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TEOLOGIA PASTORAL - Valter José G. Da Silva
TEOLOGIA PASTORAL - Valter José G. Da Silva
S E T E F A
Seminário Teológico Pr. Dr. Eliseu Feitosa de Alencar
Ficha técnica
CORPO ADMINISTRATIVO
Presidente - Pr. Valdemar de Jesus Silva
Vice Presidente - Pr. Sebastião Araújo da Silva
Diretor administrativo - Pr. Valter José Gimenes da Silva
Conselho fiscal:
Pr. Francisco da Silva Valentim
Pr. Marivalter Hermógenes
Pr. Elias Quirino Souza dos Santos
Revisão Teológica:
Pr. Moisés Madeira da Silva
Pr. Raimundo de Souza Mendes
Pr. Marivalter Hermogenes
Pr. Ademar Ferreira Junior
Pr. Josafá Feitosa da Silva
Suplentes:
Pr. Hélio Lopes
Pr. Pedro Madureira
Capa: Pr. Valter José Gimenes da Silva
Matéria: Cedida pelo Seminário Teológico Paulo Leivas Macalão, com a devida
autorização de seu Presidente Bispo Manuel Ferreira.
Revisão Textual: Drª Maria Vilma Coqueiro da Silva
Diagramação: Pr. Valter José G. da Silva
Introdução......................................................04
Teologia Pastoral...............................................05
A Igreja........................................................05
O Ministro Evangélico...........................................08
Atividades de Apoio.............................................08
A Preparação do Ministro........................................08
Qualidades Naturais.............................................11
Qualidades Espirituais..........................................12
Comportamento do Ministro.......................................13
O ideal do Ministro.............................................14
A Organização da Igreja.........................................15
Os Membros da Igreja............................................15
Atividades de
Apoio.............................................16
O Governo da Igreja.............................................16
Departamentos da Igreja.........................................16
Administração da Igreja.........................................17
Os Membros......................................................19
Atividades de
Apoio.............................................23
Decisão Final...................................................23
Questionário....................................................25
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Apresentação
Deus tem feito despontar nos últimos tempos, obreiros voluntários, que se
levantam no poder do Espírito Santo e realizam trabalhos excelentes!
Precisamos acompanhá-los bem de perto, e fomentar ainda mais o fogo dessas
“faíscas”, trazendo para dentro do braseiro do Ministério, e apoiá-los como homens
de Deus.
O Pastor Valter José, juntamente com a equipe de Revisão Teológica e outros
companheiros, têm sido algumas dessas “faíscas”, pois os mesmos, têm feito muitos
esforços pessoais para levantar a bandeira do ensino em nosso Estado, na confecção
de dezoito matérias, para nosso próprio seminário: (SETEFA) Seminário Teológico
Pr. Dr. Eliseu Feitosa de Alencar, seminário este, que é órgão vinculado à Igreja
Assembléia de Deus do Ministério de Madureira no Estado do Acre. Dessa forma, sei
que estas matérias servirão para o bem de todos obreiros e obreiras que querem
ampliar seus conhecimentos bíblicos.
Que Deus ilumine a todos quantos se aprofundam nas riquezas que a Palavra
de Deus nos oferece.
Introdução
A Escritura afirma que quem adquire sabedoria e conhecimento é bem aventurado,
porque isto é melhor que pedras preciosas. O conhecimento dá ao homem caminhos e
veredas de paz. Nada neste mundo pode se comparar à alegria de conhecer a Deus e é
estudando a sua Palavra que alcançamos isso. Entretanto, se acreditarmos na veracidade das
Escrituras Sagradas, ela nos ensinará o melhor. O grande objetivo de nossas vidas não pode
ser outro, senão a busca de conhecimento do Senhor.
Embasados nessa verdade é que o SETEFA oportuniza, a todos interessados, lições
que perpetuaram na mente de seus alunos. Porém, o desejo e o interesse não bastam, pois
um curso do nível que propomos realizar exige disciplina, tendo em vista que a leitura,
muitas vezes é difícil e árdua.
Para facilitar o alcance de seus objetivos, siga nossas instruções.
1 – Procure um lugar isolado, livre de interferência de pessoas ou barulho, lugar que tenha
iluminação.
2 – Adquira um material de apoio, como: dicionários, concordâncias bíblicas e acima de
tudo tenha a Bíblia, as mais diversas versões possíveis.
3 – Se desligue de tudo que tire sua atenção.
4 – Estipule um horário de estudo para todos os dias.
5 – Grife as partes do livro nas quais você porventura se sinta embaraçado, ou que lhe
chame a atenção (se por acaso não consiga entender certos assuntos da Matéria, peça auxilio
de seu professor, caso não se sinta satisfeito, escreva para nossa central).
6 – Tenha em mente o propósito firme em aprender, não crie polêmica, já que essa não é a
nossa meta. Procure extrair o maximo desse material.
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7 – Conte sempre com a ajuda do Espírito Santo de Deus. Ele é o melhor instrutor.
1 - Teologia Pastoral
Teologia Pastoral, é a ciência da obra pastoral. A matéria trata da edificação da
Igreja.
2 - A Igreja
O propósito divino para com o povo de Israel era de usá-lo para demonstrar ao
mundo sua infinita bondade e amor, e por intermédio deste povo encher a terra de sua
glória (Nm 14. 21). Israel falhou e, portanto, Deus visitou os gentios para tomar deles
um povo para seu nome (At. 15.14). o resultado é o ministério da Igreja (Mt. 16. 13
-18 / Ef. 3. 3 - 6).
3. 1 - Apóstolos
A palavra apóstolo significa enviado, mensageiro (Hb. 3. 1).
Os sinais dos apóstolos (2Co 12.12); experiência e encontro verdadeiro com
Jesus (At. 1. 22), uma chamada de Cristo (At. 13. 2), uma revelação especial de
Cristo (1Co. 11. 23 / Gl. 1. 11 - 13).
A obra dos apóstolos: colocar o fundamento (1Co. 3. 10 / Ef. 2. 20 / Ap. 21.
14), ser possuidor de muitos dons, estabelecer Igrejas (At. 14. 21 - 23 / Fl. 1. 1),
possuir capacidade para presidir (1Co. 12. 28).
3. 2 - Profeta
Existe não pouca confusão acerca do profeta. Alguns acham que profetizar é o
mesmo que pregar, outros pensam que profetizar é revelar acontecimentos futuros.
Profetizar é falar impulsionado por uma inspiração especial (1Co. 14. 30). É falar
inspirado pelo Espírito de Deus.
É preciso distinguir entre o dom de profecia e o ministério do profeta (Ef 4.11;
1Co. 12. 10). O dom de profecia é distribuído de um modo geral para toda Igreja.
"todos podereis profetizar..." (1Co. 14. 31). O ministério de profeta é para alguns a
quem Deus chama de modo especial (Ef. 4. 11).
O profeta do Novo Testamento é diferente do profeta do Antigo Testamento,
em que a Palavra de Deus vem para ele, e não saindo dele (1Co. 14. 36). Os profetas
do Antigo Testamento receberam a Palavra de Deus por inspiração, e os profetas do
Novo Testamento explicam a Palavra de Deus pela inspiração.
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3. 3 - Evangelista
3. 4 - Pastor
O exemplo perfeito de Jesus (Jo. 10. 1 - 18 / Sl. 23).
As Igrejas do Novo Testamento tiveram anciãos ou presbíteros (no grego:
"episkopos", bispos) designados ou consagrados para cuidar e apascentar a Igreja (At.
20. 17 - 28).
Estes foram eleitos (no grego: designados por imposição de mãos) pelos
apóstolos (Tt. 1. 5).
As qualificações destes presbíteros (1Tm. 3. 1 - 7 / Tt. 1. 7 - 9 / Jo. 21. 15 - 17).
Um destes presbíteros foi escolhido e reconhecido como pastor (1Tm 5.17). Os
presbíteros "que cumprem o bem, etc"., no original é: "que presidem ou governam"
(Ap. 2. 1 / Hb. 13. 7 - 17 - 24 / Ef. 4. 11 / Rm. 12. 8).
O trabalho do pastor (Sl. 23. 1 - 3 / 1Pe. 5. 1 - 4): o Senhor, que é Sumo Pastor
(1Pe. 5. 4), apresenta seu rebanho por intermédio dos seus pastores.
Tosquiar.
3. 5 - Mestre
Presbíteros com dom de ensino (Rm. 12. 7 / 1Co. 12. 28 / Ef. 4. 11 / 1Tm. 3. 2).
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O ministério do mestre é ajudar (At. 18. 27; 1Co. 3. 8), edificar (1Co 3. 6 - 10),
alimentar (1Pe. 5. 2 e 2. 1 - 2 / 1Co. 3. 1 - 2), iluminar (Sl. 119. 105 / 2Pe. 1. 19), um
ensino lógico e sistemático, mas inspirado (Jo. 7. 38). Os mestres devem guardar-se
do perigo do orgulho e da soberba, reconhecendo o que Deus tem revelado a outros
(Ef. 3. 18 / 1Co. 13. 9 / At. 18. 24 - 26).
Auxiliares (1Co. 12. 28 / Rm. 12. 6 - 8) - Priscila e Áquila (Rm. 16. 3).
4 - O Ministro Evangélico
A vocação do pastor é mais elevada do que qualquer outra, como comerciante,
médico, engenheiro, etc., em virtude dos valores eternos com os quais ele trata. Ele
trabalha com a alma das pessoas, e sua obra determinará a eternidade de muitas delas.
Atividades de Apoio
O que você entende por chamada ministerial? Explique.
5 - A Preparação do Ministro
Ancião ou pai (1Pe. 5. 1) - Deve haver o terno amor de pai para com os filhos.
O pastor é como um pai amoroso no seio da família, que é a Igreja.
Características do pai:
Ele protege a família.
Ele dispensa carinho a família.
Ele sempre quer estar perto da Família.
Ele supre as necessidades da família.
Mestre (1Co. 12. 28) - o ensino se faz através das explicações pacientes,
detalhadas e corretas das verdades de Deus, de modo compreensível ao povo.
Luz (Mt. 5. 13 - 15 / Fl. 2. 15) - o pastor deve ser como um farol, mostrando
o porto aos perdidos.
9 - O Caráter do Ministro
Boa reputação é o que o povo espera de nós. Caráter é o que verdadeiramente
devemos ter. Estevão era um homem de bom caráter, cheio do Espírito, de graça, de
poder, de sabedoria e de coragem (At. 6. 3 - 10 / 7. 1).
9. 1 - Qualidades Naturais:
Sinceridade - Espinha dorsal do caráter (Js. 24. 14 / 1Co. 5. 8). Sem essa
qualidade o ministro estará falido.
9. 2 - Qualidades Espirituais:
Santidade - Como pode uma pessoa pregar a santidade e levar outras pessoas
à santidade, se ela mesma não tiver uma vida santa? (Is. 52. 11 / Hb. 12. 14 /
1Pe. 1. 14 - 16).
10 - Comportamento do Ministro
10. 1 - Em casa:
Ter uma esposa dedicada é de grande proveito. Temos necessidades de
orientação Divina na escolha da companheira para toda a vida. João Wesley foi um
exemplo notório dos obstáculos que um homem terá que enfrentar se cometer o erro
na escolha da esposa (Pv. 18. 22 / Lc. 10. 1 / Ec. 4. 1 - 12).
Uma relação conjugal de paz e amor é essencial para a espiritualidade e o
progresso. É da vontade de Deus que o pastor e sua esposa se conduzam no lar como
padrão para os crentes (Tt. 2. 7). A Igreja certamente notará como a família do pastor
se porta e fará comentários a respeito (Ef. 5. 25 - 33 / 1Co. 7. 1 - 5).
O sucesso do marido obreiro depende, em grande parte, do bom
comportamento de sua esposa. Ela pode, verdadeiramente, fazer ou desfazer o
trabalho do marido, pois está tão próxima dele, que tem condições de influenciá-lo do
modo mais decisivo (1Tm. 3. 11 / 1Pe. 4. 15).
Governar bem a família é necessário para o sucesso na obra pastoral. Ver os exemplos
de Eli e Abraão (1Tm. 3. 4 / 1Sm. 3. 13 / Gn. 18. 17 - 19 / Ef. 6. 4).
10. 3 - No Púlpito:
A voz - Que as palavras soem em voz alta e suficientemente clara para serem
entendidas por todos, mas ao mesmo tempo natural, sem serem articuladas
forçadamente. Deve-se evitar a tonalidade artificial, de falsa unção e efeitos
estudados.
Hábitos maus a evitar - Nada de dizer que não está preparado para sua tarefa
ou é incapaz. Isso diminui a expectativa em relação à sua imagem. Se Deus te
chamou para tarefa da pregação, certamente Ele te capacitou para o trabalho.
Procurar usar a língua portuguesa o mais correto possível. Evitar as gírias ou
brincadeiras desnecessárias.
11 - O Ideal do Ministro
A vida mais abundante é o alvo ideal do ministro. A compreensão do seu
ministério e o seu objetivo são de muita importância a ele.
Ele não só busca a verdade para conhecê-la, mas para usá-la de modo prático,
para produzir vida espiritual.
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A Bíblia tem passado pelo fogo do cristianismo racionalista, mas nada sofreu
com isso. O pregador não precisa defender a Bíblia, mas usá-la para produzir
resultados na vida dos que ouvem. A Bíblia se defende a si mesma.
Não há trabalho mais sublime que o de ministro. Estes são os homens que Deus
conta nessa terra. São os profetas para esta geração, entretanto a responsabilidade é
imensa. Porém, Deus nunca decepcionou aqueles que nEle confiam e pregam a
Palavra com intrepidez.
12 - A Organização da Igreja
Uma das figuras que o Novo Testamento usa para a Igreja é o corpo. Ora uma
das características principais de um corpo é a organização. Isso em vista da posição,
função e capacidade dos diferentes membros. Se essa diversidade não for organizada,
resultará em confusão.
O propósito da organização é tríplice. Em primeiro lugar, a Igreja precisa
moldar-se à natureza de Deus. Ele é um Deus de ordem. Sua criação funciona com
precisão, com cada coisa no seu devido lugar.
No princípio do livro de Gêneses, lemos a história de um Deus organizando o
caos primitivo. Como poderia a Igreja, que é o corpo de Cristo, ser desorganizada?
Em segundo lugar, a organização visa a eficiência. Há muito trabalho a fazer e
o tempo é pouco. Se não houver uma perfeita coordenação na Igreja, perder-se-a
muito tempo fazendo pouco trabalho.
Em terceiro lugar, a organização evita a má distribuição de atividades, assegura
o controle, sem ocorrer injustiça no seio da Igreja.
13 - Os Membros da Igreja
Atividades de Apoio
Faça uma pesquisa e descubra quantos membros tem em sua congregação.
Descreva o que você pode fazer para multiplicar esse número.
14 - O Governo da Igreja
1° Cristo, o Supremo Rei - A Igreja não pertence a nenhum homem. Ela pertence a
Cristo, o cabeça da Igreja. Qualquer decisão que esta quiser tomar, terá que, para isso,
buscar primeiro a vontade do Senhor em oração (Jo. 15. 5 / Ef. 5. 23 - 24).
15 - Departamentos da Igreja
16. 3 - Disciplina
Quanto aos membros que se desviam ou deixam de viver segundo os padrões
bíblicos, merecem uma atenção particular.
O pastor, junto com o presbítero, deve estudar cada caso cuidadosamente,
procurando entrar em contato com a pessoa que está andando de maneira errada,
falar-lhe com amor sobre sua situação e convidá-la ao arrependimento. Se a pessoa
não esboçar melhora espiritual, é necessário que seja disciplinada, com a aprovação
do ministério (Mt. 18. 15 - 17 / Gl. 6. 1).
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Governo Próprio - Cada Igreja deve ter seu próprio administrador (pastor,
dirigente, presidente). Esse deve exercer uma liderança coesa, de modo que
faça a mesma se desenvolver.
19 - Os Membros
A seleção dos membros fundadores de uma Igreja e a adição subseqüente de novos
membros é algo que merece uma vigilância esmerada e a oração fervorosa da parte do
evangelista, do pastor e também de toda Igreja.
Quando um evangelista está lutando para estabelecer uma Igreja, é muito natural que
deseje toda a ajuda possível.
Muitas vezes, há pessoas na vizinhança que já ouviram o evangelho em outro lugar,
ou também pequenos grupos de membros de outras Igrejas evangélicas, que por motivos
diversos não estejam contentes com sua própria Igreja e desejam congregar-se ali, em um
novo esforço. Motivado pelo desejo legítimo de conseguir toda ajuda possível para sua nova
Igreja, o obreiro pode ser tentado a aceitar imediatamente o auxílio desses crentes, sem
prévio exame do caráter deles.
Em regra geral, agir assim é semear o fracasso na Igreja. Essa prática não somente
compromete a ética cristã quando ao modo de receber desgostosos de outras denominações,
como também põe em dúvida a prudência do obreiro que lança em bases duvidosas o
fundamento da Obra. É preferível que o obreiro tome tempo para cavar bem e edificar sobre
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a Rocha. Certamente requererá mais tempo; porém, o ministro terá gozo em ver a obra firme
e resistente às intempéries.
Sem enfatizar as diferenças entre denominações evangélicas ou excluir da comunhão
cristã o verdadeiro filho de Deus, é mister reconhecer a necessidade de um acordo comum
entre os membros de uma Igreja quanto à doutrina e aos ideais propostos, para se trabalhar
em unanimidade e harmonia.
Crentes procedentes de outros grupos devem ser examinados cuidadosamente a fim
de descobrir se eles defendem doutrinas erradas. Admitir como membros indivíduos com
idéias errôneas com respeito às doutrinas fundamentais da Bíblia, dará como resultado o
enfraquecimento da estrutura espiritual da Igreja. Deve haver por exemplo, um
entendimento bem definido acerca do sustento da Igreja, pois é possível que não se sintam
responsáveis quanto aos dízimos, e achem que outros devem levar a carga financeira da
obra.
Possivelmente faltem a esses crentes imaturos idéias claras e maduras com respeito
às normas de santidade que a Igreja deve manter. Se tais crentes são recebidos como
membros ativos da nova congregação, certamente o pastor terá um conflito mais tarde,
quando começar a ensinar aos novos convertidos as normas e doutrinas bíblicas. Aí, o pastor
se encontrará em apuros, quando os membros por ele recebidos, apressadamente
principiarem a solapar o trabalho e a opor-se aos seus ensinamentos.
Como crente de maior experiência, o membro contrariado pode exercer influência
negativa sobre os novos convertidos. Se lhes disser, por exemplo, que não é necessário dar
dízimo, o membro pode desfazer o trabalho do pastor nesse particular. Também não verá a
necessidade de disciplinar um membro desviado, que nunca foi doutrinado com respeito a
esse aspecto da vida cristã.
Assim, sem ser intolerante ou mesquinho, é necessário que o pastor selecione com
cuidado as pedras do fundamento da futura Igreja. Deve instruir novos membros nas
verdades essenciais para o desenvolvimento da Igreja, e somente os que estão devidamente
doutrinados poderão ser admitidos como membros. Claro que pode haver uma certa
tolerância quanto às opiniões sobre pontos não fundamentais, porém, quando se trata de
doutrinas e práticas básicas da Igreja, não podemos deixar de exigir acordo completo.
Quando uma Igreja está sendo organizada, os convertidos podem ser examinados
pelo pastor, em cooperação com dois ou três membros mais espirituais e fiéis. Depois de
organizar a Igreja e eleger seus dirigentes, o dever de examinar os novos convertidos cabe
ao pastor, junto com a aprovação da Igreja.
Havendo chegado a um acordo quanto à doutrina, os métodos de trabalho e os
objetivos da Igreja, esta, composta dos membros, cujos nomes aparecem no rol, começará a
exercer a sua autonomia.
A Igreja é autônoma em sua esfera local, e pode resolver seus problemas, desde que
não prejudique os direitos e prerrogativas de uma co-irmã, ou contrarie princípios aprovados
por convenções regionais ou nacional.
O pastor elege suas próprias autoridades, as quais, assim eleitas, são responsáveis
primeiramente perante Deus e também perante a congregação.
Já vimos que o pastor indica quem deve receber funções. Agora veremos a relação
que deve existir entre pastor, presbíteros, diáconos e membros.
O pastor de uma Igreja ocupa um cargo importante, quase sempre difícil, no qual é
posto por Deus como responsável pelo rebanho (1Pe. 5. 1 - 4). Mas o pastor é também
ministro para servir a Igreja. Certamente é chamado por Deus e indicado por uma
Convenção.
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O pastor é o líder espiritual da Igreja e é responsável pelo bem-estar desta (Hb. 13.
17). A ele cabe também, presidir a diretoria e o presbitério, os quais não devem considerar-
se no direito de agir independentemente do pastor, nem, sem o conhecimento deste, jamais
podem reunir-se secretamente para tratar de negócios da Igreja.
Todavia, a autoridade do pastor tem certas limitações. Por isso o apóstolo Pedro
admoesta os pastores que não devem considerar-se "como tendo domínio sobre a herança
de Deus".
Ele é um ministro, servo da Igreja e exemplo para os crentes. Embora a Igreja eleja
subordinada a ele, o pastor não deve defraudar a congregação, passando por cima dos
membros sem lhes dar a devida consideração.
O pastor não deve aceitar ou excluir membros sem motivos justos. Em outras
palavras, ele não deve agir com espírito de ditador na direção da Igreja, e sim, estabelecer
relações harmoniosas e de cooperação com os membros do corpo de Cristo. Cabe a ele
tomar a iniciativa de manter o clima de harmonia e de paz geral. Deve convocar
semanalmente ou mensalmente a diretoria e o ministério da Igreja para tratarem assuntos
administrativos, e deve manter a ordem estabelecida nas deliberações. Com isso não
queremos dizer que ele não deve agir se necessário, pelo contrário, como líder da Igreja, ele
deve tomar as decisões importantes, claro que com a orientação do Espírito Santo.
Há assuntos que, quase sempre, requerem atenção, como, por exemplo, entrevistar os
candidatos ao batismo, disciplinar membros, examinar os deveres financeiros da Igreja, e
outros.
Ainda que tudo pareça seguir normalmente, o pastor não deve deixar de reunir o
ministério da Igreja. Muitas vezes os membros sabem de dificuldades que ele próprio
desconhece. O pastor deve dar oportunidade aos obreiros da Igreja para que apresentem seus
relatórios.
Ainda que não haja qualquer assunto de gravidade a ser discutido, mesmo assim, os
obreiros devem se reunir para orar. Não há nada melhor para estabelecer a unidade entre os
oficiais da Igreja e seu pastor de que reunirem-se para testemunharem e orar juntos, visando
o progresso da obra. Feliz o pastor que aprende bem esta lição e sabe trabalhar em harmonia
com todo ministério.
Quanto às indicações, é provável que ele precise de certa direção e conselho. O
presidente da reunião deve explicar à Igreja as qualidades bíblicas para o diácono (1Tm. 3. 8
- 13 / At. 6. 1 - 6).
É bem provável, que a Igreja ainda imatura, poderá às vezes, escolher alguém por
motivos falsos, como simpatia pessoal, antes de fazê-lo por qualificações espirituais.
Portanto, é aconselhável que haja uma comissão encarregada de apresentar candidatos, a
qual o presidente pode explicar mais claramente as qualificações necessárias ao posto, e
fazer perguntas para saber acerca dos candidatos apontados. Portanto, sugere-se que a Igreja
eleja uma comissão encarregada de propor os candidatos à eleição.
Também, é proveitoso que o presidente, juntamente com a comissão nomeada,
explique a cada candidato os predicados exigidos, para que cada um possa retirar seu nome,
caso não se sinta capaz de cumpri-lo. A comissão que preparará os candidatos deve ser
criteriosa e permanente.
É importante, que os nomes dos candidatos a alguma função ministerial, venha a
comissão, indicado pelo seu dirigente ou supervisor.
21 - Decisão Final
Às vezes surgem circunstâncias nas quais o pastor e os membros da Igreja não podem
chegar a um acordo completamente. O pastor e a diretoria não chegam a um acordo sobre a
melhor maneira de resolvê-las. Há ocasiões em que boa parte dos membros não concorda
com o pastor ou com o presbitério.
É aconselhável evitar um passo precipitado e não insistir em adotar uma decisão
quando os ânimos estão agitados. O melhor a fazer é adiar a decisão, dando lugar a paz e a
calmaria. Há pastores que muitas vezes insistem em seu próprio ponto de vista, dividindo a
congregação, causando sérias dificuldades que poderiam ser evitadas com um pouco de
paciência.
Se o pastor percebe que não tem apoio dos membros da diretoria ou do presbitério em
determinado assunto, e mesmo que espere um tempo para tratá-lo com paciência o
presbitério não chega a uma conclusão, e se ele considera o caso como importante e
necessário para o bem estar geral, seu único recurso é apelar para a Igreja. A decisão final
em assuntos locais se tomará com a Igreja reunida. Ainda nesta parte o pastor tem a grande
responsabilidade de ensinar a Igreja a conduzir-se de modo que tudo seja feito sob a direção
do Espírito Santo, conforme a Palavra de Deus.
Portanto, quando houver um desacordo que não possa ser resolvido pela ação do
presbitério, o pastor deve levar o assunto à Igreja, em reunião convocada para esse fim, e a
questão será discutida e colocada em votação. A decisão da maioria será decisiva nos
assuntos locais.
Coordenação Geral
2 - ( ) Quando Jesus Cristo vier buscar sua Igreja, quer encontrá-la pura, sem macula, nem
ruga, nem coisa semelhante.
4 - ( ) Profetizar é falar impulsionado por uma inspiração especial. É falar inspirado pelo
Espírito de Deus.
7- ( ) Sem uma consagração total, ninguém está apto a servir a Deus eficazmente.