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1)CARTA RÉGIA DE 1808

“Eu, o príncipe regente, (...) em razão das críticas e públicas circunstâncias da Europa (...) sou servido a ordenar (...)
o seguinte:
1° – Que sejam admissíveis nas alfândegas do Brasil todos e quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias,
transportadas em navios estrangeiros das potências que se conservam em paz e harmonia com minha Real Coroa,
ou em navios dos meus vassalos (...).
2° – Que não só os meus vassalos, mas também os sobreditos estrangeiros possam exportar para os portos que
bem lhes parecer (...) todos e quaisquer gêneros e produções coloniais, à exceção do pau-brasil ou outros
notoriamente estancados (...), ficando em suspenso e sem vigor todas as leis que até aqui proibiam neste estado do
Brasil o recíproco comércio e navegação entre os meus vassalos e estrangeiros (...)”.Bahia, 28/01/1808.Príncipe.
INÁCIO, I.C. & LUCA, T.R. Documentos do Brasil Colonial. São Paulo: Ática, 1993.p.173 e 176-7.

2)TRATADOS DE 1810
“Obrigado pelas imperiosas circunstâncias (...) a transportar a sede do Império temporariamente para outra parte dos
meus domínios (...) foi necessário procurar elevar a prosperidade daquelas partes do império (...) para que elas
pudessem concorrer às despesas necessárias para sustentar a honra e o esplendor do trono e para segurar a sua
defesa contra a invasão de um poderoso inimigo. Para este fim (...) fui servido a adotar os princípios (...) da liberdade
e franquia do comércio, da diminuição dos direitos das alfândegas (...).

A diminuição dos direitos das alfândegas há de produzir uma grande entrada de manufaturas estrangeiras; mas
quem vende muito também necessariamente compra muito, e para ter um grande comércio de exportação é
necessário também permitir uma grande importação." Rio de Janeiro, 07/03/1810. Príncipe.
INÁCIO, I.C. & LUCA, T.R. Documentos do Brasil Colonial. São Paulo: Ática, 1993.p.173 e 176-7.

3) DECRETO DE 1815
Dom João, por graça de Deus príncipe regente de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar, em África de
Guiné, e da conquista, navegação e comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia, e da Índia etc. Faço saber aos que a
presente carta de lei virem, que tendo constantemente em meu real ânimo os mais vivos desejos de fazer prosperar
os Estados que a Providência Divina confiou ao meu soberano regime e dando ao mesmo tempo a importância
devida à vastidão e localidade dos meus domínios da América, à cópia e variedade dos preciosos elementos de
riqueza que eles em si contêm e outros em reconhecendo quanto seja vantajosa aos meus fiéis vassalos em geral
uma perfeita união e identidade entre os meus reinos de Portugal e dos Algarves e os meus domínios do Brasil,
erigindo estes àquela graduação e categoria política, que pelos sobreditos predicados lhes deve competir, e na qual
os ditos meus domínios já foram considerados pelos plenipotenciários das potências que formaram o Congresso de
Viena, assim no tratado de aliança concluído aos oito de abril do corrente ano, como no tratado final do mesmo
congresso. Sou portanto servido, e me praz ordenar o seguinte:
1° - Que dada a publicação desta carta de lei o Estado do Brasil seja elevado à dignidade, preeminência e
denominação de Reino do Brasil.
2° - Que os meus reinos de Portugal, Algarves e Brasil formem dora em diante um só e único reino debaixo do título
de Reino Unido de Portugal, do Brasil e Algarves. (...)."Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 1815. Príncipe.
[Extraído de Paulo Bonavides & R. A. Amaral Vieira. Textos políticos da história do Brasil (Independência - Império -
I). Fortaleza: Imprensa Universitária da Universidade Federal do Ceará, s/d, pp. 26-8.]

4) RELATO DE VIAGEM
“Há relativamente muito mais luxo aqui do que nas mais importantes cidades da Europa. Com dinheiro compram-se
artigos da moda, franceses e ingleses; em suma, tudo. O mundo elegante veste-se, como entre nós, segundo os
últimos modelos de Paris. Os homens, apesar do grande calor, usam casaca e capas das mais finas telas e meias
brancas de seda (...). O luxo das mulheres é indescritível. Jamais encontrei reunidas tantas pedras preciosas e
pérolas de extraordinária beleza. (...) Os vestidos são bordados a ouro e prata. Sobre a cabeça colocam quatro ou
cinco plumas francesas (...) e sobre a fronte, como em torno do pescoço e em um dos braços, diademas incrustados
de brilhantes e pérolas, alguns de excepcional valor.”

LETHOLD, T. von & RANGO, L. von. O Rio de Janeiro visto prussianos em 1819. São Paulo: Nacional, 1966. p.31.

Busquem no documento alguma resposta para a pergunta para a frase contida no livro “O Livro de Ouro da
História do Brasil” : “Por essas razões, se costuma afirmar que nossa independência teria ocorrido em 1808 e
que 1822 teria representado apenas sua consolidação” (pág. 198).

Elaborar uma explicação coerente e consistente para a mesma

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