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Crianças de 0 a 3 anos

APRESENTAÇÃO

“Conhecer não é demonstrar nem explicar, é aceder à visão.” Antoine de Saint-Exupéry

O trabalho pedagógico na educação infantil em Diadema está consolidado e embasado na nossa proposta
curricular, de acordo com as diretrizes do MEC para essa modalidade de Ensino.

Teoria e prática devem caminhar juntas para que o olhar do professor ultrapasse o lugar comum e dê margem
para uma grande teia de aprendizagens contínuas e com uma função social apropriada.

Este documento tenta expressar um movimento que demonstre as características principais das crianças da faixa
etária, em consonância com a matriz curricular de Diadema e alguns bons exemplos de atividades permanentes,
sequências didáticas, atividades sistematizadas e projetos.
O Desenvolvimento da Criança: de 12 aos 18 meses

Características do crescimento e
Orientação
desenvolvimento
● Crescimento geral menos acelerado, maior e ● Pegando, apalpando, ela está descobrindo o
melhor coordenação muscular. tamanho, a forma e a mobilidade de tudo no
seu mundo.
● Mostra interesse por toda espécie de
atividade. ● Repetir rotinas, horários; mesmo lugar para
os jogos e atividades.
● Usa da imitação.
● Deixá-la com outras crianças.
● Compreende o significado das palavras.
● Proporcionar oportunidades para ouvir
● Maior capacidade de contato social. músicas.

● Capaz de distinguir sons repetidos e ● Guarda “com” ela os seus brinquedos e


rítmicos. roupas.

● Tem rudimentar noção de espaço. ● Não repreender se a criança não


compreendeu o que não pode fazer.
● Não dispõe ainda da compreensão de
causas e conseqüências. ● Compreender que a criança considera ainda
seus brinquedos como parte dela e os defende
● É egocêntrica. como tais.
O Desenvolvimento da Criança: de 2 e 3 anos

Características do crescimento e
Orientação
desenvolvimento
● Melhor coordenação motora, tanto para
flexão como para extensão. Controle do
polegar.

● Maior progresso na linguagem. ● A criança necessita de espaço para correr e


pular. Deixar ao seu alcance tesoura sem
● Interdependência das atividades mentais e ponta.
motoras.
● Conversar normalmente com a criança. Não
● Aprende, ainda, principalmente por imitação. imitar a fala infantil.

● Maior desenvolvimento da inteligência e ● Oferecer espaços para o faz-de-conta.


poder de dedução.
● Ter paciência, pois é uma condição normal
● Memória mais desenvolvida. do crescimento. Evitar as oportunidades de
alternativas: pôr o assunto em termos
● Negativismo acentuado. definidos, falar clara e simplesmente com ela.

● Habilidade maior para expressar emoções. ● Dar oportunidades de dramatizar.

● Capaz de dramatizar (3 anos). ● Solicitar que descreva gravuras.

● Observação de detalhes.

● Atenção mais desenvolvida.


Características da criança de 02 e 03 anos

A criança nessa faixa etária explora o mundo ao seu redor através do próprio corpo vivenciando situações complexas de explora ção do
espaço. Ela está em amplo desenvolvimento e utiliza todas as possibilidades que lhe são oferecidas. Ela não pára: sobe , desce, pula entra e sai
de pequenos lugares; desenvolvendo assim a noção de espaço e tempo. Nessa faixa etária de 2 e 3 anos acontece o período pré -operacional,
onde a criança age intensamente sobre os objetos, buscando construir conceitos através de exp eriências com o meio físico e social e
construindo o conhecimento do mundo em que vive.
As atividades abaixo favorecem o desenvolvimento da criança dessa faixa etária:
- brincar com bonecos articulados e desmontáveis;
- situações rítmicas;
- relaxamento espontâneo;
- situações de equilíbrio;
- rolar;
- virar cambalhota;
- arremessar e parar uma bola;
- arrastar e puxar objetos.
Essas atividades são bastante agradáveis para a criança e irão desenvolver sua percepção, habilidades motoras, atenção, memór ia e
linguagem.
O interesse do momento é que seleciona a escolha da atividade. Sua concentração é pequena e está ligada ao grupo. As ativida des
necessitam ser livres (orientadas, não dirigidas) e baseadas em experiências e vivências com o próprio corpo. O espaç o deve ser amplo e o uso
de material concreto constante.

Equilíbrio e Coordenação
• Brincar em rodinhas levando a criança a levantar-se, sentar-se, andar, deitar, correr etc.;
• Contar histórias e pedir que as crianças participem com gestos e mímicas, dramati zando-as;
• Organizar atividades onde a criança possa manipular grandes e pequenos objetos, pular obstáculos, andar para frente e para trás,
empurrar objetos, encaixar etc.;
• Proporcionar brincadeiras de estátua, fique onde está, corre - cotia, coelhinho na toca etc.;
• Propor brincadeiras diversas com corda elástica, bambolês, garrafas plásticas, colchões, bastões, bolas etc.

Expressividade
• Realizar, na hora do banho, massagens, estimulação das palmas das mãos e dos pés, movimentos na água junto com a crian ça
etc;
• Favorecer o desenvolvimento oral e corporal por meio da música, juntamente com as atividades de higiene, trocas, alimentação etc.;
• Proporcionar brincadeiras de roda, esconde/esconde e outras para permitir o desenvolvimento da oralidade, da espontan eidade e
da socialização da criança;
• Utilizar brincadeiras com música para estimular as crianças na manutenção de boa postura (importante que o professor tome
cuidados com sua própria postura, pois a criança age por imitação do adulto);
• Fazer uso de atividades no espelho, trabalhando a expressividade de cada um: as crianças farão caretas, mímicas, enfim, brincarão
com a própria imagem;
• Desenvolver atividades relacionadas aos jogos de imitação e mímica.
• Hora da rodinha com histórias, músicas, etc;
• Brincadeiras ao ar livre
• Brincadeiras livres e banho de sol (de acordo com as condições climáticas).
• Passeio externo ou interno.
• Brincadeiras coletivas ou opções individuais (organização de diferentes materiais para interação das crianças).

Artes Visuais
• Levar a criança a imitar formas e figuras por meio da representação;
• Proporcionar exploração de marcas, gestos e texturas;
• Confeccionar tintas e massas com a participação das crianças para observação das propriedades, possibilidades de registro e
transformações;
• Propor toques sobre diversos tipos de superfície como lixa, argila, papel liso, rugado etc.;
• Favorecer a articulação das sensações corporais e das marcas gráficas;
• Promover impressão de marcas em papel comprido ou no chão, para que as crianças caminhem e pe rcebam suas marcas
(claras/escuras);
• Imprimir com as crianças marcas gráficas utilizando o próprio corpo;

O Fazer Musical
• Propiciar a escuta de diferentes sons produzidos por brinquedos sonoros;
• Levar a criança a ouvir e aprender canções, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos, jogos de mãos etc.;
• Estimular a produção de sons diversos (vozes de animais, ruídos, palmas, batidas de pés…);
• Favorecer a exploração de materiais sonoros de corda, percussão e sopro;
• Promover o contato com obras musicais diversas;
• Gravar as produções e interpretações das crianças;
• Realizar, durante o banho, brincadeiras com água e brinquedos sonoros alternando som e silêncio;
• Promover passeios pelo ambiente escolar para explorar os sons de cada espaço;
• Oferecer oportunidades de ouvir e observar os sons da natureza, em atividades externas;
• Confeccionar materiais sonoros, observando o nível de habilidade das crianças do berçário;
• Contar histórias enfatizando os sons existentes;
• Proporcionar a participação em jogos e brin cadeiras cantadas;
• Promover a exploração livre dos sons graves e agudos (altura), forte ou fraco (intensidade), curtos ou longos (duração).
• As melodias, as canções e acalantos têm um espaço cativo neste período. Não se deve esquecer das parlendas como brin cadeiras
para desenvolvimento oral.
• Os acalantos e brincos são formas de brincar musical característico da primeira fase da vida da criança.

Exemplos:

Acalantos – Boi da cara-preta


Brilha, brilha estrelinha
Dorme, neném
Mamãe

Brincos – Serra, serra, serrador


Palminhas de guiné
Dedo mindinho
Upa, upa, cavalinho

Parlendas – Hoje é Domingo, pé de cachimbo…


Tempo perguntou ao tempo…
Doce perguntou ao doce…
Rei capitão, soldado, ladrão…
Lá em cima do piano…
Uni, dune, tê, salamê…

A criança e a linguagem
•Conversar e cantar, freqüentemente, com o bebê para intensificar a relação afetiva e desenvolver a linguagem
• Instigar a emissão de sons e a pronúncia de pequenas palavras carregadas de significado para o bebê;
• Incentivar a fala da criança nos diálogos, nas rodinhas etc.;
• Dialogar, na troca de roupas e na hora do banho, deixando a criança expressar verbalmente suas idéias e conhecimento do mundo com
liberdade;
• Disponibilizar livros e revistas para folhear e nomear figuras, personagens, gravuras e reconhecer a linguagem escrita;
• Contar histórias e levar a criança a comentar;
• Proporcionar dramatizações com máscaras, fantoches, mímicas, imitar voz de personagens, animais;
• Propiciar brincadeiras de teatrinho usando roupas, sapatos, bolsas e outros objetos de adulto, deixando que as crianças criem diversas
situações;
• Deixar que a criança se expresse livremente histórias, parlendas etc.;
• Estimular a interação com outras crianças e adultos;
• Deixar a criança transmitir recados simples;
• Levar a criança a falar o nome das pessoas e objetos que estão por perto, pronunciando corretamente as palavras;
• Trabalhar com projetos de acordo com a faixa etária;
• Propiciar jogos de percepção e observação em situações cotidianas;
• Proporcionar momento de conto de histórias em ambientes diversificados (debaixo de árvores, antes de dormir etc.);
• Direcionar a ação pedagógica de forma a criar situações de fala e compreensão da linguagem (gravar fala, entrevistas com as crianças
etc.).

Natureza e Sociedade
• Propiciar às crianças a observação da diversidade de pequenos animais presentes no ambiente;
• Ampliar o repertório histórico e cultural das crianças por meio de músicas, jogos e brincadeiras dos tempos de seus pais e avós;
• Oportunizar o manuseio e a exploração de diferentes tipos de objetos;
• Propiciar a exploração dos diversos órgãos sensoriais e suas funções como a visão, a audição, o tato, o olfato e o paladar para percepç ão
do corpo e das interações que ele estabelece;
• Nomear com as crianças as partes do corpo e algumas funções de forma contextualizada, por meio de situações reais e cotidianas;
• Promover excursões pelos arredores da instituição para reconhecimento de animais, a fim de que as crianças percebam os sons
produzidos, onde se abrigam, como se locomovem, como se alimentam etc.;
• Formular questões provocadoras para que as crianças manifestem suas hipóteses e encadeiem novas questões (Ex.: chuva caindo,
relâmpagos, caule das plantas, tronco quebrado ou apodrecido etc.);
• Oportunizar informações em fontes variadas (livros, revistas, jornais, filmes etc.);
• Desenvolver projetos que integrem diversas dimensões do mundo social e natural.

Pensamento Lógico-Matemático
• Oportunizar a criança brincadeiras como jogos de esconder ou de pega-pega onde um dos participantes deverá contar, enquanto espera
os outros se posicionarem;
• Propor brincadeiras e cantigas que incluam diferentes formas de contagem (Ex.: a galinha do vizinho bota ovo amarelinho, bota um, bo ta
dois… etc.);
• Propor situações que propiciem a troca de idéias sobre as representações;
• Propiciar a utilização de material massa de modelar de farinha de trigo com anilina;
• Construir diferentes circuitos de obstáculos com almofadas, colchonetes, pneus e panos por onde as crianças possam engatinhar ou
andar;
• Possibilitar a representação do espaço numa outra dimensão (construir torres, pistas para carros e cidades, em blocos de madeira ou
encaixe);
• Organizar PAINEL com pesos e medidas das crianças para que elas observem suas diferenças (comparar o tamanho de seus pés e
depois olhar os números em seus sapatos);
• Oportunizar à criança audição de músicas do folclore brasileiro, de rimas infantis, envolvendo contagem e números utilizados como forma
de aproximação com a seqüência numérica oral;
• Organizar um quadro de aniversariantes, contendo a data do aniversário e a idade de cada criança;
• Providenciar, para cada berço, objetos (brinquedos, argolas, móbiles) para que o bebê possa observar, tocar, tendo um despertar
prazeroso.

Estimulação
A repetição e os elogios são muito importantes para que as crianças se sintam estimuladas a avançar na construção do seu
conhecimento. Para isso, o educador pode utilizar atividades de estimulação como as seguintes:
• Levar a mão do nenê a acariciar o seu rosto e fazer o mesmo com sua mão no rosto do nenê;
• Carregar a criança nos braços, voltada para a frente, formando uma cadeira com seus próprios braços, ou então acomodá -la de bruços,
pois assim ela terá uma maior amplitude visual;
• Fazer movimentos com objetos coloridos, que façam barulho, para que a criança ouça, observe e acompanhe;
• Pendurar objetos coloridos e sonoros (sem exagerar na quantidade) em posições diferentes e na altura que a criança possa alcançar (no
início, ela só olhará para eles; mais tarde, tentará tocá-los);
• Acomodar o nenê no chão, de bruços, sobre um tapete ou cobertor, com vários objetos coloridos ou que façam barulho à sua frente; fazer
um pequeno rolo com uma toalha e colocá-lo debaixo do peito do nenê, estimulando-o para que ele se mova em direção aos objetos;
• Oferecer a mamadeira para o bebê, ajudando-o a segurá-la com as duas mãos, em posição reclinada. Olhar sempre nos olhos dessa
criança e conversar com ela;
• Procurar deixar o nenê entre 3 e 6 meses, quando acordado, em posição reclinada, apoiado em travesseiro e com suas próprias mã os
colocadas à frente;
• Procurar tornar a hora do banho bem agradável, segurando o bebê firme, para que se sinta seguro. Fazer brincadeiras como bater as
mãos e os pés na água, colocar objetos que fiquem boiando na banheira para chamar atenção do bebê etc.;
• Levar, sempre que possível, o bebê para passear; cantar para ele e mostrar-lhe coisas diferentes;
• Fazer a criança rolar de um lado para o outro, sempre mostrando algum objeto colorido que possa interessá -la;
• Deitar o nenê de costas; aproximar um chocalho de seus pés e fazê-lo dar chutes para movimentá-lo e produzir sons;
• Colocar o bebê em frente a um espelho durante algum tempo, chamando-lhe a atenção para que se olhe;
• Dar à criança um objeto pequeno, procurando fazê-la passar de uma à outra mão;
• Dar dois objetos pequenos ao bebê para que segure um em cada mão; tentar fazê-lo bater um no outro. Procure imitar o som produzido;
• Oferecer ao nenê objetos de vários tipos como: espuma, lixa, toalha, madeira, metal, borracha e outros. Se ele estranhar, apresentar o
objeto em outra ocasião e em outro contexto. Oferecer também alimentos ou objetos variados, para que a criança possa sentir g ostos e
cheiros diferentes. Exemplo: açúcar, sal, limão, talco, perfume etc.;
• Permitir que a criança vá, gradativamente, pegando com as próprias mãos, pedaços de frutas, pão etc.; permitir, também, que ela mexa
na comida e não se importe se ela se sujar (esta atividade é importante para que mais tarde a criança aprenda a comer sozinha );
• Acariciar, cantar e repetir sons ou gestos emitidos pela criança na hora da troca de fraldas ou do banho;
• Fazer, a partir dos sete meses, o nenê sentar-se sozinho, em posição de ioga, apoiando as mãos na frente do corpo;
• Brincar de “cuca-achou” ou “achou-sumiu” com o nenê, cobrindo o seu rosto com um pano, chamando a sua atenção e levando-o a retirar
o pano. Se o nenê não entender a brincadeira, recomeçar tampando somente a metade do seu rosto. Depois, esconder o rosto do n enê e
esperar que ele retire o pano. Esta brincadeira deve ser acompanhada de risos e gritos de alegria. Repetir esta brincadeira escondendo
objetos de que a criança goste;
• Bater palmas, levantar os braços, fazer gestos para que a criança o acompanhe já que ela gosta de imitar gestos;
• Colocar o nenê de pé (depois dos oito meses) sobre suas próprias pernas, segurando-lhe as mãos; fazer com que ele impulsione seu
corpinho para cima e para baixo, que se levante apoiando-se nas grades do berço, do quadrado, numa mesinha, chamando ou mostrando
um brinquedo interessante;
• Colocar vários objetos num barbante e ensinar a criança a puxá-los (esta atividade deve ser feita com os nenês que já engatinham ou que
já andem);
• Dar papel macio para que os bebês rasguem ou amassem com o cuidado para não colocar na boca.

Sugestões de Atividades da Rotina:


➢ Chegada e recepção das crianças;
➢ Organização da sala e dos materiais;
➢ Atividades didático-pedagógicas;
➢ Brincadeiras ao ar livre;
➢ Higiene e troca de roupa;
➢ Almoço;
➢ Higiene bucal;
➢ Repouso;
➢ Atividades alternativas para as crianças que vão acordando;
➢ Lanche;
➢ Atividades didático-pedagógicas;
➢ Brincadeiras ao ar livre;
➢ Higiene e troca de roupa;
➢ Jantar;
➢ Higiene bucal;
➢ Reorganização da sala;
➢ Saída.
Atividades a serem aplicadas para alunos do maternal

• Elabore atividades que aborde a higiene bucal e coloque em prática com os alunos após o momento do lanche, incentivando o uso do creme e
da escova dental.Teatro com fantoches é uma atividade que chama a atenção dos alunos, porém quando bem elaborada;

• No horário do lanche, auxilie o aluno a alimentar-se, mas dê liberdade para que ele aprenda a fazer sozinho. Lembre-se de que o papel do
professor é de orientar e não realizar tudo que é proposto;

• Trabalhe com músicas gestuais, cantigas de roda e dança, estimulando partes do corpo;

• Conte histórias infantis, porém curtas;

• Trabalhe com o corpo através de estímulos, de forma que estimule a criança a identificar e nomear as partes do seu corpo. N o momento do
banho também pode ser trabalhado o corpo;

• Incentive e desenvolva a fala, conversando diariamente com a criança sobre os aspectos do dia-a-dia, possibilitando que essa expresse seus
desejos através da fala, evitando somente a comunicação gestual, bem como favorecendo o desenvolvimento de sua linguagem;

• Trabalhe com garatujas, utilizando folhas brancas, lápis, giz de cera e/ou tinta guache atóxica. Nesse momento é fundamental que o professor
fique atento de forma que o aluno Não leve esses materiais à boca e olhos;

• Aplique atividades com traçados simples (desenvolvendo a coordenação motora), rasgar papel e trabalhar com massinhas, com formas
geométricas: círculo, quadrado e triângulo, exercícios de encaixe, incentivando o acerto. No início o professor deve auxiliar a criança, no
segundo momento deve deixar com que ela o faça.

Trabalhar com a criança possibilita ao professor criar inúmeras atividades. O importante é que no momento do planejamento o mesmo
busque criar atividades que tenham como finalidade propiciar o desenvolvimento da criança como um todo.
ANEXO 1:
Brincadeiras para o Berçário/Mini-Grupo e Maternal

• CADÊ? ACHOU !

Tempo: Enquanto durar o interesse da turma;


Espaço: Sala de Aula; Idade: A partir de 1 ano e meio;
Material: bambolê com faixas de tules de diversas cores ( o comprimento das faixas deve ser o mesmo da altura do pé dire ito da sala ).
Objetivo: Ajudar a criança a elaborar a ausência temporária da família; Descrição: Pendure firmemente o bambolê no teto da sala de modo que
as faixas cheguem ao chão.
As crianças vão brincar de esconder atrás delas e entre elas,segurá-las para cobrir parte do corpo e esconder os colegas.Com isso,vão
descobrindo que a ausência do outro é temporária e que eles sempre reaparecem.

• MASSAGEM COM BEXIGA

Tempo: 10 minutos com cada criança;


Espaço: Sala de aula com colchonetes,berço ou trocador;
Idade: de 1 mês a 2 anos;
Material: Bexigas ou esponja macia e água;
Objetivos:
* acalmar;
* desenvolver a consciência corporal;
* promover um sono tranquilo;
* estimular o vínculo afetivo entre educador e criança;
Descrição: Coloque um pouco de água em temperatura ambiente dentro de uma bexiga ( não encher muito para não ficar pesada ).
Se o clima ajudar,deixe o bebê somente com a fralda em local tranquilo,com luz difusa e música suave.Passe a bexiga ou a espo nja
delicadamente pelo corpo da criança,fazendo uma massagem suave com movimentos circulares.
• ARTE COM MINGAU

Tempo: 30 minutos.
Idade: De 8 meses a 1 ano e meio.
Espaço: Sala de atividades ou pátio.
Material: Maisena, corante alimentar e água.
Objetivo: Interagir com o espaço.
Descrição: Em uma panela, dissolva uma colher de sopa de maisena para cada copo de água. A quantidade é de acordo com o número de
crianças ou o tamanho do espaço onde a atividade será realizada. Coloque pitada de corante até a mistura ficar com a cor que você deseja.
Leve-a ao fogo e mexa até que se transforme em um mingau. Deixe esfriar. Avise os pais para mandarem roupas velhas no dia da brincadeira.
Espalhe a mistura no chão da sala onde as crianças vão brincar. Deixe-as andar, engatinhar e rolar sobre o mingau, interagindo com o espaço.
Atenção para que todos se divirtam e ninguém se machuque. Incentive as várias possibilidades de movimento.
• A MÚSICA DOS NOMES

Idade: A partir de 4 meses.


Tempo: 30 minutos.
Espaço: Sala de atividades, pátio ou jardim.
Objetivos: Reconhecer o próprio nome e reforçar o vínculo com o educador.
Descrição: Escolha uma música na qual você possa incluir o nome das crianças. Alguns exemplos: “Se Eu Fosse um Peixinho”, “A Canoa
Virou”, “Ciranda, Cirandinha” e “Fui ao Itororó”. Reúna a turma em um local agradável e cante. Os bebês também podem participar, já que a
intenção é fazer com que se familiarizem com os nomes. Aos que já andam, sugira uma roda, que
Vai se formando com aqueles que ouvem o próprio nome.
• TEATRO DE BONECOS

Idade: A partir de 1 ano e meio.


Tempo: 30 minutos.
Espaço: Sala de atividades, pátio ou biblioteca.
Material: Fantoches ou dedoches.
Objetivo: Conhecer a rotina da escola enquanto conversa com os personagens.
Descrição: Sente-se com as crianças no chão e faça os bonecos “conversarem” com cada uma. Você pode fazer perguntas como: - Quem
trouxe você para a escola hoje? - Você tem amigos? Quem são? - Você já brincou no parque? - Você já tomou lanche?
• HORA DA COLHEITA

Idade: A partir de 3 anos.


Tempo: Uma hora.
Espaço: Sala de atividades.
Material: Cartolina ou papel cartão, argila, tinta, dado com um lado de cada cor, miniatura de um passarinho (de plástico ou origami) e vasilhas
ou cestinhos coloridos.
Objetivos: Integrar-se ao grupo e colaborar com os colegas.
Descrição: Cole uma gravura ou desenhe uma árvore cheia de galhos do tamanho de uma cartolina para servir de tabuleiro. Faça frutinhas d e
argila, deixe secar e pinte-as com as mesmas cores do dado que será usado no jogo. Em uma das faces dele, desenhe um passarinho.
Confeccione também cestinhas de origami ou arrume vasilhas com as mesmas cores do dado e providencie um brinquedo em forma de
passarinho. Coloque o tabuleiro sobre uma mesa e espalhe as frutinhas pelos galhos. O passarinho deve ficar solto. Em volta d o tabuleiro,
espalhe as cestinhas coloridas. Jogo para quatro crianças. Uma criança por vez lança o dado, retira da árvore a fruta da mesma cor indicada
pelo dado e coloca-a na cestinha, também da mesma tonalidade. Se o dado cair com a face que traz o passarinh o, é ele quem fica com a fruta.
O objetivo é colher todas antes que o passarinho as coma.

• MAMÃE TEM CARTINHA PRA VOCÊ

Idade: a partir de 2 anos.


Tempo: uma hora.
Espaço: sala de aula
Material: Canetas hidrográficas, papel e envelopes
Objetivos: Tranqüilizar-se quanto aos sentimentos de adaptação (exemplo: tristeza) e compartilhar com os pais as atividades escolares.
Distribua uma folha de papel e canetas hidrográficas para cada criança e peça que faça uma cartinha aos pais. Quando todas te rminarem os
desenhos, chame uma por uma e pergunte a quem a mensagem é endereçada e o que ela deseja comunicar. Escreva o que a criança disser na
mesma folha usada por ela. É importante perguntar se ela quer entregar a carta à pessoa apontada. Em caso positivo, coloque -a em um
envelope e oriente a criança a entregá-la ao chegar em casa. Caso contrário, guarde o desenho com as demais atividades.
• CUIDADO COM A BONECA

Idade: de 1 a 3 anos.
Tempo: 30 minutos.
Espaço:Sala de atividades.
Material: Bonecas, roupinhas de boneca, retalhos de tecido, mamadeiras e chupetas.
Objetivos: Brincar de faz-de-conta durante o jogo simbólico; tocar o colega; e ter um bom relacionamento com o grupo. Esta brincadeira é para
meninos e meninas, pois tem o objetivo de desenvolver o relacionamento interpessoal, promovendo atitudes de cuidado e carinho com o outro –
necessidades que são comuns a todos, independentemente do sexo. Isso vai se dar no faz -de-conta, momento que a criança aprende sobre as
interações sociais. Por isso, é importante ter seu espaço garantido e valorizado na rotina.
Descrição: Proponha que cada um pegue uma boneca e cuide dela como se fosse sua filha. Os pequenos devem dar banho, trocar fralda e
fazer carinho.

• CHUVINHA DE PAPEL

Idade: de 8 meses a 3 anos.


Tempo: de 15 a 30 minutos.
Espaço: sala de aula
Material: Revistas e jornais velhos
Objetivos: Relaxar de forma ativa (e não apenas em posição de repouso) e interagir de maneira lúdica com o educador e os colegas.
Descrição: Sente-se com a turma no chão, em torno de uma pilha de revistas e jornais velhos. Deixe que todos manipulem e rasguem as
páginas livremente. Junte os papéis picados num monte e jogue tudo para o alto. Vai ser uma festa! Depois, o papel picado pod e ser aproveitado
em colagens ou modelagem de bonecos.

• PAPAI VEIO BRINCAR

Idade: de 3 meses a 1 ano.


Tempo: 30 minutos.
Espaço: sala de aula.
Material: Aparelho de som, CDs de musicas infantis, bolas, fantoches e panos coloridos.
Objetivo: Interagir ludicamente com os pais por meio da brincadeira.
Descrição: Decore o ambiente com os panos. Coloque uma música e peça para o pai ou a mãe se sentar no chão com o filho. Você pode
conduzir as brincadeiras, como rolar uma bola para a criança ou brincar com um fantoche, apresentando possibilidades de inter ação. Os pais se
inspiram em você ou criam brincadeiras.

• JOGO DAS EXPRESSÕES

Idade:de 2 a 3 anos.
Tempo: 30 minutos.
Espaço: Sala de atividades.
Material: Cartolina, pincéis atômicos ou tinta.
Objetivos: Nomear os sentimentos e conversar sobre suas possíveis causas.
Descrição: Desenhe na cartolina, várias carinhas com expressões faciais que demonstrem sentimentos de tristeza, alegria, raiva, medo, susto
etc. Deixem algumas em branco para nomear um sentimento que apareça no decorrer da brincadeira. Convide a criança a apontar a que mais
revela a maneira como ela se sente naquele momento e a explicar os motivos daquela sensação. Ela pode, por exemplo, estar com raiva do
colega porque tirou um brinquedo da sua mão.

• CAMINHADA SOLIDÁRIA

Idade: de 1 ano e meio a 3 anos.


Tempo: de 5 a 10 minutos.
Espaço: Áreas livres ou outros espaços.
Objetivos: Desenvolver a idéia de grupo e a tolerância.
Descrição: Esta proposta pode ser aplicada sempre que as crianças tiverem de andar juntas, como da sala para o pátio. Quem quiser correr
tem de se controlar. Quem for mais lento precisa se apressar. Se houver alguém com dificuldade de locomoção, o grupo todo ter á de esperá-lo.

Mais sugestões:
1) Luva com sininhos:

Adquira uma luva de malha ou lã e pregue em cada dedo pequen os sinos. Se preferir enfeite cada dedo com uma carinha que poderá ser
pintada ou bordada. Se quiser aplique pedacinhos de lã para imitar cabelos. Com essa luva você pode iniciar as aulas saudando as crianças
como se cada dedo tivesse um nome ou para outras brincadeiras de saudação à turma. Você pode também colar outros materiais nas bordas da
luva: arroz, castanhas, etc.
Existem músicas infantis que expressam o movimento com as mãos. Por exempl o: “Os dedinhos” ( Eliana)

2) Locais para aventuras com bebês:


São muitos os meios de se proporcionar aventuras para bebês que estão engatinhando. Por exemplo: túnel para bebês - feito com
papelões grandes, diferentes bolas e almofadas, bóias, animais de plástico para soprar, “João Bob o”, balões de ar, colchas, etc.
Na primeira vez deixe as próprias crianças experimentarem as possibilidades de brincar com os materiais ao seu dispor. Quando elas não
souberem o que fazer, mostre-as antes como podem brincar. Engatinhar dentro do túnel, brincar com os balões, construir torres com os
travesseiros e almofadas, etc. No início esse material todo é naturalmente excessivo. Talvez seja melhor começar apenas com os papelões por
no máximo uma hora e no próximo instante com os balões, etc.

3)Piscinas para bebês:

Para cada grupo de crianças é bom que se tenha aproximadamente duas piscinas de borracha ou plástico. Você pode enchê -las com
balões, jornais (você vai ver que logos elas irão rasgá-los entusiasmadamente). O algodão presta-se também para encher a piscina. Folhas de
papel manteiga fazem também ruídos maravilhosos quando são amarrotados.
Outros materiais podem enchê-las: folhas secas, palha, etc.

4) Confeccionar um bichinho ou boneco de estimação para a turminha (mascote), trabalha-se a socialização e a afetividade.

5) Contar histórias com um avental e ir acrescentando personagens a esta história que poderão ser feitos de E.V.A ou outros materiais;

6) Jogos variados, tais como: boliche (pode ser feito com garrafas pet,EVA,etc.)

7) As crianças nesta idade adoram entrar em caixas, esconder-se e depois aparecer, fica a sugestão de criar uma caixa cheia de estímulos
como a da foto acima.
ANEXO 2:

Educação Infantil
Atividade Permanente

Bebeteca: lugar de pequenos leitores


Faixa etária 0 a 3 anos

Conteúdo Linguagem oral e comunicação

Objetivos
Introduzir o hábito da leitura.
Ampliar o universo cultural.
Apresentar procedimentos de contato com os livros.
Desenvolver o gosto e o prazer pela leitura compartilhada como forma de aprender, socializar-se e interagir.

Conteúdos
Leitura de capas, textos e imagens dos livros.
Criação de repertório de textos e imagens.
Ampliação e desenvolvimento da linguagem oral.
Noções de causalidade e tempo. Articulação de idéias.

Tempo estimado
Um mês para montar o espaço. As atividades devem ser permanentes, feitas diariamente durante 30 minutos ou enquant o durar o interesse da
turma.
Materiais necessários
Livros de boa qualidade e adequados às características da faixa etária (exemplares de tecido ou plástico, de tamanhos variado s, com
dobraduras, de papel cartonado, com texturas etc.), estantes ou caixas baixas de fácil acesso, tapete, colcha ou tatame, cadeirinhas, bebê-
conforto ou carrinho.

Organização da sala Em roda.

Desenvolvimento
Comece a montagem da bebeteca selecionando os títulos. Dê preferência a histórias interessantes e que não emitam j uízos de valor. Os
enredos que apresentam objetos e personagens comuns do universo infantil como bolas, brinquedos e carros, entre outros e que transferem
características humanas a animais e coisas costumam ser os prediletos. Fique atento também às ilustra ções, pois elas ajudam a chamar a
atenção para os livros e a contar o enredo. As figuras grandes, coloridas e bonitas aprimoram a percepção visual e ampliam o repertório de
imagens.

Insira no acervo edições de diferentes tipos (de plástico ou tecido) e que inovem na forma (figuras em relevo, páginas com dobraduras ou com
espaços de interação). É fundamental agregar gêneros diversos. Histórias que tenham apenas imagens agradam aos menores.

Pense também no espaço físico. Se não houver na creche uma sala própria para esse fim, procure instalar a bebeteca em um canto amplo e
tranqüilo. Os livros devem estar sempre à disposição, mas é importante ter um lugar para que sejam guardados. Para isso, use estantes ou
caixas de madeira, colocadas em altura própria para que todos alcancem os exemplares.

Decore a sala ou o canto com recursos adicionais como fantoches e móbiles. Para o chão, providencie tatames, colchas e tapete s em que todos
possam se espalhar e ficar à vontade para devorar os livros.

Estabeleça um momento específico na rotina diária para as atividades da bebeteca. Nos primeiros encontros, apresente os materiais para as
crianças, observando a forma como elas se relacionam com eles, as preferências individuais e o tempo que cada uma dedica à at ividade.

Ensine a importância de cuidar bem do material e de preservá-lo.


Durante as atividades, ofereça a possibilidade de manusear os livros.

Leia com a garotada as imagens e os textos, apontando figuras e nomeando personagens. Para desenvolver a escuta a tenta e favorecer a
concentração de todos, capriche na entonação e no ritmo.

Não tenha receio de repetir a mesma trama mais de uma vez. Os que já sabem falar não se cansam de pedir as preferidas, e isso é importante
para que apreendam a história e prestem atenção em detalhes diferentes a cada vez. Você pode ler um livro em várias sessões se ele estiver
dividido em capítulos. Sempre que possível, amplie as situações: além de ler por prazer, a turma pode ser colocada em contato com outros
propósitos, como o de ler para pesquisar (enciclopédias infantis, sites etc.), estudar e seguir instruções (receitas e manuais).

A leitura é apenas uma das formas de contato com os livros. Outras podem ser exploradas, como o teatro de fantoches, de dedos ou de
sombras o flanelógrafo e músicas cantadas. Trabalhe com os personagens, as características e as falas particulares. Convide as crianças a ser
os protagonistas nesses momentos. É uma forma de mostrarem as aprendizagens.

No decorrer do ano, diversifique a oferta de materiais ampliando o repertório de histórias. Promova vários momentos de intercâmbio com outros
grupos para trocar conhecimentos e interagir.

Confeccione um cartaz em sala com imagens das capas dos livros para estimular a leitura.

Fotografe as atividades, compartilhando com o grupo e as famílias a experiência de contato com os livros. Aproveite algumas idas à bebeteca
para promover a aproximação das famílias com a escola: convide pais e mães para ler para os filhos e seus colegas ou mesmo pa ra ouvir as
histórias que você conta.

Avaliação
Faça a avaliação do trabalho durante todo o processo, desde a montagem do espaço até as atividades propostas. Não hesite em a lterar a ordem
das etapas previstas ou os encaminhamentos planejados em função das necessidades dos bebês. Observe as crianças interagindo com os
livros e o tempo que se mantêm concentradas. Um bom termômetro é quando elas começam a pedir para ouvir histórias. Muitas vão começar a
deixar explícitos quais são os títulos prediletos, comentá-los e pedir para levá-los para casa. Anote as preferências do grupo. Sugira atividades
específicas com elas para verificar a familiaridade com os enredos, personagens e imagens. Importante verificar se a turma te m comportamento
leitor no manuseio das obras e na postura para escutá-los. Nessa faixa etária, a paciência e a perseverança são essenciais para um trabalho
bem-sucedido.

Consultora Daniela Pannuti


Orientadora pedagógica do Colégio Vera Cruz, em São Paulo.
ANEXO 3:

Educação Infantil
Sequência Didática

Descobrindo o livro e o prazer em ouvir histórias


Faixa etária 0 a 3 anos

Conteúdo Linguagem oral e comunicação

Tempo estimado Todos os dias.

Material necessário
Livros de literatura, almofadas e bebês-conforto.

Objetivos

Criar o hábito de escutar histórias.


Favorecer momentos de prazer em grupo.
Enriquecer o imaginário infantil
Favorecer o contato com textos de qualidade literária.
Valorizar o livro como fonte de entretenimento e conhecimento.

Para crianças de até 1 ano

Dirigir-se aos livros por meio de falas, gestos, balbucios (gritinhos, sorrisos, vocalizações, entre outros) e expressões faciais.
Imitar sons com base na fala do educador.
Estabelecer situações comunicativas significativas com adultos e outras crianças do grupo.
Reconhecer o livro como portador de história, manifestando prazer ao explorá-lo e ao ser convidado pelo professor para escutar o que será lido.
Ouvir o professor com progressiva atenção.
Para crianças de até 3 anos

Além dos objetivos acima:


Ampliar repertório de palavras e histórias conhecidas.
Construir frases e narrativas com base nas conversas sobre os livros.
Entreter-se com leituras mais longas participando atentamente.
Reconhecer e nomear alguns livros.
Manipular o livro, folheando as páginas e fazendo referências às imagens.
Cuidar do livro e valorizá-lo.
Imitar o adulto lendo histórias

Desenvolvimento

O trabalho começa com a sua preparação. Selecione livros com textos bem elaborados e ilustrações de qualidade. As histórias d evem ter
estruturas textuais repetitivas que favorecem a compreensão e a memorização. Programe-se para disponibilizar os livros em diferentes
momentos da rotina. Promova conversas sobre eles fazendo perguntas e descrições, destacando os personagens e retomando as par tes que as
crianças consideram mais queridas. Após apresentar um livro novo, repita a leitura dele várias vezes para que a turma possa se apr opriar da
narração, memorizar partes da história e interagir com seu conteúdo. Alterne, na semana, a leitura de histórias repetidas e a introdução de
novas. Esteja sempre atento às iniciativas das crianças e responda a elas por meio da fala, de gestos e de expressões faciais . Sempre promova
conversas entre as crianças sobre o que foi lido.

ATIVIDADE 1

Leia o livro para conhecer bem a história. Treine a entonação e a fluência da leitura lendo em voz alta para si mesmo antes de apresentá -lo aos
pequenos. Prepare o espaço para que todos fiquem confortáveis. Eles podem deitar-se entre almofadas, sentar-se em roda ou no bebê-conforto.
É importante que todos consigam ver o livro. Apresente-o para o grupo destacando as informações da capa (título, ilustração, nome do autor,
ilustrador etc.). Faça uma breve apresentação da história despertando o interesse em escutá -la. Leia de forma fiel ao texto e vá mostrando as
ilustrações conforme lê. No fim, converse com as crianças sobre a história: pergunte se e do que gostaram, volte às partes co mentadas, mostre
novamente as ilustrações e deixe que elas explorem o livro.

ATIVIDADE 2

Leia a mesma história nos outros dias observando sempre o interesse do grupo. Observe se solicitam a leitura do livro. Sempre que for in iciar a
atividade, cuide do espaço garantindo que este seja sempre um momento confortável e prazeroso. Mostre o livro às crianças e pergunte se
lembram da história: pergunte sobre o título, os personagens e os acontecimentos que lembram. Só então conte novamente a hist ória. Essa
atividade pode ocorrer em média três vezes na semana.
ATIVIDADE 3

Prepare-se para a apresentação de um novo livro realizando os mesmos procedimentos relatados na atividade 1. Inicie conversando com as
crianças sobre aquele que já conhecem. Conte que irá apresentar uma nova obra que tem uma história diferente. Repita o que fo i destacado
anteriormente durante a leitura e a conversa sobre a história

Avaliação

Verifique se as crianças ficam atentas a sua fala e às ilustrações. Veja se conseguem comentar a história com os colegas e se respondem às
perguntas feitas sobre um livro já conhecido. Observe se conseguem se lembrar se algum título conhecido quando perguntado.

Quer saber mais?

Bibliografia

A Casa Sonolenta, Audrey Wood, 32 págs., Ed. Ática, tel. 0800-115-152, 20,90 reais
Bruxa, Bruxa, Venha a Minha Festa, Arden Druce, 32 págs., Ed. Brinque-Book, tel. (11) 3032-6436, 37,50 reais.
Como os Dinossauros Dizem Boa Noite?, Jane Yolen, 32 págs., Ed. Globo, tel. (11) 6198-1488, 21 reais
Da Pequena Toupeira que Queria Saber Quem Tinha Feito Cocô na Cabeça Dela, Werner Holzwart, 24 págs., Ed. Companhia das Letras,
tel. (11) 3707-3500, 25 reais
Educação de 0 a 3 Anos: O Atendimento em Creches, Elinor Goldschmied e Sonia Jackson, 312 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 59
reais
O Caso do Bolinho, Tatiana Belinky, 32 págs., Ed. Moderna, tel. 0800-17-2002, 22,50 reais
O Coletivo Infantil em Creches e Pré-escolas: Falares e Saberes, Ana Lúcia Goulart de Faria (org.), 120 págs., Ed. Cortez, tel. (11) 3611-
9616, 18 reais
O Porco Narigudo: Um Livro de Dobraduras, Keith Faulkner, 16 págs., Ed. Companhia das Letras, 42 reais
O Ratinho, o Morango Vermelho Maduro e o Grande Urso Esfomeado, Audrey Wood, 32 págs., Ed. Brinque-Book, 27,50 reais
O Sapo Bocarrão: Um livro com Dobraduras Surpresas, Keith Faulkner, 12 págs., Ed. Companhia das Letras, 42 reais
O Soluço do Lúcio: Um livro de Dobraduras, Keith Faulkner, 14 págs., Ed. Companhia das Letras, 42 reais
Os Fazeres na Educação Infantil, Maria Clotilde Rossetti-Ferreira (org.), 199 págs., Ed. Cortez, 35 reais
Tanto, Tanto! Trish Coocke, 48 págs., Ed. Ática, 40,90 reais

Beatriz Ferraz

Coordenadora de projetos de formação da Escola de Educadores e coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação p ara
Ação Comunitária (Cedac),
ANEXO 4:

Educação Infantil
Atividade Permanente

Primeiras acrobacias
Faixa etária 0 a 3 anos

Conteúdo Desafios corporais

Objetivo
Fortalecer a musculatura.

Tempo estimado Livre

Desenvolvimento:

Preparando a creche
- O piso não deve ser escorregadio, e o ideal é que haja rampas com pouca inclinação para subir e descer engatinha ndo ou escadas de poucos
degraus.
- Espalhe colchonetes se alguma atividade envolver risco de queda.
- Coloque equipamentos que dêem suporte às crianças, como almofadas para as que estão começando a sentar e pufes, caixas de pap elão e
uma barra para as que querem ficar em pé.
Atividade 1

Cada frase que o professor disser será repetida pelas crianças.


"Vamos passear na floresta?"
"Então, vamos!" (caminhar pelo espaço)
"Xiii! Olha lá! Um rio!"
"Vamos passar?"
"Por cima não dá!" (esticar o corpo)
"Por baixo não dá!" (abaixar o corpo)
"Então vamos nadar?" (movimentar os braços)
O jogo prossegue com variações nas propostas de movimentos:
"Xiii! Olhá lá! Uma árvore! Vamos subir?" (movimentar braços e pernas, como se estivesse subindo)
"Uma caverna! Vamos entrar?" (arrastar-se pelo chão ou andar agachado)
Entrando na caverna, o professor diz:
"Xiii! Está tudo escuro!" (fechar os olhos e tocar nos colegas)
"Xiii! Uma cauda comprida... um pêlo macio... um focinho gelado... É uma onça! Vamos correr? " (correr, fazendo o caminho inverso)
"Xii! Uma caverna! Vamos sair? Xii! Uma árvore! Vamos subir? Xii! Um rio! Vamos nadar? Xii! Uma casa! Vamos entrar? Xii! Uma porta! Vamos
fechar?" (deitar no chão)
Para concluir:
"Ufa! A onça não pegou ninguém! Ainda bem!" (descansar)
Atividade 2

Os desafios corporais podem variar conforme a proposta. Por exemplo, passear no fundo do mar: nesse caso, os movimentos de br aços e
pernas são feitos com todos deitados no chão. Outras opções são entrar em cavernas, pa ssar por muitas algas, afundar num abismo profundo e
fugir de um tubarão.

Atividade 3

Uma outra opção é fazer de conta que está voando: as crianças podem fazer a seqüência de pé, para se locomoverem no espaço. S ugira que
elas sejam pássaros, que voem sobre a montanha, pousem numa rocha, mergulhem num abismo e fujam de um gavião.

Avaliação
O importante aqui não é saber quem consegue ou não fazer o que foi proposto ou comparar a agilidade de um e outro. Avalie se o tempo de
duração foi adequado, se os pequenos se envolveram e seguiram suas sugestões. Verifique se alguma coisa deverá ser modificada numa
próxima vez.

Paula Zurawski
Formadora do Instituto Avisa Lá e do Instituto de Educação Superior Vera Cruz, em São Paulo.
ANEXO 5:

Educação Infantil

Ritmo de aprendizado
O trabalho com a linguagem musical amplia o repertório de crianças de até 3 anos e desperta o gosto delas pelas com posições de qualidade

Faoze Chibli

Diante dos pequenos, repousam silenciosos estranhos objetos. Belos na forma, feitos de madeira, metal e outros materiais, agr adáveis ao toque
e reluzentes ao olhar. Pouco a pouco, as crianças vencem a distância, sentem as texturas, escolhem, pegam, exploram. Qual não é a surpresa
geral ao perceber que aquelas coisas produzem sons,tão distintos quanto a fala ou um ruído estridente. Desde a Grécia antiga, 2,5 mil anos
antes de Cristo, a música é utilizada na Educação com o propósito de cultuar a harmonia do indivíduo.

Hoje, sabe-se que o ensino musical é fundamental para o bom desenvolvimento dos pequenos. Elvira Drummond, professora de piano e
literatura infantil, explica que a música é uma das poucas atividades que mexem simultaneamente com os dois hemisférios do cérebro (o
esquerdo é mais ligado à criatividade, à língua e às artes, e o direito, às ciências exatas). Ao propiciar esse estímulo bila teral, ela amplia as vias
neurais. Pesquisas mostram que existe uma espécie de ponte ligando os hemisférios e ela é mais espessa nos músicos."Em outras palavras, é
muito bom ter uma prática musical diária", diz Elvira (leia mais no quadro).

Sons e concentração
Na Escolinha Meu Cantinho, em Fortaleza, a professora Joana Angélica da Costa promove uma série de atividades com as crianças de até 3
anos.Para começar, a sugestão do início desta reportagem: simplesmente levar para a sala instrumentos musicais e deixá -los à disposição de
todos. Para os bem pequenos (em média, a partir dos 8 meses uma criança já consegue tocar), ela introduz experiências musicais que
favorecem o desenvolvimento de habilidades perceptivas e sonoras, como imitar vozes de outras pessoas (pode ser o pai ou a mã e) ou sons de
animais.
A professora, que também é cantora, atriz e arte educadora, costuma usar um CD de histórias para pedir que a turma produza sons partindo de
conceitos simples, como grave e agudo. Depois, divididos em grupos, todos ficam prontos com seus instrumentos, esperando o si nal para tocar.
"Com isso, eles aprendem noções básicas de regência e trabalhamos uma coisa fundamental, que é a concentração", diz Joana.Apó s
apresentar os instrumentos, ela começa a distinguir a família do sopro, das cordas, da percussão e leva brinquedos percussivo s, como tambor,
xilofone, flauta e corneta, para a garotada se esbaldar.No fim, faz um ditado diferente: uns tocam e os outros, de costas, id entificam pelo ouvido
a família correspondente. Para essa atividade, miniaturas de instrumentos ajudam.

Paula Zurawski, formadora do Instituto Avisa Lá, assessora pedagógica das temporadas de teatro infantil do Teatro Alfa e professora do cu rso
de Pedagogia do Instituto de Educação Superior Vera Cruz, em São Paulo, ressalta que a música é uma linguagem importantíssima para as
crianças. "Os sons são, desde muito cedo, uma forma de interação com o mundo, tanto que as primeiras comunicações do bebê são melodias,
as 'lalações'." Ambientes com adultos sensíveis a isso representam uma vantagem didática (por isso, saber cantar e ter cultura musical são
competências importantes para o educador). Segundo Paula, nosso país tem uma longa tradição nessa área, o que facilita o trab alho."Basta
ampliar o repertório e pensar, de forma crítica, no que se vai oferecer em sala."A riqueza do s sons no Brasil, no entanto, não é sinônimo de
barrar canções estrangeiras - até porque elas têm muito espaço na TV e no rádio."O bom é ouvir tudo, de música clássica a rock", exemplifica.

Selma Petroni, coordenadora e professora do Centro Musical RMF, em São Paulo, diz que a música é também um elo entre a mãe e o bebê.Por
isso, as aulas para crianças de 8 meses a 2 anos são acompanhadas pelas mães - que ajudam na socialização dos pequenos, que estão só
começando a ter contato com outras pessoas e em alguns casos estranham isso.Como nessa faixa etária é difícil manter a concentração, o ideal
é trabalhar durante meia hora - no máximo uma hora por semana.

As professoras ensinam a usar a música para ajudar no desenvolvimento infantil. O trabalho estimula trocas, com muitas histór ias e canções que
têm o nome das crianças na letra. Selma cita pesquisas que comprovam o efeito calmante do som: "A música tem uma pulsação, que elas
ouvem desde quando ainda estão na barriga". Outro grande ganho é que, ao treinar o ouvido, fica mais fácil discriminar sons: de animais, dos
instrumentos musicais etc. "Nosso papel é estimular o gosto pela música e aumentar a familiaridade com essa linguagem."
Trabalhar com instrumentos musicais em sala...

- Proporciona experiências com ritmos e timbres variados.


- Estimula a escuta atenta das canções e suas sonoridades

O poder dos sons

A professora Elvira Drummond lembra que foram os estudos de Howard Gardner, no início dos anos 1980, que revolucionaram conce itos de
ensino e aprendizagem ao antecipar descobertas da neurociência sobre a música. Em seus trabalhos, o pes quisador americano apontou a
existência de uma inteligência musical. "A chamada teoria das inteligências múltiplas nos ajudou a entender que o aluno que n ão tem facilidade
em Matemática ou Língua Portuguesa pode ser um gênio musical ou da pintura." Antes d e Gardner, na década de 1960 o francês Louis Porcher
já tinha publicado um livro, Educação Artística, Luxo ou Necessidade?, com algumas conclusões semelhantes. Ele observou as es colas
húngaras Kodaly (onde o ensino de Música tem o mesmo peso que o da língu a, todos os dias) e comprovou que os estudantes tinham
rendimento melhor em todas as disciplinas: Matemática, Artes, Ciências...

Quer saber mais?

CONTATOS
Centro Musical RMF, Av. Ibirapuera, 1862, 04028-001, São Paulo, SP, tel. (11) 5051-9400
Escolinha Meu Cantinho, R. Joaquim Lima, 146, 60175-005, Fortaleza, CE, tel. (85) 3234-2312

BIBLIOGRAFIA
Educação Artística, Luxo ou Necessidade?, Louis Porcher, 200 págs., Ed. Summus, tel. (11) 3872-3322, 36,10 reais
Inteligência, Múltiplas Perspectivas, Howard Gardner, 360 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 54 reais

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