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Sistemas Estruturados em Redes de Computadores
Sistemas Estruturados em Redes de Computadores
A implantação de um tipo particular de topologia de rede para dar suporte a um dado conjunto
de aplicações não é uma tarefa tão simples. Cada arquitetura possui características que afetam
sua adequação a uma aplicação em particular.
Objetivos
Arquiteturas modulares
Nenhuma solução para a infra-estrutura de uma rede de computadores pode ser classificada
como definitiva quando analisada em um contexto geral. Muitos atributos devem ser
cuidadosamente observados o que torna qualquer comparação bastante difícil e complexa. Em
muitos casos deve-se dar preferência pelas soluções modulares.
A modularidade de uma rede pode ser caracterizada como sendo o grau de alteração de
desempenho e de funcionalidades que esta rede pode experimentar devido a mudanças no seu
projeto original. Dentre os benefícios que as arquiteturas modulares oferecem estão as
facilidades para modificações das funções lógicas dos elementos de hardware, que permitem
sua substituição independente da sua relação com outros elementos.
Além disso, um sistema modular oferece ainda a facilidade para crescimento no que diz respeito
às configurações, permitindo melhorias de desempenho e funcionalidade e um baixo custo para
ampliações e mudanças de layout.
Um ponto que deve ser observado na implantação de uma rede de computadores é a sua
facilidade de uso e manutenção, tanto para os usuários da rede quanto para seus
administradores. Esta deve possuir um conjunto básico de componentes e ferramentas capazes
de oferecer os serviços necessários com qualidade para seus usuários, mas também facilidades
para viabilizar a adição de novos equipamentos e manutenção do sistema como um todo para
os seus administradores.
Para facilitar a sua implementação, o projeto de uma rede de computadores pode ser dividido
basicamente em duas etapas: o projeto físico e o projeto lógico. O projeto físico refere-se à
topologia física da rede propriamente dita, composta pelos meios de comunicação (que podem
ser pares metálicos, fibras ópticas, rádio enlaces, etc), pelos dispositivos de rede (placas de
rede, switches, hubs, roteadores, etc), pelos próprios computadores e demais elementos
constituintes do hardware.
Já o projeto lógico diz respeito à topologia lógica das partes físicas, ou seja, o conjunto de
regras que permitem o funcionamento de todo o conjunto do hardware de rede. Assim, o projeto
lógico trata do conjunto dos recursos que os usuários vêem quando estão utilizando a rede, tais
como espaço em disco rígido, impressoras e aplicativos aos quais um computador tem acesso
quando está conectado na rede.
Confiabilidade
Uma rede bem dimensionada é caracterizada pela capacidade de suportar todas as aplicações
para as quais foi projetada inicialmente, bem como aquelas que futuramente possam surgir. Não
deve ser vulnerável à tecnologia, ou seja, seu projeto deve prever a utilização de novos
recursos, sejam novas estações, novos padrões de transmissão, novas tecnologias, etc. A
qualidade e eficiência da rede têm relação direta com o seu projeto, com as operações
realizadas entre suas estações, com sua confiabilidade e seu custo operacional.
A confiabilidade de uma rede pode ser medida, por exemplo, em termos do tempo decorrido
entre falhas que aconteçam durante seu funcionamento e também por sua capacidade de
recuperação. Na ocorrência de defeitos, a rede deve ser tolerante a falhas causadas por
hardware e/ou software, de forma que tais falhas causem apenas uma alteração momentânea
no seu funcionamento.
Para o caso de problemas mais graves, a rede deve possuir dispositivos de redundância que
sejam automaticamente acionados tão logo ocorra uma falha ou esta seja detectada. O ideal é
que a rede seja capaz de continuar operando mesmo com a presença de falhas, embora com
um desempenho menor.
Custo X Desempenho
O custo de uma rede pode ser dividido entre o custo das estações de processamento
(computadores, servidores, etc), o custo das interfaces com o meio de comunicação e o custo
do próprio meio de comunicação. Do custo das conexões e interfaces dependerá muito o
desempenho que se espera da rede. Redes de baixo a médio desempenho usualmente
empregam poucas estações com um baixo througput (a quantidade de dados transmitida em
uma unidade de tempo). Com isso, as interfaces e conexões normalmente são de baixo custo
devido as suas limitações e aplicações. Redes de alto desempenho (alto througput), requerem
interfaces e conexões de custos mais elevados devido em grande parte aos protocolos de
comunicação utilizados e ao meio de comunicação que exige uma maior eficiência no controle
de erros.
Uma das finalidades mais simples de uma rede é o compartilhamento de informações entre dois
ou mais usuários. Entretanto, podem ser necessários compartilhamentos mais complexos e com
grande tráfego de informações e, conseqüentemente, redes com diversos níveis de
complexidade.
Um cabeamento de rede realizado sem critérios técnicos poderá até funcionar bem inicialmente.
No entanto, uma documentação com poucos detalhes, a utilização de equipamentos e
acessórios de procedência duvidosa e implantação executada por pessoal técnico não
qualificado sujeitarão a infra-estrutura da rede a problemas freqüentes de difícil localização e
solução, criando dificuldades para o gerenciamento e mesmo para expansão futura.
Infra-estrutura de rede
Por definição, um sistema estruturado baseia-se na disposição de uma rede de cabos que
suporte qualquer equipamento de telecomunicações (todos os sistemas de sinais de baixa
voltagem que conduzam informações dentro dos edifícios, tais como voz, dados, imagem,
segurança, etc.) e que possa ser facilmente redirecionada, no sentido de prover um caminho de
transmissão entre quaisquer pontos desta rede.
Uma rede estruturada elimina a dispersão dos cabos destinados ao transporte dos sinais de
dados na área de instalação, não permitindo a mistura com os demais cabos de eletricidade e
controle, por exemplo, identificando os cabos e facilitando a manutenção. Dessa forma, garante
a flexibilidade e facilidade de manutenção. Com esta solução, é possível eliminar os cabos
desnecessários, já que é feito um remanejamento na estrutura da rede.
Opções de cabeamento
O que faz um sistema de cabeamento estar apto para atender as exigências técnicas dos novos
padrões de comunicação não é apenas a escolha dos componentes, mas sim quatro níveis de
competência: Projeto, escolha dos produtos, instalação e certificação. Os produtos utilizados
asseguram a perfeita conectividade para os dispositivos de redes existentes e preparam a infra-
estrutura para as tecnologias emergentes. A topologia empregada facilita os diagnósticos e
manutenções.
A opção pela utilização da fibra óptica na instalação de uma rede de computadores em lugar de
soluções de cabeamento de par metálico convencional apresenta vantagens significativas
devido à capacidade da fibra em permitir o tráfego das informações com velocidades elevadas.
Entretanto, cada tipo de fibra óptica tem seus prós e contras no que diz respeito a sua utilização
em uma rede de computadores. Por exemplo, a fibra padrão utilizada nas aplicações de redes
locais (LAN) é a fibra óptica multimodo de 62,5m m que possui uma largura de banda
virtualmente ilimitada para as aplicações nas distâncias envolvidas em redes locais (até
aproximadamente 200 metros), sendo suficiente para atender as topologias das redes atuais.
Nos casos de distâncias superiores aos 200 metros, os cabos de fibra óptica monomodo
oferecem uma solução mais atraente, pois esse tipo de fibra apresenta uma capacidade maior
de largura de banda em relação à fibra multimodo. Essa maior largura de banda da fibra
monomodo é uma vantagem importante que deve ser levada em conta no momento de utilizá-la
em um novo projeto de uma rede de computadores.
Ao contrário dos cabos de cobre, a fibra óptica não sofre problemas de atenuação por aumento
de frequências. Outros fatores afetam a largura de banda na fibra óptica. Por exemplo, um dos
fatores principais é a dispersão (ou espalhamento) que o pulso de luz sofre conforme trafega
pelo núcleo da fibra óptica. Quanto maior o comprimento do cabo, maior será a dispersão do
sinal óptico e, com uma dispersão excessiva, o sinal poderá não ser reconhecido no ponto de
recepção.
A evolução das tecnologias de redes é outro fator que deve ser considerado na escolha de um
tipo específico de fibra óptica. Com o passar do tempo, novos padrões e protocolos de
aplicação são implementados, com velocidades cada vez mais elevadas e várias características
como, por exemplo, a largura de banda das fibras ópticas, são fatores importantes que devem
ser levados em consideração no projeto de uma rede. Com o uso cada vez maior de sistemas
baseados na tecnologia Gigabit, por exemplo, os sistemas necessitam usar cada vez mais uma
maior largura de banda.
A melhor solução para um projeto de rede utilizando fibras ópticas irá depender de uma série de
fatores, dentre eles os mais significativos que irão determinar a viabilidade futura de um projeto
serão o tipo e as características ópticas (largura de banda) da fibra utilizada. Outros fatores que
devem ser considerados são os seguintes:
- As distâncias envolvidas na rede;