Você está na página 1de 2

30/07/2019 Ilusionismo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ilusionismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ilusionismo (ou Prestidigitação) é a arte performativa que tem como objetivo
entreter o público dando a ilusão de que algo impossível ou sobrenatural ocorreu. Os
praticantes desta atividade designam-se por ilusionistas ou mágicos.

Embora os ilusionistas aparentem desafiar as leis da física, na realidade os números


por eles criados nada têm de sobrenatural, tratando-se de ilusões realizadas através
de meios naturais.

História

Mágico executando diversos


truques.

O ilusionismo é uma das mais antigas formas de entretenimento. A


primeira descrição por escrito de um número de magia enquanto
arte cénicas surge no Antigo Egito e data de 1700 a.C.. O
documento em questão designa-se por Papiro de Westcar e
O Prestidigitador, pintura representando um
atualmente encontra-se no Museu Egípcio de Berlim.
ilusionista medieval (Hieronymus Bosch).
Desde essa altura existem milhares de registros de atuações, que
hoje reconhecemos como ilusionismo, um pouco por toda a história. Frequentemente os ilusionistas do passado eram encarados
como detentores de poderes sobrenaturais, o que resultou numa dura perseguição no período da Inquisição.

O primeiro livro na qual surgem descritas as explicações de números de ilusionismo chama-se The Discoverie of Witchcraft, e foi
escrito por Reginald Scot em 1584 com objetivo de demonstrar que os poderes sobrenaturais não existem. Em Portugal, a primeira
descrição por escrito de um número de ilusionismo surge no livro Thesouro de Prudentes em 1612 por Gaspar Cardoso de
Sequeira.

A profissão de ilusionista, no sentido atual do termo, apenas veio a ganhar notável prestígio a partir do século XVIII. Um dos
grandes impulsionadores do ilusionismo moderno chamava-se Jean Eugène Robert-Houdin (1805-1871) e era de nacionalidade
francesa. O seu passado de relojoeiro permitiu-lhe criar ilusões originais, de grande engenho e espetacularidade, que apresentava
no seu pequeno teatro para a elite parisiense. Robert-Houdin frequentemente é referido como o “pai do ilusionismo moderno” uma
vez que terá sido dos primeiros ilusionistas a trazer a magia para os palcos elegantes dos teatros e de festas privadas, afastando-se
do mágico saltimbanco que atuava nas ruas e feiras.

No início do século XX tornou-se célebre o ilusionista de origem húngara Ehrich Weiss (1874-1926) que adoptou o nome artístico
de Harry Houdini, inspirado por Robert-Houdin. Os seus números frequentemente envolviam fugas de algemas, correntes e
camisas-de-forças.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilusionismo 1/2
30/07/2019 Ilusionismo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Muitos outros foram os ilusionistas que prestigiaram e contribuíram para a evolução do ilusionismo, incluindo Alexander
Herrmann, Harry Kellar, Howard Thurston, Dante,Chung Ling Soo,Charles Carter, Dai Vernon e Harry Blackstone.

Mais recentemente nomes como Doug Henning, Siegfried and Roy, David Copperfield, Lance Burton, David Blaine, Penn and
Teller,Criss Angel e Steven Frayne (Dynamo) tornaram-se celebridades do mundo do ilusionismo.

Em Portugal, nos séculos XX e XXI tornaram-se conhecidos do grande público os ilusionistas Conde d'Aguilar (1909-1988),
Jolson (1922-1995), Luís de Matos, Helder Guimarães, David Sousa e Mário Daniel.

Em 1948 foi fundada a Fédération Internationale des Sociétés Magiques ou FISM (Federação Internacional das Sociedades
Mágicas), tratando-se de uma das mais respeitadas organizações da comunidade mágica. É o organismo internacional que
coordena os clubes e federações de ilusionistas de todo o mundo, e organiza o "Campeonato do Mundo de Magia FISM" a cada
três anos. Até à data, três prémios foram conquistados por ilusionistas portugueses nessa competição: Helder Guimarães (2006,
FISM Estocolmo), David Sousa (2006, FISM Estocolmo) e Tá na manga (2012, FISM Blackpool).

Referências
Maurine Christopher and Milbourne Christopher (1996). The Illustrated History of Magic. [S.l.]: Heinemann.
ISBN 0435070169 ISBN 0435070169.
Milbourne Christopher (1962). Panorama of Magic. [S.l.: s.n.]
Nadis, Fred, ed. Wonder shows: performing science, magic, and religion in America Rutgers University Press,
2006) online edition (http://quod.lib.umich.edu/cgi/t/text/text-idx?c=acls;cc=acls;view=toc;idno=heb90024.0001.00
1)
Daniel, Noel, (ed); Mike Caveney and Jim Steinmeyer (eds) (2009). Magic. 1400-1950s. Los Angeles: Taschen.
ISBN 9783836509770
Dunninger, Joseph. The Complete Encyclopedia of Magic. [S.l.: s.n.]
Price, David (1985). Magic: A Pictorial History of Conjurers in the Theatre. [S.l.]: Cornwall Books
Randi, James (1992). Conjuring: A Definitive History. New York: St. Martin's Press. ISBN 0312086342
Stebbins, Robert A. (1993). Career, Culture and Social Psychology in a Variety Art: The Magician. Malabar, FL:
Krieger

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ilusionismo&oldid=54952720"

Esta página foi editada pela última vez às 11h09min de 26 de abril de 2019.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de
utilização.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilusionismo 2/2

Você também pode gostar