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05.012
TRATORES AGRÍCOLAS - DETERMINAÇÃO DAS
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS E DESEMPENHO NBR 10400
AGO/1988
Método de Ensaio
SUMÁRIO
1. Objetivo
2. Normas complementares
3. Definições
4. Tolerâncias permissíveis das medidas
5. Amostragem
6. Condições gerais
7. Tipos dos ensaios
8. Ensaios
ANEXO A – Modelo de relatório de ensaio
ANEXO B – Modelo de folha de informações técnicas que deve acompanhar o trator enviado para ensaio
ANEXO C – Procedimento para medição da altura da garra dos pneus
1. OBJETIVO
1.1 Esta Norma prescreve o método para a determinação das características técnicas e desempenho de
tratores agrícolas, bem como a forma de apresentação das especificações técnicas e dos resultados
obtidos.
1.2 Esta Norma se aplica a tratores agrícolas de dois eixos equipados com rodas ou esteiras, os quais
podem ser:
a) modelo de produção em série;
b) protótipo ou modelos de pré-produção.
2. NORMAS COMPLEMENTARES
Na aplicação desta Norma e necessário consultar:
NBR 5484 – Motores alternativos de combustão interna de ignição por compressão (Diesel) ou ignição
por centelha (Otto) de velocidade angular variável – Método de ensaio
SISTEMA NACIONAL DE
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO
NORMAS TÉCNICAS
E QUALIDADE INDUSTRIAL
3. DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 3.1 a 3.18.
3.8 Bitola
Distancia entre os dois pontos gerados sobre o plano de apoio da máquina pela interseção deste com os
planos médios das rodas de um mesmo eixo e o plano transversal das mesmas rodas. No caso de
tratores de esteira, e a distância entre os planos médios das esteiras.
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3.16 Cumprimento
Distância entre dois planos perpendiculares ao plano de apoio e ao plano médio longitudinal e tangente
aos pontos mais extremos do trator. Todas as partes do trator, em particular os componentes que se
projetam a frente e atrás (ex. barra de tração) são incluídos na medição. Componentes removíveis do
engate de três pontos, localizados a frente ou atrás não são incluídos.
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3.17 Largura
Distância entre dois planos paralelos ao plano médio longitudinal e tangentes aos pontos mais extremes
do trator, Todas as partes do trator, em particular todos os componentes fixados que se projetam
lateralmente (ex.; cubos de rodas, pontas de eixos) são Incluídos na medição. No caso de bitolas
ajustáveis, a largura deve referir-se a menor.
3.18 Altura
Distância entre o plano de apoio e o plano paralelo ao mesmo e tangente ao ponto mais elevado da
máquina. Na medição devem ser considerados todos os componentes que se projetam acima do trator,
tais como cabine, toldo, tubo de escapamento, etc.
Nota: Para outras determinações não especificadas, citar os aparelhos utilizados, bem como sua
precisão.
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5. AMOSTRAGEM
O trator a ser ensaiado deve ser uma unidade de série, retirado ao acaso da linha de produção ou do
concessionário. No caso de uma unidade protótipo ou de pré-produção, fazer referenda ao fato.
6. CONDIÇÕES GERAIS
6.1 O fabricante deve fornecer as informações técnicas do trator, de acordo com a forma de
apresentação do Anexo A exigida para o relatório de ensaio, bem como as Informações complementares
necessárias a execução dos ensaios. Quando existente, o Manual de Manutenção e Operação do trator
deve também ser fornecido.
6.2 Os combustíveis, os lubrificantes e os fluidos dos sistemas hidráulicos de vem ser selecionados da
gama de produtos disponíveis no mercado e devem atender as especificações mínimas exigidas pelo
fabricante do trator. Deles devem ser conhecidos pelo menos;
a) combustíveis:
- nome legal;
- tipo;
- massa específica;
- poder, calorífico Inferior;
b) lubrificantes e fluidos dos sistemas hidráulicos:
- nome legal;
- tipo;
- viscosidade.
6.3 Em todos os ensaios, todos os equipamentos necessários para o funcionamento normal do trator
devem estar operando. Os equipamentos auxiliares, por ex.: rádio, ar condicionado, podem ser
desligados no caso em que tal operação esteja prevista no manual de Instrução e possa ser realizada
sem uso de ferramentas.
6.4 Os ensaios devem ser iniciados somente após o motor atingir as temperaturas e pressões de
funcionamento especificadas pelo fabricante.
6.5 Devem constar do relatório de ensaios os dados de ensaio observados, a temperatura e a umidade
relativa do ar ambiente e a pressão atmosférica.
Nota: No Anexo B consta um modelo de relatório de ensaio.
6.6 O fabricante pode antes do início dos ensaios proceder às regulagens necessárias a concordância
do trator com as especificações técnicas. Estas regulagens não devem ser alteradas durante os ensaios.
6.7 O trator deve estar amaciado segundo as condições especifIcadas pelo fabricante do trator.
8. ENSAIOS
8.1 Desempenho na tomada de potência
8.1.1.1 Para realizar este ensaio, conectar a árvore da TDP do trator a um freio dinamométrico mediante
transmissão articulada. A conexão entre B arvore da TDP e o dinamômetro não deve ultrapassar 5 de
desalinhamento.
8.1.1.2 Os dados anotados devem incluir: as velocidades angulares do motor e da TDP; o momento de
força do dinamômetro; as temperaturas dos fluídos de arrefecimento, do combustível, do lubrificante, do
ar de admissão e do bulbo úmido e seco; a pressão atmosférica e o consumo de combustível.
8.1.1.3 Se a bancada de ensaio utilizar um sistema de exaustão de gases, o mesmo não deve alterar o
desempenho do motor.
8.1.1.4 Os diversos ensaios devem ser executados estando o motor na máxima velocidade angular, com
borboleta do carburador totalmente aberta em motores do ciclo Otto, ou com acelerador na posição
máxima em motores do cicio Diesel, estando o regulador de rotação ajustada para a obtenção da
potência máxima contínua na velocidade angular nominal do motor.
8.1.1.5 As instalações do laboratório não devem alterar a pressão de entrada do combustível na bomba
injetora.
8.1.2.1 No ensaio de potência disponível a velocidades angulares variáveis do motor devem ser
registrados os dados necessários para traçar as seguintes curvas, em .função da velocidade angular:
a) potência;
b) momento de força;
c) consumo específico de combustível;
d) consumo horário de combustível.
Os ensaios devem ser conduzidos desde, pelo menos, 15% abaixo da velocidade angular
correspondente ao máximo momento de força ate a máxima velocidade angular sem carga.
8.1.2.2 No ensaio de potência disponível a velocidade angular nominal do motor, o trator deve ser
operado por um período contínuo de duas horas, durante o qual são efetuadas leituras em intervalos de
tempo não superiores há dez minutos. A potência a ser registrada no relatório de ensaios deve ser a
media de todas as leituras efetuadas ao longo do período estipulado. A amplitude do desvio não deve
exceder a ± 2% da média das útimas 6 leituras; caso isto aconteça, deve-se repetir o ensaio. Caso haja
reincidência, deve ser registrado o fato no relatório.
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8.1.2.3 No ensaio de potência disponível na velocidade angular nominal do TDP. o trator deve ser
operado por um período contínuo de uma hora, durante o qual são efetuadas leituras em Intervalos de
tempo, não superiores a dez minutos, registrando-se em relatório a média das leituras realizadas.
8.1.2.4 No ensaio de potência disponível a momentos de força parciais as determinações devem ter
duração mínima de vinte minutos cada uma, com leituras em intervalos de tempo não superiores a cinco
minutos e serem efetuadas com cargas e ordem indicadas:
a) com 85% do momento de força obtido no ensaio de potencia disponível a velocidade angular
nominal do motor;
b) sem momento de força;
c) com 50% do momento de força definida na alínea a);
d) com momento de força obtido no ensaio de potência disponível a velocidade angular nominal
do motor;
e) com 25% do momento de força definido na alínea a);
f) com 75% do momento de força definido na alínea a).
Nota: A velocidade angular do motor sem carga deve ser registrada.
b) os ensaios devem ser iniciados somente e os pneus que equipam o trator não estiverem com
suas garras desgastadas mais de 35% em relação aos novos, conforme Anexo C;
c) nos tratores com pneus, a pressão dos mesmos devem ser recomendadas pelo fabricante do
trator.
Nota: Quando for empregado lastro líquido nos pneus, a pressão do mesmo deve ser equivalente a
tomada com a válvula na posição mais baixa.
8.2.1.3 O deslizamento das rodas motrizes ou esteiras e calculado pela seguinte fórmula:
D(%) = N1 − No
× 100
N1
Com carga
Onde:
D (%) = deslizamento em porcentagem
N0 = número de voltas das rodas motrizes ou esteiras numa certa distância, sem carga
N1 = número de voltas das rodas motrizes ou esteiras na mesma distancia com carga
No caso de tratores de rodas com dois eixos propulsores, o número de voltas de cada roda deve ser
registrado separadamente e o deslizamento calculado para cada eixo.
8.2.1.4 Marchas a serem ensaiadas: os ensaios devem ser realizados até a marcha imediatamente
superior aquela em que se obteve a potência máxima na barra de tração, exceto no caso em que a
velocidade maxima ultrapasse os limites de segurança operacional.
8.2.1.6 A força de tração na barra de tração deve ser tal que não ocasione uma transferência de peso
superior a 80% do peso estático do eixo dianteiro, conforme a expressão a seguir:
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0,8 × P × L
F≤
h
Onde:
h = altura máxima da barra de tração (a partir do plano de apoio até a face superior da barra de
tração), expressa em m;
P = peso estático exercido pelo eixo dianteiro sobre o plano de apoio, expresso em N;
F = força de tração máxima na barra, expressa em N;
L = distância entre eixos, expressa em m.
8.2.2.1 O ensaio de potência máxima na barra de tração em diferentes marchas de trabalho deve ser
realizado no trator com e sem lastro. Para cada marcha, devem ser traçadas as seguintes curvas, em
função da força de tração:
a) velocidade de deslocamento;
b) potência;
c) consumo horário de combustível;
d) consumo específico de combustível;
e) deslizamento.
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Nota: A curva.de deslizamento deve ser traçada a partir do ajuste estatístico dos.valorem obtidos em
todas as marchas.
8.5.1 Esta determinação deve ser efetuada com o trator com e sem lastro, conforme definido em 3.11 e
3.12.
8.5.2 A localização do centro de gravidade deve ser referida a três planos ortogonais (ver Figura 1), a
saber:
a) plano transversal traseiro (l);
b) plano de apoio-(lI);
c) plano médio longitudinal do trator (III);
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Nota: A distância ao plano III e considerada positiva quando o centro de gravidade (C.G.) estiver
localIzado a direita do mesmo (olhando-se pela traseira do trator) e é considerada negativa, quando o
centro de gravidade estivar no lado oposto.
8.8.2 Para realização dessas verificações o trator deve estar sem lastro.
/ANEXOS
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1 IDENTIFICAÇÃO DO FABRICANTE
1.1 Nome:
1.2 Endereço:
2 IDENTIFICAÇÃO DO TRATOR
2.1 Marca;
2.2 Modelo e nº de série:
2.3 Ano de fabricação:
3 IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR
3.1 Marca:
3.2 Modelo e nº de série:
3.3 Fabricante:
3.4 Potência efetiva bruta máxima, em kW/min-1 (conforme NBR 5484):
3.5 Momento de força máximo, em Nm/min-1 (conforme NBR 5484):
3.6 Cilindrada, em cm3:
3.7 Tipo de aspiração:
3.8 Taxa de compressão:
4 CARACTERÍSTICAS GERAIS
4.1 Combustível (is) utilizado(s):
4.2 Tipo de filtro do ar
( ) seco ( ) banho de óleo
4.3 Pré-filtro
( ) com ( ) sem
4.4 Tipo de arrefecimento
( ) ar ( ) água
4.5 Tensão elétrica:
4.6 Capacidade do gerador:
4.7 Capacidade da(s) bateria(s):
4.8 Tipo de embreagem
( ) simples ( ) dupla ( ) seco ( ) multidisco ( ) banho de óleo
4.9 Acionamento da embreagem
( ) mecânico ( ) hidráulico
4.10 Conversor de momento de forca
( ) com ( ) sem
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4.19 Direção
( ) mecânica ( ) servo-assistida ( ) hidrostática
4.20 Instrumentos
4.20.1 Tacômetro
( ) com ( ) sem
4.20.2 Horímetro
( ) com ( ) sem
4.20.3 Temperatura da água
( ) medidor ( ) luz piloto
4.20.4 Pressão do óleo
( ) medidor ( ) luz piloto
4.20.5Nível de combustível
( ) medidor ( ) luz piloto
4.20.6 Restrição do filtro do ar
( ) medidor ( ) luz piloto ( ) Indicador
4.20.7 Temperatura do óleo da transmissão
( ) medidor ( ) luz piloto
4.20.8 Carga da bateria
( ) medidor ( ) luz piloto
4.20.9 Outros:
4.21 Pneus para rodagem dianteira
4.21.1 Tipo
4.21.2 Designação
4.21.3 Nº de lonas
4.21.4 Quantidade
4.21.5 Pressão de trabalho
- com lastro
- sem lastro
4.22 Pneus para rodagem traseira
4.22.1 Tipo
4.22.2 Designação
4.22.3 Nº de lonas
4.22.4 Quantidade
4.22.5 Pressão de trabalho
- com I astro
- sem I astro
4.23 Componentes da esteira
4.23.1 Comprimento das esteiras sobre o solo:
4.23.2 Largura das sapatas:
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4.31 Dimensões
4.31.1 Comprimento:
4.31.2 Largura;
4.31.3 Altura:
4.31.4 DistâncIa entre eixos:
4.31.5 Bitolas:
4.31.6 Ralo de giro com freio:
- à esquerda:
- à direita:
4.31.7 Raio de giro sem freio
- à esquerda:
- à direita:
4.31.8 Espaço de giro com freio'
- à esquerda:
- a direita:
4.31.9 Espaço de giro sem freio
- à esquerda:
- à direita:
4.32 Capacidades:
4.32.1 Reservatório do combustível:
4.32.2 Caixa de mudanças:
4.32.3 Caixa de transferência:
4.32.4 Eixo traseiro:
4.32.5 Sistemas hidráulicos:
4.32.6 Carter do motor:
4.32.7 Arrefecimento do motor:
4.32.8 Sistema de direção;
4.32.9 Filtro do ar (a banho de óleo):
4.32.10 Redutores finais do eixo traseiro:
4.32.11 .Embreagem principal:
4.33 Acessórios: (listar)
/ANEXO B
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Relatório Nº:
Ensaio do trator marca...................................... ModeIo e Nº de série.....................................................
Ano de fabricação:
Tipo (quanto ao rodado e conformação geral do chassi):
Período de ensaio: Local de ensaio:
Fabricante: Inscrição estadual:
Endereço: CGC:
/TABELAS E FIGURAS
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26 NBR 10400/1988
27 NBR 10400/1988
À direita
À esquerda
À direita
À esquerda
I II III
Com lastro
Sem lastro
Sem lastro
/TABELA 7
28 NBR 10400/1988
TABELA 7 – Lastros
Lastros Lastros metálicos Líquido nos pneus Total
Número de Massa total (A) (kg) parcial
elementos (kg) (kg)
Localização
Dianteiro
Rodas
dianteiras
Rodas
traseiras
Total kg
/FIGURAS
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/FIGURA 4
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FIGURA 4 – Gráficos de desempenho na barra de tração (consumo específico e consumo horário x força de tração)
/FIGURA 5
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/ANEXO C
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C-1 A altura da garra da banda de rodagem dos pneus deve ser medida com o uso de um
instrumento de 3 pontos de apoio. O Instrumento é montado apoiando-se na garra da banda de rodagem
e perpendicular a direção da garra o mais próximo quanto possível da linha de centro do pneu.
C-1.1 Duas pernas do instrumento são posicionadas na base da garra (no ponto de tangência entre a
carcaça do pneu e o raio que une a garra a carcaça).
C-1.2 O terceiro ponto do instrumento esta na linha de centro da garra. Cada perna do instrumento
termina numa ponta esférica de 5 mm de raio. A altura da garra e a diferença de nível entre as duas
pernas laterais e a central. A altura da garra medida desta maneira e tomada, para efeito de fazer-se
uma média, cm um mínimo de quatro posições igualmente espaçadas localizadas ao redor do perímetro
do pneu.
C-1.3 Esses dados são comparados a dados correspondentes de um pneu novo da mesma marca,
medida e pressão de inflação.