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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E ENSINO SUPERIOR DE CAMPINAS

PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA

TRABALHO FINAL DA DISCIPLINA

Nome: Elaine Aparecida Matias Reis RA: 25230


Curso: Pós Graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional
Disciplina: Fundamentos da Psicopedagogia Clínica e Institucional
Carga horária 20 horas
Ano Letivo: 2019
Professor: Ms. Lairton José da Costa
Modelo III: RESENHA CRÍTICA

FILME: O CONTADOR DE HISTÓRIAS

CAMPINAS – SP

ABRIL 2019
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E ENSINO SUPERIOR DE CAMPINAS

PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA

RESENHA CRÍTICA- DO FILME: O CONTADOR DE HISTÓRIAS

O filme O Contador de Histórias (Luiz Villaça, 2009), conta a história de um


menino chamado Roberto Carlos Ramos, que vive com sua mãe e seus nove irmãos, em
Belo Horizonte. Como de costume nos finais de semana iam assistir televisão na casa de
um vizinho. Ao ver a propaganda da FEBEM (Fundação para o Bem-Estar do Menor)
na TV, sua mãe acreditando em um futuro melhor para o seu caçula o entregou aos
cuidados da FEBEM, pois sua família era pobre e ali ela imaginava que Roberto
estudaria, e se tornaria um profissional bem-sucedido, mas acabou tornando-se um
fugitivo da instituição e autor de vários crimes. Sofreu com o abandono, a violência
(passou por situações terríveis incluindo estupro) e, consequentemente a exclusão
social. De tanto fugir e ser capturado, Roberto passou por inúmeros educadores e
psicólogos, alguns deles não empregavam uma pedagogia que fosse capaz de mudar a
realidade da vida daquela criança e muitas vezes chagaram a classificá-lo como um
“caso perdido” e “irrecuperável”.
O destino colocou em seu caminho uma mulher chamada Marguerite Duvas, uma
pedagoga francesa que estava no Brasil para fazer uma pesquisa e encontrou na história
de vida de Roberto um estímulo. Ela não apenas utilizou o menino como objeto de
pesquisa, também começou a cuidar dele, pois creditava que apesar de ser um menino
de rua e um menor delinquente, tinha um grande potencial, e assim começa a grande
transformação de Roberto que passou a ter um lar estruturado com regras e limites que o
ajudaram a se adaptar em sua nova realidade. Ela o ensina a escrever ler e a falar
francês, pois acreditava que ele deveria ser enxergado de um modo diferente na
sociedade e não como um menino de rua, sem futuro.
A pedagogia e a psicologia são muito bem representadas por Marguerite, a
pedagoga francesa. Ela se utilizou de métodos simples e diferente aplicando-as com

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carinho. De início, ela tenta, apenas, concluir a sua pesquisa, ao mesmo tempo em que a
comove e a intriga a história de Roberto, a francesa se envolve ainda mais. Surpreende-
se quando Roberto deixa claro que confia nela e que a tem muito mais que uma amiga,
mas também, como sua “mãe”. Roberto foi adotado pela Marguerite Duvas e conseguiu
estudar se formando em pedagogia e tornar-se, anos depois, um famoso contador de
histórias, conhecido internacionalmente. Ao voltar para o Brasil reencontra sua mãe e se
torna um educador da FEBEM, e inicia sua história com outras crianças e adolescentes
que ele vai adotando e criando uma família numerosa, com vinte filhos adotivos alguns
como ele, ditos irrecuperáveis pelas instituições.

Ficha técnica:

Filme: O contador de histórias, Brasil (2009).

Direção: Luiz Villaça.

Roteiro: Mauricio Arruda, José Roberto Torero, Mariana Veríssimo, Luiz Villaça.

Fotografia: Lauro Escorel.

Elenco principal: Maria de Medeiros, Marco Ribeiro, Paulo Henrique Mendes.

Elenco coadjuvante: Cleiton Santos, Malu Galli, Ju Colombo, Daniel Henrique da Silva,
Ricardo Perpétuo, Matheus de Freitas, Victor Augusto da Silva, Teuda Bara, Jacqueline
Obrigon, Luciana Carnieli, Chico Díaz, Paulo Federal, Maurício Marques, Laerte
Mello, Rhena de Faria, Cesar Lopes, Montanha Carvalho.

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CONCLUSÃO:
Analisando a teoria da psicologia Vigotskiana, considera que as funções
psíquicas são formadas na relação dialética do sujeito com a cultura e a sociedade. Para
Vigotski (1986). Nossas funções mentais nascem de nossa relação com o meio:

O ser humano se constitui através da mediação das palavras, por meio


das quais ele internaliza os valores, as ideias, os costumes, os
comportamentos, enfim os modos de ser e de pensar de uma cultura.
Nessa internalização, ele vai convertendo aquilo que são elementos
produzidos socialmente em aspectos seus, ou seja, ele vai a partir do
meio externo, construindo suas funções psicológicas superiores.
“Psicologia do desenvolvimento, pág. 27.”

O filme retrata a realidade de muitas crianças que vivem no contexto de Roberto.


A violência os marca fisicamente e psicologicamente,
felizmente algumas crianças são salvas dessa realidade cruel, como Roberto, que teve na
figura da pedagoga francesa uma base para seu crescimento e desenvolvimento como
pessoa, alguém de bem. Outras ficam à mercê do destino, sendo obrigadas a pagarem
altos preços por isso. O filme tem por objetivo sensibilizar e alertar a todos quanto à
realidade não só do país, principalmente pedagogos e psicólogos na sua formação. Hoje,
muitas crianças ainda esperam por uma transformação em suas vidas ou a vinda de
pessoas que contribuam para o seu crescimento e as tirem dessa triste realidade que
atinge grande parte da sociedade brasileira.

REFERENCIAS:

XAVIER, A; NUNES, A. Psicologia do Desenvolvimento “A Psicologia histórico-


cultural de L. S. Vigotski. Pag. 27”. 3◦ Ed. Revisada. UAB∕UECE, Fortaleza 2013.

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