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Tecnologia da Soldagem
Conteúdo
História da Solda.................................................................................................................................................. 4
Soldagem............................................................................................................................................................. 5
O que é soldagem? .............................................................................................................................................. 5
Soldabilidade ....................................................................................................................................................... 7
Metalurgia da solda ............................................................................................................................................. 8
Requisitos: Processos de Soldagem ...................................................................................................................... 9
ELETROTÉCNICA BÁSICA REFERENTE À SOLDAGEM ............................................................................................ 10
Corrente elétrica................................................................................................................................................ 10
CLASSIFICAÇÃO DAS CORRENTES ELÉTRICAS ...................................................................................................... 11
Corrente contínua e corrente alternada ............................................................................................................. 11
Corrente contínua (CC) ou (DC) (símbolo =)........................................................................................................ 11
Corrente alternada (CA) ou (AC) (símbolo ~) ...................................................................................................... 11
Onde encontramos a corrente alternada e contínua .......................................................................................... 12
Corrente alternada (CA) ou (AC)......................................................................................................................... 12
Corrente contínua (CC) ou (DC) (símbolo =)........................................................................................................ 12
A medida de corrente elétrica necessária para realizar uma soldagem............................................................... 12
Tensão elétrica (voltagem)................................................................................................................................. 13
Efeito de tensão (voltagem) na soldagem .......................................................................................................... 14
Intensidade da corrente (amperagem) ............................................................................................................... 14
Sentido de circulação da corrente ...................................................................................................................... 14
Material condutor ............................................................................................................................................. 15
Material isolante ............................................................................................................................................... 15
Resistência elétrica ............................................................................................................................................ 15
Manter arco elétrico em atividade ..................................................................................................................... 16
Comprimento do arco ........................................................................................................................................ 16
Voltímetro e amperímetro ................................................................................................................................. 17
Efeitos da polaridade na soldagem .................................................................................................................... 17
Polaridade ......................................................................................................................................................... 17
SOLDA ELÉTRICA – Eletrodo Revestido. .............................................................................................................. 18
Fundamentos do processo ................................................................................................................................. 18
Máquinas para soldagem ................................................................................................................................... 18
Efeito da polaridade na soldagem ...................................................................................................................... 19
Cabos de soldagem ............................................................................................................................................ 20
Porta eletrodo ................................................................................................................................................... 20
Grampo (conector de terra) ............................................................................................................................... 20
Escova de aço e picadeira .................................................................................................................................. 20
Consumível – Eletrodo ....................................................................................................................................... 21
Funções elétricas de isolamento e ionização ...................................................................................................... 21
Funções físicas e mecânicas ............................................................................................................................... 21
Funções metalúrgicas ........................................................................................................................................ 21
Especificação da AWS ........................................................................................................................................ 22
Classificação eletrodo para aço inoxidável ......................................................................................................... 24
Exercícios........................................................................................................................................................... 27
A soldagem está intimamente ligada às mais importantes atividades industriais que existem
no mundo moderno: construção naval, ferroviária, aeronáutica e automobilística, caldeiraria,
construção civil metálica, indústria metalúrgica, mecânica e elétrica. Na verdade, é rara, se é
que existe, a indústria que pode prescindir da soldagem como processo de produção ou de
manutenção.
Então, ter conhecimento profundo sobre soldagem implica em ter conhecimentos sobre
diversas áreas como a metalurgia, a mecânica, a eletrotécnica, a eletrônica, a resistência dos
materiais e ciências como a física e a química, que já citamos.
O que é soldagem?
Está difícil? Vamos explicar. Com a soldagem, você pode unir dois pedaços de material,
usando calor com ou sem pressão. Nesse processo, você pode (ou não) ter a ajuda de um
terceiro material, que vai funcionar como uma espécie de “cola“, que chamamos o material de
adição. Fácil, não?
“Que vantagem! Eu posso unir dois materiais parafusando, rebitando, colando!” Se você está
pensando assim, tem até razão. Em parte... Esses métodos realmente servem para unir
materiais. Porém, a grande “sacada” da soldagem é a possibilidade de obter uma união em
que os materiais têm uma continuidade não só na aparência externa, mas também nas suas
características e propriedades mecânicas e químicas, relacionadas à sua estrutura interna.
Embora se possa empregar técnicas de soldagem para vidro e plástico, por exemplo, vamos
manter nossa atenção voltada para os processos de soldagem das ligas metálicas, já que o
O calor é necessário porque grande parte dos processos de soldagem envolve a fusão dos
materiais, ou do material de adição, no local da solda. Mesmo quando se usa pressão e, às
vezes, o ponto de fusão não é atingido, o aquecimento facilita a plasticidade do metal e
favorece a ação da pressão para a união dos metais.
O primeiro processo de soldagem por fusão com aplicação prática foi patenteado nos Estados
Unidos em 1885. Ele utilizava o calor gerado por um arco estabelecido entre um eletrodo de
carvão e a peça. O calor do arco fundia o metal no local da junta e quando o arco era retirado,
o calor fluía para as zonas adjacentes e provocava a solidificação do banho de fusão.
Uma nova e significativa evolução aconteceu nesse processo alguns anos mais tarde, quando
o eletrodo de carvão foi substituído por um eletrodo metálico. O processo de aquecimento
passou, então, a ser acompanhado da deposição do metal fundido do eletrodo metálico na
peça.
Soldabilidade
Para obter a solda, não basta apenas colocar duas peças metálicas próximas, aplicar calor
com ou sem pressão. Para que a soldagem realmente se realize, os metais a serem unidos
devem ter uma propriedade imprescindível: a soldabilidade.
O principal fator que afeta a soldabilidade dos materiais é a sua composição química. Outro
fator importante é a capacidade de formar a série contínua de soluções sólidas entre um
metal e outro. Assim, devemos saber como as diferentes ligas metálicas se comportam diante
dos diversos processos de soldagem.
Se o material a ser soldado exigir muitos cuidados, tais como controle de temperatura de
aquecimento e de interpasse, ou tratamento térmico após soldagem, por exemplo, dizemos
que o material tem baixa soldabilidade. Por outro lado, se o material exigir poucos cuidados,
dizemos que o material tem boa soldabilidade. O quadro a seguir resume o grau de
soldabilidade de alguns dos materiais metálicos mais usados na indústria mecânica.
Soldabilidade
Aço inox X X
Aços-liga X
Liga de alumínio X
Liga de cobre X
Como se vê, a soldabilidade mútua dos metais varia de um material metálico para outro, de
modo que as juntas soldadas nem sempre apresentam as características mecânicas
desejáveis para determinada aplicação.
Metalurgia da solda
Dependendo do processo de soldagem que se use, e da natureza dos metais que estão
sendo soldados, teremos um maior ou menor tamanho da zona afetada termicamente. Por
exemplo, na soldagem manual ao arco com eletrodos revestidos finos, a zona afetada
termicamente é menor do que na soldagem a gás. É nessa zona que uma série de fenômenos
metalúrgicos ocorrem.
Na região próxima à junta soldada, está a zona de ligação, na qual se observa uma transição
entre a estrutura do metal fundido e a do metal de base.
Próximo a essa faixa, está a zona afetada termicamente na qual o metal é superaquecido de
modo que haja um aumento do tamanho do grão e, portanto, uma alteração das propriedades
do material. Essa faixa é normalmente a mais frágil da junta soldada.
Um dos maiores problemas da soldagem de metais é que eles reagem rapidamente com a
atmosfera quando sua temperatura aumenta. O método de proteger o metal quente do ataque
da atmosfera é a segunda característica mais importante de distinção entre os processos.
Alguns processos foram desenvolvidos para aplicações muito específicas enquanto outros
são flexíveis e podem ser utilizados em vários tipos de atividades de soldagem.
Embora a soldagem seja usada principalmente para junção de metais similares e dissimilares,
ela também é usada para reparar e reconstruir componentes desgastados ou danificados.
Existe ainda uma crescente gama de aplicações para o revestimento duro de partes novas,
originando superfícies com resistência a corrosão, abrasão, impacto e desgaste.
Quando as cargas negativas são postas em movimento, pela aplicação de uma força elétrica,
produzem uma corrente elétrica. Todas as substâncias contêm grandes quantidades de
cargas negativas chamadas elétrons, sendo que estes, na sua quase totalidade, estão
subordinados aos seus núcleos, de cargas positivas, denominados prótons.
Aqueles que são livres, desunidos, perambulam a esmo, até que sejam forçados a mover-se
numa dada direção, o que sucede quando uma força elétrica é aplicada adequadamente.
Há diversas espécies de corrente elétrica usada na prática diária atual, cada uma delas tendo
seu campo especial de aplicação. Em geral, distingue-se a corrente contínua e a alternada.
A corrente contínua (ou direta) é aquela em que os elétrons se movem sempre na mesma
direção. Insto é do pólo negativo (-) para o positivo (+).
Tem a definição da polaridade pólo (positivo +) ou (negativo-).
Isto significa que a fonte de suprimento é um gerador, um retificador, uma bateria ou uma
pilha.
A corrente alternada é a que varia tanto em magnitude quanto em direção e o faz com
perfeita regularidade. Todas as alterações devem dar-se semelhante num dado período de
tempo. Assim, uma corrente alternada de 60 ciclos é aquela em que cada fluxo positivo ou
negativo se repete com fidelidade em 1/60 de segundo.
Comparando a corrente elétrica com a água que sai de uma torneira, a amperagem
corresponderia à quantidade da água e a voltagem, à pressão sob a qual ela corre da
torneira. Em ambos os casos são interdependentes.
Logo que se abre torneira e arco, começam a fluir água e corrente, enquanto a pressão da
água e voltagem da corrente baixam; esta última, geralmente para algo em torno de 22 a 30
volts e se chama “voltagem de arco” ou “voltagem do trabalho”.
No caso do eletrodo grudar á peça, o que acontece muito a um soldador novato, a corrente se
põe em curto-circuito, a voltagem desce ao mínimo, mas a amperagem sobe ao máximo e
vermelha a ponta do eletrodo e se deixar mais tempo, o eletrodo todo, a menos que a
situação seja sanada pelo rápido arranco (desgrudar) da peça.
A voltagem em uma rede elétrica pode ser de: 110, 220, 380, 440 ou mais voltagem,
dependendo do local da rede.
Exemplo da pilha:
Uma pilha tem 1,5 volts, essa voltagem oferece baixa pressão na corrente, essa pressão não
consegue vencer alguns obstáculos, (ex.: nosso corpo) mas se colocarmos varias pilhas
interligadas as voltagens serão somadas.
A corrente elétrica, seja ela alternada ou contínua, pode ter sua voltagem (v) medida. O
aparelho que mede a voltagem é o voltímetro.
A corrente elétrica, seja ela alternada ou contínua, pode ter sua intensidade medida.
O aparelho que mede a amperagem (A) é o amperímetro.
Material isolante
São corpos que, dentro de uma determinada faixa de tensão, não permitem a passagem da
corrente elétrica.
Os materiais isolantes mais usados são:
Porcelana, mica, celerom, baquelita, borracha, plástico, etc.
Resistência elétrica
É a dificuldade que um corpo oferece a passagem da corrente elétrica.
Essa dificuldade de passagem da corrente gera calor e em alguns caso é desejável e em
outros não.
Na conexão do cabo terra a obra, solta, suja, com tinta, ferrugem, sem pressão na
mola, etc.
Na conexão do alicate porta eletrodo.
Alicate porta eletrodo com seus mordentes gastos, mola sem pressão, com falta de
aperto no cabo, etc.
Ligação dos cabos terra e do alicate porta eletrodo nos terminais da máquina.
Cabos do alicate porta eletrodo e terra em mau estado.
Para manter o arco elétrico em atividade deve se deixar durante a soldagem um afastamento
conveniente entre um pólo (peça) pra outro (eletrodo).
Esse afastamento é chamado de comprimento do arco.
Comprimento do arco
A força do arco atua em forma de cone. Assim, quanto menor o comprimento do arco mais
concentrado será a sua força. Isto é, ela estará agindo numa área menor conforme podemos
ver no desenho a seguir. Um maior comprimento do arco faz com que essa força atue numa
área maior.
Voltímetro e amperímetro
Fundamentos do processo
Soldagem com eletrodo revestido (SAER) é a união de metais
pelo aquecimento entre a ponta de um eletrodo revestido e a
superfície do metal base, na junta que está sendo soldada.
O metal fundido do eletrodo é transferido através do arco
elétrico até a poça de fusão do metal base, formando assim o
metal de solda.
Uma escoria liquida de densidade menor do que a do metal
liquido, que é formada do eletrodo e das impurezas do metal
de base, sobrepondo a poça de fusão protegendo-a da
contaminação atmosférica. Uma vez solidificada, esta escória controlará a taxa de
resfriamento do metal de solda já solidificado. O metal de adição vem da alma metálica do
eletrodo (arame) e do revestimento que em algum caso é construído de pó de ferro e
elementos de liga.
A soldagem com eletrodo revestido é o processo de soldagem mais usado de todos que
falaremos, devido à simplicidade do equipamento, à qualidade da solda, e do baixo custo dos
equipamentos e dos consumíveis. Ele tem grande flexibilidade e solda a maioria dos metais
numa grande faixa de espessuras. A soldagem com este processo pode ser feita em quase
todos os lugares em condições extremas.
Transformador - Fornece somente corrente alternada (CA) não define polaridade (+ -).
c) Corrente alternada (CA) – a polaridade alterna a cada inversão da corrente. Com este
tipo de configuração, a geometria do cordão será intermediária àquela obtida em CC+ CC-.
São usados para conectar o porta eletrodo e o grampo à fonte de energia. Eles devem ser
flexíveis para permitir fácil manipulação. Eles fazem parte do circulo de soldagem e consistem
de vários fios de cobre enrolados juntos e protegidos por um revestimento isolante e flexível
(normalmente borracha sintética). Os cabos devem ser mantidos desenrolados, quando em
operação, para evitar a queda de tensão e aumento de resistência por efeito joule.
Porta eletrodo
É simplesmente um dispositivo que permite que ao soldador segure e controlar o eletrodo.
Consumível – Eletrodo
O eletrodo, no processo de soldagem com eletrodo revestido, tem várias funções importantes.
Ele estabelece o arco e fornece metal de adição para a solda. O revestimento do eletrodo
também tem funções importantes na soldagem. Didaticamente podemos classificá-las em três
funções elétricas, físicas, e metalúrgicas.
1. Revestimento.
2. Alma.
3. Gás.
4. Poça de fusão.
5. Metal base.
6. Escória.
7. 7- Zona fundida.
a) Fornece gases para a formação da atmosfera protetoras das gotículas do metal contra
a ação do hidrogênio da atmosfera.
b) O revestimento funde e depois se solidifica sobre o cordão de solda, formando uma
escória de material não metálico que protege o cordão de solda da oxidação pela atmosfera
normal, enquanto a solda está resfriando.
c) Proporciona o controle da taxa de resfriamento e contribui no acabamento do cordão.
Funções metalúrgicas
Essa especificação da American Welding Society (AWS) foi desenvolvida ao longo dos anos
por um comitê compostos de membros que representam os fabricantes de consumíveis, como
a ESB, usuários da indústrias de soldagem e membros independentes de universidades e
laboratórios. Essa equipe equilibrada é necessária para evitar tendências nas especificações.
Conjunto de 2 ou 3
Eletrodo para soldagem
a arco elétrico Números que indica a
Resistência do material
Em Ksi
Resistência a tração da solda feita com esse eletrodo 60 KSI ou 60.000 psi ou 42 Kgf/mm2 (60 X 0,7=42).
Resistência a tração da solda feita com esse eletrodo 70 KSI ou 70.000 psi ou 49 Kgf/mm2 (70 X 0,7=49).
Resistência a tração da solda feita com esse eletrodo 60 KSI ou 60.000 psi ou 42 Kgf/mm2 (60 X 0,7=42).
A colocação do número “8” logo após o 1 significa que este eletrodo solda com corrente_________
A colocação do número “1” logo após 70 significa que este eletrodo pode soldar________________
A colocação do número 70 significa que a solda feita com esse eletrodo terá uma resistência de_________________
“E” Eletrodo.
“E” Eletrodo.
Exercício:
E XXXX – A1 0,5% Mo
E XXXX – C1 2,5% Ni
E XXXX – C2 3,5% Ni
E XXXX – C3 1% Ni
E XXXX – B3 2,25% Cr 1% Mo
E XXXX – G Aço alta resistência com seis diferentes composições de C, Mn, Ni, Cr, Mo
e V.
E XXXX - M Aço alta resistência com cinco diferentes composições de C, Mn, Ni, Cr,
Mo.
Comprimento do arco;
Amperagem.
Comprimento do arco
Para determiná-lo, aplica-se a seguinte regra: O comprimento do arco nas soldagens com
eletrodos revestidos deve ser igual ou ligeiramente inferior ao diâmetro do núcleo do eletrodo
que está sendo usado.
Exemplo:
“O comprimento do arco, para um eletrodo revestido de 1/8” (3, 175 mm) deve ser mantido
entre 2,5 a 3, 175 mm.
AMPERAGEM
Ajuste da Corrente
A corrente fornecida pela máquina deve variar de acordo com o diâmetro do eletrodo.
Quando o diâmetro do eletrodo vem indicado em polegada fracionária, uma regra geral pode
ser estabelecida para o ajuste da corrente. Esta é a regra: a intensidade da corrente
(amperagem) para trabalhar com eletrodo revestido deve corresponder aproximadamente à
medida do diâmetro do núcleo do eletrodo em milésimos de polegada.
Solução:
Para transformar polegada fracionária em polegada milésima, divide-se o numerador da
fração pelo seu denominador, ou seja:
1:8 = 0, 125
“Então, se 1/8” = 125 milésimos de polegada, para trabalhar com um eletrodo revestido de
1/8” de diâmetro, usa-se aproximadamente 125 A.
Quando o diâmetro do eletrodo vem indicado em milímetros aplica-se a constante 40, ou seja:
para cada 1 mm usa-se 40 A.
Exemplo:
Calcular a intensidade da corrente conveniente para soldar com eletrodo revestido de 3,2 m
de diâmetro.
Solução:
Se para cada 1 mm usa-se 40 A, multiplicando-se 3,2 mm por 40 A, vamos encontrar a
amperagem aproximada para soldar com eletrodo de 3,2 mm de diâmetro.
Então, se 3,2 x 40 = 128, para soldar com eletrodo revestido de 3,2 mm de diâmetro usa-se
aproximadamente 128 A.
Exercícios:
Polegadas. Milímetros.
1/16____________ 1,60____________
5/64____________ 2,00____________
3/32____________ 2,50____________
1/8_____________ 3,25____________
5/32____________ 4,00____________
3/16____________ 5,00____________
1/4_____________ 6,00____________
A solda obtida pela soldagem a arco com eletrodo revestido pode conter quase todos os tipos
de descontinuidades. A seguir estão listadas algumas descontinuidades mais comum que
podem ser encontradas quando este processo é usado.
Trincas Interlamelar – esta descontinuidade não se caracteriza como sendo uma falha do
soldador. Ocorre, quando o metal de base, não suportando tensões elevadas, geradas pela
contração da solda, na direção da espessura, trinca-se em forma de degraus, situados em
planos paralelos à direção de laminação.
Trincas na Margem e trincas sob Cordão – São trincas, como veremos devidas à
fissuração a frio. Elas ocorrem em certo tempo após a execução da solda e, portanto, podem
não ser detectadas por uma inspeção realizada imediatamente após a operação de soldagem.
Elas ocorrem, normalmente, enquanto há hidrogênio retido na solda. Como exemplos de
fontes de hidrogênio podemos citar: elevadas umidade do ar, eletrodos úmidos, superfícies
PROCESSO MIG/MAG
Fundamentos do processo
O processo de soldagem a arco sob proteção gasosa consiste em um aquecimento localizado
da região a se unir, até que esta atinja o ponto de fusão, formando-se então a poça de metal
líquido, que receberá o metal de adição também na forma fundida.
A energia necessária para fundir tanto o metal base quanto o metal de adição, é fornecida
pelo arco elétrico. No arco elétrico temos cargas elétricas fluindo entre dois eletrodos através
de uma coluna de gás ionizado como mostra a figura.
Gás de Proteção,
Podendo ser:
Um Gás Ativo, ou
Um Gás Inerte,
ou Mistura de
Gases Ativos &
Inertes.
O ajuste da tensão é feito na fonte e esta variável é que vai fornecer a energia necessária
para gerar uma quantidade de corrente compatível com a velocidade de arame selecionada.
Para uma tensão de trabalho definida, existe uma velocidade de arame que torna o arco e a
transferência metálica mais estáveis com pouca geração de respingos.
No processo MIG/MAG trabalha-se com polaridade reversa, isto é, o arame eletrodo ligado na
polaridade positiva e a peça-obra ligada na polaridade negativa.
Gases de proteção
Quando se utiliza gases inertes o processo denomina-se processo MIG (Metal Inerte Gás).
Os gases inertes mais utilizados são: Argônio (Ar), Hélio (He), e Nitrogênio (N 2 ) ou misturas
entre eles, porém o Hélio e o Nitrogênio, mesmo sendo considerados gases inertes, tem a
capacidade de potencializar o Arco Elétrico em algumas situações, propiciando maiores
penetrações que quando se usa o Argônio puro, a exemplo de soldagem de alumínio e suas
ligas, quando o material base tem elevada espessuras (Considerar espessura maiores que 1”
uma polegada).
Quando se utiliza gases ativos o processo denomina-se processo MAG (Metal Ativo Gás).
Os gases ativos mais utilizados são: dióxido de carbono (CO2), mistura de argônio com
dióxido de carbono, argônio com oxigênio (O2) e misturas de argônio com dióxido de carbono
e oxigênio.
O silicato de manganês formado possui ponto de fusão e densidade inferior ao metal de
solda, permanecendo na superfície do cordão de solda. Em soldagem multipasse não é
necessário, na maioria das vezes, retirarmos esta escória formada dos cordões anteriores.
Penetração
O CO2“puro”, pode ser usado na soldagem, obtemos ai processo MAG, empregado para
soldagem de metais ferrosos, normalmente solicitado na soldagem de espessuras acima de
4mm.
Como maior ponto positivo destaca-se o custo do gás, que comparativamente é bem mais
barato, e as taxas de penetração, que são bem maiores quando comparadas as chamadas
“Misturas”, que normalmente são compostas CO2, com 8 a 30% “balanço” em Argônio, ou
seja o que falta para 100% do volume do cilindro de Argônio, ou o mesmo raciocínio com uso
Porém com uso das “Misturas” normalmente se obtém menores taxas de penetração, por
serem normalmente ricas em Argônio, considerando transferência por curto circuito. Já em
transferência tipo spray, devido ao alto nível de energia do arco elétrico, as misturas ricas em
argônio também produzem penetrações elevadas, e normalmente aumento de produtividade,
por proporcionarem maior velocidade no processo de soldagem.
Quantidade de respingos
Os respingos com misturas a base de argônio são menores e em quantidade inferior quando
comparados ao CO2. Quando se utiliza misturas ricas em argônio (85% ou mais de argônio) e
em transferência em spray, a quantidade de respingos é desprezível.
Acabamento
Para baixo nível de energia, o acabamento dos cordões de solda é semelhante. Já para
correntes elevadas, as misturas a base de argônio produzem melhor acabamento em relação
ao CO2.
Velocidade de soldagem
Os arames para a soldagem MIG/MAG são sólidos e com diâmetro de 0,6 a 1,6 mm. Com o
mesmo equipamento usado na soldagem MIG/MAG, pode-se utilizar arames tubulares com
diâmetro de até 2,4 mm. Estes arames possuem em seu interior um fluxo semelhante ao
utilizados em eletrodos revestidos. Esta característica tem como objetivo aumentar a
produtividade e produzir metais de solda com propriedades físico-químicas bem específicas,
ampliando o campo de aplicação dos equipamentos do processo.
Atualmente existe uma gama muito grande de tipos de arame para o processo, que seguem
especificações como as ditadas pela AWS (Sociedade Americana de Soldagem), uma das
mais utilizadas.
Existem três tipos básicos de transferência metálica neste processo, que dependem do tipo
de gás de proteção utilizado, nível de energia (corrente/tensão), diâmetro e tipo do arame de
adição e tipo de metal base.
Este tipo de transferência permite a soldagem em todas as posições e possui uma energia
relativamente baixa, restringindo o seu uso para grandes espessuras.
A utilização de misturas a base de argônio proporciona boa estabilidade de arco e gotas
pequenas minimizando a projeção de respingos.
Transferência globular
Tipo de transferência obtida com nível de energia maior que no caso anterior. Misturas a base
de argônio com menos de 15% de CO2 possuem uma pequena faixa de trabalho em regime
globular, passando para spray com o aumento da energia de soldagem. Já, misturas com
mais de 25% de CO2 ou CO2 puro não entram em spray, permanecendo em regime
globular com o aumento da energia de soldagem.
Nesta transferência, o metal se projeta por gotas de diâmetro bem maior que o diâmetro do
arame, principalmente quando se utiliza o gás CO2 como gás de proteção. Com isto, temos
uma geração excessiva de respingos. A figura abaixo mostra o processo de transferência
globular.
*Transferência globular
Com este tipo de transferência pode-se trabalhar somente na posição plana devido ao grande
volume da gota e a alta fluidez da poça de fusão como mostra a figura a seguir.
Transferência em spray
A transferência em spray não é alcançada quando se utiliza o CO2 puro ou misturas com
mais de 15% de CO2 como gás de proteção.
Utilizando-se então misturas a base de argônio com menos de 15% de CO2 ou misturas de
argônio com oxigênio, obtém-se a transferência em spray que proporciona alta taxa de
deposição (produtividade), grande penetração com pouquíssima geração de respingos, já que
o arco elétrico não apaga.
*Transferência em spray - o arco não extingue pois o arame não toca a peça.
Obs.: A utilização de fontes pulsadas permite a soldagem fora de posição com este tipo de
transferência.
Com o aumento do arco elétrico, uma maior área do metal de solda é aquecida resultando
num cordão mais largo e mais baixo pelo aumento da fluidez da poça de fusão.
Esta variável também influencia a penetração de solda. Para uma velocidade muito alta de
soldagem, o arco não permanece tempo suficiente na região de solda para proporcionar uma
boa fusão e penetração do cordão. Já para uma velocidade baixa, a penetração aumenta
mas, para uma velocidade excessivamente baixa de soldagem, o próprio metal fundido na
poça funciona como isolante térmico para a transferência de calor do arco para o metal base,
prejudicando também a penetração de solda.
*Extensão do eletrodo
Com o aumento da extensão do eletrodo temos uma queda na amperagem e uma elevação
na voltagem de serviço. Uma menor quantidade de corrente é necessária para fundir o arame
devido ao aquecimento do mesmo pelo aumento da resistência elétrica do circuito. Portanto,
aumentando-se o stick out, aumentamos a taxa de fusão do arame e vice-versa.
Inclinação da tocha
Esta é outra variável que tem influência sobre a penetração de solda. De acordo com a figura
a seguir, soldando-se com inclinação positiva (puxando a solda), o arco elétrico atua
diretamente sobre a poça de fusão, aumentando a penetração. Já, no sentido negativo
(empurrando a solda), o arco elétrico permanece sobre o metal de base frio, reduzindo a
penetração da solda. Como esta variável influencia a corrente elétrica, algumas variações na
penetração de solda são observadas
A inclinação da tocha não deve ser superior a 20º, pois um ângulo maior que este valor pode
comprometer a proteção gasosa, além de tornar o arco instável e aumentar a quantidade de
respingos.
Indutância
Variável que reduz a quantidade de respingos durante a transferência por curto circuito.
A indutância age sobre o pico de corrente de curto circuito, retardando o tempo em que esta
atinge o seu valor máximo. Desta maneira, o arco elétrico reascende com menos violência
reduzindo a quantidade de respingos como mostra a figura.
A vazão de gás é responsável pela proteção adequada da poça de fusão, garantindo soldas
isentas de porosidade.
O seu valor ideal depende do metal a ser soldado, das condições do ambiente em relação a
ventilação e do nível de amperagem utilizado.
Logicamente, em função destes fatores, quanto menor o seu valor maior a economia de gás
no processo de soldagem.
TABELA A
Diâmetro do arame ( mm ) Faixa de Corrente ( A )
0,8 50 a 220
0,9 60 a 260
1,0 80 a 300
1,2 100 a 340
TABELA B
Diâmetro do arame Faixa de corrente ( A ) Faixa de velocidade de
( mm ) alimentação do arame ( m/min.)
0,8 60 - 160 0,90 - 10,40
0,9 80 - 200 1,00 - 11,40
1,2 120 - 230 1,80 - 7,20
TABELA C
Diâmetro do arame ( mm ) Corrente mínima para spray ( A )
0,8 150
0,9 165
1,0 220
1,2 240
Mordedura
- alta velocidade de soldagem.
- alta voltagem do arco.
- manuseio inadequado da tocha.
Falta de penetração
- baixa energia de soldagem.
- velocidade alta de soldagem.
- junta inadequada.
Porosidade
Excesso de penetração
Desalinhamento
Distorções
Decoesão lamelar
SOLDAGEM TIG
Apresentação do processo
A soldagem com eletrodo não consumível de tungstênio e proteção gasosa (GAS TUNGSTEN
ARC WELDING – GTAW (EUA) ou TUNGSTEN IONERT GAS – TIG (EUROPA)) é um
processo no qual a união das peças metálicas é produzida pelo aquecimento e fusão desta
através de um arco elétrico estabelecido entre a peça e o eletrodo, não consumível, de
tungstênio. A proteção gasosa serve para estabilizar o arco elétrico e proteger o eletrodo e a
poça de fusão.
Características do processo
A proteção do eletrodo e da poça de fusão contra a oxidação do ar é feita por um gás inerte,
geralmente argônio, hélio ou uma mistura destes.
Vantagens
É aplicado à maioria dos metais e suas ligas, numa ampla faixa de espessura (incluindo
soldas dissimilares);
Devido a sua baixa relação produtividade/custo é usado principalmente na soldagem de
metais não ferrosos e aços inoxidáveis, na soldagem de peças de pequena espessura (da
ordem de mm) e no passe de raiz na soldagem de tubulações.
Limitações
A taxa de deposição é menor que em processo com eletrodo consumível (para uma
dada corrente);
É menos econômico para espessuras maiores que 10 mm;
Exige mais destreza do soldador para soldagem manual;
Dificuldade em manter a proteção gasosa em trabalhos de campo
Equipamento básico
Fonte de energia (CA ou CC), cabos, tocha, eletrodo de tungstênio, fonte de gás de proteção
com regulador de vazão, ferramentas e material de proteção. Para a abertura de arco em CA-
ignitor de alta frequência.
Fontes de energia
Fontes de energia com controle eletrônico podem fornecer corrente contínua, alternada,
corrente alternada com onda retangular e pulsada.
Corrente alternada
Por alguma razão, elétrons se concentram sob esta camada de óxido (de cerca 1mm de
espessura), criando um elevado gradiente elétrico (estimado em 109V/m). Estes elétrons
adentram à camada de óxido, gerando alta temperatura.
O calor liberado nesses pontos é suficiente para fundir e evaporar localmente a camada de
óxido nessa região (limpando o óxido).
Maior penetração
Maior limpeza
Corrente pulsada
Corrente contínua pulsada, CP é usada em baixa frequência (2 a 10 Hz) para tentar controlar
a poça de fusão.
O cordão assume um bom aspecto, com estrias finas e regularmente espaçadas, diminuiu a
susceptibilidade À formação de trincas de solidificação.
A pulsação em alta frequência tem por objetivo enrijecer o arco, tornando-se uma importante
ferramenta para soldagens com níveis de corrente muito baixos.
Abertura do arco
Não é recomendado acender o arco por contato eletrodo peça (contaminação).
Existiam basicamente 2 formas de acendimento:
Alta frequência – Arco piloto
3KV a 5KHz – Arco entre o eletrodo e o bocal
Arco Piloto: necessita de eletrodo e fonte de corrente secundários e é pouco usado.
Ignitor de alta frequência: gera superposto à corrente de soldagem um sinal de alta tensão e
alta frequência, com valores em torno de 3KV e 5KHz, que produz a ionização da coluna de
gás entre o eletrodo e a peça, permitindo a abertura do arco com baixas tensões na fonte da
soldagem. Apesar de ser de alta tensão este sinal é de baixíssima potencia e não oferece
perigo para o operador.
Tochas e acessórios
Manuais:
Eletrodo e cabo com ângulo de 90° a 120°;
Com interruptor para acionar ignitor, corrente e vazão de gás.
Automáticas:
Retas para montagem em suportes posicionadores.
1-Bocal;
2-Porta pinça;
3-Anel de vedação;
4, 5 e 6-Corpo da tocha;
7-Pinça;
8-Capa de eletrodo curta;
9-Capa de eletrodo longa;
13-Válvula;
23-Anel isolador.
Refrigeração da tocha
Os aspectos mais importantes nos bocais são suas dimensões e perfis. Os bocais devem ser
largos o suficiente para prover cobertura da área de soldagem pelo gás e devem estar de
acordo com o volume e a densidade necessária do gás no processo.
Bocal
Outro recurso utilizado ma melhoria do fluxo são “gas lens”, que asseguram um fluxo laminar
do gás de proteção, através de sua estrutura porosa que é fixada ao redor do eletrodo. Desta
forma, elas permitem ao operador trabalhar com a extremidade da tocha a uma maior
distância da peça, auxiliando na visualização e facilitando o trabalho em locais de difícil
acesso para a tocha, como cantos.
Apesar de não serem fundidos para fazer parte do cordão de solda, os eletrodos utilizados na
soldagem TIG sofrem desgaste, sendo, por isso, enquadrados como consumíveis do
processo.
Fornecidas com 150 a 175 mm de comprimento de tungstênio puro ou com pequenas adições
de óxidos de tório (denominado tória), de zircônio (zircônia), de lantânio (lantânia), de cério
(céria), ou ainda de outras terras raras.
Gases
Gases de proteção são inertes
Em alguns casos são usados misturas especiais como as que contém hidrogênio, que podem
ser usadas na soldagem de aços inoxidáveis para dar brilho ao cordão de solda.
E as que contém nitrogênio, opcionais na soldagem de cobre e suas ligas.
Sistemas de deslocamento
Linear
Mesa com tecimento
Rotacional
Orbital:
Os cabeçotes orbitais são utilizados na mecanização da soldagem de tubos e dutos em uma
variedade de espessuras, em situações em que a qualidade da solda deve estar em conjunto
com a produtividade.
Arame quente
Símbolos
Os símbolos são desenhos que representam orientação para o processo de soldagem; Indica
a geometria das juntas, das dimensões e ângulo do chanfro, a abertura da raiz, o
comprimento da solda, o loca de trabalho, entre outras informações.
Os símbolos são utilizados para economizar espaço e trabalho nos desenhos dos projetos e,
ao mesmo tempo; além disso os símbolos tornam interpretação do desenho mais rápido e
fácil.
Os símbolos de soldagem podem ser classificados em dois grandes grupos, os símbolos
básicos e os suplementares. A norma AWS considera um terceiro grupo, os do símbolos
típicos, que reúnem todos os símbolos necessários à situação de soldagem, bem como as
dimensões e especificações de materiais.
A linha de referência, indicada na figura 2.2, é um traço horizontal que serve de suporte para
as informações a respeito da soldagem. Conforme sua localização, acima ou abaixo da linha
da referência, os símbolos utilizados indicam ações diferentes.
A linha de seta parte de uma das extremidades da linha de referência e indica a região em
que deverá ser realizada a soldagem, como na figura abaixo; o local exato da soldagem é
especificado pela posição do símbolo, acima ou abaixo da linha de referência. A linha da seta
pode ser colocada tanto na extremidade esquerda quanto na direita da linha de referência,
devendo ser observada a estética do desenho.
A linha de seta pode ser contínua ou não. Quando a linha de seta é contínua, indica que
qualquer um dos lados da junta pode apresentar chanfro. A linha de seta não contínua indica
o lado da junta que deverá ser chanfrado, semelhante à figura.
O símbolo da solda por costura é representado como um círculo colocado no meio da linha de
referência e representa dois traços horizontais que cortam o círculo, um acima e outro abaixo
da linha de referência, como podemos verificar na figura a seguir
Para simbolizar a solda por ponto, utiliza-se um círculo colocado no meio da linha de
referência, como verificamos abaixo;
O símbolo da solda de encaixe para junta brasada é representado por duas linhas retas
inclinadas, colocadas acima, abaixo ou em ambos os lados da linha de referência, como
indicado na figura.
O símbolo da solda de junta sem chanfro é representado por duas linhas verticais, em um dos
lados ou nos dois lados da linha de referência.
No caso de uma peça curva ou flangeada e uma peça plana, a representação é de duas linha,
sendo uma reta, vertical, e outra reta com ponta curva, acima ou abaixo da linha de
referência.
Segue abaixo um exemplo de localização dos elementos do símbolo básico – AWS A 2.4 – 86
Símbolos de acabamento:
C – Rebarbamento
G - Esmerilamento
M - Usinagem
R - Laminação
H – Martelamento
TERMINOLOGIA
A soldagem acontece através da junção dos elementos abaixo como mostra a figura abaixo.
Seguem nas figuras abaixo os tipos de juntas e chanfros mais usuais na soldagem.
Soldagem em tubulações.
Soldas em juntas de topo e ângulo podem ser de penetração total (penetração em toda a
espessura de um dos componentes da junta) ou parcial. Soldas de penetração total
apresentam um melhor comportamento mecânico, contudo, tendem a ser de execução mais
difícil.
Assim, quando o melhor desempenho destas não for necessário, o usual é se trabalhar com
soldas de penetração parcial.
Elementos de um Chanfro:
Encosto ou nariz (s) : Parte não chanfrada de um componente da junta. Garganta, folga ou
fresta (f) : Menor distância entre as peças a soldar. Ângulo de abertura da junta (α) e
ângulo de chanfro (ß). Os elementos de um chanfro são escolhidos de forma a permitir um
fácil acesso até o fundo da junta, mas, idealmente, com a menor necessidade possível de
metal de adição.
Raiz: Região mais profunda do cordão de solda. Em uma junta chanfrada, corresponde à região do
cordão junto da fresta e do encosto. Tende a ser a região em que a soldagem é mais difícil
e, esta forma, mais propensa à formação de descontinuidades em uma solda.