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TEORIA DAS CORES: PROCESSOS COREO (BIO) GRÁFICOS

ATRAVES DO CONTATO IMPROVISACAO DA MUSICA AO CORPO


Luiz Henrique Khalaf de Brito1

Dora2

RESUMO:

Busco através dessa pesquisa teórico-pratico, desenvolver um


estudo sobre a relação entre corpo e musica através da
composição coreográfica, resultando em um experimento
cênico, intitulado “teoria das cores”. Utilizo teóricos como Laban;
Dalcroze; Almeida; Katz; Schroeder; Therese; Salles, assim como
a investigação da Dança Livre proposta por Isadora Duncan e
conceitos da musicoterapia para encontrar os caminhos dessas
relações que o contato improvisação da musica ao corpo
proporciona.

PALAVRAS-CHAVE

Dança, Musica, Composicao Coreografica, Ritmica, Simbiose

1
Graduando do curso de Artes Cênicas Licenciatura – Grade curricular Teatro e Dança - da
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UUCG, Bailarino da Luminis Cia de Dança, da
Cia Contempurban e do grupo e danças urbanas Expressão de Rua. Atuante no Grupo de
pesquisa GPED – CRI(s)ES. E-mail: Luizkhalaf@gmail.com.

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Dora, A AVENTUREIRA.
INTRODUCAO
“Meu corpo é música. Espero que
quem assistir, escute.”
- Luiz Khalaf

Dança e Musica. Dois corpos que estão em constante correspondência, mas que
ao mesmo tempo, mantém as suas peculiaridades. Discutir cada linguagem é abrir um
campo de possibilidades, visto que a dança e a musica são desenvolvidas através das
relações. Como exemplo podemos falar sobre a chuva. Quando está chovendo,
conseguimos sentir o som ao tocar o telhado da casa, que proporciona um suavizar das
tensões e normalmente no despertar do sono. Esse desfadigar do corpo acionado pela
sonoridade da chuva pode ser explicado - de acordo com estudos da musicoterapia3 –
devido ao fato da água em movimento e a sua colisão transportar o individuo que esta
escutando, diretamente a memórias afetivas embrionárias como o momento de gestação
do feto dentro da cavidade amniótica 4 . Partindo desse exemplo, temos a chuva,
compondo uma sonoridade que estimula memórias, e que a partir desse estimulo
ocasiona uma sensação ao corpo que reverbera um novo estado.

Somos atravessados por estímulos em todos os momentos, e a musica é um


deles. A musica e a única linguagem das artes que não tem fronteiras, pois adentra
qualquer espaço - na maioria das vezes sem ser convidada – desenvolvendo
pensamentos e transportando imagéticas em ações. O arrepiar-se ao ouvir determinada
musica ou instrumento, assim como sentir a necessidade de movimentar-se ao escutar
determinado andamento - os pés batendo na marcação do som - são formas de

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Conforme definição atualizada da World Federation of Music Therapy (WFMT), em 2011,
"Musicoterapia é a utilização profissional da música e seus elementos, para a intervenção em ambientes
médicos, educacionais e cotidiano com indivíduos, grupos, famílias ou comunidades que procuram
otimizar a sua qualidade de vida e melhorar suas condições físicas, sociais, comunicativas, emocionais,
intelectuais, espirituais e de saúde e bem estar. Investigação, a educação, a prática e o ensino clínico em
musicoterapia são baseados em padrões profissionais de acordo com contextos culturais, sociais e
políticos”.
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A cavidade amniótica é o espaço situado entre o pólo embrionário e o trofoblasto, aparecendo na
gestação ainda no estágio de blastocisto, aproximadamente três semanas após a data da última
menstruação. Com o evoluir da gestação essa cavidade cresce e envolve o embrião, podendo ser
visualizada através do ultra-som endovaginal a partir de cinco ou seis semanas, e cresce até obliterar a
cavidade coriônica com cerca de 12 semanas. Nas primeiras semanas de gestação, o líquido amniótico é
um simples ultrafiltrado do plasma materno. Pequenas moléculas ou solutos como sódio, potássio e uréia
passam facilmente pela membrana. (DERTKIGI; CECATTI; CAVALCANTE; BACIUK; BERNARDO,
2005)
atravessamentos conhecidos que a musica consegue causar ao corpo, devido ao fato das
diferentes relações que cada corpo desenvolve com determinados sons. Existem duas
esferas que englobam a relação de corpo-sonoridade que desenvolvo nessa pesquisa.
Escutar e deixar-se escutar. Sobre a primeira esfera Rodrigues (2007) menciona que
dentro da trilha sonora o conceito de sonoridade,

“[...] descreve antes o processo, a totalidade dos desdobramentos implicados


na escuta e não a coisa sonora. A questão é a de ouvir não o som, nem o que
está no som, e sim o que está no ouvir, nas potências que nos afetam e que se
movem, que se criam pela escuta. A sonoridade adquire aqui, [...] o modo de
ser do som, porque ela expressa o que nós nos tornamos à medida que
escutamos.” (RODRIGUES, 2007, p.82).

O que nos tornamos quando deixamos esta simbiose entre Musica e Dança
acontecer? Porque meu corpo e estimulado através da musica? Quais os caminhos que a
musica motiva, instiga ou provoca ao corpo? Como transformar processos de
composições livres, espontâneos ou de improvisação através do contato da musica ao
corpo em experimentos concretos? Como acessar novamente esses lugares de
composição em dança que acontecem da relação musica e corpo?
Desenvolve-se um processo colaborativo entre corpo e musica, e as sonoridades
nos encaminham para encontros outros, mas sempre direcionados a lugares, fazendo
com que o corpo estimule-se ao toque das ondas sonoras. Rodrigues (2007) menciona
que dentro do processo de escuta – especificamente sobre trilhas sonoras - a
composição do todo se da através da troca, e das relações que acontecem entre ouvinte
e sonoridade. Nessa mesma questão, o ator-bailarino de acordo com Luigi Nono
(2016), descreve essas potencias da escuta em música nos seus escritos dentro do teatro
musical5 como uma catarse6, onde as linguagens entram em colisão e se misturam -
Música, Dança e Teatro - em busca de uma organicidade através do processo
colaborativo que instigue o publico no despertar de sensações especificas.

Remodelando ou direcionando sentimentos, a musica começa a constituir uma


transformação no individuo e nas suas relações, momentâneas ou não. Estamos
mergulhados a todo instante em muitos lugares, e nessas sonoridades das relações,
compreendo esta pesquisa como um questionamento teorico-pratico sobre a simbiose
entre dança e musica, e em como se constrói essa transformação através do contato
improvisação entre sonoridades e o corpo.

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Um caminho ainda nebuloso, onde não existe métodos ou formulas pré-
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dispostas, mas investigação dos processos coreo(bio)graficos , onde podemos
transformar uma simples contagem no metrônomo em dança, e a composição dos
movimentos criados em musica. Neste lugar de questionamentos e descobertas, utilizo
de meu processo de composição musical, intitulado Teoria das Cores 8 (Musica e
Poesia), onde aprofundo um pouco sobre as transformações pessoais através das
experivivencias9 e como resultado, procuro desenvolver um experimento cênico “Teoria
das Cores – Estações do Corpo) para investigar a simbiose que acontece na busca de
transformar movimentos em musica através do ritmo corporal, e a musica enquanto
desafio que transporta meu corpo nesse lugar desconhecido de estimulo - investigativo.

Minha escrita acaba se desenvolvendo de uma forma poética, e gostaria de


esclarecer como sou transpassado por essas simbologias, sendo uma das formas que
meus dedos conseguem degustar todas as experiências que permeiam os meus arredores
e os arredores que obtive contato. Os capítulos vão ser divididos a partir das estações,
mostrando esses processos de passagens, sobre as estações do corpo10 e aprendizados
que será explicado mais a frente em cada categoria. E assim componho os meus
arranjos intransferíveis.

PRIMAVERA
Aprendendo a conhecer
A primavera chega ao meu corpo em forma
de musica, ENTÃO, EU DANÇO.
- Luiz Khalaf

Podemos pegar um lápis e desenhar uma linha reta, e sem parar o percurso dessa
linha, começar a subir e descer, desenhando montanhas criando figuras de ondas.
Basicamente temos dois lugares representados, o da inatividade e o do movimento.

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Dentre desse fluxo, podemos caracterizar o som como um movimento complementar,
que somente funciona através das relações entre sonoridades e silencio.
O som é presença e ausência, e está, por menos que isso apareça permeado de
silêncio. Há tantos ou mais silêncios quantos sons no som, e por isso se pode
dizer, com John Cage, que nenhum som teme o silêncio que o extingue. Mas
também, de maneira reversa, há sempre som dentro do silêncio: mesmo
quando não ouvimos os barulhos do mundo, fechados numa cabine à prova
de som, ouvimos o barulhismo do nosso próprio corpo produtor/receptor de
ruídos (WISNIK, 2017, p.20)

Dentro desse jogo entre inatividade e movimento, e possível encontrar o que dentro da
musica intitula-se o pulso11. O batimento cardíaco e um exemplo claro, de fluxo de
pulsação onde a freqüência do corpo entra em sincronismo, algo que podemos
esclarecer quando evidenciamos que o coração mantém, através da necessidade
fisiológica na organicidade do organismo seu pulso rítmico12.
Quando abordamos sobre o sincronismo entre musica e dança, devemos
esclarecer que ambas as linguagens possuem suas peculiaridades. Schroeder (2008)
discorre sobre as relações em comum que existem entre a musica e a dança, e a
necessidade do sincronismo através de seus ritmos - musical e corporal –, e que apesar
de se auxiliarem, as buscam são individuais, e os elementos como tempo, intensidade e
caráter são utilizados a partir das especificidades de cada linguagem. (SCHROEDER,
2000).
Como exemplo, podemos colocar um bailarino ao escutar as sonoridades de um
instrumento especifico, e deixar que o mesmo investigue as possibilidades de
composição corporal através do ritmo musical 13 . Nesta execução de movimentos
utilizando-se do estimulo sonoro, faz com que o bailarino consiga repetir através do seu
ritmo corporal, o padrão musical14 mesmo que a sonoridade que esteja o estimulando
entre em pausa. Um corpo em movimento aumenta a sua freqüência cardíaca, assim
também como a sua altura melódica15.
O corpo entra em simbiose com a musica no momento em que funciona através
de uma relação de colaboração através das ondas sonoras em colisão ao seu corpo.
Visto que a musica e a única linguagem que não dispõe de fronteiras, e estimula através
das suas freqüências16 um lugar que chamamos de “sentir a musica”

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O Budista em transe ao som de gongos e sinos, o índio que participa da
atividade musical coletiva de sua tribo, o jovem ocidental da civilização
urbana que adentra uma discotheque apontam para essa maneira de ouvir. É o
momento em que a música se plasma ao corpo. (MORAES, 1983, p.63).

Essa variável da influencia que a musica causa ao corpo esta relacionada diretamente
aos estados emocionais, ou seja, relacionado a cada experiência pessoal, que direciona a
percepção musical para emoções especificas. Considerada como um instrumento de
dialogo não verbal, a musica acaba selecionando caminhos de encontros do individuo
consigo mesmo e também com o espaço ao qual ele se relaciona.
Assim, dentro de duas categorias, a influencia da musica se comporta em dois
aspectos, o sedativo e o estimulante. Dentre do aspecto sedativo, o individuo consegue
relaxar com a sonoridade, ou entrar em estados de contemplação com redução de
freqüências corporais, como o caso da respiração ou batimento cardíaco, o que no caso
das musicas estimulantes acontece ao contrario, fazendo com que o corpo entre em um
lugar de ativação, onde as freqüências corporais aumentam quase como um estado de êxtase.
(WEIGSDING, 2014)

VERÃO

Aprendendo a fazer

Falar sobre a dança

Diferentes formas de composição coreográfica que pretendo utilizar

Dança livre

Contato improvisação

ritmica

Consigo observar, desde meu primeiro encontro com dança, a minha relação
com a musica se intensificando cada vez mais, meus trabalhos acadêmicos acabam por
serem abraçados por melodias e sonoridades, muitas vezes estranhas aos processos
tradicionais esperados ate por minhas próprias expectativas. Dentro da disciplina de
composição coreográfica, no ano de 2018, começo a desenvolver e conhecer olhares
outros para o meu processo de encontro à dança e ao mesmo tempo em que vejo as
minhas ligações fortes com a musica.

A primavera chega ao meu corpo em forma de musica, música nas minhas


articulações, assim como o estímulo da música nos meus processos coreográficos foi
se intensificando à medida que consigo compreender essas tonalidades presentes ao
dançar. A música acaba vindo ao encontro do meu corpo, e deixa dores e sorrisos tão
evidentes que são transpassados em movimentos. Assim como

“o Budista em transe ao som de gongos e sinos, o índio que participa da


atividade musical coletiva de sua tribo, o jovem ocidental da civilização urbana que
adentra uma discotheque apontam para essa maneira de ouvir. É o momento em que
a música se plasma ao corpo. (MORAES, 1983, p.63). Commented [DR1]: Citacao com mais de 3 linhas, deve ir
fora do corpo do texto

O corpo é um sistema inserido em um outro sistema, que é o planeta em que


vivemos. Portanto sofre variações[...]influenciado tanto pela pulsação do
coração, quanto pelos movimentos de rotação da Terra, pelo movimento dos
astros, pelas estações do ano, enfim, pelo ritmo biológico. O corpo possui
uma sintaxe própria e cada indivíduo necessita conhecer a sua, para através
dela proporcionar melhorias e transformações ao próprio corpo.
(TOURINHO; SILVA; 2006 p.127)

Um sistema é antes de tudo um conjunto de fatores, que resultam em um


meio. Não se escreve uma música com apenas uma nota, é preciso a relação entre as Commented [DR2]: Não entendi a frase

notas com tonalidades diferentes, caso contrário temos uma linha exatamente reta,
sem altos ou baixos. Uma parada cardiorespiratória. Conhecer essa sonoridade do
próprio corpo, é conhecer o outro. Conhecer seu corpo, é respeitar-se. Reconhecer
que um “Sí bemol (Bb)” tem suas vibrações e que um “Dó Maior(C)”, tem as suas
próprias nuances, mas que ambos formam um cor única quando colocados juntos. Commented [DR3]: Vc está trazendo muitas ideias ao
mesmo tempo....

Uma das minhas grandes dificuldades é estar mergulhado em muitas ideias,


mas não conseguir sistematizar e escolher um caminho de construção. Muitas vezes
dentro da própria disciplina de composição coreográfica, observava que estava em
muitos lugares ao mesmo tempo, e às vezes estacionava em uma encruzilhada.
Começo a desenvolver entre os anos de 2017 até meados de 2019 muitas
poesias que abordavam sobre as relações com lugares, acontecimentos e pessoas.
Acontecimentos que marcaram mudanças grandes, até detalhes que são tão
importantes quanto. Dentro desse processo de composição em escrita poética,
começo a desenvolver musicas relacionada a todas essas relações. Começo a
sistematizar melodias, rimas, pausas, e entre outras coisas. Vejo que os próprios
sentimentos começam a misturar-se e nesse meio termo, começo a encontrar novas
versões minhas através da musica. Algo tão intimo que começa a trans(borda), em
todas as direções. Commented [DR4]: Aqui vc fala de vc

Levando em consideração meu corpo em constante transformação e processos,


a musica como a agua dentro de um copo, que é meu corpo, e transbordando para fora
em lugares e pessoas que nunca pensava alcançar. É nesses lugares que a música
entrega caminhos, assim como o silêncio também o faz. Na improvisação com
estímulos sonoros, conseguimos acessar lugares em que, através da improvisação,
como menciona Dantas (1999) sobre a perspectiva do aqui-agora para a resolução de
“problemas” que gera a organicidade do corpo, que Miller (2012) menciona como uma
criação através da espontaneidade. Seria gerar o encontro com os vários corpos Commented [DR6]: Confuso...

presentes em si e trans(bordar em cores). Commented [DR7]: Aqui abre outro assunto...

Essa musicalidade que vou ao encontro e transborda meu corpo é como um


aprender escrever com seus próprios passos, e ao mesmo tempo aprendendo a andar
com suas próprias mãos. Compor uma música no violão e tocar os mesmos arranjos
em um violino. Temos duas obras com as mesmas características, mas com dinâmicas
diferentes. Com toda certeza, um ou outro aspecto sempre se modifica, contínuo Commented [DR8]: A relação disso que está dizendo está
confusa....
enfatizando, são arranjos, e assim, “como consequência, há, em muitos momentos,
diferentes possibilidades da obra habitando o mesmo teto” (SALLES, 1998, p.26) desde
seus encontros iniciais, até a manipulação do gesto, que nesse aspecto caracterizam-se
como Inacabado. Commented [DR9]: E aqui vc vai para outro lugar trazendo
Salles... ta fora do contexto
Luigi Nono apresenta essa relação de Música e Texto em seus escritos dentro do teatro
musical, como uma catarse, onde as linguagens entram em colisão e se misturam de
forma orgânica. Música, dança, poesia, e teatro se mesclam, assim como um indígena
adentra uma festividade da sua tribo, ou em um terreiro de candomblé, os corpos como
dojos, abrindo-se para receptividade em um local onde o som dos tambores servem
como uma caminho dos pés até ao encontro com o santo, e para além essa
“correspondência entre som, cor e movimento,” predispõe na sua construção a
“liberdade da fantasia criadora.”. Commented [DR10]: Confuso... como isso se relaciona
diretamente ao que vc está procurando dizer?
Descobrindo que meu corpo é musica, começo a explorar o fazer em dança,
entre escolhas começo a perceber esse “parto” de uma relação entre som, cor e Commented [DR11]: Ainda não entendi essa relcao com as
cores....
movimento. A necessidade brota do transformar um olhar, em uma montanha russa de
sentimentos, quase sempre verdadeiros, ou um bem-me-quer e mal-me-quer, que
através da repetição consigo compreender os meus processos como ciclos, então
assim construo a condução desse experimento cênico como as estações do corpo.
dentro de um ciclo. A flor tem um ciclo em direção a sua cadencia, mas ela nasce,
novamente. Descubro, ainda mais através dos processos de sistematização Commented [DR12]: ???

coreográficos, que sou tantas coisas dentro de uma. Uma das melhores foi descobrir o
quanto meu corpo é música dentre as improvisações coreográficas dentro e fora das
disciplinas.

“A improvisação é como um jogo, cuja regra principal é estar sensível e


atento as propostas que estão surgindo. Há na improvisação uma
predisposição para atuar de acordo com o momento: o improvisador está
pronto para transformar toda circunstância em ocasião, todo acidento em
possibilidade e se dispõe a explorar constantemente a memória a procura
de soluções inusitadas para as situações criadas pelo jogo” (DANTAS, 1999,
p.102)

Dentro das descobertas de cada experimentação meu corpo surge com


diálogos sobre as cores que tem experimentado no decorrer das suas próprias
vivencias. Consigo dar a sistematização dessas cores, através da Repetição, que é um Commented [DR13]: aqui vc at falando de um processo ou
coisa assim.... aolongo do texto não está claro quando está
falando de vivencias gerais ou de algum processo especifico
dos processos que trabalham para a organicidade e conhecimento do movimento. Na ou mesmo de reflexoes suas sobre o criar....

repetição se vê as novas possibilidades de cada célula coreográfica. Assim, percebe-se Commented [DR14]: ???

em alguns resultados de composição, que na repetição do movimento é possível


compreender as transições de um movimento a outro, assim como a relação ao
processo e caminho que o corpo trilha dentre apoio à apoio para uma nova transição a
um novo movimento e assim, sucessivamente. “E a exploração pode se inverter. Agora
com as células coreográficas encontradas na espontaneidade, selecionadas e
estudadas são modificadas por estímulos sonoros durante as cenas, e através das
repetições a coreografia é subjetivamente afetadas, despertando novas qualidades de
movimento. Claramente a composição adentra muitas poéticas e técnicas, aqui abarco
uma das infinitas possibilidades de encontros. Nesse caso, Commented [DR15]: isso é uma citacao??
Commented [DR16]: Aqui vc fala dos elementos de
composicao sem citar a fonte e sem aprofundar
“A repetição é um dos procedimentos para a potencialização dos sentidos
no movimento, abrindo a possibilidade de instaurar mais de um sentido
para cada movimento” (DANTAS, 1999, p.93)

Assim, os processos coreográfico vão ganhando outras dimensões, e outros caminhos


com o uso de “estímulos sonoros variados, originados de instrumentos com
sonoridades específicas que sugerem diferentes qualidades de movimento” a cada Commented [DR17]: Aqui está fora de contexto a citacao

nova repetição. (MILLER, 2012, p.104) Estímulo e reação com ênfase na música
revisitados a medida que são experimentados e repetidos vão ganhando novas
configurações. A segurarmos um material em mãos, estamos desencadeando escolhas,
que fazem parte da organização desse caos, que muitas vezes nos mostra como
potencial criador.

INVERNO
Aprender a conviver
Cores preenchidas de vazio... Mas o vazio é
como o silencio. Às vezes nada. Às vezes tudo.
- Luiz Khalaf

Teoria das cores

OUTONO

OUTONO

Aprendendo a ser

Sobre os processos cpreograficos


REFERENCIAS

Rodrigues, R. F. Som e Sonoridade: as imagens do Tempo na escuta musical. Per


Musi, Belo Horizonte, n.16, 2007, p. 80-83

NONO, Luigi. Sobre teatro e música. Revista do Laboratório de Dramaturgia - LADI -


UnB - V. 2 e 3, Ano 1, 2016
WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: Uma outra história das músicas. 3a ed. São
Paulo : Companhia das Letras, 2017

DERTKIGIL, Márcia San Juan; CECATTI, José Guilherme; CAVALCANTE, Sérgio


Ricardo; BACIUK, Érica Passo; BERNARDO, Ana Lurdes A.. Líquido amniótico,
atividade física e imersão em água na gestação. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant.,
Recife, 5 (4): 403-410, out. / dez., 2005

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