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S E T E F A
Seminário Teológico Pr. Dr. Eliseu Feitosa de Alencar
Ficha técnica

CORPO ADMINISTRATIVO
Presidente - Pr. Valdemar de Jesus Silva
Vice Presidente - Pr. Sebastião Araújo da Silva
Diretor administrativo - Pr. Valter José Gimenes da Silva

Conselho fiscal:
Pr. Francisco da Silva Valentim
Pr. Marivalter Hermógenes
Pr. Elias Quirino Souza dos Santos
Revisão Teológica:
Pr. Moisés Madeira da Silva
Pr. Raimundo de Souza Mendes
Pr. Marivalter Hermogenes
Pr. Ademar Ferreira Junior
Pr. Josafá Feitosa da Silva
Suplentes:
Pr. Hélio Lopes
Pr. Pedro Madureira
Capa: Pr. Valter José Gimenes da Silva
Matéria: Cedida pelo Seminário Teológico Paulo Leivas Macalão, com a devida
autorização de seu Presidente Bispo Manuel Ferreira.
Revisão Textual: Drª Maria Vilma Coqueiro da Silva
Diagramação: Pr. Valter José G. da Silva

Todos os direitos de publicação reservados ao SETEFA

Igreja Evangélica Assembléia de Deus do Ministério de Madureira


Estrada da Usina, 1219 – B. Aviário / Rio Branco - AC. Cep. 69905-170
Fone (68) 3223 6055 – 92814225
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SÚMARIO

Introdução......................................................04

Teologia Pastoral...............................................05

A Igreja........................................................05

O Ministério do Novo Testamento.................................06

O Ministro Evangélico...........................................08

Atividades de Apoio.............................................08

A Preparação do Ministro........................................08

A Posição do Ministro em relação a Deus.........................10

A Posição do Ministro em relação à Igreja.......................11

A Posição do Ministro em relação ao Mundo.......................11


O Caráter do Ministro...........................................11

Qualidades Naturais.............................................11

Qualidades Espirituais..........................................12

Comportamento do Ministro.......................................13

O ideal do Ministro.............................................14

A Organização da Igreja.........................................15

Os Membros da Igreja............................................15

Atividades de
Apoio.............................................16

O Governo da Igreja.............................................16

Departamentos da Igreja.........................................16

Administração da Igreja.........................................17

Três Fundamentos de uma Igreja Forte............................18

A Base da Comunhão na Igreja Local..............................18

Os Membros......................................................19

Disciplina dos Membros..........................................22

Atividades de
Apoio.............................................23

Decisão Final...................................................23

Questionário....................................................25
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Apresentação
Deus tem feito despontar nos últimos tempos, obreiros voluntários, que se
levantam no poder do Espírito Santo e realizam trabalhos excelentes!
Precisamos acompanhá-los bem de perto, e fomentar ainda mais o fogo dessas
“faíscas”, trazendo para dentro do braseiro do Ministério, e apoiá-los como homens
de Deus.
O Pastor Valter José, juntamente com a equipe de Revisão Teológica e outros
companheiros, têm sido algumas dessas “faíscas”, pois os mesmos, têm feito muitos
esforços pessoais para levantar a bandeira do ensino em nosso Estado, na confecção
de dezoito matérias, para nosso próprio seminário: (SETEFA) Seminário Teológico
Pr. Dr. Eliseu Feitosa de Alencar, seminário este, que é órgão vinculado à Igreja
Assembléia de Deus do Ministério de Madureira no Estado do Acre. Dessa forma, sei
que estas matérias servirão para o bem de todos obreiros e obreiras que querem
ampliar seus conhecimentos bíblicos.
Que Deus ilumine a todos quantos se aprofundam nas riquezas que a Palavra
de Deus nos oferece.

Pastor Valdemar de Jesus Silva


Membro do Conselho Deliberativo - Betel
Presidente da CONEMAD-AC
Presidente da IEAD-AC
Presidente do SETEFA

Introdução
A Escritura afirma que quem adquire sabedoria e conhecimento é bem aventurado,
porque isto é melhor que pedras preciosas. O conhecimento dá ao homem caminhos e
veredas de paz. Nada neste mundo pode se comparar à alegria de conhecer a Deus e é
estudando a sua Palavra que alcançamos isso. Entretanto, se acreditarmos na veracidade das
Escrituras Sagradas, ela nos ensinará o melhor. O grande objetivo de nossas vidas não pode
ser outro, senão a busca de conhecimento do Senhor.
Embasados nessa verdade é que o SETEFA oportuniza, a todos interessados, lições
que perpetuaram na mente de seus alunos. Porém, o desejo e o interesse não bastam, pois
um curso do nível que propomos realizar exige disciplina, tendo em vista que a leitura,
muitas vezes é difícil e árdua.
Para facilitar o alcance de seus objetivos, siga nossas instruções.
1 – Procure um lugar isolado, livre de interferência de pessoas ou barulho, lugar que tenha
iluminação.
2 – Adquira um material de apoio, como: dicionários, concordâncias bíblicas e acima de
tudo tenha a Bíblia, as mais diversas versões possíveis.
3 – Se desligue de tudo que tire sua atenção.
4 – Estipule um horário de estudo para todos os dias.
5 – Grife as partes do livro nas quais você porventura se sinta embaraçado, ou que lhe
chame a atenção (se por acaso não consiga entender certos assuntos da Matéria, peça auxilio
de seu professor, caso não se sinta satisfeito, escreva para nossa central).
6 – Tenha em mente o propósito firme em aprender, não crie polêmica, já que essa não é a
nossa meta. Procure extrair o maximo desse material.
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7 – Conte sempre com a ajuda do Espírito Santo de Deus. Ele é o melhor instrutor.
1 - Teologia Pastoral
Teologia Pastoral, é a ciência da obra pastoral. A matéria trata da edificação da
Igreja.

2 - A Igreja
O propósito divino para com o povo de Israel era de usá-lo para demonstrar ao
mundo sua infinita bondade e amor, e por intermédio deste povo encher a terra de sua
glória (Nm 14. 21). Israel falhou e, portanto, Deus visitou os gentios para tomar deles
um povo para seu nome (At. 15.14). o resultado é o ministério da Igreja (Mt. 16. 13
-18 / Ef. 3. 3 - 6).

O Novo Testamento apresenta a Igreja em três figuras importantes:

 A Igreja como um edifício - Da mesma forma como quando se constrói


um edifício é necessário todo cuidado para que algo não seja feito
errado, assim também na edificação da Igreja é preciso sabedoria e
cuidado. O apóstolo Paulo disse: "veja cada um como edifica..." (1Co 3.
9 - 11). Analise as seguintes referências: Mt. 16. 18 / Ef. 2. 20 - 22 / 1Pe.
2. 4.

 A Igreja como uma noiva - A noiva, no dia do casamento, não se


apresenta de qualquer maneira ao noivo. Ela procura ataviar-se da
maneira mais bela e melhor possível. Veste-se com esmero. Quando
Jesus Cristo vier buscar sua Igreja, quer encontrá-la pura, sem mácula,
nem ruga, nem coisa semelhante. O pastor tem, pois, grande
responsabilidade de preparar a noiva para as Bodas do Cordeiro (Ef. 5.
26 - 32 / 2Co. 11. 2 / Ap. 19. 7 - 8).

 A Igreja como um corpo (Rm. 12. 4 - 5) - Sendo a Igreja o corpo de


Cristo, Ele permanece misticamente no mundo (Mt. 28. 20) a sua obra de
pregar o Evangelho com os sinais que o acompanham não está
terminada, mas continua durante a presente dispensação da graça (At. 1.
1 / Mc. 16. 20). O livro de Atos dos apóstolos é a continuação do
Ministério de Cristo exaltado à destra de Deus, operando por intermédio
da sua Igreja e seu ministério.

Cristo anunciou seu propósito: "edificarei a minha Igreja". O apóstolo Paulo


declarou que Jesus amou a Igreja e se entregou por ela. O apóstolo também relatou
como trabalhar e afirmou que sofria por amor à Igreja (Cl. 1. 24). Não há melhor alvo
que esse indicado no Novo Testamento. Portanto, o propósito de Deus é que a Igreja
continue conforme o modelo apresentado no Novo Testamento.

3 - O Ministério do Novo Testamento


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O Novo Testamento apresenta um ministério ungido com o Espírito Santo e
qualificado com os dons espirituais. É preciso conhecer os princípios do Novo
Testamento e seguí-los, em vez de ater-se somente à letra (2Co. 3. 6). Examine 1Co.
9. 19 - 22.
Em Efésios 4. 8 - 11 o apóstolo Paulo disse: "...Ele deu uns para apóstolos,
outros para profetas, outros para evangelistas,e outros para pastores e mestres".
Assim o Novo Testamento define os cinco ministérios principais da igreja. Vejamos
cada um deles:

3. 1 - Apóstolos
A palavra apóstolo significa enviado, mensageiro (Hb. 3. 1).
Os sinais dos apóstolos (2Co 12.12); experiência e encontro verdadeiro com
Jesus (At. 1. 22), uma chamada de Cristo (At. 13. 2), uma revelação especial de
Cristo (1Co. 11. 23 / Gl. 1. 11 - 13).
A obra dos apóstolos: colocar o fundamento (1Co. 3. 10 / Ef. 2. 20 / Ap. 21.
14), ser possuidor de muitos dons, estabelecer Igrejas (At. 14. 21 - 23 / Fl. 1. 1),
possuir capacidade para presidir (1Co. 12. 28).

Existem apóstolos atualmente?


No sentido dos doze apóstolos, não (Ap. 21. 14 / 1Co 9. 1 / At. 1.22). Ainda
que o apostolo Paulo não tenha andado com Jesus aqui na terra, teve seu encontro
com ele de uma maneira especial (At. 9. 5). Uma revelação igual não é de se esperar
agora, seu encontro com Jesus no caminho de Damasco tipifica o encontro do povo
de Israel com o seu Messias (1Co. 15. 8 - 9).
No sentido geral, sim, existem apóstolos hoje. Havia outros apóstolos além dos
doze (At. 14. 14 / Gl. 1. 19): Barnabé e Tiago, irmão de Jesus. Deus deu o ministério
Apostólico à Igreja (1Co. 12. 28 / Ef. 4. 11); as obras dos apóstolos (1Co. 9. 1 - 2).
Lutero, Knox Fox, Wesley, Carey, Hudson Taylor, Cícero Canuto de Lima, Paulo
Leivas Macalão, Bispo Manuel Ferreira, Eliseu Feitosa de Alencar e outros grandes
homens, fundadores de grandes trabalhos do evangelho, podem ser considerados
apóstolos.

3. 2 - Profeta
Existe não pouca confusão acerca do profeta. Alguns acham que profetizar é o
mesmo que pregar, outros pensam que profetizar é revelar acontecimentos futuros.
Profetizar é falar impulsionado por uma inspiração especial (1Co. 14. 30). É falar
inspirado pelo Espírito de Deus.
É preciso distinguir entre o dom de profecia e o ministério do profeta (Ef 4.11;
1Co. 12. 10). O dom de profecia é distribuído de um modo geral para toda Igreja.
"todos podereis profetizar..." (1Co. 14. 31). O ministério de profeta é para alguns a
quem Deus chama de modo especial (Ef. 4. 11).
O profeta do Novo Testamento é diferente do profeta do Antigo Testamento,
em que a Palavra de Deus vem para ele, e não saindo dele (1Co. 14. 36). Os profetas
do Antigo Testamento receberam a Palavra de Deus por inspiração, e os profetas do
Novo Testamento explicam a Palavra de Deus pela inspiração.
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3. 3 - Evangelista

 O mensageiro de boas novas (Ef. 4. 11 / 2Tm. 4. 5).

 O ministério de evangelista: Despertar o povo para a consciência do


pecado, apelando poderosamente às emoções. Pregar salvação em Jesus
(At. 8. 4 - 8 / 32 - 35 / 1Co 9. 16).

 O alvo do evangelista: conversão (At. 8. 4 - 8 e 32 - 38). O evangelista


necessita do auxílio dos outros ministérios, como apóstolos, pastores ou
mestres (At. 8. 14 - 26).

3. 4 - Pastor
O exemplo perfeito de Jesus (Jo. 10. 1 - 18 / Sl. 23).
As Igrejas do Novo Testamento tiveram anciãos ou presbíteros (no grego:
"episkopos", bispos) designados ou consagrados para cuidar e apascentar a Igreja (At.
20. 17 - 28).
Estes foram eleitos (no grego: designados por imposição de mãos) pelos
apóstolos (Tt. 1. 5).
As qualificações destes presbíteros (1Tm. 3. 1 - 7 / Tt. 1. 7 - 9 / Jo. 21. 15 - 17).
Um destes presbíteros foi escolhido e reconhecido como pastor (1Tm 5.17). Os
presbíteros "que cumprem o bem, etc"., no original é: "que presidem ou governam"
(Ap. 2. 1 / Hb. 13. 7 - 17 - 24 / Ef. 4. 11 / Rm. 12. 8).
O trabalho do pastor (Sl. 23. 1 - 3 / 1Pe. 5. 1 - 4): o Senhor, que é Sumo Pastor
(1Pe. 5. 4), apresenta seu rebanho por intermédio dos seus pastores.

 Apascentar (Sl. 23. 2);

 Refrescar (Sl. 23. 2).

 Aconselhar (Sl. 23. 3);

 Disciplinar (Sl. 23. 3).

 Tosquiar.

Exemplos de pastores: Tiago (At. 11. 22 - 26), Paulo (1Co. 4. 14 - 15),


Samuel (1Sm. 12. 23).

3. 5 - Mestre
Presbíteros com dom de ensino (Rm. 12. 7 / 1Co. 12. 28 / Ef. 4. 11 / 1Tm. 3. 2).
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O ministério do mestre é ajudar (At. 18. 27; 1Co. 3. 8), edificar (1Co 3. 6 - 10),
alimentar (1Pe. 5. 2 e 2. 1 - 2 / 1Co. 3. 1 - 2), iluminar (Sl. 119. 105 / 2Pe. 1. 19), um
ensino lógico e sistemático, mas inspirado (Jo. 7. 38). Os mestres devem guardar-se
do perigo do orgulho e da soberba, reconhecendo o que Deus tem revelado a outros
(Ef. 3. 18 / 1Co. 13. 9 / At. 18. 24 - 26).

3. 6 - Outros Ministérios do Novo Testamento

 Auxiliares (1Co. 12. 28 / Rm. 12. 6 - 8) - Priscila e Áquila (Rm. 16. 3).

 Diáconos (At. 6. 1 -6 / 1Tm. 3. 8 - 13).

4 - O Ministro Evangélico
A vocação do pastor é mais elevada do que qualquer outra, como comerciante,
médico, engenheiro, etc., em virtude dos valores eternos com os quais ele trata. Ele
trabalha com a alma das pessoas, e sua obra determinará a eternidade de muitas delas.

Os dois aspectos da chamada:

 Chamada Universal - Há um sentido em que todos os crentes são chamados


para pregar o evangelho. Em 1 Coríntios 12. 13 somos lembrados de que por
um Espírito, todos fomos batizados em um corpo, tendo todos provado do
mesmo Espírito. Sabemos muito bem que a vida e natureza de Jesus Cristo, O
cabeça da Igreja, se caracteriza pelas almas perdidas e por um intenso espírito
de evangelismo (Lc. 19. 10). Se o Senhor Jesus como cabeça da Igreja
derramou sua vida pelos perdidos e continuamente busca salvá-los, obviamente
o corpo que participa da mesma vida e natureza do cabeça visará a salvação
dos perdidos (1Co. 12. 13 / Mt. 28. 19 - 20).

 Chamada Específica - Diríamos que, em certo sentido, todos os crentes são


chamados para pregar o evangelho. Todavia, existe, para alguns, uma chamada
específica para pregar. Certas pessoas têm sido escolhidas para servir de modo
definido e marcante, como propagadores da fé. São aqueles que Deus deseja
que dediquem tempo integral ao trabalho do evangelho (Rm. 10. 15 / Jo. 1. 35 -
51 / Mt. 4. 19 / 1Co. 9. 16).

Atividades de Apoio
O que você entende por chamada ministerial? Explique.

5 - A Preparação do Ministro

5. 1 - O Novo Nascimento - É a primeira condição para que alguém seja pregador.


Ninguém pode falar de alguma coisa que ainda não tenha experimentado. Jesus disse
a Nicodemos: "Se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus"
(Jo.3.3). O homem natural jamais compreenderá as coisas de Deus, pelo que é
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absolutamente necessário que ao homem seja concedida a mente de Cristo, a qual
confere entendimento espiritual (1Co. 2. 14 - 16). O Senhor se aborrece com o
indivíduo desobediente (Sl 50. 16 - 17).

5. 2 - O Batismo no Espírito Santo - Subseqüente à experiência do Novo


Nascimento existe, para cada crente, o batismo no Espírito Santo (At. 2. 38 - 39).
Ora, se fica provado que há o batismo no Espírito Santo para todos os crentes, e como
experiência prática dos primeiros cristãos, como bênção adicional, ninguém poderia
assumir a posição de líder, mestre e exemplo para os santos, a menos que já tenha
recebido o batismo do Espírito. Os apóstolos foram ordenados a não dar um único
passo na execução da divina comissão dada pelo Senhor, enquanto não tivessem o
revestimento espiritual necessário, a saber, o batismo no Espírito Santo (Lc. 24. 47
49 / At. 1. 5 - 8).

5. 3 - A Escola da Experiência - Não devemos pensar que o batismo no Espírito


Santo seja sinal de perfeição espiritual. Após esta experiência é necessário que se
desenvolva uma vida de íntima comunhão com Deus, como Abraão (Gn. 17. 1). O
ministro, para cumprir com eficácia seu ministério, deve passar pela transformação de
caráter e aprofundamento, nas experiências da vida íntima com Deus.
O ministro deve conhecer aquilo que irá ensinar. Faz parte da tarefa do pastor
conduzir seu povo pela mão, a fim de guiá-lo através das experiências, quando
tomado de perplexidade e confusão. Mas o ministro estará totalmente despreparado
para esta função, a menos que tenha passado por experiências semelhantes. É preciso
que indivíduo seja moído no moinho, a fim de que seja feito pão para os outros. O
andar na fé, por exemplo, é algo que ninguém pode compreender, a menos que
aprenda fazer pessoalmente.

5. 4 - Consagração - Essas experiências pessoais, que devem envolver a vida do


futuro pastor também incluem consagração que atingem a própria alma. Sem uma
consagração total, ninguém está apto a servir a Deus eficazmente.
Todas as áreas de nossa vida precisam ficar sob o controle de Deus. Ele
chamará a nossa atenção quando perceber que algo pode nos separar dEle, mesmo
que seja algo lícito, mas que Ele deseja que abramos mão (Mt. 10. 37 / Lc. 14. 26 -
27). Abraão foi levado a sacrificar o próprio filho amado sobre quem estava a
promessa de Deus.
Deus pode exigir que renunciemos algumas coisas boas e legítimas da vida,
coisas que poderíamos conservar e desfrutar.

5. 5 - Período de Treinamento - Deus procurou um homem para liderar espiritual e


administrativamente, o povo de Israel. Ao escolher Moisés, Deus não apenas
escolheu um homem preparado em toda a ciência egípcia, mas também um homem
que esperou em Deus durante longo período de humilhação no deserto, até que,
estando amadurecido, Deus o chamou (At. 7. 22 / 7. 29 - 30). O líder chamado
Moisés passou pela escola da experiência durante quarenta longos anos.
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O apóstolo Paulo não foi produto do acaso. Foi antes, fruto de uma preparação
deliberada de Deus. Após sua conversão no caminho de Damasco, foi para o deserto
da Arábia, onde permaneceu três anos, e depois voltou a Damasco. Teve um breve
contato com os apóstolos e a Igreja em Jerusalém, mas em seguida retirou-se
novamente para Tarso, sua cidade natal, a fim de esperar, em Deus, amadurecer na
sua experiência pessoal.
O Deus que faz amadurecer frágeis plantas em poucas semanas e gigantescas
árvores em longos anos, preferiu preparar essa "poderosa árvore" do cristianismo,
mediante longo e cuidadoso período de crescimento e desenvolvimento.

5. 6 - A Preparação Intelectual - Embora o apóstolo Paulo não confiasse na


sabedoria humana (1Co. 2. 13 - 17 / 2Co. 2. 1 - 4), possuía bom preparo intelectual
(At. 22. 3), e aconselhava Timóteo a estudar e a se preparar intelectualmente (2Tm. 2.
15 / 3. 14 - 15 / 1Tm. 4. 13).
Jesus, embora não fosse preparado nos colégios dos fariseus, era bem instruído.
Havia uma lei judaica, segundo a qual todos os filhos homens deveriam estudar numa
escola pelo menos até os doze anos, e deviam também aprender uma profissão.
Os discípulos dão prova de um preparo espiritual, embora elementar, nas suas
pregações e epístolas. Moisés, Daniel e Paulo eram bem preparados nas ciências de
seus dias (At. 7. 22 / Dn. 1. 17).
O pregador precisa conhecer bem a gramática para não cometer erros que
venham comprometer o conceito que o povo faz do ministro do evangelho. Além
disso, ele precisa ler bons livros (1Tm. 4. 13). Ele deve conhecer um pouco de
história, ciência, geografia, etc.. Todos esses conhecimentos lhes fornecerão meios
para ilustrar as verdades divinas, tornando-as compreensíveis ao povo que o escuta.
Além disso, é necessário que o ministro do evangelho estude sistematicamente
as Escrituras, como por exemplo: as doutrinas fundamentais, as dispensações, a
geografia bíblica, a hermenêutica, a homilética, a exegese e a história da Igreja.
O pregador deve ser apto para ensinar (2Tm. 2. 2), sempre pronto a dar uma
resposta àqueles que pedirem a razão da fé que há em nós (1Pe. 3. 15).

6 - A Posição do Ministro em relação a Deus

 É um homem de Deus (2Rs. 4. 7 / 1Tm. 6. 11 / 2Co. 5. 20).


 É cooperador de Deus (1Co. 3. 9) - cooperar significa trabalhar junto com
Deus em sua obra.
 É despenseiro ou administrador (1Co. 4. 1 / Mt. 13. 52 / Lc. 16. 1 - 8).
 Sacerdote (1Pe. 2. 9).
 Guarda ou atalaia (Ez. 3. 17).

7 - A Posição do Ministro em relação à Igreja


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 Servo (Mt. 23. 10 - 12 / Jo. 13. 13 - 17 / 1Co. 9. 19) - o servo desempenha as


tarefas normais numa casa de família, e está sempre à disposição de seus
membros.
 Despenseiro da Verdade (Ml. 2. 4 - 7 / At. 20. 27 - 28) - é dever do ministro
alimentar a Igreja com a Verdade, para que as ovelhas não desejem comer
alimentos errados.

 Ancião ou pai (1Pe. 5. 1) - Deve haver o terno amor de pai para com os filhos.
O pastor é como um pai amoroso no seio da família, que é a Igreja.
Características do pai:
 Ele protege a família.
 Ele dispensa carinho a família.
 Ele sempre quer estar perto da Família.
 Ele supre as necessidades da família.
 Mestre (1Co. 12. 28) - o ensino se faz através das explicações pacientes,
detalhadas e corretas das verdades de Deus, de modo compreensível ao povo.

 Exemplo (1Tm. 4. 12 / 2Tm. 2. 6) - é uma posição muito delicada a de ser


exemplo ou modelo. O ministro não deve apenas pregar ao povo como se deve
viver, mas demonstrar o que prega com sua própria vida.

8 - A Posição do Ministro em relação ao Mundo.

 Luz (Mt. 5. 13 - 15 / Fl. 2. 15) - o pastor deve ser como um farol, mostrando
o porto aos perdidos.

 Embaixador (2Co. 5. 20) - nossa cidadania é celestial, mas somos mantidos


neste mundo com um propósito definido: representar o governo celestial e
transmitir suas mensagens ao país onde atualmente vivemos.

9 - O Caráter do Ministro
Boa reputação é o que o povo espera de nós. Caráter é o que verdadeiramente
devemos ter. Estevão era um homem de bom caráter, cheio do Espírito, de graça, de
poder, de sabedoria e de coragem (At. 6. 3 - 10 / 7. 1).

9. 1 - Qualidades Naturais:

 Sinceridade - Espinha dorsal do caráter (Js. 24. 14 / 1Co. 5. 8). Sem essa
qualidade o ministro estará falido.

 Coragem - O pastor será pressionado, enfrentará oposição e lutas. Se lhe faltar


coragem será vencido (Gl. 2. 14 / 1Tm. 5. 20 / At. 26. 27). Exemplos de
coragem: Elias, Moisés, João Batista, Paulo e Jesus.
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 Diligência - Não deve haver no ministro o menor sinal de preguiça, e cada


parcela de sua energia deve ser dedicada à sua tarefa (Rm. 12. 8 - 11 / Pv. 22.
29 / Ef. 5. 16).

 Prudência - Um coração totalmente simples pode colocar-se em situações


delicadas, por falta de sabedoria, e até chegar a ser falsamente acusado.
Prudência é a conformidade com as leis da conduta apropriada em todas
ocasiões (1Ts. 5. 22 / Rm. 14. 16 / 1Co. 9. 22 / Pv. 2. 1 - 11).

 Cortesia - O toque gentil e o sorriso, bem como o refinado culto de um


cavalheiro cristão deve sempre caracterizar o homem de Deus (1Pe. 3. 8 / Rm.
2. 10).

 Honestidade - É a coerência de palavras e ações (1Tm. 6. 6 - 10 / Fl. 4. 19 /


1Tm. 3. 2 - 7 / Pv. 22. 7).

 Pontualidade - Já se disse que chegar tarde a um encontro marcado equivale a


mentir ou roubar o tempo de outra pessoa. A pontualidade é, sem dúvida, uma
virtude.

 Asseio - É necessário observar a pureza da mente e da linguagem, tanto quanto


a higiene corporal.

9. 2 - Qualidades Espirituais:

 Amor - É a primeira de todas as qualificações. O amor tem dois sentidos:


vertical, isto é, amor para com Deus; horizontal, isto é, amor para com os
outros (Mc. 12. 28 - 31 / Gl. 5. 14 - 22).

 Fé - Desde o começo até o fim da vida cristã, a fé é a chave capaz de abrir os


tesouros de Deus. O ministro precisa ter fé, para também inspirar fé aos seus
ouvintes (Hb. 11. 1 - 40).

 Santidade - Como pode uma pessoa pregar a santidade e levar outras pessoas
à santidade, se ela mesma não tiver uma vida santa? (Is. 52. 11 / Hb. 12. 14 /
1Pe. 1. 14 - 16).

 Humildade - Humildade não quer dizer complexo de inferioridade.


Humildade é não querer parecer mais do que se é, é não se "inchar" quando
elevado alguma posição, e não se sentir magoado ou ofendido, quando perder
alguma posição (Fl. 2. 35 / Jo. 13. 1 - 17).
13

 Mansidão - Um espírito irritado e antagônico não faz parte da vida de um


ministro. Um temperamento controlado pelo Espírito Santo, que evita
contendas, sim, é imprescindível ao homem de Deus (2Tm. 2. 24 / Ef. 4. 15
Mt. 5. 5 - 9).

 Paciência - As obras importantes não se realizam em pouco tempo (Tg. 5. 7).


Paciência para suportar os mais fracos, para ensinar os mais novos , para
esperar a semente da Palavra germinar e crescer (Hb. 10. 36 / Gl. 4. 19).

 Contentamento - Estar sempre alegre, na fartura ou na necessidade, sem


reclamações, queixumes ou maledicências, eis o retrato de um verdadeiro
servo de Deus (Fl. 4. 4 / 1Tm. 6. 6).

10 - Comportamento do Ministro

10. 1 - Em casa:
Ter uma esposa dedicada é de grande proveito. Temos necessidades de
orientação Divina na escolha da companheira para toda a vida. João Wesley foi um
exemplo notório dos obstáculos que um homem terá que enfrentar se cometer o erro
na escolha da esposa (Pv. 18. 22 / Lc. 10. 1 / Ec. 4. 1 - 12).
Uma relação conjugal de paz e amor é essencial para a espiritualidade e o
progresso. É da vontade de Deus que o pastor e sua esposa se conduzam no lar como
padrão para os crentes (Tt. 2. 7). A Igreja certamente notará como a família do pastor
se porta e fará comentários a respeito (Ef. 5. 25 - 33 / 1Co. 7. 1 - 5).
O sucesso do marido obreiro depende, em grande parte, do bom
comportamento de sua esposa. Ela pode, verdadeiramente, fazer ou desfazer o
trabalho do marido, pois está tão próxima dele, que tem condições de influenciá-lo do
modo mais decisivo (1Tm. 3. 11 / 1Pe. 4. 15).
Governar bem a família é necessário para o sucesso na obra pastoral. Ver os exemplos
de Eli e Abraão (1Tm. 3. 4 / 1Sm. 3. 13 / Gn. 18. 17 - 19 / Ef. 6. 4).

Regras certas na família:

 Cultos domésticos - Infelizmente, uma raridade.

 Pontualidade nos horários - Estipular horas de dormir, de acordar, de


trabalho, de lazer, de estudo, etc.

 Higiene - Uma carreira de vitórias na vida de um pastor, depende de uma série


de fatores, e a higiene pessoal e higiene no lar fazem parte desse conjunto.

10. 2 - Entre o Povo:


Na rua, como embaixador ou representante de Cristo (2Co. 5. 20 / Fl. 4. 5),
visitando os crentes e incrédulos, com prudência (Cl. 4. 5 - 8).
14
A visitação é de suma importância para o crescimento da Igreja. Deve-se visitar
especialmente os enfermos, os que se ausentam dos cultos, e também os
desinteressados. Preferivelmente, visitar os lares em companhia da esposa. A
gentileza, o tato e as boas maneiras devem estar presentes na vida do ministro no, seu
relacionamento com qualquer pessoa.

10. 3 - No Púlpito:

 Aparência - Roupas simples e limpas. Estar barbeado. As roupas em ordem, a


gravata colocada corretamente, a camisa devidamente abotoada, os sapatos
limpos e engraxados. Os cabelos penteados.

 A posição do corpo - Não se deve sentar escarrapachando-se na cadeira, nem


balançar as pernas. Ao levantar-se para pregar, deve fazê-lo com serenidade,
deliberação e respeito. Não convém se escorar no púlpito.

 Os gestos - De conformidade com as palavras. Não devem ser exagerados.


Evitar imitações de outros pregadores. Quando estiver pregando não se deve
manusear nervosamente qualquer objeto na mão, ou abotoar e desabotoar o
paletó, olhar a todo momento para o relógio. Estas coisas tiram a atenção do
auditório, que deixa de ser abençoado pelo sermão.

 A voz - Que as palavras soem em voz alta e suficientemente clara para serem
entendidas por todos, mas ao mesmo tempo natural, sem serem articuladas
forçadamente. Deve-se evitar a tonalidade artificial, de falsa unção e efeitos
estudados.

 Deve-se evitar a gritaria sem sentido - Só para impressionar. Evite-se


também um tom baixo demais e monótono. Fazer pausas nas horas certas.
Controlar o volume e tom da voz de acordo com o ambiente. O pastor deve
cuidar bem de sua voz, conservá-la, pois é uma ferramenta indispensável para
o seu trabalho.

 Hábitos maus a evitar - Nada de dizer que não está preparado para sua tarefa
ou é incapaz. Isso diminui a expectativa em relação à sua imagem. Se Deus te
chamou para tarefa da pregação, certamente Ele te capacitou para o trabalho.
Procurar usar a língua portuguesa o mais correto possível. Evitar as gírias ou
brincadeiras desnecessárias.

11 - O Ideal do Ministro
A vida mais abundante é o alvo ideal do ministro. A compreensão do seu
ministério e o seu objetivo são de muita importância a ele.
Ele não só busca a verdade para conhecê-la, mas para usá-la de modo prático,
para produzir vida espiritual.
15
A Bíblia tem passado pelo fogo do cristianismo racionalista, mas nada sofreu
com isso. O pregador não precisa defender a Bíblia, mas usá-la para produzir
resultados na vida dos que ouvem. A Bíblia se defende a si mesma.
Não há trabalho mais sublime que o de ministro. Estes são os homens que Deus
conta nessa terra. São os profetas para esta geração, entretanto a responsabilidade é
imensa. Porém, Deus nunca decepcionou aqueles que nEle confiam e pregam a
Palavra com intrepidez.

12 - A Organização da Igreja
Uma das figuras que o Novo Testamento usa para a Igreja é o corpo. Ora uma
das características principais de um corpo é a organização. Isso em vista da posição,
função e capacidade dos diferentes membros. Se essa diversidade não for organizada,
resultará em confusão.
O propósito da organização é tríplice. Em primeiro lugar, a Igreja precisa
moldar-se à natureza de Deus. Ele é um Deus de ordem. Sua criação funciona com
precisão, com cada coisa no seu devido lugar.
No princípio do livro de Gêneses, lemos a história de um Deus organizando o
caos primitivo. Como poderia a Igreja, que é o corpo de Cristo, ser desorganizada?
Em segundo lugar, a organização visa a eficiência. Há muito trabalho a fazer e
o tempo é pouco. Se não houver uma perfeita coordenação na Igreja, perder-se-a
muito tempo fazendo pouco trabalho.
Em terceiro lugar, a organização evita a má distribuição de atividades, assegura
o controle, sem ocorrer injustiça no seio da Igreja.

13 - Os Membros da Igreja

13. 1 - Característica Principal


A regeneração é a condição fundamental para que alguém faça parte da Igreja.
Ela é uma associação de pessoas nascidas de novo (1Co. 3. 11 / Jo. 3. 3 / Mt. 18. 3).

13. 2 - Responsabilidade dos Membros


Primeira, o serviço, somos salvos para servir. Cada crente torna-se um servo de
Cristo, trabalhando em prol do evangelho. Na Igreja não há lugar para preguiçosos
(Lc. 19. 1 - 26 / At. 1. 7 - 8).
Segunda, dar bom testemunho. O crente não pode manchar a imagem e a
reputação da Igreja com má conduta. Ele é a Igreja. A sua vida será entendida como a
vida da Igreja. Por isso devemos ter um viver irrepreensível para que o nome da
Igreja não seja escandalizado (Tt. 2. 1 -15).

13. 3 - Rol de Membros


O simples fato de se conseguir uma aglomeração de pessoas para prestar culto,
não significa que esteja edificando uma Igreja. O primeiro passo com vistas a tornar
uma Igreja local um organismo vivo é reconhecer um certo número de membros e
fazer um arrolamento. Isso fará com que os crentes sintam-se pertencentes a uma
família. Facilita a disciplina e o trabalho do pastor (At. 5. 1 - 14 / 1. 15 / 2. 41 / 4. 4).
16

Atividades de Apoio
Faça uma pesquisa e descubra quantos membros tem em sua congregação.
Descreva o que você pode fazer para multiplicar esse número.

14 - O Governo da Igreja

1° Cristo, o Supremo Rei - A Igreja não pertence a nenhum homem. Ela pertence a
Cristo, o cabeça da Igreja. Qualquer decisão que esta quiser tomar, terá que, para isso,
buscar primeiro a vontade do Senhor em oração (Jo. 15. 5 / Ef. 5. 23 - 24).

2° O Pastor - Representante legal de Cristo, na Igreja. É o "anjo da Igreja" (Ap. 2. 1).


A ele compete orientar e apascentar o rebanho, segundo a vontade de Cristo.

3° O Presbítero - Às vezes chamados de pastores (Ef. 4. 11 / At. 20. 28 / 1Tm. 3).


Esses auxiliam o pastor, na Igreja sede, e também dirigindo congregações.

4° Os Diáconos - Enquanto a função dos presbíteros é de caráter espiritual, a dos


diáconos tem um aspecto mais material (At. 6. 1 - 6 / 1Tm. 3. 8 - 13).

15 - Departamentos da Igreja

15. 1 - Escola Bíblica Dominical


Entre todos os departamentos sobressai este, pela sua importância. A EBD
(Escola Bíblica Dominical) cuida do ensino sistemático para os membros. Deve ela
ter a maior atenção do pastor da Igreja. É fundamental para edificação dos crentes.

15. 2 - União de Crianças


Quem ganha uma pessoa adulta, ganha uma alma, quem ganha uma criança
para Cristo, ganha uma alma e uma vida inteira para o serviço do Mestre. "Deixa vir
a mim os pequeninos".
As crianças não podem entender os cultos para adultos. Ela ainda não tem base
suficiente para escutar e compreender uma mensagem do culto. É necessário, pois,
realizar-se cultos, especialmente para elas.

15. 3 - União de Mocidade


O pastor sábio incentiva os jovens a se desenvolverem nas atividades da Igreja.
Aos jovens deve ser dado o privilégio de escolherem uma diretoria do trabalho da
mocidade, de acordo com a orientação do pastor.
Os jovens sentem uma necessidade natural de associação, e se a Igreja não
conceder essa oportunidade, irão buscar essa associação lá fora, no mundo.
17
15. 4 - União de Senhoras
As irmãs têm importante função no trabalho da Igreja. Pois é delas que partem
a força para o círculo de oração (sustentáculo da Igreja). São elas que promovem as
visitas aos enfermos, ajudam os necessitados, através da assistência social da Igreja,
etc. Entretanto, se houver na Igreja uma União de Senhoras, o seu esforço será
coordenado e canalizado para o bem do corpo de Cristo.

15. 5 - Departamento Musical


Não se pode imaginar uma Igreja, ou um culto sem música. "Quem está alegre,
cante". A Igreja precisa ter um coral, um conjunto de instrumentos musicais, etc.
Enfim todos os crentes ao cantarem, a música sacra, eleva e edifica os que a ouvem.

15. 6 - Outros Departamentos


Podem ser criados, de acordo com as necessidades e possibilidades da Igreja.
16 - Administração da Igreja
16. 1 - Diretoria
Deve ser escolhido um vice-presidente, para que, se por qualquer motivo o
pastor precisar ausentar-se, este possa ser substituído.
O pastor é sempre o presidente da Igreja, quando esta for a sede de um campo.
Além disso, é necessário que haja um secretário, tesoureiro e outros elementos
capazes e de bom testemunho.
16. 2 - As Finanças da Igreja
Esta é uma questão muito séria. O inimigo pode valer-se deste ponto para
lançar calúnias sobre o pastor. O tesoureiro, devidamente eleito, deve receber as
ofertas e dízimos da Igreja, anotá-los cuidadosamente, bem como as saídas para as
despesas, e manter em dia o livro contábil.
Deve haver, na Igreja, uma comissão de contas para fiscalizar o movimento
financeiro, de modo que ninguém possa murmurar sobre o destino do dinheiro que é
recolhido.
O pastor, ou dirigente da Igreja deve ter em mente uma meta, com relação às
entradas de dízimos e ofertas. O dinheiro recolhido, depois que pago os débitos
mensais, tais como: contas de água, luz, telefone, salário pastoral, etc., deve ser
aplicado em algo, para que melhore ainda mais o bom andamento da Igreja. Deve se
aplicar em: construção, reformas, novos templos, imóveis, na evangelização, etc.

16. 3 - Disciplina
Quanto aos membros que se desviam ou deixam de viver segundo os padrões
bíblicos, merecem uma atenção particular.
O pastor, junto com o presbítero, deve estudar cada caso cuidadosamente,
procurando entrar em contato com a pessoa que está andando de maneira errada,
falar-lhe com amor sobre sua situação e convidá-la ao arrependimento. Se a pessoa
não esboçar melhora espiritual, é necessário que seja disciplinada, com a aprovação
do ministério (Mt. 18. 15 - 17 / Gl. 6. 1).
18

17 - Três Fundamentos de uma Igreja Forte:

 Propagação - Capacidade e iniciativa para propagar a obra.

 Governo Próprio - Cada Igreja deve ter seu próprio administrador (pastor,
dirigente, presidente). Esse deve exercer uma liderança coesa, de modo que
faça a mesma se desenvolver.

 Sustento Próprio - Capacidade financeira para manter a obra e ampliá-la.

O governo próprio é vital, com reflexo em todos os setores da vida da Igreja.


Portanto, devemos lançar esse fundamento desde o seu começo. Examinaremos,
primeiramente o governo próprio na esfera da Igreja local.
Parece-nos inútil instituir uma organização regional da obra antes que haja
Igrejas locais organizadas. No primeiro século do cristianismo, as Igrejas locais
foram organizadas, desde a sua fundação (At. 6. 1 - 6), mas somente mais tarde
surgiram organizações capazes de unir essas Igrejas. Portanto, a organização de
Igrejas individuais é o primeiro passo e o fundamento para o governo geral da Igreja.
Devemos ter cuidado para não depreciarmos as Igrejas locais, as quais
representam uma verdadeira força na obra evangélica. À medida que houver Igrejas
locais ativas e bem organizadas, teremos uma obra forte, por outro lado, se não
incorporarmos devidamente o novo convertido, ainda que haja um bom número de
crentes, jamais haverá Igreja sólida.
O governo levantado nas Igrejas locais ajuda os crentes a reconhecerem suas
responsabilidades. Quando as pessoas aceitam a Cristo, despertam uma nova relação
com Deus. Quando se constituem em Igrejas, os convertidos despertam para um novo
convívio com os crentes, membros e companheiros do corpo de Cristo.
Este reconhecimento de responsabilidade gera, como resultado, unidade e zelo
para a obra, atitudes indispensáveis para se alcançar um espírito de sacrifício por
parte da congregação. O espírito de colaboração e sacrifício é igualmente essencial
para o sustento da obra. Que passo daremos, então, para estabelecer uma Igreja local?

18 - A Base da Comunhão na Igreja Local


Para se formar uma Igreja, é preciso que haja comunhão e cooperação como
fundamento, isto é, acordo entre os membros quanto às doutrinas, propósitos e métodos que
se utilizarão para alcançar suas finalidades. O profeta pergunta:"Andarão dois juntos, se não
estiverem de acordo?" (Am. 3. 3).
É impossível que os crentes andem juntos, unidos no entendimento e propósito sem
terem algum conserto ou acordo entre si.
Há aqueles grupos que desprezam e não querem estatutos e regimentos internos, não
arrolam os membros, têm sua maneira própria de trabalhar, dispensando normas escritas.
Eles sabem quem tem autoridade na Igreja e quais suas regras gerais de procedimentos.
19
Outros dizem que a Bíblia é seu regulamento e o Espírito Santo seu guia. Bem, todos
nós desejamos isso. É preciso porém saber como interpretar a Bíblia e discernir se somos,
verdadeiramente, guiados pelo Espírito Santo e não por caprichos e idéias errôneas. Há
muitos que afirmam que a Bíblia é seu guia, porém, os seus ensinamentos e práticas não
demonstram. Seria uma confusão desastrosa se seguíssemos cada pensamento e crença de
pessoas que professam o cristianismo, sem adotarem uma norma pela qual pudéssemos
julgar a pureza da doutrina, ou da prática.
Ao formarem uma Igreja, os convertidos devem ser instruídos na Palavra de Deus e
na vida cristã de maneira a poderem chegar a um senso comum e declarar com certeza: "Isto
é o que cremos, o que somos e pregamos". Deve haver um acordo completo quanto às
doutrinas fundamentais.
O apóstolo Paulo exortou os coríntios: "Que digais todos uma mesma coisa, e não
haja entre vós dissensões, antes sejais unidos em um mesmo sentido e em um mesmo
parecer" (1Co. 1. 10). Os crentes têm que chegar num acordo com respeito à doutrina para
que todos falem uma mesma coisa, e devem ter uma concepção uniforme quanto ao que
constitui a conduta cristã, para que todos sejam unidos em um mesmo sentido, e em um
mesmo parecer.
Os crentes devem, necessariamente, ter o mesmo parecer com respeito à doutrina da
salvação, do pecado, do castigo futuro, da segunda volta de Cristo, no sustento da Igreja e
várias doutrinas fundamentais. Tem que ser unidos em um mesmo parecer com o respeito à
atividade cristã, quanto aos vícios do Álcool e do fumo, como também quanto às diversões
populares como baile, jogos, etc, para que a Igreja possa manter seu testemunho limpo
perante o mundo.
Deve haver paralelamente um entendimento com o respeito às exigências da lei civil
quanto ao matrimônio, capaz de influenciar a admissão de membros novos. Do mesmo
modo deve haver entendimento sobre a maneira de tratar com os membros que caem
pecado, que desonram o nome de Cristo, e da Igreja. Jesus Cristo disse aos seus discípulos:
"Ide ensinai todas a nações... Ensinando-as..." (Mt. 28. 19-20).
Vemos, pois, que o princípio da edificação e da organização de uma Igreja deve ter
por base o ensinamento bíblico.

19 - Os Membros
A seleção dos membros fundadores de uma Igreja e a adição subseqüente de novos
membros é algo que merece uma vigilância esmerada e a oração fervorosa da parte do
evangelista, do pastor e também de toda Igreja.
Quando um evangelista está lutando para estabelecer uma Igreja, é muito natural que
deseje toda a ajuda possível.
Muitas vezes, há pessoas na vizinhança que já ouviram o evangelho em outro lugar,
ou também pequenos grupos de membros de outras Igrejas evangélicas, que por motivos
diversos não estejam contentes com sua própria Igreja e desejam congregar-se ali, em um
novo esforço. Motivado pelo desejo legítimo de conseguir toda ajuda possível para sua nova
Igreja, o obreiro pode ser tentado a aceitar imediatamente o auxílio desses crentes, sem
prévio exame do caráter deles.
Em regra geral, agir assim é semear o fracasso na Igreja. Essa prática não somente
compromete a ética cristã quando ao modo de receber desgostosos de outras denominações,
como também põe em dúvida a prudência do obreiro que lança em bases duvidosas o
fundamento da Obra. É preferível que o obreiro tome tempo para cavar bem e edificar sobre
20
a Rocha. Certamente requererá mais tempo; porém, o ministro terá gozo em ver a obra firme
e resistente às intempéries.
Sem enfatizar as diferenças entre denominações evangélicas ou excluir da comunhão
cristã o verdadeiro filho de Deus, é mister reconhecer a necessidade de um acordo comum
entre os membros de uma Igreja quanto à doutrina e aos ideais propostos, para se trabalhar
em unanimidade e harmonia.
Crentes procedentes de outros grupos devem ser examinados cuidadosamente a fim
de descobrir se eles defendem doutrinas erradas. Admitir como membros indivíduos com
idéias errôneas com respeito às doutrinas fundamentais da Bíblia, dará como resultado o
enfraquecimento da estrutura espiritual da Igreja. Deve haver por exemplo, um
entendimento bem definido acerca do sustento da Igreja, pois é possível que não se sintam
responsáveis quanto aos dízimos, e achem que outros devem levar a carga financeira da
obra.
Possivelmente faltem a esses crentes imaturos idéias claras e maduras com respeito
às normas de santidade que a Igreja deve manter. Se tais crentes são recebidos como
membros ativos da nova congregação, certamente o pastor terá um conflito mais tarde,
quando começar a ensinar aos novos convertidos as normas e doutrinas bíblicas. Aí, o pastor
se encontrará em apuros, quando os membros por ele recebidos, apressadamente
principiarem a solapar o trabalho e a opor-se aos seus ensinamentos.
Como crente de maior experiência, o membro contrariado pode exercer influência
negativa sobre os novos convertidos. Se lhes disser, por exemplo, que não é necessário dar
dízimo, o membro pode desfazer o trabalho do pastor nesse particular. Também não verá a
necessidade de disciplinar um membro desviado, que nunca foi doutrinado com respeito a
esse aspecto da vida cristã.
Assim, sem ser intolerante ou mesquinho, é necessário que o pastor selecione com
cuidado as pedras do fundamento da futura Igreja. Deve instruir novos membros nas
verdades essenciais para o desenvolvimento da Igreja, e somente os que estão devidamente
doutrinados poderão ser admitidos como membros. Claro que pode haver uma certa
tolerância quanto às opiniões sobre pontos não fundamentais, porém, quando se trata de
doutrinas e práticas básicas da Igreja, não podemos deixar de exigir acordo completo.
Quando uma Igreja está sendo organizada, os convertidos podem ser examinados
pelo pastor, em cooperação com dois ou três membros mais espirituais e fiéis. Depois de
organizar a Igreja e eleger seus dirigentes, o dever de examinar os novos convertidos cabe
ao pastor, junto com a aprovação da Igreja.
Havendo chegado a um acordo quanto à doutrina, os métodos de trabalho e os
objetivos da Igreja, esta, composta dos membros, cujos nomes aparecem no rol, começará a
exercer a sua autonomia.
A Igreja é autônoma em sua esfera local, e pode resolver seus problemas, desde que
não prejudique os direitos e prerrogativas de uma co-irmã, ou contrarie princípios aprovados
por convenções regionais ou nacional.
O pastor elege suas próprias autoridades, as quais, assim eleitas, são responsáveis
primeiramente perante Deus e também perante a congregação.
Já vimos que o pastor indica quem deve receber funções. Agora veremos a relação
que deve existir entre pastor, presbíteros, diáconos e membros.
O pastor de uma Igreja ocupa um cargo importante, quase sempre difícil, no qual é
posto por Deus como responsável pelo rebanho (1Pe. 5. 1 - 4). Mas o pastor é também
ministro para servir a Igreja. Certamente é chamado por Deus e indicado por uma
Convenção.
21
O pastor é o líder espiritual da Igreja e é responsável pelo bem-estar desta (Hb. 13.
17). A ele cabe também, presidir a diretoria e o presbitério, os quais não devem considerar-
se no direito de agir independentemente do pastor, nem, sem o conhecimento deste, jamais
podem reunir-se secretamente para tratar de negócios da Igreja.
Todavia, a autoridade do pastor tem certas limitações. Por isso o apóstolo Pedro
admoesta os pastores que não devem considerar-se "como tendo domínio sobre a herança
de Deus".
Ele é um ministro, servo da Igreja e exemplo para os crentes. Embora a Igreja eleja
subordinada a ele, o pastor não deve defraudar a congregação, passando por cima dos
membros sem lhes dar a devida consideração.
O pastor não deve aceitar ou excluir membros sem motivos justos. Em outras
palavras, ele não deve agir com espírito de ditador na direção da Igreja, e sim, estabelecer
relações harmoniosas e de cooperação com os membros do corpo de Cristo. Cabe a ele
tomar a iniciativa de manter o clima de harmonia e de paz geral. Deve convocar
semanalmente ou mensalmente a diretoria e o ministério da Igreja para tratarem assuntos
administrativos, e deve manter a ordem estabelecida nas deliberações. Com isso não
queremos dizer que ele não deve agir se necessário, pelo contrário, como líder da Igreja, ele
deve tomar as decisões importantes, claro que com a orientação do Espírito Santo.
Há assuntos que, quase sempre, requerem atenção, como, por exemplo, entrevistar os
candidatos ao batismo, disciplinar membros, examinar os deveres financeiros da Igreja, e
outros.
Ainda que tudo pareça seguir normalmente, o pastor não deve deixar de reunir o
ministério da Igreja. Muitas vezes os membros sabem de dificuldades que ele próprio
desconhece. O pastor deve dar oportunidade aos obreiros da Igreja para que apresentem seus
relatórios.
Ainda que não haja qualquer assunto de gravidade a ser discutido, mesmo assim, os
obreiros devem se reunir para orar. Não há nada melhor para estabelecer a unidade entre os
oficiais da Igreja e seu pastor de que reunirem-se para testemunharem e orar juntos, visando
o progresso da obra. Feliz o pastor que aprende bem esta lição e sabe trabalhar em harmonia
com todo ministério.
Quanto às indicações, é provável que ele precise de certa direção e conselho. O
presidente da reunião deve explicar à Igreja as qualidades bíblicas para o diácono (1Tm. 3. 8
- 13 / At. 6. 1 - 6).
É bem provável, que a Igreja ainda imatura, poderá às vezes, escolher alguém por
motivos falsos, como simpatia pessoal, antes de fazê-lo por qualificações espirituais.
Portanto, é aconselhável que haja uma comissão encarregada de apresentar candidatos, a
qual o presidente pode explicar mais claramente as qualificações necessárias ao posto, e
fazer perguntas para saber acerca dos candidatos apontados. Portanto, sugere-se que a Igreja
eleja uma comissão encarregada de propor os candidatos à eleição.
Também, é proveitoso que o presidente, juntamente com a comissão nomeada,
explique a cada candidato os predicados exigidos, para que cada um possa retirar seu nome,
caso não se sinta capaz de cumpri-lo. A comissão que preparará os candidatos deve ser
criteriosa e permanente.
É importante, que os nomes dos candidatos a alguma função ministerial, venha a
comissão, indicado pelo seu dirigente ou supervisor.

20 - Disciplina dos Membros


22
O alto privilégio da autonomia leva consigo certas responsabilidades sérias. A Igreja
local que procura governar-se segundo o modelo do Novo Testamento faz-se
automaticamente responsável em manter a ordem e a norma bíblica. Sem dúvida, um dos
aspectos difíceis do governo próprio é a disciplina dos membros. A Bíblia contém
exortações com respeito ao assunto (Mt. 18. 15 / Gl. 6. 1 / Rm. 16. 17 / 1Co. 5. 12).
Quando se tem conhecimento que um dos membros tem ferido o bom testemunho da
Igreja por atos indignos, cabe ao pastor e ao presbitério investigar e tomar uma decisão, em
nome da Igreja. É muito natural não desejar encarar uma pessoa faltosa, pois nunca sabemos
qual será a sua reação.
Ocorre ainda que os membros da congregação podem ser influenciados
negativamente. Por causa deste risco, muitos pastores se refugiam na oração, certos de que
será melhor confiar em Deus do que tratar do assunto. Acham melhor manifestar um espírito
amável do que agir com dureza com aquele que pecou.
Claro que a oração é importante, e muito necessária quando temos que tratar desses
assuntos, porém a oração por si só não solucionará o problema que requer decisão e ação.
Paulo orava em tais casos, mas fazia mais que isso. Orava e agia (1Co. 5).
Não devemos ter outro sentimento senão o amor para com aqueles que não cumprem
a vontade de Deus. Quando um pai corrige um filho, não mostra a falta de amor, antes, a
correção é a prova de seu amor. Assim, na Igreja não seria uma manifestação de zelo para
com Deus nem para com a pessoa, deixá-la arruinar o bom nome da Igreja e sua própria
vida espiritual, sem palavra de admoestação ou de correção mais séria, conforme o caso.
O pastor não é digno de sua alta vocação se deixa de cumprir um dever somente para
ser agradável. Se passarmos por cima dessas coisas, o testemunho do evangelho sofrerá
dano. Os incrédulos não crerão se, apesar de nossa pregação e nosso testemunho de
santidade, fecharmos os olhos ao pecado e em nada sermos diferentes deles.
Portanto, por amor à Igreja, à alma dos crentes faltosos e por amor aos não
convertidos que nos observam, é que devemos cumprir nossa solene responsabilidade.
Façamo-lo, porém, em oração e amor. Sejamos misericordiosos para que alcancemos
misericórdia. Entretanto, quanto os interesses do reino de Deus o exigirem, não vacilemos.
Quando correr a notícia de que um membro da Igreja tem caído em pecado, o pastor
deve falar primeiramente com o acusado, e se não puder esclarecer o assunto, reunir o
presbitério e proceder uma investigação (Mt. 18. 15 -17). O acusado deve ser chamado para
uma reunião. Se negar a culpa, ser-lhe-á dada a oportunidade de provar sua inocência, e não
será tido por culpado, até que se encontre a evidencia da culpa. Uma vez provada a culpa, o
presbitério tratará com ele, segundo a gravidade do caso.
Em faltas de menor conseqüências, se o acusado mostrar espírito humilde e
arrependido, deve ser perdoado e aconselhado. Provavelmente em tais casos, não haverá
necessidade de disciplina mais séria. Se a falta foi tal, que causou censura do mundo ao
testemunho da Igreja, como no caso de embriaguez ou imoralidade, então o culpado deve
ser aconselhado, e se demonstrar arrependimento sincero, deve ser perdoado, porém ao
mesmo tempo o presbitério deve impor-lhe um período de disciplina durante o qual o
culpado dará provas de sinceridade, de arrependimento e se restabelecerá na confiança dos
irmãos.
Para alcançar o efeito devido, a decisão do pastor deve ser anunciada para que a
Igreja o saiba e ore por ele, ajudando-o a voltar a vida espiritual. Ao mesmo tempo, isso o
fará reconhecer a gravidade da falta. Em tudo isto, é mister que se manifeste o espírito de
amor e de misericórdia. O objetivo da disciplina não é castigar, mas antes restaurar a vida
23
espiritual. Deus é o Juiz de todos, porém, o pastor é responsável em vigiar os membros da
Igreja e o testemunho que dão (1Co. 5. 12 - 13).
Os pastores e oficiais da Igreja devem ser homens íntegros, caracterizados pela
misericórdia, coragem e justiça. Devem ser imparciais, sem favoritismo, mas sem tolerância
com o pecado. A importância da disciplina para o crescimento e estabilidade da Igreja é de
valor inestimável. Deus honrará a Igreja que honra a sua Palavra.
Atividades de Apoio
Para que serve a disciplina? Justifique.

21 - Decisão Final
Às vezes surgem circunstâncias nas quais o pastor e os membros da Igreja não podem
chegar a um acordo completamente. O pastor e a diretoria não chegam a um acordo sobre a
melhor maneira de resolvê-las. Há ocasiões em que boa parte dos membros não concorda
com o pastor ou com o presbitério.
É aconselhável evitar um passo precipitado e não insistir em adotar uma decisão
quando os ânimos estão agitados. O melhor a fazer é adiar a decisão, dando lugar a paz e a
calmaria. Há pastores que muitas vezes insistem em seu próprio ponto de vista, dividindo a
congregação, causando sérias dificuldades que poderiam ser evitadas com um pouco de
paciência.
Se o pastor percebe que não tem apoio dos membros da diretoria ou do presbitério em
determinado assunto, e mesmo que espere um tempo para tratá-lo com paciência o
presbitério não chega a uma conclusão, e se ele considera o caso como importante e
necessário para o bem estar geral, seu único recurso é apelar para a Igreja. A decisão final
em assuntos locais se tomará com a Igreja reunida. Ainda nesta parte o pastor tem a grande
responsabilidade de ensinar a Igreja a conduzir-se de modo que tudo seja feito sob a direção
do Espírito Santo, conforme a Palavra de Deus.
Portanto, quando houver um desacordo que não possa ser resolvido pela ação do
presbitério, o pastor deve levar o assunto à Igreja, em reunião convocada para esse fim, e a
questão será discutida e colocada em votação. A decisão da maioria será decisiva nos
assuntos locais.

Coordenação Geral

Pr. Valter José G. da Silva

Bacharel em Teologia Pela Faculdade FAIFA.


24
Bacharel em Teologia Pelo Seminário Maior de Ensino Teológico do Pantanal (IBA).
Autor dos Livros: Teologia da Liderança Cristã – Teologia do Jejum e da Oração – Discipulado –
Homilética, (SETEFA) – Manual de Mensagens – O que são Mensagens Subliminares – Filho de
Pastor.

Questionário de Teologia Pastoral


Nome_______________________________________
Professor_____________________ Data / /

Coloque ( V ), se a frase for Verdadeira e ( F ), se a frase for falsa.

1 - ( ) Teologia Pastoral, é a ciência da obra pastoral. A matéria trata da modificação da


Igreja.

2 - ( ) Quando Jesus Cristo vier buscar sua Igreja, quer encontrá-la pura, sem macula, nem
ruga, nem coisa semelhante.

3 - ( ) A palavra apóstolo significa enviado, mensageiro.

4 - ( ) Profetizar é falar impulsionado por uma inspiração especial. É falar inspirado pelo
Espírito de Deus.

5 - ( ) O profeta do Novo Testamento é diferente do profeta do Antigo Testamento.

6 - ( ) O batismo no Espírito Santo é sinal de perfeição espiritual.

7- ( ) Sem uma consagração total, ninguém está apto a servir a Deus eficazmente.

8-( ) O apóstolo Paulo possuía bom preparo intelectual.

9-( ) Estevão não era um homem de bom caráter.

10 - ( ) O toque gentil e o sorriso, bem como o refinado culto de um cavalheiro cristão


deve sempre caracterizar o homem de Deus.

Marque x na alternativa Certa.

11 – Quais as qualidades espirituais do Ministro:


1 - ( ) Amor, fé, santidade, humildade, mansidão, paciência e contentamento.
2 - ( ) Amor, fé, santidade, humildade, mansidão, paciência e avareza.
3 - ( ) As opções 1 e 2 estão certas.
4 - ( ) Nenhuma das alternativas.

12 – O batismo com Espírito Santo é para todos os crentes?


1- ( ) Não 3- ( ) Talvez
2- ( ) Sim 4- ( ) Nenhuma alternativa
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13 – Quanto aos membros que se desviam:
1 - ( ) Devemos esquecê-los, pois, a obra não pode parar.
2 - ( ) Devemos orientá-los a filiar-se em outra Igreja.
3 - ( ) Merecem uma atenção especial.
4 - ( ) Nenhuma alternativa.
14 – Os fundamentos essenciais de uma Igreja forte são:
1 - ( ) Propagação 3 - ( ) Sustento Próprio
2 - ( ) Governo Próprio 4 - ( ) Todas as alternativas.

15 – O Novo Testamento apresenta a Igreja em três figuras importantes:


1 - ( ) A porta, O sol e um edifício.
2 - ( ) Uma noiva, uma esposa, e a porta.
3 - ( ) Um edifício, uma noiva, e um corpo.
4 - ( ) Todas as alternativas estão corretas.

16 – Qual a primeira condição para que alguém seja pregador?


1 - ( ) Ler toda a Bíblia
2 - ( ) Novo Nascimento
3 - ( ) Filiar-se a uma Convenção
4 - ( ) Todas as alternativas estão corretas.

17 – Para o pastor, ter uma esposa dedicada é de grande proveito?


1 - ( ) Sim 3 - ( ) Não
2 - ( ) Talvez 4 - ( ) Nenhuma alternativa.

18 – Segundo a lição, o pastor como Líder espiritual da Igreja deve ser:


1 - ( ) Doutrinador e severo pois ele a conduzirá aos Céus.
2 - ( ) Responsável pelo seu crescimento, pois se isso não acontecer ele será tirado da
direção.
3 - ( ) Responsável pelo bem-estar desta.
4 - ( ) Todas as alternativas estão corretas.

19 – Em faltas de menor conseqüência, se o acusado demonstrar espírito de humildade


e de arrependimento, deve ser:
1 - ( ) Excomungado e excluído.
2 - ( ) Perdoado e disciplinado.
3 - ( ) Afastado e reintegrado.
4 - ( ) Perdoado e aconselhado.

20 - Qual o nome da Matéria que você acabou de estudar.


1 - ( ) Teologia Sistemática Pastoral.
2 - ( ) Teologia e a Prática Ministerial.
3 - ( ) Teologia da Liderança Ministerial.
4 - ( ) Nenhuma alternativa.
Boa Sorte!!!

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