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DERRIDA - A Traduzir
DERRIDA - A Traduzir
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Joaquim Torres Costa e António M. Magalhães, tradutores
Portugueses de Margens da Filosofia (Ed. Rés, S/D. Os mesmos
tradutores da edição brasileira de 1991, Ed. Papirus ), no qual esta
conferência foi publicada, fazem uma nota já a partir do título do
texto A diferença. Eles comentam:
O neografismo différance desencadeia em português um naturalmente
complexo problema de tradução. O jogo semelhança fónica/alteridade
gráfica instaurado pela troca do e “legítimo” (différence) pelo a
transgressor não é para nós, como o é em francês, (in-)audível e, por isso,
igualmente impossível (o que para Derrida, pensando em francês, é
decisivo) que apenas escrito o possamos apreender. Outras traduções
que conhecemos tentaram já agrafar em português a “silenciosa” mas
fundamental extensão filosófica da “palavra” différance [Posições, A
escritura e a diferença e Gramatologia]: em Portugal optou-se por
diferância, no Brasil, por diferência. [...] Contudo, ao escrevermos
diferança, talvez não nos limitamos a ceder cegamente às exigências de
um texto que a nossa língua não poderia “controlar”. (p. 27 - 8)
Neste comentário podemos verificar que, de certo modo,
os tradutores estão afetados pelo jogo da différance, como propõe
Derrida.
A tradutora portuguesa de Posições (1975, Ed. Plátano),
Maria Margarida C. Calvente Barahone, faz a seguinte nota: em
francês, “différance” (diferância) tem pronúncia semelhante a
“différence” (diferença) (p.23). A criação de uma outra opção está
simplesmente justificada a partir da fonética. Esta explicação, que
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Na edição brasileira de A voz e o fenômeno (1994, Ed.
Jorge Zahar), a tradutora Lucy Magalhães traduz différance por
diferência, sem nenhuma nota explicativa. Na edição portuguesa,
de 1996 (Edições 70), os tradutores Maria José Semião e Carlos
Aboim de Brito optam também pela diferência, mas colocam-na
entre aspas e, em seguida, a différance aparece entre parênteses.
Na sua primeira ocorrência, o editor faz a seguinte nota:
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