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Diário da República, 1.ª série — N.

º 120 — 23 de junho de 2015 4389

ordem jurídica interna as Diretivas n.os 2002/46/CE, do Par-


Designação Constituição lamento Europeu, de 10 de junho de 2002, e 2006/37/CE,
da Comissão, de 30 de março de 2006, relativas à aproxi-
RH8 — Ribeiras doAlgarve Bacias hidrográficas: mação das legislações dos Estados-Membros respeitantes
a) Das ribeiras da costa localizadas entre
aos suplementos alimentares, comercializados como gé-
o limite norte da bacia hidrográfica da neros alimentícios e apresentados como tais.
ribeira de Seixe e o limite sul da bacia Entretanto, a Diretiva n.º 2002/46/CE, do Parlamento
hidrográfica do rio Guadiana e o limite Europeu, de 10 de junho de 2002, foi alterada pelo Regu-
oeste da bacia hidrográfica da ribeira
de costa da RH do Guadiana até à linha lamento (CE) n.º 1137/2008, do Parlamento Europeu e do
de costa e os respetivos espaços locali- Conselho, de 22 de outubro de 2008. Posteriormente, os
zados entre estas bacias; anexos da mesma Diretiva foram alterados pelo Regula-
b) Do rio Arade. mento (CE) n.º 1170/2009, da Comissão, de 30 de novem-
Massas de água de transição, nas quais se bro de 2009, e pelos Regulamentos (UE) n.os 1161/2011,
incluem os estuários dos rios referidos da Comissão, de 14 de novembro de 2011, e 119/2014, da
anteriormente.
Massas de água subterrâneas localizadas no Comissão, de 7 de fevereiro de 2014, tendo passado a estar
interior dos limites das bacias hidrográ- contidas na Diretiva em questão as listas de vitaminas, mi-
ficas atrás identificadas e as que, estando nerais e respetivas formas em que podem ser adicionados
partilhadas com as regiões hidrográficas aos alimentos, incluindo suplementos alimentares.
adjacentes, estão associadas a esta região
hidrográfica, são as seguintes: Maciço An- A experiência recente tem demonstrado a crescente sofis-
tigo Indiferenciado das Bacias das Ribei- ticação das práticas comerciais relativas à comercialização
ras do Algarve, Zona Sul Portuguesa das de produtos notificados como suplementos alimentares. Na
Bacias das Ribeiras do Barlavento, Zona
Sul Portuguesa da Bacia do Arade, Zona publicitação e comercialização destes produtos são feitas
Sul Portuguesa das Bacias das Ribeiras do frequentemente alegações nutricionais e de saúde. É, assim,
Sotavento, Orla Meridional Indiferenciado necessário desenvolver uma estreita colaboração entre as en-
das Bacias das Ribeiras do Barlavento, tidades competentes e garantir uma fiscalização eficaz, que
Orla Meridional Indiferenciado da Bacia
do Arade, Orla Meridional Indiferenciado resulte numa análise adequada da composição dos produtos
das Bacias das Ribeiras do Sotavento, Co- comercializados como suplementos alimentares e que impeça
vões, São João da Venda-Quelfes, Chão de práticas de que possam resultar riscos para a saúde pública.
Cevada-Quinta de João de Ourém, Cam-
pina de Faro-Subsistema Vale de Lobo, Para a verificação da conformidade dos suplementos
Campina de Faro-Subsistema Faro, Peral- alimentares, a realizar no âmbito do controlo oficial pre-
-Moncarapacho, Malhão, Luz-Tavira, visto no Regulamento (CE) n.º 882/2004, do Parlamento
São Bartolomeu, Almádena-Odeáxere,
Mexilhoeira Grande-Portimão, Ferragudo- Europeu e do Conselho, de 29 de abril de 2004, torna-se
-Albufeira, Querença-Silves, Albufeira- necessário criar regras relativas à notificação de um suple-
-Ribeira de Quarteira, Quarteira, São Brás mento alimentar, aquando da sua comercialização, e definir
de Alportel, Almansil-Medronhal e Várzea as obrigações dos operadores económicos.
de Aljezur.
Massa de água costeira composta pelas partes Neste sentido, importa alterar o Decreto-Lei n.º 136/2003,
oeste e sul. No que se refere à parte oeste de 28 de junho, designadamente à luz dos referidos regula-
a massa de água é delimitada a oeste por mentos comunitários, de modo a permitir à Direção-Geral
uma linha de referência localizada a uma
distância de 1 milha náutica, na direção do de Alimentação e Veterinária (DGAV), enquanto autoridade
mar, dos pontos mais próximos da linha competente responsável pelas políticas de segurança ali-
de base a partir da qual são delimitadas mentar, responder às novas exigências e garantir uma se-
as águas territoriais, a leste delimitada por gurança alimentar eficaz, em prol da defesa do consumidor.
terra e/ou, quando aplicável, pela linha de
delimitação exterior das águas de transição, Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Regi-
a norte delimitada por uma linha perpen- ões Autónomas, a Associação Portuguesa de Suplementos
dicular àquela linha de referência e que se Alimentares e a Associação de Dietéticos Nacionais.
prolonga de modo a encontrar o limite cos-
teiro terrestre norte da RH e a sul pela linha Foi promovida a audição do Conselho Nacional do
de referência. No que se refere à parte sul a Consumo.
massa de água é delimitada a sul por uma Assim:
linha de referência localizada a uma distân- Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Cons-
cia de 1 milha náutica, na direção do mar,
dos pontos mais próximos da linha de base tituição, o Governo decreta o seguinte:
a partir da qual são delimitadas as águas ter-
ritoriais, a norte delimitada por terra e/ou, Artigo 1.º
quando aplicável, pela linha de delimitação
exterior das águas de transição, a oeste pela Objeto
linha de referência e a leste por uma linha
perpendicular àquela linha de referência O presente decreto-lei procede à segunda alteração ao
e que se prolonga de modo a encontrar
o limite costeiro terrestre leste da RH. Decreto-Lei n.º 136/2003, de 28 de junho, alterado pelo
» Decreto-Lei n.º 296/2007, de 22 de agosto, que transpôs
a Diretiva n.º 2002/46/CE, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 10 de junho de 2002, relativa à aproximação
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO MAR das legislações dos Estados-Membros respeitantes aos su-
plementos alimentares.
Decreto-Lei n.º 118/2015 Artigo 2.º
de 23 de junho Alteração ao Decreto-Lei n.º 136/2003, de 28 de junho
O Decreto-Lei n.º 136/2003, de 28 de junho, alterado pelo Os artigos 1.º a 4.º, 7.º a 11.º, 13.º e 14.º do Decreto-Lei
Decreto-Lei n.º 296/2007, de 22 de agosto, transpôs para a n.º 136/2003, de 28 de junho, alterado pelo Decreto-Lei
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n.º 296/2007, de 22 de agosto, passam a ter a seguinte Artigo 7.º


redação: [...]

«Artigo 1.º 1 — [Anterior corpo do artigo].


2 — Na publicidade e divulgação dos suplementos
[...]
alimentares, as alegações nutricionais e de saúde es-
O presente diploma transpõe para a ordem jurídica tão sujeitas às regras constantes do Regulamento (CE)
interna a Diretiva n.º 2002/46/CE, do Parlamento Eu- n.º 1924/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho,
ropeu e do Conselho, de 10 de junho de 2002, alterada de 20 de dezembro de 2006, alterado pelos Regulamen-
pela Diretiva n.º 2006/37/CE, da Comissão, de 30 de tos (CE) n.os 107/2008 e 109/2008, ambos do Parlamento
março de 2006, relativa à aproximação das legislações Europeu e do Conselho, de 15 de janeiro de 2008, e
dos Estados-Membros respeitantes aos suplementos pelos Regulamentos (UE) n.os 1169/2011, do Parlamento
alimentares, com as alterações introduzidas pelos Regu- Europeu e do Conselho, de 25 de outubro de 2011, e
lamentos (CE) n.os 1137/2008, do Parlamento Europeu 1047/2012, da Comissão, de 8 de novembro de 2012,
e do Conselho, de 22 de outubro de 2008, e 1170/2009, e demais legislação europeia aplicável.
da Comissão, de 30 de novembro de 2009, e pelos Re- 3 — A rotulagem, a apresentação no mercado e a
gulamentos (UE) n.os 1161/2011, da Comissão, de 14 de publicidade aos suplementos alimentares, seja escrita,
novembro de 2011, e 119/2014, da Comissão, de 7 de audiovisual ou difundida apenas por meios auditivos,
fevereiro de 2014. devem incluir, com destaque suficiente e adequado, a
referência «SUPLEMENTO ALIMENTAR», que iden-
Artigo 2.º tifique inequivocamente o produto enquanto tal.
[...] Artigo 8.º
1 — [...]. [...]
2 — O presente diploma não se aplica aos medica-
mentos tal como definidos no Decreto-Lei n.º 176/2006, 1 — A quantidade de nutrientes ou substâncias com
de 30 de agosto, que estabelece o regime jurídico dos efeito nutricional ou fisiológico presentes no produto
medicamentos de uso humano. deve ser declarada no rótulo sob forma numérica, sendo
as unidades a utilizar para as vitaminas e minerais as
Artigo 3.º que se encontram especificadas nos anexos I e II do Re-
gulamento (CE) n.º 1170/2009, da Comissão, de 30 de
[...] novembro de 2009.
[...]: 2 — [...].
3 — [...].
a) [...]; 4 — [...].
b) [...];
c) «Autoridade competente», a Direção-Geral de Artigo 9.º
Alimentação e Veterinária (DGAV), enquanto organismo
responsável pela definição, execução e avaliação das Comercialização e notificação
políticas de segurança alimentar. 1 — É proibida a comercialização de suplementos
alimentares que não cumpram o disposto no presente
Artigo 4.º diploma.
[...] 2 — A autoridade competente pode exigir, a todo o
tempo, ao fabricante ou ao importador a apresentação
1 — Apenas as vitaminas e os minerais referidos nos de trabalhos científicos e de dados que comprovem a
anexos I e II do Regulamento (CE) n.º 1170/2009, da conformidade do produto com as regras estabelecidas
Comissão, de 30 de novembro de 2009, sob as formas no presente diploma.
enunciadas naquele Regulamento e nos Regulamentos 3 — Sempre que se trate da primeira comercializa-
(UE) n.os 1161/2011, da Comissão, de 14 de novembro ção dos suplementos alimentares na União Europeia, o
de 2011, e 119/2014, da Comissão, de 7 de fevereiro de fabricante, se o produto tiver origem num dos Estados-
2014, podem ser utilizados no fabrico de suplementos -Membros, ou o importador, se o produto tiver origem
alimentares. em país terceiro, notifica a autoridade competente, de
2 — Às vitaminas e minerais referidos no número acordo com processo previsto no artigo seguinte.
anterior aplicam-se os critérios de pureza previstos na 4 — Caso o produto já tenha sido comercializado
legislação em vigor relativa à utilização dos mesmos no na União Europeia, o fabricante ou o importador dão
fabrico de géneros alimentícios para fins diversos dos cumprimento ao processo referido no artigo seguinte
abrangidos pelo presente diploma. e notificam a autoridade competente da identidade da
3 — Quanto às vitaminas e aos minerais referidos no autoridade destinatária da primeira notificação de co-
n.º 1, para os quais não estejam especificados critérios mercialização.
de pureza na legislação vigente, até à adoção daqueles,
aplicam-se os critérios de pureza geralmente aceites e Artigo 10.º
recomendados por organismos internacionais.
[...]
4 — [Revogado].
5 — [Revogado]. Compete à Autoridade de Segurança Alimentar e
6 — [Revogado]. Económica (ASAE), no âmbito das suas competências,
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a fiscalização do cumprimento das normas do presente 4 — Caso a documentação enviada pelo notificante
diploma, sem prejuízo das competências atribuídas por nos termos do número anterior esteja em conformidade
lei a outras entidades. com o procedimento de notificação, a notificação é
aceite, seguindo-se a respetiva apreciação.
Artigo 11.º 5 — Sempre que necessário, nomeadamente quando a
[...] notificação seja omissa ou quando no decurso da análise
daquela a autoridade competente verifique serem neces-
1 — [...]: sárias informações complementares, pode ser solicitado
a) [...]; ao notificante para, no prazo de 15 dias, juntar os docu-
b) A comercialização de suplementos alimentares mentos ou prestar as informações necessárias, ficando
com desrespeito pelo disposto no n.º 1 do artigo 2.º e suspenso o prazo previsto no número seguinte.
nos artigos 6.º a 9.º-A. 6 — Se no prazo máximo de 60 dias a contar da re-
ceção da notificação a que se refere o n.º 3 a autoridade
2 — [...]. competente não informar o notificante da sua decisão,
3 — [...]. presume-se que a decisão é favorável.
7 — Qualquer alteração à composição, ao fabrico, à
Artigo 13.º distribuição, à colocação no mercado ou à rotulagem
Instrução e decisão de um suplemento alimentar deve ser comunicada, no
prazo de 10 dias úteis após a sua ocorrência, à autori-
1 — [Revogado]. dade competente, sendo aplicável, com as necessárias
2 — A instrução do processo contraordenacional adaptações, os procedimentos de apreciação previstos
compete à ASAE, devendo as entidades que levantam nos n.os 4 a 6.
o auto de notícia remeter o mesmo, para instrução do 8 — Caso a apreciação da notificação exija os es-
competente processo, àquela autoridade. tudos ou pareceres a que se refere o artigo seguinte,
3 — A aplicação das coimas e sanções acessórias o prazo previsto no número anterior fica suspenso até
compete ao inspetor-geral da ASAE. à receção pela autoridade competente dos referidos
estudos ou pareceres, sendo o notificante informado
Artigo 14.º
desta suspensão.
Destino das coimas
1 — A afetação do produto das coimas faz-se da se- Artigo 9.º-B
guinte forma: Estudos ou pareceres
a) 60 % para o Estado; 1 — O diretor-geral de Alimentação e Veterinária
b) 10 % para a entidade que levantou o auto; pode, sempre que necessário, solicitar aos operadores
c) 20 % para a entidade que procede à instrução; que tenham feito a notificação de suplementos alimen-
d) 10 % para a entidade que decide. tares, nos termos do disposto no artigo anterior, que
apresentem estudos de qualidade e segurança dos su-
2 — A afetação do produto das coimas quando apli- plementos alimentares realizados por entidades com
cadas nas Regiões Autónomas constitui receita própria reconhecida competência técnica nestas áreas.
das mesmas.» 2 — As entidades a que se refere o número anterior
não podem ter quaisquer interesses diretos ou indiretos
Artigo 3.º no âmbito da produção, transformação, importação, ex-
Aditamento ao Decreto-Lei n.º 136/2003, de 28 de junho portação e comercialização de suplementos alimentares
São aditados ao Decreto-Lei n.º 136/2003, de 28 de e devem ser escolhidas de entre as constantes de uma
junho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 296/2007, de 22 de lista a publicar, através de edital, no sítio na Internet
agosto, os artigos 9.º-A, 9.º-B e 14.º-A, com a seguinte da DGAV.
redação:
Artigo 14.º-A
«Artigo 9.º-A Aplicação às Regiões Autónomas
Processo de notificação Os atos e os procedimentos necessários à execução do
1 — A notificação de suplementos alimentares é efe- presente diploma nas Regiões Autónomas competem às
tuada por via eletrónica. entidades das respetivas administrações regionais com
2 — Para efeitos do disposto no número anterior, atribuições e competências na matéria em causa.»
deve ser utilizado o modelo de notificação disponibi-
lizado no sítio na Internet da autoridade competente, Artigo 4.º
acessível através do Portal do Cidadão e do Portal da Norma revogatória
Empresa e deve ser seguido o procedimento divulgado
da mesma forma. São revogados os n.os 4, 5 e 6 do artigo 4.º, o n.º 1 do
3 — A notificação deve ser acompanhada de toda a artigo 13.º, o artigo 15.º e os anexos I e II do Decreto-Lei
documentação prevista no procedimento mencionado n.º 136/2003, de 28 de junho, alterado pelo Decreto-Lei
no número anterior. n.º 296/2007, de 22 de agosto.
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Artigo 5.º cializadas em forma doseada, tais como cápsulas, pastilhas,


Republicação
comprimidos, pílulas e outras formas semelhantes, saquetas
de pó, ampolas de líquido, frascos com conta-gotas e outras
É republicado, em anexo ao presente decreto-lei e do formas similares de líquidos ou pós que se destinam a ser
qual faz parte integrante, o Decreto-Lei n.º 136/2003, de tomados em unidades medidas de quantidade reduzida;
28 de junho, com a redação atual. b) «Substâncias nutrientes ou nutrimentos», as vitaminas
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 9 de e os minerais;
abril de 2015. — Pedro Passos Coelho — Hélder Ma- c) «Autoridade competente», a Direção-Geral de Ali-
nuel Gomes dos Reis — Luís Álvaro Barbosa de Campos mentação e Veterinária (DGAV), enquanto organismo res-
Ferreira — António de Magalhães Pires de Lima — Artur ponsável pela definição, execução e avaliação das políticas
Álvaro Laureano Homem da Trindade — Maria de Assun- de segurança alimentar.
ção Oliveira Cristas Machado da Graça.
Artigo 4.º
Promulgado em 12 de junho de 2015.
Vitaminas e minerais
Publique-se.
1 — Apenas as vitaminas e os minerais referidos nos
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. anexos I e II do Regulamento (CE) n.º 1170/2009, da Co-
Referendado em 16 de junho de 2015. missão, de 30 de novembro de 2009, sob as formas enun-
ciadas naquele Regulamento e nos Regulamentos (UE)
O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho. n.os 1161/2011, da Comissão, de 14 de novembro de 2011, e
119/2014, da Comissão, de 7 de fevereiro de 2014, podem
ANEXO ser utilizados no fabrico de suplementos alimentares.
2 — Às vitaminas e minerais referidos no número ante-
(a que se refere o artigo 5.º) rior aplicam-se os critérios de pureza previstos na legisla-
ção em vigor relativa à utilização dos mesmos no fabrico
Republicação do Decreto-Lei n.º 136/2003, de 28 de junho
de géneros alimentícios para fins diversos dos abrangidos
pelo presente diploma.
Artigo 1.º 3 — Quanto às vitaminas e aos minerais referidos no
Objeto n.º 1, para os quais não estejam especificados critérios
de pureza na legislação vigente, até à adoção daqueles,
O presente diploma transpõe para a ordem jurídica in-
aplicam-se os critérios de pureza geralmente aceites e
terna a Diretiva n.º 2002/46/CE do Parlamento Europeu e
recomendados por organismos internacionais.
do Conselho, de 10 de junho de 2002, alterada pela Diretiva
n.º 2006/37/CE da Comissão, de 30 de março de 2006, re- 4 — [Revogado].
lativa à aproximação das legislações dos Estados-Membros 5 — [Revogado].
respeitantes aos suplementos alimentares, com as altera- 6 — [Revogado].
ções introduzidas pelos Regulamentos (CE) n.os 1137/2008,
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de outubro Artigo 5.º
de 2008, e 1170/2009, da Comissão, de 30 de novembro Quantidades de vitaminas e minerais
de 2009, e pelos Regulamentos (UE) n.os 1161/2011, da
Comissão, de 14 de novembro de 2011, e 119/2014, da 1 — As quantidades máximas de vitaminas e minerais
Comissão, de 7 de fevereiro de 2014. presentes nos suplementos alimentares são fixadas em
função da toma diária recomendada pelo fabricante, tendo
Artigo 2.º em conta os seguintes elementos:
Âmbito a) Limites superiores de segurança estabelecidos para
as vitaminas e os minerais, após uma avaliação científica
1 — O presente diploma refere-se aos suplementos dos riscos, efetuada com base em dados científicos geral-
alimentares comercializados como géneros alimentícios mente aceites, tendo em conta, quando for caso disso, os
e apresentados como tais, os quais apenas podem ser diversos graus de sensibilidade dos diferentes grupos de
postos à disposição do consumidor final sob a forma pré- consumidores;
-embalada. b) Quantidade de vitaminas e minerais ingerida através
2 — O presente diploma não se aplica aos medicamen- de outras fontes alimentares;
tos tal como definidos no Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 c) Doses de referência de vitaminas e minerais para a
de agosto, que estabelece o regime jurídico dos medica- população.
mentos de uso humano.
2 — Para garantir que os suplementos alimentares con-
Artigo 3.º têm quantidades suficientes e significativas de vitaminas
Definições e minerais, as quantidades mínimas devem ser fixadas em
função da toma diária recomendada pelo fabricante.
Para efeitos do presente diploma, entende-se por:
a) «Suplementos alimentares», os géneros alimentícios Artigo 6.º
que se destinam a complementar e ou suplementar o regime Rotulagem
alimentar normal e que constituem fontes concentradas de
determinadas substâncias nutrientes ou outras com efeito 1 — A denominação de venda dos produtos abrangidos
nutricional ou fisiológico, estremes ou combinadas, comer- pelo presente diploma é a de «suplemento alimentar».
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2 — Sem prejuízo do disposto na legislação vigente os constantes na legislação em vigor sobre rotulagem nu-
relativa à rotulagem dos géneros alimentícios, a rotula- tricional dos géneros alimentícios.
gem dos suplementos alimentares deve ainda conter as
seguintes indicações: Artigo 9.º
a) A designação das categorias de nutrientes ou subs- Comercialização e notificação
tâncias que caracterizam o produto ou uma referência
1 — É proibida a comercialização de suplementos ali-
específica à sua natureza;
mentares que não cumpram o disposto no presente di-
b) A toma diária recomendada do produto;
ploma.
c) Uma advertência de que não deve ser excedida a
2 — A autoridade competente pode exigir, a todo o
toma diária indicada;
tempo, ao fabricante ou ao importador a apresentação de
d) A indicação de que os suplementos alimentares não
trabalhos científicos e de dados que comprovem a confor-
devem ser utilizados como substitutos de um regime ali-
midade do produto com as regras estabelecidas no presente
mentar variado;
diploma.
e) Uma advertência de que os produtos devem ser guar-
3 — Sempre que se trate da primeira comercializa-
dados fora do alcance das crianças.
ção dos suplementos alimentares na União Europeia, o
fabricante, se o produto tiver origem num dos Estados-
Artigo 7.º -Membros, ou o importador, se o produto tiver origem em
Modo de apresentação da rotulagem país terceiro, notifica a autoridade competente, de acordo
com processo previsto no artigo seguinte.
1 — A rotulagem, apresentação e publicidade dos suple-
4 — Caso o produto já tenha sido comercializado na
mentos alimentares não pode incluir menções que:
União Europeia, o fabricante ou o importador dão cumpri-
a) Atribuam aos mesmos propriedades profiláticas, de mento ao processo referido no artigo seguinte e notificam
tratamento ou curativas de doenças humanas, nem fazer a autoridade competente da identidade da autoridade des-
referência a essas propriedades; tinatária da primeira notificação de comercialização.
b) Declarem expressa ou implicitamente que um regime
alimentar equilibrado e variado não constitui uma fonte Artigo 9.º-A
suficiente de nutrientes em geral. Processo de notificação

2 — Na publicidade e divulgação dos suplementos ali- 1 — A notificação de suplementos alimentares é efetuada


mentares, as alegações nutricionais e de saúde estão sujeitas por via eletrónica.
às regras constantes do Regulamento (CE) n.º 1924/2006, 2 — Para efeitos do disposto no número anterior, deve
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de dezembro ser utilizado o modelo de notificação disponibilizado no
de 2006, alterado pelos Regulamentos (CE) n.os 107/2008 e sítio na Internet da autoridade competente, acessível atra-
109/2008, ambos do Parlamento Europeu e do Conselho, vés do Portal do Cidadão e do Portal da Empresa e deve
de 15 de janeiro de 2008, e pelos Regulamentos (UE) ser seguido o procedimento divulgado da mesma forma.
n.os 1169/2011, do Parlamento Europeu e do Conselho, 3 — A notificação deve ser acompanhada de toda a
de 25 de outubro de 2011, e 1047/2012, da Comissão, documentação prevista no procedimento mencionado no
de 8 de novembro de 2012, e demais legislação europeia número anterior.
aplicável. 4 — Caso a documentação enviada pelo notificante
3 — A rotulagem, a apresentação no mercado e a publi- nos termos do número anterior esteja em conformidade
cidade aos suplementos alimentares, seja escrita, audio- com o procedimento de notificação, a notificação é aceite,
visual ou difundida apenas por meios auditivos, devem seguindo-se a respetiva apreciação.
incluir, com destaque suficiente e adequado, a referência 5 — Sempre que necessário, nomeadamente quando a
«SUPLEMENTO ALIMENTAR», que identifique inequi- notificação seja omissa ou quando no decurso da análise
vocamente o produto enquanto tal. daquela a autoridade competente verifique serem necessá-
rias informações complementares, pode ser solicitado ao
Artigo 8.º notificante para, no prazo de 15 dias, juntar os documentos
ou prestar as informações necessárias, ficando suspenso o
Indicação dos nutrientes
prazo previsto no número seguinte.
1 — A quantidade de nutrientes ou substâncias com 6 — Se no prazo máximo de 60 dias a contar da receção
efeito nutricional ou fisiológico presentes no produto deve da notificação a que se refere o n.º 3 a autoridade compe-
ser declarada no rótulo sob forma numérica, sendo as unida- tente não informar o notificante da sua decisão, presume-se
des a utilizar para as vitaminas e minerais as que se encon- que a decisão é favorável.
tram especificadas nos anexos I e II do Regulamento (CE) 7 — Qualquer alteração à composição, ao fabrico, à
n.º 1170/2009, da Comissão, de 30 de novembro de 2009. distribuição, à colocação no mercado ou à rotulagem de
2 — As quantidades de nutrientes ou de outras subs- um suplemento alimentar deve ser comunicada, no prazo
tâncias declaradas referem-se à toma diária recomendada de 10 dias úteis após a sua ocorrência, à autoridade com-
pelo fabricante e indicada no rótulo. petente, sendo aplicável, com as necessárias adaptações,
3 — Os valores declarados, a que se referem os núme- os procedimentos de apreciação previstos nos n.os 4 a 6.
ros anteriores, são valores médios baseados na análise do 8 — Caso a apreciação da notificação exija os estudos
produto realizada pelo fabricante. ou pareceres a que se refere o artigo seguinte, o prazo pre-
4 — As informações relativas às vitaminas e aos mi- visto no número anterior fica suspenso até à receção pela
nerais devem igualmente ser expressas em percentagem autoridade competente dos referidos estudos ou pareceres,
dos valores de referência mencionados, designadamente sendo o notificante informado desta suspensão.
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Artigo 9.º-B f) Encerramento de estabelecimentos cujo funciona-


mento esteja sujeito a autorização ou licença de autoridade
Estudos ou pareceres
administrativa;
1 — O diretor-geral de Alimentação e Veterinária pode, g) Suspensão de autorizações, licenças e alvarás.
sempre que necessário, solicitar aos operadores que tenham
feito a notificação de suplementos alimentares, nos termos 2 — As sanções referidas nas alíneas b) a g) do número
do disposto no artigo anterior, que apresentem estudos anterior têm a duração máxima de dois anos, contados a
de qualidade e segurança dos suplementos alimentares partir da decisão condenatória definitiva.
realizados por entidades com reconhecida competência
Artigo 13.º
técnica nestas áreas.
2 — As entidades a que se refere o número anterior não Instrução e decisão
podem ter quaisquer interesses diretos ou indiretos no âm- 1 — [Revogado].
bito da produção, transformação, importação, exportação e 2 — A instrução do processo contraordenacional com-
comercialização de suplementos alimentares e devem ser pete à ASAE, devendo as entidades que levantam o auto
escolhidas de entre as constantes de uma lista a publicar, de notícia remeter o mesmo, para instrução do competente
através de edital, no sítio na Internet da DGAV. processo, àquela autoridade.
3 — A aplicação das coimas e sanções acessórias com-
Artigo 10.º pete ao inspetor-geral da ASAE.
Fiscalização
Artigo 14.º
Compete à Autoridade de Segurança Alimentar e Eco-
Destino das coimas
nómica (ASAE), no âmbito das suas competências, a fisca-
lização do cumprimento das normas do presente diploma, 1 — A afetação do produto das coimas faz-se da se-
sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras guinte forma:
entidades. a) 60 % para o Estado;
Artigo 11.º b) 10 % para a entidade que levantou o auto;
Contraordenações
c) 20 % para a entidade que procede à instrução;
d) 10 % para a entidade que decide.
1 — Constitui contraordenação punível com coima no
montante mínimo de € 500 e nos montantes máximos de 2 — A afetação do produto das coimas quando aplica-
€ 3740,98 ou € 44 891,81, consoante o agente em infração das nas Regiões Autónomas constitui receita própria das
seja pessoa singular ou coletiva: mesmas.
Artigo 14.º-A
a) O fabrico ou a comercialização de suplementos ali-
Aplicação às Regiões Autónomas
mentares que não cumpram o disposto nos artigos 4.º e 5.º;
b) A comercialização de suplementos alimentares com Os atos e os procedimentos necessários à execução do
desrespeito pelo disposto no n.º 1 do artigo 2.º e nos arti- presente diploma nas Regiões Autónomas competem às
gos 6.º a 9.º-A. entidades das respetivas administrações regionais com
atribuições e competências na matéria em causa.
2 — A tentativa e a negligência são puníveis.
3 — Às contraordenações previstas no presente diploma Artigo 15.º
aplica-se subsidiariamente o disposto no Regime Geral das Norma transitória
Contraordenações e Coimas, aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 433/82, de 27 de outubro. [Revogado].
Artigo 16.º
Artigo 12.º Entrada em vigor
Sanções acessórias O presente diploma entra em vigor 30 dias após a sua
publicação.
1 — Consoante a gravidade da contraordenação e a
culpa do agente, podem ser aplicadas, simultaneamente
com a coima, as seguintes sanções acessórias:
REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES
a) Perda de objetos pertencentes ao agente;
b) Interdição do exercício de profissão ou atividade cujo Presidência do Governo
exercício depende de título público ou de autorização ou
homologação de autoridade pública;
c) Privação do direito a subsídio ou benefício outorgado Decreto Regulamentar Regional n.º 12/2015/A
por entidades ou serviços públicos;
d) Privação do direito de participar em feiras ou mer- Primeira alteração ao Decreto Regulamentar Regional
cados; n.º 9/2014/A, de 27 de junho
e) Privação do direito de participação em arrematações O Governo Regional dos Açores, pelo artigo 9.º, do De-
ou concursos públicos que tenham por objeto o forneci- creto Legislativo Regional n.º 2/99/A, de 20 de janeiro, al-
mento de bens e serviços públicos e a atribuição de licenças terado pelos Decretos Legislativos Regionais n.os 33/99/A,
ou alvarás; de 30 de dezembro, 4/2000/A, de 18 de janeiro, 40/2003/A,

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