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Os Direitos Do Homem Thomas Paine PDF
Os Direitos Do Homem Thomas Paine PDF
D E T H O M A S P AI
AI N E
LIVROS QUE MUDARAM O MUNDO
A Bíblia
Karen Armstrong
O Capital de Marx
Francis Wheen
O Corão
Bruce Lawrence
O Príncipe de Maquiavel
Philip Bobbitt
A República de Platão
Simon Blackburn
O S D I R E I TO S D O H O M E M
DE THOMAS PAI N E
uma biografia
Tradução:
Sérgio Lopes
Rio de Janeiro
Dedicado – com sua anuência – a Jalal Talabani,
o primeiro presidente eleito da República do Iraque;
inimigo declarado do fascismo e da teocracia; líder de
uma revolução nacional e de um exército popular.
Na esperança de que sua longa luta prospere e frutifique.
Título original:
Thomas Paine’s Rights of Man
(A Biography)
Tradução autorizada da primeira edição inglesa, publicada em 2006 por
Atlantic Books, um selo de Grove Atlantic Ltd.,de Londres, Inglaterra
Copyright © 2006, Christopher Hitchens
Copyright da edição brasileira © 2007:
Jorge Zahar Editor Ltda.
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CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.
Hitchens, Christopher
B898o “Os Direitos do Homem” de Thomas Paine: uma biografia /
Christopher Hitchens; tradução de Sérgio Lopes. — Rio de Ja-
neiro: Jorge Zahar Ed., 2007.
(Livros que mudram o mundo)
Tradução de: Thomas Paine’s Rights of Man : (a biography)
ISBN 978-85-7110-999-5
1. Paine, Thomas, 1737-1809. Os direitos do homem. 2. Di-
reito civis. 3. Cientistas políticas - Estados Unidos - Biografia. 4.
Revolucionários - Estados Unidos - Biografia. I. Título. II. Série.
CDD: 323.5
07-1778 CDU: 342.7
Sumário
In tr o du çã o 9
1 Pa ine na Am é ric a 27
2 Pa ine na Eu ropa 54
Notas 147
Para Saber Mais 151
Índice Remissivo 152
Introdução
N
os Estados Unidos, desde cedo as crianças aprendem
a cantar o hino “My country, ’tis of thee”, cujos versos
iniciais dizem:
*
O meu país eu canto,/ Doce terra de liberdade./ A ti eu canto,/ Terra
em que meus pais morreram,/ Terra do orgulho peregrino./ Nas encos-
tas de todas as montanhas,/ Que ressoe a liberdade!
9
10 OS DI RE ITOS D O HOM E M
∗
Ó Senhor, nosso Deus virá/ Dispersar os inimigos/ E derrotá-los: /
Confundir a política./ Frustrai suas artimanhas./ Nele depositamos nos-
sas esperanças./ Ó, salvai-nos.
I NTRODUÇÃO 11
*
Deus salve Thomas Paine,/ “Os direitos do homem” explicam/ A todas as
almas./ Ele faz os cegos verem/ Quão crédulos e servis são,/ E aponta a li-
berdade/ De um a outro pólo.// Milhares clamam “Igreja e rei”./ Que seque
essa fonte./ Todos devem permitir./ Birmingham enrubesce de vergonha,/ E
também Manchester./ Infame é seu nome,/ Juram os patriotas.// Derrubem
os orgulhosos opressores,/ Arranquem as coroas dos tiranos/ E quebrem
suas espadas./ Abaixo a aristocracia,/ Viva a democracia,/ E da hipocrisia/
Livre-nos o bom Deus.// Por que o despótico orgulho/ Reinaria em toda
parte?/ Sejamos livres:/ Triunfem as armas da liberdade,/ E abençoem to-
dos os seus esforços,/ Plantem pelo universo/ A Árvore da Liberdade.// Os
fatos são sediciosos/ Quando tocam cortes e reis./ Levantam-se exércitos,/
Erguem-se casernas e bastilhas,/ Cobre-se de culpa a inocência,/ Derrama-
se sangue injustamente,/ Para o espanto de Deus./ Que os déspotas urrem
I NTRODUÇÃO 13
A
George Washington,
Presidente dos Estados Unidos da América
Senhor,
Eu vos apresento um pequeno tratado em defesa daqueles Prin-
cípios de Liberdade para cujo estabelecimento vossa exemplar
Virtude tanto contribuiu. – Que os Direitos do Homem possam
se tornar tão universais quanto vossa Benevolência deseja, e
que possais apreciar a Felicidade de ver o Novo Mundo rege-
nerar o Velho Mundo, eis o Desejo do Senhor,
seu mais obsequioso, obediente e humilde servo,
Thomas Paine1
— És direito?
— Sou.
— Quão direito?
— Qual uma vara.
— Passa, então.
— Em verdade, em confiança, na unidade e na liberdade.
— O que tens nas mãos?
— Um ramo verde.
— Onde brotou?
— Na América.
— Onde floresceu?
— Na França.
— Onde irás plantá-lo?
— Na coroa da Grã-Bretanha.
*
Ouviste falar na árvore da França./ E sabes qual seu nome?/ Dançam
ao seu redor/ todos os patriotas,/ A boa Europa conhece sua fama!/
Encontra-se onde outrora esteve a Bastilha,/ Uma prisão, meu amigo,
erigida por reis,/ Quando a infernal linhagem da Superstição/ Manteve
a França, meu amigo, presa a rédeas.
I NTRODUÇÃO 19