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Pedro andava triste, calado, pelos cantos da casa. A mãe ficava preocupada.
Nem adiantava perguntar o que ele tinha, Pedro suspirava, soltava um “não é nada” e
sumia.
Pedro só se animava para ir à escola. A mãe nunca vira o menino tão animado para estudar.
Agora ele se arrumava sozinho, tomava banho sem ninguém mandar, e colocava baldes de
perfume antes de sair de casa.
A mãe ficava mais preocupada ainda. O menino fazia as tarefas de casa antes que ela
mandasse. Quando ia dizer que ele se aprontasse, o garoto já vinha todo vestidinho na farda, o
cabelo bem penteado.
A mãe perguntava novamente, mas Pedro não respondia nada. Era sempre o mesmo
resmungo “não é nada”, tão baixo que quase não se entendia.
A mãe de Pedro já estava pensando em ver se marcava uma consulta. Aquele menino havia
de estar doente, era a única explicação. Quem sabe o médico não conseguia ajudar?
Foi quando Dona Zuzu, a avó de Pedro, chegou e viu o menino. Bastou um instante para a
velhinha cheia de sabedoria desvendar todo o mistério.
− Não é nada de doença, minha filha. O que esse menino tem é paixão. E das brabas!
Joan Edesson de Oliveira
2. O QUE PEDRO DIZIA PARA SUA MÃE QUANDO ELA PERGUNTAVA O QUE
ELE TINHA?