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3º Lei da Termodinâmica

As principais definições de grandezas termodinâmicas constam de suas leis:

A lei zero é a que define a temperatura;

A primeira lei da termodinâmica (calor, trabalho mecânico e energia interna) é a do


princípio da conservação da energia;

A segunda lei define entropia e fornece regras para conversão de energia térmica em
trabalho mecânico

E a terceira lei aponta limitações para a obtenção do zero absoluto de temperatura.

Terceira lei da termodinâmica


A terceira lei da termodinâmica foi desenvolvida por Walther Nernst entre 1906 e 1912,
e diz que, quando um sistema se aproxima da temperatura do zero absoluto,todos os
processos cessam, e a entropia tem como um valor mínimo. A lei, portanto, fornece um
ponto de referência para a determinação do valor da entropia. A equação proposta por
Nernst é onde é avariação de entropia e é a temperatura.

Explicação
De forma simples, a terceira lei afirma que a entropia de um cristal perfeito se
aproxima de zero conforme a temperatura (em escala absoluta)também se aproxima de
zero. Essa lei providencia um ponto de referência absoluto para a determinação de
entropia. A entropia, a partir deste ponto, é entropia absoluta. Matematicamente, a
entropiaabsoluta de um sistema qualquer em seu zero absoluto é o logaritmo natural do
numero de estados fundamentais vezes a constante de boltzmann kB.
A entropia de uma rede perfeita de cristais, como definidopelo teorema de Nernst, é
zero se, e somente se, o seu estado fundamental é único, porque ln(1)=0.
Conseqüência da terceira lei
A terceira lei é equivalente à declaração:
"É impossível atravésde qualquer procedimento, não importa o quão idealizado, reduzir
a temperatura de qualquer sistema à temperatura zero em um finito número de finitas
operações"
O motivo pelo qual T=0 não pode seralcançado de acordo com a terceira lei é explicado
pelo que segue: Suponha que a temperatura de uma substância pode ser reduzida em um
processo isentrópico mudando-se o parâmetro X de X2 para X1.Pode-se pensar numa
configuração de desmagnetização nuclear de múltiplos estágios aonde o campo
magnético é ligado e desligado de forma controlada. Se houvesse uma diferença na
entropia no zero absolutoT=0 poderia ser alcançado em um número finito de operações.
Contudo, durante T=0 não há diferença na entropia, então um número infinito de
operações seria necessário.
Terceira lei da termodinâmica
O conceito de temperatura entra na termodinâmica como uma quantidade matemática precisa que
relaciona calor e entropia. A interação entre essas três quantidades é descrita pela terceira lei da
termodinâmica, segundo a qual é impossível reduzir qualquer sistema à temperatura do zero absoluto
mediante um número finito de operações. De acordo com esse princípio, também conhecido como
teorema de Nernst, a entropia de todos os corpos tende a zero quando a temperatura tende ao zero
absoluto.
Lei zero da termodinâmica

Embora a noção de quente e frio pelo contato com a pele seja de uso corrente, ela pode levar
a avaliações erradas de temperatura. De qualquer forma, é da observação cotidiana dos
corpos quentes e frios que se chega ao conceito de temperatura. Levando em conta essas
observações, assim postulou-se a lei zero: se A e B são dois corpos em equilíbrio térmico com
um terceiro corpo C, então A e B estão em equilíbrio térmico um com o outro, ou seja, a
temperatura desses sistemas é a mesma.

Primeira lei da termodinâmica

A lei de conservação de energia aplicada aos processos térmicos é conhecida como primeira
lei da termodinâmica. Ela dá a equivalência entre calor e trabalho e pode enunciar-se da
seguinte maneira: “em todo sistema quimicamente isolado em que há troca de trabalho e
calor com o meio externo e em que, durante essa transformação, realiza-se um ciclo (o
estado inicial do sistema é igual a seu estado final), as quantidades de calor (Q) e trabalho
(W) trocadas são iguais. Assim, chega-se à expressão W = JQ, em que J é uma constante que
corresponde ao ajuste entre as unidades de calor (usada na medida de Q) e Joule (usada na
medida de W). Essa constante é empregada na própria definição de caloria (1 cal = 4,1868J).

A primeira lei da termodinâmica pode ser enunciada também a partir do conceito de energia
interna, entendida como a energia associada aos átomos e moléculas em seus movimentos e
interações internas ao sistema. Essa energia não envolve outras energias cinéticas e
potenciais, que o sistema como um todo apresenta em suas relações com o exterior.

A variação da energia interna DU é medida pela diferença entre a quantidade de calor (Q),
trocado pelo sistema com seu exterior, e o trabalho realizado (W) e é dada pela expressão
DU = K – W , que corresponde ao enunciado da lei da termodinâmica. É comum no estudo
das transformações o uso da função termodinâmica da entalpia (H), definida pela relação H =
U + pV, em que U é a energia interna, p é a pressão e V é o volume do sistema. Num
processo em que só existe trabalho de expansão (como, por exemplo, na fusão sob pressão e
temperatura constante), a entalpia é a medida do calor trocado entre o sistema e seu
exterior.

A relação entre a variação DQ e o aumento correspondente de temperatura Dt , no limite,


quando Dt tende a zero, é chamada capacidade calorífica do sistema:

C = DQ/Dt

O calor específico é igual à capacidade calorífica dividida pela massa do sistema:

C=1DQ/ mDt

Tanto o calor específico quanto a capacidade calorífica do sistema dependem das condições
pelas quais foi absorvido ou retirado calor do sistema.
Segunda lei da termodinâmica

A tendência do calor a passar de um corpo mais quente para um mais frio, e nunca no
sentido oposto, a menos que exteriormente comandado, é enunciada pela segunda lei da
termodinâmica. Essa lei nega a existência do fenômeno espontâneo de transformação de
energia térmica em energia cinética, que permitiria converter a energia do meio aquecido
para a execução de um movimento (por exemplo, mover um barco com a energia resultante
da conversão da água em gelo).

De acordo com essa lei da termodinâmica as moléculas e átomos que compõem 1kg de gelo,
a 0o C e 1atm, apresentam características individuais distintas, mas do ponto de vista
estatístico apresentam, no conjunto, características que definem a possibilidade da
existência da pedra de gelo nesse estado.

A variação da função entropia pode ser determinada pela relação entre a quantidade de calor
trocada e a temperatura absoluta do sistema. Assim, por exemplo, a fusão de 1kg de gelo,
nas condições de 273K e 1atm, utiliza 80.000cal, o que representa um aumento de entropia
do sistema, devido à fusão, em 293J/K.

A aplicação do segundo princípio a sistemas de extensões universais esbarra em dificuldades


conceituais relativas à condição de seu isolamento. Entretanto, pode-se cogitar de regiões do
universo tão grandes quanto se queira, isoladas das restantes. Para elas (e para as regiões
complementares) valeria a lei do crescimento da entropia. Pode-se então perguntar por que
motivo o universo não atingiu ainda a situação de máxima entropia, ou se atingirá essa
condição um dia.

A situação de máxima entropia corresponde à chamada morte térmica do universo: toda a


matéria estaria distribuída na vastidão espacial, ocupando uniformemente os estados
possíveis da energia. A temperatura seria constante em toda parte e nenhuma forma de
organização, das mais elementares às superiores, seria possível

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