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Suetônio: Na obra Vidas dos Doze Césares:Vida de Claudius, cita que os judeus foram
expulsos de Roma por causa de distúrbios a respeito de um tal Chrestos.
Luciano (c.125-c.190): Escreve uma sátira sobre os cristãos em cerca de 170,
descrevendo Cristo como aquele que “foi crucificado na Palestina” por ter iniciado a
“nova seita”.
Jesus Cristo - historicidade
Testemunho judaico
Flávio Josefo (c.37-c.100): Judeu rico, procurou justificar o
judaísmo diante dos romanos instruídos, menciona Cristo, fala
de Tiago, o irmão de Jesus, além de falar de Cristo como um
homem sábio sentenciado à morte na Cruz por Pilatos. Alguns
acham que o segundo texto foi uma interpolação cristã
posterior, mas para muitos é autêntica.
Sinceridade no discurso.
Quem dentre vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes?
João 8:46
Equilíbrio e integridade de caráter (nenhuma característica se sobressai às outras, todas
trabalham harmoniosamente).
A obra de Cristo
Ministério terreno
Exceto relato da ida a Jerusalém aos 12 anos, pouco se sabe sobre o
tempo em que Cristo morou em Jerusalém.
Possível educação bíblica no lar e na escola infantil da sinagoga.
Infância em Nazaré, importante rota comercial, o fez observar a vida
do mundo exterior que passava pelo local.
Rejeitado em sua cidade natal, Nazaré, segue para Cafarnaum, onde centraliza seu ministério
galileu, realizando três viagens pela região.
A obra de Cristo
Ministério terreno
Primeira viagem: Cura do paralítico, coxo, ressurreição do filho da
viúva de Naim, Sermão da Montanha, cujo conteúdo é que a verdadeira
religião é espiritual, e não de atos externos exigidos pela lei.
Segunda viagem: Viagem ao sul da Galileia com ensino a respeito do
Reino (Mt. 13), cura do endemoninhado gadareno e da filha de Jairo.
Terceira viagem: Continuação da obra.
Viagens seguidas de pequenos períodos de retiro, onde instruía seus discípulos e atendia os
necessitados (primeira multiplicação dos pães após primeira viagem). Curou a filha da mulher
siro-fenícia no segundo retiro.
A obra de Cristo
A missão de Cristo
A fase ativa do ministério de Cristo serviu de preparação para a fase
passiva de sua obra, seu sacrifício vicário na Cruz. Foi seu sofrimento e
morte que foi previsto pelos profetas (Is. 53), gerando vitória sobre as
forças do mal e libertação do pecado (Gl. 3.10,13) dos que o aceitam e
tomam posse de todo o poder espiritual de sua obra na Cruz (Ef. 1.19-
23).
A mensagem de Cristo
Mensagem principal foi o “Reino de Deus” e/ou o “Reino dos Céus”.
Alguns estudiosos separam ambos:
Reino dos Céus (parábolas do joio (Mt. 13.36-43) e da rede (Mt. 13.47s): Reúne homens bons e maus.
Reino de Deus: Apenas para os que se submetem voluntariamente à vontade de Deus.
A obra de Cristo
A mensagem de Cristo – Escatologia dos Reinos
Pré-milenistas: reino dos céus, purgado de judeus incrédulos e gentios,
após governo de Cristo por mil anos e da rebelião de Satanás, será
fundido com o Reino de Deus, após o juízo final.
Pós-milenismo liberal: Os termos são sinônimos e igualados à igreja,
que faz a obra de preparar o caminho para um reino que Cristo
receberá quando voltar. Ação social é importante nesse papel.
Pós-milenismo conservador: Termos sinônimos. Igreja formada por pessoas regeneradas causaria
um impacto na sociedade que emergiria uma perfeita ordem milenista entre os povos.
Amilenismo: Termos sinônimos, realização final do reino é futura e será consumado de modo
sobrenatural e cataclísmico na volta de Cristo. Não aceitam um reino milenar de Cristo nem
associam os judeus ao reino de Cristo.
A obra de Cristo
Os milagres de Cristo
Propósito dos milagres era revelar a glória de Deus e mostrar que
Cristo era o filho de Deus.
Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre,
vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não
for com ele. João 3:2
Racionalistas e empiristas negam os milagres, explicando-os como leis
naturais ou mitos.
Significado de Cristo
Atribuição de um novo valor à personalidade humana, por ser potencialmente ou realmente um
filho de Deus, através da fé em Cristo.
Humanização da vida, com abolição de barreiras sociais, raciais e sexuais.
Código de conduta ética interior baseado no amor, em vez de em regras externas.
O avanço do cristianismo aos judeus
Testemunho original dos discípulos a Jerusalém, Judeia e Samaria (At. 1.8).
Inauguração da Igreja em Jerusalém com o Pentecoste (At. 2.5-11) e a subsequente
pregação de Pedro, gerando pelo menos três mil convertidos. Pouco depois, o número de
batizados chegava a cinco mil.
Igreja, desde cedo, atraiu uma variedade de pessoas, incluindo judeus helenistas (At. 6.1) e
“muitíssimos sacerdotes” (At. 6.7).
Perseguição do Sinédrio gera prisão de Pedro e João e martírio de Tiago e Estêvão.
Relacionamento comunal temporário e voluntário no início da igreja.
Liderança da igreja por três ofícios: Apóstolos, presbíteros e diáconos.
Participação de mulheres no ministério diaconal e em postos de liderança.
O avanço do cristianismo aos judeus
Natureza da pregação dos apóstolos (At 2.14-36) era o enfoque de que Jesus era o Messias sofredor
prenunciado pelos profetas do Antigo Testamento. Por ter morrido e ressuscitado, era capaz de
trazer a salvação para aqueles que o aceitassem pela fé, pois morrera pelos pecados dos homens. (At.
17.2-3, 1 Co. 15.3-4).
Decisão do Concílio em Jerusalém de que os gentios não eram obrigados a obedecer à lei abriu o
caminho para a emancipação espiritual das igrejas gentílicas e alargou seu alcance.
A Igreja de Jerusalém perde importância após a fuga do povo de Jerusalém com a sua conquista por
Tito em 69.
Na Palestina, o evangelho é levado por Filipe a Samaria (At. 8.5-25), enquanto se alastra pelas
cidades da região. Eventualmente o grande centro cristão se estabelece em Antioquia da Síria, de
onde Paulo parte para suas viagens. A cidade se torna o grande centro do Cristianismo entre 44 e
68.
Fontes
Texto base: CAIRNS, Earle E. O Cristianismo através dos séculos: uma história da igreja cristã. 3 ed.
Trad. Israel Belo de Azevedo e Valdemar Kroker. São Paulo: Vida Nova, 2008.
Textos auxiliares:
DREHER, Martin N. Coleção História da Igreja, 4 vols. 4 ed. São Leopoldo: Sinodal, 1996.
GONZALEZ, Justo L. História ilustrada do cristianismo. 10 vols. São Paulo: Vida Nova, 1983