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TEORIA PSICANALÍTICA
FREUDIANA I
Obra e aparelho Psíquico

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Não deixe o importante virar


.
urgente. Não desta vez!
JOUBER BRASIL
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JOUBER BRASIL: Teólogo, Cientista religioso, Psicanalista clínico, Master em


Hipnose clínica e PNL, Coaching de Alta Performance, Analista
Comportamental. Especialista em gestão, supervisão e orientação educacional

“Nem tudo é Espiritual.” Mas


pode ser Comportamental!

KARINE BRASIL

KARINE BRASIL: Administradora, Graduanda em Psicologia, Hipnoterapia e


PNL Clínica, formação em Terapia cognitiva comportamental. Especialista em
gestão, supervisão e orientação educacional.

O Instituto HUMANUS é uma empresa que se dedica à formação pessoal e


profissional. Divide-se em três partes:

 Graduações e pós-graduações – cursos profissionalizantes


 Escola de Terapeutas: ministra formação em psicanálise clínica e cursos
para terapeutas
 Prisma - Instituto psicoterapêutico - Clinica de Atendimento
psicanalítico, psicológico e terapias diversas.

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ALGUNS DE NOSSOS CURSOS:

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FREUDIANA I

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LUCIANA ALMEIDA
PSICANALISTA CLÍNICO

 Doutora Honoris Causa em Psicopedagogia e Educação;


 Especialização em Psicopedagogia Institucional e Clínica com ênfase
na Leitura do Desenho Infantil;

 Professora -Pedagoga há 27 anos na Secretaria do Estado de Educação


do Distrito Federal – SEEDF, Pedagoga da EEAA (Equipe Especializada
de Apoio à aprendizagem) que tem como foco o diagnóstico, atendimento
e acompanhamento direto, junto ao professor e família do aluno com
necessidades Especiais e 15 anos como professora regência em Anos
Iniciais e Educação Especial;
 Graduada em Pedagogia e História
 Cursando Teologia
 Ministrante do curso Interpretação do Desenho infantil;
 Terapeuta Floral de Bach;
 Hipnoterapeuta;
 Programadora Neurolinguística;
 Especialidades em interpretação de sonhos, caixa de areia, dentre
outros...

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OBJETIVO: Conhecer a estrutura da obra de Freud e compreender os


conceitos e processos que compõem a metapsicologia de Freud,
particularmente os voltados para o que ficou conhecido como a
primeira tópica e que darão fundamento às descobertas que se
seguem.

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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................................................................7
BIOGRAFIA.....................................................................................................................................15
BREUER E O CASO ANA O........................................................................................................19
6
DA HIPNOSE À ASSOCIAÇÃO LIVRE......................................................................................19
A ESTRUTURA E O FUNCIONAMENTO DO PSIQUISMO....................................................21
FUNCIONAMENTO DO APARELHO PSÍQUICO.....................................................................26
PONTO DE VISTA DINÂMICO, TOPOGRÁFICO E ECONÔMICO........................................26
1ª TÓPICA DE FREUD..................................................................................................................28
PRINCIPAIS MECANISMOS DE DEFESA.................................................................................36
OS TRÊS PRINCIPAIS DESTINOS DAS PULSÕES SEXUAIS:............................................40
RECALCAMENTO,SUBLIMAÇÃO E FANTASIA.....................................................................40
CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................................44
RESUMO BIOGRÁFICO...............................................................................................................45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................56

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INTRODUÇÃO

Paulo Endo e Edson Sousa em seu ensaio bibliográfico a respeito


do escrito de Freud denominado “O Futuro da Ilusão”, realiza uma
breve apresentação do trabalho freudiano com muita clareza. Para
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eles, Freud não é apenas o fundador: o pai da psicanálise, mas o
criador de uma forma muito particular e inédita de produzir ciência e
conhecimento.
Freud foi quem reinventou o que se sabia sobre a alma (a
psique), simultaneamente, desenvolveu uma teoria da mente e da
conduta humana, e uma técnica terapêutica para ajudar pessoas
afetadas psiquicamente, instaurando uma ruptura com toda a tradição
do pensamento ocidental.
A partir da obra freudiana, o pensamento racional, consciente e
cartesiano perde seu lugar exclusivo e magnífico. A sua influência é
não só inconteste, como não cessa de ampliar seu alcance. Seus
estudos sobre a vida inconsciente, realizados ao longo de toda a sua
vasta obra, são hoje referência obrigatória para a ciência, dialogando e
influenciando as mais variadas áreas do saber, como a filosofia, as
artes, a literatura, a teoria política e as neurociências.
Em 1860, Jacob Freud, pai de Freud, comerciante de lãs, mudou-
se com a família para Viena, cidade onde Sigmund Freud residiria até
quase o fim da vida, quando teria de se exilar em Londres, fugindo da
perseguição nazista. De família pobre, formou-se em medicina em
1882.
Devido a problemas financeiros, decidiu ingressar imediatamente
na clínica médica em vez de se dedicar à pesquisa, uma de suas
grandes paixões. À medida que se estabelecia como médico,

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impulsionava também seu romance com sua futura esposa Martha


Berrnays.
Freud e Martha Bernays casaram-se em 1886 e tiveram seis
filhos: Mathilde, Martin, Oliver, Ernst, Sophie e Anna.
Embora tenha herdado valores do judaísmo de sua formação 6

familiar, Freud apresentava suas contradições a respeito das tradições


e dos costumes religiosos; ao mesmo tempo, nunca deixou de se
considerar um homem judeu. Em algumas ocasiões, atribuiu à sua
origem judaica o fato de resistir aos inúmeros ataques que a
psicanálise sofreu desde o início. Freud aproximava a hostilidade
sofrida pelo povo judeu ao longo da história às críticas virulentas e
repetidas que a clínica e a teoria psicanalíticas receberam
Nesse contexto surgiu a psicanálise afirmando que o inconsciente
e a sexualidade eram campos inexplorados da alma humana, onde
repousava todo um potencial para uma ciência ainda adormecida.
Freud assumia, assim, seu propósito de ir contra os princípios da
época.
Médico neurologista de formação, foi contra a própria medicina
que Freud produziu sua primeira ruptura epistêmica. Isto é: logo
percebeu que as pacientes histéricas, afligidas por sintomas físicos
sem causa aparente, eram, não raro, tratadas com indiferença médica
e negligência no ambiente hospitalar. A histeria pedia, portanto, uma
nova inteligibilidade, uma nova ciência.
A característica, muitas vezes espetacular, da sintomatologia das
pacientes histéricas (mulheres, porque se achava que era um
fenômeno inclusivamente feminino) de um lado e, de outro, a
impotência do saber médico diante desse fenômeno impressionaram o
jovem neurologista.
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As pacientes histéricas apresentavam paralisia de membros,


mutismo, dores, angústia, convulsões, contraturas, cegueira etc.
desafiavam a racionalidade médica, que não encontrava qualquer
explicação plausível para tais sintomas e sofrimentos. Freud então se
debruçou sobre essas pacientes; porém, desde o princípio buscava as 6

raízes psíquicas do sofrimento histérico e não a explicação


neurofisiológica de tal sintomatologia.
Procurava dar voz a tais pacientes e ouvir o que tinham a dizer,
fazendo uso, o que futuramente seriam uma de suas técnicas curativas
primordiais: a cura pela fala, no início utilizou também da hipnose
como técnica de cura.
Em 1895, é publicado o artigo inaugural da psicanálise: Estudos
sobre a histeria. O texto foi escrito com o médico Josef Breuer (1842-
1925), o primeiro parceiro de pesquisa de Freud. Médico vienense
respeitado e erudito, Breuer reconhecera em Freud um jovem brilhante
e o ajudou durante anos, entre 1882 e 1885, inclusive financeiramente.
Estudos sobre a histeria é o único material que escreveram juntos
e já evidencia o distanciamento intelectual entre ambos. Enquanto
Breuer permanecia convicto de que a neurofisiologia daria sustentação
ao que ele e Freud já haviam observado na clínica da histeria, Freud,
de outro modo, já estava claramente interessado na raiz sexual das
psiconeuroses – caminho que perseguiu a partir do método clínico ao
reconhecer em todo sintoma psíquico uma espécie de hieróglifo.
Freud escreveu certa vez: “O paciente tem sempre razão. A
doença não deve ser para ele um objeto de desprezo, mas ao
contrário, um adversário respeitável, uma parte do seu ser que
tem boas razões de existir e que lhe deve permitir obter
ensinamentos preciosos para o futuro.”
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Em 1899, Freud estava totalmente envolvido com os


fundamentos da clínica e da teoria psicanalíticas. Não era suficiente
postular a existência do inconsciente, já que muitos outros antes dele já
haviam se referido a esse aspecto desconhecido e pouco frequentado
do psiquismo humano. Tratava-se de explicar seu dinamismo e 6

estabelecer as bases de uma clínica que tivesse o inconsciente como


núcleo e buscar caminho de ter acesso ao o inconsciente.
Em 1899 conclui e em 1900, publicou o que para muito é, o texto
mais importante da história da psicanálise: A interpretação dos sonhos.
Vale ressaltar que essa edição, trazia a data de 1900, a intenção de
Freud ao alterar a data de publicação era a de que esse trabalho
figurasse como um dos mais importantes do século XX. De fato, A
interpretação dos sonhos é hoje um dos mais relevantes textos escritos
no referido século.
Nesse texto, Freud propõe uma teoria inovadora do aparelho
psíquico, bem como os fundamentos da clínica psicanalítica, única
capaz de revelar as formações, tramas e expressões do inconsciente,
além da sintomatologia e do sofrimento que correspondem a essas
dinâmicas. A interpretação dos sonhos revela, portanto, uma
investigação extensa e absolutamente inédita sobre o inconsciente.
Tudo isso a partir da análise e do estudo dos sonhos, a manifestação
psíquica inconsciente por excelência. Porém, seria preciso aguardar
um trabalho posterior para que fosse abordado o papel central da
sexualidade na formação dos sintomas neuróticos.
Nesse contexto Freud publica, em 1905, dos Três ensaios sobre
a teoria da sexualidade. A apresentação plena das suas hipóteses
fundamentais sobre o papel da sexualidade na gênese da neurose (já
noticiadas nos Estudos sobre a histeria) pôde, enfim, vir à luz, com
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todo o vigor do pensamento freudiano e livre das amarras de sua


herança médica e da aliança com Breuer.
A verdadeira descoberta de um método de trabalho capaz de
expor o inconsciente, reconhecendo suas determinações e interferindo
em seus efeitos, deu-se com o surgimento da clínica psicanalítica. A 6

psicanálise se debruçava na auto investigação, buscando esclarecer as


questões sobre o psiquismo profundo, tendo sido o próprio psiquismo o
que ocultou do sujeito suas dores e sofrimentos. Por isso a clínica
psicanalítica propõe-se como uma fala
do sujeito endereçada à escuta de um outro: o psicanalista.
A partir de 1905, a clínica psicanalítica se consolidou rapidamente
e se tornou conhecida em diversos países, despertando o interesse e a
necessidade de traduzir os textos de Freud para outras línguas. Em
1910, a psicanálise já ultrapassara as fronteiras da Europa e começava
a chegar a países distantes como Estados Unidos, Argentina e Brasil.
Discípulos de outras partes do mundo se aproximavam da obra
freudiana e do movimento psicanalítico. Desde muito cedo, Freud e
alguns de seus seguidores reconheceram que a teoria psicanalítica
tinha um alcance capaz de iluminar dilemas de outras áreas do
conhecimento além daqueles observados na clínica.
Um dos primeiros textos fundamentais nesta direção foi Totem e
tabu: alguns aspectos comuns entre a vida mental do homem
primitivo e a dos neuróticos, de 1913. Freud afirmou que Totem e
tabu era, ao lado de A interpretação dos sonhos, um dos textos mais
importantes de sua obra e o considerou uma contribuição para o que
ele chamou de psicologia dos povos. De fato, nos grandes textos
sociais e políticos de Freud há indicações explícitas a Totem e tabu
como sendo ponto de partida e fundamento de suas teses. É o
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caso de Psicologia das massas e análise do eu (1921), O futuro de


uma ilusão (1927), O mal-estar na cultura (1930) e Moisés e o
monoteísmo (1939).
O período em que Freud escreveu Totem e tabu foi
especialmente conturbado, sobretudo porque estava sendo gestada a 6

Primeira Guerra Mundial, que eclodiria em 1914 e duraria até 1918.


Esse episódio histórico foi devastador para Freud e o movimento
psicanalítico, esvaziando as fileiras dos pacientes que procuravam a
psicanálise e as dos próprios psicanalistas. Importantes discípulos
freudianos como Karl Abraham e Sándor Ferenczi foram convocados
para o front, e a atividade clínica de Freud foi praticamente paralisada,
o que gerou dissabores extremos à sua família, devido à falta de
recursos financeiros.
Foi nesse período que Freud escreveu alguns dos textos mais
importantes do que se costuma chamar a primeira fase da psicanálise
(1895-1914). Esses trabalhos foram por ele intitulados de “textos sobre
a metapsicologia”, ou textos sobre a teoria psicanalítica.
Tais artigos, inicialmente previstos para perfazerem um conjunto
de doze, eram parte de um projeto que deveria sintetizar as principais
posições teóricas da ciência psicanalítica até então. Em apenas seis
semanas Freud escreveu os cinco artigos que hoje conhecemos como
uma espécie de apanhado denso, inovador e consistente de
metapsicologia.
São eles: “Pulsões e destinos da pulsão”, “O inconsciente”,
“O recalque”, “Luto e melancolia” e “Complemento
metapsicológico à doutrina dos sonhos”. O artigo “Para introduzir o
narcisismo”, escrito em 1914, junta-se também a esse grupo de textos.
Dos doze artigos previstos, cinco não foram publicados, apesar de
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Freud tê-los concluído: ao que tudo indica, ele os destruiu. (Em 1983, a
psicanalista e pesquisadora Ilse Grubrich-Smitis encontrou um
manuscrito de Freud, com um bilhete anexado ao discípulo e amigo
Sándor Ferenczi, em que identificava “Visão geral das neuroses de
transferência” como o 12º ensaio da série sobre metapsicologia. O 6

artigo foi publicado em 1985 e é o sétimo e último texto de Freud sobre


metapsicologia que chegou até nós.)
Após o final da Primeira Guerra e alguns anos depois de ter se
esmerado em reapresentar a psicanálise em seus fundamentos, Freud
publica, em 1920, um artigo avassalador intitulado Além do princípio
do prazer. Texto revolucionário, admirável e ao mesmo tempo mal
aceito e mal digerido até hoje por muitos psicanalistas, desconfortáveis
com a proposição de uma pulsão (ou impulso, conforme se preferiu na
presente tradução) de morte autônoma e independente das pulsões de
vida. Nesse artigo, Freud refaz os alicerces da teoria psicanalítica ao
propor novos fundamentos para a teoria das pulsões.
A primeira teoria das pulsões apresentava duas energias
psíquicas como sendo a base da dinâmica do psiquismo: as pulsões do
eu e as pulsões de objeto. As pulsões do eu ocupam-se em dar ao eu
proteção, guarida e satisfação das necessidades elementares (fome,
sede, sobrevivência, proteção contra intempéries etc.), e as pulsões de
objeto buscam a associação erótica e sexual com outrem.
Já em Além do princípio do prazer, Freud avança no estudo dos
movimentos psíquicos das pulsões. Mobilizado pelo tratamento dos
neuróticos de guerra que povoavam as cidades europeias e por alguns
de seus discípulos que, convocados, atenderam psicanaliticamente nas
frentes de batalha, Freud reencontrou o estímulo para repensar a

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própria natureza da repetição do sintoma neurótico em sua articulação


com o trauma.
Surge o conceito de pulsão de morte: uma energia que ataca o
psiquismo e pode paralisar o trabalho do eu, mobilizando-o em direção
ao desejo de não mais desejar, que resultaria na morte psíquica. É 6

provavelmente a primeira vez em que se postula no psiquismo uma


tendência e uma força capazes de provocar a paralisia, a dor e a
destruição.
Uma das principais consequências dessa reviravolta é a segunda
teoria pulsional, que pode ser reencontrada na nova teoria do aparelho
psíquico, conhecida como segunda tópica, ou segunda teoria do
aparelho psíquico (ego, id e superego, ou eu, isso e supereu),
apresentada no texto O eu e o id, publicado em 1923.
Freud propõe uma instância psíquica denominada supereu. Essa
instância, ao mesmo tempo em que possibilita uma aliança psíquica
com a cultura, a civilização, os pactos sociais, as leis e as regras, é
também responsável pela culpa, pelas frustrações e pelas exigências
que o sujeito impõe a si mesmo, muitas delas inalcançáveis. Daí o mal-
estar que acompanha todo sujeito, e que não pode ser inteiramente
superado.
Em 1938, foi redigido o texto Esboço de psicanálise, que seria
publicado postumamente em 1940. Freud pretendia escrever uma
grande síntese de sua doutrina, mas faleceu em setembro de 1939,
antes de terminá-la. O Esboço permanece, então, conforme o próprio
nome sugere, como uma espécie de inacabado testamento teórico
freudiano, indicando a incompletude da própria teoria psicanalítica que,
desde então, segue se modificando, se refazendo e se aprofundando.

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O último grande texto de Freud, publicado em 1939, já nos


últimos estágio da sua doença que o levaria a morte, é “Moisés e o
monoteísmo”, trabalho potente e fundador que reexamina teses
historiográficas basilares da cultura judaica e da religião monoteísta a
partir do arsenal psicanalítico, desvelando não só a herança judaica 6

muito particular de Freud, por ele afirmada e ao mesmo tempo


combatida, mas também o alcance da psicanálise no debate sobre os
fundamentos da historiografia do judaísmo, determinante da
constituição identitária de pessoas, povos e nações.

BIOGRAFIA

Freud, nasceu em Freiberg in Mähren,(atual Příbor), na região da


Morávia, hoje parte da República Tcheca, mas naquela época fazia
parte do Império Austríaco, no dia 6 de maio de 1856. Foi anotado no
Registro Civil como Segismundo Schlomo Freud, porém, mudou o
primeiro nome em 1878, passando a se chamar como conhecemos
atualmente com Sigmund Freud.
Sigmund Freud, Filho de Jacob Freud e
de sua terceira esposa, Amália Freud, teve nove
irmãos, dois do primeiro casamento do pai e
sete do casamento entre seu pai e sua mãe.
Sigmund era o filho mais velho de oito irmãos e
era sabidamente adorado pela mãe.
O pequeno Freud, “Meu Sig de ouro”
como era chamado por sua mãe, tinha
privilégios que, segundo alguns biógrafos, era de fazer inveja, pois

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tinha em seu núcleo familiar bastante incentivo e apoio no que se


refere aos estudos, chegando a fazer os pais tirarem de dentro de casa
o piano de sua irmã, pois segundo ele, fazia barulho atrapalhando nos
seus estudos e toda a família era orientada a ficar em silêncio durante
seus estudos para não atrapalhá-lo. Sendo reconhecido também nas 6

escolas por onde passava, em uma delas onde foi aluno por oito anos
durante 6 seguidos anos, foi o destaque.
Aos 12 anos Freud falava seis línguas diferentes e era capaz de
ler Shakespeare em seu idioma original. É importante ressaltar que
tratava-se de uma família judaica, embora o pai não seguisse nenhuma
religião durante um período que o antissemitismo estava em ascensão.
Certa vez seu pai Jacob foi ofendido enquanto andava na rua e
Sigmund Freud o questionou porque não respondeu com a mesma
veemência.
Em 1873 Freud ingressa na Universidade de Viena realizando
extensa pesquisa sobre o sistema reprodutor de enguias. Em 1876
passou quatro semanas em uma estação zoológica dissecando órgãos
sexuais desses espécimes, pois sua intenção era tornar-se
pesquisador nessa área, porém somente uma pequena cota de judeus
tinha acesso o que o motivou a ser médico na intenção de ganhar
dinheiro especializando-se em fisiologia e não satisfeito buscou
também a neurologia.
Aos 25 anos se apaixonou por Martha
Bernays logo ficando noivo durante quatro
anos, onde se encontraram por apenas seis
vezes e o restante era apenas por
correspondência, que segundo biógrafos

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chegou a aproximadamente 900 correspondências. Casaram-se e


tiveram 6 filhos.
Logo abriu seu próprio consultório tendo como grande objetivo
um tratamento com abordagem diferenciada no tratamento de
transtornos mentais. Sua primeira ferramenta nesse campo foi a 6

hipnose, aprendida com os mestres Bernheim e Charcot, no qual foi de


importância ímpar na descobertas de várias origens de doenças da
psique sem explicação fisiológica, assim como ponderou a existência
de uma segunda mente. Que mais tarde seria conhecida como
inconsciente.
Aos poucos Freud passou a não se contentar com os resultados
advindos da hipnose, pois descobriu que as catarses em estado normal
de consciência apresentavam resultados melhores e ao mesmo tempo
com os estudos em torno da cocaína também resolveu abandonar suas
ideias de uso, pois estava causando vícios em seus pacientes.
Freud criou então seu próprio método com a ajuda de Josef
Breuer médico de uma das pacientes mais comentadas na história da
psicanálise, Anna O. (Bertha Pappenheim).
Breuer fez a paciente recordar de sua infância e episódios
traumáticos e na medida em que se lembrava dos fatos o alívio era
imediato, assim nasce a livre associação. Junto com a associação livre
se junta às ferramentas a atenção especial dada aos sonhos e a visão
de todos os dilemas humanos como frutos de desejos sexuais
reprimidos.
Assim, após tocar em temas tão polêmicos para a época e por
ser judeu, somente contribuiu para que sua obra não tivesse êxito
imediato, vendendo em seis anos apenas trezentos exemplares. Suas

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afirmações sempre foram consideradas polêmicas por tratar


geralmente de sexo, um tabu para a sociedade em voga.
Desta forma ele só ganhava nome, embora ganhara fama de
pervertido sendo inclusive acusado de produzir material pornográfico.
Porém, o convite para conferências na Clark University, nos Estados 6

Unidos, mostrava também o quanto cresciam suas ideias no meio


intelectual e na década de 20 já era famoso em todo o mundo, outro
aspecto quase não explorado, mas que expõe a força que seu
pensamento tomava mundo a fora, foi o convite para ser consultor de
roteiros cinematográficos em Hollywood, proposta não aceita.
A anexação da Áustria pelo nazismo é uma gota d'água no
horizonte de problemas que iria assolar a família Freud, tendo seu livro
“O mal estar nas civilizações” que abordava o conflito psíquico entre
cultura e barbarismo, como um dos livros a alimentar as fogueiras do
nazismo. Sua filha Anna Freud foi detida por um dia no qual se
ofereceu a ir no lugar do pai, tendo fiança paga para soltura pela
esposa do príncipe Jorge da Grécia. Porém, Freud teve quatro irmãs
que acabaram morrendo nos campos de concentração.
Os últimos dias em Londres foram melancólicos, Freud havia
perdido parte da mandíbula por causa de um tumor. O câncer o obrigou
a usar prótese e mas seu vício em charutos nunca foi largado.
Ao fim foram 33 cirurgias nos últimos 16 anos sendo as duas
últimas no inverno de 1938, as quais prenunciavam que o fim estava
próximo. Mesmo assim, continuava a receber visitas e uma das últimas
foi o pintor Salvador Dali, que durante o encontro fez um desenho em
homenagem ao pai da psicanálise. Por fim, morre em 23 de setembro
de 1939. Suspeita-se que Anna tenha solicitado ao médico uma dose

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letal de morfina, atendendo ao pedido do próprio pai que desejava


partir sem dor.

BREUER E O CASO ANA O.


6

Freud inicia o tratamento de Bertha Pappenheim, mais conhecido


como o caso Ana O. Torna-se importante ressaltar que a tradição
médica da época, colocava o médico apenas o papel de fazer
perguntas referentes ao problema e quando havia exame físico ainda
assim permanecia em silêncio, ou seja, havia um grande
distanciamento entre médico e paciente.
No caso de Ana O, foi tudo diferente. Depois de sugestioná-la a
relembrar experiências traumatizantes ocorridas na infância, fez com
que falasse pormenorizadamente e percebeu que conseguiu aliviar os
sintomas da depressão e hipocondria. Deu a esse método o nome de
"cura pelas palavras" ou "método catártico", porém percebeu que havia
mais que uma simples relação médico/paciente, a isso Freud deu o
nome de transferência e contratransferência. Esse é um momento
marcante para Freud pois ele passa a ser mais psicólogo e menos
neurologista. Assim em 1885, Freud ganha uma bolsa para estudar
com Jean Martin Charcot, um respeitável psiquiatra do hospital de
Salpêtriére que estudava a histeria, passando seis meses com ele,
Freud aprendeu a hipnose que aliada ao tratamento da histeria fez com
que percebesse que se tratava de um problema emocional e por isso
deveria ser tratado por um ponto de vista psicológico. Em 1890 Freud
vai para Nancy aperfeiçoar os métodos de indução em hipnose com

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Hyppolyte Bernheim e Ambroise Liébeaurt, participou inclusive de um


congresso de hipnose em Paris.

DA HIPNOSE À ASSOCIAÇÃO LIVRE

6
Alguns anos depois, Freud percebe que o método usado por meio
da hipnose, além de limitada também tinha resultados pouco duráveis.
Bem como, acreditava que a histeria era consequência de abusos
sexuais na infância e Breuer não aceitava essa teoria e assim eles se
separaram. No mesmo ano Freud decifra um sonho que tem tamanha
importância e o nome é “O sonho da injeção feita na irmã”.
A partir de então Freud deixa a hipnose e passa a usar somente a
associação livre, uma técnica original que viria dar maior visibilidade às
técnicas da psicanálise.
Esse novo método lhe permitiria acessar regiões obscuras do
inconsciente, trazendo a tona conteúdos que originaram os problemas
de seus pacientes. Com essa ferramenta ele pode formular sua
descoberta a respeito dos processos psíquicos inacessíveis à
consciência.
Na associação livre o paciente é orientado a dizer o que lhe vier à
cabeça, deixando de dar qualquer orientação consciente a seus
pensamentos. É essencial que o paciente se obrigue a informar
absolutamente tudo que ocorrer à sua autopercepção, não dando
margem a objeções críticas que procurem pôr certas associações de
lado, com base no fundamento de que sejam irrelevantes ou
inteiramente destituídas de sentido.
“A associação livre é uma maneira de fazer surgir
o desejo nas representações. Essa operação é uma
tarefa do analisante. A associação livre foi o dispositivo

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descoberto por Freud que consiste no desenrolar das


cadeias significantes do sujeito, sustentado pelo amor de
saber dirigido ao analista: a transferência. Desenrolar
este que permite desatar os nós do recalque do sintoma,
cabendo, por sua vez, ao analista a direção da análise
apontada para a construção da fantasia fundamental no
intuito de fazer o sujeito atravessá-la, ou seja, ir para 6

além desta. Se a fantasia é uma resposta do sujeito ao


enigma do sexo que representa o desejo do Outro,
atravessá-la é experimentar o estado de desolação
absoluta ou de desamparo - Hilflosigkeit, ou seja, a mais
completa solidão e a inexistência do Outro – S(A/).”
(Jorge A. Pimenta Filho Carta Acf apud Moura,2019)

No mesmo ano de afastamento de Breuer, Freud utilizou pela


primeira vez o termo Psicanálise.

A ESTRUTURA E O FUNCIONAMENTO DO PSIQUISMO

Freud foi um estudioso infatigável, durante toda sua vida


produziu uma imensa obra e uma incrível doutrina marcada pelo desejo
de identificar a origem do sofrimento do outro. A obra Freudiana é
repleta da necessidade de compreender o essencial do funcionamento
mental. Para entender melhor, apresento agora alguns termos e
conceitos criados por Freud que darão suporte à sua teoria e à
psicanálise, trazendo assim a estrutura e o funcionamento do
psiquismo humano, segundo o pensamento freudiano.
Para melhor entendimento buscaremos na neurofisiologia do
século XIX, o arco reflexo que explica a circulação do influxo nervoso.

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“ O esquema neurológico do arco reflexo é muito


simples...Ele comporta duas extremidades: a da
esquerda , extremidade sensível , em que o sujeito
percebe a excitação , isto é a injeção de uma
quantidade x de energia – quando ele recebe , por
exemplo uma leve martelada médica no joelho. A da
direita, extremidade motora, em que o sujeito libera a
energia recebida numa reposta imediata do corpo em
nosso exemplo, a perna reage prontamente com um
movimento reflexo de extensão. Entre as duas
extremidades, instala-se assim uma tensão que
aparece com a excitação e desaparece com a
descarga motora.” ( Násio,1999,p.16)

Trajetória do arco

Excitação
Resposta
motora: descarga

Pólo Sensível Pólo Motor

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Nesta perspectiva, pode-se aplicar esse mesmo esquema do


reflexo com o funcionamento do psiquismo, que tenta obedecer a esse
princípio, o dá descarga total das tensões, só que no caso da vida
psíquica, essa tensão é constante e nunca se acaba, assim não
conseguirá êxito. 6

Segundo Nasio (1999) “Esse princípio da redução da tensão, que


devemos antes considerar como uma tendência, e nunca como uma
realização efetiva, leva, em psicanálise o nome de PRINCÍPIO DE
DESPRAZER E PRAZER.”
Na extremidade esquerda polo sensitivo, temos duas
características próprias do psiquismo.
1ª característica:
 Excitação sempre interna ( endógena)
“ A excitação é sempre de origem interna, e nunca
externa. Quer se trate de uma excitação proveniente
de uma fonte externa, como, por exemplo, o choque
provocado pela visão de um violento acidente de
automóvel, quer se trate de uma excitação
proveniente de uma fonte orgânica, como a fome, a
excitação continua sempre interna ao psiquismo já
que tanto o choque exterior quanto a necessidade
interior criam uma marca psíquica, à maneira de um
selo impresso na cera. De fato, a fonte da excitação
endógena situada no pólo sensitivo do aparelho
psíquico é uma marca, uma ideia, uma imgaem, ou
para empregar o termo apropriado , um
representante ideativo carregado de energia,
também chamado representante das pulsões.”
Grifo nosso(Násio, 1999,p.19)

2ª característica :
 A excitação é constante .
“...esse representante, depois de carregado uma
primeira vez, tem particularidade de continuar
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permanentemente excitado e de funcionar como uma


chaleira que fervesse eternamente, de tal maneira
que o aparelho psíquico permanece constantemente
excitado. Da mesma forma, é impossível suprimir
completamente uma tensão que se realimenta sem
cessar... essa tensão penosa que o aparelho
psíquico tenta em vão escoar, sem nunca chegar 6

verdadeiramente a fazê-lo, que Freud denomina


desprazer...e inversamente, um estado hipotético de
prazer absoluto, que seria obtido se o aparelho
conseguisse escoar imediatamente toda a energia e
eliminar a tensão” (Nasio, 1999, p.19-20)

SENTIDO DA PALAVRAS: PRAZER E


DESPRAZER

PRAZER Supressão da tensão

DESPRAZER Manutenção ou aumento da tensão

Portanto no psiquismo, a tensão nunca desaparece por


completo, diferente do sistema nervoso que reage imediatamente
com uma resposta motora, o aparelho psíquico reponde de
maneira metafórica e a resposta é parcial.
E ainda existe uma razão mais importante não citada
anteriormente, que explica por que o psiquismo está sempre sob
tensão, que Freud denominou de RECALCAMENTO.
Assim o Recalcamento seria como uma barreira que separa
as duas partes do esquema - a excitação e a descarga.
Como já dito anteriormente o aparelho psíquico é
constituído por marcas, ideias, imagem que são representantes
ideativos carregados de energias. Entretanto essa energia não
circula igualmente através de todos os representantes, alguns

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procuram o caminho mais curto e outros o mais rápido para tentar


descarregar. Algumas vezes organizam-se para a energia confluir
para um único representante o que Freud chama de
condensação e outras em fila um atrás do outro para deixar a
energia fluir com maior facilidade, denominado por ele de 6

DESLOCAMENTO. Esse esquema é mais bem visualizado no


quadro abaixo.

Afinal COMO FUNCIONA O PSIQUISMO?


A lógica do funcionamento psíquico, pode ser considerada como
circulação de energia, em quatro tempos:
1º Excitação constante em busca de uma descarga completa,
nunca atingida, as vezes parcial.
2º O recalcamento como barreira a este movimento
3ª A parcela de energia que resta reativa a fonte de excitação

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4º A parcela de energia que transpõe o recalque exterioriza-se


sob a forma do prazer parcial inerente ás formações do
inconsciente.
Quer dizer apenas o que suportamos.
6

A lógica do pensamento Freudiano sempre retorna a essa lógica


essencial dos quatro tempos:
1. O que empurra;
2. O que detém;
3. O que resta ;
4. E o que passa.

FUNCIONAMENTO DO APARELHO PSÍQUICO

PONTO DE VISTA DINÂMICO, TOPOGRÁFICO E ECONÔMICO

Freud elaborou um modelo de funcionamento mental, utilizando o


termo metapsicologia mental para designar os aspetos teóricos da
Psicanálise. A metapsicologia freudiana traz os princípios, os modelos
teóricos e os conceitos fundamentais da clínica psicanalítica.
Freud construiu sua teoria do funcionamento psíquico,
considerando de abordagem de acordo com o qual todo processo
mental é considerado em relação três coordenadas, as quais
descreveu como dinâmica, topográfica e econômica, respectivamente.

PONTO DE VISTA DINÂMICO


O ponto de vista dinâmico explica os fenômenos mentais como
sendo o resultado da interação e de contra-ação de forças mais ou
menos antagônicas. A explicação dinâmica examina não só os

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fenômenos, mais também as forças que produzem os fenômenos.


As pulsões são um tipo especial de fenômeno mental que força no
sentido de descarga, experimentada como uma “energia urgente”.
Zimerman (1999) define pulsão como necessidades biológicas, com
representações psicológicas que urgem em ser descarregadas. 6

Segundo Freud (1915) as pulsões são o representante psíquico


dos estímulos somáticos. As pulsões tendem a baixar o nível de tensão
através da descarga de forma imediata, mas existem contra-forças que
se oporão a essa descarga (satisfação da pulsão). E a luta que se cria
constitui a base dos fenômenos mentais.
Em Psicopatologia da Vida Cotidiana Freud (1914) diz que os
lapsos de língua, erros, atos sintomáticos, sonhos são os melhores
exemplos de conflitos que se produzem entre a luta pela descarga das
forças que a isso se opõem. Em Conferências Introdutórias Freud
(1916) defende que o produto do lapso pode ele próprio ter o direito de
ser considerado como ato psíquico inteiramente válido, que persegue
um objetivo próprio. Para Freud os fenômenos lacunares – sonhos,
atos falhos, parapraxias, sintomas constituem um meio – êxito e um
meio – fracasso para cada uma das duas intenções.
Quando as tendências à descarga e as forças repressoras que
inibem essa descarga são igualmente fortes a energia consome-se em
luta interna e oculta; o que se manifesta clinicamente com sinais de
exaustão sem produção de trabalho perceptível. (Fenichel, 2005).

PONTO DE VISTA ECONÔMICO


O ponto de vista econômico considera a energia psíquica sob um
ângulo quantitativo. Esse ponto de vista econômico se esforça em
estudar como circula essa energia, como ela é investida e se
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reparte entre as diferentes instâncias, os diferentes objetos ou as


diferentes representações. (Boulanger, 2006)
A energia das forças pulsionais e das forças repressoras que
estão por trás dos fenômenos mentais é deslocável. Algumas pulsões
são mais fortes e mais difíceis de reprimir, mas podem sê-lo se as 6

contra-forças forem igualmente poderosas. Que quantidade de


excitação pode ser suportada sem descarga é problema econômico.
A pulsão é um elemento quantitativo da economia psíquica. As
pulsões são constituídas pelas representações e pelos afetos que lhes
estão ligados. o termo afeto designa o aspecto qualitativo de uma
carga emocional, mas também, o aspecto quantitativo do investimento
da representação dessa carga. Investimento é o nome dado à ação de
que uma certa quantidade de energia psíquica esteja ligada a uma
representação mental. Freud diz que investimento pode ser
aumentado, diminuído, deslocado, descarregado e que se estende
sobre as representações, um pouco como uma carga elétrica na
superfície dos corpos.
TEORIA TOPOGRÁFICA
A concepção tópica do aparelho psíquico ocorreu
progressivamente e desde os primeiros trabalhos de Freud sobre a
histeria.
Em sua publicação “Interpretação dos Sonhos”, no capítulo VII,
Freud formula o primeiro grande modelo do aparelho psíquico (a
primeira tópica). Nesse texto Freud teoriza um psiquismo composto por
três grandes sistemas: – INCONSCIENTE, PRÉ-CONSCIENTE e
CONSCIENTE

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1ª TÓPICA DE FREUD

Quando Freud descobre o Inconsciente e o tipo de análise


desenvolvido para entendê-lo, marca a distinção da psicanálise de
todas as outras abordagens psicológicas. Freud emprega o termo 6

inconsciente de várias maneiras. Pode-se descrevê-lo como todos os


conteúdos que não se encontram na consciência, onde se encontram
forças recalcadas que litam para passar par a consciência, mas são
barradas para um agente repressor.

No ensaio de 1914, O Inconsciente, este raciocínio culminou


numa visão metapsicológica, que ficou conhecida como a primeira
topografia. De acordo com essa visão, a mente é formada por três
sistemas.

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1- O INCONSCIENTE- engloba todos os conteúdos


recalcados pelo processo de recalque.
Esse sistema designa a parte mais arcaica do
aparelho psíquico, onde, por meio de uma herança
genética, existem pulsões (quando essas nunca
emergem nos sistemas consciente e pré-consciente, 6

elas são consideradas como “repressões


primárias”),acrescidas das respectivas energias e
com “protofantasias” (como Freud as denominava,
mas que também são conhecidas por “fantasias
primitivas, primárias ou originais”). Além disso, o
inconsciente também consiste num depósito de
repressões secundárias, as quais chegaram a
emergir sob forma disfarçada no consciente (como
nos sonhos ou sintomas) e voltam a ser reprimidas
para o Inconsciente. (Zimerman,2007,P.83)

2- O PRÉ-CONSCIENTE- abrande os conteúdos que, apesar


de não serem conscientes, podem passar para a
consciência com maior facilidade.
Esse sistema foi concebido como estando articulado
com o consciente e, tal como surge no Projeto...,
onde ele aparece esboçado com o nome de “barreira
de contato”, funciona como uma espécie de peneira
que seleciona aquilo que pode, ou não, passar para
o Consciente. Ademais, o pré-consciente também
funciona como um pequeno arquivo dos registros, de
modo que a ele cabe sediar a fundamental função de
conter as representações-palavra” (conforme Freud,
1915), que consiste num conjunto de inscrições
mnêmicas de palavras ouvidas e de como foram
significadas pela criança. Essa formação de
“representação-palavra” é diferente da
“representação-coisa”, porquanto esta última opera
no inconsciente e suas inscrições não podem ser
nomeadas ou, tampouco, lembradas
voluntariamente, enquanto a característica mais
marcante do sistema Pré-Consciente é a de que os
seus conteúdos, ao contrário do Inconsciente, podem
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ser recuperados por meio de um voluntário ato de


esforço. (Zimerman,2007,P.83)

3- O CONSCIENTE – reúne todos os conteúdos que são


conscientes.
O sistema consciente tem a função de receber 6

informações provenientes das excitações


provenientes do exterior e do interior, que ficam
registradas qualitativamente de acordo com o prazer
e/ ou, desprazer que elas causam, porém ele não
retém esses registros e representações como
depósito ou arquivo deles. Assim, a maior parte das
funções perceptivo-cognitivas-motoras do ego –
como as de percepção, pensamento, juízo crítico,
evocação, antecipação, atividade motora, etc.,
processam se no sistema consciente, embora esse
funcione intimamente conjugado com o sistema
Inconsciente, com o qual quase sempre está em
oposição. (Zimerman,2007,P.82)

‘I - A CONSCIENCIA E O QUE E INCONSCIENTE

Neste capítulo introdutório nada existe de novo a ser dito e não será possível
evitar repetir o que amiúde foi mencionado antes.
A divisão do psíquico em o que é consciente e o que é inconsciente constitui a
premissa fundamental da psicanálise, e somente ela torna possível a esta
compreender os processos patológicos da vida mental, que são tão comuns quanto
importantes, e encontrar lugar para eles na estrutura da ciência. Para dizê-lo mais
uma vez, de modo diferente: a psicanálise não pode situar a essência do psíquico na
consciência, mas é obrigada a encarar esta como uma qualidade do psíquico, que
pode achar-se presente em acréscimo a outras qualidades, ou estar ausente.
Se eu pudesse supor que toda pessoa interessada em psicologia leria este
livro, deveria estar também preparado para descobrir que, neste ponto, alguns de

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meus leitores se deteriam abruptamente e não iriam adiante, pois aqui temos a
primeira palavra de teste da psicanálise. Para muitas pessoas que foram educadas
na filosofia, a idéia de algo psíquico que não seja também consciente é tão
inconcebível que lhes parece absurda e refutável simplesmente pela lógica.
Acredito que isso se deve apenas a nunca terem estudado os fenômenos 6
pertinentes da hipnose e dos sonhos, os quais - inteiramente à parte das
manifestações patológicas - tornam necessária esta visão. A sua psicologia da
consciência é incapaz de solucionar os problemas dos sonhos e da hipnose.
‘Estar consciente’ é, em primeiro lugar, um termo puramente descritivo, que
repousa na percepção do caráter mais imediato e certo. A experiência demonstra
que um elemento psíquico (uma idéia, por exemplo) não é, via de regra, consciente
por um período de tempo prolongado.
Pelo contrário, um estado de consciência é, caracteristicamente, muito
transitório; uma idéia que é consciente agora não o é mais um momento depois,
embora assim possa tornar-se novamente, em certas condições que são facilmente
ocasionadas. No intervalo, a idéia foi… Não sabemos o quê.
Podemos dizer que esteve latente, e, por isso, queremos dizer que era capaz
de tornar-se consciente a qualquer momento. Ora, se dissermos que era
inconsciente, estaremos também dando uma descrição correta dela. Aqui
‘inconsciente’ coincide com ‘latente e capaz de tornar-se consciente’. Os filósofos
sem dúvida objetariam: - Não, o termo ‘inconsciente’ não é aplicável aqui; enquanto
a ideia esteve em estado de latência, ela não foi algo psíquico de modo algum. -
Contradizê-los neste ponto não conduziria a nada mais proveitoso que uma disputa
verbal.
Mas nós chegamos ao termo ou conceito de inconsciente ao longo de outro
caminho, pela consideração de certas experiências em que a dinâmica mental
desempenha um papel.
Descobrimos - isto é, fomos obrigados a presumir - que existem idéias ou
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processos mentais muito poderosos (e aqui um fator quantitativo ou econômico entra


em questão pela primeira vez) que podem produzir na vida mental todos os efeitos
que as idéias comuns produzem (inclusive certos efeitos que podem, por sua vez,
tornar-se conscientes como idéias), embora eles próprios não se tornem conscientes.
É desnecessário repetir em pormenor aqui o que foi explicado com tanta freqüência 6
antes. Basta dizer que, neste ponto, a teoria psicanalítica intervém e assevera que a
razão pela qual tais idéias não podem tornar-se conscientes é que uma certa força
se lhes opõe; que, de outra maneira, se tornariam conscientes, e que seria então
aparente quão pouco elas diferem de outros elementos que são admitidamente
psíquicos. O fato de se ter encontrado, na técnica da psicanálise, um meio pelo qual
a força opositora pode ser removida e as idéias em questão tornadas conscientes,
torna irrefutável essa teoria. O estado em que as idéias existiam antes de se
tornarem conscientes é chamado por nós de repressão, e asseveramos que a força
que instituiu a repressão e a mantém é percebida como resistência durante o
trabalho de análise.
Obtemos assim o nosso conceito de inconsciente a partir da teoria da
repressão. O reprimido é, para nós, o protótipo do inconsciente. Percebemos,
contudo, que temos dois tipos de inconsciente: um que é latente, mas capaz de
tornar-se consciente, e outro que é reprimido e não é, em si próprio e sem mais
trabalho, capaz de tornar-se consciente. Esta compreensão interna (insight) da
dinâmica psíquica não pode deixar de afetar a terminologia e a descrição. Ao latente,
que é inconsciente apenas descritivamente, não no sentido dinâmico, chamamos de
pré-consciente; restringimos o termo inconsciente ao reprimido dinamicamente
inconsciente, de maneira que temos agora três termos, consciente (Cs.), pré-
consciente (Pcs.) e inconsciente (Ics.), cujo sentido não é mais puramente descritivo.
O Pcs. acha-se provavelmente muito mais próximo do Cs. que o Ics., e desde que
chamamos o Ics. de psíquico, chamaremos, ainda com menos hesitação, o Pcs.
latente de psíquico. Mas por que, ao invés disto, não concordamos com os filósofos
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e, de maneira coerente, distinguimos o Pcs., assim como o Ics., do psíquico


consciente?
Os filósofos proporiam então que o Pcs. e o Ics. fossem descritos como duas
espécies ou estágios do ‘psicóide’ e a harmonia se estabeleceria. Porém,
dificuldades infindáveis de exposição se seguiriam, e o fato importante de que estes 6
dois tipos de ‘psicóide’ coincidem em quase todos os outros aspectos com o que é
admitidamente psíquico seria forçado para o segundo plano, nos interesses de um
preconceito que data de um período em que esses psicóides, ou a parte mais
importante deles, eram ainda desconhecidos.
Podemos agora trabalhar comodamente com nossos três termos, Cs., Pcs., e
Ics., enquanto não esquecermos que, no sentido descritivo, há dois tipos de
inconsciente, mas, no sentido dinâmico, apenas um. Para fins de exposição, esta
distinção pode ser ignorada em alguns casos; noutros, porém ela é, naturalmente,
indispensável. Ao mesmo tempo, acostumamo-nos mais ou menos com essa
ambigüidade do inconsciente e nos demos muito bem com ela. Até onde posso ver,
é impossível evitar esta ambigüidade; a distinção entre consciente e inconsciente é,
em última análise, uma questão de percepção, à qual deve ser respondido ‘sim’ ou
‘não’, e o próprio ato da percepção nada nos diz da razão por que uma coisa é ou
não percebida. Ninguém tem o direito de queixar-se porque o fenômeno concreto
expressa ambiguamente o fator dinâmico. No curso ulterior do trabalho psicanalítico,
entretanto, mesmo essas distinções mostraram ser inadequadas e, para fins práticos,
insuficientes. Isso tornou-se claro de várias maneiras, mas o exemplo decisivo é o
seguinte. Formamos a idéia de que em cada indivíduo existe uma organização
coerente de processos mentais e chamamos a isso o seu ego. É a esse ego que a
consciência se acha ligada: o ego controla as abordagens à motilidade - isto é, à
descarga de excitações para o mundo externo. Ele é a instância mental que
supervisiona todos os seus próprios processos constituintes e que vai dormir à noite,

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embora ainda exerça a censura sobre os sonhos.


Desse ego procedem também as repressões, por meio das quais procura-se
excluir certas tendências da mente, não simplesmente da consciência, mas também
de outras formas de capacidade e atividade. Na análise, essas tendências que foram
deixadas de fora colocam-se em oposição ao ego, e a análise defronta-se com a 6
tarefa de remover as resistências que o ego apresenta contra o preocupar-se com o
reprimido. Ora, descobrimos durante a análise que, quando apresentamos certas
tarefas ao paciente, ele entra em dificuldades; as suas associações falham quando
deveriam estar-se aproximando do reprimido. Dizemos-lhe então que está dominado
por uma resistência, mas ele se acha inteiramente inadvertido do fato e, mesmo que
adivinhe, por seus sentimentos desprazerosos, que uma resistência encontra-se
então em ação nele, não sabe o que é ou como descrevê-la. Entretanto, visto não
poder haver dúvida de que essa resistência emana do seu ego e a este pertence,
encontramo-nos numa situação imprevista. Deparamo-nos com algo no próprio ego
que é também inconsciente, que se comporta exatamente como o reprimido - isto é,
que produz efeitos poderosos sem ele próprio ser consciente e que exige um
trabalho especial antes de poder ser tornado consciente. Do ponto de vista da prática
analítica, a consequência desta descoberta é que iremos parar em infindáveis
obscuridades e dificuldades se nos ativermos a nossas formas habituais de
expressão e tentarmos, por exemplo, derivar as neuroses de um conflito entre o
consciente e o inconsciente. Teremos de substituir esta antítese por outra, extraída
de nossa compreensão interna (insight) das condições estruturais da mente - a
antítese entre o ego coerente e o reprimido que é expelido (split off) dele.
Para nossa concepção do inconsciente, contudo, as conseqüências de nossa
descoberta são ainda mais importantes. Considerações dinâmicas fizeram-nos
efetuar a primeira correção; nossa compreensão interna (insight) da estrutura da
mente conduz à segunda. Reconhecemos que o Ics. não coincide com o reprimido; é
ainda verdade que tudo o que é reprimido é Ics., mas nem tudo o que é Ics. é
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reprimido. Também uma parte do ego - e sabem os Céus que parte tão importante -
pode ser Ics., indubitavelmente é Ics. E esse Ics. que pertence ao ego não é latente
como o Pcs., pois, se fosse, não poderia ser ativado sem tornar-se Cs., e o processo
de torná-lo consciente não encontraria tão grandes dificuldades. Quando nos vemos
assim confrontados pela necessidade de postular um terceiro Ics., que não é6
reprimido, temos de admitir que a característica de ser inconsciente começa a perder
significação para nós. Torna-se uma qualidade que pode ter muitos significados, uma
qualidade da qual não podemos fazer, como esperaríamos, a base de conclusões
inevitáveis e de longo alcance. Não obstante, devemos cuidar para não ignorarmos
esta característica, pois a propriedade de ser consciente ou não constitui, em última
análise, o nosso único farol na treva da psicologia profunda.
Texto retirado na integra da obra de Freud – O Ego e o Id e outros
trabalhos ( 1923-1925) Vol XIX.

PRINCIPAIS MECANISMOS DE DEFESA

Para Freud esses mecanismos têm a finalidade de reduzir as


manifestações que coloquem em perigo a integridade do Ego, visam
proteger a autoestima eliminando o excesso de ansiedade e tensão.
Tentam mantê-los em posição não dolorosa. São processos pré-
conscientes ou mesmo inconscientes que garantem a mente
consciente e ao Ego encontrar solução para conflitos não resolvidos no
nível de consciência.
Vejamos alguns dos mais importantes:

Repressão

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Em Psicanálise, a repressão busca suprimir conscientemente


uma ideia ou um afeto de conteúdo desagradável. Quando um
sentimento negativo em relação a uma pessoa. Em um caso clássico
na literatura científica freudiana a paciente comemora secreta e
inconscientemente a morte da irmã, pois deseja o cunhado. A análise 6

perfaz o caminho do seu pensamento ao saber da morte de sua irmã:


ele agora está livre. Logo a paciente passa a sofrer paralisia das
pernas, pois ela não pode mais ser livre. A culpa a castigou e a impede
de caminhar até o cunhado. No caso se o conteúdo reprimido não é
eliminado do inconsciente onde transformará em doenças
psicossomáticas. Ex: fobias, artrite, asmas etc...

Resistência
Segundo Freud (1926), a repressão é um fato que dispendia
permanente energia pois sua ação defensiva do ego, essa ação
repressiva no tratamento analítico é conhecido como resistência , então
tudo que nos atos e palavras do analisando, durante o tratamento
psicanalítico, se opõe ao acesso deste ao inconsciente, segundo Freud
seria uma atitude de oposição as descobertas por meio da psicanálise.
“ Essa ação empreendida para
proteger a repressão é observável
no tratamento analítico como
resistência . A resistência
pressupõe a existência do que eu
denominei de anticatexia.
Uma anticatexia dessa espécie é
claramente observada na neurose
obsessiva. Ela aparece ali sob a
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forma de uma alteração do ego,


como uma formação reativa no
ego , e é efetuada pelo reforço da
atitude que é o oposto da
tendência instintual que tem de ser 6

reprimida....Essas formações
realtivas de neurose obsessiva são
essencialmente exageros dos
traços normais do caráter que se
desenvolvem durante o período de
latência” (Freud, 1926, p. 153)
Sublimação
Esse tipo de atividade não tem uma relação aparente com a
sexualidade, mas extrai e a desloca para um alvo não sexual,
investindo em objetos socialmente valorizados. Por exemplo: uma
mulher que não pode ter filhos sublima esse afeto para bichos de
estimação.
Recalque
Para Freud o recalque visa manter no inconsciente, sentimentos,
desejos e representações ligadas as pulsões e cuja realização,
produtora de prazer afetaria o equilíbrio do funcionamento psicológico
do indivíduo, transformando-se em fonte de desprazer. A paciente Dora
apresentava uma cultura de pureza em todos os aspectos inclusive no
aspecto sexual, mesmo não costumando ter pensamentos impuros
Dora imagina sexo oral com o amigo do pai. Como isso não ajustava a
sua forma de comportamento Dora recalca tal fantasia sexual. Então,
passa a sofrer de tosse nervosa toda vez que imagina o ato.
Trasnferência
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Quando se desloca sentimentos e sensações de pessoas do


passado para outra. O objetivo é burlar a censura como se fosse um
tipo de contrabando. Essas atitudes emocionais são inconscientes e
podem ser positivas, negativa, ambivalentes. Geralmente são
estabelecidas na infância no contato com os pais e familiares. Na 6

sessão de análise é muito comum transferir para os analistas


sentimentos do passado e ainda pode ocorrer a contratransferência por
parte do analista causada pelos conflitos trazidos pelo analisando.

Como já foi dito anteriormente, Freud em seus estudos, descobre


que temos esquema de funcionamento psíquico, a fonte de excitação,
uma energia inesgotável que luta incessantemente para ser
descarregada, mas está energia muitas vezes encontra uma barreira
que impede a sua passagem, e que essa força é denominada pulsão.
Freud ainda afirma que todos os nossos atos involuntários são de
sentido sexual, pois são substituições de um ideal não realizado.
“A palavra pulsão (empregada por Freud com o
termo original alemão trieb) alude a necessidades
biológicas, com representações psicológicas, que
urgem em ser descarregadas, sendo que é
necessário distingui-lo de instinto (tradução do termo
instinkt, que também aparece na obra de Freud,
embora poucas vezes), o qual designa mais
explicitamente fixos padrões hereditários de
comportamento animal, típicos de cada espécie. Na
literatura psicanalítica, eventualmente a noção de
“pulsão” pode aparecer com a terminologia de
“impulsos” ou de “impulsos instintivos”. Inicialmente,
Freud enunciou as pulsões do ego (também
denominadas como de “autopreservação”,cujo
protótipo é o da “fome”) e as sexuais (ou de
“preservação da espécie”), sendo que, após
sucessivas modificações, mais precisamente a partir

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do clássico trabalho Além do princípio do prazer, de


1920, ele estabeleceu de forma definitiva a dualidade
de Pulsões de Vida (ou Eros) e Pulsões de Morte (ou
Tanatos), que, em algum grau, coexistem fundidos
entre si.”.” Zimmerman, 2010, p77)

A fonte de onde brota essa energia é um representante pulsional 6

cujo o conteúdo representativo corresponde a uma região do corpo


sensível e excitável, chamada Zona erógena.
“ As pulsões sexuais são múltiplas, povoam o
território do inconsciente, e sua existência remonta a
um ponto longínquo de nossa história , desde o
estado embrionário , só vindo a cessar com a morte.
Suas manifestações mais marcantes aparecem
durantes os primeiros cinco anos de nossa infância”
(Nasio, 1999,p. 47)

De acordo com uma visão psicanalítica, a sexualidade humana


não fica restrita ao contato dos órgãos genitais de dois seres, mas
sexual seria toda conduta, que parte de uma região do corpo (Zona
erógena), apoiado a uma fantasia proporciona algum tipo de prazer.
O prazer que emana do ser, pode ser de orgânico, quando são
saciadas nossas necessidades de sobrevivência e sexual, quando o
outro desejado nasce de uma zona erógena, e busca no objeto
fantasiado a satisfação parcial o objeto de desejo.
Freud ao desenvolver a topologia do aparelho psíquico, observa
que durante o desenvolvimento da personalidade de todo o ser
humano, é regido por pulsões sexuais, que advém de zona erógenas,
buscando chegar a um objetivo ideal e que essas pulsões sexuais
apresentam destinos, pois parte dessa energia e descarregada
contentando-se com objetos fantasiados.

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OS TRÊS PRINCIPAIS DESTINOS DAS PULSÕES SEXUAIS:


RECALCAMENTO,SUBLIMAÇÃO E FANTASIA.

Nós havíamos dito que o prazer obtido pelas pulsões sexuais era
apenas um prazer limitado. Seja. Mas por que “limitado”? E também,
por que as pulsões sexuais se contentam com objetos fantasiados e 6

não com objetos concretos e reais? Vemos aí as pulsões sexuais


obterem apenas um prazer limitado, pois é o único prazer que puderam
desfrutar com autoridade depois de terem se desvencilhado das
defesas do eu. Que defesas?

Em primeiro lugar, o recalcamento.

Ora, o recalcamento é também, à sua maneira, uma força ou, melhor


ainda, uma pulsão do eu. Isso significaria que há dois grupos de
pulsões opostas: o grupo das pulsões que tendem à descarga —
pulsões sexuais — e o grupo das pulsões que se opõem a isso —
pulsões do eu —? Sim, é justamente a primeira teoria das pulsões
proposta por Freud no início de sua obra antes de introduzir o conceito
de narcisismo em 1914. Logo veremos qual é a segunda teoria —
complementar à primeira — formulada a partir dessa data, mas por ora
distingamos duas tendências pulsionais antagônicas: as pulsões
sexuais recalcadas e as pulsões do eu recalcantes. As primeiras
buscam o prazer sexual absoluto, ao passo que as segundas a isso se
opõem.

O resultado desse conflito consiste precisamente nesse prazer


derivado e parcial que chamamos prazer sexual.

Se vocês houverem se assenhoreado da lógica em quatro tempos do


funcionamento psíquico, facilmente admitirão que o destino das
pulsões sexuais é sempre o mesmo: elas estão condenadas a se
deparar sempre, no caminho de seu objetivo ideal, com a oposição das
pulsões do eu, isto é, com o obstáculo do recalcamento. Mas, além do
recalcamento, o eu opõe duas outras obstruções às pulsões sexuais: a
sublimação e a fantasia.

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A sublimação

O primeiro desses entraves consiste em desviar o trajeto da pulsão,


mudando seu objetivo; essa manobra é chamada sublimação e reside
na substituição do objetivo sexual ideal (incesto) por um outro objetivo,
não sexual, de valor social. As realizações culturais e artísticas, as
6
relações de ternura entre pais e filhos, os sentimentos de amizade e os
laços sentimentais do casal são, todos eles, expressões sociais das
pulsões sexuais desviadas de seu objetivo virtual. A amizade, por
exemplo, é alimentada por uma pulsão

sexual desviada em direção a um objetivo social.

A fantasia

A outra barreira imposta pelo eu é mais complicada, porém a


compreensão de seu mecanismo nos permitirá explicar por que os
objetos com que a pulsão obtém prazer sexual são objetos fantasiados,
e não reais. Esse outro obstáculo que o eu opõe às pulsões sexuais
consiste não numa mudança de objetivo, como foi o caso da
sublimação, mas numa mudança de objeto. No lugar de um objeto real,
o eu instala um objeto fantasiado, como se, para deter o ímpeto da
pulsão sexual, o eu contentasse a pulsão enganando- a com a ilusão
de um objeto fantasiado.

Mas como o eu consegue realizar esse truque? Pois bem, para


transformar o objeto real num objeto fantasiado, ele precisa, primeiro,
incorporar dentro de si o objeto real até transformá-lo em fantasia.
Tomemos um exemplo e decomponhamos artificialmente esse
estratagema do eu em seis etapas.

1. Imaginemos uma relação afetiva com alguém que nos atraia.


Suponhamos que essa pessoa seja o objeto real em direção ao qual a
pulsão sexual se orienta.

2. Nós (isto é, o eu) frequentamos essa pessoa até incorporá-la pouco


a pouco dentro de nós e transformá-la em uma parte de nós mesmos.

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3. Agora que o ser amado está dentro de nós, nós o tratamos com um
amor ainda mais poderoso do que aquele que lhe votávamos quando
ele era real. Por que isso?

Porque, tornado uma parte de mim, eu gosto dele como de mim


mesmo. Amar o outro é sempre amar a si próprio.
6
4. É então que a pessoa amada deixa de estar do lado de fora e vive
dentro de nós como um objeto fantasiado, que mantém e reaviva
constantemente nossas pulsões sexuais.

Assim, a pessoa real passa a não mais existir para nós senão sob a
forma de uma fantasia, mesmo que continuemos a reconhecer nela
uma existência autônoma no mundo. Por conseguinte, quando
amamos, sempre amamos um ser misto feito ao mesmo tempo do
estofo da fantasia e da pessoa real que existe do lado de fora.

5. A relação amorosa está portanto fundada em um fantasia que aplaca


a sede da pulsão, proporcionando um prazer parcial que qualificamos
genericamente de sexual.

6. Amaremos ou odiaremos nosso próximo conforme o modo que


tivermos de gostar ou odiar, dentro de nós, seu duplo fantasiado.
Todas as nossas relações afetivas e, em particular, a relação que se
estabelece entre o paciente e seu psicanalista — amor de transferência
—, todas essas relações conformam-se aos moldes da fantasia;
fantasia que mobiliza a atividade das pulsões sexuais e proporciona
prazer.

O conceito de narcisismo

Entretanto, nas seqüências que acabamos de distinguir, não demos


destaque ao gesto essencial do eu que lhe permite transformar o
amado real em objeto fantasiado. Que gesto é esse? É uma torção do
eu chamada narcisismo. O narcisismo é o estado singular do eu
quando — a fim de incorporar o outro real e transformá-lo em fantasia
— ele toma o lugar do objeto sexual e se faz amar e desejar pela
pulsão sexual. Antes de fazer do amado um objeto fantasiado, ele se
faz ele próprio objeto fantasiado. É como se o eu, para domar a pulsão,

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a desviasse de seu objetivo ideal e a enganasse, dizendo-lhe: “Já que


você está procurando um objeto para chegar a seus fins sexuais,
venha, sirva-se de mim!” A dificuldade teórica do conceito de
narcisismo é justamente compreender que as pulsões sexuais e o eu
— identificado com o objeto fantasiado — constituem duas partes de
nós mesmos. O eu-pulsão sexual ama o eu-objeto-fantasiado. Assim é 6
que podemos formular: o eu-pulsão ama a si mesmo como a um objeto
sexual.

O narcisismo não se define, de maneira alguma, por um simples voltar-


se para si num “amar a si mesmo”, mas por um “amar a si mesmo
como objeto sexual”: o eu-pulsão sexual ama o eu-objeto-fantasiado-
sexual. Deixemos bem

claro que o eu é um objeto fantasiado por sua natureza ilusória, e um


objeto sexual pelo prazer que suscita ao satisfazer parcialmente a
pulsão. De fato, o amor narcísico do eu por ele mesmo, enquanto
objeto sexual, está na base da formação de todas as nossas fantasias.
Por isso, podemos concluir que em toda fantasia, mais exatamente em
cada personagem fantasístico, o clínico deve identificar a presença do
eu.

Trecho retirado na integra do livro: O prazer de ler Freud – J.D.- Násio

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante esse estudo procuramos tratar de informações


importantes sobre o criador da psicanálise, Sigmund Freud e seu
extenso legado.
Foram abordados aspectos importantes sobre o aparelho
psíquico como seu funcionamento, sua topologia e os destinos de suas
pulsões.

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Contudo esse estudo é apenas um resumo introdutório ao


estudante de psicanálise, sendo essencial o aprofundamento nas obras
deixadas por Freud e os estudiosos contemporâneos de sua obra.

Resumo Biográfico

Resumo Biográfico
1815 - Nascimento do pai de Sigmund, Jakob Freud, negocia
em Freiberg, na Moravia, a cerca de 30 km sudeste de Dres
um primeiro casamento, Jakob teve dois filhos, Emmanuel e
Este último terá um filho, John, um ano mais velho que Sigmun
1855 - Jacob Freud se casa em segundas núpcias com
Nathansohn, que morreu aos 95 anos, originária de Brody
situada no noroeste da Galícia, próximo da fronteira russa
primeiro filho, Julius, morreu aos oito meses; a ele se s
Sigmund, depois cinco mulheres e mais um homem; a filha ma
Anna (nome que será também o da filha mais velha de Freud),
anos e meio mais nova que Sigmund e outro rapaz, dez an
novo.
1856 - Em 6 de maio nasce Sigmund Freud, o funda
psicanálise e autor da obra A Interpretação dos Son
cidade Freiberg, Morávia (hoje Pribor), na atual República
então parte do Império Austríaco.
- Filho de Jacob Freud, e de Amalia Nathanson, sua
esposa, é registrado com o nome Schlomo Sigismund.
Aos 22 anos ele muda o prenome para Sigmund. Se
costume de certas famílias judaicas, ele teria recebido tam
segundo prenome: Schlomo.
- Quando Freud nasceu, já tinha dois meio-irmãos de
anos, vindos do primeiro casamento do pai. Esses meio-irmão
mais ou menos a mesma idade da mãe de Freud.
1860 A família se instala em Viena.

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1865 - Entrada de Sigmund no Gymnasium (escola secundá


um ano de antecedência.
1873 - Aprovado, brilhantemente, nos exames de conclu
estudos secundários, Freud ingressa na Universidade de Vie
estudar medicina. Forma-se oito anos depois.
- Freud descobre o anti-semitismo. Lê Goethe. 6
- Nasce o psiquiatra e psicanalista húngaro Sandor Feren
virá a ser o discípulo preferido de Freud e também o clín
talentoso da história do fre
- Nasce também Juliano Moreira, médico baiano que, depo
formar em psiquiatria dinâmica na Europa, será um dos intr
das idéias freudianas no Brasil.

1874 - Publicação por Brücke de suas conferências sobre fisio


espírito fisicalista de Helmholtz e de seu grupo.
1875
- Freud viaja a Manchester, onde encontra o meio-irmão Ph
sobrinha Pauline.
- Nasce o psiquiatra suíço e fundador da psicologia anal
Gustav Jung. Fundador da escola de psicoterapia, especia
psicoses e interessado pelo orientalismo, sua obra será tão ab
quanto à de Freud.
 1876 - Freud desenvolve trabalhos em neurologia e f
Pesquisas em Trieste sobre as glândulas sexuais das enguias
- Entra para o laboratório de Brücke para estudar o
nervoso dos peixes.
- Acompanha seu curso sobre a fisiologia da voz e da ling
- Assiste também em Viena às aulas de Brentano, c
filosofia obrigatório para os estudantes de medicina (teó
conceito de consciência).
1878 - Conhece Josef Breuer.
- Estudos de neuropsiquiatria infantil
1879 Freud freqüenta os cursos de psiquiatria de Theodor
cuja tendência teórica reflete-se no subtítulo de sua obra Ps
publicada em Viena em 1890: “Conferências clínicas
psiquiatria segundo fundamentos científicos, para estuda
medicina, juristas e psicólogos”.
- Nasce o psiquiatra e psicanalista inglês Ernest Jo
grande importância para a história política do freudismo.
fundador da psicanálise na Grã-Bretanha e criador do Comitê

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círculo formado por discípulos de Freud para discussões d


ligados à psicanálise. Pioneiro da historiografia psicanalíti
tradução inglesa da obra freudiana. Terá uma longa correspo
de 671 cartas com Freud. Fará um grande trabalho de implanta
idéias freudianas no Canadá e nos EUA.
- Breuer inicia o tratamento de Bertha Pappenheim, qu
1880 pseudônimo de Anna O., será também a primeira paciente 6 his
Freud.
- Por iniciativa do filósofo e helenista Theodor Gomp
coordena a edição alemã de John Stuart Mill, Freud tradu
ensaios deste autor sobre a questão operária, a emancipa
mulheres, o socialismo e Platão.
1881 Freud conclui o curso de medicina.

1882 É criada uma cátedra de clínica de doenças nervosas, d


médico e fisiologista francês Jean Martin Charcot é o t
neurologia passa assim a ser reconhecida como uma d
autônoma pela primeira vez. Charcot, ligado à história da his
hipnose e das origens da psicanálise, é o último grande repre
da psiquiatria dinâmica.
- Freud conhece a sua futura esposa, Martha Bernays, d
de um comentador da Poética de Aristóteles, Jacob
interessado sobretudo na reconstituição dos textos antigos
catarse.
- Breuer fala com Freud sobre o caso de Anna O.
1883 Freud ingressa no serviço de psiquiatria de Meynert.
1884 - Freud realiza pesquisas sobre a cocaína e desc
propriedades analgésicas. Faz experiências consigo mesmo
amigo Fleischl.
1885 - Freud é nomeado “Privatdozent” e ganha uma via
estudos, escolhendo Paris para iniciar um estágio com Ch
Salpêtrière. Este terá papel fundamental na formação d
Sigmund. As várias cartas que trocaram estão traduzidas
"Lições da terça-feira".
1886 - Freud volta a Viena, onde se estabelece como médico
o Departamento de Neurologia, primeiro instituto público para
Entre 1886 e 1890 exerce medicina como especialista em
nervosas.
- Em setembro, Freud se casa com Martha Bernays, co
terá 6

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- Em 15 de outubro fez uma conferencia sobre histeria masc


Sociedade dos Médicos.
- Traduz as “Lições de terça-feira de Charcot”.
- Estudos de neuropsiquiatria infantil.
1887 Conhece Fliess.
- Pratica hipnose.
- Reside na França, em Nancy, para trabalhar com 6Bernh
1888  - Publica a tradução das “Leçons sur lês maldadies du
nerveux”, de Charcot.
1889 - Freud inicia estudos com hipnose e publica a tradução
la suggestion et de sés applications à la thérapeutique”
Bernheim
1890 - Escreve “Tratamento psíquico (ou mental)”.
- Pratica com seus pacientes o método catártico.

1891 - Instala seu consultório na Berggasse, em Viena. Freud ficar


quase cinqüenta anos, até sua partida para a Inglaterra.
1892 - Freud elabora o método das associações livres (técnic
pela psicanálise na qual o paciente deve esforçar-se a dizer
lhe vier à cabeça, principalmente aquilo que ele se sinta te
omitir).

1893 - Início da correspondência entre Freud e Wilhelm Fli


amigo íntimo e médico voltado a estudos relacionados à sexu
A correspondência entre eles terá uma enorme importâ
desenvolvimento de teoria psicanalítica de Freud.
- Redação, com Breuer, a “Comunicação prelimin
“Estudos sobre a histeria”.
- Artigo necrológico sobre Charcot, que faleceu em 16 d
deste
- Publicação em francês, na “Revue Neurologique”, do artigo
pontos para um estudo comparativo da paralisia motoras org
histéricas”.
- Descoberta dos conceitos de defesa e recalcam
repressão.
1894 - Publica “As psiconeuroses de defesa” e sua tradu
“leçons du mardi”, de Charcot.
- Rompimento com Breuer.
- Descoberta do conceito de transferência.
1895 - Freud faz a primeira interpretação de um sonho seu: "A
de Irma", que parece ser a encenação de um romance fam
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origens e da história da psic


- Publica originalmente em francês “Obsessões e fobias”.
- Nasce em dezembro seu quinto filho, Anna Freud, a fi
velha, que se tornará psicanalista e fundará sua própria corr
tornará uma célebre psicanalista de crianças.
- Concepção do “Projeto para uma psicologia científica”.
1896 - Surge pela primeira vez o termo psicanálise, para
6 nom
método específico da psicoterapia.
- No mesmo ano, a correspondência entre Fliess
apresenta a expressão "aparelho psíquico" e seus três comp
consciente, pré-consciente e inconsciente.
- Publicação de “Novos comentários sobre as psiconeu
defesa”. 
- Morre o pai de Freud, Jakob Freud.
- Entre 1896 e 1907, Freud viaja à Itália muitas vez
passar suas férias de verão.

1897 - Através de correspondência com Wilhelm Fliess, Freud


que ele chamaria de sua auto-análise.
- Freud escreve a Fliess dizendo que está abandonando
da sedução, segundo a qual a principal causa das neuroses
traumas causados nas crianças pelos adultos.
Freud começa a redigir A Interpretação dos Sonhos.
teoria do aparelho psíquico como um aparelho reflexo. Des
inconsciente como um sistema.
- Descobre o conceito do Édipo, tendo a primeira inter
de Freud da tragédia de Édipo Rei, de Sófocles.
1898 - Realiza uma conferência sobre “A sexualidade na etiol
neuroses”.
1899 - Publicação de A Interpretação dos Sonhos, de Fre
edição, porém, é datada de 1900).
1900 - Em outubro inicia a análise de Dora (Caso de hist
questão da transfe
- Nasce o médico fundador da Sociedade Brasileira de Psi
Durval Ballegardi Marcondes. Marcondes toma conhecime
obras de Freud aos 20 anos.
1901 - Nasce o psiquiatra e psicanalista francês Jacques
responsável por reformular a obra freudiana, dando-lhe um
mais filosófico e tirando-lhe o substrato biológico. Lacan e
inúmeros conceitos (imaginário, simbólico, real, significante
psicologia dos povos) que enriquecerão as formulações clínic

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considerado o único verdadeiro mestre psicanalista da França.


- Freud publica: “A psicopatologia da vida cotidiana”, “S
sonhos” e faz uma viagem a Roma.

1902 - Criada a primeira sociedade psicanalista do mundo, em


com o nome de Sociedade Psicológica das Quartas-Feiras.
- Freud faz uma viagem à Nápoles. 6

- Steckel, um discípulo de Freud, começa a pr


psicanálise.
1903 - Freud analisa uma criança de 5 anos. É a primeira ps
feita em crianças.
- Descoberta da primeira teoria das pulsões: pulsão
pulsão do Eu.
1904 - Faz uma viagem a Atenas, Grécia e a Acrópole.
- Inicia correspondência com Eugen Bleuler em Zu
escreve “Sobre a psicoterapia”.

1905 - Freud publica: “Três ensaios sobre a teoria da sexu


“Fragmento da análise de um caso de histeria” (caso Do
chistes e sua relação com o inconsciente”, “A psicanál
determinação dos fatos nos processos jurídicos” (base
conferência feita em Viena em junho de 1905 para estuda
direito).
- Conhece Jung.
- Descoberta dos estádios de desenvolvimento da sex
infantil.
1906 - Início das correspondências entre Freud e Jung.
discípulo de Freud até 1913, Jung estabelece com ele u
correspondência que chegou a 359 cartas. Jung já tin
concepção de inconsciente e do psiquismo quando de
aproximar de Freud. O que o levou ao pai da psicanálise foi o
por uma obra na qual acreditava encontrar a confirmação
hipóteses sobre as idéias fixas subconscientes, as ass
verbais e os complexos.
1907 - Jung cria a Sociedade Freud em Zurique. Mais tarde,
torna a Associação Psicanalítica de Zurique.
- Freud publica: “O esclarecimento sexual das crianças”,
e sonhos na Gradiva de Jensen” e “Atos obsessivos e
religiosas”.
- Visita Carl Gustav Jung. Conhece Karl Abraham.

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1908 - Sandor Ferenczi visita Freud pela primeira vez, depois


Interpretação dos Sonhos. A partir deste encontro, trocam c
1.200 cartas durante 25
- Acontece o Primeiro Congresso Internacional de Psicaná
Salzburgo, com o título: "Encontro dos psicólogos freudianos
congresso, em que 42 membros de 6 países estiveram pr
Freud encontra-se com Ernest Jones pela primeira vez. 6
- Acontece também o Primeiro Congresso sobre Psican
Salzburgo, Áustria. Hermine von Hug-Hellmuth se torna a
mulher psicanalista de c
- Freud publica: “Sobre as teorias sexuais das crianças”, “E
criativos e devaneio”, “Caráter e erotismo anal” e “Mora
civilizada e doença nervosa moderna”.
- Visita de Sándor Ferenczi.
- Descoberta do complexo de castração.
1909 - Viagem aos Estados Unidos na companhia de Jung e F
- Realiza cinco conferências de iniciação na psicaná
Universidade Clark (as Cinco lições de psicanálise).
- Freud publica : “Análise de uma fobia em um menino
anos” (Pequeno Hans), “Notas sobre um caso de neurose ob
(Homem dos Ratos) e “Romances familiares”.
- Criada a a International Psychoanalytical Association (
1910 II Congresso Internacional de Psicanálise de Nuremberg, se
Jung eleito seu primeiro presidente. A IPA virá a ser uma orga
internacional responsável por reunir as sociedades de d
países. - O médico chileno German Greve apresenta a
freudianas pela primeira vez na América Latina, em um cong
medicina em Buenos Aires.
- Freud publica : “Um tipo especial de escolha de ob
pelos homens”, “Psicanálise selvagem ou silvestre” , “As pers
futuras da terapia psicanalítica”, “A significação antitética das
primitivas”, “Cinco lições de psicanálise” e “Leonardo da Vinc
lembrança da sua infância” (inicio dos estudos da neurose à ps
- É realizado o Congresso de Weimar.
- Acontece a renúncia de Alfred Adler da Sociedade Psic
de Viena.
1911 - Freud publica: “Formulações sobre os dois princ
funcionamento mental”, “Notas psicanalíticas sobre um
autobiográfico de um caso de paranóia” (Dementia paranoid
Schreber).
- Descobre o conceito de narcisismo, graças ao es

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psicose paranóica.
1912 - Ernest Jones cria a American Psycoanalytic As
(APsaA).
- Freud publica : “O manejo da interpretação de so
psicanálise”, “A dinâmica da transferência”, “Recomendaç
médicos que exercem a psicanálise”, “Totem e tabu”, “
tendência universal à depreciação na esfera do amor”6 e “U
sobre o inconsciente na psicanálise”.
1913 - Início do conflito entre Jung e Freud, após Jun
convencer Freud a dessexualizar sua doutrina. O conflito resu
ruptura definitiva entre eles.
- É fundada a “Zeitschrift für Psychoanalyse”.
- Freud publica : “O interesse científico da psicanálise
mentiras contadas por crianças”, “O tema dos três escrínio
disposição à neurose obsessiva”.
- Ferenczi funda a Sociedade de Budapeste.
- Ernest Jones funda a Sociedade de Londres.
1914 - Jung deixa a presidência da Associação Internaciona
escreve : “A história do movimento psicanalítico”, “Sobre o na
uma introdução” e “Moisés de Michelangelo”.
1915 - Freud publica: “Um caso de paranóia que contraria
psicanalítica da doença”, “As pulsões e suas vicis
“Observações sobre o amor transferencial” (Novas recome
sobre a técnica da psicanálise III), “Reflexões para os tem
guerra e morte”, “O inconsciente” e “Recalcamento ou Repress
1916 - Freud publica: “Alguns tipos de caráter encontrados no
psicanalítico” e “Sobre a transitoriedade”.
1917 - Freud publica : “Conferências introdutórias sobre psic
“Luto e melancolia”, “As transformações da pulsão exemplific
erotismo anal” (As transformações do instinto exemplifica
erotismo anal), “Suplemento metapsicológico à teoria dos
“Uma dificuldade no caminho da psicanálise”, e “Tabu da virgin
1918 - Freud publica : “História de uma neurose infantil” (Hom
Lobos).
1919 - Freud publica: “O estranho”, “Bate-se numa crianç
criança é espancada), “Sobre o ensino da psicanál
universidades” e “Introdução a psicanálise e as neuroses de gu
1920 - A filha mais velha de Freud, Sofia, veio a falecer e depo
neto, filho de Sofia.
- Freud publica: “Memorando sobre o tratamento elét
neuróticos de guerra”, escrito para o processo movido contra
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Jauregg, “Mais-além do princípio do prazer”.


- Fundação da policlínica de Berlim e do “International J
Psychoanalysis”.
- Segunda teoria do aparelho psíquico: Isso (Id), E
Supereu (Superego) e Mundo externo.
- Segunda teoria das pulsões: pulsão de vida e pulsão d
- Além do princípio do prazer. Descobre o conceito de6 com
repetição.
1921 - No Brasil, em São Paulo, Durval Marcondes come
orientar para a psicanálise.
- Freud publica : “Psicologia das massas e análise
(Psicologia de grupo e a análise do ego).
1922-23 - Constata um câncer no maxilar de Freud, o que o le
cirurgias e a perder o maxilar superior, tendo de instalar
prótese para separar a boca. Primeira difusão das obras de F
espanhol na América Latina.
- Freud publica “O eu e o isso” (O Ego e o Id), “Obse
sobre a teoria e a prática da interpretação de sonhos”, “Dois
de enciclopédia” (“Psicanálise” e “Teoria da libido”), “Um
descrição da psicanálise”, “A dissolução do complexo de Édipo
- Surgem os primeiros sinais de câncer de boca (ma
Primeira cirurgia.
- Instauração do conceito de falo.
- Morre o seu neto “mais amado”, Heinz.
- Importância do conceito do Isso (Id) como o cam
impessoal e mais estranho ao Eu (Ego).
1924 - A Sociedade Psicanalítica de Moscou passa a ser filiad
apesar de não receber o apoio de Ernest Jones.
- A filiação é defendida por Freud desde 1922.
- Freud publica: “O problema econômico do masoquis
resistências à psicanálise”.
1925 - Instauram-se as regras da psicanálise didática, que de
seguidas por todos os integrantes da IPA.
- Freud publica a sua auto-biografia, “Uma nota sobre
Mágico”, “A denegação”.
-Morre Karl Abraham
1926 - Freud publica : “A questão da análise leiga”, “I
sintomas e angústia” (Inibições, sintomas e ansiedade) e “Psic
- Fundação da Sociedade Psicanalítica de Paris.
1927 - Durval Marcondes e Franco da Rocha criam, em São
Sociedade Brasileira de Psicanálise, a primeira sociedade freu

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América
- Inicia-se o conflito entre europeus e americanos quanto à a
de não-médicos na IPA. Freud publica: “Fetichismo”, “O futuro
ilusão”.
1928 - O conflito leva à fundação da Associação Mé
Psicanálise em Paris, reservada apenas aos médicos. A As
jamais se filiará à IPA. 6

- Publicação da primeira revista brasileira de psicaná


responsabilidade de Durval Ballegardi.
- Freud publica: “Dostoievski e o parricídio”.
1929 - A Sociedade Brasileira de Psicanálise é admitida na IP
publica: “O mal-estar na cultura” (O mal-estar na civilização).
- Freud rompe com Ferenczi.
1930 - Morre a mãe de Freud.
1931 - Freud publica : “Sexualidade feminina”.
- Agravamento do câncer da mandíbula.
1932 - Freud publica : “Novas conferências introdutórias
psicanálise”, “A aquisição e o controle do fogo”, “Por que a g
carta a Einstein publicada em 1933, em alemão, inglês e fran
Instituto Internacional de Cooperação Intelectual.
1933-1939 - A terminologia freudiana é banida do vocabulário da ps
e da psicologia da Alemanha. A psicanálise é considerada co
ciência judaica. Neste período há uma grande emigra
psicanalistas alemães para a Argentina, Inglaterra e Estados
Os livros de Freud são queimados na Alemanha.
1934 - Jung é denunciado por excluir judeus de uma so
composta por psiquiatras e psicoterapeutas. É o início da polê
adesão de Jung ao nazismo.
1935 - Muitos titulares judeus de sociedades de psicanálise têm
demitir para "salvar a psicanálise na Alemanha".
1936 - Adelheid Lucy Koch vem ao Brasil. Ela é a primeira psi
didática, responsável por iniciar Durval Marcondes e ou
psicanálise. Também contribuirá para que a Sociedade Bras
Psicanálise seja reconhecida pela IPA.
- Freud publica: “Um distúrbio de memória na Acrópole”.
- Em maio comemora 80 anos, bodas de ouro.
1937 - Freud publica: “Análise terminável e interminável”.
- O Anschluss: Roosevelt e Mussolini intervêm em
1938 Freud.
- Fugindo do nazismo, fixa residência em Londres com a
e filhos. Com a ascensão do nazismo, os seus livros são qu
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em praça
- Os nazistas revistam sua casa e levam seus objetos de co
antiguidades. 
- Freud publica : “Construções em análise”, “Um esb
psicanálise”.
1939 - Publicação do final de “Moisés e o monoteísmo”.
- Aos 83 anos, em 23 de setembro, Freud morre 6de um
de mandíbula, do qual padeceu durante 16 anos.
1951 - Morre Martha Freud.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
6
 Nasio. J.-D. O PRAZER DE LER FREUD.Rio de Janeiro, Ed.
Jorge Zahar, 1999.
 Freud, Sigmund. Obras psicológicas completas de Freud: Edição
Standard Brasileira Vol XIX, Rio de Janeiro. Ed.Imago, 1996
 Freud, Sigmund. Obras psicológicas completas de Freud: Edição
Standard Brasileira Vol VII, Rio de Janeiro. Ed.Imago, 1996
 Osborne, Richard. Freud para Principiantes. Rio de janeiro
Editora Objetiva.2001
 Mijolla, Alain de . Dicionário Internacional da Psicanálise :
conceito, noções, Biografias,obras, eventos, instituições, Rio de
Janeiro: Ed. Imago. 2005
 Zimerman, David E .Fundamentos psicanalíticos : teoria, técnica
e clínica :
uma abordagem didática– Porto Alegre : Artmed, 2007.

 http://menteelogica.blogspot.com.br/ Queiroz Jean-Michel , Ler


Freud – guia de leitura da obra de S. Freud/ Jean Michel
Quinodoz : tradução Fátima Murad – Porto Alegre : Artmed,2007’
 - http://www.ebp.org.Br ; Laplanch, Jean, Vocabulário de
psicanálise/Laplanch e Pontals; sob a direção de Daniel
Laganch; Pedro Tamen – 4º Ed –São Paulo: Martins Fontes,
2001;
 Gay, Peter,1923 - FREUD, uma vida para nosso tempo/Peter
Gay, tradução Denise Bottmanns – São Paulo Companhia das
Letras, 1989 .
 MOURA, Joviane Aparecida de. O Método da Associação Livre.
Psicologado, [S.l.].(2009).Disponível em:
https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/o-metodo-da-
associacao-livre . Acesso em 2 Out 2020.

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