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APOSTILA
Irrigação e Drenagem
É a relação entre a massa das partículas do solo seco e o volume total da amostra.
massa.de.solo.sec o( g )
Ds( g.cm 3 )
volume.do.cilindro (cm3 )
É a relação entre a massa das partículas do solo seco e o respectivo volume das
partículas (excluído os poros).
massa.de.solo.sec o( g )
Dp( g.cm 3 )
volume.ocupado. pelas. particulas (cm3 )
1
Obs: varia de 0,7 g cm-3, até 1,8 g cm-3 para solos arenosos.
2
Obs: a densidade das partículas dos solos é quase constante e igual a 2,6 g cm-3.
3
Obs: em geral a porosidade dos solos minerais varia entre 25% e 60%, normalmente 40-50%.
É a quantidade de água contida numa amostra de solo. Pode ser expressa com
base em massa de solo (gravimetricamente) ou com base no volume de solo
(volumetricamente). Pode ser determinada por vários procedimentos:
massa.de.agua( g )
Ug (%) *100
massa.de.solo.sec o( g )
volume.de.agua.contida .na.amostra(cm3 )
Uv(%) *100
volume.de.solo.com.sua.estrutura.natural (cm3 )
Obs: conhecendo-se a densidade do solo (Ds), é possível calcular a umidade
volumétrica (Uv) com o uso da expressão:
É o nome dado ao processo pelo qual a água penetra no solo, através de sua
superfície. É um fator muito importante na irrigação, visto que ela determina o tempo em
que se deve manter a água na superfície do solo ou a duração da aspersão, de modo que se
aplique uma quantidade desejada de água. É expressa em termos de lâmina de água mm h-1,
cm h-1 ou l h-1.
A velocidade de infiltração (VI) depende diretamente da textura e da estrutura dos
solos. Em um mesmo tipo de solo a VI varia em função: da umidade do solo na época da
irrigação; a porosidade do solo; existência ou não de camadas permeáveis, ao longo do
perfil.
Há vários métodos e varias maneiras de determinar a VI de um solo. Para que seu
valor seja significativo, o método de determiná-la deve ser condizente com o tipo de
irrigação que será usado naquela área. Portanto podemos classificar os diversos tipos de
irrigação, segundo a infiltração, em dois grupos:
-Infiltração somente na vertical (aspersão e inundações).
-Infiltração ocorrendo na vertical e na horizontal: (sulco).
VI VI inicial
(cm h-1)
2 VI básica
(VIB)
Lista 1
Exercício 1: Solo Ds=1,4g cm-3. Qual será sua porosidade? Resp. 46%
Exercício 3: No solo dos exemplos anteriores considere Uv=15%. Choveu 20mm que se
infiltraram em 40cm de profundidade. Calcular as novas umidades (Ug e Uv).
Exercício 7: Preciso irrigar uma área de 8ha com uma lamina de 10mm, qual seria o
volume de água necessário? Resp.: 800m3.
Exercício 11: Qual a composição ideal dos solos visando o desenvolvimento vegetal?
Exercício 13: Através de um anel amostrador de diâmetro interno igual a 7cm, de altura de
5cm determinou-se o peso de um solo seco em estufa igual a 198,19g. Qual a densidade
desse solo? Resp.: Ds=1,03 g cm-3
Exercício 14: A densidade aparente de um solo é 1,3g cm-3 e o peso da amostra seca em
estufa 105-110oC é 150g. Determinar a porosidade desse solo. Considerando a umidade
volumétrica média do exercício 7, determinar o volume de vazios.
Exercício 15: Quais solos são mais pesados: os argilosos ou os arenosos? Por quê?
Movimento da água
Formas de energia
E= m.g.h
Unidades de potencial
E J N .m N
3 3 2 Pa (unidade.de. pressao)
V m m m
E E
a .g.h h
V portanto V . a .g
E.Va E
h h
V .ma .g portanto m a .g
Para converter energia com base em peso para energia com base em volume:
E E
a
V m
Algumas unidades:
1 atm=760 mm de Hg = 1 kgf cm-2 = 10,33 metros de coluna d’água mca.
1 bar= 105 newtons.m-2 = 105 Pa
1 atm=101,354 kPa = 0,101354 M Pa que é a unidade atualmente recomendada.
1 atm=1 013 548 baria
1 PSI=0,068 atm = 0,68 mca
Do ponto de vista de extração de água do solo pelas plantas, não basta somente
conhecer o conteúdo de água presente neste solo, e sim a energia com que esta água esta
retida. Por definição ψt é “ Quantidade de trabalho que é preciso aplicar para transportar
reversível e isotermicamente uma quantidade de água desde uma situação padrão de
referencia a um ponto do solo considerado”.
O estado de energia em que se encontra a água pode ser descrito pela função
termodinâmica da “Energia Livre de Gibbs” que no sistema solo-planta-atmosfera recebe o
nome de potencial total de água.
Devido às baixas velocidades com que a água se desloca no solo, a energia cinética
é desprezada. As diferenças de energia potencial ao longo dos diferentes pontos no sistema
dão origem ao movimento da água no solo.
Ψt = Ψm + Ψos + Ψg + Ψp
Se
ψA>ψB logo A – B
ψA<ψB logo B – A
ψC>ψA logo C – A
*A
*C *B
*D
Figura 2: Representação esquemática do potencial total da água no solo
+
Referencia
- 20 cm
*A
Logo ψg A=-20cm
Figura 3: Potencial gravitacional.
Obs: Os tensiômetros operam nas faixas de no máximo até 80kPa. Pegando a maioria das faixas de manejo
das culturas, correspondendo a mais de 50% da água útil (CC e PMP) contida no solo, nos arenosos essa
porcentagem pode-se elevar ate 75%.
Potencial osmótico (Ψo): Está relacionado com o total de sais no solo. Muito importante
em solos salinos. Dependendo do nível de salinidade do solo,
Ψos=-0,36*CE
Onde:
Ψos= potencial osmótico, em atm.
CE= condutividade elétrica do extrato de saturação do solo (mmhos/cm)
determinado em laboratório.
Potencial de Pressão (Ψp): Decorrente da pressão externa sobre a água, é uma pressão
hidrostática, normalmente maior que a atmosférica, portanto maior que zero: é positiva em
muitas células de plantas como, também, num solo saturado abaixo da linha do lençol
freático.
Nesse componente de pressão somente serão consideradas as pressões positivas, e,
portanto elas só existem em condições de solos saturados na presença de uma lamina de
água sobre a superfície do solo.
Ψp = d g h
Onde: d= densidade do fluido.
g= aceleração da gravidade
h= diferença entre o ponto considerado e a superfície do fluido.
Saturação:
Um solo está saturado quando todos os seus poros estão cheios de água. No estado
de saturação o potencial matricial da água no solo é zero.
Determinação no campo:
O solo é completamente umedecido, até uma profundidade de mais ou menos 1,5m,
por meio de irrigação normal ou de represamento d’água, em uma bacia de 2m de diâmetro,
durante o tempo necessário. Após o umedecimento do solo, sua superfície é coberta com
um plástico para evitar evaporação. O teor de umidade é então determinado, em intervalos
de 24h por amostragens em cada camada de 5cm, até a profundidade desejada. A
amostragem e determinação da umidade deve continuar ate que se note que a variação do
teor de umidade, no período de 24h, tenha se tornado mínima, ao longo do perfil. Um
gráfico de teor de umidade versus tempo ajuda a decidir qual é o teor de umidade que
melhor representa a capacidade de campo. Este método é mais preciso e funciona como
método padrão. Uma única amostragem, em determinado tempo, em geral após 24h, em
solos arenosos e 48 em argilosos, é muito usado na prática, porém pode causar sérios erros.
Determinação no Laboratório:
Método da curva de tensão (curva característica). A tensão, que foi considerada
como equivalente a “CC”, é de 1/10 de atmosfera, para solo de textura grossa, e de 1/3 de
atmosfera, para solos de textura fina.
A tensão geralmente usada é de 1/3 de atmosfera, para qualquer tipo de solo. Esta
curva de tensão é determinada em laboratório com “panela” e “membrana” de pressão ou
funil de “Bukner”, podendo ser usados solos sem estrutura ou com estrutura natural, sendo
este ultimo mais trabalhoso, porem mais preciso.
O teor de umidade na “CC” pode variar de 8%, em peso, para solos arenosos, ate
mais de 30%, em solo argilosos.
PMP é aquele em que a planta que murcha durante a tarde não recupera a sua
turgidez durante a noite, e na manhã seguinte permanece murcha. Somente recuperará sua
turgidez após irrigação ou chuva.
Este conceito é usado para representar o teor de umidade no solo abaixo do qual a
planta não conseguira retirar água do solo na mesma intensidade que ela transpira,
aumentando a cada instante a deficiência de água na planta, o que a levará a morte, caso
não seja irrigada. “PMP” é o limite mínimo da água armazenada no solo que será usada
pelas vegetais.
Determinação do PMP:
É muito difícil determiná-lo em condições de campo, porque o teor de umidade no
solo, ou a sua tensão, varia com a profundidade, e sempre haverá movimente d’água de
outros pontos para a zona do sistema radicular da planta indicadora do PMP.
A pratica comum é cultivar girassol em vasos fechados. Quando as folhas inferiores
murcham, as plantas são colocadas em câmara úmida e escura, ate que elas restabeleçam
sua turgidez, sendo então recolocadas sob a luz. Este processo será repetido ate que as
folhas inferiores não consigam restabelecer sua turgidez, sendo então determinado o teor de
umidade do solo, o qual será o “ponto de murcha permanente”.
Verificou-se em pesquisas que o teor de umidade de uma amostra de solo
destorroado e submetido a uma tensão de 15 atmosferas é bem próximo do valor
encontrado com o método de indicação do “PMP”, pelo girassol.
A tensão de 15 atm é obtida colocando-se o solo em membrana de celulose
(membrana de pressão) ou em prato de cerâmica poroso (panela de pressão) colocando-as
na câmara e aumentando a pressão sobre a membrana ou prato até atingir 15 atmosferas. A
amostra ficará sobre esta tensão até que dela não saia mais água, ou seja, a água retida pelo
solo está com tensão igual ou maior do que 15 atmosferas. O teor de umidade determinado
nestas amostras representa o Ponto de Murchamento.
Água útil:
Independente das dificuldades encontradas nas determinações de CC e PMP, esses
tem um grande significado agronômico, e representam os limites máximos e mínimos da
umidade do solo que pode ser utilizada pelas culturas. A quantidade de água compreendida
entre esses valores é definida como “Água Útil”. Pode ser expressa em termos de umidade
gravimétrica ou volumétrica.
Au CC PMP
Exemplo: Considerando que se queira drenar o solo do exemplo anterior, quanto de água se
obteria? Resp.: 400m3 ha-1 ou 400mm.
CTA DTA * Z
Em que:
CTA= capacidade total de água no solo em mm;
Z= profundidade efetiva4 do sistema radicular, em cm.
4
A profundidade efetiva do sistema radicular (Z) deve ser tal que, pelo menos, 80% do sistema radicular da
cultura esteja nela contida. Ela depende da cultura e da profundidade do solo na área.
Em irrigação, nunca se deve permitir que o teor de umidade do solo atinja o ponto
de murchamento, isto é, deve-se somente usar, entre duas irrigações sucessivas, uma fração
da capacidade total de água do solo, ou seja:
CRA CTA * f
sendo:
O fator de disponibilidade ( f ) varia entre 0,2 e 0,8. Os valores menores são usados
para culturas mais sensíveis ao déficit de água no solo, e os maiores para as culturas mais
resistentes. De modo geral, podem-se dividir as culturas irrigadas em três grandes grupos.
Exemplo: Considerando que houve uma chuva de 14 mm, Qual seria a irrigação real
necessária? Resp.: 28mm ou 280m3 ha-1.
ETc=ETo x Kc
Freqüência de Irrigação
Também conhecida como turno de rega, é a duração em dias entre as sucessivas
irrigações:
L1(mm)
Fr (dias )
N1(mm.dia 1 )
A freqüência Fr, para cada período da campanha de irrigação , deve ser menor ou
igual ao turno de rega máximo (Fmax.), dado pela equação:
L1m
F max
N1
Em que: Fmax= turno de rega máximo para o período considerado, em dias;
L1m= lamina de irrigação liquida máxima, em mm;
N1= necessidade de irrigação liquida, em mm dia-1.
Necessidade de Lixiviação
Grande parte das águas utilizadas para irrigação contem sais dissolvidos de origem
natural, que se acumulam no solo cultivado, aumentando a concentração dos minerais já
existentes no mesmo, à medida que a água se evapora e é consumida pelas plantas.
Para se evitar prejuízos às culturas irrigadas, decorrentes da concentração excessiva
de sais na solução do sol, é necessário se adotar um manejo adequado conjunto de irrigação
e drenagem. A irrigação deve prover uma quantidade suplementar de água para drenar o
excesso de sais, transportando-os para as camadas inferiores do solo não alcançadas pelas
raízes da cultura. É indispensável também que exista um sistema de drenagem na área
cultivada (natural ou artificial), para facilitar o escoamento da irrigação excedente e evitar a
ascensão do lençol freático à zona radicular.
A fração de irrigação, que deve percolar para lavar ou lixiviar os sais acumulados no
solo depende da salinidade da água de irrigação e da salinidade tolerada pela planta, sendo
obtidas então pelas seguintes equações:
-Para irrigação por aspersão de baixa freqüência ou por inundação:
CEa
LR
5.CEe CEa
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C. VIB A * IRN
Q 2,78 *
D. Etpc = kc * Eto Ea * Ec * H * PI
ou
E. IRN <= CRA
IRN <= CRA –Pe ( ETpc Pp ) * A * TR
Q 2,78 *
Pe= precipitação efetiva em projetos pode ser Ea * Ec * H * PI
substituída pela precipitação provável com
75-80 % de probabilidade de ocorrência. onde:
Q= vazão necessária l/s;
F. Turno de rega A= área projeto em há;
CRA CRA ETpc= evapotransp. Cultura no período
TR ou TR
ETpc ( ETpc Pe) de maior demanda, em mm/dia;
Pp= precipitação provável, mm/dia;
TR= turno de rega, em dias;
G. Período de irrigação (PI) IRN= irrigação real necessária, em mm;
Numero de dias necessários para completar Ea= eficiência de aplicação de irrigação,
uma irrigação em determinada área. Deve ser em decimal;
igual ao TR, ou um dia menor. Ec= eficiência de condução da água, em
decimal
H. Irrigação total necessária (ITN) H= no de horas funcionamento do sistema
IRNmm por dia;
ITN PI= período de irrigação , em dias.
Ea
I. Máxima demanda de irrigação. É a máxima Em geral sistemas de irrigação por aspersão
demanda evapotranspirométrica da cultura. necessitam de 1 litro/s/ha (24 horas de
funcionamento) ou 2 litros/s/há (12 horas de
J. Intensidade de aplicação de água. IA<VIB func.).
q(l / s) * 3600
IA(mm / h)
S1(m) * S 2(m)
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1. Vantagens e Desvantagens
6. Eficiência de Irrigação
7. Distribuição das linhas laterais: Topografia, geometria da parcela, vento, fileiras das plantas,
tomada d’água.
Vantagens:
não exige sistematização do terreno : economia
mantém a fertilidade natural do solo: não lixivia
pode ser empregada em qualquer tipo de solo, mesmo os com altas taxas de infiltração
terrenos com qualquer declividade (até 30%)
permite a aplicação de defensivos e de fertilizantes
permite uma maior economia de água : eficiência de 70 a 95%
elimina (praticamente) as perdas por condução
permite a irrigação durante à noite : economia energia elétrica
praticamente não prejudica a aeração do solo, resultando em melhor desenvolvimento
radicular
é fácil de ser implantada em plantações permanentes já estabelecidas
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Desvantagens:
requer mão de obra habilitada
exige bombeamento para atingir a pressão de serviço: gastos de energia
propicia uma evaporação mais intensa. Minorado com irrigação noturna (menor temperatura e
menos vento)
impacto das gotas nas flores e frutos pode :
propagar doenças
prejudicar polinização
queda flores e frutos no início desenvolvimento
causar erosão no solo
pode lavar os defensivos aplicados na parte aérea
chuvas desuniformes (vento > 4 m/s), minimiza com irrigação a noite
custo inicial elevado
entupimento dos aspersores. Minimiza com filtros
2. Componentes do sistema
Bomba: motor elétrico, diesel ou gasolina
Tubulações: tubulação de adução, tubulação de distribuição (linhas principais e laterais).
Comprimentos fixos de 6m. Para sistemas convencionais móveis utiliza-se encaixes com
engates rápidos e boa vedação (sem roscas nem colas). Para sistemas convencionais fixos
utiliza-se juntas para união dos tubos. Estas juntas podem ser flexíveis ou rígidas (soldas, cola
ou parafusos).
Os tipos de materiais mais utilizados nas tubulações são: PVC (cloreto de polivinil), polietileno,
cimento amianto, aço galvanizado, alumínio.
- PVC. Diâmetros menores que 300 mm. Baixo peso (economia em transporte e melhor
manejo), baixa rugosidade das paredes do tubo. Os engates de PVC não têm grande
resistência. Uma alternativa é usar tubos de PVC com engates de aço galvanizado.
- Polietileno. Tubulações flexíveis, uso limitado a diâmetros inferiores a 50 mm por
questão econômica. Mais resistentes e fáceis de manejar que os de PVC. Empregados
em microaspersão e gotejamento.
- Cimento amianto. Diâmetros entre 250 e 800 mm. Rompem-se com facilidade quando
submetidos a impactos.
- Aço galvanizado e alumínio. Os de alumínio são mais leves que os de aço, mais
resistentes à corrosão, mais caros e menos resistentes aos choques externos. Problema
de esquentar muito com o sol, sendo necessário luvas para manejá-los.
Derivações: registros, curvas e cotovelos (mudança de direção das tubulações, podendo ter
ângulos internos de 45o, 60o e 90o), Tê (une duas linhas de tubulação em forma de ‘T”, como a
conexão da linha principal à lateral), redução (une um tubo de diâmetro maior com outro de
diâmetro menor), cruzeta (une duas linhas de tubulação em forma de cruz), tampão (utilizado
para tapar os trechos finais das linhas laterais e principais.
Aspersores: peças principais do sistema de irrigação por aspersão. Operam sob pressão, lançam
o jato d’água no ar. Este é fracionado em gotas caindo no solo em forma de chuva. Eles podem
ter giros completos (360o) ou parciais (90o, 180o).A velocidade de rotação é baixa (de 1 a 2
rotações por minuto). A pressão de serviço do aspersor varia de 0,2 a 15 atm. A pressão de
serviço não é cumulativa na linha. A pressão no aspersor 1 será igual a pressão no aspersor 10
menos a perda de carga ao longo da linha. Diferente da vazão, que é cumulativa. Os aspersores
podem tem 1 ou 2 bocais com diversos diâmetros. Quanto maior o diâmetro do boca, maior o
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Raio de alcance do aspersor. O quadro abaixo mosta uma classificaçào dos aspersores quanto a
sua pressão de serviço e algumas características.
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Em termos econômicos quanto maior R maior Ie para uma determinada Pressão de serviço do
aspersor. Mas, quanto maior Ie maoir o Ip (gotas são mais grossas).
Uma alta eficiência do aspersor compromete a qualidade de irrigação devido a as gotas muito
grossas.
Ie varia entre 0,4 e 1,0 .
Ideal Ie entre 0,7 e 0,8 (economia e qualidade de irrigação).
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S1
S2
A disposição retangular é usada para corrigir o efeito do vento. Dispõem-se as linhas laterais
perpendiculares a direção predominante do vento. O vento tende a dar um formato elíptico à área
molhada do aspersor. Diminui-se então o espaçamento entre os aspersores para compensar.
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volume
xi = volume = volume de água captado no pluviômetro (mm3)
área
área = área do bocal do pluviômetro (mm2) = A =d2/4,
sendo d = diâmetro do bocal do pluviômetro
Valores aceitáveis 85% < Cuc < 95%Cuc < 80% : aceitáveis para culturas de raízes longas, com
chuva no período de irrigação
Segundo Pillsbury e Degan (1968) o Cuc pode ser aceitável para diferentes espaçamentos das
plantas:
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6. Eficiência de Irrigação
A dose bruta é sempre maior que a dose líquida pois ocorrem perdas
Perdas durante a aplicação: interceptação vegetal, evaporação direta das gotas da chuva antes de
atingirem o solo, escoamento superficial, percolação, ...
Perdas por condução: vazamentos nas linhas
A eficiência do sistema de irrigação por aspersão varia entre 60 e 95%.
60% Irrigação durante o dia em regiões semi-áridas (alta evaporação)
75% Irrigação durante o dia em regiões de clima moderado
90% Irrigação a noite (minimiza perdas por evaporação)
95% Irrigação por microaspersão e gotejamento
Topografia: condição principal. As linhas laterais devem ser paralelas as curvas de nível, para
evitar diferença grande de pressão na linha, devido as perdas de carga, evitando assim
desuniformidade de precipitação.
Comprimento máximo da linha lateral: Ajusta-se o comprimento das linhas laterais de modo a
obter-se as menores perdas de carga.
- declividade descendente: O ganho de energia por diferença de cota tende a compensar as
perdas de carga ao longo da linha. Em geral podem ser linhas mais compridas que as de
declividade ascendente.
- declividade ascendente: Laterais menores pois haverá uma perda de energia por diferença
de cota que será somada as perdas de carga ao longo da linha.
Critério de projeto: perda de carga máxima em uma linha menor ou igual a 20% da pressão de
serviço requerida pela linha.
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Para uma distribuição uniforme das Pressões ao longo da linha, adota-se o critério de aumentar a
pressão (+ 25%) no início da linha e diminui-se no final da linha (-25%). Desta forma a linha terá
pressão ideal no meio.
Geometria da parcela: Preferencialmente adotar parcelas retangulares para facilitar o manejo da
irrigação.
Direção predominante do vento: As linhas laterais devem estar dispostas na direção
perpendicular ao vento, para favorecer a uniformidade de irrigação.
Direção das fileiras das plantas: As plantas devem ser cultivadas na direção paralela as laterais
para facilitar o deslocamento dos condutos portáteis.
Ponto de tomada d’água: O ponto de tomada d’água deve ser preferencialmente no interior da
parcela quando a irrigação é feita somente nesta parcela, ou fora das parcelas, em posição
intermediária quando a irrigação é feita em várias parcelas.
As tubulações (linhas) têm a função de transportar e abastecer em cada tomada d´água a vazão de
projeto à pressão adequada para irrigação em cada aspersor, já posicionado.
Equação da continuidade:
Q = vazão (m3/s)
A = área da seção transversal do conduto (A=d2/4),
d = diâmetro do Conduto (m2)
V = Velocidade da água dentro do conduto (m/s)
O diâmetro interno e o comprimento da linha lateral devem ser projetadas de forma que a
diferença de vazão entre o primeiro e ultimo aspersor não exceda em 10%, isto representa uma
variação da pressão em 20%.
Existem varias equações para dimensionamento de tubulações, entretanto, a de Hazen-
Willians é a mais utilizada no dimensionamento de linhas laterais, deverá ser utilizada para
diâmetros acima de duas polegadas.
Q 1,85 L
hf J .L 10,641 4,87
C D
Onde:
hf= perda de carga, mca
J= perda de carga unitária, mca m-1;
Q= vazão na linha lateral em m3 s-1;
C= coeficiente de Hazen Willians, empírico;
D= diâmetro interno da linha lateral, m;
L= comprimento da linha lateral.
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0 , 205 0, 205
Q
1,85
L Q
1,85
L
D 10,641 10,641 1
C hf ' C hf .F
1 1 m 1
F
m 1 2.N 6.N 2
Em que
m = coeficiente que depende do expoente da velocidade na equação em uso (se Hazen Willians,
m=1,85, se Darcy Weisbach m=2)
N = numero de saidas ao longo da tubulação.
Visando simplificar e agilizar o dimensionamento de linha lateral com dois diâmetros Denículi et al
1992 apresentam a seguinte equação:
1
D1 n m1
1
L2 D L
D1 n
1
D2
L1 L L 2
Onde:
L= comprimento total da linha lateral, m;
L1= trecho da linha lateral correspondente ao maior diâmetro-D1, m;
L2= trecho da linha lateral correspondente ao menor diâmetro-D2, m;
D= diâmetro interno da linha lateral, m;
D1= diâmetro interno comercial superior, m;
D2= diâmetro interno comercial inferior, m;
m= coeficiente de Hazen-Willians, m=1,85
n= 4,87.
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0,5
4.Q
D
.V
Obs. Existem ainda outros métodos para determinação do diâmetro de linha principal, por exemplo,
método da analise econômica.
A altura manométrica do sistema corresponde a pressão máxima que a bomba deve fornecer
e pode ser assim determinada:
Conjunto Motor-Bomba
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Para estimativa do consumo de energia por safra é necessário determinar o numero de horas
provável (NHP) para o qual o sistema vai operar.
ETs. A
NHO
Ec.EA.Qs.3600
O consumo de energia (CTE) por ano ou por safra em kwh pode ser estimado por:
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TABELA 2. Tensão de água no solo na qual deve-se promover a irrigação para obter-
se rendimento máximo em várias culturas.
Cultura Tensão (kPa) Cultura Tensão (kPa)
Abacate 50 Limoeiro 400
Aipo 20 - 30 Mangueira 30
Alface 40 - 60 Melão 30 - 80
Alfafa 150 Milho 50
Algodão 100 - 300 Morango 20 - 30
Alho 15 - 30 Pepino 100 - 300
Aspargo 50 Repolho 60 - 70
Banana 30 - 150 Soja 50 - 150
Batata 20 - 40 Sorgo 60 - 130
Batata doce 240 Tabaco 30 - 80
Batatinha 30 - 50 Tomate industrial 30
Beterraba 40 - 60 Tomate salada 30 - 100
Brócolos 40 - 70 Trigo 80 - 150
Café 30 - 60 Vagem 25 - 70
Cana-de-açúcar 25 - 30 Videira 40 - 60
Cantaloupe 35 - 40
Capim 30 - 100
Cebola 15 – 45
Cenoura 20 – 30
Couve 30 - 70
Couve–flor 60 - 70
Ervilha 100 - 200
Feijão 60 - 100
Laranjeira 30 - 100
Lentilha 200 - 400
Fontes: 1. MILLAR (1984); 2. SILVA, PINTO & AZEVEDO (1996)
3.CNPH/EMBRAPA (1996); 4. JÚNIOR (1997)
Obs.: (atmosférica técnica – usualmente empregada para transformações de unidades de
pressão) 10 mca = 1.000 cmca = 100 kPa = 1 atm = 1 bar = 14,22 lb/in2 ou 14,22 psi = 1 kgf/cm2 =
10.000 kgf/m2
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Grupo Culturas
1 cebola, pimenta, batata
2 banana, repolho, uva, ervilha, tomate
3 alfafa, feijão, cítricas, amendoim, abacaxi, girassol, melancia, trigo
4 algodão, milho, azeitona, açafrão, sorgo, soja, beterraba, cana-de-açúcar, fumo
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47
TABELA 4. Coeficiente do tanque tipo classe “A” (Kt) para diferentes coberturas do
terreno, níveis de umidade relativa média e velocidade total do vento em 24 horas.
Tanque colocado em área
Tanque colocado em
cultivada com grama verde de
área sem vegetação
pouca altura
Vento Bordadura
UR média (%) UR média (%)
(km/dia) (m)
Alta
Baixa Médi Alta Baix Méd
>
< 40 a 40-70 > 70 a < 40 ia 40-70
70
1 0,55 0,65 0,75 0,70 0,80 0,85
Fraco 10 0,65 0,75 0,85 0,60 0,70 0,80
< 175 100 0,70 0,80 0,85 0,55 0,65 0,75
1000 0,75 0,85 0,85 0,50 0,60 0,70
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48
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Primeiro valor: sob alta umidade (URmin > 70%) e vento fraco (U < 5 m/s).
Segundo valor: sob baixa umidade (UR min < 50%) e vento forte (U > 5 m/s).
*
Para turno de rega de 1 e 2 dias consultar item 3.2 para estimativa de Kc.
**
Brócolos, couve-flor, couve-de-bruxelas etc.
***
Para condições edofoclimáticas da região de cerrados do Brasil Central.
Estádio I: germinação ate 10% do desenvolvimento vegetativo
Estádio II: de 10 a 80% do desenvolvimento vegetativo
Estádio III: 80% do desenvolvimento vegetativo até o inicio da maturação
Estádio IV: do inicio do amadurecimento ate a colheita.
Fonte: Adaptado de Doorenbos & Pruit (1977) e Doorenbos & Kassam (1979).
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Tubos de Alumínio
Diâmetro externo (nominal) Diâmetro Interno
(polegada) (mm)
3 73,5
4 98,5
5 124,4
Tubos de PVC
Diâmetro externo (nominal) Diâmetro Interno
(polegada) (mm)
2 46,8
3 70,7
4 94,4
Tabela 8. Fator de múltiplas saídas (F) para correção da perda de carga em linhas
laterais.
Número da aspersores na linha Número da aspersores na
(saídas) F linha (saídas) F
1 1,000 9 0,408
2 0,639 10 0,402
3 0,534 11 0,397
4 0,485 12 0,393
5 0,457 13 0,390
6 0,438 14 0,387
7 0,425 15 0,385
8 0,416 16 0,382
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Severidade do problema
Parâmetro Baixa Moderada Alta
FÏSICO
Sólidos suspensos (mg/L) < 50 50 a 100 > 100
QUÏMICO
pH <7 7a8 >8
Sólidos dissolvidos (mg/L) < 500 500 a 2.000 > 2.000
Manganês (mg/L) < 0,1 0,1 a 1,5 > 1,5
Ferro total (mg/L) < 0,2 0,2 a 1,5 > 1,5
H2S (mg/L) < 0,2 0,2 a 2,0 > 2,0
BIOLÖGICO
População bacteriana (mg/L) < 10.000 10.000 a 50.000 > 50.000
ELEMENTOS TÓXICOS
Boro (ppm) < 0,5 0,5 a 2,0 2,0 a 10,0
Cloreto (ppm) <4 4 a 10 > 10
Sódio (RAS) <3 3a 9 >9
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Ex. 3. Selecionar um aspersor entre os três modelos caracterizados pelo diâmetro do bocal,
pela pressão de funcionamento, cuja vazão requerida para o sistema é igual a 1,35m3/h e
cujo espaçamento adotado é de 12 x 18m.
Tomada
agua
Direção
300m dominante
vento
200m
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Pede-se: Faça um projeto completo de irrigação por aspersão convencional portátil ou semi
portátil.
Recomendação de manejo com turno de rega fixo e outro com turno de rega variável
(Etc=6mm/dia).
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2. Espécie de cultura plantada ou a ser plantada e o espaçamento entre plantas e entre linhas.
3. Tipo de solo:
7. Desnível entre a água e o local de bomba em metros: este dado é de suma importância para o
dimensionamento correto da bomba, pois cada bomba apresenta uma altura máxima de sucção.
a. Se a água for captada numa fonte de água corrente (rio, riacho, canal, etc) determinar a sua vazão
em litros/segundo ou metros cúbicos/hora;
b. Se a captação for feita em um reservatório (represa, açude, etc) determinar o seu volume em
metros cúbicos (m3).
Se estas medições foram feitas na época de chuvas, deve-se coletar junto aos moradores vizinhos a
variação que as mesmas sofrem na época da seca.
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Caso já haja bomba centrífuga e ou motor para acionamento, especificar todos os dados disponíveis
tais como:
Marca · Modelo · Potência · Rotação · Vazão
Altura de sucção de recalque · Diâmetro dos rotores · etc
12. Anexar uma planta plani-altimétrica ou planimétrica da área a ser irrigada. Para irrigação
localizada acrescentar curva de nível de metro em metro e locação das linhas de plantio.
Caso não haja a planta, fazer um croqui da área com as seguintes indicações:
Formato de área com suas dimensões;
Aonde se localiza o ponto mais alto do terreno e a distância entre este e o ponto de captação de
água.
Localizar o ponto de captação da água e a distância entre o início da área a ser irrigada.
Demarcar estradas, grotas, espigões, linhas de força, etc.
Com base no levantamento de dados da área a ser irrigada, elabora-se o projeto de irrigação mais
viável, técnica e economicamente
2. Seleção do equipamento mais adequado ou das alternativas dos equipamentos para a área: esta
seleção leva em consideração a cultura plantada ou a ser plantada, a topografia da área, o tamanho
da área e a disponibilidade de água;
3. Cálculo do turno de rega e tempo de funcionamento por posição: para fazer estes cálculos leva-
se em conta, principalmente, o consumo diário de água que a cultura necessita, a profundidade do
sistema radicular, a resistência que a planta apresenta ao "déficit" de água e as características físicas
do solo, principalmente, quanto á sua capacidade de armazenamento de água;
4. Cálculo da vazão: esse cálculo refere-se à vazão total do equipamento e baseia-se na área a ser
irrigada, na precipitação definida e o número de horas de trabalho diário;
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7. Elaboração de planta ou croqui: efetuados os cálculos deve ser elaborada uma planta ou croqui,
onde são locados o ponto de captação, a linha mestra, as linhas laterais, os acessórios e o
posicionamento do equipamento;
8. O roteiro prossegue com a análise econômica do projeto e outros ítens, tais como custos, receitas,
fluxo de caixa, comercialização, etc, conforme a exigência da situação. (Hernandez F. B.T. 1999)
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Drenagem
A drenagem agricola é uma pratica significativa para o sucesso de projetos de
irrigação, principalmente para aqueles situados em regiões de acentuada deficiência hidro-
climatica, é comum a existência nas áreas destinadas a agricultura, de condições
desfavoráveis de drenagem natural. Nas áreas de sequeiro, principalmente quando são
baixas e formadas por solos rasos ocorrem com freqüência inundações ou encharcamentos
durante o período de grandes chuva, o que pode causar perdas na produção agrícola,
dificuldades de manejo do solo e ate perdas matérias.
Nas áreas irrigadas, alem dos danos acima mencionados pode haver salinização,
principalmente na região semi-árida, com seus efeitos daninhos sobre o solo e, em
conseqüência, sobre as culturas, o que torna a necessidade de drenagem ainda maior
considerando que os investimentos e m infra-estrutura são altamente significativos.
A origem da drenagem, como da irrigação, perde-se da remota antiguidade.
Heródoto, 400 anos a.C., se refere ao seu uso no vale do Nilo, por ocasião da antiga
civilização egípcia. Após a invenção da maquina de fabricação de tubos de barro (1843) e o
aperfeiçoamento das maquinas escavadoras, foi que a drenagem tomou o devido impulso.
Benefícios da drenagem
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Tipos de drenos
Levantamento topográfico
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Hidrogramas
Condutividade Hidráulica
Do ponto de vista de extração de água do solo pelas plantas, não basta somente
conhecer o conteúdo de água presente neste solo, e sim a energia com que esta água esta
retida. Por definição ψt é “ Quantidade de trabalho que é preciso aplicar para transportar
reversível e isotermicamente uma quantidade de água desde uma situação padrão de
referencia a um ponto do solo considerado”.
O estado de energia em que se encontra a água pode ser descrito pela função
termodinâmica da “Energia Livre de Gibbs” que no sistema solo-planta-atmosfera recebe o
nome de potencial total de água.
Devido às baixas velocidades com que a água se desloca no solo, a energia cinética
é desprezada. As diferenças de energia potencial ao longo dos diferentes pontos no sistema
dão origem ao movimento da água no solo.
Ψt = Ψm + Ψos + Ψg + Ψp
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*A
*C *B
*D
Figura 2: Representação esquemática do potencial
total da água no solo
A B
q k em que:
L
q= fluxo de água no solo L/T, m/dia, cm/seg.
k= condutividade hidráulica do solo (L/T), m/dia ou cm/seg.
ΨA= potencial total no ponto A (L), m ou cm.
ΨB= potencial total no ponto B (L), m ou cm.
L= distancia entre os dois pontos ao longo da linha de fluxo (L), m ou cm.
A vazão (Q), através do solo, pode ser calculada, multiplicando-se o fluxo de água
(q) pela área transversal ao fluxo (A), sendo:
d
q ko e para meio não saturado q k ( )
L d .z
Uma das maneiras de determinar k(θ) é através da curva característica de umidade do solo
ou curva de retenção de umidade no solo e da equação de Darcy.
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Método direto
Consiste na determinação “in loco” da declividade da linha de efeito útil de
drenagem do solo, a qual deve ser determinada na área a ser drenada, por meio de um dreno
aberto e, na direção perpendicular ao dreno aberto, uma serie de poços, conforme figura
abaixo. A água do dreno aberto deve ser bombeada ou derivada por gravidade para fora da
área, até se tornar constante o nível da água dos poços. Unindo estes pontos num gráfico,
tem-se a declividade da linha de efeito útil da drenagem daquele solo.
Conhecendo esta linha, facilmente pode-se determinar qual deverá ser a distancia e
a profundidade dos drenos, para determinada profundidade mínima do lençol freático no
meio de dois drenos.
dreno
Método direto
Existem varias equações e ábacos para estimar o espaçamento de drenos em função
do tipo de solo, da quantidade de água a ser drenada, da profundidade do dreno, da
existência e profundidade da camada impermeável, etc.
Dentre as diversas equações, pode-se citar a equação da elipse ou de Donnan, a
equação da elipse modificada ou de Hooghoudt, a equação de Ernst, a equação de Kirkham,
a equação do United State Bureau of reclamation, etc.
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H
P L
h F
Y
q Z
D Camada
impermeável
Figura: representação de drenagem com lençol freático (LF) estável,
mostrando os termos usados na equação de Donnam.
0
,
1 50 L
, F
2 Y ,
q 7 Z
1 Camada
, impermeável
0
Como D<2 P logo 1<<2*1,2, pode-se aplicar a equação de Donnan.
É a taxa de remoção do excesso de água no solo, expresso em lamina de água por dia m/dia.
É utilizada para calculo de espaçamento entre drenos quando são empregadas equações de regime
permanente.
Porosidade Drenável
Cont........................
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Fotos
Manilhas de barro
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Dreno de bambu
MANEJO DA IRRIGAÇÃO
Na prática do manejo da irrigação (conjunto de operações que visam fornecer água ao solo
no momento oportuno e em quantidade adequada com o objetivo de suprir as necessidades hídricas
das plantas, sem contudo causar danos ao sistema solo-planta-atmosfera) há muitas formas de se
abordar os distintos problemas que se apresentam na prática, logo o que propomos aqui deve-se
entender mais como uma recomendação do que como normas a serem seguidas.
No manejo da irrigação os principais aspectos a serem abordados estão relacionados às
questões de quando e quanto irrigar, tendo sido uma preocupação constante, haja vista que
pesquisas têm demonstrado que há uma tendência dos produtores irrigar antes ou após o momento
recomendado, aproximadamente 37% irrigando corretamente.
Existem três processos básicos para se estabelecer o momento e quantidade de água para
irrigação: método do balanço de água no solo (Parâmetros climáticos), método baseado em função
da umidade do solo e método baseado nas condições de água na planta, sendo o melhor aquele que
considera o maior número de fatores que determinam a transferência da água nesse sistema, ou
ainda aquele que melhor se ajustar às condições do próprio irrigante.
Na realidade, este método consiste em realizar um balanço hídrico entre água da irrigação e
chuva com a demanda evapotraspirométrica da cultura. Sendo necessário determinar essas
demandas através das evapotranspirações de referência e da cultura.
Para determinação da evapotranspiração de referência (ETo), quantidade de água evaporada
na unidade de tempo por uma vegetação rasteira de altura uniforme, em crescimento ativo, que
cobre completamente a superfície e sem limitação de água ao solo, uma boa prática seria usar de
métodos indiretos na sua determinação, que são métodos que dão diretamente a evapotranspiração e
para determina-la multiplica-se o valor encontrado por um fator (específico para cada região e para
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cada método indireto). Uma boa alternativa para determinação da evapotranspiração de referência
(ETo) é através do uso de evaporímetros. Existem dois tipos de evaporímetros, um em que a
superfície de água fica exposta (tanques de evaporação) e o outro em que a evaporação se dá por
uma superfície porosa (atmômetro).
Nos atemos neste caso ao uso de um tanque denominado Tanque U.S.W.B classe A (TCA)
que se trata de um evaporímetro circular de diâmetros 1.205 metros por 0.254 metros de altura e
construído em chapa galvanizada número 22, assentado no solo sobre um estrado de madeira de
dimensões 0.10 x 0.05 x1.25 metros, nivelado sobre o terreno, sendo cheio de água limpa até 5
centímetros da borda superior e nunca permitindo um rebaixamento superior a 7.5 centímetros à
partir da borda. Logo a cada 2.5 centímetros de evaporação devemos fazer nova reposição de água
ao tanque.
Para determinação da variação do nível de água utiliza-se um parafuso micrométrico
(micrômetro de gancho), geralmente de precisão 0.02 milímetros, colocados sobre poço
tranquilizador (aparato que minimiza oscilações de leitura), ou até mesmo uma boa régua não sendo
tão precisa quanto ao parafuso micrométrico. Outra maneira para determinação da leitura seria pela
adição de um volume de água conhecido onde sabendo o seu diâmetro, logo tenho lâmina
evaporada. São recomendadas leituras diárias do tanque logo na primeira hora do dia.
Sendo assim, a evapotranspiração de referência (ETo) pode ser calculada pela seguinte
equação:
UR%(média)
Baixa 40% Média 40-70% Alta >70%
Posição do tanque (Rm)*
Vento (km/dia)
1 0.55 0.70 0.65 0.80 0.75 0.85
10 0.65 0.60 0.75 0.70 0.85 0.80
Leve <175 100 0.70 0.55 0.80 0.65 0.85 0.75
1000 0.75 0.50 0.85 0.60 0.85 0.70
1 0.50 0.65 0.60 0.75 0.65 0.80
Moderado 10 0.60 0.55 0.70 0.65 0.75 0.70
175-425 100 0.65 0.50 0.75 0.60 0.80 0.65
1000 0.70 0.45 0.80 0.55 0.80 0.60
1 0.45 0.60 0.50 0.65 0.60 0.70
Forte 10 0.55 0.50 0.60 0.55 0.65 0.75
425-700 100 0.60 0.45 0.65 0.50 0.75 0.60
1000 0.65 0.40 0.70 0.45 0.75 0.55
Muito forte 1 0.40 0.50 0.45 0.60 0.50 0.65
>700 10 0.45 0.45 0.55 0.50 0.60 0.55
100 0.50 0.40 0.60 0.45 0.65 0.50
1000 0.55 0.35 0.60 0.40 0.65 0.45
Food and Agricultural Organization (FAO)
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OBS: Valores de Kt na primeira coluna se referem ao tanque circundado por grama e os da segunda
coluna circundado por solo nu. * Por Rm entende-se a menor distância expressa em metros do
centro do tanque ao limite da bordadura (grama ou solo nu).
No entanto o que desejamos saber é a evapotranspiração potencial da cultura (Etpc), ou
seja, devemos repor ao solo a água evapotranspirada pela cultura. Sendo a evapotranspiração
potencial da cultura a evapotranspiração quando há ótimas condições de nutrientes e umidade no
solo, de modo a permitir a produção potencial desta cultura nas condições de campo. Podendo ser
expressa pela seguinte equação:
Etpc= Kc . Eto
Onde:
Kc é o coeficiente da cultura.
ETo é evapotranspiração de referência.
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Tabela: Coeficiente da cultura (Kc) para algumas espécies vegetais, em função dos estádios de
desenvolvimento.
Cultura Estádios de desenvolvimento das culturas
I II III IV V
Banana 0.5-0.55 0.7-0.85 1.0-1.1 0.9-1.0 0.75-0.85
Feijão 0.3-0.4 0.7-0.8 1.05-1.2 0.65-0.75 0.25-0.3
Algodão 0.4-0.5 0.7-0.8 1.051.25 0.8-0.9 0.65-0.7
Amendoin 0.4-0.5 0.7-0.8 0.95-1.1 0.75-0.85 0.55-0.6
Milho 0.3-0.5 0.8-0.85 1.05-1.2 0.8-0.95 0.55-0.6
Cebola 0.4-0.6 0.7-0.8 0.95-1.1 0.85-0.9 0.75-0.85
Ervilha 0.4-0.5 0.7-0.85 1.05-1.2 1.0-1.15 0.95-1.1
Pimenta 0.3-0.4 0.6-0.75 0.95-1.1 0.85-1.0 0.8-0.9
Batata 0.4-0.5 0.7-0.8 1.05-1.2 0.85-0.95 0.7-0.75
Arroz 1.1-1.15 1.1-1.5 1.1-1.3 0.95-1.05 0.95-1.05
Sorgo 0.3-0.4 0.7-0.75 1.0-1.15 0.75-0.8 0.5-0.55
Cana 0.4-0.5 0.7-1.0 1.0-1.3 0.75-0.8 0.5-0.6
Fumo 0.3-0.4 0.7-0.8 1.0-1.2 0.9-1.0 0.75-0.85
Tomate 0.4-0.5 0.7-0.8 1.05-1.25 0.8-0.95 0.6-0.65
Trigo 0.3-0.4 0.7-0.8 1.05-1.2 0.65-0.75 0.2-0.25
Alfafa 0.3-0.4 1.05-1.2
Caracterização dos estádios: I. emergência até 10 % do desenvolvimento vegetativo (DV); II. 10 %
do DV até 80 % do DV; III. 80 % do DV até 100 % do DV inclusive frutos formados; IV.
Maturação; estádios V. colheita.
Este método tem a vantagem de incluir o armazenamento de água no solo, utilizando dados
de solo-água como indicadores do momento e lâmina líquida a ser aplicada no solo. Portanto o
monitoramento do potencial de água no solo, capacidade de armazenamento de água na zona das
raízes, potencial matricial mínimo para proceder a irrigação, devem ser conhecidos.
Curva de retenção
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10000
Potencial matricial kPa
1000 PMP
100
CC
10
1
8 13 18 23
Tensiômetro
São aparelhos de medidas diretas do potencial matricial da água no solo (faixa até 80 kPa),
consiste num tubo pouco condutor de calor (geralmente pvc), tendo na extremidade inferior uma
cápsula de porcelana e na superior um vacuômetro ou se for manômetro de mercúrio é inserido um
microtubo fazendo conexão da água no interior do tubo com a cuba de mercúrio ambos fechados
hermeticamente.
São introduzidos no solo, colocando-se a cápsula no ponto onde se deseja fazer a medição
do potencial matricial (zona das raízes). Uma vez colocado no solo, de preferência úmido, a água do
tensiômetro tenderá a sair (devido ao potencial da água no tensiômetro ser superior ao do solo),
alcançado este equilíbrio haverá uma sucção na parte superior do tensiômetro igual ao potencial
matricial de água no solo (tomando a superfície do solo como plano de referência).
Cuidados como utilizar água filtrada e fervida, garantir bom contato da cápsula com o solo,
proteger do sol, escorvar, etc são fundamentais para o bom funcionamento dos mesmos.
Obs.: Cálculo de potencial matricial, vide apostila.
Onde:
LL é lâmina líquida de irrigação cm.
Ucc é umidade do solo na capacidade de campo cm3cm-3.
Uc é umidade crítica de água no solo cm3 cm-3.
PESR é profundidade efetiva do sistema radicular cm.
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Considerando que nenhum sistema de irrigação tem uma eficiência de 100 %, logo tenho
que aplicar uma lâmina maior para conpensar as perdas.
LL
LB=
Ef
Onde:
LB é lâmina bruta de irrigação cm.
Ef é eficiência do sistema de irrigação decimal.
Na teoria este seria o melhor método haja vista que as plantas realizam uma integração de
todos os fatores que interferem em suas necessidades de água. Existem diversos indicadores que
podem ser utilizados para determinação de suas necessidades hídricas (potencial hídrico),sendo
eles: folhas, índice de stress hídrico f(temperatura do órgão da planta), fluxo de seiva, diâmetro de
caules e outros órgãos das plantas, no entanto esses métodos ainda estão em fase experimental.
Toda irrigação é feita com base com base na evapotranspiração e é monitorada pelo uso do
tensiômetro instalado no solo. Caso se verifique que para uma dada condição, o solo atingiu a
umidade critica, se processa a irrigação.
Quadro: Potencial de água no solo em que se deve promover a irrigação para se obter produtividade
máxima, para algumas culturas.
Potencial de Água no
Cultura
solo kPa (modulo)
Alface 40-60
Alho 15-30
Batata 20-40
Melão 30-80
Tomate 30-100
Feijão 60-100
Milho 50-100
Cana 60-150
Soja 50-100
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Arenoso
Potencial
ψm
PMP
Argiloso
CC
Teor de umidade
D B C A
Figura 4: Curva característica de água no solo.
Considerações:
a) Considere uma curva de retenção com os seguintes valores de umidade volumétrica: θr=0,117,
θs=0,602, α, m, n=0,0901; 0,4293; 1,6071 respectivamente.
Então: para Potencial de -100 cm.c.a (umidade capacidade campo) tenho umidade=22,21% base
volume.
Recomendação: -30 a -80 kPa. Logo- 300 a -800 cm.c.a.
Potencial de 300cm. c.a. tenho umidade = 17% base volume.
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Recomendação
Classe RAS Concentração de
Sódio
S1 < 18,87-4,44 log CE baixa Pode ser usada para irrigação, com pequenas possibilidades de alcançar níveis
perigosos de sódio trocável.
S2 18,87- média Só deve ser usada em solos de textura arenosa ou em solos orgânicos com boa
4,44logCE<RAS<31,31- permeabilidade. Perigo de sodificação para solos de textura fina com elevada CTC,
b) quanto ao perigo de
6,66logCE especialmente sob baixa condição de lixiviação, a menos que haja gesso no solo.
alcalinização (o mesmo
S3 31,31- alta Requer práticas especiais para o manejo de solo, boa drenagem, elevada lixiviação e
que sodificação)
6,66logCE<RAS<43.75- adição de matéria orgânica. Pode requerer o uso de corretivos químicos para substituir o
8,87 logCE sódio trocável, exceto no caso de apresentar salinidade muito alta, quando o uso ed
corretivos não seria viável.
S4 RAS>43.75-8,87 logCE muito alta Geralmente imprópria para irrigação, exceto quando a salinidade for baixa ou, em
alguns casos, média, e a concentração de cálcio no solo ou o uso de corretivos tornarem
o uso desta água viável.
Fonte: Manual de irrigação
Na
CE: condutividade elétrica (dS/m);RAS: razão de adsorção de sódio (meq/L) RAS
Ca Mg
2
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77
Bibliografia:
Periódicos:
Agricultural Water Management .
Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental .
Horticultura Brasileira.
Irrigation Journal. IRRIGA.
Journal of Irrigation Science.
Journal of plants nutrition .
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