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3º Ano do Ensino Médio

Professora: Rosana Alves


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Professora: Rosana Alves


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2 - ATIVIDADES CORPORAIS ALTERNATIVAS


Para falar das Práticas Corporais Alternativas (PCA) é importante caracterizar o que é
alternativo e o que é um ensino focado em uma
perspectiva alternativa. Segundo Matthiesen (1999)
o termo alternativo se refere às maneiras de agir,
sentir e pensar, longe dos padrões da modernidade,
expressando um conjunto de valores e práticas
visando solucionar os custos materiais e imateriais
gerados pela mesma.

  Matthiesen (1999) também entende a


perspectiva alternativa como uma opção às ações
desenvolvidas pela Educação Física, se
contrapondo ao modelo já existente. Portanto,
alternativo significa uma saída do comum, um
rompimento com padrões, outro modo de agir, uma
visão diferente da atual, ir além do que é corriqueiro.
Nesse sentido, o alternativo está presente no modo de encarar os conteúdos que vamos
desenvolver na Educação Física Escolar. A utilização do termo alternativo visa incorporar as
características, princípios e valores das PCA para que a abordagem dos conteúdos tenha um
caráter de contraponto ao que está “imposto” / “naturalizado”.
  Com isso, um ensino focado em uma perspectiva alternativa, além de buscar proporcionar
uma visão diferente do que está imposto, visa desenvolver o diálogo e o companheirismo,
possibilita estar e jogar com o semelhante e não contra o outro, proporciona a realização de
movimentos com intencionalidade, propõe reflexões e análises sobre suas próprias posturas e
ações, enfim, procura construir posturas críticas sobre a necessidade do semelhante, da
compaixão e solidariedade entre as pessoas.

Tais práticas têm origens diferentes. Índia, Japão e China são exemplos de países que
desenvolveram essas técnicas que utilizamos hoje. Elas se configuram como opções diferentes
daquilo que é tradicional, principalmente em termos de tratamentos de saúde, alimentação,
ginásticas, vestimentas... Ou seja, um estilo de vida alternativo ao convencional.

Um ponto em comum dessas terapias é o controle da respiração. Acredita-se que é por


meio do controle respiratório que o homem é capaz de atingir os estados meditativos da
consciência.
Um ponto em comum dessas terapias é o controle da respiração. Acredita-se que é por meio do
controle respiratório que o homem é capaz de atingir os estados meditativos da consciência. A
união dos movimentos corporais a ritmos respiratórios lentos e ordenados é a chave para se
atingir uma prática completa.

PILATES: O método Pilates foi desenvolvido pelo alemão Jopeph Pilates, no início da década de
1920, e tem como base o controle consciente de todos os movimentos musculares do corpo. O
foco do método Pilates é a promoção da saúde como um todo com exercícios que trazem
melhora da postura e, inclusive, alívio de dores na coluna pelo fortalecimento abdominal, com
consideráveis ganhos na qualidade de vida do praticante.

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YOGA: Acredita-se que a yoga acalme o sistema nervoso e equilibre o corpo, mente e espírito.
Os praticantes da yoga pensam que ela pode prevenir doenças e problemas de saúde
específicos ao manter os meridianos de energia abertos e a energia da vida fluindo. Yoga tem
sido usada para reduzir a pressão arterial, diminuir o estresse, e melhorar a coordenação,
flexibilidade, concentração, sono e digestão. Também tem sido usada como terapia suplementar
para diversas condições como câncer, diabetes, asma, AIDS e síndrome do intestino irritado.

TAI CHI CHUAN: O Tai Chi Chuan é uma arte milenar de origem oriental, com um sistema de
práticas que beneficiam as pessoas num todo, equilibrando tanto a mente quanto o corpo.
O Tai Chi Chuan é composto de movimentos abertos, redondos e relaxados, designados a
estabilizar o equilíbrio das forças vitais do organismo (a união entre as forças vitais Yin e Yang).

BIODANÇA: Biodança, ou dança da vida, tem por objetivo estimular a comunicação das pessoas
com o próprio corpo e com as outras pessoas,
mas também permitir uma fuga à rotina
quotidiana, de forma divertida e equilibrada.
A prática de biodança vai assim além do
conceito de movimentar-se e trabalha a
evolução do indivíduo, desenvolvendo o seu
lado emocional, além do aspecto físico. Serve
como pausa no seu quotidiano e como
momento para respirar e desligar-se da
ansiedade do dia-a-dia, voltando o olhar para
o próprio corpo, mente e emoção.

De acordo com os especialistas, esta


prática está dividida e m cinco linhas de vivência e expressa-se na:
• Vitalidade: é a base da identidade. Liga-se ao instinto de conservação, à vontade de viver, à
coragem de realizar coisas, à saúde em geral.
• Sexualidade: preservação da espécie; capacidade de sentir prazer em viver, em ter contato e
comunicar com vontades e desejos.
• Criatividade: liga-se à auto-expressão da singularidade de cada pessoa como um ser único,
com uma forma própria de pensar, agir, sentir e relacionar-se de maneira livre e autônoma.
• Afetividade: capacidade de amar a vida, a natureza, a si, as pessoas… Com toques que
inspiram a capacidade de confiar, abandonar-se, proteger, cuidar, solidarizar-se…
• Transcendência: sentido místico de ligação com o todo; a capacidade de sentir-se único e, ao
mesmo tempo, parte de algo maior… sentir-se dentro do universo e tê-lo dentro de si.
Abrandando as tensões guardadas no corpo, a prática tem a intenção de expressar essas
energias em busca da qualidade de vida, da saúde do corpo e da mente por meio de exercícios
relaxantes. Cada vez mais, temos necessidade de relaxar e sentirmo-nos bem. A biodança tem
uma dinâmica crescente e não tem restrições. Contudo, é importante que as pessoas que
tenham restrições corporais sejam acompanhadas por um médico, mas quando bem ministrada,
torna-se algo saudável, até mesmo para idosos e crianças.

GINÁSTICA LABORAL: A ginástica laboral tem o objetivo de manter a saúde dos funcionários


de determinado local de trabalho através de exercícios físicos  direcionados para aquela
atividade profissional e feitos durante o expediente. Esta atividade deve ser acompanhada e

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orientada por um profissional da saúde física (um educador físico), para que obtenham-se os
resultados esperados.
Além de diminuir a carga de estresse por interromper o trabalho, a ginástica laboral ainda
evita o sedentarismo. Esta prática pode melhorar muito o desempenho de um funcionário, além
de evitar lesões por esforço repetitivo (LER) e outras doenças provocadas pelo trabalho contínuo
e a falta de exercícios físicos.
Por conta destes benefícios, ela ajuda a diminuir o afastamento dos funcionários da
empresa.
A ginástica é composta por exercícios físicos, alongamentos, relaxamento muscular e
flexibilidade das articulações, e é uma prática coletiva, promovendo a descontração e interação
entre os colegas de trabalho. Além disso, ela age psicologicamente, ajudando a aumentar o
poder de concentração e motivando-os em sua autoestima.
Não precisa ser experts  para saber que, agindo dessa maneira sobre os empregados, a
ginástica influenciará também no faturamento da empresa, pois esta terá uma produtividade
muito maior.

3 - APROFUNDAMENTO DOS CONHECIMENTOS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA

Sistema Cardiovascular

Para que haja vida em um organismo, é necessário que nele haja uma adequada
nutrição, a função básica do sistema circulatório é levar material nutritivo e oxigênio às células,
assim o sangue circulante transporta material nutritivo que foi absorvido pela digestão dos
alimentos às células de todas as partes do organismo e também transportam os resíduos do
metabolismo celular até os órgãos encarregados de os eliminar. O sistema circulatório é um
sistema fechado sem comunicação com o meio exterior constituído por tubo (vasos) e em seu
interior circulam humores (sangue e linfa) e para que os humores possam circular dentro dos
tubos há um órgão central que é o coração, que funciona como uma bomba contráctil-
propulsora. Sendo um sistema tubular fechado as trocas entre o sangue e o tecido vão ocorrer
em capilares.
Divisão
Conclui-se que o sistema circulatório está assim constituído:

 Sistema sanguífero, cujo os componentes são os vasos condutores de sangue (veias,


artérias e capilares) e o coração.
 Sistema Linfático, formado pelos vasos condutores da linfa, por órgãos linfoides
(linfonodos e tonsilas).
 Órgãos hemopoiéticos são medula óssea e órgãos linfoides (baço e timo).
 Coração/ camadas da parede cardíaca
O coração é um órgão muscular que funciona como uma bomba contrátil-propulsora.

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O pericárdio é a membrana que reveste e protege o coração; ele restringe o coração a


sua posição no mediastino, dando liberdade para contrações rigorosas. Ele se divide em duas
partes principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso. O pericárdio fibroso é composto por
feixes colágenosos densamente entrelaçados, e assemelha-se a um saco que repousa sobre o
diafragma e se prende a ele. O pericárdio seroso(mais profundo), é uma membrana mais fina e
mais delicada que forma uma dupla camada circundando o coração. A camada do pericárdio
parietal, a mais externa do
pericárdio seroso, está fundida
ao pericárdio fibroso; a camada
do pericárdio visceral é a
também chamada de epicárdio,
adere fortemente ao miocárdio,
que é a camada média mais
espessa do coração, é
composto de músculo estriado
cardíaco, é este tipo de
músculo que permite que o
coração faça a sístole e a
diástole. O endocárdio forra
internamente o miocárdio, é
composto por epitélio
pavimentoso simples sobre
uma camada de tecido
conjuntivo o qual é contínuo
com a camada íntima dos
vasos que entram e saem do
coração.

Forma, morfologia interna e limites do coração


O coração tem forma de cone, é relativamente pequeno, aproximadamente do tamanho
de um  punho fechado, cerca de 12 cm de comprimento e 9 cm de comprimento em sua parte
mais ampla e 6 cm de espessura, sua massa é em média 250g nas mulheres adultas e 300g nos
homens adultos, a parte mais pontuda do coração é o ápice e a parte oposta ao ápice é a base
(área ocupada pelos grandes vasos da base do coração). A cavidade do coração é dividida em
quatro câmaras, dois átrios e dois ventrículos . Entre eles existem orifícios com dispositivos
orientadores da corrente sanguínea, são as valvas. A cavidade apresenta septos subdividindo-a
em quatro câmaras: septo átrio-ventricular (divide o coração em superior e inferior), na porção
superior existe o septo inter-atrial ( que divide a câmara em duas, átrio esquerdo e átrio direito),
cada átrio tem um apêndice chamado e aurícula, pois se assemelham com orelhas. Na porção
inferior existe o septointer-ventricular (que divide a câmara em duas, ventrículo direito e
esquerdo). O septo átrio-ventricular possui dois orifícios chamados de óstiosátrio-ventriculares
direito e esquerdo, que possibilitam a comunicação entre os átrios e ventrículos.
Os óstiosátrio-ventriculares são providos de valvas átrio ventriculares, a valva é formada
por uma lâmina de tecido conjuntivo denso, toda recoberta pelo endocárdio, esta lâmina é
descontínua e apresenta sub divisões incompletas, as quais receberam o nome de válvulas ou
cúspides. A valva átrio-ventricular direita possui três válvulas e por isso é chamada de valva
tricúspide; a valva átrio-ventricular esquerda apresenta duas válvulas e chama-se valva mitral.

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No ventrículo direito e esquerdo, na saída do tronco pulmonar e da aorta, existe um dispositivo


valvar para impedir o retorno do sangue quando acontecer o enchimento dos ventrículos são:
valva do tronco pulmonar e a valva aórtica.
A superfície anterior do coração fica logo abaixo das costelas, a superfície interior é a
parte do coração que, em sua maior parte, repousa sobre o diafragma; a borda direita está
voltada para o pulmão direito e se estende do ápice a base, a borda esquerda fica voltada para o
pulmão esquerdo, também estendendo-se do ápice a base. Como limite superior encontra-se os
grandes vasos do coração e posteriormente a traqueia, o estômago e a artéria aorta
descendente. Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda da linha média do corpo.

Circulação do sangue
A circulação se faz por meio de duas correntes sanguíneas, as quais partem ao mesmo
tempo do coração. A primeira se dá da seguinte forma: o sangue venoso vindo de todo o corpo
entram pelas veias cavas superior e
inferior para dentro do átrio direito,
este sangue atravessa a valva
tricúspide e chega ao ventrículo
direito, e de lá este sangue passa por
válvulas semilunares pulmonares e
segue para o pulmão pela artéria
pulmonar, no pulmão este sangue é
oxigenado via capilares em contato
com os alvéolos; o sangue oxigenado
(arterial) retorna ao coração por quatro
veias pulmonares e chega até o átrio
esquerdo, do átrio esquerdo o sangue
arterial segue até o ventrículo

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esquerdo passando pela valva mitral. Na segunda corrente sanguínea, o sangue sai do
ventrículo esquerdo passa pela válvula semilunar aórtica e segue para todo o corpo.
Sistema de condução
O controle da atividade cardíaca é feito por dois nervos, o vago (atua inibindo) e o
simpático (atua estimulando), estes nervos atuam sobre o nó sinu-atrial situado na parede do
átrio direito e são considerados como “marca passos” do coração. Daí este impulso, espalha-se
ritmicamente ao miocárdio, resultando contração. Esse impulso chega ao nó átrio-ventricular
localizado na porção inferior do septo inter-atrial e se propaga a todo coração através do feixe
átrio ventricular e seus ramos.
Tipos de circulação

 Circulação pulmonar ou pequena circulação: tem início no ventrículo direito, de onde o


sangue é bombeado para a rede de capilares dos pulmões. Depois de sofrer a hematose, o
sangue oxigenado retorma ao átrio esquerdo. Em síntese é uma contração-pulmão-
contração.

 Circulação sistêmica ou grande circulação: tem início no ventrículo esquerdo, de onde o


sangue é bombeado para a rede de capilares dos tecidos de todo o organismo. Após as
trocas, o sangue retorna pelas veias ao átrio direito. Em resumo é uma circulação coração-
tecidos-coração.

4-INFARTO DO MIOCÁRDIO

Infarto do Miocárdio, também conhecido como ataque cardíaco, é a morte das células de
uma porção do músculo do coração, em decorrência da formação de um coágulo (trombo) que
interrompe, de forma súbita e intensa, o fluxo de sangue no interior da artéria coronária. A
principal causa do infarto é a aterosclerose, processos no qual placas de gordura se
desenvolvem, ao longo dos anos, no interior das artérias coronárias, criando dificuldade à
passagem do sangue. Na maioria dos casos, o infarto ocorre quando há o rompimento de uma
dessas placas, levando a formação do trombo e interrupção do fluxo sanguíneo.

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Cada artéria coronária irriga uma região específica do coração. Sendo assim, a
localização do infarto dependerá da artéria obstruída. Mais raramente, o infarto pode ser
causado por espasmo da artéria coronária (contração súbita da parede da artéria) interrompendo
o fluxo de sangue ou por desprendimento de um coágulo originado dentro do coração e que se
aloja no interior da coronária. Nos diabéticos e nos idosos, o infarto pode ser “silencioso”, sem
sintomas específicos. Por isso, deve-se estar atento a qualquer mal-estar súbito que
apresentado por esses pacientes.

Fatores de risco
Tabagismo
O cigarro é o maior fator de risco para a morte cardíaca súbita.
Colesterol
O colesterol ruim (LDL), quando em excesso, deposita-se no interior das artérias, levando à
aterosclerose.
Diabetes mellitus. A chance de ocorrência de infarto em diabéticos é 2 a 4 vezes maior.
Hipertensão arterial. Metade das pessoas que infartam é hipertensa.
Obesidade. Especialmente, a obesidade abdominal (acúmulo de gordura na região da cintura)
aumenta a chance de um ataque cardíaco.
Estresse e Depressão. Além de fator de risco, quando não tratados, pioram a evolução dos
pacientes após o infarto.

Complicações
Arritmias cardíacas. Alterações do ritmo cardíaco são frequentes na vigência do infarto. Metade
dos pacientes morre antes de chegar ao serviço de saúde (pronto socorro ou hospital) em
decorrência de arritmias.
Insuficiência Cardíaca. Quanto mais extensa a área do infarto maior a chance de ocorrer
enfraquecimento do músculo cardíaco. Em tal situação, o coração não conseguirá bombear
adequadamente o sangue para o corpo, resultando em insuficiência cardíaca.

Sintomas
Dor ou desconforto no peito que pode irradiar-se para as costas, mandíbula, braço esquerdo e,
mais raramente, para o braço direito. A dor costuma ser intensa e prolongada, acompanhada de
sensação de peso ou aperto sobre tórax. Menos frequentemente, a dor é localizada no abdome,
podendo ser confundida com gastrite ou esofagite de refluxo.
Falta de ar. Especialmente nos idosos, esse pode ser o principal sintoma do infarto.
Outros sintomas incluem sudorese (suor em excesso), palidez e alteração dos batimentos
cardíacos.

Tratamento
O infarto do miocárdio é uma emergência médica. Metade das mortes por IAM ocorre nas
primeiras horas após o início dos sintomas. Quanto mais precoce o tratamento, menor será o
dano ao miocárdio.
Chamar imediatamente um serviço de emergência (SAMU 192)

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Benefícios da atividade física para o Coração

O sedentarismo é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares.


No entanto, a atividade física ajuda a melhorar a saúde cardíaca e pode reverter alguns fatores
de risco para esses agravos. Como toda musculatura,
o coração se fortalece com a prática de atividade
física, de forma que consegue bombear mais sangue
para o organismo a cada batimento, alcançando um
nível alto de desempenho sem tanto estresse. Nos
indivíduos que se exercitam, a frequência cardíaca de
repouso é mais baixa, pois é necessário menor esforço
para bombear o sangue.
Qualquer nível de atividade física traz benefício
cardiovascular, embora se saiba que quanto mais
intensa é a prática maior o benefício. O benefício
existe até mesmo para os pacientes com doença
cardíaca que, entretanto, necessitam de avaliação
cardiológica antes de iniciar o programa.
O exercício físico ajuda a reduzir os níveis de colesterol e triglicérides, diminui a
inflamação das artérias, auxilia na perda de peso e a manter os vasos sanguíneos abertos e
flexíveis. Em comparação aos indivíduos sedentários, aqueles que se exercitam regularmente
apresentam um risco 45% menor de desenvolver aterosclerose coronariana. Além disso,
contribui para manter a normalidade do fluxo sanguíneo e da pressão arterial. Também:

 Melhora da oxigenação dos tecidos;


 Melhora do metabolismo do organismo;
 Aumento da força muscular e do condicionamento físico;
 Redução do conteúdo de gordura;
 Melhora da movimentação muscular e articular;
 Aumento da sensação de bem-estar.

A atividade física pode e deve ser praticada em qualquer idade. Recomenda-se praticar
pelo menos 30 minutos de exercício físico moderado todos os dias. No entanto, algumas
práticas se associam a riscos, de forma
que um profissional de saúde deve ser
consultado antes de se iniciar um
programa de atividade física regular.
Sabe-se que metade das pessoas em
atividade física vigorosa desiste do
treinamento em um intervalo de um ano.
O segredo é praticar exercícios que
sejam excitantes, desafiantes e que
tragam um grau de satisfação.

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5-SISTEMA RESPIRATÓRIO

Os seus principais componentes são:


cavidades ou fossas nasais, faringe, laringe,
traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e
pulmões.
O sistema respiratório começa no nariz
e na boca e tem continuidade pelas vias
aéreas até os pulmões (que é onde ocorre a
troca gasosa).

As suas principais funções são:

 Levar O2 aos pulmões;


 Transferir este O2 para o sangue;
 Destruir o CO2;

Todas estas funções em conjunto com o coração.

      A principal função desse sistema é a troca gasosa, que consiste na captação


de O2 e a remoção de CO2.

Respiração: É indispensável para o ser humano e consiste


na absorção de O2 do ar e a eliminação de CO2, pelo
organismo. O responsável pela condução desses gases é
o sangue. O ar absorvido adentra no sistema respiratório
pelo nariz e boca.

Fossas/cavidades nasais: são paralelas entre si e tem


início nas narinas e findam na faringe. São revestidas de
células que produzem muco e células ciliadas, que também

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se fazem presentes na traqueia, nos brônquios e no início dos bronquíolos, com as funções de


filtrar, umedecer e aquecer o ar.

  O ar percorre a faringe até a laringe, onde se depara com a epiglote, que se contrai
durante a deglutição, o que evita que os alimentos passem para as vias aéreas.  A traqueia é o
maior tubo de condução desse sistema, ela se divide em duas vias menores denominadas
brônquios para sorrir as necessidades dos dois pulmões. Os brônquios tem várias ramificações,
até se transformarem em vias aéreas menores denominadas bronquíolos. Cada um destes
bronquíolos acabam em pequenas bolsas cheias de capilares sanguíneos estes são chamados
de alvéolos pulmonares.

Inspiração: realiza a entrada de ar nos pulmões, pela contração do músculo do diafragma e dos
músculos intercostais. O diafragma abaixa-se e as costelas levantam-se realizando o aumento
da caixa torácica, e consequentemente a diminuição da pressão interna em relação à externa e
é esse processo que faz o ar entrar nos pulmões.

Expiração: ela realiza a saída do ar dos pulmões, ao contrário da inspiração, pelo relaxamento
do músculo do diafragma e dos músculos intercostais. 

O diafragma levanta-se e as costelas abaixam-se realizando a diminuição do volume da


caixa torácica, o que consequentemente aumenta a pressão interna e esse processo força a
saída do ar nos pulmões.

Tosse e espirro: A tosse e o espirro são considerados reflexos do sistema respiratório a tosse é
denominada como defesa natural inespecífica, porque ela tem função de remover agentes
irritantes que adentram às vias aéreas inferiores, conduz-se pelo nervo vago até o bulbo, onde
ocorre a inspiração e expiração, e a contração dos músculos da laringe para realizar a tosse. O
espirro é parecido com a tosse, porém a via infectada vem das terminações nervosas do nariz.

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Efeitos do cigarro no sistema respiratório: A fumaça dos cigarros faz com que a eficiência do
funcionamento dos cílios diminua o que causa com maior frequência as doenças respiratórias
entre os fumantes.
Caso os bronquíolos estiverem obstruídos generalizadamente, com o passar dos anos se
desenvolve o enfisema pulmonar que pode levar a morte por insuficiência respiratória.

6-SISTEMA DIGESTÓRIO

O aparelho digestório humano é formado por um sistema de órgãos interligados formando


um extenso ducto com aproximadamente 9 metros de comprimento linear, constituído pela boca,
seguido pela faringe, estômago, intestino e ânus. Dispostas ao longo da superfície desse
aparelho, interna ou externamente, existem estruturas anexas, como por exemplo, os dentes, a
língua e diversas glândulas (salivares, estomacais, vesícula biliar, fígado e pâncreas),
colaborando diretamente com o mecanismo de digestão dos alimentos, seja por processo
mecânico ou químico. Sendo o princípio básico da digestão, o processamento de substâncias
resultantes na degradação de partículas e moléculas absorvíveis pelo organismo. 

No interior da boca inicia-se o


fracionamento das partículas alimentares
através da mastigação, aumentando a superfície
de contato do alimento com as enzimas (amilase
salivar ou ptialina, quebrando amido em maltose
e glicose), secretadas pela glândula salivar,
formando uma massa (bolo alimentar) revolvida
pela movimentação da língua, facilitando a
deglutição. 

Em seguida, na região da faringe, a


epiglote efetua o fechamento da laringe (canal
respiratório), funcionando como uma válvula,
permitindo a passagem do bolo alimentar em
direção ao esôfago, impedindo que o mesmo
passe para a via respiratória (traquéia /
pulmão). Porém, a glote pode falhar, permitindo que o alimento ingerido ao invés de passar pelo
esôfago, em direção errada, entre pela laringe, causando obstrução da via respiratória (ato de
engasgar), podendo o indivíduo nessa situação ficar sufocado. Em resposta, o organismo induz
um refluxo através da tosse, redirecionando o alimento para a boca. 

Em condições normais, o bolo alimentar desce pelo esôfago através de contrações


peristálticas, empurrando o alimento por esse segmento do tubo digestório, desembocando na
cavidade do estômago. Entre o esôfago e o estômago existe uma válvula denominada cárdia,
cuja musculatura (esfíncteres) interrompe o retorno do bolo. No estômago, as glândulas
presentes na parede desse órgão, sintetizam e secretam enzimas digestivas (pepsina) que
degradam as proteínas em peptídeos. Diferente da amilase salivar, que atua em pH levemente
ácido tendendo a neutro (6 a 7), a pepsina necessita de um meio ácido (2 a 3) para quebrar os
polipeptídios. Nesse local o bolo alimentar permanece durante um período de 2 a 4 horas, sendo
transformado em uma massa ácida de textura pastosa e coloração esbranquiçada, conhecida
por quimo. É no estômago que ocorre parte da absorção da água e sais minerais. 

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O quimo formado no estômago é encaminhado para o intestino, órgão dividido em


delgado e grosso, sendo o delgado subdividido em duodeno, jejuno e íleo. No duodeno estão
inseridos pequenos condutos por onde são transportados fluidos enzimáticos armazenados na
vesícula biliar (bile) e no pâncreas (insulina, glucagon e suco pancreático). Essa porção no
intestino continua absorvendo, por meio das vilosidades de sua superfície interna, água e sais
minerais, bem como aminoácidos, alterando a consistência do quimo. Já o intestino grosso,
subdividido em: seco, cólon e reto, que continuam a absorver substâncias e também vitaminas.
Em sua porção terminal (o reto), as fezes ficam armazenadas e eliminadas pelo ânus (orifício
final do trato digestório).

Os benefícios da Atividade Física para o sistema digestivo

A prática regular de atividade física é importante para perder peso e evitar problemas de
saúde, mas ajuda também no funcionamento do intestino e no controle dos gases. Como explicou o
cirurgião Fábio Atui, os exercícios físicos melhoram a digestão e a movimentação do aparelho
digestivo, o que traz diversos benefícios à saúde.
Mesmo quem não costuma se exercitar normalmente consegue perceber o poder da atividade
física no combate ao problema já que basta uma caminhada para melhorar os gases causados pelo
sedentarismo. Porém, existem diversos outros fatores que podem desencadear esse incômodo,
principalmente nas mulheres, nos bebês e nos idosos. No caso das mulheres, há uma relação entre
os gases e a menstruação. Isso porque no período menstrual o corpo incha, causando a sensação
de distensão abdominal, o que aumenta a propensão para a formação dos gases.

Nos bebês, essa distensão também acontece porque o aparelho digestivo dos pequenos
ainda não está totalmente formado e a contração do intestino ainda não é eficiente.
Para os idosos, a dificuldade é maior na absorção dos nutrientes dos alimentos. Eles costumam
comer menos, o que faz com que o estômago inche mais rápido, a comida fermente mais e os gases
sejam mais produzidos. Isso pode aumentar também o desconforto abdominal, bastante comum na
idade mais avançada.
A alimentação também pode influenciar no surgimento do problema, seja pela ingestão direta dos
gases ou pela produção deles pelo organismo. Por exemplo, tomar refrigerante, água com gás ou
bebida alcoólica, mascar chiclete, fumar e roncar são hábitos que fazem a pessoa “engolir” gases,
seja diretamente pela boca ou pela ingestão dos alimentos. Nesse caso, os gases ficam no alto da
barriga, no estômago.

Por outro lado, existem os alimentos que favorecem a produção dos gases dentro do corpo,
resultado do processo de fermentação. Por exemplo, leguminosas, como feijão, ervilha e milho,
folhas de talo largo, como salpicão, repolho e aipo e derivados de leite fermentam no organismo,
aumentando o risco de gases.
A alimentação também pode influenciar no surgimento do problema, seja pela ingestão direta dos
gases ou pela produção deles pelo organismo. Por exemplo, tomar refrigerante, água com gás ou
bebida alcoólica, mascar chiclete, fumar e roncar são hábitos que fazem a pessoa “engolir” gases,
seja diretamente pela boca ou pela ingestão dos alimentos. Nesse caso, os gases ficam no alto da
barriga, no estômago.
Por outro lado, existem os alimentos que favorecem a produção dos gases dentro do corpo,
resultado do processo de fermentação. Por exemplo, leguminosas, como feijão, ervilha e milho,

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folhas de talo largo, como salpicão, repolho e aipo e derivados de leite fermentam no organismo,
aumentando o risco de gases.

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7-ATIVIDADE FÍSICA E GRUPOS ESPECIAIS

São muitas as dificuldades encontradas por portadores de necessidades especiais. Sendo


que, fatores sociais e culturais acarretam em discriminação e automaticamente excluem esses
indivíduos da prática de atividades físicas. Será verdade? Hoje, já não se pode dizer isto com
tanta convicção assim!
 
Uma área riquíssima como a Educação Física não poderia ser tão cruel com este público.
Atualmente, já é possível praticar atividades físicas com segurança e seriedade, objetivando
uma melhora nas mais diversas patologias, bem como enfermidades e deficiências neurológicas
e/ou psíquicas. Sempre respeitando as limitações de cada pessoa; seja ela: deficiente visual,
deficiente auditiva, paraplégica, ou com síndromes como Down e Parkinson.
 
Um profissional capacitado e especializado elabora programas de treinamento que
permitem acima de tudo, respeitando as limitações e os objetivos pré-estabelecidos, um grande
desenvolvimento psicomotor junto ao aluno. Considerando também grupos especiais, mas em
escala menor em comparação dos citados acima, entram para esses programas de treinamento:
Diabéticos, Osteoporóticos, Idosos, Crianças, Obesos e Gestantes; que também necessitam de
acompanhamento individual de qualidade.
Diabéticos
Diabetes Mellitus é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou má
absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e cuja função é quebrar as moléculas
de glicose para transformá-las em energia a fim de que seja aproveitada por todas as células. A
ausência total ou parcial desse hormônio interfere não só na queima do açúcar como na sua
transformação em outras substâncias (proteínas, músculos e gordura).

Na verdade, não se trata de uma doença única, mas de um conjunto de doenças com
características em comum: aumento da concentração de glicose no sangue provocado por duas
diferentes situações:

 Diabetes tipo I – o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. A instalação da doença


ocorre mais na infância e adolescência e é insulinodependente, isto é, exige a aplicação
de injeções diárias de insulina;
 Diabetes tipo II – as células são resistentes à ação da insulina. A incidência da doença
que pode não ser insulinodependente, em geral, acomete as pessoas depois dos 40 anos
de idade;
 Diabetes gestacional – ocorre durante a gravidez e, na maior parte dos casos, é
provocado pelo aumento excessivo de peso da mãe;
 Diabetes associados a outras patologias como as pancreatites alcoólicas, uso de certos
medicamentos, etc.

Sintomas
* Poliúria – a pessoa urina demais e, como isso a desidrata, sente muita sede (polidpsia);
* Aumento do apetite;
* Alterações visuais;
* Impotência sexual;
* Infecções fúngicas na pele e nas unhas;
* Feridas, especialmente nos membros inferiores, que demoram a cicatrizar;

Professora: Rosana Alves


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* Neuropatias diabéticas, provocada pelo comprometimento das terminações nervosas;


* Distúrbios cardíacos e renais.

Fatores de risco
* Obesidade (inclusive a obesidade infantil);
* Hereditariedade;
* Falta de atividade física regular;
* Hipertensão;
* Níveis altos de colesterol e triglicérides;
* Medicamentos, como os à base de cortisona;
* Idade acima dos 40 anos (para o diabetes tipo II);
* Estresse emocional.

Recomendações
* O tratamento do diabetes exige, além do acompanhamento médico especializado, os cuidados
de uma equipe multidisciplinar. Procure seguir as orientações desses profissionais;
* A dieta alimentar deve ser observada criteriosamente. Procure ajuda para elaborar o cardápio
adequado para seu caso. Não é necessário que você se prive por toda a vida dos alimentos de
que mais gosta. Uma vez ou outra, você poderá saboreá-los desde que o faça com parcimônia;
* Um programa regular de exercícios físicos irá ajudá-lo a controlar o nível de açúcar no sangue.
Coloque-os como prioridade em sua rotina de vida;
* O fumo provoca estreitamento das artérias e veias. Como o diabetes compromete a circulação
nos pequenos vasos sanguíneos (retina e rins) e nos grandes vasos (coração e cérebro), fumar
pode acelerar o processo e o aparecimento de complicações;
* O controle da pressão arterial e dos níveis de colesterol e triglicérides deve ser feito com
regularidade;
* Medicamentos à base de cortisona aumentam os níveis de glicose no sangue. Não se
automedique;
* O diagnóstico precoce é o primeiro passo para o sucesso do tratamento. Não minimize seus
sintomas. Procure logo um serviço de saúde se está urinando demais e sentindo muita sede e
muita fome.

Tratamento
O diabetes não pode ser dissociado de outras doenças glandulares. Além da obesidade, outros
distúrbios metabólicos (excesso de cortisona, do hormônio do crescimento ou maior produção de
adrenalina pelas supra-renais) podem estar associados ao diabetes.
O tipo I é também chamado de insulinodependente, porque exige o uso de insulina por via
injetável para suprir o organismo desse hormônio que deixou de ser produzido pelo pâncreas. A
suspensão da medicação pode provocar a cetoacidose diabética, distúrbio metabólico que pode
colocar a vida em risco.
O tipo II não depende da aplicação de insulina e pode ser controlado por medicamentos
ministrados por via oral. A doença descompensada pode levar ao coma hiperosmolar, uma
complicação grave que pode ser fatal.
Dieta alimentar equilibrada é fundamental para o controle do diabetes. A orientação de
uma nutricionista e o acompanhamento de psicólogos e psiquiatras podem ajudar muito a
reduzir o peso e, como consequência, cria a possibilidade de usar doses menores de remédios.
Atividade física é de extrema importância para reduzir o nível da glicose nos dois tipos de
diabetes.

Professora: Rosana Alves


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Idosos e Atividade Física

A atividade física na terceira idade tem sido considerada um importante componente de


um estilo de vida saudável, devido particularmente a sua associação com diversos benefícios
para a saúde física e mental. A população
está crescendo no Brasil e no mundo. Com
o aumento da expectativa de vida, houve
crescimento da população de pessoas de
maior idade que estão sentindo a
necessidade de seguir um programa
adequado de atividades físicas para a
manutenção da saúde. Exercício físico é
benéfico em todas as idades, auxiliando
sempre na manutenção saúde, bem-estar e
qualidade de vida.

Com o tempo, tem-se uma perda


significativa, de todas as capacidades
motoras, tais como: Flexibilidade, equilíbrio, coordenação motora, força, além de uma grande
perda da massa muscular e óssea resultando assim em um aumento da gordura corporal. A
atividade física na terceira idade entra como um elemento indispensável, para retardar o
processo de envelhecimento.

A atividade física escolhida deverá ser a que lhe de mais prazer e satisfação, e deverá ser
incluída em sua rotina diária, e praticada com regularidade, os exercícios devem ser iniciados
após uma avaliação médica e deve ser acompanhado por um profissional de educação física. As
atividades deverão ser praticadas com roupas confortáveis, calçados adequados, em
academias, clubes, ao ar livre e dentro do limite individual de cada um.

Benefícios dos exercícios para a 3ª idade


 Autonomia e bem-estar;
 Aumento da massa muscular e óssea;
 Redução adiposa;
 Estimulo ao metabolismo;
 Combate ao processo inflamatório;
 Melhora das capacidades funcionais;
 Bem-estar físico e psicológico;
 Estimula aspectos cognitivos (atenção, memória e percepção);
 Redução de doenças;

E aprimoramento das qualidades que permitem realizar conforto, e independência nas


atividades diárias. Além de proporcionar um melhor convívio social, melhor interação para
desenvolver atividades culturais e recreativas e envolvimentos em projetos para idosos
potencializando assim um envelhecimento ativo!

Gestantes e Atividade física

Professora: Rosana Alves


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  Depois que a mulher entra no período gestacional


as mudanças surgem gradativamente, dia após dia,
semana após semana. Estas alterações ou mudanças
estão relacionadas tanto com o perfil psicológico como
em seu corpo. Porém, as alterações que mais ocorrem
são as de nível fisiológico, ou seja, mudanças corporais
e hormonais. Para diminuir os efeitos negativos desta
gama de alterações, a futura mamãe deve ter uma
alimentação saudável e controlada, principalmente que
supra a quantidade de nutrientes necessários para si e
para seu filho. E, desde o primeiro momento a mulher
deve ter o cuidado com seu corpo, com a sua saúde e
de sua prole, para que não haja complicações futuras,
seja no período em que a criança está dentro do útero
de sua mãe, durante o parto ou em períodos pós-natais.
Há alguns anos atrás tinha-se uma espécie de regra ou recomendação impedindo que
mulheres gestantes fizessem qualquer tipo de esforço, porém, com passar dos tempos
gradativamente esta idéia foi mudando. Nos dias atuais as gestantes são orientadas pela grande
maioria dos médicos a praticarem algum tipo de exercício físico. O objetivo desta prática regular
vai desde manter e melhorar a saúde durante a gestação, bem como auxiliá-la no momento do
parto, propiciar uma recuperação pós-parto mais rápida, além de beneficiar diretamente a saúde
do bebê.
  Os benefícios da atividade física para gestantes são inúmeros. Porém, para que a
gestante se “apodere” destes benefícios, os exercícios devem ser prescritos individualmente e
respeitando o gosto da gestante. Outra questão importante está relacionada com o limite físico
da gestante, que é variável de acordo com o dia, a temperatura e estado mental. É totalmente
contra indicado exageros na prática das atividades.
De acordo com DUARTE e LIMA (2003, p.72), os principais benefícios são: “diminuição
das câimbras; melhora na circulação sanguínea; redução do inchaço; fortalecimento da
musculatura abdominal; redução do desconforto intestinal; melhora da postura corporal; mais
rápida recuperação pós-parto; diminuição das dores lombares; maior controle respiratório;
controle do aumento do peso corporal; aumento das exigências físicas da gestação”. Ainda
podemos acrescentar melhoras nos níveis hormonais, níveis de tensão e ansiedade, bem como
sensação de bem estar e relaxamento muscular. Em muitos casos a inatividade física durante a
gestação está relacionada com a depressão pós-parto.
Mas para que a atividade física seja desenvolvida de forma correta, o professor de
Educação Física deve ter conhecimento específico da área, bem como parecer favorável de um
especialista, ou seja, do obstetra e conhecer bem as particularidades fisiológicas e psicológicas
do público em que irá desenvolver o trabalho, neste caso as gestantes. Deve se assegurar de
que a gestante esteja totalmente apta para a execução do exercício físico, evitando assim
complicações durante a prática do exercício e consequentemente evitando problemas
indesejáveis e desnecessários. Devido a este contexto, recomenda-se o máximo de cuidado
quanto à forma de execução dos exercícios principalmente relacionados à intensidade, volume,
velocidade de execução, postura, tipo de exercício e local da prática. Isso torna-se de grande
importância, já que durante a gestação as mulheres tornam-se passíveis de doenças. Doenças
estas que podem desaparecer após o parto, estagnarem-se ou até mesmo progredirem.

Professora: Rosana Alves


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Cuidados durante a prática de exercícios físicos


Os benefícios que podem ser percebidos nas atividades físicas realizadas pelas gestantes
são muito grandes, desde que sejam bem coordenados pelos profissionais que atuam nesta
área. O que se deve verificar primeiramente é se não há nenhuma contra indicação para que a
mulher gestante venha a fazer atividade física. Essa informação deverá ser repassada
principalmente pelo obstetra, e posteriormente comprovada na avaliação física. A avaliação
nutricional detalhada também é recomendada.
A prática de exercícios físicos para este grupo deve ser em primeiro lugar prazerosa para
a praticante, e que se consiga passo a passo, desencadear um processo de bem-estar. É de
fundamental importância para o êxito do trabalho que a gestante tenha confiança no profissional
que está ao seu lado prescrevendo o exercício físico.
Mas para que a atividade física seja representativa para a gestante, o profissional de
Educação Física deve ter alguns cuidados no ato da escolha dos exercícios aplicados. Os
principais ou mais recomendados são os seguintes:

 Evitar permanecer muito tempo em pé (imóvel), devido à possibilidade de dores nas


costas advindas do esforço excessivo;
 Qualquer exercício com risco de trauma na região abdominal deve ser evitado;
 Mulheres que se exercitam durante a gravidez devem ter atenção especial com a dieta;
 Durante exercícios aeróbios, deve-se observar os sintomas maternos para adequar a
intensidade da atividade; interromper o exercício quando estiverem fadigadas e,
principalmente, não se exercitarem até exaustão;
 Exercícios sem suporte do peso corporal são os mais indicados (ciclismo, natação,
hidroginástica), devido ao menor impacto e reduzido risco de lesão;
 Intervalos de repouso durante as atividades podem ser úteis para evitar a hipóxia fetal ou
estresse térmico sobre o feto;
 Evitar exercícios na posição supinada, devido ao comprometimento do débito cardíaco;
 Manter a hidratação para evitar o aumento acentuado da temperatura corporal. (aumentos
normais de temperatura induzidos pelos exercícios acarretam pouco risco ao feto);
 Atividades físicas ao final da gestação podem ampliar a resposta hipoglicemica maternal
normal, aumentando a captação da glicose por parte do músculo esquelético materno.
Em condições extremas, esta resposta poderia afetar negativamente o feto;
 Evitar exercícios em ambientes quentes e/ou úmidos;
 É importante usar roupas e calçados adequados;
 As alterações morfológicas devem ser observadas com a finalidade de adequar os
exercícios, evitando prejuízos para o bem-estar materno e fetal;
 Apesar da frequência cardíaca e do VO2 servirem como parâmetro de intensidade, há
indícios de que a percepção subjetiva do esforço seja mais eficiente;
 Deve-se prevenir o ganho excessivo de peso;
 Incluir no treinamento exercícios para os músculos da pelve, abdome e diafragma, pois
estas musculaturas fortalecidas podem facilitar o trabalho de parto vaginal.

Levando em conta estes cuidados prévios o trabalho que será realizado com gestantes
será de grande valia, sabendo que antes de realizar estas atividades podem ser realizados
alguns testes físicos com este grupo. Os testes têm o objetivo de fornecer dados reais sobre o
verdadeiro e atual nível de aptidão física da gestante, o que auxilia e embasa o profissional que
atuará com a prescrição e acompanhamento do treinamento físico específico. Testes
ergométricos, que podem ser realizados tanto em esteiras com apoio para proteção quanto em
bicicleta estacionaria são recomendados. Sugere-se o uso de selim alargado, a fim de evitar a
maceração da região perineal. (GORGATTI, COSTA, 2005, p. 459).

Professora: Rosana Alves


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REFERÊNCIAS

ANTUI, Fabio. Disponível em: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/02/praticar-atividade-fisica-


melhora-digestao

BOLONHINI JUNIOR, Roberto. Portadores de Necessidades Especiais. São Paulo. Editora Arx, 2004.

BRASIL. Casa Civil. Lei nº 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Disponível em: <http //www. planalto.gov.br/ccivil-03/leis/l9394.htm>. Acesso em 28
mar 2015.

Brasil. Secretaria de Educação Física no Brasil. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física.
Brasília: MEC/SEF, 1998.

CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: A história que não se conta. 3. Ed. São Paulo:
Papirus Editora, 1991.

CIDADE, Ruth Eugenia Amarante; FREITAS, Patrícia Silvestre de. Instrução à Educação Física a ao
desporto de pessoas portadoras de Deficiência. Curitiba: Ed. UFPR, 2002.

DARIDO, Suraya Cristina. Educação Física na Escola: Questões e Reflexões. São Paulo: Guanabara
Koogar, 1999.

DARIDO, Suraya Cristina; SOUZA JÚNIOR, Osmar Moreira de, Para ensinar Educação Física:
Possibilidades de intervenção na Escola. 6. Ed. Campinas, SP: Papirus Editora, 2007.

DUARTE. E. LIMA. S.M.T. Atividades físicas para pessoas com necessidades especiais.


Experiências e intervenções pedagógicas. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2003

GORGATTI. M.G. COSTA. R.F.da. Atividade física adaptada. Qualidade de vida para pessoas com
necessidades especiais. Barueri – SP, Manole, 2005.

JUNIOR, Milton Gomes. Disponível em http://www.exercitandosaude.com.br/index.

LEBOUCH, Jean. O desenvolvimento psicomotor: do nascimento aos 6 anos. Porto Alegre: Artes
Médicas.

MATTOS, M.G. NEIRA, M.G. Educação física na adolescência: construindo o conhecimento na


escola. São paulo, Phorte editora, 2000

NOGUEIRA. L.F. Benefício do exercício físico para gestantes nos aspectos fisiológicos e


funcionais. Trabalho de conclusão de curso. Centro Universitário Filadélfia, Londrina-PR, 2009.

Professora: Rosana Alves

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