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Aromatologia PDF
Aromatologia PDF
Qualquer frasco de óleo essencial carrega o aviso: “não ingerir”. Mas, na aromatologia
o uso interno é seguramente recomendável. Ao contrário do que se acredita, isso não é
perigoso ou irresponsável, já que muitos medicamentos dão advertências ao público ou não
estão disponíveis a ele de uma certa maneira, mas, nas mãos de um terapeuta qualificado,
eles podem ser usados seguramente.
Quando a aromaterapia foi importada para a Inglaterra nos meados do século XIX, ela
foi introduzida através da estética. Assim, começou-se diluindo os óleos essenciais em óleos
carreadores para uso de uma forma terapêutica distinta, sendo a massagem introduzida e
vindo esta forma de prática a ser conhecida pelos franceses como o “Estilo Inglês de
Aromaterapia”. Como a primeira Organização de Aromaterapia na Inglaterra era formada
basicamente por esteticistas, as regras da estética a serem seguidas são de nunca se utilizar
nada oralmente. Essa regra foi benéfica por um lado, porque os produtos de aromaterapia
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estavam disponíveis no mercado de qualquer maneira. A qualidade e a pureza desses
produtos era, no mínimo, questionável. Se esses produtos, adulterados e sintéticos, eram
perigosos se usados topicamente, podemos imaginar os danos se usados oralmente.
Hoje em dia, existe um debate sobre uma legislação apropriada ao uso de óleos
verdadeiros. Eles estiveram presentes na Farmacopéia Britânica por muitos anos, vindo a se
tornarem a base de muitos medicamentos que ainda são utilizados hoje em dia. Contudo óleos
essenciais verdadeiros não podem ser regulamentados como remédios. Devido a eles serem
obtidos de uma simples planta, e as plantas estarem sujeitas a uma série de variáveis (do
clima, solo, quantidade de luz, etc), é impossível determinar de forma adiantada a
cromatografia (GLC) de qualquer óleo. Até o presente momento a maioria dos óleos essenciais
verdadeiros estão enquadrados dentro da legislação de alimentos e cosméticos. Este é o caso
para um “padrão base”, não do tipo “padrão de eficácia” que existe nos EUA, para se
estabelecer e que pode permitir um conceito apropriadamente adequado dos óleos essenciais,
tanto utilizando-os na aromaterapia pela massagem ou intensivamente em aplicações tópicas
ou internamente como na aromatologia.
O foco da discussão sobre os óleos usados na aromatologia tem sido no seu uso
interno. Apesar do uso interno estar sendo estudado em profundidade, seu uso prático tem sido
restringido à problemas digestivos. Isso é uma generalização que ignora a variedade dos
diferentes e possíveis usos da aromatologia. Ainda mais comum é a aplicação intensiva do uso
tópico, o que vai do uso de 2 ou 3 gotas até 3 a 4 ml, dependendo do caso. Citando um caso
do tratamento de esclerose múltipla, uma combinação de 80 gotas de óleos apropriados ao
fortalecimento do sistema imunológico, foi aplicada na pele de um cliente diariamente, em um
período total de cinco dias. O resultado foi uma melhora significativa, percebendo o próprio
cliente a melhora de sua vitalidade. Esse tratamento foi o suficiente para dar início a um total
processo de cura e um caminho para se voltar para uma vida mais ativa e equilibrada.
Reconhecendo que alguns não aceitam a esclerose múltipla como uma desordem válida, os
resultados mostraram que a saúde do cliente foi dramaticamente melhorada após a aplicação
intensiva dos óleos essenciais. Os efeitos foram duradouros e o tratamento foi levado adiante
utilizando diluições normais da aromaterapia para uso em casa.
sobre o uso de óleo de hortelã pimenta para síndrome do intestino irritado. Observando-se
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cada período do tratamento notou-se que os pacientes se sentiram significativamente melhores
depois da ingestão de cápsulas de hortelã pimenta quando comparados com um placebo
(p,0.001) e considerando-se o óleo de hortelã pimenta melhor do que o placebo no alívio dos
sintomas abdominais (p,0.001). Pacientes que ingeriram o óleo de hortelã tiveram um número
reduzido de sintomas diários (p, 0.001) mas não houve redução no número contrações
intestinais diárias (Dew et al, 1984: 398).
Valnet apresenta muitos estudos de casos em seu trabalho sobre aromaterapia, entre eles:
Existem muitos outros estudos clínicos sobre óleos essenciais que demonstraram sua
eficácia, notavelmente entre eles os estudos de Penoel. Juntamente com Franchomme,
Penoel, que tem estado na vanguarda de muitos dos experimentos e ensinos das várias
aplicações da aromatologia. O conceito total da aromaterapia tem sido aceito na Inglaterra
(e tem então significado a introdução da aromatologia) por Shirley Price. Houve muitos
outros no início dos anos 70, que introduziram alguns aspectos da aromaterapia, mas
somente Price continuou defendendo o uso holístico dos óleos essenciais. Tisserand,
recentemente, também tem defendido esta forma de uso dos óleos essenciais. (Tisserand,
1977: 319).
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sustentáveis que as separe de qualquer forma, sendo no uso da massagem ou de outras
formas. É conhecido que o uso irresponsável dos óleos internamente pode causar
irritações no estômago. Isso deve ser levado em conta. Entretanto, o uso irresponsável de
qualquer outro medicamento fará o mesmo. A aspirina, por exemplo, sabe-se que ela
exacerba úlceras estomacais, sendo que alguns ainda sugerem que a ela é uma causa das
úlceras. Então é por isso que aromaterapeutas (que praticam aromatologia) precisam ser
treinados com tanto rigor quanto qualquer médico. Existe um argumento em que a cirurgia
cerebral é perigosa e não deveria ser feita. Nem todos os médicos são competentes o
suficiente para realizar uma cirurgia cerebral. Mas um cirurgião bem treinado poderá
realizar tal operação com segurança e esperando obter um resultado positivo.
Similarmente, alguns óleos essenciais podem causar severas irritações cutâneas se
aplicados em largas quantidades, mas um terapeuta terá que ser bem treinado para saber
a química e os perigos de diferentes aplicações de um óleo em particular.
Pode ser possível que a cautela dos que defendem e querem preservar o “uso inglês”
da aromaterapia seja motivado por um instinto de sobrevivência. Porque o período de
estudo para um uso mais amplo da aromaterapia é maior e o curso é definitivamente muito
mais científico. A defesa da aromatologia não é uma defesa contra os que não tiveram um
estudo mais acadêmico sobre o assunto, mas que se interessam pelo assunto. Como com
qualquer outra disciplina, existem diferentes limiares, que permitem uma prática mais
ampla, cada nível com seus diferentes focos. A massagem continua a ser uma terapia
válida, mas não é a soma da aromaterapia. No momento presente, a política defendida
pelos vários grupos, que tentam promover seu uso em particular, ameaça apagar o
propósito de qualquer terapia, o qual seria beneficiar pessoas. Certamente, o único
propósito válido em qualquer terapia é o de ajudar as pessoas a redescobrirem a saúde e,
juntamente com isso, um senso de auto estima. Se a aromatologia tem alguma
contribuição positiva a ser feita como uma parte intrínsica da aromaterapia, então todos os
argumento contrários serão inválidos.
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Referências:
1. Drew, M J, Evans, B K, Rhodes, J. 1984 "Peppermint Oil for the Irritable Bowel Syndrome: A
Multicentre Trial." The British Journal of Clinical Practice (1984), 394-395.
4. Lis-Balchin, M. 1997 "Essential Oils and 'aromatherapy': their modern role in healing." Journal of the
Royal Society of Health (1997), 117(5): 324-329.
5. May, B, Kuntz, H, Kieser, M, Kohler, S 1996 "Efficacy of a Fixed Peppermint Oil/Caraway Oil
Combination in Non-ulcer Dyspepsia." Arzneim-Forsch/Drug Res. (1996) 46(II), 1149-1153.
8. Price, S, Price, L. 1995 Aromatherapy for Health Professionals, Edinburgh: Churchill Livingstone.
10. Tisserand, R, Balacs, T. 1995 Essential Oil Safety: A guide for health care professionals. Edinburgh:
Churchill Livingstone.
12. Zarno, V. 1994 "Candidiasis: A Holistic View." The International Journal of Aromatherapy (1994) 6(2):
20-23.
14. [Breves comentários] Flégner, Fábián László - Guia de óleos essenciais de todo o mundo – Ed. Laszlo
(em prelo)
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