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Apostila de Conhecimentos Banc Rios PDF
Apostila de Conhecimentos Banc Rios PDF
Apostila de
Conhecimentos
Bancários
SUMÁRIO
9 - Bibliografia ----------------------------------------------------------- 98
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
1 - Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
U m a c on c e i t u aç ã o b ast an t e s i m p l e s, p or é m a b ran g ent e , f o i d ad a p o r
C av a lc ant e (2 00 2, p . 2 5) qu an do c omen ta s er o s ist ema f in a nceir o “ u m
con junt o de in st itu ições e in st ru ment os finan c eiros qu e possibilit a a
t r an sf e rê n c i a d e r ec u r s os d os o f er t a d o res f i n ai s aos t o m a dor es f i n a is, e c r i a
con d ições para qu e os t ítu los e va lores mobiliários t enh am liqu idez n o
mercad o” .
J á F or tun a ( 2 00 2, p . 1 5), exp lana ndo sobre o mesmo as sunto, diz qu e:
U ma c onc eitu aç ão b ast an t e ab r ang en t e de s ist ema f inanceir o p od er ia s er a d e
u m con ju nto d e inst itu iç õ es q ue s e d ed ic a m, d e a l g u m a f o r m a, a o t r a b a lh o d e
p r op ic iar con d ições sat isf at órias p ara a manu t enção de u m f lux o d e r ec urs o s
entre poupadores e investidores. O merca d o f in an c e i r o – o n d e s e p ro c e s s am
es s as t rans aç ões – permit e qu e um ag en te ec on ômic o qu alqu er (u m in d iv ídu o
ou emp resa) , s em p er sp ec t iv a s de aplicação, em algum empreendimen to
p r ó pr i o , d a p ou pa n ç a qu e é ca p az d e g e r a r, s e ja c o l o cad o e m c on t at o c o m
o u t r o, cu j as p e rs p ec t iv a s d e i n v e st i m en t o s u p eram a s r es p ec t iv as
dispon ibilidades de poupança.
F az e m p a rt e do s ist e m a f in an ce i r o n a c i o n a l o s s eg u int es g ru p os d e i n st i t u i ç õ es ,
entidades e empresas:
Instituições Financeiras Captadoras de Depósitos à Vista;
Demais Instituições Financeiras;
Outros intermediários ou Auxiliares Financeiros;
Entidades ligadas aos Sistemas de Previdência e de Seguros;
Administradoras de Recursos de Terceiros; e,
Empresas ou entidades ligadas à Custódia e Liquidação de Títulos públicos e privados.
Esse conjunto de instituições, entidades e empresas é responsável pela captação e
transferência de recursos financeiras, pela administração da previdência privada, dos seguros,
de recursos de terceiros e pela distribuição, circulação e liquidação de títulos e valores
mobiliários.
T o d o es s e con j u n t o é r eg u l ad o e f i sc a l i z ad o p o r o u t ros o rg an i s m os e e n t id ad e s
hierarquicamente superiores, pert en centes às inst ân cias maiores do govern o
f ederal. São eles: Banco C en t ral do Br asil, C omissão de Valores Mobiliários,
S up er in t endên c ia d e S egu r os Pr iv a dos e S ec r et a r ia d e P r ev id ên c ia
C o mp l e m e n t a r. C ad a u m d es s es ó rg ã o s, p o r s u a v e z , é r e gu l ad o e r e c e be
out r os p oderes regu lad ores e f isc aliz at ó r ios d o Cons e lh o M on e tár io N ac ion a l,
q u e é o ó r gão r es p o n sáv e l ma i o r p e l a d e f in i ção d a s d i r e t r i z e s d e at u a ç ã o d e
t o do o s i s t e m a f in an ce i r o .
Numa visão esquemática, pode ser dito que os quatro organismos acima - BC, CVM, Susep e
SPC - regulam, controlam e fiscalizam os seis conjuntos de instituições e entidades listadas no
parágrafo anterior (alíneas “a” a “f”), que por sua vez se transformam em trinta e três tipos de
empresas financeiras, sociedades, associações e outras formas jurídicas que serão analisadas
mais abaixo.
As empresas que compõem o segmento financeiro da economia utilizam, primordialmente, da
poupança popular em suas intermediações financeiras. Assim, para que o funcionamento
dessas empresas não ofereça risco às economias da sociedade, torna-se necessária constante
vigilância com o objetivo de se adotarem medidas capazes de criar condições estáveis.
Existem dois tipos de intermediação financeira – a direta e a indireta – e sua diferença é
fundamental para o poupador.
Na modalidade de intermediação direta, os recursos do poupador são transferidos para o
tomador do empréstimo e quem assume o risco pelo não pagamento é o próprio poupador.
A instituição financeira age apenas como corretora e seu ganho se limita às taxas que cobra.
São exemplos de intermediação direta os fundos de investimento, as carteiras administradas e
a venda de títulos públicos.
Na forma indireta, os recursos do poupador são repassados para a instituição financeira e
desta para o tomador do empréstimo. O poupador deposita seu dinheiro na instituição
financeira.
A instituição tem o livre arbítrio de emprestá-lo a quem melhor lhe aprouver (ou a lei
determinar), sob sua responsabilidade. Se o tomador não pagar, a instituição arca com o
prejuízo. São exemplos dessa modalidade os depósitos à vista, depósitos a prazo e poupança.
Visando oferecer maior garantia aos poupadores-investidores, o Sistema Financeiro Nacional
criou o Fundo Garantidor de Crédito – FGC.
O FGC foi constituído sob a forma de instituição privada, sem fins lucrativos, criado pelas
instituições financeiras e as associações de poupança e empréstimos. Seu objetivo é oferecer
garantia de crédito para os clientes das instituições que dele participam caso seja decretado
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência.
O assunto será mais bem explorado no tópico 6.5.
Vista Panorâmica
Analisado sob um foco mais amplo, o Sistema Financeiro Nacional tem suas características
marcadas por duas ordens de fatores localizadas nos planos externo e interno.
No plano externo, o SFN sofre o impacto dos efeitos transformadores do processo de
globalização das relações de produção, comércio e serviços do mercado internacional.
No comércio e na produção, a globalização ocorre de forma mais lenta, por meio dos blocos
econômicos, dos acordos tarifários e da integração entre processos industriais localizados nos
diferentes países.
Já no setor financeiro, o processo de integração mundial é extremamente veloz e realizado
através das redes de comunicação de dados entre os centros financeiros mundiais.
No plano interno, a estrutura e as funções do SFN vêm sendo atingidas pelas medidas de
estabilização e reestruturação da economia brasileira dos últimos oito anos, contemplando
cinco grandes transformações em andamento: (1) a abertura da economia ao comércio
exterior e as mudanças de política industrial visando a inserção mais competitiva dos produtos
brasileiros nos mercados emergentes; (2) o corte de subsídios a vários setores produtivos,
com repercussões sobre a distribuição do crédito bancário e sua velocidade de retorno; (3) a
redistribuição de gastos do setor público, em especial com a adoção da política de estabilização
fiscal (primeiro com o Fundo Social de Emergência e posteriormente com o Fundo de
Estabilização Fiscal); (4) a iniciativa de reformas no ordenamento constitucional do país,
notadamente na ordem econômica, na estrutura e funções do setor público, na organização
administrativa do estado e nos sistemas previdenciários; e, por fim, (5) o processo de
estabilização monetária denominado Plano Real, com suas profundas conseqüências para a
dinâmica do sistema econômico e para o Sistema Financeiro Nacional como um todo.
O Brasil tem o maior e mais complexo sistema financeiro na América Latina, com duas
centenas de bancos e mais de 17 mil agências, além de cerca de 15 mil postos de atendimento
adicionais.
Deve-se notar que os bancos são apenas uma das inúmeras modalidades de instituições
financeiras, possivelmente a mais forte. O desenvolvimento desse sistema nos últimos trinta
anos foi profundamente marcado pelo crônico processo inflacionário que predominou na
economia brasileira; e nos últimos 12 a 15 anos, por uma crescente e rápida evolução
tecnológica, a ponto de colocar o sistema bancário brasileiro entre os mais modernos e ágeis
do planeta.
A longa convivência com a inflação possibilitou às instituições financeiras alto índice de
lucratividade proporcionado pelos passivos não remunerados, com os depósitos à vista e os
recursos em trânsito, compensando, durante outros mais de 15 anos, ineficiências
administrativas e perdas decorrentes de concessões de créditos que se revelaram, ao longo do
tempo, de difícil liquidação.
No período de inflação mais acentuada, as instituições brasileiras, como regra geral, perderam
a capacidade de avaliar corretamente riscos e analisar a rentabilidade de investimentos,
bastando, para auferir grandes lucros, especializar-se na captação de recursos de terceiros e
apropriar-se do denominado “imposto inflacionário”.
O processo de restauração da economia brasileira alterou radicalmente o cenário em que
atuavam as instituições financeiras.
A abertura da economia, com o incremento das importações e exportações, além de exigir o
desenvolvimento de produtos e serviços ágeis no mercado de câmbio, revelou o grau de
ineficiência de alguns setores industriais e comerciais, com baixa lucratividade e
deseconomias, que passou a refletir-se na incapacidade de recuperação de empréstimos
concedidos pelos bancos.
O n ú m e r o de s e d es e d ep e n d ê n c i as d e i n st itu i ç õ e s f in a n c e i r a s a u t o r iz a das a
fu ncion ar pelo Banco Cent ral t ev e in creme nt o s i gn i f i c at i vo e nt re 1 97 0 a 19 9 6.
E m d ez emb r o d e 1 9 70, ex ist iam 1. 45 0 ins t itu iç ões em fun c iona ment o, com
9 . 43 6 dep en d ênc ias no p aís .
E m 19 8 0, o nú m e r o de in st itu iç õ es, d os mais var ia d os t ip os, e lev a ra - s e p a r a
1 . 64 7, p o sto qu e à s 1.5 4 4 in s t itu i ç õ es f i n an c e i r as d ev e m s er a g r eg ad o s os 1 03
f u n d os d e inv e st i m e n t o c r i a dos n e ss e an o. O n ú m e ro d e d ep en d ênc i a s sub i u
p a r a 14 . 7 36 , s ig n if i c and o o a u men t o d a c ap i l a r i d a d e d o s i st e m a f i n an c e i r o
c o m o u m t o d o.
E sse cresciment o cont in uou ocorrendo n o in ício da década de n ov ent a. Em
junh o de 1994, f uncionavam n o país 3. 436 inst itu ições aut oriz adas pelo Banco
C en t r a l ( c o m 2 2. 3 9 2 d ep en dê nc ia s). N e ss e t ot a l e st ã o in c lu íd a s 1 .9 2 1
i n s t i t u i ç õ es f in an c e i r as ( c o m 1 8. 8 7 6 dependên cias), mais 1. 008 fundos de
i n v es t i m e n t o e a p l i c aç ã o e 5 0 7 c on s ó rc i o s ( es t es c om 3 . 5 16 dep en d ên c i as ) .
A part ir do Plano Real, ob serv a- se a situaç ão indicada no demonstrat ivo a
s egu ir : em 3 1. 1 2. 20 01 , h av ia 2.0 46 in st itu ições f in anc eir a s, c om 1 7. 9 23
d e p en dê n c ia s. O n ú mer o de c o n s ó rc i o s e xistentes também diminuiu, em relação
a meados de 1994 (397 contra 50 7) , embora suas dependên cias tenham
a u m en t ad o p ar a 1 0. 37 8.
O t otal de in st itu ições au toriz adas a fun c ion a r pelo Banco C entral, ent r etan t o,
a u m en t ou c om o m a i o r n ú mer o d e f u ndo s de inv estimen to e de aplicação, (de
1008, em 19 94 , pa s s ou p a ra 5 . 1 82 , e m 20 01 ) c o m o res ul t ad o d o
a perfeiço am en t o d a s r eg r as d e f u nc i o na m ent o d e s ses f und os o co rri d o no 2º
s emest r e de 1 9 95.
Foi a Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, denominada Lei da Reforma Bancária, que criou
o Conselho Monetário Nacional, ao mesmo tempo em que dispunha sobre a política e as
instituições monetárias, bancárias e creditícias. No seu artigo 2º, o diploma legal extinguia o
Conselho da Sumoc - Superintendência da Moeda e do Crédito, e criava, em substituição, o
Conselho Monetário Nacional, “com a finalidade de formular a política da moeda e do crédito
como previsto nesta lei, objetivando o progresso econômico e social do País.”
Nascia o CMN como órgão normativo do sistema financeiro nacional, presidido pelo Ministro da
Fazenda, sendo o Ministro do Planejamento o vice, com reuniões em Brasília, no Ministério da
Fazenda.
Depois de inúmeras mudanças quanto a sua formação, o CMN é hoje constituído pelo ministro
da Fazenda (presidente), pelo ministro do Planejamento e Orçamento e pelo presidente do
Banco Central. Os serviços de secretaria são exercidos pelo Bacen.
O Conselho Monetário surgiu para ser o órgão deliberativo máximo do sistema Financeiro
Nacional, instituído como órgão colegiado integrante do Ministério da Fazenda. É o instrumento
de governo que planeja, elabora, implementa e julga a consistência de toda a política
monetária, cambial e creditícia do país. É um órgão que domina toda a política monetária e ao
qual se submetem todas as instituições que o compõem.
Além de estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia, compete
ao CMN regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições
financeiras e disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial.
Para o exercício de fiscalização e regulação, o Conselho Monetário delega poderes ao Banco
Central, à Comissão de Valores Mobiliários, à Superintendência de Seguros Privados e à
Secretaria de Previdência Complementar. Esta, embora subordinada hierarquicamente ao
Ministério da Previdência Social e Assistência Social, vincula-se ao CMN através do Banco
Central. É o Bacen quem emite as resoluções e normativos, para fins de controle das entidades
fechadas de previdência.
Quanto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, apesar de estar
subordinado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, ele atual em
harmonia com a política econômico-financeira do Governo Federal e mantém ligações com o
Ministério da Fazenda na medida em que a destinação dos lucros da instituição e quaisquer
alterações em sua composição societária devem ser apreciados por este ministério.
O vínculo com o CMN se faz por ser o BNDES um dos mais importantes instrumentos de
execução da política de investimentos do Governo Federal.
Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc), composta pelo
presidente do Bacen, na qualidade de coordenador, pelo presidente da CVM, pelo secretário
executivo do Ministério do Planejamento, pelo secretário executivo do Ministério da Fazenda,
pelo secretário do Tesouro Nacional e por quatro diretores do Bacen indicados pelo seu
presidente.
Visando melhor desempenho em áreas específicas da economia, estão previstas as comissões
consultivas (1) de Normas e Organização do Sistema Financeiro, (2) de Mercado de Valores
Mobiliários e de Futuros, (3) de Crédito Rural, (4) de Crédito Industrial, (5) de Crédito
Habitacional e para Saneamento e Infra-estrutura Urbana, (6) de Endividamento Público e (7)
de Política Monetária e Cambial.
B a n co C e nt ral d o Bra s i l
O B an c o C en t ra l é a ins t it u iç ã o b an c á r i a qu e ex e cu t a, c o or d e n a e f i s c a l i z a a
p o lít ic a m on et á r ia e f in an c e ir a in t er na e ext e r n a d efin id a p e lo C on s e lh o
M on et á r io Nac ion a l
A es tr utu r a atu a l d o s is t ema f inan c e ir o br as ileir o t e m c o m o cen t ro d a p r in c ip a is
d ec is ões du as in st it uições con st itu íd as d en t r o d o o rg an og r a ma d o M i n i st é r i o d a
F az e n d a, qu e, e m c on ju n t o , s ã o d en om i n ad as Au t o r id a d e s M on et á r i a s: o
C ons e lh o Mon et á r io N ac ion a l ( ó rg ã o c olegiado essencialment e normat iv o, sem
f u n ç õ es e x ecu t iv a s ) e o B an c o C en t r a l d o B r as i l ( a u t a r q u i a f ed e r a l, ó r g ão
executivo central do sistema financeiro, que tem como principal função
v iabiliz ar a ex ecu ção das decisõ es do C onselh o M onetário).
A s s i m, c o m exc e ç ão d as ent i d ad e s v i n cu ladas aos sistemas de prev idência e de
s egu r os ( lig ad as à S PC e à S u sep , cuja v in culação é indireta), tudo o mais t em
i ng erên cia d i r et a d o B acen que é, ab a i xo do C M N, o ó rg ão d e re g ulaç ã o e
f iscaliz ação mais import ant e do S is t ema F in an c e ir o N a c ion a l.
Além de ser o responsável pela ex ecução das normas que regula m o Sistema
Financeiro, o Bacen tem entre suas atr i b u iç õ es a g i r c omo: ( 1 ) banco dos
b an c os, ( 2) g es t o r d o SFN , ( 3 ) e x ecu tor da polít ica mon et á ria, ( 4) ban co
emissor e (5) agent e f in an c eiro do gov ern o. T em sua sede em Brasília e
escrit órios regionais em São Paulo, Rio de Janeiro, Port o Alegre, Fortaleza,
Curitiba, Belo Horizonte e Belém.
E n qu ant o ( 1) b an co dos b an co s, e l e é o r eceb ed o r d os d ep ó s it o s c o m p u l sór i o s
d a s out r a s in st i t u i ç õ es b an c á r i as e r ea l i z a r e d es co n t os p ar a a m an u t en çã o d o
equ ilíbrio do sist ema; n a qualidade de ( 2) gest or do sist ema f in an c eiro,
n o r ma t iz a , au t or iz a, f is c a liz a e in t e rv é m ; atu an d o com o ( 3) ex ecu t o r d a
política monetária, controla os meios de pagamento e o orçamento monetário;
s e n d o ( 4) b an co emi s s or , e m it e e c on t r o l a o f lu x o da m o ed a ; e, c om o ( 5 )
a g en t e f in anc e ir o d o g ov e rn o, f in an c ia o T es ou r o Na c ion a l, a d m in ist r a a d ív id a
p ú b l i c a e atu a c o m o d ep o s it á r i o das r es e rv a s in t er n a c i on a i s.
O B anc o C ent ra l t a m bé m f o i c r iad o e m 1 96 4, p e la Lei da R ef o r m a d o S ist e m a
F i n an c e i r o ( 45 95 / 6 4 , d e 31 . 1 2 . 6 4 – a mesma lei que criou o Con s elh o
M on et á r io Na c ion a l) e m sub st itu iç ão à S up e r in t e n d ên c i a da M oe d a e do C r éd i t o
– S um o c, cu j a es tr u tur a j á n ã o ma is c o r re sp on d ia à s n ec e ss id ad e s da s
tran sfor mações ec onômicas.
A S u m o c h av i a s i d o cr i a d a e m 19 45 , v i n cu l ad a a o B an c o d o B ra s i l , c om a
finalidad e de ex ercer o controle monetário e preparar a organização de um
ban c o cen tral. T inh a a respon sabilidade de f ixar os percentu ais de reserv as
o b r i g at ó r i as d os b a n co s com e r c i a i s, as t ax as d e r e desc on t o e d a a ss i st ê n c i a
f i n an c e i r a d e l i qu i d e z , b em c o mo os ju ros s obre d epós itos banc ários . A lém
d i s s o, sup e rv i s i o n a v a a atu aç ã o dos ban cos comerciais, orient av a a polít ica
c amb ial e r ep r es ent av a o P a ís junt o a or gan is mos int ern a c iona is.
Escriturário do Banco do Brasil 7
Conhecimentos Bancários
N o m e s m o p e r í od o ( 19 45 - 1 96 4) , e r a o B an c o d o B ra s i l qu e m d es e m p en h av a as
f u n ç õ es d e b an c o d o gov e rn o, med i ant e o c on t r o l e d a s op e r a çõ es d e c o mer c i o
e x t er i o r , o r ec e b i m e n t o d os d ep ó s it o s c ompu lsórios e volunt ários d os b anc os
comerciais e a ex ecução de op erações de câmbio em nome de empres as
públicas e do Tesouro Na cion al, de acordo com as normas es tabelecidas pela
Sumoc e pela Cart eira de Créd ito Ag rícola, C omercial e In du strial ( C reai) .
V int e e u m an os a p ós, em 1 98 5, f oi p romov id o o r eor den a mento f in a nceiro d o
g ov ern o e dess a mu danç a dec orreu a s eparaç ã o d a s c ont as e das fun ç ões d o
Ba nc o C ent ral, d o Banc o d o Br as il e do Tes ou r o Na c ion a l. E m 19 86 f oi ext int a a
C ont a M ov iment o qu e t r an sf er ia aut omat ic amen t e r ecu r sos g ov erna menta is a o
B a n c o d o B ra s i l . A p ar t i r d a í , o f o rn e c i m ent o d e r e cur s os p as sou a t e r c l a ra
ident if icação orçament ária em ambas in stitu ições.
O pr o c es s o d e r e o rd en a m en t o f in an c e i r o s e e s t en d eu at é 1 9 8 8 , p eríod o e m qu e
as funções de autoridade monetária foram transferidas prog ressivamente do
B a n c o d o B ra s i l a o Ba n c o C en t ra l , en q u a nt o as a t i v id a d es at ípicas ex ercidas
p o r e st e ú lt im o, c o m o as r e la c ion ad a s ao fomento e à administração da dívida
pública federal, foram tran sferidas para o Tesouro Nacion al.
A C on s t it u iç ã o F ed e r a l d e 19 8 8 es t a b e l e c eu d i s p os i t i v o s i m p or t ant es p a ra a
a tu aç ã o d o B anc o C en t ra l, d en tr e as quais destacam-se o ex er cício ex clusivo de
compet ên cia da Un ião para emit ir mo ed a e a ex igência de ap rovação prév ia
pelo Senado Federa l, em votação secreta, ap ós ar gü iç ã o pú b lic a, d os n omes
i n d i c ad o s pel o P r es i d ent e d a R epú b l i c a p ar a os c a r go s d e p r e s id en t e e d i r et o r es
d a in st itu içã o . A lé m d is so , v e d ou a o Ban co C en tr a l a c on c es s ão d ir e ta ou
indireta de empréstimos ao Tesouro Na cion al.
A C ons t it u iç ã o ta mb ém p r ev ê, em s eu a r t ig o 1 92, a elab or aç ã o de L ei
Comp lementar do Sistema Financeiro Nacion al, qu e deverá substituir a Lei
4 5 95 / 6 4 e r e d ef in i r as a t r i b u i ç õ e s e es t r u t u r a d o B an c o C en t r a l d o B r a s i l e d e
outras in stitu i ç ões f i n an c ei r a s l i g a da s a o G ov e rn o. A r eg u l a m en t aç ã o d o a rt i g o
1 9 2 é u ma “ nov ela” que v em s e d es en r oland o há q ua se 1 5 a nos .
Duma outra forma,diz-se que, conceitualmente, a atuação do Banco Central pode ser dividida
em cinco grandes formas de atuação:
Banco do Governo;
Banco das instituições financeiras monetárias (aquelas que administram depósitos à vista);
Fiscal de todas as instituições financeiras e instituições auxiliares;
Gestor da política cambial; e,
Gestor da política monetária.
Visto sob a forma esquemática acima apresentada, enquanto (1) Banco do Governo, o Bacen
administra a dívida pública monetária federal interna, adquirindo os títulos emitidos pelo
Tesouro Nacional. É também sua função administrar as dívidas públicas interna e externa,
além de fiscalizar e supervisionar os débitos de estados e municípios.
Exercendo a função de (2) Banco das instituições financeiras monetárias (bancos comerciais),
o Bacen administra suas reservas bancárias (saldos de depósitos que essas instituições
mantém obrigatoriamente no Banco Central, do qual uma parte fica compulsoriamente retida).
Como (3) Fiscal de todas as instituições financeiras e auxiliares, o Bacen procura garantir o
funcionamento correto de todas elas, evitando problemas de liquidez que possam afetar a
integridade de todo o sistema.
Atuando como (4) Gestor da política cambial, ele estabelece as regras de funcionamento e
operacionais em relação às moedas estrangeiras.
E como (5) Gestor da política monetária, o Bacen determina o estoque o fluxo da moeda na
economia, buscando proporcionar o seu crescimento sustentado, isto é, com a inflação sob
controle.
Ou, mais explicitamente, entre as principais atribuições legais atribuídas Bacen constam as
seguintes:
E mit ir papel- moeda e moed a met á lic a e ex ecut a r os serv iços relat ivos à
circu lação, nas con d ições e n os limit es f ix ados pelo C onselho M on et á rio.
Ex e cut a r com pr a e v en da d e T ítu los f ed e r a is ( p o r m e io das o pe r aç õ es de Open
M a rk et ), t ant o p ar a ex ecut ar a P olít ic a Mon et á r ia qu ant o p ar a o p r óp r io
f in anc ia m en to d o Tes ou r o N ac io na l.
R e c eb e r d ep ó s it o s c o m pu l sór i o s e v o lun t ár i o s do s i st e m a ban c á r i o, a ss i m c o mo
realizar oper ações de redesconto e outros t ip o s d e emp r és t i m os à s in st i t u i ç õ es
f in anc e ir a s.
R e gu l a r a e x ecu çã o d os s e rv i ç os d e c om p ens a ção d e c hequ e s e ou t r o s pap é i s.
Escriturário do Banco do Brasil 8
Conhecimentos Bancários
F az p a rt e d o j og o e c on ômi c o a e x p ec t at i v a d e qu e, e m d ec o r r ên c i a d e qu a l qu e r
movimentação de comp ra , venda ou troc a de merc ad orias ou serviços, haja
u ma op er aç ão d e n atur ez a monet á r ia com algum intermed iário financeiro: há
u m ch equ e p a ra r e c eb e r ou d e pos i t a r, u ma du p l i c a t a pa r a s e r d e sc ont a da , u m a
t r an sf erênc ia d e d in heir o d e u ma c ont a pa r a out r a ou u ma op er a çã o d e cr éd ito
p a r a ant ec ipar a r ealiz aç ão do n eg óc io.
Qualquer fato econômico seja e l e d e t r a n sfo r m aç ã o, c i r cu l aç ã o ou c on s u m o é
s u ficien te p ar a mov i m en t a ç ã o d o m e rc a do f in an ce ir o . P o r is s o , é fund a m ent a l a
est abilidade do sist ema qu e in terliga essas operaç ões para segu ran ça das
relações entre os agen tes econômicos .
A eclosão de in st abilidade é capaz de pr ovocar u ma crise ba ncária e cont amin ar
t odo o s is tema ec on ômic o. D ia nte d e u ma s itu a çã o in st áv el, é comu m qu e os
t itu lares de at iv os f ujam do s ist ema f i n a nceiro e busquem seguran ç a em out r os
t i p o s d e a p l i c aç ã o p ar a preservar o valor do seu patrimôn io: imóv eis ou moeda
e s t ran g e i r a. A bus c a d e d ó l a r e s, e m es p ec i a l n o m e rc a do p a r a l e l o, c os t u ma s e r
a ev id ên c ia d e algu ns su rt os f ebris – pequenas crises momentân eas.
A c on s eqü ên c ia d e u m a c r is e b anc á r ia é c o mp a ra d a c o m u m v e n d a val o u um
t e r r e mot o : d iant e d e su a oc o r rênc ia , n ã o é poss ív e l p r ev e r a s c on s eqü ên c ias
para a economia das f amílias, das empr esas e para t oda a economia de um
país.
A f i m d e s e p r ot e g e r ev i t ar d e ss e t ip o d e d i st o rç ã o , é f u n d a m ent a l qu e s e
mant enh a a credibilid ade n o sist ema f in an c eiro. N o Brasil, a ex periên cia com o
P l an o R e a l f o i ba st a n t e d i f e r e n t e d en t r e d iv e r so s p a ís e s q u e ad ot a r am pol í t i c as
de est a biliz ação monet ária, u ma v ez qu e a rev ersão das t a xas in f lacion árias
não foi segu ida pela fuga endêmica de capitais do sist ema financeiro para
o ut r os t ip os d e at iv os .
Dian te da experiên cia brasileira dos últimos an os, pode-se afirmar qu e a
est abilidade do Sist ema F in an c eiro N a cional foi a garant ia de su cesso do P lano
Real. E v ice- versa. Foi n a busca da est a bilidade qu e a L ei 4. 595 criou o Banco
C en t r a l . A l e g i s l aç ã o qu e s e s e gu iu regulamentan do o mercado financeiro
at ribu iu - lhe simu lt aneament e as fun ções de z elar pela est abilidade da moeda e
d a l i qu i d e z e s o lv ê n cia d o s is t e ma f in an c e i r o.
C o mo já d i t o, o B an c o C en t r a l e x er c e aç ã o f i s c a l i z ad o ra e s a n e a dora s o b r e o
s i s t ema f i n an c e i r o. A ad m i n is t ra ç ão es p ec ial imposta pelo Bacen às institu ições
f in anc eir a ou ou t ros t ip os d e inst itu iç ões a elas equiparadas (consórcios, por
ex emplo), são de t r ês modalidades: in t erv enção, liqu idação ext r aju d icial e
a d m i n is t r aç ão es p ec i a l t e mp o r á r i a.
C onst at ada a in ev it abilidade de in solv ên cia de u ma inst itu ição f in anceira, o
m o m en t o ad e qu a d o pa r a a d ec r et aç ã o d o r eg i m e d e i n t e rv en çã o, d e l i q u i d aç ã o
ex traju d icial ou de admin ist ração espec i a l t em p or á r i a p e l o B an c o C en t r a l
d e p en de r á d as c i rc u n stân c i a s pa rt i cu l a r e s a c a da c as o .
A op ortunidade para a decret ação do r e g i m e e sp e c i a l s e rá, p o i s, p as s í v e l d e
a v a l i a ç ão sub j et i v a, ba s e ad o n o en t en d i m e n t o d e que , g u a r d a d as a s
c a r ac t er í s t i ca s de c ad a r e g i m e e sp ec i a l, dev e - s e p rocu r ar a con d içã o n e g oc ia d a
q u e r ev e l a r s e r m en o s on e ro s a à aut o r i d ad e m on et á r i a e m e n os l e s iv a a os
depositantes e invest idores.
Escriturário do Banco do Brasil 9
Conhecimentos Bancários
Proer
O Co pom
O C omit ê de Polít ica Mon et ária do Ban co C ent ral do Brasil, conh ecido como
C op o m, f o i i n s t itu í d o e m 2 0 d e ju n h o d e 19 96 , c o m o o b j et i v o d e e st ab e l e c e r
a s d iretriz es d a pol í t i c a m on et á r i a e d ef i ni r a t a xa de juro , a ex e mp l o do qu e j á
era ad ot ado pelo Federal Open Market C om mittee (FOMC) do Banco C entral dos
E st ad os U n id o s e p e l o Central Bank C ou ncil do Ban c o C ent ral da Alemanha. E m
j u n h o d e 19 9 8, o B a n co d a In g laterra também instituiu o seu M o n e t ary P o l i c y
C ommit t ee (MPC), assim como o Ba nco Central Europeu desde a cr iação do
Euro, em janeiro de 1999.
A t ax a d e ju r os f ix a da n a r eun iã o do C o p om é a m et a pa r a a ta xa S e lic ( t a x a
m é d i a d os f in an c i a m en t o s d i á r i o s, c o m l ast ro em t ítu los f ed erais, apu r ad os no
Sistema Especial de Liquidaç ão e Custódia), a qu al vigora por todo o período
e n t r e r eu n i õ es o rd i n á r i as d o C o m it ê . S e f o r o c a so, o C o p o m t a m b ém pod e
defin ir o v ié s ( t end ên c i a à a l t era ç ão ) , q ue é a p r er r oga t iv a d ad a a o P r es id en t e
d o B an c o C en t r a l p a ra a l t e r ar a met a p a r a a t ax a SEL IC a q u a l q u e r m o men t o
entre as reuniões or dinárias.
Para decidir sobre eventuais alterações nas taxas de ju ros, o Copom analisa
i n f or m aç õ e s d e t r ês g r and e s á re a s:
C on ju n t u r a: s ã o e st u dos s ob r e a s it u a çã o econ ômica, as finanças públicas, os
í n d i c es g e r a i s d e p r eç o s, ent r e ou t ro s i n d ic a d o ras ;
M ercado Cambial: são av aliados o amb ient e ec on ômic o ext er no, o
comportamento do mercad o camb ial, as reservas monetárias in ternacionais et c.
M e rc a do f in an c e i r o: n e st e e st u d o sã o i n c lu í d as i n f o rma ç õ es s ob r e a l i q u id e z d o
s istema b anc á r i o, o c omp ort a m ent o d as o p er a ç õ e s d o m e rc a d o ab e rt o, ent re
out r as c ois as.
A s r eu n i õ e s o rd i n ár ia s d o C opom s ão m e n s a is , d iv i d i n d o- s e e m doi s d i a s, s en d o
a primeira sessão às terças -feiras a part ir das 15:00 horas e a segunda às
q u a r t a s-f e i r a s a pa r t i r d a s 16: 3 0. O C o m i t ê é c omp ost o p e l o s o i t o memb r o s d a
Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, com direit o a vot o, sen do
presidido pelo seu P resident e, qu e t em o vot o de qualidade.
T amb ém int egram o C opom os Chef es dos s egu int es d ep artamen tos:
D e p a r t a m ent o E c on ô m ic o ( D e p e c ) , D ep a r t a m ent o d e Op e r a ç õ es d a s R e s er v a s
Int ern acion ais ( Depin ) , Depart ament o de Op erações Bancárias e de Sistema de
P ag a m ent o s ( D e b an ) , D ep a rt a me nt o de Op erações do Mercado Aberto (Demab)
e D epartamen to de Estu dos e Pesqu isas ( D e p ep) . Os C h e f es d e D e p a r t a m ent o ,
o u s eu s s u bst i t u t os, p a rt i c i p a m a p en as do primeiro dia de reuniões, sem direito
a voto. In tegram ainda a primeira sessão de trabalhos dois Consultores e o
S e c r et á r io- Execut iv o da D ir et o r ia, o C oo r d en ad o r do G ru p o d e Comun ic a ção
I n s t i t u c i o n a l , o As s e ss or d e I mp r en s a e, qu and o n ec es s ár i o , ou t r o s C h ef e s d e
D epa rt a ment o c onv id ad os a d is c or r er s obr e as sunt os d e su a s ár ea s.
Organograma
A Comissão de Valores Mobiliários foi instituída pela lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976,
como entidade autárquica vinculada ao Ministério da Fazenda. Referida lei disciplinava a
emissão, distribuição e negociação dos valores mobiliários, bem como a organização, o
funcionamento e as operações das bolsas de valores.
Em seu artigo 2º, a lei define quais são os valores mobiliários para efeito de sua disciplina e
fiscalização: as ações, partes beneficiárias e debêntures, os cupões desses títulos e os bônus
de subscrição, bem como outros títulos criados ou emitidos pelas sociedades anônimas, a
critério do Conselho Monetário Nacional. A este cabe fixar a orientação geral a ser observada
pela CVM cujas atividades devem ser exercidas sob a coordenação com o Banco Central.
Subseqüentemente à Lei da CVM foi sancionada a Lei das S.A. (6.404, de 15 de dezembro de
1976) vindo a produzir uma interligação entre os agentes econômicos e financeiros através das
ações, debêntures e outros papéis que giram no mercado. A Lei das S.A. de 1976 sofreu
alterações e foi consolidada pela Lei 10.303, de 20/10/2001 que foi popularmente conhecida
como a Nova Lei das S.A. Anteriormente, pequenas modificações haviam sido introduzidas pela
Lei 9.457, de 15/05/97.
Dessa forma, a CVM nasceu com poderes, e posteriormente os teve confirmados, para
disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação dos diversos integrantes do mercado de valores
mobiliário.
Entende-se como mercado de valores mobiliários aquele em que são negociados títulos
emitidos pelas empresas para captar, junto ao público, recursos destinados ao financiamento
de suas atividades.
Competência e objetivos
Uma das mais import ant es fun ç ões do mercado de valores mobiliários é o
es t ímu lo à p ou pan ç a e ao in v est iment o pa r a at en d er as n ec ess id ad es d e
f i n an c i a m en t o d e m é d i o e l o n g o pr az o s p o r p a rte d a s e mp r es a s.
E m r az ão d is so, a C VM p r ocu r a s emp r e s e ma nt er at ent a a q uest ões d e
in t e r es se do m e rc a d o, fun c ion an d o c o m o um gr an d e f ó ru m d e d e bat es,
d i s cu t i n d o id é i a s e p r op os t a s d e d i v e rs o s s e g m ent os .
E m out r as palav r as, o mercado de v a lores mobiliários se t orna a f ont e de
r ecu rso s com o p r op ós it o d e f i n anc i ar a e x p an s ã o ou o a p e rf e i ç oa m en t o
t e cn o l óg i c o d as e m p re s as, n a m ed i d a e m q u e r eú n e c on d i ç õ e s p ar a of e r e c er à s
c ompan h ias um v olu me ad equ ad o d e rec urs os a cu st os s at isf at órios, at rav és d e
inst ru mentos at raen tes para o público, quan to a retorno, prazo, liquidez e
garantia.
Ética e eficiência
Ação fiscalizadora
C o m a in t en ç ã o d e d o t a r a C V M d e pod e r es i n s t it u ci on a i s p ar a a dm i n i st r a r as
relações de mercado, a legislação concedeu-lhe poderes normat ivos e
pun itiv o s. Os p r i m ei r os v i s a m r egu l a r a at ua ç ão d o s d i ve rs o s ag ent e s,
en quant o os s egund os p ermit em a pun iç ã o daqu eles qu e p r at ic arem at os em
d e s ac o rd o c om a s n o r m as e r e gu l a m en t o s.
Os que transgredirem as normas de mercad o ou prat icar em atos irregulares
e s t ar ã o s u j e i t o a p e n as d e a d v e rt ên c i a, mu l t a, sus p ens ã o ou i n a b i li t aç ã o p a r a
exercício de carg o e suspen sã o ou cas s a ção d a au t or i z aç ã o o u r eg i s t r o de
exercício de carg os ou at ividades .
E ss as p en a l i d ad e s s ão pas s ív e i s d e a p l i cações pelo C olegiado da C VM após a
i n st au r aç ã o d e p r oc e ss o a dm i n i st r at i v o, i n s t ru í d o d a d o cu m e n t aç ã o p er t in en t e,
a s s egu r ad o a o a cu s ad o a m p l o d i r e it o d e d ef es a.
V i s an d o a u m en t a r a c a p a c i d ad e d e f i s caliz ação, a Lei 9.457/ 97 ampliou o lequ e
de pen alidades aplicáv eis pe la C VM e, a o mes mo t emp o, ins t itu iu u m T er mo d e
C ompromisso qu e possibilit a a su spen são do procediment o admin istrat ivo desde
q u e o acu s ad o int er rompa a p r át ic a d o a to in c or r et o e in d enize ev entu a l
p r e ju d i c a do.
C onc omit ant emente a ess as p r ov id ên c ia s, a C VM t em a obr ig a çã o d e of er ec er
denúncia ao M in ist ério Púb lico de ilícit os pen a is co nst at a dos nos processos em
qu e apu r a irregu laridades no mercado. Igual responsabilidad e prev ê o
en caminh amen t o do processo à Receita Federal qu an do da ocorrên c ia de ilícit o
f is ca l.
A lei garante também à CVM o direit o de pa rt icipar nos proc essos judiciais qu e
env olv am matéria de int eresse do mercado de v a lores mobiliários of erecendo
e s c l a r ec i m e n t os .
Nomenclatura
O s a t os p ú b l i c os e x ped i d o s p e l a C V M ob e d ec e m à segu i n t e n o m en c l a t u r a:
A t o D ec la ra tór io – é o d ocu ment o at r av és d o qu a l a C VM c r eden c ia ou aut or iza
o ex ercício de at iv idades próprias do mercado de v a lores mobiliários.
D elib er aç ã o – d iz r esp eit o aos at os d e c omp et ênc ia d o C olegiad o, n os ter mos
do Regimento In terno.
Ins t ruç ã o – são aq u eles at rav és d os qu ais a C VM regu lamen t a mat érias
expressamente prev istas nas Leis n º 6 3 85/76 (L ei da C VM) e 64 04 /7 6 (L ei d as
S.A.).
N ot a Explicat iv a – f orn ec e ex p lic aç ões s obr e a a plicação de det ermin ada
n or ma , ex põe os motiv os qu e lev ar a m a CVM a ed itá- la ou a pr es ent a r
p r o po s iç ã o a o Con s e lh o Mon et ár io N ac i o n a l a r e s p e i t o d a m a t é r i a.
P a r ec e r – r es p ond e à s c on su l t as e sp e c íf i c as f o rmu l a d as p o r a g e n tes d o
mercad o e inv es t i d or es ou p or m emb ros d a p róp ri a C VM , a re s p e i t o d e m at é ria
p or ela regu lad a.
P a r ec e r d e Or i e n t a ç ão – sed i m en t a o ent en d i m ent o d a C VM s ob r e as su n t o qu e
lh e caiba regu lar, of er ec en do ao mer ca d o or ient a ç ão s ob r e o a ssun to.
P ort aria – d iz resp eit o aos at os env olv endo asp ect os d a ad min is t raç ão in tern a
d a C VM .
E s tr ut ur a t é c ni ca
A at en çã o d a C VM c o m o s s i s t emas e os pr oc e ss os de i n f o r m aç õ es n ã o s e
esgotam no campo da normatização ou quan to ao seu conteú do e à
periodicidade de su a disp on ibiliz ação. Ma is que isso, a ent idade procu r a,
a t r av és d e s eus ór g ãos técn ic os , ac omp anh a r e an a lis a r t oda s as inf or maç ões
of erecidas pelas companh ias , de modo a avaliar sua precis ão e fidelidade, sem
entrar em questões de mérito.
U ma ev en tual d ef ic iênc ia inf or mat iva é imed ia t ament e comu n ic a da à emp r es a,
c om a d et er min aç ão d e elabor ar as c orr eç ões n ec ess ár ia s e, no ca s o d e
publicação, de repu blicá- la.
A n ã o ap r es en t a ç ã o d a i n f o rma ç ão n os prazos estabelecidos sujeita a empres a,
n u m p r i m e i r o m om e n t o, à pun i ç ão d e u m a mu l t a d i á r i a e, n o c as o d e
in sist ên cia n a falt a ou reincidên c ia, ao rito do inqu érit o admin ist rat iv o, que irá
apu r ar a responsabilidad e dos admin ist radores .
Escriturário do Banco do Brasil 17
Conhecimentos Bancários
E m r az ão do c re sc i m e n t o do m e r ca d o e d a c on sc i ê n c i a c ad a v ez m a i s a mp l a
q u a n t o à i m por t ân c i a d o in v es t id o r e d a r e l ev ân c i a d o s e t o r d e r e l a çã o c om
in v est idores, a C VM criou a Su perint endência de Prot eção e Or ientaç ão a
Investidores, com o ob jetiv o promov er e orientar projet os educac ionais,
v isan do ampliar o conh ecimen to desses inv es t i d or e s qua n t o às c ar a ct e r í st i c as
do mercado de v a lores mobiliários.
Qu and o b usc a or ien ta r os in v est id or es , a C VM n ã o ent r a n o mér ito d os d iv ers os
t i p o s d e in v e st i m en t o, n em sob r e e mp re sa s ou i ns t itui ç õ e s, m as p ro cura
o f e r ec e r a o inv es t id or a s in f or m aç õ e s s u f i c i ent e s p ar a qu e e l e m e s mo f aç a su as
avaliações.
N o c as o d e r ec l a m a çõ e s con t r a qu a l qu e r ag en t e d o m e rc a do , a
s u p e r in t e n d ên c i a a s r ep as s a a o a c u s a d o pa r a q u e ele p r est e os esc la r ec iment os
o u t o m e a s p r ov i d ên c i as c ab í v e i s par a s o lu ção d a pen d ên c i a.
Quando a reclamação traz indícios de irregularidade, a superintendência realiza
i n v es t i ga ç õ es e , s e f or o c as o , abre inqu érito admin istrat iv o.
P ara at en der o merc ad o, e em esp ec ia l or ient ar os inv est id or es, a C VM
dispon ibiliza um sistema telefônico de discagem gratuita (0800-241616), além
d e c on t a r c om p ág i n a n a i n t e r n et (w w w.cvm. gov.br) , d esta c and o l e g i s l a çã o e
regulamentação, alertas ao mercado, fatos relevantes , entre ou tras ma térias
d e in t er e s se d o i n v e st i do r.
O u t r o s eg m ent o i m p o rt ant e d e at i v i d ad e s é u m pr o g ra m a d e in st ru çã o d o
in v est idor, at rav és da realiz ação de s emin ários, p a lest ras e víd eos. P a ra a
produção do material de divulgaç ão e realizaç ão dos ev en tos, a CVM mantém
c on v ên i o s com u n i v e rs i d ad e s.
À s emelha nç a d a ex ist ên c ia d o P r ocon , o órg ã o d e pr ot eç ão ao c ons umid or, a
C VM cr iou o P rod in – Prog r ama d e Or ientação e Defesa do In vestidor, para
of erecer ao inv est idor meios para conh ecer o mercado de valores mobiliários e
n e le a tu ar m un ido d as in for m a çõ es n ec e ss á r ias .
N a h i p ó t e s e d e o in v es t id o r s e r v í t i m a d e a lg u m t i p o d e i r r eg u la r i d ad e , o P r o d i n
es t á apt o a lh e dar a or ient aç ão pa r a ob t er o r ep a ro d os d an os c au sa d os .
M er ca d o d e d er iv a tivo s
O Conselho tem ainda como finalidade julgar os recursos de ofício, interpostos pelos órgãos de
primeira instância, das decisões que concluirem pela não aplicação das penalidades previstas
no item anterior.
Bancos Comerciais
à v i s t a e de d ep ó s it o s e m ap l i c a ç õ es, p a ra os d ef i c i t á r i o s, n a f or m a d e
emprés timos em cu rto prazo, tanto para p ess oas f ís icas quant o p a ra at en d er às
n e c es s id a d es d e ca p i t a l d e g i r o d as e m p re s as.
Além disso, também prestam t ambém serv iços aux iliares, t a is como cobranças
mediante comissão, transferências de f u n do s d e u ma p a ra o u t ra p r aç a,
r e c e b i m en t o s d e i m post os e t a r if as pú b l i c as , a lu gu e l d e cof r es, cu st ód i a d e
v a l o r e s, s er v iç o s de c â mb i o e out r os s e r v iç os .
Suas at iv idades e fu ncion amento são regu la dos e f iscaliz ados pelo Ban co
C en t r a l d o B r as i l e, at ra v és d e st e ór g ã o, as a u t or i d a d es m on et á r i a s c o n t r o l a m
a liqu idez do sist ema ban cário. São inst itu içõe s const itu íd as ob r igat or ia m en t e
s ob a f or ma d e s oc ied ad es an ôn imas .
A c a r act e r í st i c a e sp e c i a l d os b an co s com e rc i a i s é a sua c ap a c i dad e d e cr i a r
m o e d a ( m o ed a e sc r i t u r a l ) , n a m ed i d a e m qu e os b an c o s e mp r es t am d i v e r sas
v ez es o v olu me d os dep ós it os à v ist a ca pt ad os n o merc ad o, at ra v és d o ef eit o
mu lt iplicador do credit o.
N o s ú l t i m os an o s d a d éc a da n ov en t a d o sécu l o f in d o h ou v e g r and e i n c e n t iv o
g o v ern a m ent a l p a r a que es s es b an c o s r e a l iz a ss e m f u s õ es e i n c or p or a ç ões ,
n ac io na is e in t er na c ion a is, d im inu in d o c o n sid er av e lm e nt e o n ú mero d e sed es
b an c ár i a s e p r omo v end o i n c r e m ent o n a quant i d a d e d e a g ên c i as.
T a l t en d ê nc ia d e c o ncen t ra ç ão a c ab ou s end o e st en d id a t a mb é m às d e m a is
in st itu ições do Sist ema F in anceiro Nacional, com a formaç ão de conglomerados
f in anc e ir o s atu an do nos m a is d iv e rs o s s e g m ent os do m e rc ad o , c o m a
ju st if icat iva de redu z ir os cu st os operacion a is e elev ar a ef iciên c ia
a d m i n is t r at iv a, ob j e t iv and o m e l h or p rodut iv idade e maio r compet it iv idade.
C om iss o, os banc os v êm ap r esent and o ráp i d a e vo l uç ã o e m s ua es t rut ura d e
fu nc ion a ment o e ad apt an d o s u as op er aç ões e pr od utos à s ex ig ên c ia s d e um
p ú b l i c o c a da v ez m a is exp e r i e n t e e g lobaliz ado. Estão tamb ém trab alhando de
f orma mais especializ ada, segmen tan d o sua part icipação no merc ad o com base
n o v o l u m e d o s n eg ó c i o s d o s c l i e n t e s e n a f or m a d e at en d i m e n t o.
A t ra v és d es s a s e g m ent aç ã o, o s ban c os s ão c l a ss i f i c ad o s e m b a n c o s de v a r e j o ,
que co stu mam t r ab a lh a r com mu i t os c l i e nt e s, s e m ma i o re s e xig ên c i a c om
r e l a ç ã o a su as r en d as e b an co s d e n eg ó c i os , v olta d os p r ef e r enc i a l m e n t e às
g r an d es o p er a ç ões f i n an c e i r a s , t r a ba l h a n do c o m u m n ú m e r o ma i s r e du z i d o d e
c lien tes d e al t o p od er a qu i s i t i v o.
C o m r e l aç ã o a o t i p o d e at en d i m en t o d i s pen s ad o, o s b an c os c o mer c i a i s
c o stu m a m atu a r c o m o p ri v at e b a nk, mod a lida d e em qu e at en d em a p es soas
físicas de elevad íssima renda e/ ou patrimôn io, ou como p e r s o n al b a n k, e m q ue
d ã o at end imen to a pess oas f ís icas de alt a ren da e, mu it as v ezes, a p eq uen as e
m é d i a s e mp r e s a o u , a in d a, c o mo co r p o r at e b a n k, voltados preferencialmente
p a r a as g r and e s c o r po r aç õ e s.
caixas econômicas
cooperativas de crédito
C o op e r at i v a s d e c r é d it o s ã o in st i t u i ç õ es f in an c e i r a s, s oc i e d a de s d e p e s so as ,
com forma e natureza jurídica próprias , de n atu rez a civ il, sem f ins lu crat iv os e
n ã o su jeit a s a f alên c ia, const itu ídas com o objetivo de prop iciar crédit o e
p r e st a r s e rv i ç o s aos s eu s a ss o c i ad o s.
S ã o r e gu l a m en t ad a s pel a s L e i s n º s . 5.76 4, d e 1 6. 12 . 1 97 1, e 4.5 9 5, d e
31.12.1964, além dos at os normativ os baixad os pelo Conselho Monetário
Nacion al e pelo Banco C entral do Brasil e p e lo r es p ec t iv o e st at ut o s o c ia l.
E qu ipa r an do - se à s inst itu iç õ es f in an c e ir as, a s co o p e ra t iv a s n o rma lm en t e atu a m
em set ores primários da ec on omia ou sã o f or mad a s ent r e fu nc ioná r ios d e
empres as.
N o set or primário, permit em u ma melh or comercializ ação dos produtos ru ra is e
criam facilidades para o escoament o das saf r as agrícolas para os con su mid ores.
N o int erior das empresas em geral, as cooperat iv as of erec em possibilidades de
c r éd it o aos fun c ion ários, os q uais cont ribu em men salment e p a ra a
s ob rev iv ên ci a e o c r esc i m en t o d a m es m a . T od a s as o pe ra çõ e s f a cu lt a d as às
c oop er at iv a são exc lus iv as aos c oop er ad os.
Out r a f or ma d e c ap t aç ão p er mit id a p elo Ban co C en tr a l à s c oop er at iv as é a d e
o p e r a r c o n t a s d e d e p ós i t os à v i st a e a p raz o . Uma p ar t e d o s r ecu r so s
d e p os i t ad o s é r ec o l h i da a o b a n co qu e l h e r ep r es en t a n a c â m a ra d e
c o m p ens a çã o, c o mo r e s e rv a t é cn i c a, m a s a m a i o r pa r t e é r e pas s ad a a o s
a s s oc i a d o s n a f or m a d e ma i s e m pr é st i m o s.
A c on t a d e d ep ó s it o s à v i st a é u ma f or m a d e c a pt a çã o d e r ec u r so s com cu st o
zero diante das contribuições que têm de ser remuneradas, assim como os
d e p ós i t os a p r az o, n e st e c as o ch ama do s d e Re c i b o s d e D e pós i t o s d e
C ooperat ivas (RDC ).
As cooperat ivas de crédit os tamb ém podem of erec er produtos como conta
c o r r en t e , che qu e e s pec i a l, r e c eb i m e n t o de c on t a s de s e rv i ç o s pú b l i c os e o
p r o c es sa m en t o d a f o l h a d e p a ga m en t o d os f u n c i o n ár i o s da e mp r es a.
P a ra ef e it o d e c ons t it u iç ã o, a Lei C o o p e r at iv is ta ( 57 6 4) e st a belec eu q ue a s
c o o p er at i v as d e c r é d it o s i n g u l a re s sã o c on st i t u í da s p e l o n ú m e r o m ín i m o d e 20
p e ss o a s f í s i c as. E n t r et ant o , u ma c o o pe r at i v a s ó s e t o rn a r á v i á v e l,
e c on o m i c amen t e, a p ar t i r d e p e l o m en o s 20 0 c oo p e ra d os .
P a ra ef e i t os s oc i e t á r i o s, a s co o p er at i v as d e c r éd i t o s e equ i p a ram a u m a
in st itu ição f in anceira. E las devem adotar obrigatoriamen te, em sua
denominação social, a expressão "Cooperat iv a", sendo v edada a ut iliz ação da
p ala v ra " Ban c o". A lém d iss o, dev em t amb ém ad eq uar a su a á r ea d e a ç ão à s
possibilidades de reun ião, con trole, operações e prest a ção de serv iços.
A s o rg an i z aç õ es c o o pe r at i v as, em t e r mo s g er a i s, p od e m s e r c la ss i f i c a d a s e m:
c oo p er at iv as d e c r éd it o ru ra l c u j o qu a dro s oc i a l é f o rm ad o p o r p e s s oas qu e
d es env olv am, n a ár ea d e at uaç ão d a coop er a t iv a, de for ma efet iv a e
p r e d omi n ant e, a t iv i d a d e s a grícolas, pecuárias ou extrat ivas , ou se dediqu em a
o p e r aç õ e s de c ap t u r a e t rans f or m aç ã o d o p e sc ad o; e
c o o p er at i v as d e c r é d it o mút u o c u jo qu ad r o s o c i a l é f o rma do p o r p e s s oas que
ex erç am d et er min ad a p rof iss ã o ou at ividades, ou estejam vinculadas a
d e t e rmi n a da en t id a d e.
As cooperat ivas de crédit o ru r a l d ev e r ão d i s po r d e e st ru t u r a o r g a n i z acion a l
específica para op erar em crédit o rural, cumprin do- lh e observar, em especial,
as disposições do Manual de C r édit o Ru ral (MC R)
A ap r ov aç ã o, p e l o B an co C en t r a l, d os p l e i t o s d e c o op e r at i v as d e c r é d it o n ã o a s
exime do cu mp rimento das formalidades legais dos at os societ ários, qu e será
ob jeto d e exame p ela Junt a C omerc ia l. Da mesma for ma, a h omologa ç ã o d os
a t os s oc i e t á r i os n ão i mp l i c a q u a l qu e r ju í z o s o b re a v e r ac i d ad e d os d ad o s
con s ign ados, qu e são de t ot al responsabilidade da inst itu i ção requ eren t e e
su jeit os a post erior verif icação pelo Ban c o C en tral.
Escriturário do Banco do Brasil 22
Conhecimentos Bancários
bancos de investimento
bancos de desenvolvimento
Ag en tes autôn omos de inv est iment o s ã o pess oas f ís icas ou juríd ic as
un iprof ission a l, creden ciad as por instit uições financeiras intermed iadoras
( s oc i e d ad e s c o r r et o r as, d i st r i b u id o ra s, b an c o s e f i n an c e i r a s) qu e t ê m c om o
at iv idade a dist ribu ição e a mediação de t ítu los e v a lores mobiliários, qu ot as
de fun d os de inv est iment o e deriv a t iv os, sempre sob a responsabilidade e como
p r ep ost o d as in st itu ições int egrant es do s ist ema d e d is tribu iç ão d e v a lores
mobiliários.
T al at iv id ad e s om en t e p od e s er ex e rc i da p o r p e ssoa nat ura l ou ju rí d i ca
a uto riz ad a p el a C VM . E s s es p r of i ss i o na is , d a mesma f or ma q ue as in st itu ições
f in anc eiras, são f isc aliz ad os p elo Ban c o Cent ral e pela C omissão de Valores
M obiliários.
Escriturário do Banco do Brasil 26
Conhecimentos Bancários
bolsas de valores;
As Bolsas de Valores são associações civis, sem fins lucrativos. Seu patrimônio é representado
por títulos patrimoniais que pertencem às sociedades corretoras membros. Possuem
autonomia financeira, patrimonial e administrativa, mas estão sujeitas à supervisão da
Comissão de Valores Mobiliários e obedecem as diretrizes e políticas emanadas do Conselho
Monetário Nacional.
São admitidos à negociação apenas os títulos e valores mobiliários registrados na Bolsa: ações
de sociedades anônimas (devidamente registradas na CVM e com todas as condições legais e
cujas empresas emissoras tenham cumprido as exigências da Bolsa de Valores), bônus,
debêntures e títulos públicos federais e estaduais.
objetivos sociais
Os membros das BV são as firmas individuais constituídas pelos antigos corretores de fundos
públicos e as sociedades corretoras. Desde que autorizada pela Comissão de Valores
Mobiliários, qualquer sociedade corretora pode adquirir um título patrimonial da Bolsa em que
deseje ingressar, submetendo-se às exigências legais e estatutárias da mesma. Ao
mencionado título corresponde um assento na Bolsa cujo patrimônio integre, não podendo
nenhum membro possuir mais de um título de cada Bolsa de Valores.
Organização interna
Escriturário do Banco do Brasil 27
Conhecimentos Bancários
órgão deliberativo máximo das Bolsas de Valores é a assembléia geral e a gestão dos seus
negócios sociais é feita através do conselho de administração e do superintendente geral.
Fundo de Garantia
História
s e r v iç o s d e c o mp en s aç ã o d e a t iv o s e d er i v at i v os , ao m e s mo t e mp o e m qu e
of erec e ec on omias d e es c ala, cu st os compet it iv os e segu r an ç a op er ac ion a l.
Objetivos
Administração
Estrutura
Mercados
Em termos gera is, são os seguin tes os merc ad os abrangidos pela BM&F.
F utu ro: n est e t ipo d e op eração as part es as su mem comp romiss o d e c omp ra
e/ ou v enda para liqu idação (f ísica e/ou financeira) em dat a f utu ra , con t and o
com o aju st e diário do v alor dos cont rat os, qu e é o mecan ismo qu e possibilit a a
liq u id a çã o f in an c e ir a d iá r ia d e luc r os e p r e ju í z os d as p os i ç õ e s.
Termo: é semelh ante ao mercado futuro, em que é as partes assumem
c o mpro miss o d e com p ra e/ ou v en d a p a ra l i qui d a çã o e m d at a f ut ura . N o
m e r c ad o a t er m o, p o r ém , n ã o h á a ju s t e d i ár i o n e m i n t e rca m b ia l i d a d e d e
p os iç ões, ficand o as p art es v incu la d as u ma à ou tr a at é a liq u id aç ã o do
c on t ra t o .
O p ç õ es s o br e D i s po n ív e l : u m a par t e ad q ui re de ou t ra o d i re i t o d e com pra r
( opç ão de c omp ra) ou d e v end er (opç ão d e v en d a) o at iv o-ob jet o d e
negociação, at é ou em det e rmi n ad a d at a , p o r p r eço p r ev i a m en t e e st i pu l a d o.
O p ç õ es s o br e Fut u r o: u m a p ar t e ad qu i r e d e out r a o d i r e it o d e c om p rar ( op çã o
d e c o mp r a) ou v en d er ( o pçã o de venda) c on t r at os f u t u r o s d e u m at i v o ou
c om m od i t y , até ou em determinad a data, por preço prev iamente estipu lado.
S w a ps c o m A ju s t es D i ár i o s: es s es i n s t r u men t os, q u e f or a m c r i ad os
e s p ecialment e p el a BM &F p a r a perm i t i r a ne goc i a ç ão d a t axa d e c up o m ca m bial
Escriturário do Banco do Brasil 32
Conhecimentos Bancários
para datas específ icas, são u t iliz ados pelo Banco C en t ral do Brasil na rolagem
d o h edg e ca mb ia l of er ec id o a o merc ad o. A s of ert a s d o Ban co C ent r a l ocor r em
v ia leilão e podem t er a posição criada em dat a f ut ura, quan do ocorre o in ício
de su a valoriz ação. Isso possibilit a me lh or admin istração dos v en c imen tos pela
autoridade monetária e respectiva programa ção pelo mercado. Por ter ajuste
d iário, es ses swaps ex ig em m a rg e m inf e r io r à dos s w a p s d e b a lcão e a d m it e m
c on s olid ação com out ros cont rat os f in an ceiros de risc o s imét r ic o e qu e sejam
a j u s t ad os d i a r i a m en t e .
O p ç õ es F l ex í v e i s: s ã o op e r aç õ es s e m e lh an t es à s o pç õe s d e p r e gã o ( s o br e
dispon ível e sobre futuro), com a diferença de qu e sã o as part es qu e definem
a l g u n s d e seu s t er m os, t a is c om o p re ço de e xer c í c i o , ve nci m ent o e t a m anho do
c on t ra t o . As p ar t es t am b é m d e t er m i n a m s e o c on t r at o d e o p çã o d e c o m pr a ou
d e v en da t e rá ou n ã o a g a r an t i a d a BM & F. A s O pç õ es F l e x ív e i s s ã o n eg o c i ad a s
em balcão e registradas na Bolsa via sistema eletrônico.
Clearings
a) D eriv at ivos
b) Câmb io
A Clearin g de C â m b i o BM &F é a p ri m e i ra c âm a ra d e c o mp en s aç ã o e l i q ui da ç ão
d e op er aç ões no mer c ad o int erb an cá r io d e c âmb io c om est ru tu ra d e
g e r en c i a m en t o d e r i sc o qu e se t e m con h ec im en to no mundo. Começou a
fu ncion a r em 22 de abril de 2002, juntamen te com o novo Sistema de
P ag a m en t o s B ra s i l e i r o , c on f o r me o p r o j e t o d e r ee s t ru t u r a çã o d e sen v o l v id o p e l o
Banco C ent ral do Brasil.
Escriturário do Banco do Brasil 34
Conhecimentos Bancários
c ) At i v os
C o mo os t ít u l o s n eg oc i a d os n o S e lic s ão d e g r an d e l i qu i d ez e t e o r i ca m ent e d e
risco mín imo (t ítu los públicos) , a t ax a definida no âmbito dess e sist ema é
aceit a como u ma t a xa liv re de risco d a e con o m i a, serv i n d o d e i m p or t a n t e
referencial para a formaç ão dos ju ros de merc ad o.
H o j e , c om c e rc a d e 4. 40 0 pa rt i c i p ant e s – e n tre b a n co s, c or r et o r as ,
d i s t r ib u id o r as , d e m a i s i n st i t u i ç õ es f in an c e i r a s, emp r es as d e l e a s i ng, f u n d os de
i n v es t i m e n t o e p es s oa s ju r í d i c as n ã o e ssen c ialmen t e f inanceiras, t a is como
s e gu r ad o r as e f u n d o s de p en s ão – , a C e t ip é uma d as m a i o r e s emp r es a s d e
cust ódia e liqu idação f inanceira da América L at in a.
No d es emp enh o d e suas at iv idad es , of er ec e o su p or te n ec es sá r io a tod a a
c a d e i a d e op e r aç õ es , p r e st an d o s e rv i ç os int e g ra d o s d e cus t ó d i a, n eg o c i aç ã o on
l in e, r e g i s t r o d e n eg óc i o s e liquidação f in anceira.
H o j e , a C e t ip d á sus t ent aç ã o a t o d a u m a ca d e i ra d e o p e ra ç õ es, p r es t a n do
serviç os integrad os de Custódia, Negociaç ão O n L i n e, R egistro de N egóc ios e
L iq u id ação F in an c ei r a. Of erece ainda sistemas e suporte t ecn ológ ic o p a ra a CI P
– C âm a r a Int e r b an c ár i a d e P a g a men t os ( a clearing d e pag am en t os d a
F e b ra b an) e p a ra a C en t r a l c l e a r in g d e C om p ens aç ã o e L i q u i d aç ã o ( c âma r a d e
a t i v os c r i ad a p e l a C et ip pa ra a t end e r a o SP B - S i stema d e P a ga m en t o s
Brasileiro).
T ecen d o co men t á r i os s ob r e o s i st e m a op e rac i ona l da C e nt ra l , F ort una ( 2 00 2,
p . 1 1 4) d iz qu e :
[ . . . ] qu an d o u m n e g óc i o é r e a l i z ad o a t r a v é s d e qua l qu e r u m d os s i st e m as d a
C et i p , a t r ans f er ên c i a d o t í t u l o s ó s e c omp let a ap ós a c h ec ag em d os it en s
básicos d e s egu r an ç a – cód i g o de a c es s o , s enha, va l i d a d e d e d at a s et c . As
i n f or m aç õ e s d o c o m pr ad o r e d o v en d ed o r s ã o c as a da s. S e h o u v e r qu a l qu er
divergência nessa comp aração, a op eraç ão será rejeitada p e l o s is t e ma . O
n e góc i o s ó é ac e i t o p e l o s is t e ma c o m a con f ir maç ã o d a liq u id aç ão f in an c e ir a –
c on f igu ra nd o, n a p r át ica , o v e lh o e conf iáv el con c eito de “ en t rega cont ra
recebimento” .
N o d i a d o f e cha m en t o d a s op e r aç õ es , os s i st e m as d a C e t i p c o m u nicam o
r e su lt ad o f in an c e ir o dos n eg ó c io s aos part icipan tes e aos bancos liquidantes .
A o l on go do d i a s eg u int e, o s b an c os l i qu idant es con firmam, junto à C et ip, os
resu lt ad os líqu id os dos n eg óc ios. A C etip repass a en t ão es s a conf irmaç ão ao
Banco C ent ral e sen s ib iliz a as cont as de reserv a banc ária dos bancos
liq u id an t e s . Tod a e s sa operação garante a comp ensaç ã o f in a nce ir a d o negóc io
e m ap en a s u m d ia o u, c om o s e d iz n o m er c ad o, e m D + 1.
C on s i d e r a n do qu e a c o mp en sa ç ão s e p r o ces s a e m D + 1, t o d a comp r a d e t ít u l o s
n e ss e m e r ca do s o m ent e t er á s ua liqu id a çã o e f etu a da n o d ia s eg u int e a o d a
o p e r aç ã o, a p ós a c o mp ens a çã o b an c á r i a, s en d o p o r i s s o a t a x a d e ju r o f o rma da
d i a r i a m en t e n o s i s t e ma c on h e c i d a p o r t a x a C e t ip o u D 1 ( d ê - u m ).
A t ax a Selic, por ter su a liqu idação f in a nce i ra p r ev i s t a p a ra o a t o d a o p er a çã o ,
é conhec ida por D0 ( d ê-z er o ) . P o r s er l i qu i d a da m e d i ant e ch e qu es
a d m i n is t r at iv o s d o s ban c os , a t ax a C e t ip é t amb é m d en om i n ad a d e t ax a ADM
( admin ist r at iva).
C omo baliz ament o do mercado, a taxa Selic é mais import an te, t orn an do- s e
referência para o custo do dinheiro no m e r c a d o f i n an c e i r o. A s d if e r enç a s ent r e
a m b as s ã o p e qu en a s, r ep r es e n t a d as p r in c i pal m e n t e p e l a n at u r ez a d os t í t u l os
c on st an te s d o s is te m a e liq u id aç ã o v e r if ica da n o p r ó p r io d ia ou n o d ia s egu int e.
N a C et ip, o merc ad o c os tu ma embut ir n a tax a d e jur o as exp ect at iv as d o q u e
p o d e oc o r r er n o d i a segu in t e.
A in st ân c ia m áx im a da C etip é o Con s e lh o d e Ad m in is tr a ção , que é f o r ma d o
pelo s p res ident es d e c i n c o en t id ad es d o m e rc a do f i n an c e i r o:
Sociedades de C r édito Imobiliário são in st itu ições fin an c eiras int egran t es do
Sistema Financeiro Nacion al, regu ladas pela Resolução 2.735 do Banco Central,
c on st i t u í d as s ob a f o rma d e soc i e da de anôn ima, assumindo obrigatoriamente
em sua den omin ação a expressão “ C rédito Imobiliário” .
As SC I t êm como objet iv o f inancia r operações imobiliárias relat iv as à
i n c o rp o r a çõ es d e p r éd i o s, c on st ru ç ã o , v en d a ou aq u is i ç ã o d e h ab i t aç ã o , b e m
c omo v en das d e lot eamen t os etc.
As sociedades de crédit o imobiliário podem empregar em suas at iv idades, além
de recurs os próprios, os provenientes de:
d e p ós i t os de p ou p a n ça ;
let r a s h ip ot e cá r ia s
let r as imobiliárias;
r e p as s es e r ef in an c i a m en t os c on t r a í d os no P a ís, in clusiv e prov en ient es de
fu ndos nacion ais;
emprés timos e financiamentos contraídos n o ext e r i o r, in c lu s i v e o s p ro v en i en t e s
de rep asses e r ef in a n c i am en t os d e rec urs os e xt e rn os;
d e p ós i t os int e rf i n an cei r o s , n o s t ermos d a r egu l a m en t a ç ã o e m v i g o r; e
o u t r as f or m as d e c a p t a ç ão d e r e c u r s os a u t or i z ad a s p e l o BC.
As SC I são inst it u ições part icipant es do S is tema Br as ileir o d e P ou pan ç a e
E mp r é st im os ( SB PE) , est an d o su jeit as , e nqua nt o inst itu iç õ es f in an c e ir as , às
n o r ma s e à f i s c a l i z a ç ã o d o B a n c o C en t r a l.
A emissão de let r as imobiliárias é prerro gat iv a das SCI. As let ras imobiliárias
s ã o l a st r e ad a s pel o con ju n t o d e h ab i t aç õ es f in an c i ad a s p e l o s is t e m a e p e l o
a t i v o d a s SCI , g oz a n d o d e p r e f e r ênc i a s o br e t od o s os d e ma i s c r éd i t os c o n t r a
elas.
Ressalt e- s e qu e, em ban c os mú lt iplos, ex is t em carteiras de crédit o imobiliário
c u jo f u n c i on a m en t o e f is c a l i z a çã o as s em e l h a- s e ao d as SC I.
O s in st ru m en t os d e c apt a çã o das SC I são g a ran t i d os d en t r o d e l i m i t e s f i x ad os
pelo F GC – Fundo Garant idor de Crédit o.
A s soc i a çõ e s d e P ou p an ç a e E m pr é st i m os s ã o in st i t u iç õ es c on st i t u í da s
obrigatoriamente sob a forma de socieda d es c i v is , de p r op r i e d ad e c om u m d e
seus associad os , cujo objetivo pr incipal é financiar a aquisição de ca sa pr óp ria,
captar, incentiv ar e dissemin ar a poupança.
E ss a m od a l i d ad e d e a ss oc i a ç ã o f az p ar te do Sistema Brasileiro de Poupança e
E mp r ést imo e c ost u ma at uar d e f or ma r est r it a a d et er min ad a r eg iã o.
S u a s o p er a çõ e s at i v as e p as s i v a s sã o s e m e lh an t e s às s oc i e d ad e s d e c r é d it o
imobiliário.
A c a pt aç ã o de recu r sos é f eit a at r av és d e c ad ern et a d e poup anç a. Os
associados têm direito à part icipação nos resu lt ados. E m 2002 ex ist ia um ún ica
A s soc ia çã o d e P ou p anç a e E m pr é st im o s, a P o u pex, a d min ist r a da p e lo B a n c o do
Brasil.
Inf orma F ortun a (2002, p. 33) qu e “ s u as cart as pat ent es f oram emit idas pelo
e x t in t o B N H, c om b as e n o d i s p os i t iv o d a Lei n º 4 . 3 80/64 , q u e p r ev i u a cr i a ç ã o,
n o â mb it o do S F H, d e fun d aç ões , c ooper at iv as e outr as for mas a ss oc ia tiv as
p a r a a cons tru ç ão ou aqu is iç ão d a c as a pr ó p r i a s e m f in a l i d a d e d e l u c r o ” .
A intervenção do Estado nas atividades de seguro remonta há vários anos. Pelo Decreto nº
24.782, de 14 de julho de 1934, foi criado o Departamento Nacional de Seguros Privados e
Capitalização - DNSPC, em substituição à Inspetoria de Seguros, extinta pelo mesmo Decreto.
Pelo Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, foi extinto esse Departamento e criada,
em substituição, a Superintendência de Seguros Privados. Mesmo Decreto-Lei nº 73/66
instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados e criou o Conselho Nacional de Seguros
Privados - CNSP.
Histórico
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão normativo das atividades
securitícias do país, foi criado pelo Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, diploma
que institucionalizou, também, o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual o citado
Colegiado é o órgão de cúpula.
A principal atribuição do CNSP, na época da sua criação, era a de fixar as diretrizes e normas
da política governamental para os segmentos de Seguros Privados e Capitalização, tendo
posteriormente, com o advento da Lei nº 6.435, de 15 de julho de 1977, suas atribuições se
estendido à Previdência Privada, no âmbito das entidades abertas.
Conforme disposto no Art. 1º da Lei nº 8.392, de 30 de dezembro de 1991, o CNSP teve o
prazo da vigência para funcionar como órgão Colegiado, prorrogado até a data de promulgação
da Lei Complementar de que trata o Art. 192 da Constituição Federal.
O CNSP tem se submetido a várias mudanças em sua composição, sendo a última através da
edição da Lei nº10.190, de 14 de fevereiro de 2001, que lhe determinou a atual estrutura.
Composição
Ministro de Estado da Fazenda ou seu representante, na qualidade de Presidente;
Superintendente da Superintendência de Seguros Privados- SUSEP, na qualidade de Vice-
Presidente;
Representante do Ministério da Justiça
Representante do Banco Central do Brasil
Representante do Ministério da Previdência e Assistência Social
Representante da Comissão de Valores Mobiliários
Atribuições
Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados;
Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades
subordinadas ao Sistema Nacional de Seguros Privados, bem como a aplicação das penalidades
previstas;
Fixar as características gerais dos contratos de seguros, previdência privada aberta e
capitalização;
Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro;
Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Previdência Privada
Aberta e de Capitalização, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações;
Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor.
8 . 2 E s t ru t u r a
A s p r in c i p a is a t r i bu i ç õ e s d a S u sep s ão:
F i s c a l i z a r a c on s t it u iç ã o, o r g a n iz aç ã o, f u n c i o n amen t o e o p e r a ç ã o d as
s o c i e da d e s s e gur a d or a s, d e c a p it a l i z aç ã o e d as e n t i d ad es d e p r ev i d ênc i a
complementar ab erta, na qua l i d a d e d e e x ecu t or a d a p olít ica traçada pelo CN SP;
A t u a r n o s en t i d o d e pr ot e g er a c ap t a ç ã o de p ou p a n ç a p o pu l a r q u e s e e f etu a
a t r av és d as o p e ra ç õ es d e s eg u r os , d e c a p it a l i z aç ã o e d e p r e v id ên c i a
complementar ab erta;
Z e l a r p e l a d e f es a dos i n t e r es s es d os c on su m i d o r es d os m e r c ad os
superv isionados;
P ro mo v er o a p erf ei ç oa m en t o d as in s t i t ui ç õ es e d os in s t ru m e nt os o p e ra c i onais a
eles vinculados , com vistas à maior ef iciência do sist ema nacion al de seguros
p r i v ad o s e do s i st e m a n ac i o n a l d e c a p it a l i z aç ã o;
P r omov er a est abilidade dos mercados sob su a jurisdição, assegu rando su a
expansão e o funcionamento das entidades que neles op erem;
Zelar pela liqu idez e solv ência das sociedades que integram o merc ado;
D isciplin ar e acompanhar os inv est iment o s d a qu e l as ent i d ad e s, e m e sp ec i a l o s
e f et u a d os e m b en s g ar an t i d o r es d e pr ov i s õ e s t é cn i ca s;
Cump rir e fazer cumprir as deliberações do CNPS e ex ercer as atividades que
por ele forem delegadas;
P r ov er os serv iç os d e s ec r et ar ia execut iv a do CN S P.
A s o p er a ç ões d e s e g u r os, d e c ap i t a l i z a ç ão e d e p r e v id ên c i a c om p l e m en t a r
aberta obed ecem a diversos in strumentos legais, t en do a segu in t e legislação
básica:
s egu ros - dec r et o- l ei n º 73, d e 2 1.11 .6 6 , e d e c re t o nº 6 0 .459, d e 1 3.0 3.6 7;
c ap italiz ação - dec r et o- l ei n º 7 3, de 2 1.11 .6 6, e d e c re t o - l e i nº 2 6 1 , de
2 8 . 0 2. 67 ;
p r ev id ênc ia p r iv ada ab ert a - lei n º 6 .435, d e 1 5. 0 7.7 7, d ec r et o n º 8 1 . 4 0 2, de
2 3 .0 2. 78 e L ei C omp lement ar 10 9, d e 29. 05. 0 1.
Co m b ase n es s a l eg i s l aç ã o, s ã o ed i t ad o s os i ns t ru ment os no rm at i vos
op er ac ion a is , a R es olu ç ões d o CNSP e a s C i r c u l a r e s d a S u s e p . A L ei
C omp lementa r 1 09 pr ev ê esp ec if ic a ment e qu e a n or matiz a çã o, a c oord en a çã o,
a superv isão, a fiscalização e o controle das at iv idades d e p r ev i d ênc i a
complementar serão ex ercidos, pelo Minist ério da Faz en d a, por in t ermédio do
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8 . 4 CN SP - At r ibu iç ões
N a at u a l c o m p o s i ç ã o, o C on s e l h o N a c i on a l d e S eg u r os P r iv a d os é f o r m a d o p e l o
M in ist ro d a Fa z end a , qu e é o s eu p r esi d en t e, p e l o Sup e r i n t e n den t e da S u s e p ,
q u e atu a com o p re s i d ent e su b st it u t o e por representantes do Ministério da
P r ev id ên c ia e As s ist ên c ia S oc ia l, do Ban co C en tral do Brasil e da C omissão de
Valores M obiliários.
A s at r i bu i ç õ es d o C o n s e lh o Na c i on a l d e S eg u r o s P r i v a d os s ão :
F i x a r as d i r et r i z es e n or m a s d a polít ica de segu ros priv ados;
Regu lar a const itu ição, organ ização, fun c ion am en t o e f is c a liz aç ão d os que
exercem ativ idades subordinadas ao sistema nacional de seguros priv ados, bem
c omo a ap lic aç ão d as pen a lidades prev istas;
F i x a r as c a ract e r í st i c as g e ra i s dos c on t r at o s d e s e gu ros, d e ca p i t a l i z a ç ão e d e
previd ência comp lementar aberta;
E st ab e l e c e r as d i r et r i z es g e r a i s d as op e r aç õ es d e r es s eg u r o;
C on h e c er dos r e cu rs o s d e d ec i s ã o da S u s ep e do I R B;
P r es c r ev e r os c r i t é r i o s d e c on st i t u i ç ã o d a s s o c i ed a d es s eg u r a dor as , d e
c a p it a l i z a çã o e ent i d ad e s de p r ev i d ên c i a com p l e m e n t a r ab e rt a, c o m f i x a ç ã o
dos limit es legais e técn icos d as resp ect ivas op erações;
D i sc i p l i n a r a cor r et a g em d o m e rc ad o e a p r of i ss ã o d e c o r r et o r.
C on f o r m e se d ep r e e n d e d o qu e f o i d it o a c i m a, a m i ss ã o da S u s e p t e m
sign if icat iv a importância n o Brasil por se t r a tar d e u m o r gan i smo r eg u l ad o r e
f i s ca l i z a d or d a á r ea de s egu r o s, r es s egu r os , p r e v i dê n c i a c om p l e m en t a r a b er t a e
c a p it a l i z a çã o. T od a s es s a ár e a s s ã o i m p or t ant es g e r ad o r es d e p ou p an ç a e
i n v es t i m e n t o s d e l o n g o p ra z o . No c as o d o s e gu r o, con t r i bu i t am b ém of er e c e n d o
in st ru men tos para admin ist ração de riscos, na v iabiliz ação de n ov os
in v est imentos.
A l é m d o s as p ec t o s r ef e r en t e s à ca pt aç ã o d e p ou p a n ça, r e ss a l t a- s e a
i m p o r t â n c i a d o s e t o r d e p r ev i d ênc i a c omplementar aberta como alternativ a
para a previdência estatal.
O cr e sc i m e n t o d e st e s eg m en t o c on st i t u i r e sp o st a p o s it i v a do m e r ca d o à cr i s e
f iscal do Estado qu e lev ou a limit ação d a p r ev i d ên c i a p ú b l i c a a os s e gmen t os d e
renda mais baix a.
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8 . 7 Aç ã o f is c a l i z a d or a
A t ra v és d a m od e rn i z a ç ão e at u a l i z aç ã o d o s s is t ema s de c o l e t a p e r i ó d i c a d e
d a d os d as s oc i e d ad e s s e gu r ad o ra s, d e c ap i t a l i z a ç ã o e d a s en t id ad e s d e
previd ência comp lementar aberta, e, ain da, d o d e s e nvo l v i m e n t o e i m p l ant aç ã o
d e P l an os d e C on t as e sp e c íf i c o s p a r a c a da u m d o s m er c ad os sup e rv i s i o n ad o s,
v e m s en d o p os s ív e l ap r i m o r ar os m ec an i s m os d e c on t r o l e d e cob e rtu r a da s
prov isões técn icas por at iv os garantidores e da solvên cia das empresas, sendo
t a is instru men t os fu ndament ais para o c ont r ole e f isc a liz aç ã o à d is t ânc ia
dess es merc ad os.
O s in st ru m ent o s d e f isc a liz aç ã o à d istância permit em ainda, a adoç ão de
pro gramas d e f i s c a l i za ç ão s el et iv a e ob jet i va, g e ra nd o redu ç ã o d e t e m po e
recu rsos gast os n as fisc aliz aç ões ext ern as , p r o du z in d o r esu l t ad o s m a is ef et i v os
c o m m en o r d is p ên d i o.
O aprimorament o desses mecan ismos possibilit a a public ação mensal de
est at íst icas conf iáv eis d os m erc ad os su p e rv i s i onad o s, o qu e ve m s end o
aperf eiçoado regu larmen t e, com sign ific at iv a c ont r ibu iç ã o p a r a a melh or a d o
g r au d e i n f o rma çã o d os a g ent e s d o s m er c ad o s f i sc a l i z ad o s.
E ssas medidas proporcion am o au ment o da conf iabilidade do Sist ema N acion al
d e S e gu ros P r i v ad os e c riam melhores con d ições p ar a o d es e n v o lv i m e n t o
s au d áv e l d o s i st e ma c o mo u m t o do.
O prog rama d e f isc aliz aç ão s elet iv a das en t id a d es f isc aliz ad as é f u n damen tad o
p r inc ip a lmen t e n os resu ltad os d as an ális es dos dad os c olet a d os e nas
reclamações/ denúncias do pú blico consu midor.
ATRIBUIÇÃO
Conselho de Gestão da Previdência Complementar - CGPC é órgão colegiado, que exerce as
competências de regulação, de normatização e de coordenação das atividades das entidades
fechadas de previdência complementar estabelecida na Lei Complementar nº 109/2001, e que
integra a estrutura básica do Ministério da Previdência Social.
O Decreto nº 4.678 de 25 de abril de 2003 devolveu ao CGPC a atribuição de órgão de caráter
recursal, cabendo-lhe apreciar e julgar, em última instância, os recursos interpostos contra as
decisões da Secretaria da Previdência Complementar – SPC, com base no caput e no §.2º do
art.65 da Lei Complementar nº 109, de 2001.
COMPOSIÇÃO
O Conselho é integrado por 8 Conselheiros, observada a seguinte composição:
I - Ministro de Estado da Previdência Social, que o presidirá;
II - Secretário de Previdência Complementar;
III- um representante da Secretaria da Previdência Social;
IV- um representante do Ministério da Fazenda;
V- um representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
VI - um representante dos patrocinadores e instituidores de entidades fechadas de previdência
complementar;
VII - um representante das entidades fechadas de previdência complementar;
VIII- um representante dos participantes e assistidos das entidades fechadas de previdência
complementar.
Cada representante referido nos incisos III a VIII tem um suplente.
ESTRUTURA
1. Plenário - instância de deliberação configurada pela reunião ordinária ou extraordinária de
seus membros, competindo-lhe examinar e propor soluções às matérias submetidas ao CGPC.
2. Órgão Recursal – última instância de decisão administrativa, que tem por finalidade o
julgamento dos recursos das decisões da Secretaria de Previdência Complementar.
2. Secretaria-Executiva - executa as atividades técnico-administrativas e de assessoramento,
prestando todo o apoio necessário ao cumprimento das finalidades do Conselho.
COMPETÊNCIAS
I - estabelecer as normas gerais complementares à legislação e regulamentação aplicável às
entidades fechadas de previdência complementar, em consonância com os objetivos da ação
do Estado discriminados no art. 3° da Lei Complementar n° 109, de 2001;
II - estabelecer regras para a constituição e o funcionamento da entidade fechada,
reorganização da entidade e retirada de patrocinador;
III - normatizar a transferência de patrocínio, de grupo de participantes, de planos e de
reservas entre entidades fechadas;
IV - determinar padrões para a instituição e operação de planos de benefícios, de modo a
assegurar sua transparência, solvência, liquidez e equilíbrio financeiro;
V - normatizar novas modalidades de planos de benefícios;
VI - estabelecer normas complementares para os institutos da portabilidade, do benefício
proporcional diferido, do resgate e do autopatrocínio, garantidos aos participantes;
VII – estabelecer normas especiais para a organização de planos instituídos;
VIII – determinar a metodologia a ser empregada nas avaliações atuariais;
IX – fixar limite para as despesas administrativas dos planos de benefícios e das entidades
fechadas de previdência complementar;
X – estabelecer regras para o número mínimo de participantes ou associados de planos de
benefícios;
XI - estabelecer as normas gerais de contabilidade, de atuária, econômico-financeira e de
estatística;
XII - conhecer e julgar os recursos interpostos contra decisões da Secretaria de Previdência
Complementar relativas à aplicação de penalidades administrativas; e
XIII - apreciar recursos de ofício, interpostos pela Secretaria de Previdência Complementar,
das decisões que concluírem pela não aplicação de penalidade prevista na legislação própria ou
que reduzirem a penalidade aplicada.
O regime de prev idência comp lementar priv ad a n o Br as il est á org an iza d o sob a
tu t ela da Lei C omplement ar n º 109, de 29 .05. 2001, qu e a criou em dois n ív eis:
o da s en t i da d es f ec h ad a s , ger a l m ent e f u n do s d e p en sã o , es p ec í f i c as d os
e m p r eg a d os d e det e rmi n ad a e mp r e sa o u gru p o d e empres as, e o das en t id a des
abertas, acessíveis a qualquer pessoa que subscreva e custeie o seu plano de
b e n ef í c i os .
P o r out r o l a d o, a L e i C o mp l e m e n t ar n º 1 0 8, t a mb é m d e 29 . 0 5. 20 0 1, d i s p ôs
s o b r e a r e l aç ã o ent r e a Un i ã o , os E st ad o s, o D is t r i t o F e d e ral e o s M u n i c íp i o s,
s u a s aut a rq u i as, f u n d aç õ es , s o c i ed a d es d e Ec ono m i a m i s t a e out ras e nt i d ades
p úb lic as e su as resp ec t iv as en t id a d es fech ad as d e prev id ên c ia comp lement ar,
regu lando, in clu s iv e, su a est r utura organ iz acional.
9 . 2 A a ç ã o d o E s t ad o
N o B r as i l , o r eg i m e d os Fun d o s d e P en sã o f o i i n s t it u íd o c o m ba s e n a
experiência de outros países e tem se d es en v o l v i d o a o n í v e l d os m e l h o r e s
sist emas ex ist ent es no mundo.
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9 . 3.3 F P e f o r ma ç ã o d e p ou p a n ç a
Os fu n do s d e p en s ã o s ã o p er s on al i d a de s ju rí d i ca s d e d i re i t o p riv a do ,
independentemente da natureza ju rídica da empresa patroc inadora. Eles são
c on stitu íd os p a ra a d m in i s t r a r r ec urs os recolh idos pelos t r abalh a dores e por
s u a s e mp r e sa s pa r a o cus t e i o dos p l an os d e b en ef í c i o s.
Os recu rsos origin ários d as e m pr e s as i n t e gr a m a c es t a d e r e mun e r aç ã o dos
seus empregados , tal como foi negociado com eles. A totalidade dos recursos
e m p o d e r da s in st i t u i ç õ es p e rt en c e, por t ant o, a os s eu s p a rt i c i p ant e s. É e ss e
f at o qu e lh es c onf e r e ca r át e r p r iv a do , c o m o a L ei Comp lem e nt ar n º 1 0 9
reconhece e os tribunais o têm consagrado.
9 . 3.5 E n t i d a d e d e c a rá t er s oc i a l
F u n c i o n an d o com o e n t id a d es d e car át e r s oc i a l , o s f u n d os d e p en s ã o d e v er i a m
t e r o t ra t amen t o c o r re sp on d en t e , s e j a q u ant o à d e f i n iç ã o d a sua n a t u r ez a, se j a
q u a n t o a o s b en ef í c i o s as s egu r ad o s a in s t itu i ç õ es d es t e t i p o.
São, su bstancialment e, en tida des comp lementares à Prev idência Social e
c o l a b o ra m c om o p o d er pú b l i c o par a a s o lu ção d o gr av e p r ob l e m a d a p r ot e çã o
s o c i a l d os t r ab a lh a d or e s.
P or seu perf il mu tu alist a, os f undos de p en s ã o r e p re s ent a m a f o r ma m a i s ef i c az
d e p r ot eç ão na med ida em qu e c omb ina m um s ist ema soc ia lmen t e ef ic ien t e e
econ omicamen te viável.
O Instituto de Resseguros do Brasil foi criado em 1939, graças ao então presidente Getúlio
Vargas. Naquela época, a atividade de resseguro no País era feita quase totalmente no
Exterior, de forma direta ou por intermédio de companhias estrangeiras que operavam no
Brasil. A necessidade de favorecer o aumento da capacidade seguradora das sociedades
nacionais, para a retenção de maior volume de negócios em nossa economia, tornava urgente
a organização de uma entidade nacional de resseguro.
A criação do IRB teve tal importância naquele momento para o desenvolvimento do mercado
segurador brasileiro assim como para o incremento da economia nacional que o resultado de
suas operações se expressou em números significativos: com apenas nove meses de atuação,
o Instituto conseguiu reter no país cerca de 90% dos prêmios de resseguros-incêndio
praticados.
Gradativamente, novos ramos foram sendo incorporados pelo IRB, com destaque para o
Seguro Aeronáutico, implantado no Brasil em janeiro de 1944, quando ainda operava em
caráter embrionário no resto do mundo.
A partir da década de 50, o IRB passou a aceitar solicitações de resseguro sobre riscos para os
ramos Transportes, Acidentes Pessoais, Aeronáuticos, Vida, Cascos, Automóveis e Lucros
Cessantes, e também instituiu a cobertura sobre o Seguro Agrário.
Crescimento Excepcional
Em 1975, o Brasil registrou o superávit de US$ 3,5 milhões na conta de Seguros do Balanço de
Pagamentos. O resultado foi fruto direto da política de reciprocidade de negócios que
promoveu o intercâmbio internacional do seguro brasileiro e reverteu a tendência tradicional
para déficits cambiais sistemáticos.
Essa política fez com que o mercado brasileiro passasse a aceitar negócios do Exterior em
volume correspondente a 60% dos resseguros cedidos. Ainda no mesmo ano, o IRB, com
escritório de operações em Londres (maior centro ressegurador mundial), obteve faturamento
de US$ 50 milhões contra os US$ 400 mil registrados em 1970. Em apenas cinco anos foi
alcançado o excepcional crescimento de 262,7%.
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Conhecimentos Bancários
Definindo Cosseguro
Além de pulverizado entre as resseguradoras, o valor do bem segurado também pode ser
dividido entre duas ou mais seguradoras. Essa operação é chamada de cosseguro, onde são
emitidas tantas apólices quantas forem as empresas envolvidas, ou apenas uma apólice para
uma das companhias, denominada líder.
Onde Estamos
O IRB-Brasil Re possui sede própria, à Av. Marechal Câmara, 171 - Rio de Janeiro, escritório
em Londres e uma subsidiária em Nova Iorque.
A empresa tem ainda três Gerências Comerciais, em São Paulo, Porto Alegre e no Rio de
Janeiro, e também um escritório de representação em Brasília
sociedades seguradoras
T od os os ben s, mat eriais ou n ão, que tenham valor econ ômico e estejam
s u j e it o s a r i sc os , p o d e m s e r o b j et o d e c on t r at o d e s egu r o.
A L e i 4.5 9 5/ 64 ( R e f or m a B an c á r i a) qu e r ef o r mu l ou o S i s t e m a F in an c e i r o
N a c i on a l, enq u a d r ou a s s eg u r ad o r as c omo in st itu iç ões f in anc eiras,
s u b o rd i n a n do- a s a n ov as d i s p os i ç ões legais, sem, con tudo, introduz ir
modificações de pr ofundidad e na legisla çã o es p ec íf ic a ap lic á v el à at iv id ad e.
Op eram os s eg u int es ramos b ás icos:
R a mos element ar es: g ar ant em per da s e d an os p r oven ien t es d e inc ên d ios ,
t r an sp o rt es , ac i d en t es p es so a i s e ev ent o s qu e p os s am af et a r pess o as e ben s,
responsabilidades, obrigaçõ es, garan t ias e direit os.
Ramo vida: garantem benefícios ou ren d as , t en d o e m v i s t a a d u r aç ã o d a v i d a
hu man a.
R a m o sa ú de: g a ra n t e m as s is t ê n c i a m éd i c a e m c a s o d e d o e n ç as.
N o s s eu s as p ec t os e sp e c íf i c o s, as s e gu r ad or a s t ê m at i v i d ad e s r egu l a d a s e
c on t rol a d as p e l o C N SP. A ex e c u çã o d e s u a s f u n ç õ e s é f i sc a l i z ad a p e l a S u s e p .
S u jeit a m- s e a n or mas emanad as d o CM N como in st itu iç ões f inan c eir as. O Banc o
C ent ral regu lament a qu anto aos limit es de a p l i c aç ã o d e s ua s res e rv as t éc nic as
n os mercad os d e r en d a f i x a e r en d a va ri áv e l .
Segu ro no Bras il
sociedades de capitalização
E m t e r m o s g e ra i s , c a p it a l i z aç ã o é o p r oc e ss o d e a p l ic a ção d e u m a i m p or t ânc i a
a u m a d e t er m i n ad a t ax a d e ju r os e d e s eu c r es c i m en t o p o r f o r ç a d a
incorp oração desses mesmos juros à quant ia in icialmen te aplicada. Em outras
palav ras, capit alização é a aplicação em papéis f in an ceiros, adqu iridos à v ista
ou a praz o, com possibilidade de ganh o por meio de sort eios, cu jas aplicações
r eto rn ar ão ao c l i en t e, t od a ou em pa rt e , corri g i da s a o f i m d o p l an o.
N o s en t i d o p ar t i cu l a r d o t e rmo , c ap it a l i z aç ã o é um a c om b in a ç ã o d e e c o no m ia
p r o gr a m a da e s o rt e i o, s en do q u e o c on c e it o f in an c e i ro a c i m a ex p os t o a p l i c a- s e
a p en as ao c omp on ent e " ec on omia p r og r ama da ", ca b end o a o c ompon en te
l o t é r i c o o p ap e l d e p od e r ant e c i p ar , a q u a lqu er t emp o, o r ec eb imen to da
q u a n t i a q u e s e p r et en d e e co n omi z ar o u de u m m ú l t ip l o d e l a de c on f o r m id ad e
c om o p lano.
Para a venda de um título de cap it a l i z aç ã o é n ec es s á r i o u m a sér i e d e
f ormalid ad es q u e v i sa m a g a r an t i a d o c o nsum i do r. A s soc i e d ad es d e
c a p it a l i z a çã o d ev e m sub m et e r o s eu p l a n o à S u s ep.
Assim como os demais in strumentos finance ir o s, o s t ítu los d e c ap it a liz aç ã o t ê m
legislação própria. O Sistema Nacion al de C apit a liz ação f oi inst itu ído pelo
D e cr e t o - L e i n ° 26 1, d e 2 8. 0 2. 1 96 7 e é c on s t i t u í do p e l o s s e g u int es o r g an i smo s:
C on s e l h o Na c i on a l d e S egu r os P r iv a do s ( C NS P )
S up e r in t e ndên c ia d e S egu r os Pr iv a do s ( S u s ep)
Sociedades autorizadas a op erar no ramo.
O C N SP é o ór g ão resp on s áv e l p e l a d ef i n i ção d a p o lít i c a n o r m at i v a d e
c a p it a l i z a ç ã o, f i c an d o a c ar g o d a S u s ep a execu ç ã o d e s ta p o l í t i c a.
C ab e à Su s ep f i s c a l i z ar a c on s t i t u i ç ão, o funcion a ment o e as operações das
s o c i e da d e s d e c ap i t a l i z a ç ão. A S u sep está subordinada ao Ministério da
F az end a, uma vez q ue é de c omp et ênc ia d a Un iã o "f is c a liza r as op er aç ões d e
c r é d it o , c a p it a l i z aç ã o e s egu r o " , c on f o rm e Ar t . 1 9 2, Inc i s o I I , d a C on s t it u iç ã o
F ed eral d e 1 9 88 .
T od o n ov o pr odut o a s er lan çad o n o mer cad o d ev e s er su b met id o pr ev iament e
à Sus ep, s end o a su a comerc ializ aç ão c ond ic ion ad a à ap r ov ação d o órg ão. As
Escriturário do Banco do Brasil 49
Conhecimentos Bancários
O s is t e ma d e p r ev i d ênc i a s o c i a l n o B r as i l e st á c on st r u íd o s ob r e d o i s p i l a r e s: a
previd ência social básica , pr oporcion ada pelo Poder Público, e a prev idência
p r iv ad a, d e c ar át er c omp lementar. Est a , por su a vez , está con st itu ída em dois
g ru p os d i st i n t os : E n t id a d es F e cha da s e Ent i d ad e s Ab e rt as d e P rev i d ên c i a
P r ivada.
A p r inc ip al d ist inç ã o en tr e a mba s é qu e, n o c as o d as en t i dad es f ec h a d as, é
ob r ig at ór io o v ín cu lo emp r egat íc io entre o participante e a empresa
p a t r o c in a do r a, a l é m d o f at o d e q u e o p l a n o de b en e f íc i o s d e v e s e r of e r ec i d o,
o b r ig at o r ia m ent e, a t od o s os e m pr e g ad o s d a pat ro c in a do r a.
A s en t i da d es f ech a d as, t am b é m c on h e c i d as c om o F u n do s d e P en sã o , s ã o
vinculadas ao Ministério da Prev idên cia e Assist ên cia Social, at ravés da
S ec r et a r ia de P r ev id ênc ia C omp lemen ta r , enqu an t o qu e a s ent id a d es a ber ta s s e
v incu la m ao M in ist é r io d a Fa z end a p or interméd io da Su perinten dência de
S e gu r os P r iv ad o s – S us e p .
C o mo r e g ra g e r a l, E FP P s ã o i n st itu i ç õ es sem f i n s l u c ra t iv o s c u jo o b j et i v o é a
e x p l o r aç ã o d e serv i ç os d e p re v i d ênc i a p r i v a d a. S ã o ent i d ad e s c on st i t u í d as s ob
a f o r ma d e f u n d a ç ã o ou s o c i ed a d e c i vil, com a f inalidade de inst itu ir plan os
p r i v ad o s de c on c e ss ã o d e b e n ef í c i os c o mp l e m en t a r e s ou as s e m e lh ad o s a o d a
p r e v id ê n c i a s oc i a l , a c es s ív e i s a os emp regados ou dirigentes de uma empresa
o u gr u p o d e e mp r es a s, as qu a i s, p a ra o s ef e i t os d o r eg u l am e n t o q u e a s r e g em ,
s ã o d en o m in ad a s p a t r o c in ad o r as.
E m 2001 a popu lação abran g ida pelas EF PP ch eg ou a 6, 5 milh ões d e p essoas,
e n t r e p ar t i c i pan t es e d e p en d e n t es, s en d o 4 5 % ate n d i d as p o r e n t i dades do
s et or pú b lic o e 5 5% do s et or priv ad o.
D as 3 59 e n t id ad e s e x ist e n t es em 2 00 1, 76% sã o d o s e t or p r i v a d o, qu e
a cu mu l a r a m u m at i v o t o t a l d e c e rc a d e R$ 1 70 b i l h õ es , r ep r es en t an d o c er c a d e
15% do P I B brasileiro.
O ut r as inf o r m aç õ es sob r e fun do s d e p en sã o , c on su ltar o t óp ic o 9. 3.
corretoras de seguros
Se gu ro n o Bra s il
S ã o empres as qu e admin ist ram os p lan os ou s egu ros priv ad os d e ass is t ênc ia à
s aú d e e q u e ga r an t e m a os s e g u rad os a c ob e rtu r a d e d e sp e s a s m é d i c o-
h os p i t a l a r e s . A s egu r ad o r a p o d e rá p agar diretamente aos prof issionais e
o r g an i z a ç õ es m é d i c o- h osp it a l a r e s c rede n c i a d os qu e pr e st a r a m o s s er v i ço s, ou
efet uar o reembolso ao próprio segurado. São op erad os por companhias
seguradoras.
Os s eguros- saúd e p ermit em liv re escolh a de serviç os e reembolso de valores
pagos. O segu rado t em a liberdade de ut iliz ar os serv iços of erecidos
( c r ed en c i ad o s ou n ã o), a p r es e n t a r n o t a s e r e c i bos das d es p e sas e rec e ber o
reembolso, de ac ordo com as condições e limites contratados. A segu radora
t a mb é m p od e of e r e c er u ma r e d e d e s e rv i ç os ( cr e d en c i a d a ou r ef e r en c i ad a) ,
onde o segu rado poderá se u t iliz ar dos serv iç os, n ormalment e sem qu alqu er
desemb olso.
Visan d o promov er u m equ ilíbrio n as rela ções en tre os segmentos env olv idos,
f oi criada a A g ênc i a N ac i on a l d e S aúd e C o mp l e m ent a r – A N S , atravé s d a L e i
9 . 96 1, d e 10 /0 1/ 20 0 0, c omo autar qu ia especial vinculada a o M ini s t é ri o d a
S aú d e, c o mo a g ênc i a r egu l a d o ra , c o m s ed e e f or o n a c i d ad e d o R i o d e Jan e i r o e
atuação em todo território nacion al. Tem a função de regular, normatizar,
con t rolar e f iscaliz ar as at iv idades qu e g ar an t a m a as s i st ên c i a sup l e m e n t ar à
s aú d e.
MP, repu blicad a várias vezes leva atualmente o número 2177-44. Ao conjunto
L ei 9656 mais M edida P r ov isória f oi acrescida, em janeiro de 2000, a Lei 9961,
qu e criou a ANS e lhe deu as at ribu ições d e r egu l a ç ão , c on t r o l e e f i s c a l i z a ç ão
d o s et o r.
depósitos à vista
O depósito nada mais é que a entrega de um numerário (dinheiro) ao Banco, para que este o
guarde (ou aplique) para o cliente, e lho restitua, total ou parcialmente, ou na época
combinada, ou quando este pedir.
Os depósitos são classificados em "depósito a vista" e "depósito a prazo".
Os depósitos a vista são aqueles que o cliente quer deixar o dinheiro à sua pessoal disposição,
para sacar tudo ou uma parcela, a hora que lhe convier. Normalmente os depósitos a vista são
feitos em conta corrente.
Já os depósitos a prazo são investimentos, que não estão à imediata disposição e liberação ao
cliente. Este deve ou aguardar um prazo de vencimento, para resgatá-los, ou dar um aviso
antecipado, de que pretende seu numerário.
De regra todo depósito é feito no Caixa do Banco, que recebe o dinheiro e autentica a ficha de
depósito, que vale como prova de que foi feito o depósito e que o cliente entregou tal dinheiro
ao Banco.
As fichas de depósitos devem ser preenchidas pelo cliente ou por funcionário do Banco,
constando, especificamente, os valores em cheque e em dinheiro, sendo que uma das vias da
ficha será entregue ao cliente e a outra será o documento contábil do caixa.
O depósito tanto pode ser feito em dinheiro corrente, como em cheques, que serão resgatados
pelo Banco depositário junto ao serviço de compensação de cheques, ou pelo serviço de
cobrança.
Os bancos de investimentos de natureza privada (que só podem ser constituídos com especial
autorização do Banco Central), segundo a lei reguladora do Mercado de Capitais (Lei nº 4.728
- 14.07.65), podem receber dinheiro de investidores, com prazo superior a 18 meses, aos
quais pagarão rendimentos (juros, correção monetária, etc.).
O Certificado de Depósito Bancário ou C.D.B., para que tenha absoluta validade, deverá ter
os seguintes requisitos:
Poderá o Certificado de Depósito Bancário ser transferido por endosso em preto (isto é, com o
nome e qualificação do endossatário).
Letras de Câmbio
Tipo de título negociável no mercado. Consiste numa ordem de pagamento em que uma
pessoa ordena que uma segunda pessoa pague determinado valor para um terceira. Deve
trazer, de forma explícita, o valor do pagamento, a data e o local para efetuá-lo.
A cobrança bancária tem por finalidade processar mediante registro a cobrança de títulos
entregues ao Banco através de borderaux de cobrança, referentes ao faturamento das
empresas.
Para tal são emitidos bloquetes e entregues aos sacados, ficando o Banco incumbido do
controle, acatando sempre que solicitado pelo cedente instruções para alterações de cobrança
necessárias.
O fluxo de cobrança bancária se resume: no cedente (quem vende), no sacado (quem compra)
e no banco, que faz a intermediação da operação, recebendo o valor do sacado e repassando
ao cedente.
- convencional;
- cobrança pré-impressa sem registro;
- cobrança pré impressa com registro;
- cobrança escritural;
- cobrança por teleprocessamento.
A cobrança de títulos é de suma importância aos bancos comerciais, pois estreitam relações
entre o banco e as empresas.
A transferência – débito de uma conta de aplicação para a conta corrente, ou vice-versa, tanto
pode ser feita, programadamente (agendada), quando mediante ordem direta do correntista.
O pagamento de títulos tem o mesmo tratamento,' que o recebimento. O banco executa todo
o fluxo de pagamento do cliente, através do débitd em conta,, documento de crédito ou
ordem de pagamento e o ' informa de todos os passos executados.
Commercial Papers
Nota promissória emitida por uma empresa no mercado externo para captação de recursos à
curto prazo, gerando portanto uma dívida de curto prazo para a empresa. Uma modalidade de
captação de recursos no exterior para atender necessidades financeiras de uma empresa
(expansão, investimentos, etc).
A comunicação é constituída de duas vias, tanto o banco pode obter informações do que o
cliente necessita quanto o cliente pode obter informações sobre o banco. Essa comunicação
pode ser feita por linha telefônica ou através de comunicação do próprio banco, via satélite,
com garantia total de conexão, proporcionando segurança, velocidade e qualidade.
O Home Banking tem sido mais utilizado ultimamente através da Internet passando a ser
chamado de Internet Home Banking – mas os serviços oferecidos pão exatamente os mesmos
do Home Banking sem a Internet.
De modo geral podemos ainda afirmar que as instituições bancárias, disponibilizam aos seus
clientes, a quase totalidade das suas operações de prestação de serviços e investimentos para
o acesso e o conforto dos seus clientes, das suas próprias residências, como Verdadeiros
bancos virtuais.
Para que houvesse uma redução de custos de intermediação financeira, os bancos concluíram
que havia necessidade de reduzir o trânsito e a fila de clientes nas agências.
Esse o motivo para o aprimoramento dos Bancos 24 horas, onde se dá o atendimento remoto
(fora das agências) da clientela.
Esse tipo de atendimento se utiliza da rede banco 24 horas (saques, depósitos, pagamento de
contas, solicitação de entrega de talões de cheques, etc), empresas tipo balcão eletrônico,
cartões magnéticos em redes de postos de gasolina, redes de lojas.
Pode-se, então, obter uma integração dos requisitos de conveniência, segurança, eficácia e
relacionamento, exigidos pelo conceito de remote bank.
É uma forma de transferência dos dados – que se perfaz de forma criptografada, para a
segurança da operação.
E uma forma segura para que os bancos possam trocar informações e prestar serviços à
clientela.
Dinheiro de Plástico
O dinheiro já assumiu muitas formos diferentes, de conchas a moedas, primeiro cunhadas nas
costas do Mar Egeu em 600 a.c, seguidas por cédulas e cheques e, mais recentemente por
cartões de plásticos, conforme Revista Exame, edição 652 de 27.12.1997, página 36,
reportagem assinada por Matthew Valencia, jornalista financeiro do The Economist.
O dinheiro de plástico será liderado pelos cartões inteligentes (smart cards) ou cartões de
armazenamento, semelhante aos cartões de crédito na sua aparência, eles contêm microchips
que armazenam unidades digitais de valor que podem ser trocadas por bens e serviços, como
o dinheiro tradicional.
Esses cartões também são conhecidos por carteiras eletrônicas, tem o seu melhor uso como
substituto do dinheiro em transações de pequeno porte. Os Bancos já estão testando a idéia
em todo o mundo, inclusive no Brasil.
Cartões Magnéticos
Os cartões magnéticos são utilizados para saques, extratos, autorizações para resgates e
aplicações entre contas correntes e investimentos.
O cartão tende a se tornar um cheque eletrônico, com grande vantagem de redução de custo
para os bancos, garantia de recebimento pelos estabelecimentos comerciais, rapidez nas
operações de venda e eliminação das consultas prévias sobre a saúde financeira dos clientes,
com economia de custos e de tráfego telefônico.
Este cartão foi idealizado para garantia de venda, isto é, garante ao recebedor o crédito
previamente aprovado para o usuário do cartão, que é um cliente preferencial.
Há uma cobrança de juros sobre o saldo devedor no momento em que é efetuada a compra.
Mas esse cartão poderá oferecer prazos, carências e taxas mais baixas do que as praticadas no
mercado.
Cartões de Crédito
Os cartões de crédito são uma forma dos clientes adquirirem bens ou serviços, com a
facilidade de terem um prazo para o seu pagamento, muitas vezes no valor à vista. E para
quem vende há a garantia do recebimento da venda, havendo um estímulo no crescimento da
aceitação desse cartão, apesar de suposta desvantagem pela demora no repasse do valor da
venda.
Existem dois tipos de cartões de crédito, quanto ao usuário: de pessoa física ou empresarial; e
quanto à utilização: nacional ou internacional.
Cartões Inteligentes
Além de incorporar múltiplas funções como instrumento de operação financeira, conter áreas
pré-gravadas (funções de stored card com fundos predefinidos) e áreas de livre gravação para
transações financeiras em geral, admitindo também a criação de áreas só para leitura.
Podem atualizar automaticamente valores e suportar aplicações não bancárias, com agenda
eletrônica, ficha médica, carteira de documento, curriculum vitae e outros.
Ca rtão d e Af in idad e
É um cartão de crédito em que grupos, organizações, associações, clubes e afins exibem sua
marca ou logotipo.
Os fundos podem ser classificados pelo índice de volatilidade, que determina o grau de risco
para o investidor. Dessa forma podemos classificá-los em:
• FIF – curto prazo: Tem liquidez diária, com alíquota de compulsório de 50%, o que restringe
sua rentabilidade, tornando-o um fundo de conveniência para os recursos diários.
• FIF - 30 dias: São aplicações com valorização a cada 30 dias corridos, com alíquota de
compulsório de 5%, o que diminui a sua rentabilidade, tornando-o um fundo de preservação
de patrimônio contra a inflação, sendo competitivo com a poupança.
• FIF - 60 dias: São aplicações com valorizações a cada 60 dias corridos e estão livres da
incidência de compulsório, caracterizando-os como a aplicação mais competitiva.
• FIF - 90 dias: São aplicações valorizadas a cada 90 dias e estão livres de incidência de
compulsório.
Foram criados com a finalidade de não só reduzir os custos de administração da carteira, mas
criar um fundo com diferentes rentabilidades.
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podem deduzir o IR pago quando da
declaração anual.
• Notas promissórias comerciais emitidas por sociedades por ações destinadas a ofertas
públicas.
O cálculo diário do valor da cota deve estar baseado no valor de mercado dos ativos em
carteira.
É um fundo aberto formado por cotas sem carência para resgate, caracterizando, como de
renda fixa embora com volatilidade de renda variável.
A carteira do FIEX não sofre tributação no país já que está sujeita à taxação no exterior.
São carteiras que aplicam recursos disponíveis no exterior em ativos brasileiros e que têm sua
sede formalmente localizada no exterior.
Há duas modalidades: (a) o Fundo de Renda Fixa – Capital Estrangeiro; e (b) o Fundo de
Investimento de Capital Estrangeiro em Ações.
Em 93, o Banco Central autorizou a constituição dos "Fundos de renda fixa – capital
estrangeiro”, destinados à captação de recursos para investimentos em ativos financeiros de
renda fixa emitidos por empresas e instituições sediadas no pais, sendo a aquisição das cotas
desses fundos, privativa de pessoas jurídicas domiciliadas ou com sede no exterior, e que só
podem ser alienadas para fins de remessa de recursos ao exterior.
Tais fundos sofrem incidência de 2% de IOF, calculado sobre o valor em reais de moeda
estrangeira ingressada no pais e aplicada no fundo, e devido na data de liquidação da
operação de câmbio.
Não podem adquirir mais do que 5% do capital votante ou 20% do capital total de uma única
empresa.
A constituição dos Fundos de investimento de capital estrangeiro permite a participação de
pessoas físicas.
Os fundos criados a partir de 87, possuem limites de aplicação e custos de administração mais
elevados do que as Sociedades de investimento, mas são a melhor opção para o pequeno
investidor externo que não tem administração própria para gerenciar seus recursos.
Como sugere o nome, a renda é variável, expondo o investidor a algum risco – e não será
absurdo que o rendimento seja negativo.
É um fundo aberto a investidores que querem investir em ações mas, não conhecem o
mercado, ou não têm tempo ou, ainda, que buscam alternativas de aplicações.
Como é uma carteira diversificada, possui segurança, comodidade, lucratividade com lucros
menores.
- outros valores mobiliários emitidos por companhias abertas limitados por uma mesma
empresa a 33% em valor das aplicações do fundo;
Instituições não-financeiras, físicas ou jurídicas, podem administrar estes fundos, desde que
credenciadas na CVM, contratem uma instituição financeira como custodiante e não
movimentem recursos, só dando ordens de compra e venda.
O Fundo Mútuo de lnvestimento em Ações – Carteira Livre (FMIA-CL) tem mais flexibilidade de
aplicações do que os FMIA – até porque sua composição consiste em um mínimo de 51 % de
suas aplicações em:
• Cotas de fundos de renda fixa, FIF, e títulos de renda fixa de livre escolha do
administrador;
• Cotas de FMIA e FMIA - CL fechados que tenham por disposição de seus regulamentos, no
mínimo 90% de suas aplicações em ações.
Destina-se a pequenas instituições que não têm infra-estrutura para ter uma análise técnica e,
compram, isolada ou cumulativamente, cotas dos fundos FMIA e FMIA-CL, no limite mínimo de
95% de sua carteira.
Os recursos podem ser aplicados em FIF ou títulos de renda fixa de livre escolha do
administrador.
Estes fundos são de empresas do Sul e Sudeste que optaram por transformar até 18% do
Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) devido em contribuição para os programas
federais de incentivos fiscais - Fundo de Constitucional do Norte (Finam) e do Nordeste (Finor).
Essas empresas recebem certificados de investimento (CI) que podem ser vendidas na
mercado secundário ou esperam um leilão de bolsa, conforme o deságio que o mercado dá aos
CI.
O valor dos CI a serem integralizados no fundo depende da cotação média ponderada do papel
nos últimos cinco pregões do Mercado Secundário de Títulos Incentivados. No mínimo, 70%
representada por:
No mínimo, 75% do seu patrimônio deve ser investido em ações e debêntures, de emissão de
companhias registradas na CVM, pertencente ao ramo de atividade específico no estatuto do
fundo. E, desse mínimo, no máximo 50% em debêntures.
O restante do saldo poderá ser aplicado em ações de companhias abertas não pertencentes ao
setor, em cotas de fundos de investimento financeiro ou em títulos de renda fixa.
Fundo Mútuo de Investimento em Ações do Setor de Mineração
No mínimo, 75% de seu patrimônio deverá ser investido em valores mobiliários e/ou ações e
debêntures de emissão de companhias de mineração registradas na CVM. Desse percentual, no
máximo 75% poderão ser constituídos por debêntures de empresas mineradoras.
O saldo poderá ser aplicado em ações de companhias abertas não pertencentes ao setor de
mineração, em cotas de fundo de investimento financeiro ou em títulos de renda fixa.
Carteiras Administrados
Os principais clientes deste produto são os chamados institucionais (fundações, fundos de
pensão e seguradoras). É um serviço de aplicações no mercado de ações, aplicações em renda
fixa, para garantir maior liquidez ao produto, e aplicações em mercados futuros, que garantam
maior rentabilidade.
Nestes últimos, o ativo é comum e gerenciado pelo banco, mas os passivos são
individualizados.
Nesses fundos, o cotista investe por um prazo determinado, e só pode resgatar a aplicação ao
final do período.
A única alternativa possível para resgatar e vender as cotas para outro investidor, via bolsa de
valores ou mercado de balcão organizado.
Os fundos fechados podem ser divididos, em função das características dos papéis que os
comporão, em: (a) setoriais; (b) de renda; (c) de ações em relação entre cotação e valor
patrimonial muito baixa; (d) de índice das bolsas; (e) de opções e índice futuro; (f) de valor;
(g) de empresas exportadoras; (h) de recuperação econômica.
Os recursos desse fundo devem ser aplicados em projetos culturais e artísticos, mas o que não
for investido neste projeto pode ser aplicado em títulos públicos federais, estaduais e
municipais, em papéis de emissão de instituições financeiras e em cotas de FIF.
Foi criado como meio de capitalizar pequenas e médias empresas brasileiras que não
conseguem levantar recursos no mercado de capitais.
São fundos de carteira livre que compram participações minoritárias em empresas privadas,
não podendo investir em empresas de capital fechado.
O fundos private equity investem em empresas selecionadas pelo seu potencial de crescimento
e qualidade de gestão.
Seus objetivos ao investir são: capitalizar a empresa; definir uma estratégia de crescimento,
valorizar as ações e vender com lucro esta participação.
Esses fundos pretendem ser um agente formador de poupança estável e de longo prazo. Os
recursos captados são utilizados para fins imobiliários, dando liquidez e diluindo riscos do
mercado imobiliário, ao mesmo tempo que ajudam a reduzir o preço final da obra, graças à
administração de recursos em escala.
Para o investidor é uma aplicação que tem a segurança de um imóvel aliada à liquidez de um
titulo mobiliário.
A valorização das cotas desses fundos ocorrerá pela valorização do imóvel que os lastreia ou
por um índice de preços associado ao fundo.
Hot Money
O nome é sugestivo: dinheiro quente, exatamente porque ele nem terá tempo de esfriar
nas mãos do tomador: as operações de Hot Money são empréstimos de curto prazo – um dia,
ou no máximo 10 dias.
O custo dessas operações pode variar em função do custo de captação de recursos que são
destinados para essa linha de crédito.
Contas Garantidas
As operações de Conta Corrente Garantida tem por finalidade conceder limite de crédito,
embasado em garantias preferencialmente de duplicatas, as quais podem ser substituídas por
outras quando da liquidação, respeitando-se o prazo contratado.
Pode ainda ser contratado com garantias de penhor de bens, warrants, conhecimento de
depósito, caução de direitos creditórios ou alienação fiduciária.
Crédito Rotativo
Desconto de Títulos
Os títulos são transferidos por endosso do emitente e em geral com aval do mesmo ao Banco,
o qual se incumbirá da cobrança nos vencimentos aprazados junto ao sacado.
O desconto é uma operação ativa dos bancos, um verdadeiro contrato, pelo qual o banco
entrega dinheiro a uma pessoa, que entrega ao banco títulos de crédito.
O desconto de título não se confunde com o empréstimo, porque neste o banco exigiria do
mutuário
um título de crédito emitido pelo mutuário, mas no desconto os títulos de crédito, que são
transferidos 3 para o banco são emitidos por terceiras pessoas.
E os credores/vendedores quase não sofrem prejuízo, pois os juros que pagarão aos bancos
eles já lançaram no preço final da mercadoria vendida a prazo (também é por isso que as
vendas faturadas a prazo são mais caras, e as de pagamento a vista, são mais baratas).
Em grandes bancos, esses contratos podem ter características informais, com empresas
optando por oferecer algum tipo de reciprocidade aos bancos, através de aplicações, com
forma de garantir o empréstimo.
Deve ser ressaltado que, o arrendatário pagará alugueres fixados e, findo o prazo estipulado
para o arrendamento.
Em resumo, o arrendamento consiste em: Uma pessoa propõe a outra o seguinte
"investimento“: "--¿ você compra aquele automóvel; que, durante um ano, eu vou te pagar
"X" de aluguel e, findo este prazo ou eu compro de você o carro "de volta "ou você
aluga/vende para outra pessoa ou renovamos o aluguel. Desta forma,"eu vou conseguir o
carro que eu quero e você terá feito um bom investimento = recebe aluguel durante 01 ano
+ após 01 ano, o valor do bem."
a) Leasing Operacional
Por essa razão, os contratos são celebrados por prazos curtos e, em consequência, não apenas
as prestações denotam-se insuficientes para cobrir o valor do bem - para o que as
arrendadoras contam como valor residual – como é a arrendadora que suporta os riscos da
obsolescência do bem.
É contrato que não reclama a obrigatoriedade da opção de compra, sendo realizado via de
regra por sociedades especializadas. Pode ser distratado, a qualquer tempo.
b) Leasing Financeiro
Ao contrário do leasing operacional, é realizado por instituições financeiras, tendo por objeto
qualquer bem móvel ou imóvel. Tendo em vista que são contratados a médio ou longo prazo, o
valor das contraprestações é suficiente para cobrir o valor do bem e a obsolescência do mesmo
é suportada, desta feita, pela arrendatária (deriva dai a importância da cláusula que, no
contrato, prevê, a possibilidade de substituição do bem).
O leasing financeiro comporta ainda uma outra modalidade: o self leasing, no qual as partes
contratantes encontram-se vinculadas ou por laços grupais, ou de controle ou de coligação.
A Lei 6.099/74 exclui de seu âmbito o self leasing ao estabelecer no art. 2º que não terá o
tratamento previsto nesta lei o arrendamento de bens contratados entre pessoas jurídicas
direta ou indiretamente coligadas ou interdependentes, assim como o contratado com o
próprio fabricante.
A razão do preceito está em evitar que certas instituições financeiras, para contornar o
excesso de imobilização, valham-se do self leasing.
c) Lease Back
Outra forma de arrendamento mercantil admitida pela Lei 6.099 é o lease back. é o contrato
pelo qual o proprietário do bem (móvel ou imóvel) o vende à o sociedade de leasing (sempre
uma instituição financeira) que, o adquirindo, o arrenda à primeira.
No lease back a tradição do bem é fictícia, ou seja, o bem não é entregue -- pois, ao mesmo
tempo, é entregue (pela venda) e devolvido (pelo arrendamento).
O lease back pode ser decomposto em dois negócios jurídicos que, embora distintos – venda e
arrendamento – apresentam-se coligados já que um representa a causa do outro.
O Contrato de Leasing
O contrato de leasing caracteriza-se por ser solene exige sempre a sua redução a escrito
público ou particular impondo-se também o respectivo registro junto ao Registro de Títulos e
Documentos.
Escriturário do Banco do Brasil 68
Conhecimentos Bancários
Ainda que versando sobre imóveis, por falta de previso legal, incabível é seu arquivamento
junto ao Registro de Imóveis.
A expresso leasing só como fantasia se admite. A sociedade leasing deve revestir a forma de
sociedade anônima com capital mínimo de vultoso e limites operacionais fixados em quinze
vezes o valor do patrimônio liquido. Para operar, depende de licença do Banco Central.
A arrendatária, na redação primitiva do 0 único do artigo 1º da Lei 6.099/74, somente podia
ser pessoa jurídica. Encontravam-se excluídas, destarte, as pessoas físicas. A lei nº 7.132 (de
26.10.83) deu nova redação ao referido parágrafo, prevendo o arrendamento mercantil
celebrado com pessoas física.
Diferem, entretanto, por admitirem prazos superiores a 180 dias, mas suas cláusulas são
mais restritivas e exigentes, já que é maior risco e mais amplo o prazo de resgate.
Parece óbvio que essa linha de crédito destina-se a fomentar a atividade industrial e comercial,
criando facilidades para o consumo: em período de rigoroso controle inflacionário é uma das
primeiras e sofrerem restrições.
O prazo do CDC varia de três a vinte de quatro meses e, normalmente financia de 50 a 80%
do valor do bem.
São empréstimos concedidos às empresas clientes especiais dos bancos, geralmente empresas
do comércio, que passam a ser o interveniente, para repasse aos seus clientes, de
financiamentos vinculados à compra de um bem ou serviço específico, e amortizáveis em
prestações iguais e sucessivas,' com taxas pré ou pós-fixadas.
Os prazos e taxas são idênticos aos do CDC, embora menores por não haver risco do banco no
nível do cliente, e sim do interveniente.
Crédito Direto – CD
É uma modalidade do CDCI em que o banco assume a carteira dos lojistas e fica com os riscos
do crédito.
Para o lojista é interessante o CD, já que a perda do ganho financeiro do CDCI é compensado
pela nenhum risco de perda.
É um crédito concedido ao cliente preferencial, uma espécie de vendor para pessoa física.
Funciona como um cheque especial de pagamento parcelado, com taxas de juros prefixada ou
flutuante, interiormente informada pelo banco e aceita pelo cliente.
Cadernetas De Poupança
É a aplicação mais simples, tradicional e popular, eis pode-se aplicar pequenas somas e ter
liquidez.
Os valores depositados são atualizados, com base na Taxa Referencial (TR) do dia do depósito
acrescida de juros de 6,17% ao ano, na data em que completam mês.
O depositante por contrato assume o compromisso de efetuar depósitos e por prazos de variam
de 12, 18 e 24 meses. Os rendimentos são progressivos e creditados trimestralmente com
uma carência inicial de seis meses para saque. Inclui um seguro de vida que garante a
efetivação dos depósitos programados restantes do contrato após a morte do titular;
É feito um único depósito que recebe rendimentos trimestralmente com taxas de juros
crescentes. Suas principais características são: não se permitem saques parcelados; os
depósitos são feitos sempre em múltiplos de 10; o rendimento é creditado retroativamente a
cada mudança de taxa;
É quase idêntica à caderneta de poupança livre, com a diferença que os recursos captados pela
caderneta verde são basicamente direcionados para o financiamento de operações rurais, e
não para crédito imobiliário.
Só estão autorizados a captar recursos através dela o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste do
Brasil (BNB) e o Banco da Amazônia (BASA).
Cartões De Crédito
A modernidade fez da pecúnia uma coisa obsoleta. Os cartões de crédito têm hoje maior poder
liberatório que qualquer moeda, sendo mesmo o preferido nas transações comerciais, pela
maior facilidade e segurança, que propicia aos contratantes.
Ao emissor cabe a tarefa de dar lastro ao crédito, pois sua obrigação será pagar o fornecedor,
ainda que não receba do "titular do cartão": é dele o maior risco da operação, razão por que
lhe caberá o zelo de não conceder o crédito a que o não mereça. Naturalmente, será
remunerado não só pelo titular do cartão, como também pelo fornecedor, já que concede
crédito ao primeiro e facilita a venda para o segundo.
O titular do cartão é o beneficiário do crédito concedido pelo emissor, e haverá de ser pessoa
maior e capaz, para poder assumir as obrigações financeiras conexas ao uso do cartão, desde
o pagamento das despesas, que fizer, até o pagamento do custo do crédito, que lhe foi dado
pelo emissor.
N a t ur e z a J ur íd i ca d o s C a r tõ e s de C ré d ito
O cartão concede crédito ao titular e facilita o negócio (venda ou serviço) para o fornecedor: é
pois uma contratação acessória, que constitui relevantíssima prestação de serviço ao negócio
principal, entre o usuário e o comerciante (ou prestador de serviços).
Títulos De Capitalização
Essa é uma sedutora forma de poupança a longo prazo, onde o sorteio funciona como
estímulo.
Escriturário do Banco do Brasil 71
Conhecimentos Bancários
Os títulos de capitalização têm, liquidez limitada, havendo uma carência para a retirada das
parcelas depositadas, carência que pode variar de um a dois anos e na qual parar de pagar
pode significar a perda de todo o valor já aplicado.
Características
• Capital nominal: é o valor que o investidor vai resgatar ao final do plano. Sobre ele incidem
correção e juros de 0,5% ao mês.
• Sorteios: podem ser semanais, mensais, etc. Alguns baseiam-se em jogos, outros em
sorteios próprios, outros misturam os dois.
• Prêmio: é quanto o investidor paga pelo título, podendo ser parcela única ou mensal
(reajustadas pela TR).
• Provisão para sorteio: é a parcela da prestação que irá compor o prêmio dos sorteados.
Normalmente, é corrigida pela TR mais juros de, no máximo, 0,5% ao mês. A partir do sexto
mês do pagamento (inclusive), a instituição é obrigada a destinar no máximo, 70% do prêmio
para a provisão matemática.
• Carência para resgate: não pode ser superior a 24 meses. Se o prazo de pagamento do
título for inferior a 48 meses, ela cai para 12 meses, no máximo.
Trata-se de um fundo de investimento como os FIF, cujo objetivo é constituir para o aplicador
um plano de complementação da aposentadoria básica da Previdência Social na forma de um
condomínio capitalizado.
Qualquer pessoa física poderá aplicar no Fapi mediante a abertura de uma conta específica em
banco múltiplo, comercial, de investimento, caixa econômica ou seguradora.
O público-alvo são as pessoas físicas que não dispõem de fundos de pensão, tais como
profissionais liberais, empresários e funcionários de pequenas e médias empresas.
É uma aplicação oferecida pelos bancos, seguradoras e empresas de previdência privada como
mais ! uma alternativa de complementação de aposentadoria.
Ao invés de garantir uma rentabilidade mínima, corno na previdência privada aberta, oferece
ao investidor três modalidades distintas de investimentos, com riscos distintos:
Plano renda fixa: aplica os recursos em títulos públicos federais e outros títulos com
características de renda fixa;
Plano composto: aplica os recursos em títulos públicos federais, outros títulos com
característica de renda fixa e até 49% dos valores em renda variável.
Planos De Seguros
Define o art.1432/Cód.Civil que "Considera-se contrato de seguro aquele pelo qual uma das
partes se obriga para com a outra, mediante a paga de um prêmio, a indenizá-la do prejuízo
resultante de riscos futuros, previstos no contrato”.
Ensina o Prof. FRAN MARTINS que "Entende-se por contrato de seguro aquele em que uma
empresa assume a obrigação de ressarcir prejuízo sofrido por outrem, em virtude de evento
incerto, mediante o pagamento de determinada importância. A empresa que assume a
obrigação de ressarcir o prejuízo tem o nome de seguradora; pessoa que pagará a importância
5 - Mercado de capitais
O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários, que tem o
propósito de proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo
de capitalização.
É constituído pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e outras instituições financeiras
autorizadas.
No mercado de capitais, os principais títulos negociados são os representativos do capital de
empresas - as ações - ou de empréstimos tomados, via mercado, por empresas - debêntures
conversíveis em ações, bônus de subscrição e "commercial papers" -,que permitem a
circulação de capital para custear o desenvolvimento econômico.
O mercado de capitais abrange, ainda, as negociações com direitos e recibos de subscrição de
valores mobiliários, certificados de depósitos de ações e demais derivativos autorizados à
negociação.
Os lançamentos de ações novas no mercado de uma forma ampla e não restrita à subscrição
pelos atuais acionistas, chamam-se lançamentos públicos de ações ou operações de
UNDERWRITING.
Mercado Secundário de Ações
O mercado secundário de ações é onde se transferem títulos entre investidores e/ou
instituições (Bolsas de Valores e Mercado de Balcão).
O Mercado de Balcão é simplesmente um mercado organizado de títulos, mas cuja negociação
não faz em local determinado e sim por telefone ou por meio eletrônico, através do qual os
operadores promovem entre si ofertas de compra e venda de títulos, cumprindo ordens de
seus clientes ou por conta própria.
Um mercado secundário organizado e eficiente é extremamente importante. É condição para a
existência do Mercado Primário.
Com a Lei nr. 9.547 de 05/05/97, as ações preferenciais passaram a ser privilegiadas com um
dividendo 10% superior as ações ordinárias, desde que já não foram contempladas com
dividendos mínimos ou fixos, estabelecidos pelo Estatuto da empresa.
• Quanto à CLASSE, as ações preferenciais podem se distinguir por classe. As ações são
representadas por letras (A, B, C...). Essas letras (classes) especificam direitos adicionais,
tais como: direito a voto, direito a dividendos maiores.
• Quanto à FORMA de circulação, as ações ordinárias e preferenciais podem circular
através de cautelas ou serem escriturais ou desmaterializadas, porém, todas são
nominativas, ou seja, têm o nome do proprietário.
• Ações cautelas: que têm emissão do papel/cautela.
• Ações Escriturais: todos os tipos de ações podem circular nos mercados de capitais sem a
emissão de cautelas ou seja, desmaterializadas. Neste caso elas são escrituradas por uma
Instituição, que é fiel depositária das ações da Empresa, e que processa os pagamentos de
direitos e resultados e as transferências de propriedade na forma da Lei, comprovando esse
procedimento através de extratos.
Debêntures
Operações de underwriting
O mercdo à vista de ações tem como objetivo a operação à vista de compra e venda em
pregão (S e ss ã o n a qu a l s e ef et u a m n e g óc i o s e m u m a bol s a d e v a l o r es ,
d ir e t a men te n a s a la de n eg o c iaç õ es ou pelo sistema eletrônico), de
d e t e rmi n a da qua n t i d ad e d e aç õ e s p ara liqu idação (pag ament o) imediat o.
O day -t r ade é uma operação de compra e venda de uma mesma ação, que pode ser
realizada em um mesmo pregão, comliquidação financeira em "Dia + 3" .
mercado de balcão
F utu ros e opções são valores mobiliários deriv at iv os, isto é, são t ítu los qu e
deriv am seu v a l or d e u m a t i v o- objet o ( t a mb é m d e nom i nad o sub ja ce nt e ) .
In icialment e n egociando mercadorias ou produ tos primários, ev olu iu- se para
n e goc i a çã o c om d e r i v a t iv o s de our o e m et a is p r ec i o s os .
Os derivat iv os geralmen te são negociados e m bols a s es p ec íf ic as e o s v o lum e s
t r an sa c ionad os at in gem v olumes f an tá st ic os .
6 - Mercado de câmbio
O fato de não se aceitar moedas estrangeiras em pagamento das exportações, nem a moeda
nacional em pagamento das importações constitui a base de um mercado onde são compradas
e vendidas as moedas dos diversos países, mercado este denominado “Mercado Cambial ou
Mercado de Divisas”.
Há 5 diferentes categorias de transações que são realizadas em um Mercado Cambial:
Transações entre Bancos e Clientes dentro do país;
Transações entre Bancos no mesmo país;
Transações entre Bancos localizados em diferentes países;
Transações entre Bancos e Bancos Centrais dentro do mesmo país;
VENDEDORES E COMPRADORES
OS BANCOS
Agindo como intermediários entre esses 2 grupos, vamos encontrar os Bancos, os quais
centralizam as compras e vendas de divisas. Aliás essa intervenção bancária é obrigatória na
maioria dos países, não podendo, pois, haver entendimentos diretos entre o grupo comprador
e o grupo vendedor.
No Brasil é considerada ilegítima aquela que não transitar por estabelecimento autorizado,
pelas nossas autoridades monetárias (Banco Central do Brasil), a operar em câmbio.
OPERAÇÕES DE CÂMBIO
CORRETORES DE CÂMBIO
CORRETOR CORRETOR
Posição de Câmbio: denomina-se posição de câmbio o registro que expressa a situação das
compras e vendas de moedas efetuadas por um estabelecimento bancário durante um
determinado período.
NIVELADA: quando o total das compras é igual ao total das vendas.
COMPRADA: quando o total das compras supera o total das vendas.
VENDIDA: quando o total das vendas supera o total das compras.
Na posição, deverá estar incluída o saldo da posição (vendida ou comprada) do dia ou do
período anterior.
Geralmente os bancos mantém uma posição individual para cada moeda. Deverá o banco
manter uma posição para operações futuras.
Quando a posição apresenta-se vendida diz-se que há um descoberto ou um buraco. Essa
situação poderá apresentar-se em relação a uma dada moeda ou um conjunto delas.
A fim de evitar riscos, os operadores procuram equilibrar sua posição de modo que as compras
sejam equivalentes às vendas, ou seja o operador da mesa procurará um casamento nas
operações de compra de venda.
A posição de câmbio não deve ser confundida com disponibilidade cambial. Assim, pode-se
estar com a posição nivelada e ter disponibilidade, assim como estar vendido e ter
disponibilidades, ou ainda estar comprado, mas não tê-las. Isso explica-se pela diversidade
dos prazos de liquidação das compras ou das vendas que foram feitas. Se as compras foram a
prazo e as vendas prontas (à vista), a posição cambial pode estar nivelada, mas só não haverá
disponibilidades sacáveis, uma vez que a cobertura só entrará futuramente, com por essa
circunstância, embora não estando vendido, a descoberto, estará descoberto no exterior, pela
utilização dos créditos para poder realizar as entregas imediatas.
No Brasil os bancos autorizados a operar em câmbio devem observar, no movimento diário de
compras e vendas de câmbio, consideradas globalmente todas as moedas e conjunto de seus
departamentos credenciados no país, para operações da espécie, determinados limites de
posição, periodicamente estabelecidos pelas autoridades monetárias.
Podem operar no mercado de câmbio apenas as instituições autorizadas pelo Banco Central. O
segmento livre é restrito aos bancos e ao Banco Central. No segmento flutuante, além desses
dois, podem ter permissão para operar as agências de turismo, os meios de hospedagem de
turismo e as corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários. A transação PCAM 830,
do SISBACEN, disponível ao público em geral, lista todas as instituições autorizadas nos dois
segmentos do mercado de câmbio. Em dúvida, o cliente deve solicitar documentação
comprobatória da aprovação do Banco Central e/ou contatar a representação do Departamento
de Câmbio na praça ou região ou ainda ligar para as Centrais de Atendimento do Banco
Central.
operações básica
Como regra geral, quaisquer pagamentos ou recebimentos em moeda estrangeira podem ser
realizados no mercado de câmbio. Grande parte dessas operações não necessita de
autorização prévia do Banco Central para sua realização, pois já se encontram descritas e
especificadas nos regulamentos e normas vigentes (Consolidação das Normas Cambiais -
CNC), bastando procurar uma instituição autorizada a contratar câmbio. As operações não
regulamentadas dependem de manifestação prévia do Banco Central.
mercado de câmbio livre ou comercial
No mercado livre você pode realizar as operações decorrentes de comércio exterior, ou seja,
de exportação e de importação. Nesse mercado, também são realizadas as operações dos
governos, nas esferas federal, estadual e municipal. Também têm curso no mercado de
câmbio de taxas livres outras operações, tais como aquelas relativas a investimentos
estrangeiros no País e empréstimos a residentes sujeitos a registro no Banco Central, bem
como pagamentos e recebimentos de serviços.
mercado flutuante (operações de turismo)
Inicialmente, esclarecemos que o termo "turismo" é utilizado de forma inadequada, visto que
nesse mercado, além das operações relativas à compra e venda de moeda estrangeira para o
turismo internacional, podem ser realizadas diversas transferências não relacionadas ao
turismo, tais como, contribuições a entidades associativas, doações, heranças, aposentadorias
e pensões, manutenção de residentes e tratamento de saúde. É importante ressaltar que,
como regra geral, não há limite de valor para as operações previstas no regulamento do
mercado flutuante (capítulo 2 da CNC), tais como compras a título de turismo, transferências
unilaterais e pagamentos de serviços.
Toda vez que é realizada uma transação comercial ou financeira com residentes no exterior é
necessária uma operação cambial, que consiste na troca entre a moeda nacional e a
estrangeira. As vendas ao exterior são efetuadas por meio de Contrato de Câmbio entre o
exportador – vendedor da moeda estrangeira – e um banco autorizado a operar com câmbio –
comprador da moeda estrangeira. A operação cambial envolve os seguintes agentes:
o exportador, que vende a moeda estrangeira;
o banco autorizado pelo Banco Central a realizar operações de câmbio;
a corretora de câmbio, caso seja requerida pelo vendedor da moeda estrangeira.
Atualmente, há a opção de intermediação por uma corretora de câmbio. A participação de uma
corretora de câmbio pode implicar, porém, custos adicionais para o exportador.
Fechamento do câmbio
Nas exportações com prazo não superior a 180 dias, contado da data do embarque das
mercadorias, o Fechamento do Câmbio com um banco autorizado e escolhido pelo exportador
é formalizado com o preenchimento do formulário BACEN – TIPO 01. O formulário deve ser
preenchido e registrado no Sistema de Informações Banco Central (SISBACEN), que monitora
as operações cambiais.
O Fechamento do Câmbio implica os seguintes compromissos por parte do exportador:
negociar as divisas obtidas com a instituição financeira escolhida, a uma determinada taxa de
câmbio;
entregar, em data fixada, os documentos comprobatórios da exportação e outros
comprovantes, estes se solicitados pelo importador. É importante lembrar que a data acordada
não pode ultrapassar o limite máximo de 15 dias após o embarque da mercadoria para o
exterior, conforme determinação do Banco Central.
Escriturário do Banco do Brasil 82
Conhecimentos Bancários
efetuar a liquidação do câmbio em uma determinada data, que é marcada pela entrada efetiva
da moeda estrangeira. O cumprimento deste compromisso depende, evidentemente, do
pagamento por parte do importador.
O Fechamento do Câmbio na exportação pode ser efetuado até 180 dias antes do embarque da
mercadoria, ou até 180 dias após o seu embarque. A data de embarque é definida pela data do
Conhecimento de Embarque.
O Banco Central estabelece o prazo máximo de 15 dias, contado da data de embarque, para a
entrega dos documentos comprobatórios da exportação ao banco autorizado, que após a
devida conferência, fará sua remessa ao banco emissor, no exterior.
A definição do momento mais apropriado para o Fechamento do Câmbio depende da
necessidade de recursos financeiros para a elaboração do produto a ser exportado, da taxa de
juros nominal vigente e da expectativa de alterações na taxa de câmbio, entre a data escolhida
para a contratação e a data da liquidação do contrato de câmbio.
Liquidação do Câmbio
O Contrato de Câmbio pode ser modificado, desde que as alterações sejam acordadas por
ambas as partes, mediante preenchimento do formulário BACEN-Tipo 07. No entanto, o Banco
Central permite que sejam alteradas apenas as datas de vencimento dos compromissos do
exportador, como:
a data da entrega dos documentos, desde que não ultrapasse o total de 180 dias, contado do
fechamento do câmbio. A prorrogação é permitida, portanto, apenas para os contratos de
câmbio com prazo inferior a 180 dias. Em casos de fatores fora do alcance do exportador, e já
transcorridos os 180 dias, um período não superior a 30 dias pode ser concedido ao exportador
para que efetue o embarque da mercadoria. Na realidade, a data que se está alterando é a do
embarque, pois o prazo para a entrega dos documentos continuará sendo de no máximo 15
dias, contado da data de embarque. Assinale-se que o exportador deve solicitar a prorrogação
antes do vencimento do prazo original;
a data da liquidação do Contrato de Câmbio, desde que não ultrapasse o total de 180 dias
contados da data de embarque. Para obter esta prorrogação, o exportador deverá obter a
concordância do importador em pagar os juros correspondentes ao prazo adicional, e substituir
a letra de câmbio anterior por uma nova, que inclua os juros citados.
taxas de câmbio
A taxa cambial nada mais é do que o preço, em moeda nacional, de uma unidade de moeda
estrangeira, ou vice-versa. A taxa cambial mede o valor externo da moeda, fornece uma
relação direta entre os preços destes nos demais países. Com os preços nacionais e externos a
um dado nível, um conjunto de baixas taxas de câmbio prejudicará as exportações, estimulará
as importações, o que poderá provocar um déficit no balanço de pagamentos. Se, ao contrário,
tivermos taxas cambiais elevadas, as exportações ficaram mais competitivas e as importações
não estimuladas, o que tenderá a provocar um superávit no balanço de pagamentos.
Formação Teórica De Taxa Cambial
como qualquer mercadoria exposta à venda, as divisas estrangeiras estão sujeitas à lei da
oferta e da procura, motivo pelo qual a taxa cambial, ou seja o preço das divisas, poderá ser
explicada mediante a utilização dos mesmos artifícios geométricos comumente utilizados na
formação de preços em geral, explicando melhor:
a taxa cambial tende a permanecer estável quando ocorrer qualquer das seguintes situações:
- a oferta e a procura permanecem invariáveis;
- a oferta e a procura aumentam em iguais proporções;
- a oferta e a procura diminuem em iguais proporções.
a taxa cambial tende a diminuir quando se verificar qualquer das situações seguintes:
- a oferta aumenta e a procura permanece estável ou diminui;
- a oferta aumenta e a procura também aumenta, porém em proporção menor;
- a procura diminui e a oferta permanece estável;
- a procura diminui e a oferta também diminui, porém em proporção menor.
Essa oferta e essa procura de divisas poderão representar o movimento normal das transações
realizadas com o exterior (exportação e importação de mercadorias, pagamento ou
recebimento de serviços, entrada ou saída de capitais, etc), como também poderão ser
resultantes de manobras especulativas por parte de grupos interessados em auferir lucros com
as elevações e quedas bruscas das taxas cambiais.
Embora as flutuações da taxa possam ser bastante significativas (desde que o mercado seja
livre), elas tendem a nivelar-se a longo prazo. De fato, se a procura de uma moeda
estrangeira se mantiver por muito tempo superior à oferta, o seu preço poderá tornar-se tão
elevado, que provocará um desencorajamento por parte dos importadores nacionais, com
repercussão sobre a procura, o que fará que a taxa volte novamente ao seu nível normal.
Além disso, com o objetivo de eliminar as flutuações exageradas, o objetivo de eliminar as
flutuações exageradas, o governo poderá intervir no mercado, seja mediante congelamento da
taxa cambial, seja através dos chamados fundos de estabilização cambial. Os fundos de
estabilização cambial são constituídos, de substanciais reservas de ouro ou moeda estrangeira
em poder do governo, de modo que o mesmo poderá influenciar as taxas cambiais objetivando
a sua manutenção a um nível desejado.
Paridade monetária - A paridade monetária também denominada paridade legal ou par
metálico, vem a ser o valor de uma moeda em relação a outra, baseando-se esse valor apenas
nas quantidades de metal precioso contidas nessas moedas ou equivalentes a elas. Em outras
palavras, vem a ser uma relação entre os padrões de duas moedas.
Ao contrário da taxa cambial, que é variável de acordo com as condições de mercado, a
paridade monetária é fixa e somente se altera quando algum dos países modifica a quantidade
de metal precioso correspondente à sua moeda padrão, quando as moedas gozam de
Taxa de Repasse e de Cobertura: Taxa de Repasse é aquela pela qual o Banco Central do
Brasil adquire moeda estrangeira dos bancos comerciais.
Taxa de cobertura é aquela pela qual o Banco Central do Brasil, vende moeda estrangeira aos
bancos comerciais.
Taxas Livres e Oficiais: Taxas Livres são aquelas provenientes das condições de oferta e
procura de divisas em um mercado livre de câmbio, admitindo-se contudo, a possibilidade de
uma intervenção das autoridades monetárias, mediante operações de compra e venda de
divisas, com o objetivo de evitar variações excessivas das taxas.
Taxas oficiais são as determinadas pelas autoridades monetárias, não resultando, assim, do
livre entrechoque das condições de oferta e procura, embora estas possam, em grande parte,
influenciar o pensamento das autoridades monetárias na determinação do nível das taxas
oficiais.
Taxas Prontas e Taxas Futuras: Taxas prontas são aquelas aplicadas em operações de compra
e venda de moeda estrangeira, onde ela é entregue dentro do prazo de até dois dias úteis (48
horas), contados da data de negociação.
Taxas futuras referem-se às transações de compra e venda de moeda estrangeira, onde a
entrega dessa moeda e o seu pagamento somente ocorrerão após o período de tempo
concordado entre partes.
Taxas Fixas e Taxas Variáveis: Taxas fixas são aquelas mantidas invariáveis em um
determinado nível, seja por determinação governamental, (congelamento da taxa), seja por
operações de compra e venda de divisas por parte das autoridades governamentais sempre
que as cotações de mercado se desviarem das taxas determinadas pelo governo. Uma
pequena variante das taxas fixas seria a taxa estável, onde é permitida uma certa variação,
dentro de pequenos limites. As autoridades monetárias não intervém no mercado, a não ser
quando é atingido o limite mínimo ou máximo.
As taxas variáveis, como o próprio nome está dizendo, são aquelas que variam. Podem ser
flexíveis, quando as paridades monetárias são reajustadas gradualmente, dentro de pequenos
intervalos de tempo. Existe também uma outra taxa variável, que é conhecida por Taxa
Flutuante, neste caso não existem paridades monetárias e as taxas cambiais flutuam
livremente, embora possam estar sujeitas a sofrer intervenções da parte das autoridades
monetárias, em caso de flutuações exageradas.
Não é possível dizer qual dos dois sistemas (taxas fixas ou taxas variáveis) apresenta maiores
vantagens ou desvantagens. A verdade é que ambos os sistemas apresentam méritos e
deficiências, devendo ser aplicados conforme a situação econômica de cada país.
Remessas
As remessas de ou para o exterior são efetuadas, através de ordens (cheque, ordem por
carta, ordem por telex, telegráfica ou fax).
Em operações financeiras, Banco opera com câmbio pronto, pagando ou recebendo à vista,
o equivalente em reais.
Operações
As operações de c0mbio, como regra geral, são basicamente a troca da moeda de um país
pela de outro.
Existem ainda convênios de pagamentos entre dois ou mais países através do Banco Central,
centralizador das operações.
Resumindo temos:
Operações Prontas
• Compra e venda de moeda estrangeira;,
• Prazo de entrega até 48 horas.
• Prazos:
Exportações à D+180 dias Importações à D+360 dias (regra geral 180 dias)
SISCOMEX
Mercado a Termo
A garantia adicional está relacionada à diferença entre o valor contratado no mercado a termo
e o preço da ação no mercado à vista, bem como com a modalidade de liquidação e a situação
do investidor.
A margem independe do prazo de liquidação da operação.
Para o comprador, quanto maior a diferença de preço, maior a garantia adicional.
As operações a termo são formalizadas em contratos específicos, emitidos e registrados na
bolsa em nome das corretoras participantes.
O termo é uma operação de financiamento: o vendido no termo se assegura de uma renda
sobre a compra que financiou, e o comprado no termo garante a lucratividade do vendido com
o depósito da margem.
Financiar Operação a Termo: comprar a vista, vender a termo.
Tomar financiamento: vender a vista, comprar a termo.
Mercado de Opções
O vencimento das opções se dá em data fixada pela bolsa na Segunda-feira mais próxima do
dia 15, nos meses pares.
A bolsa admite negociação com três vencimentos simultaneamente.
Os lançadores são obrigados a depositar garantias de forma a que se dê o cumprimento das
obrigações assumidas, cujo valor corresponde ao dobro do valor do prêmio médio do mercado
ou do seu valor arbitrado pela bolsa.
As obrigações assumidas pelo lançador podem ser extintas de três formas:
pelo exercício da opção pelo titular;
pelo seu vencimento sem que tenha havido o exercício;
pelo encerramento da posição.
Encerramento da posição: ocorre quando o titular de uma opção de compra, lança uma opção
de compra da mesma série.
Escriturário do Banco do Brasil 88
Conhecimentos Bancários
O Exercício da Opção
Uma opção de compra só deverá ser exercida quando o preço de mercado for superior ao
preço de exercício da opção.
O titular de uma opção de compra sempre acredita que o preço da ação irá subir, enquanto o
lançador a descoberto acha que vai cair.
O titular de uma opção de venda sempre acredita que o preço de uma ação irá cair, enquanto
o lançador espera que as cotações subam de forma a não ser exercido.
Valor do Prêmio
O que vai determinar a oscilação do valor do prêmio de uma opção de compra será:
a variação do preço de mercado da ação objeto;
a expectativa de valorização ou desvalorização da ação objeto;
a volatilidade do preço da ação objeto;
o prazo a decorrer até o vencimento da opção;
a oscilação da taxa de juros de mercado.
Ganhos e Perdas
O titular de uma opção perde no máximo o valor investido no prêmio (é a chamada perda
determinada).
Se levar a posição ao vencimento, ganha o diferencial entre o preço de mercado e o preço de
exercício, menos o valor do prêmio (ganho ilimitado).
Se reverter a posição, ganha a diferença entre os valores dos prêmios de compra e de
venda(ganho ilimitado).
O lançador de uma opão de compra ganha um prêmio e Assume a possibilidade de vender a
ação ao titular da opção (troca um ganho limitado por uma perda ilimitada).
Na opção de compra, o investidor assume uma posição titu1ar (compra) de uma opção de
compra a um determinado preço de exercício e, simultaneamente, assume uma posiçõa
lançadora (venda) de uma opção de compra a preço de exercício inferior ao de sua posição
titular.
O prêmio da posição titular é obviamente menor do que a da posição lançadora, que faz com
que haja um encaixe inicial do investidor.
É ideal se as cotações no mercado à vista tiverem um comprotamento decrescente (baixa) até
a data de exercício da opção.
3. Box Fechado ou Box 4
Transforma uma operação de opções em uma operação de renda fixa.
A compra de um Box 4 é a combinação de uma trava de alta com uma trava de baixa. Ela é
feita quando a estimativa das taxas de juros embutidas na operação Box 4 é superior à taxa
de juros estimada no mercado financeiro (taxa pré) e, portanto, justifica uma operação típica
de financiamento.
Para montar essa operação, faz-se, simultaneamente:
umatrava de alta com opções de compra;
uma trava de baixa com opções de venda.
A venda de um Box 4 é feita quando a estimativa da taxa de juros embutidos na operação Box
4 é inferior à taxa de juros estimada no mercado financeiro (taxa pré) e, portanto, justifica
uma operação típica de caixa.
Para montar essa operação, faz-se. Simultaneamente:
uma trava de baixa em opções de compra;
uma trava de alta em opções de venda.
4. Box 3 (operação Put-Call-Parity)
Também transforma uma operação de opções em uma operação de renda fixa.
Envolve uma operação de opção de compra, uma operação de opção de venda e uma operaçõa
no mercado à vista para o mesmo vencimento e com o mesmo número de contratos.
5. Spread Butterfly
Sua finalidade é delimitar o risco do investidor e garantir o cumprimento de suas obrigações no
caso de o mercado não se comportar de acordo com o esperado.
a) Compra de Spread Burtterfly com Opções de Compra
Envolve, para a mesma ação-objeto, a compra simultânea de duas opções de compra com
preços de exercício diferentes e a venda de uma opção de compra com preço de exercício
situado entre os preços de exercício das operações de compra.
O vencimento das posições de compra deve ser igual ou posterior ao vencimento da posição de
venda.
b) Venda de Spread Burtterfly com Opções de Compra
Envolve, para a mesma ação-objeto, a venda simultânea de duas opções de compra com
preços de exercício diferentes e a compra de uma opção de compra com preço de exercício
situado entre os preços de exercício das operações de compra.
O vencimento das posições de venda deve ser igual ou posterior ao vencimento da posição de
compra.
6. Opção Cambial
É uma opção de longo prazo (mínimo de seis meses) cujo preço de exercício é atrelado ao
dólar comercial e atrai os investidores não-especulativos, principalmente os investidores
estrangeiros.
É o mercado no qual se negociam lotes padrões de ações com datas de liquidação futura,
escolhidas dentre aquelas fixadas periodicamente pela bolsa.
Nas operações a futuro são admitidas vendas cobertas (quando as ações-objeto são entregues
à custódia) e descobertas (quando não se entregam as ações-objeto).
O encerramento antecipado de posição consiste na realização de uma outra operação a futuro
com ações e data de liquidação idênticas as da primeira, assumindo posição oposta à ocupada
anteriormente. Porém a reversão de posição só é viável se houver liquidez no mercado.
O mercado futuro de ações, muito poular no período de 1979 a 1985, hoje praticamente não
tem negócios.
OPERAÇÕES DE SWAP
A palavra SWAP significa troca ou permuta e designa uma operação cada vez mais procurada
no mercado financeiro.
O investidor adquiriu um ativo e acha que o preço desse ativo vai cair. Para não sofrer prejuízo
ele deve vender o ativo, porém nem sempre isso é possível. O que o investidor necessita é se
proteger da variação dos preços do ativo-objeto. Então, ele permanece com o ativo e faz uma
operação na BM&F de SWAP.
Podemos concluir que o swap é uma operação de hedge muito usada para quem está
endividado em moeda estrangeira e para quem está endividado em contratos pré ou pos-
fixados, sujeitos às oscilações da variação da moeda e da taxa de juros.
O BACEN, através da Resolução 1.902, autorizou as operações de swap de taxas de juros.
SWAP de Taxas de Juros
São operações internacionais de hedge de taxas de juros acessíveis a empresas brasileiras e
efetuadas por bancos estrangeiros, únicos autorizados pelo BACEN para fazer a troca de juros
externos.
Dois momentos
Expectativa de crescimento de taxas de juros - trocar uma dívida flutuante por uma dívida fixa
permite às empresas:
um melhor planejamento do fluxo financeiro do período;
uma melhor programação da rentabilidade mínima dos ativos que irão quitar a dívida;
uma maior proteção contra riscos; e
um instrumento de política de composição global de seus custos financeiros, ao diluir os riscos
das oscilações das taxas de juros de seus vários contratos de empréstimo porventura
existentes.
Expectativa de queda das taxas de juros - a troca de taxas fixas por taxas flutuantes é, por
sua vez, o caminho a seguir.
Nestas operações de SWAP, é o banco intermediador que paga a diferença entre as taxas fixas
e as flutuantes ao contratante, e se protege desse risco no mercado futuro de juros.
Dois detalhes do SWAP:
Permite que se faça um hedge perfeitamente ajustado ao prazo e ao valor da operação,
embora com custos mais elevados.
Possibilita hedge por prazos muito mais longos do que os possíveis nos mercados futuros e de
opções.
Derivativos de SWAPS de Taxas de Juros
Trata-se de outros mecanismos de médio e longo prazos, apropriados para o hedge de um
fluxo de caixa ao longo do tempo. Podemos citar o FORWARD, CAP, FLOOR e COLLAR.
FORWARD
A empresa pode fixar taxas por períodos que serão estipulados de acordo com o vencimento
das taxas flutuantes pelas quais suas dívidas foram contratadas.
CAP
Funciona como uma espécie de seguro. A empresa paga um prêmio ao banco (vendedor) para
limitar um teto para a flutuação da taxa de juros da dívida contratada. Caso a taxa flutuante
do mercado seja maior que a taxa fixada o banco paga a diferença.
FLOOR
É um mecanismo mais utilizado por investidores que possuem papéis vinculados a taxas
flutuantes de juros. O investidor fixa, então, um patamar mínimo para a rentabilidade de seus
papéis. Um floor de taxas de juros é o oposto de um cap. È um produto que pode ser
considerado um seguro contra baixa nas taxas de juros.
COLLAR
Há um teto e um piso, e a empresa irá pagar as taxas de juros enquanto elas estiverem dentro
desse intervalo. É o estabelecimento simultâneo de um cap e um floor. Normalmente esse
produto é utilizado por empresas que tenham dívidas indexadas a taxas flutuantes e que
querem proteger-se contra a alta das mesmas e que não tenham disposição para pagar o
prêmio de um cap. Então, o que se faz é comprar um cap e vender um floor simultaneamente.
8 - Financeiro Nacional
Para assegurar que a obrigação será cumprida, pode ser estabelecida entre o credor e o
devedor uma garantia, ou seja, uma outra forma de liquidação da dívida em caso de
inadimplência.
Aval
Quem pode ser avalista? Qualquer pessoa, desde que tenha capacidade para assumir
obrigações em título de crédito. Assim, não há necessidade de que o avalista seja terceira
pessoa, desvinculada do título de crédito. Poderá ser, até mesmo, um dos próprios co-
obrigados: por exemplo, um endossante.
O resultado prático é de muita vantagem para o banco e para os clientes. Para o banco supre a
necessidade de protestar o título não pago no vencimento (e que, para cobrar então tal título
do endossante, deveria, primeiramente, protestar o título . É que o endossante não responderia
mais como endossante, mas sim na qualidade de avalista, o que dispensa o banco da
necessidade de prévio protesto o título. E para o cliente, poupa o vexame do protesto, o que
preserva seu bom relacionamento com o banco.
Esse exemplo bem se presta a demonstrar o quanto o aval é diferente, também, do endosso:
no aval há responsabilidade paralela (principal) e solidária, enquanto no endosso há
transferência de crédito de título e o endossante tem, responsabilidade subsidiária (só paga se
o devedor não pagou).
Caso uma pessoa não confie no emitente do cheque (ou mesmo no banco sacado), ou no
endossante, poderá exigir uma garantia pessoal de outra pessoa: É o aval.
O aval é lançado no cheque, ou numa folha de alongamento e Será reconhecido pela expressão
"por aval' ou por qualquer expressão equivalente ("poir garantia de pagamento, etc."), ou
mesmo a simples, assinatura do ava1ista no anverso (frente) do cheque,.' (naturalmente, uma
assinatura diferente da do emitente).
Do aval deverá constar o nome do avalizado, ou seja, a pessoa a quem se está emprestando
garantia de cumprimento de suas obrigações no cheque. Só não constar nenhum nome, é de se
entender que o aval está sendo prestado em favor do emitente de cheque.
O avalista terá as mesmas obrigações da pessoa que está avalizando, Se ele pagar o cheque
ficará com todo direito de cobrança cheque.
A prestação do aval se dá no próprio título de crédito, devendo o avalista apor sua assinatura,
lançando a expressão "por aval a "pessoa tal", assinatura". Caso não conste o nome do
avalizado, ocorrerá o chamado aval em branco, presumindo que o aval foi dado para garantir o
devedor principal.
O aval pode ser lançado até mesmo após o vencimento do título desde que, porém, antes do
protesto. Nada impede que num mesmo título de vrédito haja vários avalistas.
Fiança
Dá-se a fiança, quando uma pessoa se obrigar a satisfazer determinada obrigação, caso o
respectivo devedor não a tenha cumprido. Assim, a fiança é uma garantia que se contrata
subsidiariamente: o fiador só será obrigado ao pagamento, depois de cobrado o afiançado.
A fiança tanto pode ser só do principal, como só do acessório (juros, correção monetária,
multa, etc.), como do principal mais acessório. É livre sua contratação pelas partes
interessadas.
Sempre, porém, que contrato de fiança não estabelecer qual seu limite, a responsabilidade do
fiador compreenderá desde o débito principal, até os acessórios, e, até mesmo, as despesas
judiciais para a respectiva cobrança.
Quem pode ser fiador? Qualquer um, desde que tenha capacidade jurídica. Naturalmente, se o
fiador irá garantir um débito, cabe ao credor aceitá-lo ou não. Para tanto, certamente, avaliará
sua capacidade não apenas jurídica, como econômica, financeira e moral.
Se o fiador for pessoa casada (homem ou mulher), deverá contar com a expressa
autorização de seu cônjuge (se o fiador for homem, sua mulher deverá assinar o contrato,
juntamente com ele; e vice-versa). A autorização da esposa chama-se "outorga uxória". A do
marido, ”outorga marital".
Tanto as pessoas físicas (naturais), como as pessoas jurídicas (sociedades) podem prestar
fiança. Os bancos até têm um serviço de prestação de fiança a clientes, para o qual cobram
uma determinada taxa.
Como já vimos, a fiança é a assunção de uma obrigação subsidiária, ou seja, o fiador apenas
responderá caso o afiançado deixe de pagar. Nada impede, entretanto, que, quando da
contratação da fiança, o, credor exija que o fiador renuncie a esse privilégio (de só ser cobrado
depois da cobrança feita e frustrada ao devedor principal).
Nesse caso, bastará que conste do contrato uma cláusula, estabelecendo que o fiador renuncie
ao "beneficio de ordem do art. 1491 do Código Civil" e, automaticamente, a fiador será tão
devedor quanto o principal devedor.
Em termos práticos significará que o credor não mais precisará cobrar, primeiramente, ao
devedor-principal, para, só então, poder cobrar ao fiador. Poderá, desde o início, escolher a
quem cobrará: se ao afiançado, ou ao fiador, ou a ambos conjuntamente. Claro que, se receber
de qualquer um dos dois, não mais poderá cobrar do outro.
Penhor Mercantil
Penhor é uma modalidade de garantia Real, que se constitui pela tradição da coisa móvel ao
credor, para garantia do débito. Só o bem móvel pode ser objeto de penhor. E se o bem for
fungível (consumível), deverá ficar anotada sua quantidade e qualidade. A coisa dada em
penhor fica, portanto, com o credor, que se responsabilizará por ela como se fosse depositário,
sendo obrigado a devolvê-la, com frutos e acessões, se ao final for paga a dívida.
O credor pignoratício não poderá ficar com a coisa empenhada (não se diz penhorada), que
será "leiloada", caso o devedor não cumpra a obrigação.
Penhor Agrícola é o que incide sobre coisas relacionadas com a exploração agrícola
(colheitas, frutos armazenados, etc.) – como o prevê o art. 781 do C6d.Civil.
Chamado pelo Código Civil de Caução. Chama-se caução porque não existe transferência de
posse, desde que se trata de "coisa incorpórea".
Penhor Mercantil
Regulado peio Código Comercial (arts. 271-279), em essência é o mesmo penhor civil, só que é
destinado a garantir obrigação oriunda de negócio jurídico comercial.
Só o bem móvel pode ser objeto de penhor. E se o bem for fungível (consumível), deverá ficar
anotada sua quantidade e qualidade. A coisa dada em penhor fica, portanto, com o credor, que
se responsabilizará por ela como se fosse depositário, sendo obrigado a devolvê-la, com frutos
e acessões, se ao final for paga a dívida.
O credor pignoratício não poderá ficar com a coisa empenhada (não se diz penhorada), que
será "leiloada", caso o devedor não cumpra a obrigação.
Para o contrato de penhor, a forma é indiferente: poderá ser pública (escritura) ou particular
(simples instrumento de contrato).
Alienação Fiduciária
Pela alienação fiduciária (em confiança), o credor (do preço) entrega a coisa vendida ao
comprador, mas este não a recebe como proprietário, mas sim como mero depositário, já que a
propriedade ainda pertence ao vendedor e só se transfere ao comprador após o pagamento
total do preço.
Assim, na alienação fiduciária a coisa permanece "garantindo" o vendedor, que não transferirá
a propriedade enquanto não receber o preço. O comprador permanecerá como depositário da
coisa, só se transformando em proprietário após o pagamento do preço total.
A alienação fiduciária em garantia é muito parecida com venda com reserva de domínio, mas
com esta não se confunde.
O nova modalidade de garantia real, instituída no nosso sistema jurídico pelo Decreto-lei nº
911/69.
A nova redação dada pelo Decreto-lei nº 911/69 é mais compreensível: "A alienação fiduciária
em garantia transfere ao credor do domínio resolúvel e a posse indireta da coisa móvel
alienada independentemente da tradição efetiva do bem, tornando-se o alienante ou devedor
em possuidor direto e depositário com todas as responsabilidades e encargos que lhe
incumbem de acordo com a lei civil e penal”.
Resumindo: "A" que comprou um automóvel de "B", procura uma financeira, que lhe dá o
crédito para o pagamento de "B“, porém, adquire de "A" a propriedade resolúvel do
automóvel, deixando entretanto, "A" com a posse indireta do automóvel. Com o pagamento do
débito financiado, a propriedade do auto, que é da financeira, se resolve e volta a "A".
Sé "A" não pagar, a propriedade do automóvel permanece com a financeira, que poderá exigi-
lo de volta de "A" e este, que é mero depositário do automóvel, ser o não devolver, poderá,
inclusive, ser preso como depositário infiel.
Destarte, na alienação fiduciária em garantia incorre o tradição da coisa alienada, sem embargo
do adquirente tornar-se lhe titular da posse indireta, isto porque, a alienação fiduciária em
garantia, a rigor, encerra um empréstimo que ela garante, o comprador ou adquirente do bem
alienado passa a chamar-se credor e, em contrapartida, o alienante respectivo passa a
denominar-se devedor.
A alienação fiduciária em garantia somente se prova por escrito. e Seu instrumento público ou
particular, arquivar-se-á, por cópia ou microfilme, no Registro de Títulos e Documentos, de
domicílio do credor, sob pena de não valer contra terceiros.
O instrumento de alienação fiduciária em garantia, deverá conter, além de outros dados, o total
da dívida ou de sua estimativa; o local e a data de pagamento da dívida, a taxa de juros, as
comissões cuja cobrança for permitida e eventualmente a cláusula penal e a estipulação da
correção monetária, com a indicação dos índices aplicável, e, a descrição do bem objeto da
alienação fiduciária em garantia e os elementos indispensáveis à sua correta identificação.
Se a coisa alienada em fiduciária garantida não se identifica por números, marcas e sinais
indicadas no instrumento de alienação fiduciária, cabe ao proprietário fiduciário (o credor) o
ônus da prova, contra terceiros, de identidade dos bens do seu domínio que se encontram em
poder do devedor.
Contudo, nula e sem nenhum efeito jurídico, será a cláusula, na alienação fiduciária em
garantia, que autorize o credor (proprietário fiduciário) a ficar com a coisa alienada em
garantia, se a dívida não for saldada no seu vencimento.
O devedor que alienar ou dar em garantia a terceiros, coisa que já alienara fiduciariamente em
garantia, ficará sujeito à pena prevista no Código Penal (inciso I, 5 2º, art.171) - forma de
estelionato.
Cabe salientar o fato de que, embora o devedor, na alienação fiduciária em garantia, fique com
a posse, na condição de depositário, não pode valer-se do estatuído no art.1279 Código Civil,
que autoriza o depositário a reter o depósito até que se lhe pague o líquido valor das despesas
feitas com a coisa, ou dos prejuízos que do depósito lhe provieram.
Hipoteca
È direito real de garantia que recai sobre os bens imóveis, devendo especificar os bens sobre
que incidir a ser registrado no registro de imóveis, para que valha contra terceiros que,
eventualmente, pretendam adquirir o imóvel.
A hipoteca será sempre civil, mesmo que a dívida seja de natureza comerçial
(diferentemente do penhor que pode ser civil ou comercial, conforme a natureza da divida a
que se destina a garantir).
I - os imóveis;
IV - o domínio útil;
V - as estradas de ferro;
Vll - os navios.
Uma curiosidade: embora os trens, as estradas de ferros e os navios seja bens móveis, eles
não são objeto de penhor, mas sim de hipoteca (isso porque a lei assim os definiu).
Uma hipoteca não impede que se constitua, sobre o mesmo bem hipotecado, uma nova
hipoteca. Porém a dívida garantida pela segunda hipoteca não poderá ser executada com o
imóvel, antes de vencida a primeira.
Para se tornarem válidas as hipotecas legais, há necessidade de que, judicialmente, elas sejam
especializadas (especificar os bens, individual os bens sobre que recairá a hipoteca) e inscritas
no Registro de Imóveis.
Apostila editada por: Flávio Nascimento , Graduado em Administração de Empresas pela Faculdade
Toledo de Araçatuba e Graduando em Direito pela Faculdade Toledo de Araçatuba.
Bibliografia