício de Registro
de Títulos e Documentos da Comarca
da Capital do Estado de São Paulo.

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e cor respondência: Av. Leôncio de
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Plástico Moderno - setembro, 2018 3
ME RC A D O Preços à vista sem impostos coletados em São Paulo entre os dias 19 e 24 de agosto de 2018.

PRODUTOS PREÇOS* PRODUTOS PREÇOS* PRODUTOS PREÇOS*

A Breu................................................ 7,90 Estearato de zinco .......................... 7,00


ABS natural ..................................... 9,89 Butilglicol (tambor)........................ 10,00 Estireno (monômero)
ABS preto ....................................... 9,96 (p/l) (granel) ........................... 39,30
ABS uso geral ............................... 10,02 C Etildiglicol (tambor) ....................... 21,61
Acetato de amila (p/l) Etilglicol
(tambor) ................................. 16,90 Carbonato de cálcio natural (granel) ..........................19,47
Acetato de butila (p/l) extraleve ................................... 2,31 (tambor) ........................20,25
(granel) ..................................... 8,73 leve ........................................... 2,30
(tambor).................................... 9,35 precipitado extraleve .................. 3,40 F
Acetato de celulose precipitado leve ......................... 2,07 Formaldeído .................................... 3,85
flocado .................................. 118,08 Carbonato de chumbo ................... 28,58 Formiato de cálcio........................... 4,51
Acetona (p/l) Caulim branco micronizado ............. 2,95 Formiato de sódio ........................... 2,58
(tambor) ................................... 6,26 Caulim branco moído ...................... 2,57
Ácido esteárico tripla pressão........ 18,12 G
Ácido 2-etilexanóico ...................... 18,78 D Gilsonita ......................................... 9,62
Ácido fumárico .............................. 5,45 Glicerina bidestilada ........................ 4,90
Ácido láctico industrial .................. 11,80 Desmoldantes líquidos .................. 27,70
Ácido oxálico .................................. 7,00 Diatomita ........................................ 5,20 H
Ácido sulfônico Dibutilftalato
90% .......................................... 7,91 (granel) .................................... 7,02 Hexilenoglicol (tambor) ................. 22,80
Ácido sulfúrico ................................ 1,25 (tambor) ................................... 7,81
Agalmatolito branco ............... ........ 1,79 Dioctiladipato
Agalmatolito branco micronizado..... 2,40 (granel) ......................................11,89 I
Aguarrás mineral (p/l) (tambor) ....................................13,53 Isobutanol (p/l)
(granel) .................................... 5,70 Dioctilftalato (tambor)..........................................-
(tambor).................................... 5,90 (granel) .................................... 8,78
*Salvo indicação contrária, os preços se referem a kg de produto

Amônia, gás.................................. 19,15 (tambor).................................... 9,80 Isoforona


Amônia, solução ............................. 4,91 (tambor) ...................................... 27,70
Amoníaco (p/l) ................................ 3,35 Dióxido de titânio
Anidrido ftálico ............................... 5,50 anatase ................................... 23,53 M
Anidrido maleico ............................ 7,30
E Metiletilcetoxima ........................... 28,29
B Metilglicol ..................................... 21,73
Barrilha densa/leve .......................... 3,00 Estearato de cálcio ......................... 5,75 Metilisobutilcetona
Borracha, Aceleradores Estearato de chumbo dibásico ...... 31,71 (tambor).................................. 21,50
de vulcanização ...................... 29,52 Estearato de chumbo monobásico 23,80 Monoetanolamina
Borracha de butadieno-estireno ..... 12,22 Estearato de magnésio ................... 6,40 (granel) .......................................8,40
Borracha de silicone...................... 86,10 Estearato de sódio ...........................5,75 (tambor) ......................................9,10

4 Plástico Moderno - setembro, 2018


ME RC A D O
PRODUTOS PREÇOS* PRODUTOS PREÇOS* PRODUTOS PREÇOS*

N Poliestireno Resina poliéster insaturada


Negro de fumo ............................ 13,80 alto impacto ............................. 6,91 éster-vinílica ........................... 15,16
Neopentilglicol ............................... 8,00 cristal ....................................... 6,72 isoftálica ................................ 11,05
Nitrito de sódio ............................... 8,21 Polietileno de alta densidade
extrusão ................................... 6,32 S
O injeção ...................................... 6,32 SAN
Oleína ............................................. 5,74 sopro ....................................... 6,32 (copolímero de estireno-
Óleo de babaçu refinado ................. 8,65 Polietileno de baixa densidade acrilonitrila) ...........................10,95
Óleo de linhaça cru ........................ 7,30 filme .........................................6,32 Sulfato de bário ............................... 1,80
Óleo de linhaça refinado .................. 5,49 injeção ...................................... 6,32 Sulfato tribásico de chumbo .......... 27,10
Óleo de palma (dendê) ................... 5,35 sopro ....................................... 6,40
Óleo de pinho ............................... 20,50 Polietileno de baixa densidade linear T
Óleo de rícino ................................. 8,20 buteno....................................... 6,10 Talco............................................... 1,81
Óleo de soja bruto ...............................- hexeno ...................................... 6,29 Toluol (p/l) (tambor).........................4,76
Óxido de ferro amarelo natural ......... 6,55 octeno ...................................... 6,70 Tricloroetileno
Óxido de ferro amarelo sintético Polietileno tereftalato (PET) ........... 11,71 (tambor).................................... 9,80
micronizado .............................. 5,82 Polipropileno Tricresilfosfato .............................. 89,36
(pó) .......................................... 5,18 copolímero de bloco normal ...... 6,60 Trietanolamina ...............................11,97
Óxido de zinco ...............................18,79 copolímero randômico............... 6,72 Trietilenotetramina
homopolímero (filme) ................ 6,49 (tambor).................................. 34,23
P homopolímero (normal) ............ 6,49 Trimetilolpropano ............................ 7,38
Propilenoglicol ......................................- Trióxido de antimônio .................... 49,20
Parafina clorada ........................... 19,27 Tripolifosfato de sódio
Paraformaldeído ............................. 6,15 Q técnico .................................... 11,50
Percloroetileno
(granel) ...........................................- U
*Salvo indicação contrária, os preços se referem a kg de produto

Querosene desodorizado (p/l)


(tambor) .........................................- Urotropina ....................................... 9,22
(tambor) ............................... 11,86
Peróxido de dibenzoíla
(pasta) ................................... 61,00 R V
Peróxido de metiletilcetona ............ 46,90
Vaselina líquida (p/l)
Poliacetal ........................................ 8,99 Resina alquídica
(tambor).................................... 7,17
Poliamida 6 ................................... 19,63 de coco ..................................... 6,90
Vaselina sólida .............................. 21,75
Poliamida 6.6 ................................21,00 de mamona crua ....................... 8,41
X
Polibutileno tereftalato (PBT) de mamona desidratada. ........... 7,14
c/ fibra ....................................12,58 de soja ..................................... 7,32 Xilol (p/l) (tambor) ........................ .7,24
s/ fibra ....................................12,80 fenolada .................................... 8,20
Policloreto de vinila (PVC) ...................- fenólica modificada ................... 7,30

6 Plástico Moderno - setembro, 2018


EMBALAGEM
LEVEZA E PRATICIDADE AJUDAM
PLÁSTICOS A CRESCER NAS TINTAS
Texto: José Paulo Sant'Anna
Fotos: divulgação

A
Exemplos de baldes produzidos pela Fibrasa para revestimentos

grande evolução da in- pesquisa e desenvolvimento de no- de embalagens de polipropileno na


dústria do plástico nas vas formulações de polímeros, tor- substituição do aço nas embalagens
últimas décadas se deve nando-os capazes de substituir ou- para tintas. Vale ressaltar: o plásti-
em grande parte à versatilidade da tros materiais em produtos os mais co só pode ser utilizado nas tintas à
matéria-prima. As grandes indús- distintos. Um exemplo é a crescen- base de água, nas linhas com solven-
trias químicas investem pesado na te utilização no mercado nacional tes o aço é a única alternativa.

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Tal aplicação, comum no exte- Cada uma delas exalta as vantagens
rior há muito tempo, começou a ga- das embalagens fabricadas com as
nhar força no Brasil de quatro anos matérias-primas com as quais atu-
para cá. A concorrência é muito for- am. Os argumentos são usados para
te. Por aqui, o uso de latas é tradicio- tentar conquistar o coração da in-
nal nesse segmento de mercado. De dústria de tintas, a responsável pela
acordo com a Associação Brasileira escolha sobre como embalar seus
da Indústria do Plástico (Abiplast), produtos.
não existem números a respeito da Os primeiros pensamentos que
participação de cada matéria-prima vêm à mente quando comparamos
nesse mercado. dois produtos é o preço. Nessa dis-
A associação diz ser inegável, no puta esse aspecto é deixado um pou-
entanto, a tendência dos fabricantes co de lado. As duas partes garantem
de tintas em lançar linhas de emba- ser competitivas, o que demonstra
lagens plásticas. Elas são oferecidas haver certo equilíbrio entre os inves-
ao mercado em diferentes formatos, timentos necessários para os usuá-
com destaque para os com volumes rios de uma ou outra opção.
mais comuns para esse produto, os A competição recai com maior
baldes com 3,6 e 18 litros. O poli- força nas características das emba-
propileno começou a ser usado para lagens. Estudos realizados pela Abi-
essa aplicação com maior intensi- plast apontam aspectos onde as van-
dade pelos fabricantes de pequeno tagens do plástico em relação aos
e médio porte da região Nordeste. A metais são apresentadas como indis-
boa aceitação por parte dos consu- cutíveis. Os baldes de polipropileno
midores chamou a atenção das mar- são em torno de 20% mais leves. O
cas líderes de mercado, que começa- de plástico com volume de 18 litros,
ram a adotar o plástico em determi- por exemplo, o mais utilizado para a
nadas linhas de produtos e hoje am- comercialização de tintas, pesa 740
pliaram de forma significativa a es- gramas, contra 980 gramas do de aço.
colha por essa opção. Tal diferença proporciona econo-
Qualquer ponto percentual de mia de combustível durante o trans-
ganho de participação nesse nicho porte do produto. Se somarmos a
de atuação significa números gran- esse aspecto o fato de os baldes em
diosos. A Associação Brasileira dos plásticos serem ligeiramente côni-
Fabricantes de Tintas (Abrafati) in- cos, o que permite empilhá-los quan-
forma que o Brasil é um dos cin- do vazios, a economia de combustí-
co maiores mercados mundiais para vel usado durante as operações de lo-
tintas, aqui se fabricam produtos gística de entrega dos produtos au-
destinados a todas as aplicações. menta de forma considerável. Um
No ano passado foram produzidos estudo de análise de ciclo de vida do
no país 1,535 bilhões de litros, va- produto patrocinado pela Braskem
lor que gerou faturamento próximo dá ideia de tal economia. Pelos cál-
dos R$ 12 bilhões. Desse volume culos, se por ano forem substituídos
de produção, 83% são direcionados 5% das embalagens de tintas em latas
para uso imobiliário. Existem cen- por baldes plásticos haveria a redu-
tenas de fabricantes de grande, mé- ção de emissão de dióxido de carbo-
dio e pequeno porte – os dez maio- no equivalente à paralisação do fun-
res respondem por 75% das vendas. cionamento de todos os automóveis
da cidade de São Paulo por uma hora.
Cabo de guerra – As associações li- O caráter funcional também é
gadas às indústrias do plástico e do destacado pela Abiplast. Os baldes
aço travam um verdadeiro cabo de plásticos têm alças, o que em es-
guerra na defesa de seus interesses. pecial nas embalagens de 18 litros

Plástico Moderno - setembro, 2018 9 9


EMBALAGEM

facilita muito o manuseio por par- sil, inclusive, foi feita uma experi-
te dos pintores. O plástico é rígido, ência pela marca Novacor, pioneira
não amassa, e não sofre problemas no uso desse expediente em latas de
de corrosão. É mais resistente aos 18 litros. A estratégia não teve pros-
impactos. A abertura das tampas se seguimento após análise da relação
dá de maneira muito mais eficiente, entre o aumento do custo e o inte-
graças ao projeto cuidadoso dos la- resse dos pintores.
cres. O formato das tampas também Quando o assunto é a recicla-
permite maior praticidade, pode gem, Álvares ressalta alguns aspec-
possuir design para facilitar a intro- tos positivos do aço. Como ocor-
dução de rolos de pintura e permitir re com o plástico, ele também pode
o aproveitamento total do conteúdo. ser 100% reciclado. Uma vantagem
Outra vantagem, ainda de acor- é a de que o preço da sucata do aço
do com a Abiplast, se encontra na torna lucrativa a operação de logís-
possibilidade de reutilização dos tica reversa. No Brasil, mesmo com
baldes plásticos, muito maior do Souza: inovações tornaram os a operação realizada até hoje de ma-
que os das latas. As pessoas gos- baldes plásticos mais atraentes neira pouco organizada, o índice
tam de reaproveitar as embalagens de reciclagem das latas de aço é de
para utilizar em atividades domés- 47%. O sindicato tem projetos para
ticas, por exemplo. Além disso, eles trias de Estamparias de Metais (Si- melhorar esse número com o apri-
são 100% recicláveis, operação fei- niem) conta com estudo realizado moramento das operações de logís-
ta com maior facilidade por serem pelo seu vice-presidente e diretor da tica reversa.
feitos em monopolímero. Podem ser Brasilata, Antônio Carlos Teixeira Há um facilitador para os proje-
transformados novamente em maté- Álvares, para divulgar as vantagens tos de recuperação. Na hora da se-
ria-prima, voltando para a cadeia de do aço. O dirigente destaca algumas paração do lixo, as usinas podem
produção de novos produtos, o que propriedades das embalagens metá- se valer de eletroímãs para realizar
resulta na redução do uso de recur- licas. De acordo com ele, no Brasil, a tarefa com maior eficiência. Nos
sos naturais. A associação informa assim como acontece no Japão e na casos onde a reciclagem não ocor-
que está aprimorando programas de Coréia do Sul, a indústria metalúr- re, a matéria-prima apresenta outra
logística reversa para melhorar a efi- gica é muito bem estruturada. Esses propriedade interessante. A degra-
ciência e aumentar o volume de ma- países são grandes produtores e ex- dação no solo ocorre em período de
terial recuperado. portadores de aço, o que os tornam cinco anos, muito menor do que o
No quesito aparência, o plástico competitivos mesmo no uso das em- da degradação do plástico. E as la-
também mostra suas armas. Os po- balagens de tintas à base de água. tas se transformam em óxido de fer-
tes podem ganhar formas variadas Quando o assunto recai para a ro, substância não poluente.
sem muitas dificuldades e ser inje- logística, o grande trunfo das latas
tados em resinas coloridas ou trans- é sua capacidade de empilhamen- Palavra de quem compra – Na con-
parentes, o que torna mais fácil a to. Álvares explica que no caso das dição de fornecedores de tintas
customização da aparência final. A embalagens de 18 litros, podem ser que utilizam embalagens produzi-
rotulagem merece observação par- empilhadas até nove camadas de la- das com os dois tipos de matérias-
ticular. Um processo bastante usa- tas, contra três dos baldes plásticos. primas, alguns dos fabricantes de
do nesse mercado é o do in mold la- Dessa forma, manter estoques de marcas com grande participação
bel, que consiste na colocação por tinta nas latas requer espaço muito no mercado nacional não se sentem
meio de robôs de rótulos nos mol- menor. Ele também destaca a ele- confortáveis para falar sobre a dis-
des durante o ciclo de injeção. Com vada estanqueidade obtida com as puta. Procurados pela reportagem,
essa técnica é possível fabricar bal- tampas metálicas. preferiram não se manifestar.
des de uma mesma cor com apre- Quando o assunto chega às al- A exceção ficou por conta da
sentações completamente distintas ças, um dos trunfos da indústria do Tintas Iquine, com fábrica no polo
apenas com a troca dos rótulos, sem plástico para ressaltar seus baldes, industrial de Jaboatão dos Guara-
qualquer alteração significativa na o vice-presidente do Siniem lembra rapes, na Grande Recife-PE. Alan
regulagem dos equipamentos. que a introdução de alças nas latas Souza, diretor de marketing e ven-
O Sindicato Nacional das Indús- é perfeitamente possível. No Bra- das, apresenta a empresa como a

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Plástico Moderno - setembro, 2018 11
EMBALAGEM

quarta maior indústria de tintas do do aço nesse nicho de mercado no


Brasil, a maior com capital 100% na- Brasil. “O Brasil é forte produtor e a
cional. “Estamos há 44 anos no mer- embalagem metálica se tornou mui-
cado e atuamos em todo o território do to tradicional. Até quatro anos atrás
país. Temos 6% de market share e ocu- havia muito pouca coisa de plásti-
pamos a liderança nas regiões Norte e co”. No exterior a coisa não funcio-
Nordeste”, informa. Em seu portfó- na bem assim. “Nos Estados Uni-
lio possui mais de 1,3 mil itens em dos, na Europa e mesmo em vários
produção. A empresa oferece seus países da América do Sul o plástico
produtos em embalagens fabricadas prevalece já há muitos anos”.
com os dois materiais. Para ele, esse quadro começou a
Ela se encontra entre as pionei- se alterar por aqui a partir da inicia-
ras a adotar o plástico no mercado tiva de empresas de tintas pequenas
brasileiro. “A Iquine mapeia cons- e médias das regiões Norte e Nor-
tantemente as tendências de merca- Bernardes: desenhos antigos de deste, que encontravam dificuldades
baldes desperdiçavam resina
do e há anos incorporou uma cultu- para obter pequenos lotes de emba-
ra de inovação e preocupação com lagens metálicas em condições com-
o consumo sustentável. Com isso, a rentes ao reuso e reciclagem, sejam petitivas. “Com o passar do tempo,
introdução das embalagens plásti- em material plástico ou metálico”. a experiência mostrou que o consu-
cas, há mais de 20 anos, passou a fa- midor prefere o plástico e as gran-
zer parte das opções de embalagens Palavra de transformador – Entre des empresas passaram a seguir o
da empresa”, informa Souza. os transformadores com boa parti- exemplo”.
O diretor reconhece algumas fa- cipação nesse mercado podem ser A Fibrasa hoje tem em seu por-
cilidades proporcionadas pelo plás- citadas Bomix (com matriz em Sal- tfólio de clientes praticamente todas
tico. “Observamos algumas vanta- vador-BA), Fibrasa (Serra-ES), grandes empresas do setor de tintas.
gens, como facilidade no manuseio, Real Plastik (Gaspar-SC), Groupa- “Atendemos Basf, Sherwin-Willia-
facilidade na abertura e fechamen- ck (São Paulo-SP) e Jaguar (Jagua- ms, Coral e várias outras. A PPG
to, evitando o desperdício de mate- riúna-SP), entre outras. Represen- Renner hoje comercializa 100% de
rial. Além de possibilitar 100% de tantes dessas empresas defendem suas tintas a base de água em baldes
reciclagem, o que coloca a embala- que o mercado de embalagens plás- de plástico”. A empresa também ex-
gem dentro do modelo sustentável”. ticas para tintas possui forte poten- porta para cinco países da América
Quando a questão recai sobre o pre- cial e se mostram satisfeitos com do Sul. Como exemplo de casos de
ço, ele relativiza. “A economia va- o crescimento da procura por esse sucesso da empresa, ele se lembra
ria considerando os formatos ofe- item por grandes clientes mesmo em de um lançamento ocorrido no final
recidos”. época de crise econômica. Para eles, de 2016. Na ocasião, para a Tintas
A importância da aparência dos as vantagens proporcionadas pelo Coral, a empresa passou a fabricar
produtos é reconhecida como im- plástico são tantas que os usuários, um balde de 20 litros. “A ideia do
portante instrumento de marketing na hora da escolha, não ligam muito cliente era fazer uma promoção, o
e a Iquine se preocupa em atrair os para o preço, que é mais ou menos usuário comprava 20 litros e pagava
consumidores pelo apelo visual. “A equilibrado com o das metálicas. por 18. A promoção fez tanto suces-
indústria de embalagens plásticas A Fibrasa foi criada há 46 anos so que várias outras empresas ado-
sofreu incremento tecnológico que e no início era especializada na pro- taram a mesma estratégia”, conta.
permitiu maior excelência na lito- dução de termoformados. Há 20 A Jaguar Plásticos, de Jaguariú-
grafia. Hoje, encontramos no mer- anos passou a fornecer baldes in- na-SP, foi criada em 1978 como fa-
cado produtos com maior nitidez de jetados. A empresa conta com duas bricante de utilidades domésticas.
cores, melhores acabamentos e pos- unidades fabris, localizadas em Ser- Em 1988, entrou no ramo de emba-
sibilidades diversificadas para tra- ra-ES e Abreu e Lima-PE. “Somos a lagens e em 1998 passou a fabricar
balhar”, ressalta. O fato dos usuá- segunda maior empresa de transfor- baldes industriais. A empresa está
rios reaproveitarem as embalagens mação de polipropileno do país”, in- entrando agora com maior força no
é considerado importante e motivo forma Paulo Bernardes, gerente re- segmento de tintas. “Antes precisá-
de atenção. “A Iquine contempla em gional de vendas. vamos investir na linha de produ-
todos os formatos informações refe- O executivo reconhece a força ção para nos adequarmos às neces-

12 Plástico Moderno - setembro, 2018


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Plástico Moderno - setembro, 2018 13
EMBALAGEM

sidades da tecnologia in mold label ças de menor porte, caso de potes ração dos níveis econômicos. “As
aplicada em peças de grande por- de alimentos com volumes reduzi- fábricas de tintas estão com bastan-
te”, explica Alexandre Calabria, ge- dos, por exemplo. te capacidade ociosa, mas os clien-
rente de vendas. A empresa foi uma Calabria vê com bons olhos esse tes estão atentos à modernização de
das pioneiras na adoção da técnica novo nicho. Para ele as vantagens do suas linhas de produção. Estou visi-
de inserir etiquetas nos moldes du- plástico são claras e o ritmo da subs- tando várias empresas que já come-
rante o ciclo de injeção no Brasil, tituição das latas deve ser intensifi- çaram a migração para os baldes há
mas no passado a utilizava em pe- cado à medida que ocorra a recupe- algum tempo”. n

TRANSFORMAÇÃO EXIGE AVANÇO


CONSTANTE EM TECNOLOGIA

O
s menos avisados po- dimensionados, geravam desperdí-
dem pensar que produ- cio”, informa Paulo Bernardes, ge-
zir os baldes para em- rente regional de vendas da trans-
balar tintas se trata de formadora Fibrasa, uma das trans-
uma operação simples. formadoras líderes desse segmento.
Nada mais falso. Essas Para dar uma ideia, ele comenta que
peças precisam atender a uma série os baldes de 18 litros feitos de poli-
de expectativas para poderem ser uti- propileno hoje pesam pouco mais de
lizadas. Não por acaso, poucos trans- 700 gramas, contra cerca de um quilo
formadores estão aptos a participar há quatro anos. O executivo destaca
Caetano: Braskem desenvolve PP
desse nicho de mercado. Os investi- que a indústria brasileira foi uma das para tintas há quase dez anos
mentos necessários para montar uma pioneiras na pesquisa e desenvolvi-
linha de produção são elevados. Em mento necessários para tal evolução.
especial no caso dos baldes de 18 li- “A nossa indústria se esforçou bas- dos maiores mercados mundiais des-
tros, que exigem injetoras de gran- tante e hoje trabalhamos muito pró- se segmento.
de porte, com forças de fechamento ximos do limite de peso ideal”. “O uso de resinas plásticas para
acima de 500 toneladas, além de pe- As dificuldades não param por esta aplicação é tendência mundial.
riféricos que garantam alto grau de aí. O elevado número de peças ne- Iniciamos há cerca de dez anos um
automação. cessárias para abastecer o mercado trabalho específico para desenvolver
Uma das características essen- obriga os transformadores a traba- soluções em polipropileno que aten-
ciais dessas embalagens é a resistên- lharem com ciclos de produção mui- dessem a demandas dos produtores
cia mecânica. Seria desastroso, por to rápidos. Além do perfeito trabalho e já temos um portfólio consolida-
exemplo, se as embalagens carrega- dos transformadores, os fornecedo- do para o segmento, fornecendo es-
das estourassem facilmente após in- res de matérias-primas e de equipa- pecialmente para as regiões Nordes-
cidentes nos pontos de venda. Atin- mentos têm colaborado muito para a te, Sul e Sudeste, além de outros paí-
gir tal desempenho se torna mais eficiência necessária para a fabrica- ses”, informa Mauro Catizani Caeta-
complicado se levarmos em conside- ção das peças. no, líder do segmento de embalagens
ração a tendência exigida pelos usuá- rígidas e baldes.
rios de embalagens, a de se obter pe- Pesquisa constante – No campo das Um lançamento recente da
ças cada vez mais leves, dotadas de matérias-primas, as empresas quími- Braskem para essa aplicação é o co-
paredes com espessuras muito finas, cas investem de forma constante na polímero heterofásico CG 600N.
próximas ao máximo do limite espe- busca de formulações de polipropile- “Ele apresenta elevada fluidez e ex-
rado para atender as exigências de re- no adequadas para a operação. Para a celente balanço entre rigidez e resis-
sistência. Tudo em nome da econo- brasileira Braskem, o setor de emba- tência ao impacto”. Outro produto
mia de matéria-prima. lagens para tintas é considerado mui- voltado para esse nicho é o EP 440P,
“Os baldes antigos eram super- to importante, visto que o Brasil é um copolímero heterofásico de média

14 Plástico Moderno - setembro, 2018


Plástico Moderno - setembro, 2018 15
EMBALAGEM

Injetoras elétricas formam baldes com menor consumo de energia

mentar este volume de acordo com a Rieker explica que as injetoras in-
demanda da empresa. O projeto faz dicadas para a produção de baldes pre-
parte da plataforma Wecycle, criada cisam ter velocidade de injeção muito
pela Braskem com o objetivo de de- grande. “O plástico precisa preencher
senvolver negócios e iniciativas para a cavidade rapidamente. O percurso
a valorização de resíduos plásticos percorrido pela matéria-prima é longo
por meio de parcerias. e não pode haver plastificação antes da
Rieker: aplicação requer alta hora”. Essa condição se deve às carac-
velocidade de injeção no molde equiPamentos – O sucesso da fabri- terísticas da peça, que tem grande pro-
cação de baldes para tintas depen- fundidade e paredes finas.
fluidez. “O produto tem excelente ba- de muito da eficiência dos equipa- A recomendação dos fabricantes
lanço entre processabilidade, resis- mentos utilizados. Entre eles, as má- recai sobre máquinas híbridas ou elé-
tência a impacto e rigidez”. Em pa- quinas injetoras, coração das linhas tricas, que conseguem atender as ex-
ralelo, a empresa desenvolve pesqui- de produção. “Para nós, esse é um pectativas. “Nesse mercado, os brasi-
sas para personalizar a resina e aten- mercado em ascensão. Está havendo leiros estão migrando para as máqui-
der demandas específicas dos fabri- uma transição do uso das latas para nas elétricas, que proporcionam maior
cantes. “Também consideramos ou- o plástico e nos últimos dois anos economia de energia”, diz o gerente
tros pontos importantes para nos- houve um aumento de procura por da Sumitomo Demag. Ele recomenda,
sos desenvolvimentos, como trans- máquinas para essa finalidade”, ex- para os baldes maiores, as injetoras da
parência, design do produto e rótu- plica Christoph Rieker, diretor ge- empresa modelos El-Exis SP (híbri-
los, peso, resistência, estocagem e ral do escritório brasileiro de vendas das) e IntElect (elétricas).
manuseio”. da fabricante de injetoras Sumitomo Por se tratar de operação sofisti-
A possibilidade total de reci- Demag, empresa surgida da compra cada, as linhas para produção de bal-
clagem é vista com atenção pela da alemã Demag pela japonesa Su- des precisam contar com periféricos de
Braskem. Em abril, em parceria com mitomo. elevada tecnologia. Um exemplo ocor-
a Condor, fabricante de materiais Rieker ressalta que esse mercado re com o equipamento necessário para
para pintura imobiliária e outros pro- ainda é pequeno, no Brasil são pou- a implantação do in mold label, que re-
dutos, a empresa lançou o “kit sus- cos os transformadores de porte des- quer o uso de robôs e total sintonia de
tentável especial” de pintura, pri- se tipo de peças. “As principais de- todos os movimentos da operação du-
meiro produto proveniente do rea- vem ser umas cinco ou seis empre- rante o ciclo de injeção.
proveitamento de embalagens plás- sas”. O diretor, no entanto, avalia o Enquanto a injetora abre, as gar-
ticas de tintas gráficas e demarcação potencial de crescimento para os pró- ras dos robôs pegam os rótulos com a
viária. No anúncio do lançamento, a ximos anos como muito bom. ajuda de ventosas. Os rótulos são le-
Braskem coletava cerca de cinco mil Opinião bastante similar tem vados para as cavidades do molde e lá
embalagens descartadas por mês por Marcos Cardenal, engenheiro de fixados por meio de descarga elétrica
empresas do segmento de tintas. Ela vendas da Wittmann Battenfeld, gru- – em torno de 15 mil e 20 mil volts –
tem a expectativa de duplicar essa po surgido a partir da aquisição da ou de sistema de vácuo presente na
quantidade até o final do ano. alemã Battenfeld pela austríaca Wit- ferramenta. O ciclo prossegue. A re-
Com o que é coletado, a compa- tmann. A empresa fornece máquinas sina é injetada e incorpora o rótulo. A
nhia fornece mensalmente duas to- injetoras e equipamentos para auto- peça é retirada já decorada e pronta
neladas de resina de polipropileno mação de linhas de produção. “É um para ser usada. Tudo isso ocorre em
pós-consumo à Condor, podendo au- mercado em ascensão”. segundos.n

16 Plástico Moderno - setembro, 2018


INFORME PUBLICITÁRIO

ECONOMIA CIRCULAR - NOVAS FORMAS DE PRODUZIR,


NOVAS FORMAS DE CONSUMIR E DE SE RELACIONAR.

Em entrevista ao Movimento Plástico Transforma, Beatriz Luz, fundadora da


Exchange4Change Brasil, falou sobre a transição da economia tradicional linear para
a economia circular e sobre a nova forma de pensar, produzir e consumir. Ainda
explicou como o plástico pode ter um importante papel neste novo modelo
econômico. Confira alguns dos pontos mais importantes da conversa.

Uma economia mais eficiente.


Com a economia circular, nada é descartado: os produtos, ao término de seu ciclo de vida, podem ser reutilizados, remanufaturados ou, ainda,
reaproveitados na fabricação de novos produtos, reduzindo a extração de matérias-primas da natureza e a quantidade de resíduos descartados.

ECONOMIA CIRCULAR
X ECONOMIA LINEAR

MATÉRIA-PRIMA

RECICLAGEM DESIGN

PRODUÇÃO E
DESCARTE REAPROVEITAMENTO

RECURSOS EXTRAÇÃO MANUFATURA DISPOSIÇÃO RESÍDUOS


NATURAIS FINAL

CONSUMO DISTRIBUIÇÃO

• Novo mindset produtivo


A economia circular propõe uma mudança em toda a maneira
de consumir, do design dos produtos até nossa relação com as
Conheça o Movimento Plástico Transforma
matérias-primas e resíduos, gerando mais benefícios, novos
Agora que você já sabe um pouco sobre economia circular,
negócios, diferencial competitivo e sustentabilidade para as
saiba tudo o que o plástico pode proporcionar de bom quando
empresas.
está aliado à tecnologia, à modernidade e à consciência. O
• Transição da economia linear para a circular Movimento é um esforço do PICPlast (Plano de Incentivo à
É um processo contínuo no qual as empresas estão Cadeia do Plástico), criado a partir da parceria entre a
começando a agir. Elas passam agora a ver seus produtos Braskem – maior produtora de resinas termoplásticas das
como forma de gerar valor. Américas – e a ABIPLAST (Associação Brasileira da
Indústria do Plástico), que gera inúmeras ações de educação e
• Uma economia com menos problemas conscientização, além de muitas novidades e entretenimento,
A economia circular, para a cadeia do plástico, auxilia sempre mostrando de forma didática e objetiva a importância
a pensar embalagens que possam ser mais duráveis, do plástico em nosso dia a dia.
reaproveitáveis e recicláveis em todos os seus aspectos. Este
é um novo modelo de negócio. Vai além do olhar de
estratégia e do fluxo de materiais. É o repensar do design de Assista à entrevista completa em:
produtos, do fluxo de materiais e das relações comerciais. www.plasticotransforma.com.br/economia-circular-e-o-plastico
Plástico Moderno - setembro, 2018 17
PET
NOVAS APLICAÇÕES MANTÊM
ALTA A DEMANDA PELA RESINA
Texto: Antonio Carlos Santomauro
Fotos: divulgação

O
s novos grupos con- çon, diretor-executivo da Associação
troladores da produ- Brasileira da Indústria do PET (Abi-
ção da resina, recém- pet), no Brasil a demanda por essa re-
chegados para substi- sina se expanda neste ano cerca de 2%
tuir os anteriores, po- (relativamente a 2017). Em alguma
dem significar alguma medida, a queda no consumo de re-
incerteza no mercado brasileiro de te- frigerantes e a redução nas espessu-
reftalato de polietileno, mais conheci- ras de embalagens refreiam essa ex-
do como PET. Mas o próprio interes- pansão. “Mas é notório o crescimento
se desses players indica serem posi- em mercados como água, leite longa Considerando apenas o que ele
tivas as expectativas dessa indústria, vida e derivados de leite, chás e ener- denomina de ‘PET garrafa’ – a por-
hoje capaz de gerar negócios em um géticos, entre outros”, detalha Mar- ção destinada a embalagens, gêne-
leque bem mais vasto de aplicações çon. “Mudam os hábitos do consumi- ro de aplicação amplamente majori-
além das usuais embalagens de refri- dor, mas o PET acompanha isso sem tária nesse mercado –, Jaroski estima
gerantes, água, e mais recentemente oscilação na demanda”, acrescenta. para 2018 um incremento no consu-
de óleos comestíveis. Nelas, o PET Também Maurício Jaroski, diretor mo aparente da resina superior àquele
apresenta como diferenciais compe- de portfólio e conhecimento da con- projetado pelo diretor da Abipet: cer-
titivos frente a opções como vidro e sultoria W4Chem (spin-off da con- ca de 5%. “A médio e longo prazos as
alumínio – e mesmo outras resinas – sultoria MaxiQuim), credita o impul- perspectivas são boas, caso contrário
a elevada resistência química e a im- so nessa demanda a novas aplicações não teríamos tão rapidamente players
pactos, a barreira eficaz a gases e odo- em bebidas, por exemplo, em sucos, mundiais adquirindo plantas no Bra-
res, a transparência, o peso menor e o leite e águas aromatizadas. “E come- sil”, complementa o consultor.
custo final inferior. ça a aparecer mais PET em embala- Um desses players é o grupo tai-
Os novos usos contribuirão para gens termoformadas de alimentos”, landês Indorama, que em março úl-
que, pelas estimativas de Auri Mar- destaca. timo se tornou dono da operação de

18 Plástico Moderno - setembro, 2018


Linha de envase asséptico de sucos em PET,
fabricada pela Krones

produção de PET mantida no Com- dos para a PQS, Emilio Larrañaga, produção de PET da PQS para suprir o
plexo de Suape-PE pelo grupo italia- diretor comercial da Alpek na Amé- desenvolvimento do mercado interno
no M&G. O outro é a Alpek, empre- rica do Sul, cita a ocupação plena da e das exportações destinadas princi-
sa de capital mexicano que no final de atual capacidade ali existente de pro- palmente para outras nações da Amé-
2016 adquiriu as operações, instala- dução de PTA (ácido tereftálico puri- rica do Sul (a empresa também pro-
das nesse mesmo complexo, da PQS ficado, matéria-prima do PET e de fi- duz na Argentina resina PET virgem e
(Petroquímica Suape) e da Citepe bras têxteis) hoje de 700 mil tonela- reciclada). “E começamos a aumentar
(Companhia Integrada Têxtil de Per- das anuais (é a única produtora nacio- a produção de filamentos têxteis, cujo
nambuco), anteriormente controla- nal de PTA). “Já estamos ampliando consumo no Brasil é crescente e ma-
das pela Petrobras. Mantendo em di- a produção de PTA, buscando aten- joritariamente atendido pela importa-
versos países mais de vinte unidades der a demanda nacional e substituindo ção”, acrescenta Larrañaga.
produtoras da cadeia do poliéster (da as importações”, diz Larrañaga (en- O PET, ele reconhece, enfrenta
qual o PET faz parte), a Alpek já atu- tre janeiro e julho deste ano o Brasil desafios, como a queda nas vendas de
ava no Brasil através da Styropek, que importou em média 8 mil toneladas refrigerantes e a redução nas espessu-
produz EPS em Guaratinguetá-SP. mensais de PTA). ras de embalagens. Mas tem também
Entre os objetivos agora coloca- Pretende-se também ampliar a muitas oportunidades: por exemplo,

Plástico Moderno - setembro, 2018 19


PET
pelo aumento no consumo de pro- do assim a pressão necessária ao so-
dutos mais saudáveis e pela preocu- pro (e consequentemente reduzindo a
pação com as questões ambientais. quantidade de energia consumida pe-
“Devido a sua flexibilidade, transpa- los compressores de ar).
rência, características técnicas, e por E no início do próximo ano, pros-
ser 100% reciclável, ele vem ganhan- segue Martini, a KHS começará a tes-
do mercado em diferentes aplicações, tar em uma planta de envase de água o
tornando-se a embalagem preferida protótipo de um equipamento que re-

Divulgação/Abipet/Eudes Santana
para novos produtos”, afirma o pro- aliza o sopro não com ar, e sim com
fissional da Alpek. a própria água que será acondiciona-
da na embalagem (ao menos por en-
Produtividade e menor consumo – A quanto esse equipamento servirá ape-
expansão dos usos do PET acompa- Marçon: redução de espessura nas para envase de água, não trabalha-
nha a evolução das tecnologias de- das paredes contém demanda rá com bebidas carbonatadas). “Até
dicadas a sua transformação, que nas o final do próximo ano essa tecnolo-
aplicações mais consagradas, mui- Também as sopradoras Blomax, gia deve entrar em operação efetiva”,
to associadas a grandes volumes de da KHS, podem hoje produzir 2,5 ele projeta.
produção, a exemplo das embala- mil garrafas por cavidade por hora. A substituição das tecnologias hi-
gens para refrigerantes e água, orien- E há melhorias, relata Marcelo Mar- dráulicas pela eletrônica também apa-
ta-se por diretrizes como incremento tini, gerente comercial dessa empre- rece nos relatos do processo de desen-
da produtividade e redução do consu- sa, também no consumo de energia. volvimento das sopradoras: “Quan-
mo energético. “Nossa Série 4 de sopradoras, lança- do de seu lançamento, os equipamen-
As primeiras sopradoras da mar- da em 2009, já havia reduzido esse tos de nossa linha Petmatic, de sopra-
ca Krones, por exemplo, quando che- consumo em média em 30% (relati- doras de PET, eram quase integral-
garam ao mercado, em 1998, podiam vamente às máquinas anteriores). Na mente pneumáticos. Agora, vários de
produzir mil garrafas/cavidade/hora. Série 5, que lançaremos mundialmen- seus movimentos, como o estiramen-
Atualmente, consegue chegar a 2.500 te neste mês de setembro, ele diminui- to das pré-formas, têm controles elé-
garrafas/cavidade/hora. Além disso, rá ainda mais”, diz Martini. tricos e por servomotores”, relata Le-
lembra Ayrton Irokawa, gerente co- Ele ressalta a evolução da tecno- andro Pavan, gerente de marketing da
mercial da Krones do Brasil, se já logia dos fornos da sopradoras, hoje Pavan Zanetti. “Também desenvolve-
houve época na qual o sopro aconte- capazes de direcionar melhor o calor mos um sistema de recuperação de ar
cia em local diferente do envase, atu- para as partes das pré-formas que ne- de sopro, que promove economia de
almente cresce a demanda por solu- cessitam de aquecimento, minimizan- ar comprimido, e consequentemente
ções que integram sopradora, rotula- de energia”, acrescenta.
dora e enchedora em uma única linha Este ano, a linha de sopradoras
(sem sequer haver espaços intermedi- Petmatic, da Pavan Zanetti, rece-
ários para armazenamento das emba- beu um novo integrante (o quinto):
lagens, como também aconteceu du- o modelo Petmatic 6000, para emba-
rante algum tempo). lagens de PET de 5 ou 6 litros, con-
Na Krones, essas soluções inte- cebida com foco em mercados como
gradas têm a marca Ergobloc, e capa- água e limpeza doméstica. “Existem
cidade para envasar até 81 mil garra- hoje até mesmo embalagens de água
fas por hora. “Elas têm sido o gran- de 20 litros feitas com PET”, obser-
de diferencial da empresa nesta últi- va Pavan. “Percebemos a demanda
ma década”, afirma Irokawa. “Tam- por máquinas para embalagens maio-
bém crescem as tecnologias de envase res e, desde o lançamento, já vende-
asséptico, em PET, de bebidas sensí- mos um numero significativo da Pet-
veis, um de nossos focos para os pró- matic 6000”, diz.
ximos anos”, acrescenta Irokawa (en-
tre as ‘bebidas sensíveis’ ele inclui su- Jaroski: mercado local é bom
cos, leite, águas aromatizadas e bebi- a ponto de atrair investidores
das protéicas, entre outros itens).

20 Plástico Moderno - setembro, 2018


Personalização e leveza – Equipa- te e de sucos como aplicações de PET
mentos cada dia mais produtivos e si- potencialmente demandantes de pré-
multaneamente menos demandantes formas multicamadas. As primeiras,
de energia, constituem objetivos tam- para proteger o leite da ação da luz,
bém dos fabricantes das soluções que podem conter três camadas da resi-
realizam em uma única etapa o pro- na, das quais a intermediária é preta.
cesso de injeção, estiramento e sopro Já as pré-formas para embalagens de
do PET. É o caso da Aoki, há mais de sucos podem incluir uma camada in-
quatro décadas dedicada a essa alter- terna com aditivos destinados a atuar
nativa de transformação. “Nossa tec- como barreira adicional ao oxigênio
nologia obtém embalagens sopra- (solução já utilizada também nas em-
das em PET com menos etapas, me- balagens de produtos como ketchup).
nos riscos, menor custo operacional “Lançamos as máquinas HPP5 Mul-
e maior eficiência”, afirma Guilher- tilayer há cerca de três anos e, des-
me Marchetto, gerente geral da Aoki Irokawa: soluções integradas de então, já vendemos quase quaren-
no Brasil. têm altíssima produtividade ta delas em todo o mundo: uma delas,
Essas soluções integradas, reco- no Brasil”, relata Carmo. “Esse é um
nhece Marchetto, são mais competiti- jeção e novo desenho de pré-formas, mercado ainda praticamente virgem,
vas no universo das tiragens menores, estamos conseguindo ciclos cada vez que deve crescer bastante”, acredita.
até 5 mil unidades por hora, cabendo menores, e já estamos ingressando no O profissional da Husky aponta a
aos sistemas nos quais a produção de mercado de PE, começando pela in- existência de uma contínua busca por
pré-formas é separada do estiramento dústria farmacêutica”, explica. embalagens mais finas, para as quais
e do sopro a primazia na produção de No mercado das pré-formas, ga- são necessárias pré-formas mais le-
quantidades muito grandes. “Temos nham espaço as injetoras capazes de ves. No Brasil, embalagens de água
máquinas para tiragens maiores, até fabricar peças com multicamadas, atualmente utilizam pré-formas com
9 mil frascos por hora, mas, a não ser que a fabricante de injetoras Husky peso entre 8 a 15 gramas (mais comu-
em clientes com necessidades mui- produz com a marca HyPET HPP5 mente, entre 10 e 13 gramas). “Em ou-
to específicas, nesse segmento somos Multilayer. A linha de injetoras para tros países, já temos pré-formas para
menos competitivos”, ressalta. “Nos- pré-formas monocamadas dessa em- embalagens de água com 5 gramas”,
sas máquinas possibilitam, porém, presa leva a marca HyPET HPP5, e é salienta.
desenhos mais específicos de emba- composta por máquinas com força en-
lagens, por exemplo, ovais, ou com tre 225 a 500 toneladas, para moldes Novos horizontes – Embora impac-
gargalos descentralizados. E produ- de até 160 cavidades. tada pela conjuntura econômica pou-
zimos também os moldes”, acrescen- Paulo Carmo, gerente de negó- co favorável, a demanda do merca-
ta Marchetto. cios da Husky, cita embalagens de lei- do brasileiro de equipamentos para a
O foco nas tiragens mais curtas
confere à Aoki presença mais incisi-
va em mercados como produtos lác-
A Petmatic 6000 é indicada para
teos, medicamentos e farmacêuticos. frascos de PET de 5 ou 6 litros
Essa presença deve agora se fortale-
cer com a possibilidade de uso dos
equipamentos da marca também na
transformação de polietileno (PE).
Os equipamentos Aoki, lembra
Marchetto, sempre aceitaram proces-
sar PE, porém até recentemente não
tinham ciclos suficiente competitivos
para concorrer com as tecnologias
predominantes na transformação des-
sa resina, como extrusão/sopro e inje-
ção/sopro. “Com inovações recentes,
como aumento da capacidade de in-

Plástico Moderno - setembro, 2018 21


21
PET
transformação de PET também geração de mais negócios a
se beneficia do contínuo pro- partir da atuação mais incisi-
cesso de desenvolvimento de va de sua empresa no merca-
suas tecnologias e da expansão do da transformação de PE,
do uso dessa resina para mer- projetando também “boas
cados com aplicações tradicio- perspectivas” nos mercados
nalmente fundamentadas em farmacêutico e de cosméti-
outras matérias-primas. cos. “Também estamos com
Pode-se visualizar esse muita demanda para produ-
processo de consolidação do tos de alta produção em for-
PET em posições antes ocu- matos normalmente não co-
padas por outros materiais na bertos pelo processo de dois
atual configuração da linha Marchetto: tecnologia Aoki reduz etapas, riscos e custos estágios, por exigirem gar-
de produção da Pavan Zanet- galos e formatos especiais,
ti, que tradicionalmente direcionava águas sanitárias e alvejantes, que tra- como lácteos com formato até 200
para o PE e o PP cerca de 80% das dicionalmente usavam embalagens de ml e potes com peso reduzido para
sopradoras que produzia. “Mas cres- PEAD”, destaca. iogurtes e maioneses”, comenta.
ceu muito a demanda por sopradoras Mauricio Eraclide, coordenador “Também há sinalização de aumen-
de PET, e elas agora respondem por comercial da KHS, observa que mer- to da demanda para bebidas alcoóli-
50% de nossa produção”, conta Le- cados como beleza e limpeza domés- cas destiladas de alto padrão, como
andro Pavan. tica, nos quais as embalagens de PET vodkas”, acrescenta o profissional
A indústria de bebidas, diz Pa- até há pouco tempo se restringiam a da Aoki.
van, segue sendo o setor que mais de- produções em quantidades mais res- Considerando essa sua aplica-
manda sopradoras de PET; mas ela já tritas, já demandam tecnologias pró- ção em diversos mercados, Iroka-
não destina esses equipamentos ape- prias para grandes tiragens (como wa, da Krones, vê no PET o material
nas para as embalagens de água e re- aquelas compostas por sistemas indi- com maior potencial de crescimen-
frigerantes: aproveita-os também em vidualizados para pré-forma e sopro). to como matéria-prima de embala-
outros produtos, como os sucos. Ao “As grandes empresas desses setores gens. “Além de ter um uso extre-
mesmo tempo, cresce a presença do estão unificando marcas, e produzin- mamente flexível, ele tem um preço
PET soprado no mercado da limpe- do embalagens PET em tiragens mais acessível, equivalente a 30% do cus-
za doméstica. “Nesse ramo, o PET elevadas”, ressalta Eraclide. to do vidro”, justifica.
já predomina nas embalagens de de- E Marchetto, da Aoki, aposta na Na indústria de embalagens para
tergentes e ganha espaço crescente
em segmentos como desinfetantes,

Carmo: multicamadas protegem Injetora Husky HyPET HPP5 gera


produtos sensíveis, como leite pré-formas com barreira interna

22 Plástico
Plástico Moderno
Moderno -- setembro,
setembro, 2018
2018
bottle-to-botlte (que permite usar a
resina reciclada nas próprias emba-
lagens de bebidas e alimentos). “Tem
tudo para crescer ainda mais a recicla-
gem do PET: no Brasil, o índice dessa
reciclagem está hoje próximo de 56%,
mas na Alemanha ele já supera 90%”,
enfatiza Irokawa.
No atual contexto, a reciclagem
pode inclusive ganhar impulso adi-
cional com a valorização do preço in-
ternacional das resinas registrada nos
últimos meses (mais acentuada que
em anos anteriores); mas mesmo aqui
Linha de produção conta com sopradora InnoPET Blomax, da KHS
o movimento de reaproveitamento
bebidas sensíveis, especificamente, do, destaca Marcelo Martini, da KHS, do PET pós-consumo parece só não
esse crescimento deve ser rápido e movimentos como a expansão da de- constituir atividade mais pujante por
exponencial. “O PET hoje provavel- manda por equipamentos para a pro- questões muito específicas, uma de-
mente representa cerca de 5% das em- dução de embalagens retornáveis fei- las, a baixa oferta de sucata para os
balagens dessas bebidas, nas quais os tas com essa resina (já utilizadas por recicladores.
cartões ainda são amplamente majori- empresas como a Coca-Cola). “So- É esse o principal motivo da ine-
tários, mas em cinco anos esse índice pradoras para esse tipo de embalagem xistência de projetos de ampliação
deve subir para cerca de 50%”, pro- têm especificidades, como a necessi- da estrutura produtiva do Grupo AG,
jeta Irokawa. dade de aquecer lateralmente o mol- que já recicla, para uso bottle-to-bot-
de, e trabalham com pré-formas mais tle, 800 toneladas mensais da resina.
Reciclagem em alta – A crescente ne- pesadas”, detalha. “Só não pensamos em uma nova má-
cessidade de considerar os fatores re- Por sua vez, a Krones, segundo quina para aumentar essa capacidade
lacionados à sustentabilidade também Irokawa, olha muito atentamente para por falta de sucata”, afirma Anderson
impacta o mercado dos equipamen- a indústria da reciclagem, para a qual Cardoso Guimarães, presidente do
tos de transformação de PET, geran- disponibiliza soluções para sistemas Grupo AG. “No Brasil, o PET re- 23

Plástico Moderno - setembro, 2018 23


Pet
ciclado tem hoje praticamen- Carina Arita, gerente comer-
te o mesmo preço do virgem, cial da Tomra.
mas em países como a Ale- Bandejas monocamadas de
manha pode custar até mais”, PET, ela ressalta, ganham es-
acrescenta. paço crescente em aplicações
Sediado no município mi- como caixas de ovos e emba-
neiro de Juiz de Fora, o Grupo lagens de frutas e de confeitos.
AG inclui, além da unidade de “E é importante separá-las, pois
reciclagem, uma fábrica de em- elas têm propriedades diferen-
balagens sopradas de PET e PE tes, viscosidade, por exemplo,
e uma operação logística para o que prejudicam a reciclagem
transporte desses produtos. Re- das garrafas”, acrescenta.
cebeu no final do ano passado a A Seibt oferece para reci-
certificação que permite o uso Carina: separador diferencia
cladores sistemas para produ-
do PET que recicla nas emba- PET de garrafas e de bandejas ção de flakes, qualificados pela
lagens de bebidas e alimentos, e uti- empresa como próprios para os re-
liza 15% dessa resina reciclada nas A fabricante de separadores óp- quisitos bottle-to-bottle, pois abran-
embalagens que ele mesmo produz. ticos Tomra passou a disponibilizar gem uma etapa denominada ‘super-
“Mesmo embalagens retornáveis de este ano equipamentos dotados de lavagem’, capaz de garantir índices
PET já usam resina reciclada, ago- uma tecnologia que, com uma nova de descontaminação suficientemente
ra presente também em embalagens configuração de lente e de sensor de elevados. “Nossos sistemas são mo-
de laticínios e de outros alimentos”, infravermelho, permite distinguir e dulares, e a superlavagem pode ser
diz Guimarães. separar garrafas PET de bandejas colocada posteriormente, mas ela já
monocamadas feitas com a mesma aparece em 90% da demanda que nos
reCiClagem hi teCh – A tecnologia de resina (além das separações mais é colocada”, destaca Adão Braga Pin-
reciclagem de PET em grau alimen- tradicionais, que entre outros que- to, gerente comercial da Seibt.
tício utilizada pelo grupo AG foi for- sitos incluem cores diferentes de Atualmente, ressalta o gerente,
necida pela Starlinger (empresa aus- PET). “Já conseguíamos separar as elevam-se de maneira bastante sig-
tríaca que além de sistemas de reci- garrafas das bandejas PET multica- nificativa as capacidades das plantas
clagem para praticamente todas as madas, mas também essa separação de reciclagem de PET: “Há cerca de
resinas fornece também equipamen- ficou agora mais precisa”, destaca cinco anos ainda se falava em unida-
tos para ráfia). Essa tecnologia, afir-
ma com Tobias Jungblut, diretor da
Starlinger Brasil, tem diferenciais GEOTÊXTEIS USAM PET RECICLADO
em relação aos concorrentes. Um de-
les: não trabalha com agitação dos PET reciclado já compõe a grande maioria do substrato dos ‘geotêxteis’,
materiais e, assim, não os fricciona como são chamados produtos sintéticos desenvolvidos para contato com o
e, portanto, não gera poeira capaz de solo (utilizados, por exemplo, na construção civil, em aplicações como imper-
interferir na qualidade do reciclado. meabilização e proteção mecânica, e em menor escala em usos agrícolas).
Além disso, prossegue Jungblut, “O material reciclado se desenvolveu muito, tem hoje características simila-
como a etapa de policondensação é res às da resina virgem, e deve agora representar 70% da matéria-prima dos
feita em estado sólido, ela permite a geotêxteis”, estima Fabricio Zambotto, coordenador do CTG – Comitê Técni-
rastreabilidade do material em todo co de Geossintéticos da Abint (Associação Brasileira das Indústrias de Não-
o processo, do ingresso no sistema tecidos e Tecidos Técnicos).
até a aplicação no produto final. “A A categoria dos não-tecidos, ele explica, é composta por outros produtos,
rastreabilidade permite, entre outras além dos geotêxteis, empregados também em setores como a indústria au-
coisas, garantir que o índice de visco- tomobilística. E esse universo dos não-tecidos, estima a Abint, hoje absorve
sidade seja aquele exigido pelo clien- quase 13% de todo o PET reciclado no Brasil. Índice que talvez pudesse ser
te e que todo o material foi submeti- maior: “O PET reciclado está muito valorizado, mas falta matéria-prima para
do ao mesmo grau de descontamina- a reciclagem”, pondera Zambotto. n
ção”, enfatiza o diretor da Starlinger.

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Linha de reciclagem da Seibt
pós-condensação e a granulação, e fi-
aplica a superlavagem nalmente as empresas que incluíam
as resinas assim recicladas na produ-
des para 500 kg/h, mas hoje qualquer ção de embalagens. “As consultas pa-
projeto já considera pelo menos 1,5 t/ recem indicar uma tendência, concre-
hora, e há plantas para 3 ou 4 tonela- tizável a médio prazo, de grandes em-
das por hora”, compara. presas – tanto produtores de embala-
Percebe-se também um movi- gens quanto fabricantes de bebidas e
mento de possível verticalização des- outros produtos – cuidarem elas pró-
se mercado, no qual tradicionalmente prias de receber o flake reciclado e a
sempre houve quem produzia o flake, partir daí desenvolver todo o proces-
depois quem realizava as etapas de so”, finaliza. n

PET DESAFIA ALUMÍNIO E AÇO NOS AEROSSÓIS


O uso de PET nas embalagens de aerossol (usualmen- rência permite a existência de janelas para a visualiza-
te feitas de alumínio ou folha de flandres) começou a ser ção do produto”, ressalta Daniela.
oferecido no Brasil com o nome de SprayPET pela Plas- Segundo ela, com outra tecnologia, há cerca de
tipak, multinacional fabricante de embalagens rígidas. “O um ano a Plastipak produz frascos de aerossol em PET
SprayPET pode ser utilizado em praticamente todas as para um cliente global. “Nos Estados Unidos, a emba-
aplicações, com a maioria das formulações e propelentes, lagem PET substituiu totalmente os frascos de alumí-
atendendo as normas europeias e norte-americanas para nio”, afirma Daniela.
embalagens do tipo aerossol”, afirma Daniela Tomatti, vi- O PET ganha espaço também em mercados como a in-
ce-presidente comercial e de desen- dústria de produtos de limpeza, para
volvimento de negócios da Plastipak o qual a Plastipak hoje produz com
na América Latina. essa resina embalagens para águas
Na Europa, ela diz, o SprayPET sanitárias (tradicionalmente feitas
já é empregado em algumas aplica- em PEAD). “Outra inovação nossa,
ções, especialmente no mercado da também utilizada no Brasil, é a em-
higiene pessoal e da limpeza, e está balagem de leite longa vida em PET
sendo testado no Brasil, onde a fá- monocamada. Existem embalagens
brica da empresa em Paulínia-SP já PET para leite com duas ou três ca-
se adequou à sua produção. “O PET madas, mas a monocamada é mais
permite embalagens aerossol com sustentável do ponto de vista da re-
design diferenciado, e sua transpa- ciclagem”, afirma. n

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NOTÍCIAS
CHEM-TREND INVESTE PARA
SUPRIR DEMANDA REGIONAL

A
fabricante de especiali- nando aumentos expressivos de com-
dades químicas voltadas petitividade em relação às antigas ba-

Divulgação
para aumento de desem- teladas. O carro-chefe do portfólio
penho industrial Chem- são os desmoldantes, insumos que po- Psillakis: produtos melhoram
Trend (integrante do Gru- dem melhorar o desempenho produti- desempenho na transformação
po Freudenberg) nos segmentos de vo dos clientes e seu perfil ambiental.
plásticos, pneus, borracha, poliureta- Produtos antigos usavam solventes de metais, de poliuretano (espumas e
nos, compósitos, madeira e fundição orgânicos, com risco mais elevado de rígidos), compósitos e peças feitas de
colhe os frutos do investimento de R$ segurança e saúde ocupacional. “Um materiais plásticos diversos. “Não fa-
60 milhões na construção da fábrica desmoldante precisa formar um filme zemos apenas desmoldantes, os ter-
nova de Valinhos-SP, inaugurada em muito bem ancorado sobre o molde e moplásticos, por exemplo, deles qua-
2016. A unidade de produção permi- deve ser inerte às reações químicas se não precisam, mas consomem nos-
tiu acelerar os trabalhos de nacionali- superficiais, do contrário viraria uma sos agentes de purga, lubrificantes de
zação de portfólio e formular produ- cola e seria impossível retirar o mate- moldes e bicos injetores, limpadores
tos mais adequados aos clientes locais. rial de lá”, explicou Psillakis. Ou seja, líquidos, primers e clear coats”, co-
A Chem-Trend iniciou suas opera- o insumo facilita e acelera o processa- mentou Noce.
ções no Brasil em 1986, com uma fá- mento e também protege os moldes, A ideia principal da companhia
brica na mesma cidade paulista, mas cujo custo é caríssimo. é oferecer soluções aos seus clientes
que operava com grande participa- Isso exige manter um contínuo para que eles consigam melhorar sua
ção de produtos importados. “Com o processo de pesquisa e desenvolvi- eficiência produtiva, reduzindo tem-
avanço dos produtos elaborados com mento de novas moléculas e formula- po de produção, perdas e o consumo
base em água, hoje com 70% do por- ções, apoiada por uma rede própria de de energia no processo, bem como
tfólio, contar com produção local se laboratórios espalhada por vários pa- minimizar os eventuais impactos am-
tornou fundamental”, comentou Mi- íses (a empresa atua em cinco regiões bientais. “O desmoldante contribui
guel Psillakis, vice-presidente exe- geográficas, atendendo a sete indús- para o acabamento de peças molda-
cutivo de marketing e tecnologia da trias consumidoras), com a coorde- das, como pneus, painéis de madei-
companhia. Além disso, ele explicou nação de uma estrutura corporativa de ra, fundidos metálicos ou pás de gera-
que as demandas variam muito de um P&D. Os desenvolvimentos são con- dores eólicos”, salientou Psillakis. A
país para outro, acompanhando prefe- duzidos por equipes formadas com companhia conta com 1.500 desmol-
rências dos consumidores finais, qua- especialistas de vários países, atuan- dantes em seu portfólio global.
lidade e estado da arte dos equipa- do em rede, permitindo identificar va- Além de preferir os desenvolvi-
mentos de produção e custos, exigin- riações úteis para cada local. “Inves- mentos com base em água, a Chem-
do adaptações. timos perto de 4,5% do faturamento Trend também envida esforços para
Com a fábrica de Valinhos, a uni- em P&D e nosso portfólio é totalmen- usar mais ingredientes de origem na-
dade brasileira fabrica quase 95% de te renovado a cada cinco anos”, co- tural renovável. “Observamos os ris-
tudo o que vende no país e na região. mentou Psillakis. A companhia tam- cos e a sustentabilidade das matérias-
“Mas 45% desse percentual depende bém mantém intercâmbio com uni- primas, o modo de produção e quais
da importação de algum insumo que versidades e institutos de pesquisas. os benefícios que a inovação pode le-
não é oferecido pela indústria quími- “Com universidades, o trabalho pre- var para os clientes”, salientou.
ca local”, afirmou Paulo José Noce, cisa ser bem planejado porque o pes- Quanto ao uso cada vez mais in-
vice-presidente e gerente-geral da soal da academia sempre quer publi- tensivo das tecnologias da informa-
Chem-Trend Hemisfério Sul e geren- car os resultados, mas isso nem sem- ção, na linha da Indústria 4.0, a com-
te-geral da SurTec do Brasil (empre- pre é interessante para nós, por envol- panhia desenvolve um plano estraté-
sa do Grupo Freudenberg especializa- ver informações que gostaríamos de gico de digitalização de seus proces-
da em galvanoplastia, que comparti- manter confidenciais”, afirmou. sos e procedimentos, buscando inte-
lha a infraestrutura da fábrica com a O setor automobilístico é o maior ração maior com os clientes. “Quan-
Chem-Trend). Isso inclui tipos espe- cliente da Chem-Trend em todo o do um cliente tem equipamentos in-
cíficos de glicóis, óleos e ceras. mundo. Considerando suprimentos teligentes, ele se beneficia por rece-
Fora o aumento da capacidade para montadoras e para manutenção ber mais dados de processo e esses
produtiva, a nova fábrica incorpo- de pós-venda, esse setor absorve 70% dados também nos interessam, pois
rou avanços tecnológicos em reação das suas vendas no Brasil. Isso inclui permitem orientar as recomendações
e emulsificação contínuas, proporcio- fornecimentos para a transformação e também indicar possibilidades para

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novos desenvolvimentos de produ- ções com clientes) é global e permi-
tos”, considerou Psillakis. Ele tam- te saber o que acontece com todas as
bém afirma que os clientes que ado- unidades do mesmo cliente espalha-
tam o conceito 4.0 passam a ter me- das pelo mundo. Além disso, todas as
lhor controle dos seus processos e se embalagens dos produtos da Chem-
tornam mais exigentes no desempe- Trend são rotuladas com QR-code,
nho dos insumos que consome, va- contendo todas as informações ne-
lorizando insumos de alta tecnolo- cessárias. E as compras on line es-
gia, foco de trabalho da Chem-Trend. tão crescendo como consequência

Divulgação
Segundo o executivo, o siste- do aumento da conectividade entre
ma de CRM (gerenciamento de rela- as partes. n (M.F.)
Pìmentel: energia eólica amplia
potencial de mercado no Brasil
OFERTA GLOBAL CAI E EPÓXI
RECUPERA RENTABILIDADE rujá. “Tínhamos um índice de ociosi-
dade muito alto que preocupava a ad-

G
uindada ao topo do cloro, álcalis e derivados, com ênfase ministração por ser insustentável; nas
ranking mundial dos pro- nos Estados Unidos. No século XXI, atuais conndições, posso dizer que
dutores de cloro/soda e houve a decisão de atuar globalmen- voltamos a ser sustentáveis, retoma-
resinas epóxi mediante a te e a compra dos negócios mundiais mos o volume que estava sendo su-
aquisição, em 2015, des- de cloro/soda e epóxi da Dow contri- prido pelos importadores”.
sas áreas de negócios da Dow Che- buiu muito para a transformação do O mercado brasileiro é interessan-
mical, a Olin anunciou recente inves- seu perfil. “Hoje atuamos com 19 de- te para a resina epóxi, contando com
timento de US$ 1 milhão para montar rivados de cloro/soda, incluindo po- robusto segmento de atividade volta-
laboratórios de controle de qualidade liuretano, agroquímicos e outros, isso do à manutenção industrial, grande
e de controle e tratamento de efluentes reduziu a dependência de poucos se- consumidora de tintas e adesivos. Pi-
líquidos no sítio produtivo de Guaru- tores de mercado”, considerou. mentel aponta duas vertentes de de-
já-SP. Com isso, esses serviços labo- No ramo dos epóxis, a Olin lide- manda por epóxis no país. A primei-
ratoriais deixam de ser efetuados por ra o ranking global com suas fábricas ra está nas tintas, usadas em segmen-
terceiros, sendo realizados com mais dos Estados Unidos, Europa, América tos diversos, desde o automotivo, na-
rapidez, com reflexos na produção. Latina e Pacífico, sendo também líder val, industrial e outros, aproveitando
“Com laboratório próprio, efetua- na produção de epicloridrina. “Faze- as características de não emissão de
remos o controle de qualidade de ma- mos bisfenol-A na Europa, mas a ope- VOC e de alta resistência química e
térias-primas e produtos finais com ração brasileira se abastece do forne- mecânica do material.
mais agilidade, além de podermos cedor local”, informou. A outra vertente está ligada aos
atender necessidades específicas de Pimentel explica que o merca- plásticos reforçados. No caso brasi-
alguns clientes”, comentou Luís Pi- do mundial de epóxi está em fase de leiro, a produção de pás para gerado-
mentel, diretor geral para América transformação. Há alguns anos, ha- res eólicos despontou como grande
Latina. Por sua vez, o laboratório vol- via uma superoferta de resinas, espe- mercado. “Houve uma retração en-
tado ao controle ambiental é funda- cialmente as fabricadas na China, que tre 2014 e 2017, mas os investimen-
mental para funcionamento de todo o estrangulavam a rentabilidade dos fa- tos em energia eólica estão voltando,
conjunto químico instalado no local. bricantes. “A China está adotando cri- é uma fonte limpa fundamental para
A área, que já pertenceu à Dow, hoje térios ambientais mais restritos e exi- o desenvolvimento do país”, comen-
abriga um condomínio químico, com gindo padrões de qualidade compatí- tou. No exterior, crescem as aplica-
várias empresas operando. “Somos os veis com os mercados mais avança- ções nos compósitos estruturais (para
responsáveis, contratualmente, pelo dos; essa mudança eliminou os exce- construção civil e automotiva) e em
monitoramento ambiental de todo o dentes baratos e devolveu a atrativi- eletroeletrônicos.
site, é uma responsabilidade grande dade ao negócio, por permitir com- Embora aponte grande potencial
que assumimos”, explicou. petição em bases iguais”, explicou. de crescimento de mercado no Bra-
Pimentel explicou que a Olin é Como reflexo, ele citou os preços da sil, Pimentel informou que a Olin não
uma empresa mais do que centenária, epicloridrina na região do Pacífico tem planos para aumentar a capacida-
fundada em 1892. Ao longo de sua que voltaram a subir, refletindo a ofer- de instalada local. “Leva algum tem-
história, dedicou-se a produzir itens ta curta na região. po para estudar o mercado e amadure-
variados, desde pólvora até produtos No Brasil, essa mudança se refle- cer a decisão de investir, com o tem-
farmacêuticos. Depois dos anos 1970, tiu imediatamente na ocupação da ca- po é possível que saia alguma coisa”,
a companhia concentrou seu foco em pacidade produtiva da planta do Gua- afirmou.n (M.F.)

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E VENTOS
 O 16º Encontro Brasileiro de Trata-  A Rio Oil & Gas 2018 será realiza- nizará pela primeira vez um pavilhão in-
mentos de Superfície – Ebrats, realizado da de 24 a 27 de setembro, no Riocentro, teiro (denominado PACKage Printing
pela Associação Brasileira de Tratamento Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, com o in- Pavillion) dedicado às tecnologias de
de Superfícies (ABTS), com apoio do Sin- tuito de marcar a retomada dos investi- embalagem e de impressão gráfica,
disuper e organização da Cipa Fiera Mi- mentos produtivos do setor no país. Será, cada vez mais voltada à digitalização,
lano, está marcado para 12 a 15 de se- como de costume, composta pelo con- para ante a Pack Expo International,
tembro, no São Paulo Expo. Paralelamen- gresso internacional e exposição de pro- que será realizada de 14 a 17 de outu-
te, estarão sendo promovidas a 11ª Fei- dutos e serviços, além de uma série de bro de 2018, no McCormick Place, em
tintas (do Sitivesp) e a 12ª Fesqua. Infor- eventos paralelos, sob a organização do Chicago(EUA). Informações: www.pa-
mações: www.ebrats.com.br. Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Bio- ckexpointernational.com.
combustíveis (IBP). Informações: www.
 Em 19 e 20 de setembro, o Pavilhão riooilgas.com.br.  A Plástico Brasil – Feira Interna-
Azul do Expo Center Norte, em São Pau- cional do Plástico e da Borracha, pro-
lo, abrigará a in-cosmetics Latin Ame-  O 1st Brazilian Symposium on Sus- movida pelo Informa Group, com apoio
rica 2018, promovida pela Reed Exhibi- tainable Chemistry (BSSC) será realiza- da Abimaq e da Abiquim, confirmou sua
tions Alcantara Machado, com apoio da do em São Pedro-SP, entre 1º e 3 de outu- segunda edição para 25 a 29 de mar-
Abihpec, para apresentar as tendências bro de 2018, com a organização do Cen- ço de 2019, no São Paulo Expo. Infor-
atuais do mercado de higiene e beleza. A tro de Excelência para Pesquisa em Quí- mações e reservas: www.plasticobra-
novidade deste ano é o Spotlight On, es- mica Sustentável (CERSusChem), sedia- sil.com. n
paço no qual os visitantes terão contato do na Universidade Federal de São Carlos
com ingredientes funcionais e poderão (UFSCar). O BSSC abordará temas como
ver a aplicação de produtos finais elabo- síntese, catálise e ciências dos materiais,
rados com eles. Informações: http://lati- energia, produtos químicos a partir de re- Í N D I C E D O S A N Ú N C I O S
namerica.in-cosmetics.com/pt-br/. cursos renováveis e engenharia verde,
bem como educação em química verde e
 Estão abertas até 20 de setembro as engenharia. A programação inclui pales- BAUSANO ........................ 4a capa
inscrições para o WorldStar Packaging tras com pesquisadores do Brasil, Ale- BRASKEM ..................................5
Awards 2019, promovido pela World Pa- manha, Países Baixos, Reino Unido e Es- BRASKEM (PICPLAST) ............17
ckaging Organization (WPO). O último tados Unidos, além de sessão de pôste-
CHEMOURS ...............................7
certame registrou 300 candidatas, vindas res selecionados. Informações no site: ht-
de 38 países. Podem se inscrever emba- tps://bssc.faiufscar.com/. DYNAFLOW ..............................23
lagens inovadoras que já tenham recebi- HELPTECH .................................9
do prêmios nacionais reconhecidos pela  O 52º Encontro Anual da Associa-
ID MAGNÉTICOS ......................28
WPO, para serem apreciadas pela comis- ção Petroquímica Europeia (EPCA) será
são julgadora que se reunirá durante o 2º realizado de 7 a 10 de outubro em Viena IJ MÁQUINAS...........................29
Encontro da Direção da entidade, marca- e terá como tema “Petroquímicos e a eco- MAINARD ................................28
do para 24 de outubro, em Jinan, China. nomia de baixo carbono: soluções versá- PRIMOTÉCNICA .......................15
A embalagem vencedora será anunciada teis para maio sustentabilidade”. Informa-
REPLAS ...................................11
em dezembro, mas o prêmio será entre- ções: www.epca.eu.
gue apenas em maio de 2019, em Pra- SEPRO DO BRASIL .......... 2a capa
ga, na República Tcheca, em cerimônia  A Associação para Embalagem e TECK TRIL ...............................13
oficial da WPO. Informações: www.worl- Tecnologia de Processamento, PMMI,
dstar.org. dos Estados Unidos, informou que orga-

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